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HVAC-R ainda resiste a concorrer em licitações públicas

Mesmo que as compras públicas pudessem representar boa parcela das receitas de empresas do setor do frio, a maioria ainda prefere não se “aventurar” nesse mercado, principalmente pelas dificuldades que a prestação de serviços a qualquer um dos poderes constituídos traz para esse tipo de relação comercial.

Embora a pandemia do novo coronavírus esteja sob controle desde janeiro deste ano, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a retomada da economia brasileira ainda caminha bem lentamente, muito aquém do necessário para proporcionar um crescimento contínuo e sustentável.

Esse processo vem sendo sentido por todas as cadeias produtivas do País, incluindo a do frio, e tem potencial para abrir caminho em direção a outras frentes de negócios, como a participação em licitações públicas. Isso poderia representar, para boa parcela do HVAC-R, um importante meio para minimizar os efeitos negativos de uma prolongada parada, como ocorrido durante o auge da covid-19.

Entretanto, a maior parte das empresas da cadeia produtiva do frio prefere não entrar nesse mercado, pelas dificuldades históricas que a prestação de serviços à administração pública pode trazer para as relações comerciais.

Diversos gestores ouvidos “em off” pela Revista do Frio – e que preferiram não participar desta reportagem para evitar futuras represálias – relataram os principais aspectos que os afastam deste tipo de negociação, inclusive por experiência própria.

Excesso de burocracia para a apresentação de documentos; licitações com “cartas marcadas” para empresários amigos; exigência de propina; demora para o pagamento dos serviços prestados, além do combinado em contrato; quebra de contrato unilateral e muitas vezes sem justificativa plausível. Esses são alguns dos problemas enfrentados, principalmente nas relações com as administrações municipais.

Ampla experiência

Por outro lado, há empresas especializadas em operar com a administração pública, e por meio de sua ampla experiência em participar de processos de licitação, consegue minimizar quaisquer barreiras que se ergam em sua direção.

Com sede em Porto Velho (RO), a Ventosul Engenharia Térmica se encaixa nesse perfil. Bastante atuante em licitações no HVAC-R, principalmente as relacionadas a prestação de serviços de manutenção e obras de fornecimento e instalação de equipamentos de médio e grande porte. Atualmente, o poder público representa 78% da receita bruta anual da empresa, tendo um aumento bastante expressivo em 2021 e 2022.

“Participamos de licitações desde a constituição da nossa companhia, em 2016, porém o que ajudou foi o meu know-how de mais de 20 anos de atuação em licitações com outros segmentos por outras empresas, como obras civis e de pavimentação de estradas, prestação de serviços e peças para veículos e tratores”, enfatiza o fundador e diretor-geral da empresa, João Fecchio Junior.

De acordo com ele, a Ventosul tem negócios com o poder público por meio de vendas, instalação e prestação de serviços de manutenção em equipamentos de climatização. Entre os contratos advindos de licitações públicas de maior relevância para o portfólio da companhia, destaca-se o firmado em 2019 com a Aeronáutica para o retrofit em equipamentos de climatização do Aeroporto de Congonhas (SP).

Igualmente, em 2021, executou a manutenção continuada nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF do Complexo Administrativo do Estado de Rondônia (Palácio Rio Madeira). A contratação foi feita pela Sugesp/RO, tendo valor global de R$ 2,5 milhões pelo período de 12 meses.

No mesmo estado, realizou a manutenção nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, com valor global de R$ 684,2 mil pelo período de 12 meses. Para o Ministério Público de Rondônia, executou a manutenção nos equipamentos de climatização com tecnologia VRF, no sistema de água gelada (chiller) e nos equipamentos do tipo split. O valor global foi de R$ 583,8 mil pelo período de 12 meses.

A Ventosul também firmou contratos para a manutenção continuada nos equipamentos de climatização do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Rondônia (2018); dos Edifícios do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (2018 e 2020); e do Edifício do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (2021).

Dificuldades

As empresas que participam de processos de licitação invariavelmente encontram algum tipo de dificuldade. O diretor-geral da Ventosul pontua que é comum erros ou falhas na elaboração dos termos de referência, documento que serve para balizar e determinar as regras da execução do serviço e/ou do fornecimento de produtos.

“Corriqueiramente, a redação desse termo é elaborada sem atender à realidade da execução do objeto, deixando de contemplar condições fundamentais para que o órgão consiga realizar uma contratação que, de fato, atenda à sua necessidade. Isso resulta, em muitos casos, com a contratação de empresas que não conseguem fazer a entrega do objeto satisfatoriamente”, detalha.

O gestor complementa que, nessa situação, fica o órgão público impossibilitado de fazer suas exigências de qualidade, uma vez que o termo de referência foi omisso ou confuso a alguns quesitos essenciais.

“Como consequência, traz prejuízos ao erário, com gastos que não atendem à necessidade do objeto, fazendo com que administração pública faça novas licitações em busca de futuras contratações, muitas vezes sem corrigir os erros do termo de referência”, informa Fecchio Junior.

O diretor da Ventosul chama a atenção para o fato de que o órgão público, quando busca a contratação de uma empresa para a prestação de serviços em manutenção preventiva e corretiva em seus equipamentos de climatização, que ainda estejam no prazo de garantia do fabricante, ou sejam equipamentos de alta complexidade, “se faz necessário que o órgão licitante inclua nas exigências de qualificação técnica a comprovação de credenciamentos válidos para que sejam mantidas as garantias legais do fabricante, ou que comprove expertise técnica nos modelos e tecnologias a serem contratados”, ressalta.

Cuidados

Vender para o governo exige das empresas uma série de regulamentações e certidões negativa de débitos com a Fazenda Pública, além de comprovações do equilíbrio financeiro por meio de balanços anuais.

“É comum observarmos a inabilitação de empresas que vencem os pregões por menor preço, por não atender aos requisitos de regularidade fiscal e/ou econômico-financeiro, o que proporciona uma disputa desleal nos lances, produzindo uma concorrência desnecessária, visto que a ofertante não terá como honrar o compromisso, por não atender aos requisitos legais predisposto no instrumento convocatório”, complementa Fecchio Junior.

Ainda segundo o empresário, companhias que fornecem para o governo de qualquer esfera, deverão dispor de fluxo de caixa equilibrado, “a fim de ter investimentos necessários para a entrega do objeto, e aguardar o seu recebimento dentro dos prazos previstos na legislação – 30 dias corridos após a certificação da nota fiscal ou entrega definitiva ou provisória”, finaliza.

Entenda como funciona a maioria dos processos licitatórios

Edital. Todo processo licitatório se inicia com o lançamento de um edital, documento mais importante das licitações, pois ele contém todas as informações necessárias para que os licitantes possam participar do processo.

Entre os mais importantes dados estão dia e horário da licitação; endereço e meio pelo qual será realizada a licitação; prazos contratuais; penalidade por atraso da obra ou prêmio por antecipação; critérios de medição, pagamento e reajustamento; regime de preços; limitação de horários de trabalho; critérios de participação na licitação; habilitação técnica requerida; documentação requerida; seguros necessários; facilidades disponibilizadas pelo contratante.

Documentos. Uma vez lançado o edital, quem tiver interesse de participar do processo licitatório deve primeiro reunir todos os documentos necessários e se cadastrar. Esses documentos servem como um dispositivo de segurança a mais para que o poder público possa se certificar de que somente empresas com todos os documentos em ordem participem do processo. É uma forma de garantir que somente vendedores minimamente qualificados vendam para o governo, diminuindo a chance de fraude.

Propostas. As fases da proposta podem variar bastante de acordo com a modalidade de licitação que o poder público está utilizando. Por exemplo, pregões eletrônicos são feitos de forma totalmente anônima. Nem mesmo aqueles que estão julgando os valores sabem quem está oferecendo os preços. A identidade daquele que ofereceu o melhor preço só é revelada ao final do processo. Esta metodologia “duplo cego” serve para impedir qualquer tipo de preferência dada a um dos licitantes.

Já o diálogo competitivo, por outro lado, é uma modalidade de licitação mais voltada para inovações tecnológicas e, portanto, permite que haja um diálogo entre os licitantes e o poder público na fase de propostas. Assim, a administração responsável pelo certame consegue identificar quais soluções são mais adequadas para os problemas que o processo licitatório está visando resolver.

Classificação. Depois que todas as propostas foram enviadas e os prazos para o envio chegaram ao fim, cabe ao poder público fazer uma avaliação e classificação das propostas. Dependendo do tipo de licitação, critérios além do preço podem ser levados em consideração. Mas isso vale somente para o diálogo competitivo. A concorrência e o pregão eletrônico prezam pelo preço mais baixo.

Com as análises feitas, o poder público divulga os vencedores do processo licitatório. Se algum dos licitantes achar que houve algum erro no processo, pode entrar com um recurso pedindo a revisão da licitação. Uma terceira parte vai analisar se o recurso tem validade ou não e, caso seja validado, então troca-se o vencedor do certame por aquele que realmente ofereceu o melhor preço.

Contrato. Com os vencedores divulgados e os processos de recurso vencidos, é hora de assinar um contrato com o poder público. Nos contratos com o governo, normalmente é exigido que o licitante vencedor apresente alguma forma de garantia, seja com um valor caução depositado, seguro garantia ou financiamento em instituição bancária autorizada a operar no país.

Essa fase serve para que o licitante prove que possui habilitação econômico-financeira para vender para o governo. Isto porque, caso o licitante vencedor quebre o contrato, o governo não tenha de arcar com os prejuízos.

 

FONTE: PORTAL DE COMPRAS PÚBLICAS

 

Qual a importância da refrigeração no agronegócio?

O agronegócio, ligado à indústria alimentícia, exige uma logística que permita manusear, conservar e transportar os alimentos de acordo com as normas de agências reguladoras e exigências internacionais, quando exportados.

Um dos principias elementos dessa cadeia é a refrigeração, que atende a um amplo segmento da indústria alimentícia, levando os produtores a investirem em processos e equipamentos para garantir a qualidade dos produtos. As oportunidades residem em aplicar, ampliar e melhorar o controle de temperatura nas várias etapas das cadeias produtivas.

Versatilidade

Os equipamentos de refrigeração devem ser flexíveis e atender as características da agricultura rotativa para absorver várias safras de diferentes produtos. Cada grão/semente tem características próprias de conservação, controle de desenvolvimento de fungos, perda de água e controle de germinação, o que determina a necessidade específica de refrigeração.

A principal característica é a busca pela preservação do produto na sua forma original, com a menor perda possível da qualidade e quantidade. As sementes, em contato com um ambiente que tem oscilações de umidade, têm a propriedade de absorver ou liberar água para o ar que as envolve, ou seja, mesmo depois de secas, ao entrarem em contato com um ambiente úmido, absorverão água novamente.

Portanto, se as sementes ficarem armazenadas em um ambiente onde a umidade oscila, estarão sujeitas a estragar com mais facilidade. Assim, um sistema de refrigeração bem projetado é que vai garantir o sucesso do processo.

Modernização na conservação de alimentos

A manutenção da cadeia do frio e o controle de qualidade são fundamentais para assegurar as boas condições dos produtos, proporcionando segurança ao consumidor. A instalação de modernos sistemas de refrigeração, além de atuar na conservação do alimento, permite a otimização do uso da energia.

Os equipamentos que funcionam próximos aos ambientes do agronegócio necessitam de algumas características adicionais, como robustez, durabilidade, confiabilidade técnica, reserva de capacidade frigorífica e flexibilidade operacional frente à constante variação de demanda de carga térmica. Isto não elimina a necessidade de serem simples de operar, seguros e de fácil manutenção.

 

Por: Genivaldo O. J. – Coordenador e consultor de Marketing Estratégico – JetFrio

Francisco William Soares: transformando a crise em oportunidade

Filho de pai paraibano e mãe nascida em Santa Barbara D’Oeste, no interior de SP, Francisco William Soares percorreu um longo caminho até tornar-se empreendedor, hoje à frente da MI Manutenção e Instalação Ar Condicionado. Sua trajetória profissional no mercado de ar condicionado e refrigeração começou em 1994, através da indicação de um amigo.

“Tudo começou em abril de 1994, por intermédio de um amigo chamado Valdemir, que já trabalhava na área, me indicando para prestar serviço como ajudante na empresa de um conhecido dele, sem pensar muito, aceitei e aí foi o meu primeiro contato com equipamentos de ar condicionado e refrigeração. Tudo era novidade, pois naquela época, era pouco comum se ouvir falar em climatização com splits, na realidade eram equipamentos comerciais tipo self a ar e água, self remoto, fancoil, torre de resfriamento, bombas de água de condensação, que fazíamos a manutenção preventiva e corretiva, tanto na parte elétrica quanto na mecânica. Em princípio, a oportunidade de entrar na área da climatização veio de encontro à necessidade de trabalhar, pois com meus 17 anos, seria pai em alguns meses e com isso, a responsabilidade de achar um emprego já fazia parte dos meus dias”, informa Francisco.

Assumindo responsabilidades, Francisco conta que não foi fácil conciliar trabalho e a formação de uma nova família.

“Como pai e marido, tinha obrigação de manter o emprego e logo veio meu primeiro registro em carteira como ajudante geral. Pegando todo dia ônibus lotado na ida e volta para casa, apenas com o dinheiro contado da passagem, corria para nada faltar em casa para suprir meu filho e esposa. Graças a Deus, tive um apoio enorme da minha falecida mãe, carinhosamente chamada de Dona Jo, e com isso consegui manter meu emprego. Meu primeiro registro foi em uma pequena empresa chamada Sermac Serviços de Manutenção em ar condicionado, de José Carlos Dalaval. Hoje, passado alguns anos, atuo mais na área de instalação de equipamentos residenciais como split, multisplit, splitões, self remoto e por aí vai”.

Pandemia trouxe novas oportunidades

No início de 2019, com todo aquele desespero de comércio fechando, muitos funcionários passando a trabalhar em home office, Francisco conta que houve um crescimento considerável de serviço, um dos anos que mais trabalhou, fazendo parcerias com fornecedores de material e diversos colaboradores.

“Conseguimos achar um jeito de não parar de trabalhar devido ao surto pela Covid 19 e com isso veio também a questão das redes sociais, fazendo muitos contatos e amigos, até com os de longa data a exemplo do meu parceiro Castanha. Faço do Instagram e de muitos grupos de WhatsApp, que nos ajudam a conhecer um pouco mais as pessoas e, principalmente, aprender um pouco mais a cada dia, tanto profissionalmente como ser humano”, aponta Francisco.

Ele diz que está vivendo uma fase maravilhosa de sua vida, e se sente grato a Deus por tudo.

“Sou pai de três meninas que são verdadeiros diamantes na minha vida e há um ano fui abençoado com uma neta, que fez toda a diferença, me fazendo enxergar as coisas de uma outra forma e a ser grato por tudo! Quando posso, tento jogar uma bolinha com a rapaziada aqui do bairro, gosto de um bom samba de raiz do tipo Almir Guineto, Bezerra, FdQ, Jovelina, além de músicos da minha adolescência como Racionais faltar. Hoje, o que me traz mais prazer e paz é estar em casa e saber que os meus estão bem, isso não tem preço, vale mais que tudo nessa vida. Me sinto realizado como pessoa.

E aproveitando esse espaço, deixo meus sinceros agradecimentos e uma mensagem a todos os profissionais do nosso mercado: ‘Não trabalhem apenas pelo dinheiro, trabalhem por amor a profissão seja ela qual for.

Busquem aprender, oferecer o melhor e se coloquem na condição de cliente, se questionem o que estão entregando e aquilo que gostariam de receber! Deixo aqui um forte abraço para aqueles que trabalham, levam a sério e se empenham! Obrigado por fazerem dessa profissão, uma escolha de vida”, finaliza.

Pai de Anna, Mayara e Michelly, ele se realiza com as meninas a sua volta.

Senai Oscar Rodrigues Alves passará por reforma e ampliação em 2023

Instituição forma profissionais para o mercado de refrigeração e ar condicionado desde 1992.

Referência em formação profissional especializada nos segmentos do HVAC-R, a Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, localizada no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, passará por uma grande reforma e ampliação em 2023, para adaptações necessárias, seguindo as diretrizes de edificações sustentáveis. O projeto visa também trazer modernidade ao prédio dessa unidade, que iniciou as atividades em 1948 e foi inaugurada em 25 de maio de 1949.

A obra foi alinhada com o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) em abril deste ano. As tratativas foram acertadas entre as lideranças do Senai-SP: Josué Gomes, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Sesi-SP e Senai-SP, e Ricardo Figueiredo Terra, diretor regional do Senai-SP, juntamente com Pedro Evangelinos, presidente do Conselho Consultivo da escola, presidente do Sindratar-SP e do conselho de administração da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

 Infraestrutura sustentável e moderna

Segundo o projeto, a unidade terá as fachadas internas e externas restauradas, incluindo a substituição de caixilhos (peças na quais se encaixavam as janelas de duas abas), a reforma dos banheiros e acessibilidade, ampliação da secretaria e da biblioteca. Além da ampliação da área construída, para cerca de 2.000 m², nos espaços ocupados pela quadra de esportes e vestiários, contemplando três pavimentos (térreo, 1º e 2º andar) e quadra esportiva descoberta no último pavimento.

O novo prédio da escola será baseado em princípios de edificação sustentável (verde) e inteligente. Além da instalação de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica, terá sistemas de reaproveitamento de água da chuva e de monitoramento de temperatura, umidade e nível de dióxido de carbono nos ambientes climatizados e PMOC on-line.

Para os estudos, os alunos ganharão tecnologia de realidade virtual aumentada em instalação e manutenção em sistemas e equipamentos de refrigeração e climatização, a partir de tecnologias inovadoras.

 Longa relação

A escola iniciou sua relação com o mercado do frio ainda no começo da década de 1970, quando oferecia treinamentos em refrigeração residencial, embora de forma ainda tímida. Duas décadas mais tarde, em 1992, o modelo de ensino consolidou-se nesta unidade do Senai, que formalizou uma das mais bem-sucedidas parcerias estratégicas de sua história, com a Abrava e o Sindratar-SP.

Até hoje, a escola já formou cerca de 280 mil profissionais, dos quais, em torno de 70% nas áreas de refrigeração e climatização.

Atualmente, cursos relacionados ao setor também estão disponíveis em uma unidade móvel e em 17 unidades do Senai espalhadas pelo estado de São Paulo. Além da unidade do Ipiranga, a lista inclui as cidades de Araraquara, Araras, Birigui, Bauru, Botucatu, Franca, Jacareí, Marília, Ourinhos, Pindamonhangaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Santos, Sorocaba, Suzano e Votuporanga.

“Todos devem estar conscientes de que o investimento na capacitação profissional propicia a manutenção no mercado de trabalho, não somente competitivo, mas cada vez mais exigente quanto às melhores práticas em refrigeração e climatização”, pondera o diretor da escola, Eduardo Macedo Ferraz e Souza.

O avanço do HVAC-R no Brasil tem impulsionado muitos profissionais graduados a buscar capacitação constante, com o intuito de adquirir conhecimento e crescer no setor. Em função deste movimento do mercado, cada dia mais exigente e criterioso em relação ao perfil e às competências adquiridas por esses gestores, o Senai Oscar Rodrigues Alves passou a ofertar pós-graduação em parceria com faculdades Senai.

Hoje, a unidade oferece variados cursos nas áreas de refrigeração e climatização, em diversas modalidades de ensino, como Aprendizagem Industrial de Mecânico de Refrigeração e Climatização, Técnico de Refrigeração e Climatização, e mais de 20 cursos de formação inicial e continuada (curta duração) e pós-graduação. Os mais procurados relacionam-se à manutenção de refrigeração e climatização residencial, comercial, multi split e VRF.

A parceria entre o Senai-SP, a Abrava e o Sindratar-SP teve como objetivo atender à crescente demanda da indústria do setor, que já à época pleiteava formar profissionais que dominassem as técnicas relacionadas a projeto, a instalação, operação e manutenção de sistemas de refrigeração e climatização.

“Nessas três décadas de relacionamento com o setor de HVAC-R, houve vários avanços na área pedagógica, educacional e no campo tecnológico. Mas, sem dúvida, o grande destaque – que impactou significativamente a formação de profissionais do setor – foi a implantação do Conselho Consultivo para as áreas de refrigeração e climatização na nossa escola”, afirma o diretor.

Índice de empregabilidade dos cursos oferecidos pelo Senai evidencia pujança do setor do frio.

 Conselho Consultivo

Segundo Ferraz e Souza, o Conselho foi constituído em 1992 para manter a contínua cooperação entre o Senai-SP e os representantes de empresas do HVAC-R para a solução de problemas relativos à formação de profissionais para suprir as necessidades da cadeia produtiva do frio.

Sua atuação é focada em identificar, analisar necessidades de formação profissional e sugerir medidas para o seu equacionamento e soluções, colaborando com as ações realizadas pelo Senai-SP.

“Esse processo inclui desde propostas de alterações na reformulação dos cursos e currículos para adaptá-los às exigências do mercado de trabalho. Assim como às inovações introduzidas nos processos produtivos até a orientação acerca de leiautes de oficinas e laboratórios”, complementa o diretor.

Composto por 70 empresas e entidades (cerca de 125 profissionais), o Conselho também atua para auxiliar na divulgação, às empresas, das atividades de formação profissional realizadas pelo Senai-SP, estimulando seus trabalhadores a se inscreverem nos cursos. Além disso, conta com a participação no planejamento e realização das Semanas Tecnológicas, que são feitas anualmente pelo Senai-SP e a Abrava, reúnem empresas do setor para palestras técnicas, exposição de equipamentos e fomento de conhecimentos das áreas afins, voltadas para público externo e alunos.

“O Conselho Consultivo para as áreas de refrigeração e climatização exerce papel fundamental nesse processo de inovação na indústria, apresentando novas tecnologias e empresas, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico da escola e do setor”, destaca Ferraz e Souza. Ele lembra que o Senai-SP revê sistematicamente o conteúdo, os cursos e os serviços oferecidos e investe periodicamente em novos recursos didáticos, laboratórios, oficinas, equipamentos, peças e ferramentas.

Paralelamente, a escola busca participar dos principais eventos do setor, mantendo contatos com entidades representativas do ramo do frio para estabelecer novas parcerias.

Parcerias e convênios

A Escola Senai Oscar Rodrigues Alves tem diversas parcerias com empresas e entidades no Brasil, ação que abre caminho para se acompanhar de perto as inovações tecnológicas do HVAC-R e as transformações na organização da produção, em áreas como construção civil, têxtil e confecção, varejo (supermercados e shoppings), hospitais, alimentação, química (indústria farmacêutica), eletrodomésticos e automotiva.

Uma das preocupações da escola está em inserir os profissionais no mercado, estimulando a contratação de seus alunos pela cadeia produtiva do HVAC-R. Para tanto, o aluno matriculado no curso técnico de Refrigeração e Climatização poderá realizar estágio supervisionado em empresas do setor, com duração de dois anos.

A crescente procura pelas empresas do setor, interessadas na contratação de alunos da unidade levou a instituição a desenvolver uma plataforma digital, disponível dentro do seu site, onde as indústrias podem ofertar vagas e os profissionais e alunos podem cadastrar seus currículos.

De acordo com a edição 2021 do Indicador de Ocupação Nacional, por meio do Sistema de Acompanhamento de Egressos (Sapes), processo de avaliação com foco nos concluintes e ex-alunos dos cursos do Senai de todo Brasil, o maior índice de ocupação nas áreas de refrigeração e climatização foi de 90,8%, “demonstrando a alta inserção no mercado dos profissionais no setor e o resultado das ações da educação profissional ofertada pelo Senai em âmbito nacional”, destaca Ferraz e Souza.

A oferta dos cursos do Senai-SP acompanha a demanda do setor e está diretamente vinculada ao perfil das empresas, que adotam, cada vez mais, estratégias visando a competitividade, a eficiência energética e a automação. “Analisamos o princípio da empregabilidade, ou seja, o curso deve propiciar a oportunidade imediata de emprego ou de requalificação para ingresso no mercado de trabalho”, observa o diretor do Senai Oscar Rodrigues Alves.

No que se refere ao curso técnico em refrigeração em climatização, a unidade Ipiranga oferta 40 vagas nos períodos da manhã, tarde e noite. O curso técnico ocorre nas modalidades presencial e semipresencial. Esta última é realizada a distância, em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), com 20% de sua carga horária realizada presencialmente, representando quatro horas semanais (um dia por semana).

“Durante o curso, o aluno é acompanhado por tutoria especializada e capacitada pedagogicamente para mediar situações de aprendizagem a distância, oferecendo condições para a realização das atividades, orientando, resolvendo dúvidas, atendendo necessidades individuais de aprendizagem, avaliando e favorecendo o desenvolvimento de vínculos indispensáveis para a motivação”, conclui Ferraz e Souza, reforçando que os interessados devem ficar atentos para o período de inscrições para as próximas turmas, informação divulgada nos canais de comunicação da escola.

Smacna Brasil promoveu encontro com foco no cliente final

Organizadores comemoram sucesso da 1ª edição do Smacna Day com resultados positivos.

A Smacna Brasil (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), comemora a 1ª edição do Smacna Day, realizada dia 15 de setembro de 2022, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP).

Dirigido para o usuário final dos sistemas de HVAC-R, cerca de 150 profissionais foram conferir a “Jornada”, trazendo como tema central “O Ciclo de Vida do HVAC em Edifícios”, desde o projeto, contratação, instalação, manutenção e retrofit, além de incluir os processos de implementação de práticas ESG para a governança ambiental, social e corporativa das edificações.

O Smacna Day contou com as presenças de Arnaldo Basile, presidente da Abrava, e de Walter Lenzi, presidente da Ashrae Brasil Chapter, prestigiando o evento.

Edson Alves, presidente da Smacna Brasil, abriu o ciclo de palestras enfatizando a importância em aproximar o cliente final, facilities, comissionadores, administradores prediais, gerenciadores de obras, investidores, incorporadoras, entre outros, proporcionando oportunidade de conhecimento para melhorar a decisão no ato da contratação do sistema de HVAC.

“O Smacna Day foi pensado para promover uma relação mais estreita inteiramente direcionada às demandas do cliente final, ou seja, usuários de sistemas de HVAC, abrindo oportunidades para esse público obter conhecimento e orientações que atendam às suas necessidades na contratação de projetistas, instaladores e comissionadores. Isso reverte em melhoria da qualidade das edificações para o usuário, administrador e até a infraestrutura pública. O evento superou nossas expectativas, nos surpreendeu e cumpriu seu propósito. Com resultados positivos, já estamos nos preparando para a 2ª edição em 2023”, comemora Alves.

Após a abertura, a Jornada começou com Luiz Henrique Ceotto (Urbic) desenvolvendo o tema “HVAC dentro do Ciclo de Vida de um Empreendimento”; seguido por Raul José de Almeida (Teknika), abordando “Metodologias e Tendências nos Projetos de HVAC – Uma nova Visão”; finalizando a parte da manhã com Felipe Raats (Newset), que tratou o tema “Em Busca da Excelência nas Instalações de HVAC – Boas Práticas”.

Continuando o ciclo de palestras, Thiago Portes (COMIS) falou sobre “A Importância do Comissionamento para Garantia de Performance”; seguido por Caio Abreu (Artemp) abordando “Manutenção – Despesa ou Investimento?”; prosseguindo com Diego Amaral (E-Vertical), trazendo o “Monitoramento Remoto – Novas Tendências”.

Cumprindo o ciclo de vida do sistema de HVAC, Adler Linhares (WRS) falou sobre “Retrofit – Quando e Como fazer?”.

Encerrando o seminário, Márcia Menezes (CTE) expôs o assunto tão em voga atualmente com a palestra “ESG x HVAC – O que é e como Praticar”.

Ao final de cada palestra, o público presente teve a oportunidade de interagir com os palestrantes e obtendo mais conhecimento sobre os assuntos abordados.

Expositores e boas oportunidades

Paralelamente as conferências, o Smacna Day contou com a exposição de produtos e serviços das empresas patrocinadoras Belimo Brasil, Best Clima, Daikin, Danfoss, Heating Cooling, Midea Carrier, Mercato Automação, Newset, Star Center e Trane do Brasil.

Para os expositores, o Smacna Day trouxe um público diferenciado, proporcionando às empresas boas oportunidades de estreitar o relacionamento com o cliente final, bem como na geração de novos negócios e ampliação de networking.

Joverci Silva: O presente é perfeito e o futuro, brilhante!

Tudo começou em outubro de 2004, quando Joverci Silva Marques trabalhava na área de hematologia de um grande hospital na capital paulistana, onde teve a oportunidade de conhecer um paciente que era diretor de uma grande rede de hotéis e estava hospitalizado para um tratamento. Ao fazer os cuidados de enfermagem, ela comentou que seu marido, na época, cursava o técnico de refrigeração no Senai e trabalhava com instalação e manutenção de ar condicionado. Foi assim que Jo, como é conhecida no setor, tomou gosto e amor pelo mercado de HVAC-R.

“Na época, todo meu conhecimento era do ponto de vista do usuário no ramo médico, onde o ar condicionado do setor hospitalar precisava ser rigorosamente higienizado, e no caso dos centros cirúrgicos, não poderia haver nenhuma contaminação e seu nível de pureza deveria estar sempre nos 100%. Com a indicação desse paciente, abrimos uma empresa e conseguimos o nosso primeiro contrato de manutenção em ar condicionado naquele mesmo ano. A demanda foi aumentando e eu passei a atuar na empresa. Após meu divórcio, assumi toda a empresa e vislumbrei na refrigeração a oportunidade de crescimento profissional, além de possibilitar aos meus filhos mais qualidade de vida”, conta Joverci.

Sócia majoritária da Bless Climatização Serviços de Manutenção e Vendas e diretora executiva da Aero Solutions Climatização & Refrigeração, ela é formada em Enfermagem, Psicanálise Clínica e Refrigerista, com dezenas de cursos e certificações junto aos principais fabricantes e distribuidores.

“Um dos grandes desafios em assumir a empresa foi na primeira reunião, todos homens e um dos colaboradores disse que ‘não iria se submeter a aceitar ordem de uma mulher, já que ele tinha muito mais conhecimento do setor’. Para minha surpresa, o restante da equipe ficou indignada com a atitude do colega e tive todo apoio. O segundo desafio foi chegar diante de cada cliente e apresentar-me. Alguns demonstraram seu apoio sem ressalva, já outros, tinham uma visão desfavorável com minha liderança e colocavam prazos difíceis de cumprir. Mas, graças a essas exigências, que recebi a valiosa ajuda do grande mestre do Senai Oscar Rodrigues Alves, conhecido como professor ‘Esquerdo’. Ele não só me ajudou como passou a indicar minha empresa para assinar os estágios de formandos técnicos em refrigeração e climatização. Isso contribuiu muito para suprimir os ataques ‘machistas’, e o que era para ser uma situação desfavorável a minha liderança feminina, passou a ser um dos pontos fortes da empresa”, comemora.

Hoje, Jo comanda uma equipe formada por colaboradores com mais de 11 anos de empresa, e os que saem, passam a ser parceiros de profissão.

“Nos especializamos em atendimento para o setor de hotelaria e passamos a ser homologados em uma rede hoteleira francesa muito forte no Brasil. Aprimoramos nosso conhecimento na elaboração e execução de PMOC e nosso primeiro contrato de manutenção durou 18 anos, finalizado devido a pandemia, pois o edifício deixou de atender como um hotel”, diz.

Mulheres despertas

Jo reforça que as mulheres vêm se destacando cada dia mais no segmento, se qualificando como excelentes profissionais no ramo e motivando outras mulheres.

“Em 2018, tive o prazer incrível de conhecer o grupo de mulheres do setor de HVAC-R, que foi um bálsamo para minha vida. Poder dividir minha história e ao mesmo tempo conhecer a história da vida de tantas mulheres que trabalham nesse segmento, foi precioso. Nosso grupo de mulheres ficou ainda mais forte depois da Febrava 2019, onde surgiram novas oportunidades junto aos fabricantes, cursos e eventos com vários distribuidores e com o precioso apoio da Revista do Frio cobrindo a maioria desses eventos. Mesmo vivendo em meio ao domínio do patriarcado, as mulheres hoje sabem que ‘lugar de mulher é onde ela quiser’, principalmente no momento de pandemia, quando o setor de HVAC-R foi reconhecido como parte fundamental no combate a Covid 19. Hoje, podemos dizer que somos ‘mulheres despertas’. É maravilhoso falar de simetria, justiça e conformidade da equidade feminina no nosso setor”.

Com participação atuante em vários grupos de mulheres do setor de HVAC-R, Jo diz que “todos os movimentos em prol da equidade feminina são importantes, porém, o de mais destaque é o Elas no HVAC-R. Neste grupo, podemos compartilhar nosso dia a dia, pedir ajuda, ajudar quem precisa, divulgar eventos dos fabricantes, escolas e cursos profissionalizantes, vagas de emprego e tirar dúvidas sobre leis e normas que regem o setor. Eu diria que é um grupo de ajuda mútua, sem julgamentos e com muito respeito pela individualidade de membro”.

Ela é enfática em dizer que a família é seu bem maior. “Faço de tudo para manter a união com meus filhos, mesmo minha filha morando fora do Brasil, seguindo seus sonhos. Temos uma grande cumplicidade e nosso amor familiar só aumenta. Já meu filho seguiu a carreira musical, ele é produtor musical e DJ, tenho muito orgulho do trabalho que ele vem desenvolvendo. Meus amigos não são muitos, mas os que tenho são tão chegados e chamados de irmãos. Foi graças aos verdadeiros amigos, que tive forças e condições para criar os meus filhos como mãe sozinha, dois deles, o Naldo e Gustavo! Faço questão de estar com eles sempre que posso, eu costumo dizer que estou com eles até debaixo d’água! Meus hobbies são ler, estudar e ajudar outras pessoas como psicanalista e como refrigerista! Amo ajudar outras pessoas a ressignificar suas histórias de vida. Minhas conquistas são inumeráveis diante da grandeza da vida. Posso destacar que ter criado sozinha meus filhos e a formação deles em nível internacional, faz meu coração transbordar de gratidão à Deus. Claro que agradeço também ao ramo da refrigeração, fonte de meu sustento todos estes anos.

Até mesmo minha formação em psicanálise é uma grande conquista feita através da refrigeração. E aos profissionais do setor, eu aplaudo de pé pela excelente escolha de profissão! Promissora, com grandes oportunidades para homens e mulheres conquistarem sua história. Se tiverem medo ou receio, sigam adiante, sejam despertos (as), pois o presente é perfeito e o futuro é brilhante!”, finaliza Jo.

Smacna Brasil realiza o primeiro Smacna Day

A Smacna Brasil (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), realizará a 1ª edição do Smacna Day, dia 15 de setembro de 2022, das 8h00 às 19h00, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP).

O evento será composto por palestras técnicas e mesa redonda com o objetivo de promover uma sinergia diferenciada, aproximando o cliente final como facilities, administradores prediais, gerenciadores de
obras, investidores, entre outros, proporcionando ao mercado de HVAC-R boas oportunidades.

Para Edson Alves, presidente da Smacna Brasil, o objetivo do Smacna Day é orientar o cliente final sobre os impactos das suas decisões ao longo da vida de uma edificação.

“O Smacna Day foi criado com a proposta de estreitar o relacionamento com o cliente final, proporcionando maior conhecimento na tomada de decisões de compra na contratação, incluindo a manutenção dos sistemas, eficiência energética, ou mesmo no retrofit de instalações. Transmitir conhecimento para esse público é essencial para obtermos qualidade e a melhor engenharia nas edificações, seja por meio das recomendações técnicas da Smacna como das boas práticas de engenharia aplicadas no segmento de HVAC-R”, informa Alves.

A programação do Smacna Day traz como tema central “O Ciclo de Vida do HVAC em Um Edifício”, dividido em cinco abordagens: Projeto, Contratação, Instalação, Manutenção e Retrofit.

 

Aberta as inscrições para o Circuito dos Instaladores etapa João Pessoa-PB

A escola Senai ORC-PB (Odilon Ribeiro Coutinho) vai sediar nos dias 21, 22 e 23 de setembro, das 18h às 21h, a quinta etapa do Circuito dos Instaladores pela Valorização Profissional, um evento itinerante gratuito promovido pela Revista do Frio com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e patrocínio de grandes empresas do mercado de refrigeração e ar condicionado. Durante o encontro, que será transmitido pelo Clube do Frio, especialistas do setor vão compartilhar com os participantes informações sobre as últimas inovações e tendências tecnológicas na indústria de climatização. Além disso, haverá sorteio de prêmios exclusivos para a audiência presente e remota.

Para participar do encontro, os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível no site da Revista do Frio. As vagas disponíveis para o evento presencial são limitadas.

Inscreva-se já!

Retrofit em equipamentos de refrigeração industrial

Uma alternativa inteligente, eficiente e econômica.

O retrofit industrial é o processo de atualização das máquinas, substituindo ou modernizando peças e equipamentos por modelos com versões mais recentes. O método implementa correções e novas funcionalidades a partir das características básicas do produto.

A necessidade de um retrofit surge quando um equipamento e ou instalação chega ao fim de sua vida útil e/ou quando os custos de operação e manutenção se elevam consideravelmente, portanto, em vez de trocar todo o maquinário para atender a demanda, com o retrofit é possível aumentar a vida útil dos aparelhos industriais, investindo apenas em algumas peças. Dessa forma, a manufatura garante o aumento da produtividade com a modernização das máquinas no melhor custo-benefício. Além disso, essa prática está alinhada à visão sustentável. Com equipamentos mais modernos, a empresa ganha inovação, eficiência energética, economia de água, normalização a regras de segurança vigentes pela legislação, melhores condições de trabalho para os colaboradores, reaproveitamento de peças e equipamentos.

Para validar um processo de retrofit há que se analisar alguns pontos, como:

  • Alta depreciação do equipamento;
  • Nível de produtividade das máquinas;
  • Nível tecnológico;
  • Robustez mecânica;
  • Estado de conservação do sistema;
  • Fluido refrigerante.

Dessa lista, vale destacar dois aspectos fundamentais: o grau de maturidade tecnológica da indústria e o quanto um processo de retrofit aumentaria a performance da produção.  Primeiramente, o gestor deve fazer uma avaliação profunda sobre a realidade da empresa para classificar o seu nível tecnológico – lembrando que a manufatura já está na Quarta Revolução Industrial. A partir de um diagnóstico detalhado, é possível conhecer os gargalos do processo, as dificuldades da equipe na operação das máquinas, identificar as ferramentas com defeito, itens que funcionam corretamente e quanto de inovação será preciso investir.

Refrigerantes – É certo de que esta relação enfoca os aspectos mais determinantes quando se opta por um processo de retrofit. No entanto, no que se refere à troca do fluido refrigerante vale algumas considerações a mais. Vamos a elas: Existem no mercado algumas formas de se realizar a substituição dos fluidos refrigerantes, o retrofit é a que garante de forma única a eliminação dos refrigerantes a serem substituídos no sistema.  O seu procedimento é fácil e simples dentro do que observamos nas boas práticas de refrigeração. No entanto, a sua execução deve ser realizada com alguns cuidados para que, realmente, não haja erros que possam vir a prejudicar nem os equipamentos nem o meio ambiente. Por isso, o retrofit de refrigerantes deve ser feito por profissionais capacitados e experientes que possam entregar o serviço com a melhor qualidade, pois além de substituir o refrigerante no sistema, o profissional também deve realizar a devida destinação dos gases retirados dos sistemas de refrigeração.

Uma das principais recomendações do retrofit de gases é a eliminação de 100% sobre qualquer tipo de vazamento de fluído refrigerante e também, a eliminação de qualquer tipo de acidez que possa existir no sistema. Seja para atender normas nacionais ou internacionais, seja por consciência ambiental ou até por questões financeiras, o retrofit de fluidos refrigerantes se tornou uma tendência mundial, num caminho sem volta, pois é também com ele que se diminui a eliminação dos gases nocivos na atmosfera que prejudicam a camada de ozônio e traduz a necessidade atual de renovarmos a todo custo o nosso compromisso com o meio ambiente. Além do mais, a opção pelo uso do retrofit de fluidos refrigerantes impacta muito fortemente na redução do consumo energético e dos ganhos de produtividade. O tema é tão importante que merece um artigo só para esta questão.  Mas, dada a sua importância, estes pontos já são suficientes para se levar em conta a importância de um processo de retrofit.

Etapas – Para que tudo ocorra conforme o planejado é fundamental organizar o projeto de acordo com as etapas de implantação do retrofit industrial, como avaliação de desempenho e desenvolvimento do projeto, em que a partir do original do equipamento, é elaborada uma nova proposta com as melhorias necessárias. Para isso é necessária uma engenharia comprometida e com experiência no processo, pois troca por troca não significa que se chegou a um resultado excelente. O estudo e a viabilidade do projeto, mais a devida implementação de acordo com a real demanda, é que irão garantir o resultado esperado. O importante é seguir à risca o projeto durante a implantação e conferir após o término. À medida que o processo de implantação é concluído, são realizados pequenos testes para conferir se tudo está funcionando perfeitamente.  Ao final, é feito um teste completo para ajustar os últimos detalhes.

Automação – Quando falamos retrofit não tem como ignorar a automação. A indústria caminha para o avanço da autonomia de máquinas em seus processos produtivos. Se alguma peça da fábrica está desatualizada, é porque falta nela conectividade com o restante da manufatura. O processo de retrofit é a melhor oportunidade para modernizar esses equipamentos. Em outras palavras, significa automatizar. A automação integra os pilares da Manufatura Avançada. A tecnologia permite que máquinas realizem suas tarefas sem precisar de intervenção humana em processos manuais, além de interligar as ferramentas de todas as etapas da cadeia produtiva. Entre os benefícios dessa evolução, está o aumento da produtividade, redução de custos, otimização de recursos e materiais, maior segurança para os colaboradores.

Atualizar o parque industrial é um assunto que deve ser incluído no checklist de prioridades da empresa, principalmente em se tratando de processos. Um tema relevante e que põe em xeque a competitividade de qualquer negócio, por isso é certo que o retrofit de equipamentos de refrigeração industrial é uma alternativa eficiente e econômica.

Diferença entre retrofit, reforma e manutenção

É comum que haja certa confusão entre estes três termos. Para começar retrofit ou retrofitting, do inglês, significa modernizar, melhorar, aperfeiçoar. Como mencionado, na indústria, tem a função de atualizar peças e equipamentos específicas para potencializar máquinas ultrapassadas.

Já o termo reformar significa reparar, restaurar, consertar. Em resumo, trata de fazer a máquina voltar às condições originais de forma geral. Por exemplo, consertar o compressor, a bomba de óleo, componentes eletrônicos ou acessórios que apresentam defeito para que eles voltem a desempenhar normalmente suas funções.

Em relação à manutenção, é a realização de ações com o objetivo de manter ou conservar o maquinário. São cuidados e medidas preventivas para que o equipamento continue executando suas tarefas com máximo potencial. Deve-se valorizar a manutenção preventiva, que é uma série de práticas contínuas na fábrica visando a inspeção, limpeza, substituição programada de peças com curto tempo de vida útil, entre outras ações de preservação do equipamento.

Por Marcos Fagundes, Mayekawa do Brasil.

 

Setor do frio busca projetos energeticamente mais eficientes

Segmento de trocadores de calor oferece ao mercado tecnologia de duplo tubo (tube in tube), casco e tubos, serpentina, aletados e placas brasadas.

O constante avanço tecnológico dos equipamentos dos segmentos que compõem o HVAC-R inclui também uma forte corrida pela ampliação cada vez maior da eficiência energética dos sistemas de refrigeração e aquecimento. Neste sentido, a indústria tem investido em projetos de trocadores de calor que atendam (e até superem) as expectativas da cadeia produtiva do frio.

Trocadores de calor são dispositivos que transferem calor de um meio para outro, e têm diversas aplicações. O processo depende da área de troca térmica, portanto, quanto maior a área, maior a troca de calor, permitindo com que se opere com diferencial de temperatura menor.

Entre os principais tipos de trocadores estão o tube in tube, geralmente aplicado em sistemas que demandam pequenas capacidades; o casco e tubo, em que um trocador de calor passa ar frio por um núcleo de aletas para resfriar um líquido; a serpentina, a qual permite a troca de calor entre dois fluidos; aletados, indicados para sistemas que geram baixa temperatura, como câmaras frigoríficas; e as placas brasadas, as quais permitem a passagem de fluidos com maior facilidade.

Trocadores de calor Sondex, da Danfoss

Os trocadores estão presentes em diversos processos. Um resfriador de óleo hidráulico, por exemplo, remove o calor do óleo quente usando água fria ou ar. Ao contrário, para aquecer uma piscina, um permutador pode utilizar a água quente de uma caldeira ou proveniente de aquecimento solar.

Igualmente, bombas de calor também são utilizadas em piscinas. À medida que este equipamento circula a água, ela passa por um filtro e por um aquecedor. Em seguida, um ventilador aspira o ar externo e o direciona sobre a bobina do evaporador.

Fabricante de equipamentos de ar condicionado e de bombas de calor para aquecimento de água, as Indústrias Tosi utilizam todos esses tipos de trocadores de calor. As serpentinas são de fabricação própria e têm quatro geometrias diferentes para tubos de 1/2″, duas geometrias para tubos de 3/8″ e uma para tubos de 7 mm.

Também são de fabricação própria os trocadores de calor do tipo tube in tube, utilizados como condensadores em selfs de condensação a água e em bombas de calor para aquecimento de água. Já os trocadores de calor do tipo casco e tubos e de placas brasadas são adquiridos de fornecedores que podem tanto ser nacionais como importados.

“No caso das serpentinas, são tendências a diminuição do diâmetro dos tubos, para 7 mm ou 5 mm, e o uso de trocadores do tipo microcanal. Atualmente, está ocorrendo o aumento na participação do mercado dos trocadores a placa brasadas. Estamos acompanhando esta tendência, inclusive reconfigurando serpentinas para tubos de 7 mm e utilizando mais trocadores a placas brasadas”, explica o engenheiro de aplicação e de produto da Tosi, Marcos Santamaria Alves Corrêa.

O especialista explica que, no caso dos chillers de condensação a ar, a forma de se aumentar a eficiência energética é elevando o número de “V” de serpentinas. “Com maior área de troca e maior vazão de ar, é possível se reduzir a temperatura e, consequentemente, a pressão de condensação. Isto vai reduzir o trabalho a ser realizado pelo compressor para a rejeição do calor e o consumo de energia”, descreve.

A multinacional Danfoss também aposta em trocadores de calor, incluindo placas soldadas, com gaxeta e microcanais. Esses equipamentos foram desenhados de modo a aumentar a troca de calor e diminuir a carga de fluido refrigerante no sistema.

Evaporador de sistema de refrigeração comercial

“De 90% a 95% de todos os componentes, compressores e trocadores de calor são utilizados pela nossa empresa na fabricação de chillers, splitões ou VRFs. Além disso, investe em tecnologia para desenvolver projetos e sistemas HVAC-R com água gelada”, comenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Em seu portfólio, a companhia dinamarquesa dispõe de trocadores de calor SondBlock e de placa soldada, que foram projetados para uso em meio agressivo, temperatura extrema e/ou alta pressão. Os trocadores de calor casco e placas (SPS) são voltados para condensação e aquecimento a vapor, enquanto os trocadores de calor espirais são indicados para aplicações que requerem tratamento específico de fluidos desafiadores.

No caso dos trocadores de calor espirais Sondex, eles foram projetados para manipular lamas, sedimentos, água de esgoto, polpas de celulose, hidrocarbonetos com alta viscosidade e líquidos com risco de incrustação contendo fibras e sólidos.

 Eficiência energética

Em todos os trocadores de calor ocorrem tecnicamente duas trocas térmicas. Na primária, a condução de gás acontece através da tubulação que o envolve, transportando-o para as aletas. Na secundária, há troca de calor entre as aletas e o ar a ser resfriado.

“Os materiais da tubulação têm influência na troca primária, em consequência dos diferentes coeficientes de condutividade térmica entre eles. A escolha do material para atender às caraterísticas da aplicação e do seu fluido refrigerante requer um perfeito dimensionamento para a melhor eficiência do sistema de refrigeração”, detalha o CEO da Mipal, Cláudio Palma.

A empresa trabalha hoje com tubos de cobre, alumínio e aço inox. A escolha desses materiais está relacionada diretamente às características da aplicação e para todos os fluidos refrigerantes. Seus carros-chefes são os evaporadores de médio perfil, médio alto perfil, alto perfil, alta vazão, condensadores remotos e serpentinas trocadoras de calor.

“Todo foco da tecnologia está voltado à eficiência energética para todos os fluidos refrigerantes disponíveis no mercado. A Mipal está indo além deste passo, inovando em seus produtos para atender à crescente demanda nacional e internacional de equipamentos projetados para propiciar uma instalação com design diferenciado, com operação e manutenção rápida e segura”, salienta o executivo.

Nos últimos meses, a companhia lançou três novas linhas de evaporadores com um conceito totalmente inovador, levando em consideração todas as necessidades de manutenção, operação e dos refrigeristas, projetistas e instaladores. “O resultado são equipamentos com amplo acesso ao seu interior, sem necessidade do uso de qualquer ferramenta, tornando a manutenção fácil, rápida e extremamente segura. E uma manutenção bem feita, garante o bom rendimento e a eficiência do produto”, complementa Palma.

O CEO da Mipal alerta que equipamentos de baixo rendimento provocam a ineficiência total do sistema, e isso reflete em mais gasto de energia elétrica e maior custo operacional, refletindo em perdas. “Recomendamos que sempre sejam seguidas as orientações do fabricante para o dimensionamento, instalação e operação, e as boas práticas do mercado, além de se usar equipamentos de qualidade reconhecida”, enfatiza.