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Embraco revela inovações na Chillventa

A Embraco, fornecedora global de soluções de refrigeração e parte da Nidec Global Appliance, participou da Chillventa 2024 e destacou o portfólio Sync it All , composto pelo ventilador Embraco AIR, o driver SYNC e o software YouControl. Integrados aos compressores de velocidade variável, esses produtos melhoram o desempenho dos sistemas de refrigeração comercial.

Outra inovação foi a nova linha de monoblocos, unidades seladas projetadas para grandes aplicações, como câmaras frias. Essas unidades podem integrar até quatro compressores de alta eficiência energética e utilizam refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP).

No segmento residencial, o destaque foi o compressor Embraco Atom , o mais compacto da marca, com 2,5 kg. Ele visa democratizar a tecnologia de velocidade variável para todos os tipos de refrigeradores domésticos.

O compacto Atom

Avanços e incentivos na aplicação de fluidos refrigerantes naturais

Brasil alinha sua política de refrigeração, promovendo a transição para tecnologias mais ecológicas na utilização de fluidos naturais.

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado avanços significativos na adoção de fluidos refrigerantes naturais, impulsionados por preocupações ambientais e regulamentações mais rigorosas. Esses refrigerantes, como o CO2 (dióxido de carbono), amônia (NH3), e hidrocarbonetos, têm ganhado destaque devido ao seu baixo impacto ambiental e alta eficiência energética. O CO2, por exemplo, tem sido amplamente utilizado em sistemas de refrigeração comercial e industrial devido à sua capacidade de atuar como um refrigerante eficaz em diversas condições de temperatura e pressão. Além disso, sua pegada de carbono reduzida o torna uma escolha atraente para empresas comprometidas com a sustentabilidade.

A amônia também, especialmente em aplicações industriais de grande porte, devido ao seu alto desempenho térmico e baixo custo operacional. Apesar de ser inflamável em concentrações específicas, seu uso é seguro quando aplicado corretamente e em conformidade com as normas de segurança.

Os hidrocarbonetos, como propano e isobutano, têm sido adotados em sistemas menores, como em refrigeradores domésticos e comerciais devido à sua excelente eficiência energética e compatibilidade ambiental. A tecnologia de compressores e componentes de sistemas foi desenvolvida para garantir o desempenho seguro desses refrigerantes em diferentes aplicações.

Tecnologias disponíveis

“Em nosso país, temos tido bons avanços nas aplicações de fluidos refrigerantes naturais tanto para aplicações comerciais quanto para aplicações industriais de refrigeração. O CO2 já é uma realidade, iniciada há 15 anos, e o propano (R-290) caminha a passos largos para ser uma referência nos novos projetos, principalmente como fluido primário em sistemas subcríticos em cascata com CO2 e propilenoglicol. A amônia dispensa apresentação e justificativas, uma vez que é um fluido centenário, que apresenta alto rendimento e baixo custo, porém, sua particular característica de toxicidade a faz limitada em certas aplicações e regiões”, informa Marcos Euzébio, engenheiro de aplicação da Bitzer Brasil.

Marcos Euzébio, engenheiro de aplicação da Bitzer

Todas as aplicações mencionadas já estão presentes em nosso país. Os três fluidos naturais como Amônia, CO2 e Propano (R-290) são realidade presente. “Sistemas tradicionais aplicados com amônia a 100% estão sendo redesenhados para condição híbrida em regime subcrítico com CO2, reduzindo a carga de amônia bruscamente e elevando a performance e segurança. Sistemas com CO2 em regime subcrítico e transcrítico se expandiram no mercado nacional devido a maior qualificação da mão de obra e disponibilidade interna de componentes. A Bitzer, por exemplo, disponibiliza compressores para propano, CO2 e amônia. Componentes constituintes dos circuitos também são encontrados no Brasil. Mão de obra qualificada sem dúvida é indispensável e fator determinante para a expansão dessas tecnologias em nosso mercado, bem como importante é a fiscalização e valorização dessa mão de obra empregada para a operação desses equipamentos”, comenta Euzebio.

 

Trazendo à tona as soluções inovadoras em fluidos refrigerantes naturais de baixo impacto ambiental e máxima eficiência, incluindo a sua aplicação, segurança das instalações, manutenção e operação, disponibilidade e normatização, Joana Canozzi, diretora de serviços de engenharia da Copeland, destaca vários pilares para discussão quanto as tendências na aplicação de fluido com baixo impacto ambiental: “Não existe ainda uma verdadeira solução, e sim, seguir as premissas de cada empresa elaborando sua estratégia de acordo com as necessidades do usuário final em diferentes situações. Hoje, tanto o fabricante quanto o OEM (Original Equipment Manufacturer ou Fabricante Original do Equipamento) podem dar um norte ao cliente final direcionando-o de acordo com a sua estratégia. No cenário nacional, acredito que ainda estamos buscando entender os diferentes nichos, sem uma definição clara de qual fluido entrará para a lista do mais utilizado, e sim, na necessidade de cada instalação. Já existe uma antecipação na transição dos fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e disponibilidade de tecnologias. A Copeland dispõe do que há de mais moderno e inovador em termos de tecnologia como as aplicações de menor GWP com fluidos naturais (CO2 e Propano) como compressores Scroll de velocidade variável para máxima eficiência para operar com propano e soluções integradas”.

Ela acrescenta que o time de engenharia procura dar suporte ao cliente, além da decisão do GWP, incluindo na sua linha decisória, também, questões relevantes como equilibrar custos, disponibilidade de mão de obra, e de produto, guiando o usuário final em termos de conhecimento.

Joana Canozzi, diretora de serviços de engenharia da Copeland

“Acredito que o próprio mercado vai definir esse caminho através da demanda de aplicações. E ainda temos as questões das normatizações, e neste ponto, vejo o papel proativo de entidades nacionais para a regulamentação de normas brasileiras, acompanhando o que está definido na Europa e EUA. Neste momento, temos por missão promover esse debate e discussão, conciliando tecnologias por Região, ou seja, nem tudo que é aplicado em outros países será bom no Brasil, considerando fatores como eficiência, GWP e clima”, destaca Joana.

Incentivos e regulamentações

No contexto internacional, o Protocolo de Montreal e suas emendas, como a Emenda de Kigali, incentivam a redução progressiva do uso de HFCs, estimulando a adoção de alternativas de baixo GWP. O Brasil, como signatário desses acordos, tem buscado alinhar sua política de refrigeração com essas diretrizes, promovendo a transição para tecnologias mais ecológicas. O governo brasileiro, por meio de programas e políticas de eficiência energética e sustentabilidade, tem criado incentivos para a adoção de tecnologias que utilizam fluidos refrigerantes naturais. Além disso, parcerias com o setor privado e organizações internacionais têm sido fundamentais para a promoção de pesquisas e a implementação de projetos-piloto no país.

Desde o primeiro Programa Brasileiro de eliminação de CFC e, agora, no Programa Brasileiro de eliminação de HCFC, entidades e empresas vem contribuindo e acompanhando os esforços nacionais para proteção da camada de ozônio e seus impactos sobre o setor HVAC-R. A recente aprovação dos recursos para Etapa III do PBH é o reconhecimento dos esforços de todos e uma importante notícia para o setor, que será beneficamente afetado através de ações de proteção da camada de ozônio que receberam em junho de 2024, aporte de US$ 36,5 milhões.

Renato Cesquini, diretor de Meio Ambiente da Abrava

“Na semana em que mundialmente se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), é muito encorajador receber a notícia deste significante aporte financeiro, que vai beneficiar o mercado na busca de inovação tecnológica para substituição dos HCFCs. Isto permitirá que o Brasil siga o legado de sucesso de estar sempre à frente na implementação do programa”, destaca Renato Cesquini, diretor de Meio Ambiente da Abrava.

A Etapa III do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) foi anunciada em 27/05/2024, durante a 94ª Reunião do Comitê Executivo do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal – FML, que ocorreu em Montreal, Canadá. Essa é a última etapa do PBH e conta com recursos da ordem de US$ 36,5 milhões de dólares para apoiar o país a alcançar a meta de eliminar em 100% o consumo de HCFCs até 2030.

Além da efetiva contribuição para proteger a camada de ozônio, com a implementação da Etapa III, o Brasil evitará a emissão de mais de 19,5 milhões de toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, trazendo efeitos benéficos para o regime climático global.

Estratégias

A estratégia para a Etapa III do PBH tem como o objetivo promover o uso seguro e eficiente de fluidos refrigerantes alternativos que não destruam a camada de ozônio, de baixo GWP e que proporcionem maior eficiência energética,  implementando projetos voltados para treinamento de diferentes níveis de profissionais que atuam no setor de serviços, bem como prestação de assistência técnica para a execução de projetos demonstrativos com potencial de serem reproduzidos nos setores abordados, evitando conversões transitórias. As atividades aprovadas se complementam e serão executadas em consonância e estreita colaboração entre a entidade coordenadora, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), e as três agências implementadoras, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), agência implementadora líder, Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaftfür Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

Exemplo de aplicação

A Swift, alinhada com o compromisso da JBS em zerar o balanço das suas emissões de gases de 03até 2040, realizou a troca de equipamentos frigoríficos para modelos mais sustentáveis que consomem menos energia e utilizam gases que reduzem o impacto na camada de ozônio. A tecnologia fornecida utiliza o propano (R-290), selecionado devido ao seu baixo GWP. “O conjunto dessas iniciativas acarretou na redução de 65% do Impacto de Aquecimento Equivalente Total (Total Equivalent Warming Impact – TEWI) que expressa o impacto de um sistema de refrigeração combinando seu efeito direto e indireto no aquecimento global”, explica Airton Peres, gerente de engenharia e inovações da Swift. O monitoramento remoto dos equipamentos calcula a eficiência energética e atua diretamente na máquina se ela apresentar algum tipo de problema. Além de garantir a qualidade dos produtos da marca, isto evita o deslocamento humano até a loja.

Nissan testa nova tecnologia de pintura para resfriamento de veículos

JAPÃO – A Nissan iniciou testes com uma tinta inovadora que promete reduzir a temperatura interna dos veículos durante o verão, diminuindo assim o consumo de energia do ar condicionado. Desenvolvida em colaboração com a empresa malaia Radi-Cool, a tecnologia utiliza metamateriais, compostos sintéticos que refletem a luz solar e minimizam a absorção de calor.

Desde novembro passado, um veículo de serviço Nissan NV100, equipado com a tinta experimental, está sendo testado no Aeroporto Internacional de Tóquio-Haneda. A escolha do local se deve às condições extremas de calor da pista, proporcionando um cenário ideal para avaliar a eficácia da tecnologia.

Segundo os resultados preliminares, a superfície do veículo tratado com a nova tinta registrou uma redução de até 12°C em comparação com um carro com pintura tradicional, além de uma diminuição de até 5°C na temperatura interna.

A tecnologia de resfriamento radiativo já é usada em edificações, mas a aplicação em automóveis apresenta desafios, como a necessidade de garantir uma espessura adequada e a compatibilidade com os padrões da Nissan.

A empresa ainda não divulgou quando a tecnologia poderá ser implementada em larga escala, mas o desenvolvimento contínuo aponta para um futuro onde veículos mais frescos e eficientes poderão se tornar uma realidade.

Cadeia do Frio: rompendo o ciclo vicioso do desperdício de alimentos

Investimentos em infraestrutura e tecnologia modernas melhoram a eficiência e confiabilidade da segurança alimentar.

A cadeia do frio desempenha um papel fundamental na preservação e na qualidade dos alimentos, desde a produção até o consumo. No entanto, enfrenta uma série de desafios que muitas vezes resultam em desperdício de alimentos significativo. Um dos principais desafios é a falta de infraestrutura adequada, especialmente em regiões remotas ou em desenvolvimento. A falta de armazenamento refrigerado e transporte refrigerado confiável pode levar à deterioração rápida dos alimentos, resultando em perdas substanciais.

Para enfrentar esses desafios e romper o ciclo vicioso do desperdício de alimentos, é necessário investimentos em infraestrutura e tecnologia modernas para melhorar a eficiência e a confiabilidade lançando mão de estratégias, envolvendo diversas ações, incluindo o transporte refrigerado, essencial para garantir a segurança, qualidade e longevidade de uma ampla gama de produtos, especialmente alimentos perecíveis, medicamentos e vacinas.

Ele destaca que a transparência do fornecedor é essencial, pois podem ocorrer problemas durante o transporte, como a variação da temperatura, e isso altera tanto o recebimento da mercadoria, a armazenagem e a exposição no ponto de venda.

“A segurança do alimento é a premissa maior dos supermercados e para obtê-la o primeiro passo é fazer o básico bem-feito, ou seja, seguir as recomendações dos órgãos de regulamentação quanto ao controle rigoroso da temperatura, fazer a manutenção periódica dos equipamentos, utilizar embalagens adequadas e traçar um bom planejamento logístico.

Marcio Milan, Vice-Presidente de Relações Institucionais e Administrativo da ABRAS

Esse conjunto de ações mitigadoras ajudam a combater o desperdício de alimentos decorrentes, principalmente, do rompimento da cadeia de frio que põe em risco a qualidade do alimento e a saúde do consumidor. Esses fatores são essenciais não somente para transporte de longa distância, mas também quando o produto vai ser enviados do Centro de Distribuição (CD) para as lojas ou nas cargas entre lojas com boas práticas de produção, de manuseio, de estocagem, de distribuição e de exposição no varejo.

Há uma forte atuação dos supermercados no combate ao desperdício de alimentos e, a depender da qualidade desses produtos, muitas vezes, ainda dentro do prazo de validade, eles são descartados por quebra da cadeia de frio e o comprometimento da sua qualidade”, informa Marcio Milan, Vice-Presidente de Relações Institucionais e Administrativo da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

“Há casos que há comprometimento da segurança do alimento e esses alimentos têm de ser descartados, gerando impactos para os supermercados. Já do ponto de vista operacional, a otimização do processo vai desde o processo de compra de modo a evitar produtos parados em estoques até a gestão de falta de produtos nas gôndolas (rupturas). Outro aspecto prático vem da movimentação coordenada dos produtos para evitar o excesso de manipulação, da criação de área adequada de recebimento dos perecíveis, da capacidade de armazenagem de acordo com cada grupo de produtos e de treinamento constante tanto por parte do fornecedor quanto do varejo. É praxe conferir a temperatura da mercadoria que será entregue no varejo para verificar se foram transportadas seguindo as recomendações do fabricante, pois a carreta frigorífica apenas mantém a temperatura, ou seja, ela não consegue reduzir a temperatura do alimento. Por isso, uma das maiores ênfases nas boas práticas começa antes mesmo do carregamento do caminhão. Outro ponto importante é que os entregadores dos supermercados devem ser treinados para orientar os fornecedores a apenas abrir o baú refrigerado no momento do desembarque, pois a abertura das portas permite a entrada de ar mais quente, causando um choque de temperatura que afeta a vida útil de prateleira”, diz Milan.

Existe uma série de boas práticas quando o assunto é desperdício de alimentos, acrescenta Marcelo Souza, Coordenador de Operações de Loja da Associação Paulista de Supermercados (APAS).

Marcelo Souza, Coordenador de Operações de Loja da APAS

“No caso do transporte, a preocupação é sempre com a manutenção da temperatura ideal para cada tipo de carga, pois toda variação impacta diretamente no tempo de vida e qualidade dos produtos. Como citado, a constância da temperatura ideal para cada produto é essencial. Assim, na prática, os pontos mais sensíveis do processo estão nas trocas de ambientes – do armazenamento fabril para o transporte, do caminhão para o depósito de loja e depois para exposição. Na operação de loja, os tempos de movimentação da carga são pontos de atenção, assim como a correta operação nos ambientes (capacidade das câmaras, controle de portas fechadas e não bloqueio da corrente de ar nos expositores). Já o controle de perdas é uma operação da loja, essencial para o sucesso do negócio. Mas, este inicia-se na entrada na loja, não havendo dados precisos sobre o processo de transporte. No transporte, além da temperatura, as embalagens desempenham papel essencial no resultado de redução de perdas e desperdício. A APAS disponibiliza aos seus associados diferentes ferramentas para gestão, na forma de produtos da Escola APAS, onde cursos específicos sobre este tema são oferecidos. Por meio da Prontz, temos a oferta de produtos e serviços voltados a operação de loja, onde o associado também encontra soluções aplicáveis”, orienta Souza.

Cadeia produtiva de abastecimento

De acordo com o Vice-Presidente de Relações Institucionais e Administrativo da ABRAS, dados da FAO (The Food and Agriculture Organization of the United Nations) analisados pela Análise World Resources Institute e Global Food Losses and Food Waste–Extent (WRI), apontam que a região da América Latina é a segunda mais eficiente na cadeia produtiva de abastecimento quanto comparada às demais regiões do mundo. Ela apresenta o menor índice de desperdício, 15%. No entanto, desse percentual 28% são gerados pelo consumidor, 28% vêm da fase de produção, 22% na entrega e armazenamento, 17% na etapa de distribuição e mercado e 6% em processamento.

“A ABRAS ressalta a importância da manutenção da cadeia do frio, não somente no transporte, mas durante o recebimento, o armazenamento, a exposição em loja, pois estamos vivenciando mudanças climáticas extremas. Recomendamos uma rotina de inspeção dos equipamentos de refrigeração, a constante aferição de temperatura e umidade dos expositores, a orientação para que o consumidor mantenha fechada as gôndolas refrigeradas, pois são medidas que contribuem para preservar a vida de prateleira e a qualidade dos alimentos perecíveis até a mesa do consumidor. Outro aspecto vem do uso de tecnologias já disponíveis para o rastreamento de temperatura dentro dos veículos e das caixas de produtos por meio de sensores. Oportuno falar do programa ‘Embalagem na Medida’, que visa a padronização das medidas de base das caixas transportadoras para proporcionar um encaixe coeso entre as embalagens e evitar danos aos produtos, como amassamento e rompimento de embalagens. Nos supermercados, a eficiência das embalagens modulares, tanto as de papelão, de isopor e de plásticos, foram testadas no recebimento dos produtos, no armazenamento nas câmaras frias e no abastecimento das bancas, e isso nos sinaliza para o aumento da eficiência operacional de vegetais frescos e de cargas que devam ser transportadas ou armazenadas em câmara fria gerando a otimização, a descarga dos caminhões e o armazenamento em menor tempo para evitar a quebra da cadeia do frio. É um programa gratuito e está apto para combater o desperdício de alimentos do campo até o varejo”, destaca Milan.

Veículos frigoríficos modernos, sistemas de monitoramento ambiental, rotinas de inspeção que acompanham temperatura e umidade durante o armazenamento, rompem o ciclo de desperdício com investimentos em tecnologia

Estratégias para preservação da qualidade

O transporte refrigerado é um elo essencial na cadeia do frio, mantendo a qualidade e a segurança de produtos sensíveis à temperatura ao longo de toda a cadeia de suprimentos, garantindo a segurança, qualidade e longevidade de uma ampla gama de produtos, especialmente alimentos perecíveis, medicamentos e vacinas. À medida que a demanda por esses produtos continua a crescer globalmente, a importância de soluções inovadoras e sustentáveis se torna ainda mais relevante.

Segundo as associações supermercadistas, um exemplo é a otimização do transporte de carne bovina até os supermercados que exige especial atenção. Essa etapa não só assegura a qualidade e a segurança do produto, mas também maximiza a eficiência operacional e minimiza os custos. Algumas estratégias para otimizar esse processo são:

1 – Manutenção rigorosa da cadeia do frio

– Controle de temperatura: Garantir o controle preciso da temperatura dentro dos veículos frigoríficos é essencial para manter a carne fresca e segura durante o transporte. Isso requer equipamentos de refrigeração de alta qualidade e bem mantidos.

– Monitoramento em tempo real: Utilizar tecnologias de IoT para monitorar as condições de temperatura e umidade em tempo real, permitindo intervenções imediatas caso ocorram desvios nos parâmetros ideais.

2 – Planejamento e roteirização eficientes

– Otimização de rotas: Desenvolver rotas de entrega que minimizem o tempo de trânsito e a distância, reduzindo o risco de quebra na cadeia do frio e maximizando a eficiência do combustível.

– Agendamento de cargas: Planejar os horários de carga e descarga para evitar a exposição prolongada a temperaturas inadequadas durante o processo de transporte.

3 – Capacitação e treinamento de equipe

– Formação de motoristas: Motoristas bem treinados são essenciais para o manejo adequado do transporte refrigerado. Eles devem estar aptos a operar equipamentos de refrigeração e monitorar as condições da carga.

– Boas Práticas de higiene: Assegurar que toda a equipe entenda e implemente rigorosas práticas de higiene para evitar contaminação cruzada.

4 – Embalagens apropriadas

– Embalagem isolante: Usar materiais de embalagem que ofereçam isolamento térmico adequado e protejam a carne durante o transporte.

– Sistema de empacotamento: Implementar sistemas que reduzam o espaço vazio nas embalagens, promovendo uma refrigeração mais uniforme e eficiente.

5 – Investimento em tecnologia

– Veículos modernos: Investir em veículos frigoríficos modernos, equipados com as últimas tecnologias de refrigeração e sistemas de monitoramento ambiental.

– Soluções de rastreamento: Implementar sistemas avançados de rastreamento e gerenciamento de frota para otimizar operações logísticas e responder rapidamente a quaisquer incidentes.

6 – Parcerias estratégicas

– Colaboração com fornecedores: Estabelecer parcerias com fornecedores confiáveis de equipamentos e serviços de manutenção para veículos frigoríficos.

– Integração na cadeia de suprimentos: Trabalhar em estreita colaboração com outros elos da cadeia de suprimentos, como abatedouros e supermercados, para garantir uma transição suave e eficiente da carne ao longo da cadeia.

“O transporte refrigerado enfrenta desafios como a necessidade de eficiência energética, a redução da pegada de carbono e a garantia de conectividade e monitoramento em tempo real das condições de transporte. Inovações tecnológicas, como IoT (Internet das Coisas), embalagens inteligentes e veículos movidos a energia limpa, estão sendo desenvolvidas para enfrentar esses desafios, tornando o transporte refrigerado mais sustentável e eficaz. Ao adotar essas estratégias, é possível não só melhorar a qualidade e a segurança dos produtos entregues aos consumidores, mas também aumentar a sustentabilidade e a lucratividade do setor de transporte frigorífico na cadeia de produção de carne bovina. Isso demonstra um compromisso com a excelência operacional e a responsabilidade ambiental e social”, conclui Souza.

Whirlpool investirá R$ 550 mi em fábricas de geladeiras e lavadoras no Brasil

A Whirlpool, detentora das marcas Brastemp e Consul, planeja investir R$ 550 milhões nos próximos três anos nas fábricas de Joinville (SC) e Rio Claro (SP), visando a produção de refrigeradores e lavadoras, respectivamente. Esse montante representa mais que o dobro do investimento anunciado em julho de 2021. O impulso para esta decisão é a conjunção de fatores, como a redução dos juros, recomposição da renda, crescimento populacional e a proximidade do fim da vida útil de metade dos eletrodomésticos nos lares brasileiros.

Gustavo Ambar, gerente-geral da Whirlpool no Brasil, destaca a reação gradual nas vendas desde o terceiro trimestre, impulsionada não apenas pela melhora na conjuntura econômica, mas também por uma campanha de reposicionamento da marca iniciada em setembro. A receita líquida consolidada da Whirlpool S.A. atingiu R$ 8,038 bilhões de janeiro a setembro, registrando um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O executivo acredita que os próximos três anos serão menos desafiadores do que os dois últimos. Destaca a queda gradual dos juros como um elemento crucial para o aumento do consumo. Os investimentos planejados se concentrarão na eficiência das fábricas, automação, lançamento de produtos, pesquisas de mercado, tecnologia e flexibilidade fabril, especialmente para a produção de geladeiras, que possui uma ampla variedade de modelos.

Sobre o plano de reindustrialização do governo, ele considera positiva a sinalização, mas destaca a necessidade de medidas específicas para o setor de linha branca, como redução de carga tributária e melhorias na infraestrutura.

Fonte: Estadão

Como a refrigeração se tornou vital para a saúde e o bem-estar

 

Do produtor rural até o consumidor final, tecnologias do frio também são indispensáveis na cadeia de suprimentos de alimentos.

As tecnologias de refrigeração e ar condicionado desempenham papéis cruciais no bem-estar e na saúde das pessoas ao redor do mundo. Como sabemos, a refrigeração é um dos principais pilares na promoção da segurança alimentar e na preservação da saúde pública.

Desde o produtor rural até o consumidor final, o setor é indispensável na cadeia de suprimentos de alimentos.

No campo, os sistemas frigoríficos ajudam a manter a qualidade dos produtos após a colheita, reduzindo o metabolismo dos alimentos e a taxa de decomposição. No transporte, a refrigeração continua impedindo o crescimento de micro-organismos patogênicos e preserva a qualidade nutricional dos alimentos in natura e industrializados.

“A refrigeração permite que os alimentos viajem grandes distâncias e ainda cheguem frescos aos consumidores”, diz o engenheiro mecânico Sérgio Eugênio da Silva, da escola profissionalizante paulistana Super Ar.

“Isso também significa que podemos ter uma dieta mais variada e nutritiva, com acesso a alimentos que não são produzidos localmente”, salienta.

A cadeia do frio também é essencial no setor da saúde, dado seu papel crucial na conservação de medicamentos, vacinas, amostras de sangue e órgãos humanos.

“Como observamos durante a pandemia da covid-19, refrigeradores, freezers, ultrafreezers, caminhões e armazéns frigoríficos foram cruciais para garantir a eficácia e a segurança das vacinas em toda a cadeia de distribuição”, exemplifica.

Guardião da qualidade do ar

O ar-condicionado, muitas vezes percebido como um mero fornecedor de conforto térmico, tem um papel mais profundo na saúde das pessoas. Para além de controlar a temperatura, muitos sistemas de climatização também regulam a umidade e filtram impurezas do ar, contribuindo para a qualidade do ar interior (QAI).

Em regiões de clima quente e úmido, como grande parte do Brasil, os condicionadores de ar podem reduzir significativamente o risco de doenças relacionadas ao calor, como a insolação. “O conforto térmico não é apenas uma questão de conforto em si, mas também de saúde em edifícios comerciais, residenciais e meios de transporte”, lembra o docente.

Além disso, em ambientes hospitalares, o controle de temperatura e umidade é essencial para prevenir a proliferação de bactérias e fungos, assim como para garantir a eficácia de procedimentos médicos – em salas de cirurgia, por exemplo, é necessário manter condições ambientais específicas para garantir a segurança do paciente e a eficácia do procedimento.

Os filtros de ar nos sistemas de ar condicionado também ajudam a reduzir a concentração de poluentes, como pólen, poeira e partículas finas, o que é essencial para pessoas com condições respiratórias, como asma ou alergias.

Em meio às ondas de calor mais intensas e frequentes em todo o mundo, a tecnologia se tornou bem de primeira necessidade. Afinal, esses eventos climáticos são extremamente perigosos para a saúde humana, podendo levar a doenças relacionadas ao calor e até mesmo à morte.

A população idosa e aqueles com doenças crônicas são particularmente vulneráveis a esses impactos. Com as temperaturas subindo acima dos níveis suportáveis, a demanda por sistemas de ar condicionado tem disparado.

No entanto, isso traz consigo desafios em termos de consumo de energia e emissões de gases de efeito estufa. Como resultado, a indústria está em busca de tecnologias mais eficientes e sustentáveis.

Uma tendência emergente é a refrigeração e a climatização inteligentes, que utilizam a internet das coisas (IoT) e a inteligência artificial (IA) para otimizar o desempenho e reduzir o consumo de energia.

“Essas tecnologias não só beneficiam o meio ambiente, mas contribuem para a melhoria da qualidade do ar e da segurança alimentar”, ressalta o especialista.

“Enfrentamos desafios, mas também oportunidades para aprimorar nossa indústria. Com o desenvolvimento contínuo de novas tecnologias e práticas sustentáveis, o HVAC-R continuará sendo vital para a nossa saúde e bem-estar”, avalia.

Refrigeração, uma longa história

Desde as mais rudimentares cavernas geladas à tecnologia de refrigeração de última geração, a busca do homem pelo frio tem moldado nossa sociedade de maneiras imensuráveis.

Enfim, a história da refrigeração começa muito antes da invenção da primeira geladeira. Desde os tempos pré-históricos, os humanos compreenderam a importância de preservar alimentos em temperaturas baixas para aumentar sua longevidade.

No inverno, a neve e o gelo eram armazenados em cavernas, covas e depósitos subterrâneos (ice houses, em inglês). Essas práticas continuaram por milênios, até que as tecnologias começaram a avançar.

O primeiro grande salto conceitual ocorreu em 1748, quando o professor escocês William Cullen desenvolveu a ideia de criar um meio de resfriamento artificial. Seu projeto não tinha aplicação prática, e chamou apenas a atenção de alguns cientistas.

Em 1805, o inventor americano Oliver Evans projetou, mas nunca construiu, o primeiro refrigerador movido a vapor. Foi apenas em 1834 que Jacob Perkins, outro americano, patenteou o primeiro refrigerador prático, que usava éter em um ciclo de compressão de vapor.

E a inovação na área não parou por aí. Em 1844, o médico americano John Gorrie usou o projeto de Oliver Evans para produzir gelo destinado a resfriar o ar para pacientes com febre amarela.

Em 1856, o jornalista britânico-australiano James Harrison criou uma máquina que produzia gelo em larga escala. E, em 1876, o físico e engenheiro alemão Carl von Linde inventou o processo de refrigeração por liquefação de gás, que ainda é usado em refrigeradores e freezers modernos.

Já o primeiro refrigerador doméstico foi introduzido em 1913, pela empresa americana Domelre, mas o equipamento não fez sucesso comercial.

Já a companhia Kelvinator, formada em maio de 1916, se deu bem melhor com os seus aparelhos que resfriavam usando uma bomba de calor de fase alternada.

Mas só em 1925 foram fabricados os primeiros refrigeradores que continham numa mesma unidade a caixa de resfriamento, o compressor e o condensador, trio que antes existia separado, ao lado ou embaixo da geladeira.

Por fim, o primeiro refrigerador a ter sucesso mundial foi um modelo da General Eletric (Monitor-Top) de 1927, uma geladeira que usava dióxido de enxofre como refrigerante. Nos anos seguintes, a refrigeração doméstica tornou-se cada vez mais comum, permitindo a segurança alimentar e a expansão da dieta humana.

Em paralelo, o ar-condicionado estava em ascensão. Em 1902, Willis Carrier inventou a primeira unidade de ar condicionado moderna. Inicialmente projetada para controlar a umidade em uma gráfica, a tecnologia foi rapidamente adotada por cinemas, teatros, escritórios e, eventualmente, residências, transformando a arquitetura e permitindo o crescimento de áreas outrora inabitáveis devido ao calor.

Para o professor Sérgio Eugênio, o desenvolvimento da refrigeração e do ar condicionado ao longo da história é um testemunho do engenho humano e da nossa busca contínua pelo conforto e pela sobrevivência.

“O futuro certamente trará novos avanços e desafios à medida que continuamos a refinar e reinventar essas tecnologias essenciais”, arremata.

Escassez de semicondutores impulsiona manutenção de placas eletrônicas

Brutalmente afetada pela covid-19, a partir de 2020, a indústria mundial de microchips agora corre para pelo menos retomar o patamar de produção pré-pandemia.

Usadas largamente em todo mundo – do setor de eletro-portáteis ao automobilístico e das fabricantes de mísseis às do HVAC-R, as placas eletrônicas, compostas por semicondutores, ainda continuam fazendo falta para atender à demanda por produtos novos.

Especialmente na China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul, onde se concentra grande parte da produção desses itens de alta tecnologia, a pandemia trouxe consigo uma série de desafios para fábricas e fornecedores.

Restrições de trabalho, fechamento temporário de fábricas e interrupções na cadeia de suprimentos levaram a uma diminuição brutal – ou mesmo, paralisação total – na produção desses componentes essenciais para o dia o dia das pessoas. Além disso, o aumento da demanda por dispositivos eletrônicos durante o período de lockdown, com mais pessoas trabalhando e estudando em casa, agravou ainda mais a situação.

“Antigamente, a produção dos chips era planejada para computadores, celulares e outros dispositivos de tecnologia da informação, e hoje há geladeiras com algum tipo de inteligência, carros conectados e processos ligados à Internet das Coisas, com várias máquinas conectadas digitalmente”, comenta Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria e devices consumer da consultoria IDC, para quem o crescimento do uso de chips em larga escala passou a exigir um total replanejamento das linhas de produção.

De acordo com a IDC, o mercado global de semicondutores deve fechar 2023 com 6% de aumento em relação ao ano anterior, perfazendo uma receita de US$ 676,3 bilhões, chegando a US$ 745,5 bilhões ao final de 2027. “Estados Unidos e Europa estão recebendo investimentos altíssimos em fábricas de semicondutores, que levam anos para serem construídas. Projetos iniciados em 2021 devem começar a produzir em 2024. São necessários bilhões de dólares para desenvolver uma fábrica dessas e pelo menos de quatro a cinco anos para entrar em produção”, explica Sakis, indicando que a oferta desses produtos tende a demorar um pouco para se estabilizar.

Conhecido por seu dinamismo, o mercado do frio se adaptou a este complexo e inédito processo gerado pela falta de semicondutores, a partir do desenvolvimento de técnicas avançadas para a recuperação de componentes. Assim, foi impulsionado principalmente o segmento formado por empresas e profissionais especializados em manutenção, reparo e recondicionamento de componentes danificados ou defeituosos em placas eletrônicas de equipamentos comerciais e residenciais.

O conserto de placas eletrônicas em vez de sua substituição total configurou-se em uma marcante mudança de abordagem, que não apenas contribui para uma utilização mais eficiente dos recursos, mas também reduz o impacto ambiental da indústria de eletrônicos, especialmente pelo prolongamento da vida útil dessas placas, evitando a produção desnecessária de novos dispositivos.

“Outra razão para esta alteração é o elevado custo das placas para reposição, muitas das quais podendo chegar a até 80% do valor do equipamento, inviabilizando o conserto. O reparo deixa essas placas funcionando perfeitamente a um baixo custo, não precisando descartar prematuramente o equipamento, além de ter a mesma garantia de uma nova, ou seja, três meses”, afirma o eletrotécnico Rogério Lima, fundador da Refrigeração Lima e do e-commerce Split Peças e sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

O especialista entende que o avanço da tecnologia Inverter, nos equipamentos de ar condicionado, é extremamente positivo, inclusive porque o reparo dessas placas é mais fácil e rápido. O funcionamento da placas Inverter tem uma importância enorme, porque elas – uma na unidade interna e outra na externa – se comunicam para que haja a execução de funções solicitadas pelo consumidor.

Primeira coisa a ser feita, comenta o Lima, é identificar o defeito que o equipamento está mostrando, e se ele indica o problema na unidade externa, não tem sentido ver a interna. Sabendo disso, é necessário verificar todas as conexões, tanto nas placas como nos seus periféricos, motor, ventilador, compressor, sensores e válvulas. Só depois parte-se para a identificação de defeito nas placas.

Limpeza preventiva

Nos aparelhos de ar condicionado Inverter e convencionais, a limpeza preventiva tem papel fundamental para um melhor funcionamento e rendimento do equipamento, além do aumento da vida útil.

A higiene das placas é feita igual a qualquer outra, apenas diferenciando que elas geralmente acabam sujando mais devido à função de ventilação presente nos equipamentos. A limpeza das placas deve ser realizada com álcool isopropílico, que é de rápida evaporação.

“Outra forma de prevenir principalmente a queima da placa da unidade externa é a troca da pasta térmica, principalmente em locais muito quentes, porque ela acaba ressecando e diminuindo a vida útil da sua função, que é retirar calor dos componentes da placa”, enfatiza Lima.

Quanto ao ferramental utilizado, não é tão extenso, sendo formado por ferros de solda, pinças, alicates de bico, multímetros digital e analógico, suporte para placas, sugador de solda, lupa, solda para placa eletrônica, fluxo para solda e uma pequena bancada de teste.

“É ideal utilizar, para o teste de placas, uma lâmpada em série para teste de curto, luvas antiestáticas e emborrachadas. Além de um bom disjuntor para proteção da sua rede elétrica”, recomenda o professor Roberto Messias, sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

Segundo ele, sempre deve-se identificar qual o erro indicado, por meio de códigos ou leds piscando, e com esta informação, eliminar todas as possibilidades que podem estar nos periféricos, para só depois avaliar a placa.

“Um dos defeitos mais comuns é a ‘placa morta’, em que o ar não liga ou não aciona o led da placa, após energizada. Este defeito pode ocorrer na entrada de tensão da placa, e quando ela é convertida de AC para DC, os principais componentes são os osciladores de tensão, ou TOP”, detalha Messias.

O professor salienta que já existem no mercado testes prontos disponibilizados por empresas que os construíram e testes dos próprios fabricantes, usados especificamente nos seus equipamentos.

Para facilitar as manutenções dessas placas, ele lembra do Método Inverter na Prática criou diversos testadores Inverter, como teste do motor BLDC; de compressor Inverter; de comunicação; de IPM; e de osciladores, compondo um rol com mais de 20 testes na plataforma de estudo.

“As placas eletrônicas estão ficando menores e mais eficientes, diminuindo componentes e centralizando algumas funções em partes mais inteligentes. Outra mudança para se produzir equipamentos mais econômicos e eficientes e de baixo consumo, está nos compressores Inverter, que gradualmente vêm melhorando sua tecnologia. Consequentemente, as placas precisam ser atualizadas para o perfeito funcionamento dos compressores”, complementa Messias.

Fujitsu anuncia campanha com mudança de nome

A Fujitsu General do Brasil, multinacional japonesa, anuncia mudança no programa de Família Fujitsu para Família Airstage. O programa de incentivo é exclusivamente para os instaladores, segundo a empresa, garantindo vantagens para o seu negócio.

“Não é preciso ser credenciado para participar do programa de incentivos, apenas fazer o cadastro no site para começar a participar”, ressalta o presidente da Fujitsu General do Brasil Akihide Sayama.

O programa funciona da seguinte maneira, depois de instalar os produtos e equipamentos da Fujitsu General do Brasil, basta cadastrar os dados da empresa no site, receber o e-mail de liberação e começar a registrar os equipamentos para obter pontos.

“Cada equipamento instalado vale pontos específicos, que podem ser trocados por prêmios exclusivos ou então por dinheiro. Quanto mais registrar, mais pontos serão acumulados”, explica Sayama.

Com o mote “Mais vantagens, mais incentivos, mais sucesso em nossos negócios”, a Família Airstage chega com a AIRSTAGE nova marca global de produtos da Fujitsu General do Brasil. “Essa mudança tem como objetivo fortalecer ainda mais a marca e destacar a linha de produtos de ar-condicionado globalmente, oferece soluções eficientes e inovadores que atendam todas as necessidades dos nossos consumidores”, pontua Akihide Sayama.

As principais mudanças poderão ser percebidas através da alteração do nome do logo do programa de benefícios, e da cor que passa a ser azul-esverdeada, além do domínio do site que será trocado também. Vale ressaltar também que a criação do selo do Programa Família Airstage foi criado como um elemento que representa três importantes símbolos: o balanço dos ventos dos equipamentos de ar-condicionado, a serpentina que é um dos componentes mais importantes do aparelho.

“A junção subjetiva desses elementos, criaram um movimento e conceitos únicos, que reforçam o sentido perfeito de função, tecnologia e colaboração. Todas essas mudanças poderão ser percebidas a partir do mês de abril, nas redes sociais e nos anúncios em revistas do segmento de refrigeração”, finaliza AkihideSayama.

De Macapá, Walter Maique agita virtualmente o setor de HVAC-R

Foi em 2017 que Walter Maique da Silva teve sua primeira experiência com o setor de climatização e refrigeração, ajudando a fazer uma manutenção em um equipamento de ar condicionado, despertando a vontade de quere aprender mais sobre o assunto.

“Tomei gosto pela área por causa deste trabalho. Logo em seguida, tive outra oportunidade de lidar com a manutenção de equipamentos e decidi fazer um curso técnico básico de climatização aqui em Macapá, capital do Amapá. Na mesma época, comecei a procurar na internet outros cursos, participei de vários e assim, fui ganhando experiência, tirando minhas dúvidas, tendo a grande oportunidade de assistir e fazer muitos treinamentos on-line. Um deles foi o da Samsung, que me proporcionou um contato maior com outros profissionais de diversas regiões do Brasil”, revela Walter.

Ele acrescenta que, quando veio a pandemia, não desistiu e intensificou sua presença através das redes sociais ampliando seu leque de contatos com outros professores e conhecendo pessoas que o ajudaram a conhecer mais a área com inúmeros treinamentos virtuais.

“Tudo isso foi me alimentado, promovendo meu crescimento e conhecimento, trabalhando de uma forma melhor, mais ágil e com progresso financeiro. Sou grato a cada pessoa que de alguma forma me transmitiu todo o conhecimento que tenho hoje”.

Aos 29 anos, ele está a frente da W.A Serviços e Climatização, empresa instalada em Macapá, presta serviços como instalador técnico e mantém seu negócio de vendas de equipamentos e revendas de ferramentas e insumos do setor.

“Faço vendas on-line de equipamento através dos parceiros e distribuidores, que nos possibilita trabalhar e ajudar o profissional a crescer. Vejo o mercado de e-commerce muito promissor para a nossa área, basta querer e prosseguir, ou seja, para nos tornarmos um bom profissional depende de cada um de nós! Claro que no início temos nossa dificuldade em aprender a evoluir, mas é preciso persistência, se permitir fazer e querer dar o melhor de si, superando as dificuldades e agarrando as oportunidades!”.

Walter mantém sempre suas redes sociais atualizadas e com informações de seus serviços e vendas on-line tanto no Facebook quanto no Instagram, e acredita que boa parte do sucesso hoje vem da importância dessas redes sociais, divulgando tanto produtos como serviços.

Ele destaca o desenvolvimento tecnológico do setor, principalmente, os produtos com tecnologia inverter, ressaltando a importância da capacitação profissional, com qualificação para prestar um excelente serviço e fidelizar sua clientela, além do preparado para atender a demanda de clientes.

Classe refrigerista

“Sou feliz por hoje fazer parte do ciclo de amigos da classe refrigerista. Fiz tantas novas amizades e muito grato a Deus pela oportunidade. E nas horas vagas, gosto de assistir live da refrigeração, treinamentos on-line!”, diz sorrindo.

Fazer caminhada ouvindo a rádio “birikina”, faz parte de seus hobbies, além de assistir uma boa TV.

Seu pai é sua fonte de inspiração, mesmo estando longe: “Mesmo com suas dificuldades, ele nunca desiste, sempre fazendo seu trabalho na luta do dia a dia, também como empreendedor”!

Um sonho que Walter acalenta: Conviver com pessoas de outras nacionalidades e quem sabe um dia, morar na Itália!

Ele deixa seu recado: “Agradeço a classe do setor de HVAC-R por nos impulsionar a crescer no mercado, a cada professor que de alguma forma disseminou informações e conteúdo, também aos distribuidores e parceiros refrigeristas por nos ajudar! E como diz o professor Job Ney: “Vamos derrubar muros e construir pontes’”, finaliza Walter.

Com sua família, Walter tem seu pai como mentor e exemplo de vida.

Mayekawa lança sistema de refrigeração para barcos pesqueiros

A Mayekawa do Brasil acabou de lançar o Chiller RSW (Refrigerated Sea Water), um sistema de refrigeração para água do mar utilizado a bordo de barcos pesqueiros para preservar grandes capturas de peixes em alto mar, que, em um período mínimo, os peixes são resfriados próximo ao ponto de congelamento da água do mar, garantindo sua conservação e qualidade durante o transporte.

Para o diretor da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni, “armazenar os peixes em um sistema de refrigeração de água do mar é um método eficaz de preservar a captura até o descarregamento em terra”, afirma.

Segundo a empresa, o novo chiller é um equipamento compacto com dimensões reduzidas para se adequar a barcos e navios e possui como destaque um evaporador spray com expansão seca, que permite alto coeficiente de transferência térmica. Além disso não necessita de bomba de amônia. Devido à sua aplicação, os tubos, conexões de água e as tampas dos trocadores são fabricadas em titânio, conferindo alta resistência à corrosão. A carga de amônia é de 5 a 10 vezes menor se comparada a um chiller convencional.

Barcos Frigoríficos

Na pesca comercial, os barcos frigoríficos são determinantes na conservação dos peixes recém pescados. Com porões equipados de maquinários de refrigeração, essas embarcações contam com uma grande estrutura para manter o peixe na temperatura ideal até chegar aos frigoríficos terrestres. “A questão é o logo após a pesca, o quão rápido o peixe é levado ao frigorífico do navio, pois assim que for abatido, ele deve ser congelado (dentro de 1h) numa temperatura mínima de – 40 ºC. Esse processo de congelamento, conhecido como ultrarrápido, determina a qualidade que o alimento terá depois de descongelado”, explica Guglielmoni.

Para se ter uma ideia, um barco de pesca tradicional conta apenas com um porão de gelo e chega a ficar um mês com a mercadoria, havendo muito desperdício, pois o peixe que é pescado no primeiro dia muitas vezes é descarregado estragado. Já a embarcação equipada com frigorífico possui um sistema de refrigeração, garantindo peixe fresco e saudável para consumo.

No Brasil

Em alguns lugares do mundo, como na Alemanha, todo o processo de captura, congelamento, classificação e embalagem do peixe é realizado dentro dos próprios barcos frigoríficos. Após descarregada, a mercadoria é encaminhada diretamente ao cliente. No Brasil, essa tecnologia ainda não acontece. O processo geral ainda é feito em frigoríficos terrestres. Já na América Latina, a pesca é fundamental para a economia e, para muitos dos que ali vivem, um modo de vida. De acordo com a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a região produz 21,5 milhões de toneladas métricas de pescado por ano, um quarto da produção anual mundial. E, na América Latina, cerca de 2,3 milhões de pessoas participam da pesca.