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Novos processos de esterilização aceleram QAI nos transportes coletivos

Filtros HEPA, lâmpadas UV-C, ionização bipolar e fotocatalisadores são aplicados para elevar a qualidade do ar interior em ônibus, aviões, barcos de passageiros, trens e metrôs pelo Brasil.

Se a qualidade do ar que respiramos já fazia parte das preocupações diárias das pessoas – especialmente de quem tem doenças pulmonares ou alergias –, este comportamento da sociedade se tornou ainda mais evidente a partir da pandemia de covid-19, que no Brasil teve início em fevereiro de 2020.

No auge da crise sanitária, as restrições tomadas nos transportes públicos, como o distanciamento social – quando possível – e o uso obrigatório de máscaras, foram essenciais para barrar uma maior disseminação do coronavírus entre os passageiros.

Da mesma forma, a aplicação de processos tecnológicos para a esterilização do ar interior e desinfecção de superfícies continua no mesmo ritmo. Ônibus, aviões, barcos de passageiros, trens e metrôs pelo Brasil têm passado por uma variedade de procedimentos, como filtros HEPA, lâmpadas UV-C, ionização bipolar e fotocatalisadores.

Estes processos ganharam ainda mais importância para manter a saúde de quem usa o transporte coletivo, uma vez que muitas cidades já suspenderam a obrigatoriedade da máscara. No estado de São Paulo, por exemplo, essa regra caiu em 9 de setembro, após sinalização positiva do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS).

Vale, portanto, para os ônibus da capital paulista (SPTrans), transportes metropolitanos (EMTU, CPTM, Metrô, ViaQuatro, ViaMobilidade), transportes suburbanos (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e ônibus municipais das 645 cidades do estado.

“A conscientização sobre a importância de cuidar do ar em ambientes fechados aumentou. Um exemplo disso é que antes esse tema era majoritariamente conduzido pela equipe de manutenção, em nível gerencial. Hoje, vemos outros players atentos a isso dentro das empresas, como diretores e outros setores como saúde ocupacional, RH e até marketing”, argumenta o CEO da Conforlab, Leonardo Cozac, presidente do Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI).

“A pandemia trouxe à luz um problema que já era conhecido dos especialistas, e a qualidade interna do ar passou a ser um dos fatores mais solicitados pelos colaboradores, como ficou evidente por uma pesquisa da Harvard Business Review. As pessoas passaram a entender o risco de saúde que existe em trabalhar em locais que não têm boa qualidade do ar interno”, emenda o CEO da Ecoquest, Henrique Cury, past-presidente do Departamento de Qualidade Interno (Qualindoor) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Ambos os especialistas concordam que as ações de prevenção, em relação à adaptação dos sistemas de ar-condicionado, executadas pelo poder público ao longo da pandemia, ficaram aquém do ideal para o tipo de emergência que se abateu no país.

“Observei o surgimento de algumas leis municipais, como o caso de Santos, exigindo um melhor controle e qualidade do ar nesses locais. Mas ainda é muito pouco dentro da real necessidade”, pontua Cozac.

Seu colega concorda que pouca coisa foi feita para proteger os usuários dos transportes públicos, a exemplo da exigência do uso de máscaras em terminais e dentro dos veículos. “É necessária a implementação de normativas visando a melhora da qualidade interna do ar nesses locais de grande concentração de pessoas e, consequentemente, de grande risco”, complementa.

De acordo com eles, cada uma das soluções hoje utilizadas, principalmente lâmpadas UV-C, ionização e fotocatálise, tem sua aplicação e benefícios, devendo ser sempre utilizadas com apoio técnico de especialistas. Estas tecnologias atuam na redução de alguns gases, material particulado e micro-organismos, como fungos, bactérias e vírus.

Luz UV-C

Usada para descontaminação do ambiente interno dos meios de transportes, a luz UV-C atua na desinfecção de tudo o que alcança, como assentos, barras, chão, portas, janelas e paredes desses veículos.

“Se forem usadas adequadamente, essa e outras tecnologias têm eficácia para as superfícies e o ar. Devem ser instaladas por especialistas para serem eficazes e seguras, atentando-se às pessoas e aos materiais de acabamento dos veículos”, pondera Cozac.

Para Cury, a luz UV-C germicida, neste momento, não é economicamente viável para inativação de patógenos no ar e não é tão eficiente na limpeza de superfícies, como ocorre com o uso de produtos de limpeza. “Além de poder danificar materiais, a luz UV-C germicida tem problemas no tratamento de superfícies curvas, pois as sombras que teremos não permitirão o devido tratamento”, alerta.

Tanto o CEO do Conforlab quanto o CEO da Ecoquest acreditam que a tecnologia mais inovadora contra patógenos, em ambientes de uso coletivo, é a fotocatálise. “Este sistema de purificação do ar ativo, que trata o ar e as superfícies, pode ser utilizado em ambientes ocupados por pessoas”, afirma Cozac.

O diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, entretanto, salienta que as lâmpadas UV-C para desinfecção de veículos podem ser efetivas em superfícies lisas e totalmente irradiadas, assim como nas serpentinas e dutos do sistema de climatização, onde são usadas de forma contínua.

“A simples desinfecção da cabine do veículo não é representativa, uma vez que o primeiro usuário infectado ao entrar no veículo, quando este inicia seu turno de trabalho, vai lançar contaminantes no ar, e aí é que está o maior problema”, enfatiza Abreu, concordando que a limpeza e desinfecção de superfícies entre turnos de uso é importante, “mas a técnica mais eficaz e recomendada pela Anvisa é a aplicação de desinfetantes químicos, sendo o mais eficiente o ácido peracético”.

O CTO da Dannenge International entende que a ionização bipolar e os fotocatalisadores foram as duas tecnologias aplicadas com sucesso nos sistemas de climatização dos veículos, pois manteve-se a configuração original desses equipamentos.

“A ionização bipolar tem alcance restrito, e basicamente os micro-organismos são eliminados somente na passagem pelos ionizadores. A tecnologia funciona como um filtro, porém de alta eficiência, sem necessidade de alteração dos ventiladores do sistema de climatização. Por outro lado, os fotocatalisadores são equipamentos que geram peróxido de hidrogênio, que arrastado pelas correntes de ar e por meio de difusão gasosa preenche todo o espaço ocupado do veículo”, explica Abreu.

Segundo o especialista, o peróxido de hidrogênio (comercialmente conhecido como água oxigenada) é um poderoso agente biocida para organismos unicelulares, além de excelente oxidante para o controle de gases orgânicos no ambiente. “Ou seja, combate o contaminante no caminho entre o emissor infectado e seus vizinhos”, conclui.

O mesmo movimento em torno da QAI tem ocorrido no exterior. Em Nova York, nos Estados Unidos, uma tecnologia inovadora começou a ser usada em mais de 100 ônibus escolares da empresa Meir Transport, nas regiões do Brooklyn e do Queens.

Aplicada em 87 países, incluindo escolas, hospitais e escritórios, este novo sistema de ventilação de bordo tem diversos níveis de filtragem e desinfecção. Ele também se conecta ao sistema wi-fi e cria um painel da web com informações, em tempo real, sobre as condições do ar interior.

Os sensores fornecem dados sobre temperatura, níveis de dióxido de carbono e monóxido de carbono e patógenos que podem transmitir doenças. Com essas informações disponíveis é possível aos gestores planejar estratégias para prevenção e combate ao novo coronavírus.

Legislações

A partir da disseminação do novo coronavírus, muitos estados e municípios passaram a buscar soluções para o problema gerados pela contaminação do ar e das superfícies.

Em julho de 2020, alguns meses após o início da pandemia, o estado da Paraíba foi um dos pioneiros a aprovar legislação para a prevenção contra a covid-19. O texto, proveniente do Projeto de Lei nº 1.552/2020, do deputado estadual Ricardo Barbosa, determinou às concessionárias de transportes públicos que diariamente realizem a desinfecção e limpeza de seus veículos.

Bem mais tarde, em 12 de janeiro deste ano, o estado do Amazonas publicou a Lei n° 5.789, obrigando as concessionárias que operam no serviço de transporte rodoviário e hidroviário intermunicipal a, semanalmente, realizar a desinfecção e a limpeza dos veículos para a contenção da covid-19.

De acordo com a legislação, as empresas que não cumprirem o disposto poderão ter suas concessões suspensas ou mesmo cassadas. A fiscalização é competência da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado (Arsepam).

Já a cidade de Santos aprovou a Lei Complementar nº 1.165, de 20 de abril de 2022, que entrará em vigor em 17 de outubro, 180 dias após ser publicada no Diário Oficial. Ela institui o “Selo de Qualidade do Ar no Transporte Coletivo Urbano”, que será afixado em cada veículo e conterá a data da última limpeza e manutenção do equipamento de refrigeração.

Além disso, as concessionárias de transporte coletivo urbano deverão apresentar, semestralmente, ao órgão competente da Prefeitura, laudo elaborado por responsável técnico informando as condições de limpeza, manutenção, operação e controle dos equipamentos do sistema de climatização dos veículos, bem como da aferição e atendimento dos parâmetros de qualidade do ar. O descumprimento da lei poderá gerar desde advertência até multa no valor de R$ 1 mil, aplicada em dobro em caso de reincidência.

De acordo com o diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, o problema está no fato de que todas as legislações levaram em consideração a transmissão indireta, por gotículas com vírus depositadas sobre superfícies. “Sabemos hoje que o problema principal é a transmissão direta, por via aérea”, salienta.

O executivo comenta ainda que atualmente existem testes que podem ser realizados para avaliar a concentração de determinado contaminante sobre uma superfície e, submetido um ambiente a diferentes condições, por exemplo, sem filtro ou com purificador, é possível inferir a eficácia do equipamento.

“Mas como realizar estes testes de uma forma padrão, de modo que possam ser repetidos e certificados por diferentes entidades? É uma resposta a um problema que a engenharia nacional e os cientistas da área necessitam encontrar e fornecer”, complementa Abreu.

Pandemia impulsiona processos de tratamento de ar

Nos últimos 2 anos, mercado viu crescer como nunca a preocupação com a qualidade do ar de interiores

Processos antes deixados em segundo plano por parcela considerável das empresas brasileiras, as boas práticas envolvendo filtragem, descontaminação e renovação de ar ganharam força durante a pandemia do novo coronavírus.

Neste período estimulou-se o desenvolvimento de novos projetos, impulsionando a indústria, o varejo e a prestação de serviços na cadeia do frio. Nunca houve tantos holofotes sobre a qualidade do ar de interiores como nos últimos dois anos.

Para muitos especialistas na área de saúde, já podemos dizer que o País entrou em uma fase pós-covid-19, por haver mais de 74% da população completamente vacinada, situação que levou ao relaxamento das medidas sanitárias, como a desobrigação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, anunciadas por vários estados e cidades, a partir da primeira quinzena de março.

“Houve mudanças muito positivas no HVAC-R, que passou a dar mais atenção às boas práticas em todos os aspectos, como melhor renovação de ar, aumento do grau de filtragem, bem como a realização de um maior volume de análises de qualidade do ar”, contextualiza o engenheiro Marcelo Munhoz, diretor comercial e sócio da Sicflux e presidente do Departamento de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Qualindoor/Abrava).

O dirigente argumenta que antes da pandemia era difícil convencer os empresários sobre a importância das boas práticas. “Mas, com a pandemia estampando óbitos e a sociedade sendo massacrada com informações, hoje é muito mais fácil exemplificar e provar que cuidar da qualidade do ar é essencial”, pontua.

Nestes últimos dois anos, em que a pandemia esteve 100% do tempo no centro do noticiário em todo mundo, o mercado do frio não parou de buscar soluções tecnológicas para tornar os ambientes mais seguros contra contaminações.

Para o dirigente, os grandes destaques do período pandêmico foram as caixas de ventilação mais evoluídas, que circulam o ar interno com filtragem Hepa e células de descontaminação que inativam vírus; recuperadores de calor com inativação de vírus; algumas soluções em nanotecnologia, além de um movimento de inventores com o propósito de criar produtos que filtram o ar, voltados para as pessoas de baixa renda.

Os atuais sistemas de filtragem, descontaminação e renovação de ar disponíveis no mercado têm dado conta do desafio. Enquanto sistemas de filtragem diminuem consideravelmente os particulados que ficam pelo ar, os sistemas de descontaminação inativam vírus e fungos. “Já os sistemas de renovação atuam para trocar o ar do ambiente fechado, diminuindo a concentração de CO2, o que impacta diretamente na produtividade e aprendizagem das pessoas”, explica Munhoz.

O presidente do Qualindoor afirma que instalações malfeitas e ausência de medidas preventivas podem gerar vários tipos de contaminações por bactérias, vírus e fungos (bolor e mofo) nos sistemas de condicionamento de ar.

“Processos com problemas de execução, no caso da qualidade do ar de interiores, são pródigos em desencadear doenças respiratórias, principalmente no inverno. Levantamento feito pelo SUS mostra claramente que junho, julho e agosto são os meses com a maior taxa de pessoas com doenças respiratórias, pois é justamente no inverno quando as elas ficam mais enclausuradas em ambientes fechados, evidenciando que precisamos tratar do ar que respiramos”, exemplifica.

PMOC

Estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle é o conjunto de documentos onde constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Nestes quatro anos em vigor, o PMOC trouxe avanços práticos para o HVAC-R nacional, em termos de QAI. “No meu ponto de vista, avançou-se ao obrigar todos os estabelecimentos comerciais a fazer o certo, isto é, ter sempre em dia a manutenção e a limpeza dos sistemas, bem como manter uma renovação de ar adequada e obrigar a existência de um responsável técnico pelas instalações de HVAC-R”, salienta Munhoz.

De outro lado, conclama o engenheiro, o setor precisa unir esforços, inclusive com todas as associações de classe, de modo que se aprovem leis sobre QAI e punições mais severas de profissionais e consumidores que queiram agir de má-fé.

Em 2020, por exemplo, a Abrava idealizou o Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), iniciativa com a participação de mais de 30 entidades multidisciplinares, que se reúnem e desenvolvem ações de forma colaborativa para mobilização da sociedade e à adoção de medidas capazes de promover a qualidade do ar em ambientes internos.

“Nosso mercado está no modo ‘pode tudo’, e os maus profissionais continuam fazendo o que querem sem serem barrados de alguma forma. Além disso, precisamos ter mais voz nos meios de comunicação para explicar, de forma clara, os riscos de uma má QAI, bem como o que pode ou não se fazer neste processo”, complementa.

Panasonic deve investir US$ 870 mi no setor de ar condicionado nos próximos 5 anos

A Panasonic deve investir US$ 867 milhões em seus negócios de ar condicionado e qualidade do ar nos próximos cinco anos, de acordo com uma reportagem publicada pelo Nikkei Asia.

Falando sobre o lançamento de seu primeiro equipamento comercial de climatização que incorpora funções de renovação de ar, esterilização, desodorização e umidificação, o jornal asiático informou que a indústria está buscando capitalizar o crescente interesse em sistemas de ar condicionado alimentado pela pandemia do novo coronavírus.

A empresa sediada em Osaka, no Japão, está projetando vendas de US$ 8,7 bilhões no ramo de climatização durante o ano fiscal de 2025 – um aumento de 40% em relação ao ano fiscal de 2021.

A Panasonic anunciou que adicionará instalações de pesquisas e testes em fábricas na Malásia e na cidade japonesa de c durante o ano fiscal de 2022.

Presenciais ou a distância, cursos reforçam importância da capacitação profissional

Durante a pandemia, escolas técnicas e profissionalizantes da área de refrigeração e climatização foram obrigadas a se reinventar e investir em parcerias para continuar operando, sobretudo no ambiente virtual/EAD.

Apesar das turbulências criadas pela disseminação do novo coronavírus, o segmento de cursos presenciais e a distância voltados para o mercado do frio foi impulsionado em 2021, com escolas técnicas registrando crescimento na procura por treinamentos voltados à formação e reciclagem de profissionais do HVAC-R.

Como as escolas já vinham investindo em plataformas de ensino on-line mesmo antes do estouro da pandemia, a transição para o EaD durante o período mais rígido do distanciamento social foi, de certa forma, facilitada.

A ausência de aulas presenciais foi sentida, é verdade, afinal há disciplinas que obrigatoriamente precisam da interação direta entre professor e aluno, fundamental para a absorção de conteúdo, por exemplo, acerca do modo correto de ser fazer determinados procedimentos.

De outro lado, o aprimoramento das tecnologias de transmissão de dados e a consequente adaptação de conteúdos provaram ser possível ensinar e aprender virtualmente conceitos básicos e avançados disponíveis nos tradicionais currículos da área de refrigeração.

“Mesmo com pesados investimentos em produção de material didático, com videoaulas de todas as práticas prontas para os alunos assistirem quantas vezes desejarem, é impossível ensinar um aluno a fazer brasagem, popularmente conhecida como soldagem, somente a distância”, exemplifica o professor Alexandre Fernandes Santos, proprietário da Escola Técnica Profissional (ETP) e da Faculdade Profissional (Fapro), de Curitiba (PR). Juntos, os estabelecimentos têm 700 alunos matriculados.

O empresário enfatiza que as instituições de ensino já tinham se adaptado para operar com a modalidade de EaD, independentemente da pandemia. Lembra ainda que, como havia muitas turmas do ensino presencial, foi muito difícil para a instituição, os professores e alunos fazerem a transição para o ambiente online.

“Perdemos alguns alunos da modalidade presencial, ao mesmo tempo em que aumentamos a quantidade de alunos no EaD. Nesse período, aceleramos o processo de aprovação do primeiro curso de graduação a distância na área de refrigeração e climatização do Brasil e do primeiro curso técnico em refrigeração e climatização”, explica.

A ETP fechou 2021 com um crescimento de 58,57% sobre uma meta que já era 40% maior que a anterior, batendo assim o recorde histórico de matrículas em um único curso da instituição. A meta para 2022 é expandir 20%.

Cooperação Alemã e o Ministério do Meio Ambiente. A partir de 2023, teremos os primeiros cursos em espanhol para ofertar para a América Latina”, comemora Alexandre.

Para o engenheiro mecânico Sérgio Eugênio da Silva, diretor da Super Ar, as aulas online vieram para ficar e já se tornaram uma realidade no mercado do frio, não sendo mais possível para qualquer instituição oferecer apenas aulas presenciais. De agora em diante, aprendizagem será hibrida com parte de aulas presenciais e as aulas laboratoriais será presencial, diz.

“A adoção do ensino a distância se mostrou um imenso desafio, pois tivemos de nos reinventar. Acreditava somente em aulas presenciais, mas com a pandemia, fizemos parcerias com alguns distribuidores e fabricantes para lançar a modalidade EaD, com o mesmo conteúdo do presencial”, salienta ele, frisando que mesmo

“Esse crescimento está pautado na oferta de novos cursos EaD, como a graduação de tecnólogo em refrigeração e climatização e tecnólogo em manutenção industrial. Além disso, teremos um dos maiores laboratórios de fluidos refrigerantes naturais com ênfase em CO2 e hidrocarbonetos em parceria com a GIZ [Agência de o curso online tendo um valor mais baixo, o aluno ainda prefere o presencial.

“Embora 2020 tenha sido surpreendente, com um crescimento próximo de 40% em relação ao ano anterior, 2021, entretanto, já foi tímido, muito em função da retração da economia do País. Em 2022, iremos inovar com sistemas e máquinas novas para atrair e captar novos alunos”, revela.

Escolas buscaram sistemas EAD

Parcerias

Estratégia adotada por algumas escolas durante a pandemia, a celebração de parcerias foi bastante positiva para incrementar a formação de mão de obra e manter a qualidade dos treinamentos.

A escola profissionalizante Thermo Cursos, de São José do Rio Preto (SP), por exemplo, foi bem-sucedida nesse tipo de solução. Fundada em 2013 e com mais de 3 mil alunos já formados, oferece atualmente 12 cursos na área de climatização, cinco na de refrigeração e um sobre comandos elétricos aplicados à climatização e refrigeração, todos com média de 40 horas. Com laboratório equipado com modernos equipamentos e ferramentais, o estabelecimento firmou parceria com a Midea Carrier, transformando-se em um centro de treinamento da multinacional no Brasil, onde técnicos da companhia são continuamente capacitados.

Em 2021, a Themo Cursos fechou convênio com a Escola Técnica Profissional (ETP), passando a oferecer treinamentos online dos cursos de técnico em refrigeração e climatização e de pós-graduação em engenharia de refrigeração e climatização. Em 2022, a ideia é incluir outros treinamentos, como manutenção em compressores.

“Durante toda a pandemia, como as demais instituições, tivemos que nos reinventar. Ficamos fechados por nove meses. Neste período, as parcerias foram nosso grande alicerce. Começamos a oferecer cursos EaD da ETP e da Midea Carrier aos nossos alunos, processo que foi o nosso grande marco em 2021”, afirma o coordenador técnico da instituição, Américo Martins Junior. Com alunos em toda a América Latina, Portugal, Itália, Angola e Estados Unidos, a Thermo Cursos percebeu que, durante a pandemia, as pessoas sentiram que se não buscassem qualificação, ficaria muito difícil de se manter, pois muitos profissionais foram desligados das empresas.

“Os cursos EaD deverão dominar o mercado, e em 2022, tanto os fabricantes quanto as escolas deverão continuar inovando nesta área”, ressalta o professor, lembrando que a escola cresceu 30% em 2021 em relação a 2020, devendo obter um resultado ainda melhor em 2022.

Adaptação complexa

“Foram 127 dias nebulosos para a Caprerj”, descreve o CEO do Instituto de Capacitação de Refrigeristas e Eletricistas do Rio de Janeiro, Fábio Anderson de Freitas dos Santos. “Havia acabado de assumir a direção da escola e não tínhamos capital de giro nem tempo para hábil para realizar a gravação de cursos on-line e realizar vendas para ter um faturamento mínimo”, lembra.

A instituição retomou as atividades no final de julho de 2020, e o tempo da parada foi utilizado pela diretoria para aprimorar novos conhecimentos em finanças, pedagogia, administrativo, gestão de pessoas, PNL, refrigeração, marketing, comercial e fortalecer nosso network virtual. “A partir desse retorno, literalmente colocamos a mão na massa para fazer obras de reestruturação em nossa unidade”, afirma.

Atualmente, o Caprerj, com sede no bairro de Madureira, na cidade do Rio de Janeiro, conta com turma de 40 alunos mensalmente em capacitação na área da refrigeração, e a projeção para 2022 é dobrar esse número, uma vez que os departamentos comercial e de marketing digital foram reestruturados.

“Nossos projetos futuros consistem na capacitação hibrida (EaD/presencial) de todos os cursos, inclusive os que hoje estão em desenvolvimento, como reparo de placas eletrônicas, câmara frigorifica e PMOC/renovação de ar, treinamentos que deverão estar em funcionamento até junho ou julho deste ano”, projeta. Com média de 350 alunos em seus polos no bairro carioca de Cascadura e na cidade São Gonçalo (RJ), a escola Serae também teve uma adaptação complexa. Com o fechamento dos estabelecimentos durante o momento mais difícil da pandemia, a instituição começou a ofertar aulas em lives, sem, no entanto, substituir as aulas presenciais, que foram reativadas assim que a atividade foi liberada.

“Mesmo com todas as mudanças, a maioria dos alunos permaneceu. Com isso, nossas expectativas para este ano são as melhores possíveis. Estamos investindo para oferecer cada vez mais o que os nossos alunos e o mercado precisam”, salienta o sócio-diretor João Vagner Possani.

Atualmente, a Serae conta com treinamentos presenciais e on-line, tendo como destaques os cursos de refrigeração domiciliar, split system, split system inverter, self contained, chiller, VRF, câmara frigorífica e máquina de lavar e secar roupa.

Mas o ensino a distância nem sempre conquista alunos, conforme deixa claro o empresário Luiz Martins, sócio da Escola Argos, fundada em 1961 e que conta com duas unidades na capital paulista e em torno de 400 alunos.

“Embora a instituição tenha adaptado seu currículo presencial ao online e tentado promover atividades em plataforma virtual, não houve aceitação dessa mudança radical por parte de nossos alunos. Com a proibição das aulas regulares em salas de teoria, só nos foi possível ministrar aulas de prática em oficinas e laboratórios, com restrições”, conta.

Embora não divulgue números de 2021, o gestor diz estar esperançoso sobre o desempenho em 2022, mesmo porque a defasagem que já havia pela falta de profissionais no mercado do frio aumentou de maneira expressiva. “Continuamos nos empenhando para que nossa retomada seja satisfatória”, completa Martins.

Cultura do home office fortalece indústria de splits

Trabalho remoto alavanca vendas de aparelhos de ar condicionado residenciais.

No início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as vendas das indústrias de sistemas de ar condicionado desabaram. Aos poucos, porém, a cultura do home office, impulsionada pelas medidas de distanciamento social adotadas para conter a disseminação da covid-19 na fase mais crítica da crise sanitária – acabou fortalecendo a demanda aqui e mundo afora. Afinal de contas, para se trabalhar em casa, não basta apenas ter um computador conectado à internet. É preciso muito mais do que isso, e um dos itens indispensáveis é conforto, conforme salientam fabricantes ouvidos pela Revista do Frio.

Como há muito é sabido, conforto térmico – definido pela Ashrae como “uma condição mental que expressa satisfação com as condições térmicas do ambiente que é avaliado de forma subjetiva pelo indivíduo” – é sinônimo de saúde e produtividade. Em ambientes mais frios, o corpo humano mostra-se mais cansado e mais lento, enquanto os locais mais quentes interferem diretamente na capacidade de concentração.

Enfim, a necessidade de criar um ambiente de trabalho doméstico mais agradável e produtivo “levou as pessoas a investir em ar-condicionado para suas casas”, segundo o diretor de produto da Johnson Controls-Hitachi para a América do Sul, Gerson Robaina.

“Por isso, um dos nossos principais objetivos para os próximos anos é incrementar nossa atuação junto a esse nicho de mercado”, afirma. O mercado de splits hi-wall também se beneficiou das altas temperaturas em algumas regiões do planeta, de acordo a último relatório semestral sobre o segmento feito pela consultoria britânica BSRIA.

O documento aponta que, apesar da melhora do quadro sanitário – em razão da eficácia das medidas preventivas e do avanço da vacinação contra a covid-19 –, muitas pessoas continuam trabalhando, de forma total ou parcial, em casa.

Gargalos momentâneos

Nos últimos tempos, a escassez global de chips e semicondutores e o aumento geral do tempo de espera para recebimento de componentes para fabricação de sistemas de refrigeração e climatização criaram gargalos na cadeia de suprimentos, como a alta do cobre e a disparada generalizada dos preços dos fluidos refrigerantes. “Estamos vivenciando um momento em que o frete internacional teve um aumento significativo, da ordem de 700%”, lembra Robaina.

“A crise das commodities é um fato comum a toda indústria, não somente do setor de ar condicionado, e estamos nos esforçando para que essa situação não afete – ou que seja o mínimo possível – os nossos clientes finais. Esperamos que a situação se normalize, porém, sabemos que não podemos ficar somente esperançosos de braços cruzados”, diz o presidente da Daikin no Brasil, Roberto Yi, ressaltando que o fabricante japonês sempre está “buscando melhorias contínuas (Kaizen) no processo fabril para que o repasse de custo seja o mínimo possível. E, o mais importante, mantendo os melhores níveis de qualidade do produto”.

“No cenário globalizado como o que atuamos, existe uma concentração e também uma dependência muito grande de insumos provenientes da China, que hoje é o principal parceiro comercial do Brasil. Portanto, é natural que o País sofra os impactos dos aumentos das commodities, impulsionados pela alta demanda global, variação cambial brasileira e também aumento do custo logísticos internacionais”, avalia o gerente comercial da chinesa Gree, Nicolaus Cheng.

“A soma desses três itens acaba gerando impactos na produção. Porém, nós estamos sempre avaliando nossos planos de produção e adotando as melhores alternativas possíveis para que a fabricação dos equipamentos seja feita com alta qualidade e chegue com excelência até o consumidor”, acrescenta.

De acordo com o gerente de produto da área de refrigeração e ar condicionado da LG, André Pontes, a indústria coreana “trabalha com planejamento a longo prazo, o que nos permitiu manter o plano de produção sem que fôssemos impactados pelo aumento dos preços dos insumos”.

“Consequentemente, não sofremos grandes impactos, o que não teve grande impacto no preço do produto que chega ao consumidor final”, revela.

Lançamentos

Nos últimos anos, os splits residenciais e comerciais leves vêm passando por uma verdadeira mutação em tamanhos, cores e formas. Somado a novos designs, a redução dos preços e a facilidade de instalação formam o tripé de benefícios que tem cativado, definitivamente, os consumidores brasileiros.

Tudo isso contribuiu para que um artigo antes considerado de luxo passasse a ganhar espaço em escritórios, residências e comércios, ambientes nos quais eles são cada vez mais necessários.

Por proporcionar mais conforto, se adaptar facilmente a diversos espaços e possuir um perfil versátil, é consenso que o produto agrega valor aos mais diversos tipos de empreendimentos imobiliários.

De maneira geral, os consumidores têm buscado aparelhos mais eficientes e com mais recursos tecnológicos, como controle remoto wi-fi, dizem os fabricantes. Assim, mesmo diante da pior crise sanitária da história recente, a indústria não parou de inovar.

Confira, a seguir, as últimas novidades do segmento:

Daikin

Recentemente, a indústria japonesa lançou no Brasil o EcoSwing Smart R-32, uma linha de splits hi-wall de alta tecnologia e que hoje é a única linha completa que utiliza o fluido refrigerante de baixo impacto climático R-32.

“Fomos os primeiros mundialmente a lançar e somos os primeiros a fabricar no Brasil com essa tecnologia. Para os próximos anos, completaremos a linha residencial e comercial leve com R-32”, informa o presidente da Daikin no Brasil, Roberto Yi.

A linha EcoSwing Smart R-32 conta com conectividade via aplicativo Daikin Smart AC e pelos assistentes de voz mais famosos do mercado, o Google e Alexa. “São equipamentos de alta eficiência energética, com índices que chegam até 7,2 de IDRS, valor 30% acima da classe A que será obrigatória somente a partir do início de 2023”, salienta.

“Não esquecemos também de funções que o consumidor final sempre pediu, como reduzir luminosidade do led da evaporadora, backlight no controle remoto, entre outras. A qualidade do ar, tão importante nos dias de hoje, também não foi esquecida com os novos filtros antibacterianos com íons de prata. E para finalizar, mas não menos importante, hoje temos a menor máquina do mercado de 18 mil BTU/h, uma condensadora supercompacta que tem o mesmo tamanho da condensadora de 9 mil BTU/h”, revela.

“Além disso tudo, nosso EcoSwing utiliza uma carga menor de fluido refrigerante, devido à capacidade de transporte de calor do R-32, que é maior que do R-410A. E o instalador, pilar do nosso negócio, não precisa se preocupar em adquirir um novo ferramental, pois o R-32 tem compatibilidade com o ferramental do R-410A”, completa o executivo.

Elgin

A linha Inverter Eco Star, da brasileira Elgin, também foi concebida para operar com o gás refrigerante R-32, cujo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) é três vezes menor do que o do R-410A, fluido mais utilizado no setor.

A empresa desenvolveu uma linha com aparelhos de 9 mil BTU/h a 30 mil BTU/h nas versões frio e quente/frio. O fabricante informa que o split hi-wall Eco Star também conta com o filtro ionizador Ion Air, tecnologia que elimina 99% de vírus, ácaros, fungos e bactérias.

Gree

Em outubro de 2020, a Gree lançou seu mais recente modelo de piso-teto nacional, o G-Prime, trazendo grandes novidades ao mercado. Em março deste ano, a indústria chinesa trouxe ao Brasil o seu primeiro modelo de ar-condicionado residencial com condensadora de descarga vertical, o G-Top, popularmente conhecido como condensadora barril e com uma proposta de otimização de espaço.

“Esse produto teve uma ótima aceitação no mercado, e vem sendo sucesso na categoria. Ainda para o ano de 2021, a Gree prepara grandes novidades, pretendendo trazer ao mercado o seu primeiro pro

seu potente compressor G-Prime Double, com desenvolvimento e fabricação própria pela Gree, com seu duplo rotor. “Ele garante maior estabilidade e um funcionamento mais robusto, comparado aos concorrentes da mesma categoria, além de refrigeração até 10% mais forte. Seu motor desenvolvido especialmente para sua linha de produtos, proporciona um duto conceito, com um design diferenciado e moderno, que vai oferecer ao consumidor, além da qualidade e tecnologia que a Gree já tem, uma opção de um produto extremamente exuberante”, diz o gerente comercial da multinacional no País, Nicolaus Cheng

Segundo o gestor, o G-Prime traz inúmeros diferenciais competitivos no mercado, dentre eles o a vazão até 20% maior que seus concorrentes”, explica.

“Ele também conta com os já tradicionais tubos de cobre e proteção GoldenFin, tecnologias já presentes em outros produtos Gree, que fazem total diferença, principalmente quando falamos da proteção GoldenFin que é indispensável para regiões litorâneas, e claro, o produto já sai de fábrica com uma carga de fluído refrigerante significativa, suficiente para uma instalação de até 7,5 metros”, salienta. “Já o G-Top traz a qualidade e robustez como seus principais diferenciais. Há um receio muito grande no mercado em relação aos produtos que utilizam condensadora com descarga vertical, devido à qualidade e resistência. Porém, essa preocupação não existe com o        nosso modelo G-Top, afinal, além de adotar um formato diferente o produto também proporciona qualidade e resistência, grandes características da Gree”, informa.

“Mantendo o mesmo padrão Gree, o G-Top já sai de fábrica com fluido refrigerante suficiente para uma instalação de até 7,5 metros, e claro, não poderia faltar a proteção GoldenFin e as matérias primas de qualidade que são utilizadas em toda produção e montagem do produto. Sendo um dos mais silenciosos da categoria, o G-Top tem um nível de ruído de apenas 53 dB, com uma instalação mais flexível, pensando especialmente para facilitar o dia-a-dia do instalador”, acrescenta.

Para seu próximo lançamento, antecipa Cheng, “a Gree manterá o padrão de qualidade já conhecido da marca, porém, trará algo diferente de tudo já apresentado, um produto pensado para oferecer o melhor de um ar-condicionado, junto com a beleza e o conceito desenvolvido pela empresa, uma verdadeira joia em forma de ar-condicionado”.

Johnson Controls-Hitachi

O mais recente lançamento que a Johnson Controls-Hitachi fez para o segmento residencial foi o split hi-wall Inverter Home Star, que foi disponibilizado para o mercado brasileiro no último mês de setembro. Já para o segmento comercial leve, a empresa lançou no começo do ano as versões Quente & Frio para a linha PrimAiry.

“Os diferenciais do Home Star são: garantir a melhor qualidade do ar para o ambiente em que estiver instalado por ter a Proteção 5Health, que consiste em três tipos de filtros e duas funções voltadas para esta finalidade; a sua durabilidade, pois possui serpentinas em cobre e as aletas são dotadas de camada de proteção epóxi e torna a mesma mais resistente à corrosão; também é um produto dotado com a tecnologia Inverter, que evita picos de consumo de energia, gerando economia e garantindo uma temperatura agradável”, diz o diretor de produto da companhia na América do Sul, Gerson Robaina.

LG

Para o segmento comercial, a companhia coreana lançou recentemente o split Cassete 1 Via, o Cassete Redondo, que traz uma proposta mais sofisticada e elegante, e um multi-split de 48 mil BTU/h, que tem uma tecnologia que ajuda na economia de energia.

“Já para o mercado residencial, temos o Dual Inverter Voice, trazendo o diferencial do comando por voz com parceiras de assistentes virtuais como o Google Assistente e Alexa e seu compressor Dual Inverter que traz grande economia de energia, e o Artcool Gallery, que funciona como uma obra de arte, e se adapta a qualquer ambiente devido à possibilidade de troca da imagem de display”, diz o gerente de produto da área de refrigeração e ar condicionado da LG, André Pontes.

“Todos os equipamentos possuem tecnologia inverter, ou seja, resfriam o ar externo de forma mais eficiente, proporcionando uma economia de até 70% em relação aos modelos convencionais e também refrigeração rápida até 40% mais rápida. Nossos equipamentos são premiados mundialmente pelo design moderno e todos tem a opção de wi-fi, garantindo a conectividade e acionamento por voz”, acrescenta o gerente da área de ar condicionado comercial da multinacional no Brasil, Anderson Bruno.

Samsung

Em setembro, a Samsung lançou o modelo de ar-condicionado WindFree Frio, que chega ao mercado para oferecer uma experiência ainda mais completa em eficiência e economia, já que permite a manutenção da temperatura gastando o mínimo de energia, sem vento ou ruídos incômodos, sendo mais uma excelente opção da linha WindFree para os clientes.

A companhia coreana também lançou no fim de setembro um e-commerce exclusivo voltado aos instaladores de ar-condicionado que atuam com os aparelhos da Samsung, disponibilizando descontos exclusivos e condições especiais para esse público.

“Por fim, outra novidade recém-anunciada é a produção da linha Multisplit nacional em Manaus e uma nova capacidade do Cassete 1 Via, de 18 mil BTUs”, destaca o gerente da divisão de ar condicionado da Samsung no Brasil, Daniel Fraianeli,

“O modelo Samsung WindFree é o primeiro ar-condicionado que proporciona ambientes climatizados e confortáveis sem a necessidade do vento graças à tecnologia WindFree, que cria um fluxo de ar muito mais suave, distribuído uniformemente por milhares de microfuros, para que praticamente não se sinta vento, apenas o conforto da temperatura ideal”, diz.

“Além disso, o produto ainda conta com o compressor Digital Inverter, que tem 10 anos de garantia e possibilita uma economia de energia de até 77%, se comparado com um modelo de ar-condicionado convencional, dependendo do modo de uso e das características do ambiente”, informa.

“Outro diferencial do aparelho é o recurso Easy Filter Plus, que mantém o ar fresco e garante a limpeza da parte interna da unidade. Além de coletar pó, ele elimina até 99% de bactérias ao passarem por uma densa malha de filtro antibacteriana”, acrescenta.

Trane

A Trane possui atualmente a linha de mini-splits hi-wall Inverter Glass com painéis de vidro de alta resistência, além do hi-wall Inverter Black, também com painéis de vidro, apostando no diferencial de produtos exclusivos com acabamento refinado e excelente desempenho energético.

Além disso, para a linha comercial leve, a Trane também possui a mais ampla faixa de capacidades, todos com selo Procel, para as linhas cassete Inverter, piso-teto Inverter e duto Inverter. “O cassete e piso-teto ainda dispõem, como opcional, de sensores de presença que aumentam ainda mais a já excepcional eficiência energética dos produtos”, diz o diretor de produto da companhia na América Latina, André Peixoto.

“A Trane está sempre atenta às necessidades dos clientes e, atualmente, com a necessidade de passarmos mais tempo em nossas residências, o consumidor tende a buscar produtos de alta eficiência e com design diferenciado. A Trane, com produtos premium como o Inverter Glass e o Inverter Black, visa atender as principais demandas dos clientes nos dias atuais”, salienta.

“Da mesma forma, para a linha comercial leve com os cassetes, piso-teto e duto Inverter, possuímos a tomada de ar externo em todos os modelos, o que possibilita o melhor gerenciamento da qualidade do ar interno”, informa.

Carnes e leite impulsionam HVAC-R

Iniciada no primeiro trimestre de 2020, a pandemia do novo coronavírus evidenciou ainda mais o papel de protagonismo da refrigeração industrial nos processos de armazenagem, transporte e preservação de alimentos e produtos médicos, a exemplo das vacinas.

Se por um lado o fechamento compulsório de bares e restaurantes atrapalhou fortemente o HVAC-R nacional, por outro, acabou impulsionando as demandas geradas por grandes e médias redes supermercadistas e por pequenos estabelecimentos deste segmento.

Paralelamente à covid-19, o atual momento de incertezas climáticas e descontrole das condições macroeconômicas levaram diversos países, inclusive o Brasil, a aumentar seus estoques reguladores de proteína animal, a fim de garantir o abastecimento e a segurança alimentar.

“Este cenário contribuiu significativamente para o crescimento da indústria nesta atividade e a ampliação dos frigoríficos brasileiros, já que essas atividades necessitam de equipamentos para resfriamento e congelamento”, diz o vice-presidente de refrigeração da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Ricardo dos Santos, executivo da Mayekawa, companhia que atua na área de refrigeração industrial.

Ricardo dos Santos, executivo da Mayekawa

Ao mesmo tempo, pontua ele, o País terá forte investimento no segmento de logística com temperatura controlada, uma vez que o mercado observa o andamento da construção de vários novos centros de armazenamento refrigerado. Com isso, não só o segmento de carnes se beneficiou, mas também o de leite e derivados, que acabou pegando carona nessas mudanças positivas. “A busca por entrepostos refrigerados não é um fenômeno novo, mas sim a crescente procura por espaços refrigerados complexos e muito específicos. Até porque a indústria de armazenamento refrigerado tem sido fortemente impulsionada pelas vendas on-line e a crescente demanda do consumidor por produtos frescos de alimentação saudável e por produtos farmacêuticos que requerem armazenamento especializado”, explica Ricardo. No entendimento do VP da Abrava, esta guinada levou à construção de mais centros de distribuição de pequeno porte localizados regionalmente, para ajudar a diminuir o tempo de entrega e aumentar a vida útil dos produtos.

“Muitas empresas estão alugando espaços, com localização ideal, e os reformando para criar um ambiente de armazenamento refrigerado, com enfoque especial na eficiência energética, pois aproximadamente 25% do custo total de funcionamento de um CD refrigerado refere-se ao consumo de energia elétrica”, comenta. Igualmente importante para o segmento de leite e derivados, o frio tem papel essencial em uma das primeiras etapas pós-extração do animal, quando é necessário levar o produto, então a uma temperatura de 34 ºC, até 4 ºC, em um período de três a quatro horas, para garantir a segurança em relação a bactérias.

“Sem este processo, não se pode garantir a qualidade do leite, sendo necessário manter esta temperatura até que o produto chegue aos laticínios. No transporte refrigerado é igualmente importante, dando à cadeia do frio a grande responsabilidade de garantir a qualidade do leite que consumimos, bem como a sua condição para a produção de seus derivados”, descreve o gerente de vendas da Danfoss do Brasil, Eládio Pereira.

O executivo salienta que a multinacional é referência no mercado de leite em toda a América Latina, com produtos de alta tecnologia que atendem desde o pequeno produtor, a partir de um tanque de 300 litros, até grandes produtores e laticínios.

Segundo ele, os investimentos dos segmentos de carnes e leite têm sido fundamentais, nos últimos dois anos, para o crescimento do transporte refrigerado no Brasil, que não sentiu tanto os impactos da pandemia, uma vez que o consumo de alimentos da população migrou de bares e restaurantes para os supermercados, principalmente devido ao home office.

“O transporte frigorífico se intensificou por causa do aumento da demanda por alimentos. Como já estava preparado em relação a equipamentos e normas de qualidade e temperaturas, o grande desafio foi atender à crescente procura por novos equipamentos, o que ocorreu com êxito”, argumenta.

O executivo da Danfoss entende que, atualmente, o segmento de leite e derivados está bem coberto em relação à cadeia de refrigeração, por meio de resfriadores e conservadores de leite, além do transporte frigorífico.

Entretanto, assegura ele, as novas tecnologias que estão chegando ao setor agrícola, com intensificação da internet em zonas rurais, são consideradas os próximos desafios dos fabricantes de equipamentos de frio.

“A digitalização desses processos, o monitoramento remoto de temperaturas e da produção darão maior credibilidade ao produtor e agregarão valor ao leite, quando o mesmo for repassado aos grandes frigoríficos e cooperativas, beneficiando toda a cadeia produtiva”, complementa.

Para os técnicos em refrigeração e de outros segmentos do HVAC-R, enfatiza o executivo, a grande dificuldade ficará em torno das grandes distâncias e da dificuldade de locomoção até os produtores que possuem equipamentos de resfriamento de leite, a maioria dos quais estabelecidos na zona rural.

“Isto resultará em uma assistência técnica de maior valor devido aos custos relacionados à locomoção. Como a maioria dos técnicos está localizada nas grandes cidades, é preciso entender a limitação existente para a disponibilidade de pessoal qualificado, pois vai haver desequilíbrio entre a demanda de serviços e a mão de obra especializada disponível em determinada região”, analisa.

Este é o mesmo ponto de vista do vice-presidente de refrigeração da Abrava, Ricardo dos Santos, ainda que tenha expandido as mesmas dificuldades para a indústria, “visto que a constante ampliação e construção de novas fábricas de alimentos e centros de distribuição refrigerados tem apresentado ao empresariado o enorme desafio de encontrar mão de obra qualificada para operação e manutenção dos sistemas de refrigeração”, conclui ele, projetando que o setor do frio terá muito espaço para crescer nos próximos anos.

Comércio amplia investimentos em lojas virtuais

Pandemia de covid-19 acelerou investimentos em plataformas de e-commerce para dar conta do aumento da demanda por peças e equipamentos.

A costumados à interação feita no balcão, momento em que vendedores – e em muitos casos, até mesmo o dono do estabelecimento – esclarecem dúvidas de técnicos e instaladores sobre seus produtos, os varejistas especializados em equipamentos e peças para refrigeração e climatização já entenderam o tamanho deste modelo de comercialização. Enquanto algumas empresas já contam com anos de experiência no e-commerce, outras ampliaram os investimentos em plataformas on-line e a variedade de SKUs (unidade que designa os diferentes itens do estoque, estando normalmente associada a um código identificador), especialmente após o início da pandemia do novo coronavírus.

Reconhecido case de sucesso no HVAC-R nacional, a varejista niteroiense Eletrofrigor sentiu o impacto da pandemia nos negócios, com uma queda significativa nas vendas a partir do começo da crise sanitária no ano passado.

Com isso, foram três meses de incertezas, mas quando este elo da cadeia do frio também foi declarado serviço essencial, as coisas foram voltando aos eixos. A retomada se deu a partir de outubro do ano passado e foi crescendo gradualmente até abril deste ano, quando a entrada do outono trouxe a natural retração das vendas. “As vendas estão muito pulverizadas, temos mais de cinco mil itens disponíveis no site, e vamos acrescentar outros mil itens até o fim de 2021, a fim de oferecer todos os tipos de solução para o profissional de instalação e manutenção”, acrescenta a CEO da Eletrofrigor, Graciele Davince Pereira.

Para elevar as vendas on-line, especialmente de ferramentas e peças para ar-condicionado, eletrodomésticos e refrigeração doméstica e comercial, a empresária informa promover estratégias para aumentar o fluxo de acesso do site, como presença nas redes sociais e Google Ads, além do trabalho de branding que está sendo implementado.

Em junho, em comemoração aos dez anos de fundação da Eletrofrigor, a empresária inaugurou a expansão de sua loja física no centro de Niterói (RJ), praticamente triplicando o espaço útil de 125 m² para 350 m², após a locação do imóvel vizinho. Graciele estima que a ampliação vai elevar em torno de 30% o faturamento nos próximos 12 meses, considerando a maior oferta de produtos, o atendimento simultâneo de mais clientes e o incremento das vendas por impulso com o autosserviço.

Além da matriz em Niterói, a Eletrofrigor tem uma unidade em São Gonçalo (RJ), um centro de distribuição em Cariacica (ES) e três pontos de retirada – no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro; em Vila Nova, na cidade de Cabo Frio (RJ); e na Barra Funda, zona oeste da Capital paulista.

Outra varejista de renome, a Refrigeração Cacique, de São José do Rio Preto (SP), passou por processo similar. Com a pandemia, se viu obrigada a fortalecer seu setor de e-commerce. Afinal, com menos gente na rua, observou a demanda por produtos on-line fazer uma curva de crescimento considerável.

“Em função dessa nova realidade, nossas perspectivas são muito otimistas para os próximos anos. Temos um mix de produtos que sempre está em alta, mas atualmente a linha comercial é a que mais vende”, explica o analista de comunicação e marketing da Cacique, Danilo de Morais.

Embora não revele o número de SKUs disponíveis para venda on-line, o executivo frisa que o planejamento da companhia rio-pretense é investir cada vez mais no mercado digital, com o objetivo de proporcionar experiências cada vez mais positivas para os clientes.

“Sempre tivemos uma forte influência digital, e continuamos fortalecendo esse modelo, por exemplo, realizando ações em parceria com influenciadores digitais e postando conteúdo de alta relevância nas redes sociais”, salienta Danilo, reforçando que a Refrigeração Cacique conta com uma equipe especializada que cuida de toda a produção de suas campanhas.

Há 23 anos no mercado, a loja oferece peças, componentes e equipamentos para refrigeração doméstica, comercial e industrial, além de câmaras frigoríficas e aparelhos de ar-condicionado. Atualmente, conta com três lojas e dois centros de distribuição. Além da matriz, em São José do Rio Preto, tem uma unidade em Franca (SP) e outra no bairro do Ipiranga, na capital paulista. Dos seus 60 colaboradores, quatro são responsáveis pelo e-commerce. Planos

As vendas em plataforma de e-commerce estão nos planos da paulistana Zeon, que sempre investiu no atendimento de balcão, em sua loja da tradicional Alameda Glete. Desde 2018, o mesmo ocorre na loja de Mogi-Guaçu (SP).

“Nossa empresa, antes e durante a pandemia, não aderiu ao sistema de vendas on-line, pois nosso forte sempre foram as vendas ‘frente a frente’, com os clientes sendo abordados até por telefone pela nossa equipe de telemarketing, além do nosso atendimento presencial”, afirma o gerente comercial da empresa, Luiz Henrique Cardoso Thimoteo.

Fundada oito anos atrás, a varejista conta com cerca de três mil itens disponíveis nas lojas, tendo como carros-chefes o cano de cobre e o gás refrigerante.

“Nosso marketing é feito no dia a dia, venda após venda, cara a cara com o nosso cliente. Nossa filosofia é fazer de tudo para que o nosso cliente não fique muito tempo dentro da loja, pois assim ele sempre acaba retornando”, enfatiza Luiz Henrique.

Em meio à pandemia, 22ª Febrava focará na qualidade do ar interno

Confirmada para novembro, edição será em formato híbrido – presencial e on-line – e também colocará em debate a importância do agronegócio, que cresceu mesmo diante da crise financeira e sanitária mundial.

Evento bienal da indústria de refrigeração e ar condicionado foi adiado para novembro, por causa da pandemia de covid-19

Tema que ganhou ainda mais importância nos debates travados e projetos desenvolvidos no HVAC-R mundial, especialmente após a intensificação da pandemia do novo coronavírus, em 2020, a qualidade do ar

em ambientes internos, com ênfase tanto em novos equipamentos, como na manutenção dos já existentes, norteará a 22ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água.

Pela primeira vez em formato híbrido, seguindo a tendência dos eventos durante esta nova realidade sanitária, a Febrava está marcada para ocorrer presencialmente entre 22 e 25 de novembro no São Paulo Expo, incluindo também o modelo digital.

De acordo com a organizadora Reed Exhibitions, serão cumpridos protocolos sanitários globais e recomendações das autoridades brasileiras para garantir a segurança de expositores, visitantes e parceiros. A expectativa é que mais de 300 marcas exponham seus produtos e em torno de 18 mil visitantes passem pelos estandes.

Até meados de abril, já estavam confirmados mais de 50 expositores – Apema, Aquabios, Aeris Tecnologia, Armacell, Bitzer, Castel, Coel, Conforlab, De Leon, Deltafrio, Difustherm, Embraco, Elitech, ebm-papst, Ecoquest, Gree, RAC Brasil, Elgin, Emicol, Epex, ETP/Fapro, Evapco, Filtros Planeta Água, Full Gauge Controls, Girelli, GTS Milano, Imperium Ar Condicionado, Industrilas, Leas Industrial, Leveros, Megatron Sensors, Metalúrgica Alado, Montreal, Multi-Wing, Náutica, Pizzani Lubrificantes, Projelmec, Reed Exhibitions, Refricomp, Refrio, RLX, Rocktec, Rohden Vidros, Samatec, Sanhua, Sicflux, Smacna, Sondas, Superfrio, Symbol, Tecnolatina, Tosi, Uniplast, Unividros e WTS.

Em função do novo coronavírus, outra novidade é a Febrava Soluções Digitais, uma plataforma de conteúdo, conexões e geração de negócios que vai entregar diversas oportunidades ao longo do ano.

“A proposta é mantermos a comunidade HVAC-R conectada 365 dias por ano, com possibilidades exponenciais de interação e alavancagem de resultados, por meio do ambiente digital”, afirma o gerente do evento, Ivan Romão.

Para o gestor, o desafio é manter a relevância para o mercado sobre o que é o evento e as oportunidades que ele oferece, seja no formato físico ou digital.

“A principal expectativa é ser uma plataforma de solução, seja de negócios, de conhecimento e de divulgação, para o setor HVAC-R nacional e internacional”, enfatiza.

Segundo ele, o cenário para a Febrava 2021 é até mais otimista do que em relação à edição anterior, pois a preocupação com a qualidade de ar é um tema de extrema importância, considerando o cenário de pandemia existente no País.

“Esta é uma demanda que ocorre para todos os mercados, principalmente para o ramo de meios de hospedagem, bares, restaurantes, saúde, facilities e escritórios”, complementa.

 

Ilha da Cadeia do Frio

 Um dos setores que conseguiram crescer em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus, com recorde de 24,31% em seu Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio terá um espaço todo dedicado a ele na 22ª Febrava.

Alguns players do mercado, como Frigo King, Bitzer e Deltafrio, mostrarão a importância de todo o processo do frio que envolve a proteína animal, assim como outras questões relacionadas à temática, possibilitando conhecimento técnico e prático, além de network entre os participantes.

Na edição passada, em 2019, o espaço contou com 25 equipamentos funcionando, mais de 4 mil visitantes e 37 empresas conectadas, ampliando a rede de contatos e aquecendo esse mercado, que é de suma importância para o Brasil. Para essa edição, a perspectiva é aumentar todas as oportunidades.

“Classificamos nosso espaço como ‘diferenciado’, porque os expositores estão sempre sendo visitados. Aqui os contatos profissionais são intensos, os convidados dos demais participantes da nossa Ilha circulam por todo o ambiente, garantindo um fluxo contínuo de visitantes qualificados a qualquer hora do dia, todos os dias da feira”, afirma o coordenador do espaço, Eduardo Dória.

Transmissão ao vivo

 Evento paralelo à Febrava, o 17º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava) tratará do tema “Tendências e Impactos do AVAC-R na qualidade de vida e segurança das pessoas”.

Para que o tema seja contemplado de forma abrangente para o setor HVAC-R, a comissão organizadora classificou 22 tópicos para dissertação dos trabalhos, cujas inscrições se encerraram em 12 de abril.

“O próximo Conbrava irá trazer muitas novidades ao setor, desde seu conteúdo técnico com ênfase no impacto da pandemia da Covid-19 no mercado de HVAC-R até na organização do evento, que pela primeira vez será transmitida ao vivo para todo País”, ressalta o engenheiro Leonardo Cozac, presidente da comissão organizadora do encontro.

Com o objetivo de incentivar as novas ideias e intercâmbios de experiências inovadoras, serão premiados três melhores trabalhos apresentados, eleitos pelos congressistas participantes durante o evento.

“Esta é uma forma de reconhecer, valorizar e apresentar ao mercado os melhores trabalhos desenvolvidos por profissionais que atuam no setor HVAC-R”, diz.

Em expansão, apesar da pandemia

Segmento de tubos, conexões e soldas contraria as tendências negativas geradas pela covid-19 e mostra resultados empolgantes obtidos em 2020 e no primeiro quadrimestre de 2021.

Mesmo diante de um cenário tão incerto gerado pela pandemia da covid-19 e ao contrário de qualquer prognóstico mais pessimista, o segmento de tubos, conexões e soldas para a união desses componentes se saiu muito bem em 2020 e nos primeiros quatro meses deste ano, conforme relataram à Revista do Frio alguns players do mercado.

Os resultados foram possíveis graças a demandas geradas pela própria situação de emergência causada pelo coronavírus, a exemplo do crescimento das instalações de tubos de cobre para miniusinas de oxigênio medicinal e para a rede interna hospitalar.

“A pandemia trouxe à tona a essencialidade do HVAC-R não apenas para o conforto térmico, mas para a garantia da vida moderna e da saúde”, afirma o diretor comercial e técnico da americana Harris Products Group no Brasil, Anderson Fernandes, ao salientar que a empresa é a única que tem tecnologia para gravar o nome de seus produtos nas varetas de foscoper e silfoscoper, indicando assim o teor de prata. “Tem muito gato sendo vendido como lebre no mercado”, alerta.

Uma das maiores fabricantes mundiais de ligas para brasagem, a empresa sediada em Mauá (SP) ressalta que esse processo, pela praticidade e confiabilidade, ainda é disparado o método de união de tubos mais utilizado no mercado do frio.

“Uniões a frio têm surgido frequentemente, porém com pouca consistência e durabilidade. A tecnologia de junção a frio mais utilizada é o sistema anaeróbico, mas há grandes limitações dimensionais e dificuldades onde há curvas, diâmetros distintos, além de fatores econômicos causados pelo seu alto custo”, argumenta o executivo.

Esse tipo de solução tecnológica, porém, é uma tendência global e tem sido cada vez mais adotada no mercado brasileiro, devido a vantagens como praticidade e segurança.

Apesar da retração de 4% registrada pela indústria brasileira de climatização no ano passado, o crescimento das vendas do sistema Lokring de união sem solda fabricado pela alemã Vulkan superou dois dígitos.

Otimista, a filial brasileira projeta ao menos repetir em 2021 os resultados positivos obtidos no ano anterior, conforme enfatiza o engenheiro mecânico e diretor de vendas da Vulkan Lokring na América do Sul, Mauro Mendonça.

“Por incrível que pareça, a pandemia não fez diminuir os nossos negócios. Aliás, 2020 foi o melhor da nossa história em termos de faturamento. O mercado de refrigeradores, por exemplo, cresceu 20% em relação a 2019”, diz.

Isso se explica em grande parte pela nova forma de trabalho em home office, que acabou influenciando muito na decisão de compra e pela troca dos refrigeradores domésticos por novos. “O indivíduo deixou de viajar de férias e investiu então na atualização de seu lar”, explica.

O gestor acredita que mesmo que as vendas de equipamentos como chopeiras, freezers, sorveteiras e equipamentos para restaurantes e sistemas de ar condicionado tenham uma certa retração por causa da pandemia e dos lockdowns, a venda de refrigeradores e outros equipamentos domésticos deverão compensar essas possíveis diminuições.

Para o ramo específico de refrigeração doméstica, a Vulkan fornece os anéis Lokring para praticamente para todas as indústrias de geladeiras, que utilizam esses componentes no lugar da solda comum.

No caso dos reparos de refrigeradores em campo, há as juntas Série 00, que fazem a união dos tubos sem fogo, chama ou faísca, garantindo total estanqueidade do sistema hermético.

“As maiores vantagens para o técnico são a rapidez no reparo, feito na metade do tempo normal com a solda comum; a possibilidade quase que de 100% de se fazer o conserto na própria residência, evitando o transporte do refrigerador e perda de tempo ao se levar uma geladeira back-up para não se perder os alimentos que estavam na geladeira danificada”, salienta Mendonça.

Outro foco da Vulkan situa-se nos sistemas VRF, já que aparelhos splits e de janela praticamente não possuem uniões. Essas instalações utilizam as juntas Série 50, ideais tanto para sistemas com R-22 ou R-410A, quanto para aqueles já com gases inflamáveis, como o R-32.

“Para o mercado de VRF somente comercializamos de acordo com cada projeto e mediante treinamento prévio dos técnicos, pois não podemos comprometer nossa marca reconhecida mundialmente com problemas pela falta de um treinamento adequado da utilização”, complementa.

O diretor da Vulkan esclarece ainda que, diferentemente do que acontece em alguns países da Ásia, a empresa fornece e recomenda suas juntas para qualquer fabricante de tubos nacionais.

“Os tubos feitos aqui não são ovalizados, as dimensões são seguidas à risca e eventuais costuras e falhas deste tipo nos tubos praticamente não existem”, observa.

Sem costura

Fabricante de tubos de cobre destinados ao mercado de refrigeração, ar condicionado, aquecimento solar e construção civil, a catarinense Cobresul Metais utiliza a tecnologia Cast In Roll – linha contínua e sem costura.

O processo de produção se dá por meio da fundição da matéria-prima (cátodo) de onde é extraído o tubo-mãe, que segue os processos de fresa, laminação e trefilação, diferentemente do que havia no passado, quando se utilizava a extrusão do tarugo maciço e trefilação.

“A tecnologia Cast in Roll trouxe vantagens para o mercado de tubos de cobre. Por ser um processo mais ágil que o anterior, houve substancial redução nos custos de produção, ganho de produtividade, economia nos materiais e na produção”, argumenta o coordenador de vendas da companhia, Sandro Lopes Reis.

Com relação aos tubos de cobre destinados ao segmento de ar-condicionado (inner grooved, isto é, com ranhuras internas), observou-se aumento da eficiência na troca térmica e do baixo consumo, além de ser mais compacto.

“A tendência é haver cada vez mais a redução nas espessuras das paredes dos tubos, e hoje já há tecnologia para produção com espessura inferior a 7 milímetros”, emenda.

Produzidos de acordo com as normas internacionais ASTM e nacional ABNT NBR, os tubos para a linha de refrigeração (panquecas) são batocados e embalados individualmente.

“Com o agravamento da pandemia, houve um crescimento substancial na utilização de tubos de cobre para a linha hospitalar na condução de gases medicinais, pois o material dos tubos tem ação antimicrobiana, eliminando bactérias, fungos e vírus em questão de minutos”, explica Katia Sampaio da Silva, da área de marketing da empresa sediada em Joinville.

Os gestores da Cobresul estão otimistas para a geração de negócios até o fim de 2021, levando-se em conta que os pedidos ficaram represados ao longo de 2020. “Apesar da baixa expectativa do PIB para este ano (3%), almejamos crescer 15% em comparação a 2020”, complementa a executiva.

Outras vantagens do cobre

Dona da marca Eluma, a Paranapanema fornece tubos, conexões e ligas de cobre que podem ser aplicados tanto na produção de equipamentos do HVAC-R quanto na instalação para interligação entre equipamentos evaporadores e condensadores.

Também fabrica laminados de cobre para a produção de aletas para trocadores de calor.

“As principais vantagens competitivas do cobre são a excelente capacidade de troca térmica, a facilidade de conformação e utilização e as elevadas resistências mecânicas ao calor e à corrosão, além de sua propriedade antimicrobiana que ajuda na inibição da proliferação de micro-organismos em contato com sua superfície”, enumera a direção da empresa.

De acordo com a companhia, que tem unidades fabris em Serra (ES) e Utinga (SP), a utilização de tubos contendo ranhuras internas tornou-se mais comum no mercado nos últimos anos, tecnologia simples que aumenta a eficiência da troca térmica desses equipamentos.

“Para o mercado de instalação de equipamentos, percebemos no segmento de ar condicionado, principalmente no residencial, uma tendência de se utilizar tubos flexíveis com comprimentos maiores, visando evitar a necessidade de realização de soldas, que requer mais cuidados, como pressurização com nitrogênio. Ao retirar a necessidade de solda na instalação de um sistema, há ganhos para o instalador tanto em insumos (solda e nitrogênio) quanto em tempo de trabalho”, entende a empresa.

A partir de tal visão, a Paranapanema, apesar da pandemia, está seguindo o ritmo de produção e de entregas para seus clientes, de acordo com as demandas de mercado. Por ser uma empresa de capital aberto, a indústria não divulga suas expectativas de crescimento.

Conferência da Trane mostra foco em inovação no mercado de climatização predial

A Trane promoveu em abril a Conferência Virtual Trane Brasil 2021, uma ação que reuniu centenas de pessoas remotamente e convidou um time de especialistas da empresa para debater sobre as tendências de mercado de climatização e o portfólio de produtos. O evento, que foi voltado para o público final, entre clientes finais e projetistas, trouxe as perspectivas de executivos para o setor e também para a economia brasileira.

No primeiro dia, os portfólios Ductless e Unitários foram apresentados, assim como a gama de serviços da companhia. No segundo, o conteúdo foi a respeito do cenário macroeconômico e suas perspectivas e como implementar a sustentabilidade no HVAC-R. Insights e dados para a melhoria de desempenho dos edifícios por meio de um plano de ação foi outra atração. O diretor de produtos Ductless e Unitários para América Latina, André Peixoto, reafirmou que a Trane irá continuar a fazer investimentos em tecnologia e inovação nos produtos e que a marca é comprometida com a constante melhoria da eficiência energética e com ações que minimizam o impacto ambiental.

Sobre as soluções Trane, Rafael Dutra, coordenador de aplicação da empresa, apontou que elas propiciam o nível de temperatura e umidade ideal para o conforto dos ocupantes, além de atuarem fortemente no combate à proliferação de patógenos no ar. A equipe vem experimentando novas tecnologias, levando a Trane a outro patamar quando o assunto é a manutenção da qualidade do ar interior. Um dos exemplos de tecnologia lançados recentemente é o TVR PRO, uma ótima relação entre investimento inicial e eficiência energética, além de possibilitar a utilização de diversos sistemas de filtragem. O aparelho possui todas as unidades evaporadoras e controles compatíveis com a linha VRF da marca.

A Conferência também abordou a resiliência da Trane em se adequar aos novos desafios do cotidiano, como na pandemia do coronavírus. A volta à normalidade se dará por meio de uma reabertura de edifícios adaptados, testados e que garantam a qualidade do ar interior. A expectativa é que a integração entre as equipes aliada aos protocolos de segurança e à estratégia global possibilite que a empresa ofereça as soluções necessárias seguindo os padrões de qualidade internacionais.

O evento ainda trouxe as perspectivas para o Brasil e o cenário macroeconômico sob o olhar de André Matcin, economista do Banco Itaú. Para o executivo, o Brasil irá transpor esse momento desafiador e condensa boas expectativas para os próximos anos, a partir de reformas administrativas, investimento em tecnologia e ação conjunta entre os poderes público-privado.

Ao final da Conferência, a plateia virtual pôde participar de um quiz interativo sobre sustentabilidade na Trane. Os três primeiros colocados levaram prêmios para casa a saber: o 3º colocado levou um aparelho purificador de ar RGF Portátil que tem potencial de eliminar até 99% de vírus e bactérias, o 2º colocado, uma licença do software Tracer 3D da Trane e o 1º, um Mini-split Trane Hi-Wall Inverter Black.