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Dannenge apresenta purificador portátil com ionização bipolar

Sistema possui tecnologia com ionização bipolar que garante 99% de efetividade conta vírus e bactérias.

A Dannenge International apresenta ao mercado de HVAC a nova linha PIP MAX, sistema de purificação do ar portátil Plug In com ionização bipolar, fabricado pela RGF Environmental.

O novo sistema de purificação de ar portátil PIP-MAX utiliza a tecnologia REME-HALO, que segundo a empresa, reduz os poluentes do ar, como bactérias, micróbios, vírus, mofo, fumaça e COVs, inclusive o Sars-COV2, promovendo a melhoria da Qualidade do Ar Interior e a descontaminação do ar e superfícies.

Aproveitando a ionização bipolar, o PIP-MAX oferece o benefício adicional de redução de alérgenos transportados pelo ar, poeira e partículas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar interno e livre de contaminantes. As células PHI-CEll em combinação com um gerador de íons automático e autolimpante coagulam partículas ultrafinas transportadas pelo ar, tornando-as mais fáceis de remoção. Pode ser aplicado aos mais diversos ambientes como escritórios, quartos de hotéis, residências, salas para fumantes, vestiários, banheiros, escolas, academias, restaurantes, entre outros.

Conectando-se diretamente à tomada de parede existente, o PIP-MAX pode ser instalado em qualquer ambiente interno e oferece uma tomada elétrica adicional na caixa da unidade. Importante salientar que o sistema de purificação PIP MAX somente está disponível em 110 VAC/ 50-60 watts.

Setor de ferramentas segue inovando

Fabricantes e varejistas investem em produtos com bluetooth e pareamento com smartphone, visando tornar mais preciso o trabalho dos refrigeristas.

Embora a pandemia de covid-19 tenha feito a economia do País desabar em 2020, refletindo-se negativamente no faturamento do HVACR, com uma queda de 4% nas vendas, ao menos o mercado de ferramentas para sistemas de refrigeração e ar condicionado seguiu o caminho contrário.

Razões não faltam para esse comportamento, como o fato de o trabalho dos técnicos ter sido considerado essencial, especialmente para serviços de instalações e de manutenção e limpeza de equipamentos. Em outra ponta, os players dessa indústria apostaram na diversificação de seus produtos, dando tração nas vendas com a apelo gerado pela tecnologia embarcada em novas ferramentas.

“As revendas de ferramentas e acessórios de refrigeração e ar condicionado, que formam um mercado amplo e entraram em rol considerado essencial, não foram tão afetadas pela pandemia. Nem a alta do dólar e do euro, uma vez que grande parte dos itens é importada, foi suficiente para impactar muito negativamente o nosso setor”, relata Marcio Malaquias, especialista de acessórios e vendas Lokring na Vulkan do Brasil.

Segundo ele, a empresa alemã registrou no ano passado um aumento significativo no volume de vendas das uniões de tubo a frio e de ferramental. “Acreditamos que esse crescimento tende a continuar em 2021, e por isso se fazem necessários mais cursos profissionalizantes e capacitação técnica para o manuseio das ferramentas Lokring”, pondera.

Da mesma forma, a Mastercool também trilhou o mesmo caminho, apostando na manutenção da oferta e disponibilidade de seus produtos, enquanto outros concorrentes recuaram na pandemia.

Além disso, tentamos segurar os preços em ações coordenadas com a matriz nos Estados Unidos, evitando despesas e não repassando toda a variação cambial que ocorreu em 2020”, afirma o líder de marketing da subsidiária brasileira, Bruno Hilsdorf de Almeida Moreno.

A rede sulista Dufrio, por exemplo, que possui 20 lojas no Brasil, registrou crescimento nas vendas dessa categoria de produto a partir do segundo semestre de 2020.

“Acreditamos que esse aumento se deu pela qualificação do nosso mix de produtos e pela existência de um cenário um pouco melhor no período”, salienta o vice-presidente da companhia, Guillermo Zanon.

Especializada na área de tecnologia de medição portátil e estacionária, a alemã Testo sentiu as dificuldades do momento, principalmente no começo da pandemia, entre abril e maio, “no período em que os comércios de refrigeração ficaram fechados, mas depois os negócios voltaram e conseguimos fechar o ano de maneira positiva”, lembra o gerente de vendas Felipe Cerqueira.

 

Lançamentos

 A pandemia do novo coronavírus ajudou as empresas do setor a acelerar o desenvolvimento de novos produtos, dotados de tecnologia que facilita o trabalho dos técnicos, como manifolds e multímetros digitais, detectores de vazamento, medidores de fluxo de ar e termômetros infravermelhos.

A Testo, por exemplo, lança neste mês no mercado nacional sua nova geração de manifolds digitais, a série Testo 55x, com conectividade sem fio e toda interface de assistentes de medição que ajudam o trabalho até de profissionais menos experientes.

Testo 55x: indústria alemã está introduzindo nova série de manifolds digitais no Brasil neste mês

“O técnico brasileiro tem buscado cada vez mais por confiabilidade nos dados de medição e conectividade, com total gerenciamento dos dados gerados, processos que podem ser conferidos no Testo 55x, no novo Smart App e no software Testo Datacontrol”, frisa Felipe Cerqueira.

Ferramentas digitais também têm sido a aposta da norte-americana Mastercool, como o manifold da série Spartan, vacuômetro e termohigrômetro, todos com conectividade via bluetooth, em que as leituras são pareadas com o celular, “trazendo para o refrigerista mais praticidade, conforto e segurança em seus diagnósticos”, emenda Bruno Hilsdorf de Almeida Moreno.

Norte-americana Mastercool também aposta em ferramentas digitais para técnicos

Em busca de diferenciais competitivos, a Dufrio aposta em equipamentos como o manifold digital DuGold, o vacuômetro digital DuGold e a recolhedora/recicladora de gás DuGold.

“A conectividade, a disponibilidade de informações precisas e o ganho de produtividade são realidades já entendidas e desejadas pelos profissionais de HVACR”, argumenta Guillermo Zanon, reforçando que a empresa historicamente planeja lançamentos frequentes e busca investir em novas tecnologias, colaborando com a disseminação do conhecimento.

Nova recolhedora e recicladora de gás refrigerante da DuGold

Para a multinacional Vulkan, 2021 promete ser um ano de muitos lançamentos de equipamentos, como alicates e conectores Lokring – cujos modelos e especificidades ainda são mantidos em segredos. A companhia, em breve, colocará no mercado a bomba de vácuo de 21 CFM 220/380. “Essa lista é enrobustecida pelo bloco manifold de uma via em alumínio”, destaca Marcio Malaquias.

“Temos certeza de que neste ano o número de clientes que procurarão esses nossos ferramentais aumentará, principalmente em decorrência da maior conscientização dos técnicos de refrigeração e da ajuda da mídia como um todo, que vem enfatizando a importância dessa tecnologia, simples, fácil e revolucionária no mercado”, projeta o gestor.

Sistema Lokring de união de tubos sem solda facilita dia a dia dos refrigeristas

Danfoss torna realidade manutenção preventiva no varejo alimentar

O Grupo Danfoss anuncia mais uma novidade ao seu portfólio de serviços digitais: uma solução em software, originalmente desenvolvida pela empresa Honeywell, o Smart Refrigeration Solution.

“Estamos animados em apresentar esta solução de refrigeração inteligente e incorporá-la em nossos serviços, baseados na plataforma em nuvem Alsense. Agora, estamos colocando a manutenção preventiva em ação, permitindo que a indústria de varejo alimentar otimize tempo de seu sistema de resfriamento e previna ineficiências no consumo de energia”, comenta Jürgen Fischer, presidente da Danfoss Cooling.

“Combinar esta solução de refrigeração inteligente com nosso portfólio Alsense™ acelera nossa ambição de atender às necessidades dos clientes de varejo de alimentos para manter um alto desempenho da loja de forma proativa”, acrescenta Natalie Schnippering, chefe de serviços digitais de gerenciamento de produtos da Danfoss. “A solução vai além dos sistemas tradicionais de monitoramento, que fornecem, especialmente, alarmes e visões gerais de dados. Esta novidade também identifica problemas operacionais, como falha do compressor ou congelamento da bobina, e fornece orientação prática para corrigi-los”, completa Schnippering.

“O software Smart Refrigeration Solution foi desenvolvido com base nas demandas de clientes que buscavam economizar dinheiro com a redução do gasto de energia e a melhora do desempenho de seus sistemas de refrigeração”, afirma Chris LaPietra, vice-presidente e gerente geral da Honeywell Stationary Refrigerants.

A iniciativa acontece após o lançamento da plataforma Alsense IoT da Danfoss em outubro de 2020 e irá acelerar os esforços da companhia em fornecer ferramentas de software intuitivas, com percepções baseadas em dados e habilitadas por especialistas para otimizar, na mesma medida, a eficiência operacional, o desempenho de ativos de refrigeração e a eficiência energética dos equipamentos.

Imagem da tela do software da Danfoss

Samsung lança geladeira com tecnologia PowerVolt

A Samsung começa 2021 com uma novidade especial: o lançamento da Samsung Evolution, a primeira linha de geladeiras Inverter com tecnologia PowerVolt do Brasil. Com longa durabilidade e design atemporal, a Evolution RT38 e a Evolution RT46 podem funcionar a 110V ou 220V, são resistentes a picos de energia e se mantêm intactas diante de variações de tensão da energia elétrica.

Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é líder mundial no registro de raios. Os números mais recentes falam em média anual de 77,8 milhões de raios em território brasileiro, com maior incidência nos períodos mais quentes e chuvosos. Foi pensando nisso que a Samsung realizou diversos testes em laboratório até criar a tecnologia PowerVolt, que faz as novas geladeiras Evolution suportarem picos de energia de até 310V sem gerar nenhum dano ou alteração no estado do produto¹.

“As novas geladeiras Evolution foram aprovadas diante de todos os requisitos de segurança do usuário estabelecidos por normas nacionais e internacionais. Foram feitos testes escalonados de tensão até alcançar a marca de 310V, expondo os produtos a condições extremas e que geravam riscos à integridade dos materiais. Os procedimentos foram bem sucedidos e não foram registradas anomalias ou alterações no estado e no funcionamento das geladeiras”, explica Kim Rieffel, encarregado pela operação do Grupo Certificador PCN na América Latina, líder na aprovação técnica de produtos de linha branca em países como Brasil, Peru, Colômbia e Equador.

A tecnologia PowerVolt também permite que a Samsung Evolution funcione tanto em ambientes com instalações com 110V quanto em locais que exigem 220V, além de suportar as cargas ainda maiores provocadas por condições climáticas adversas. Essa versatilidade tornará mais fácil a distribuição do produto em todo o país e levará mais praticidade aos consumidores, que terão a tranquilidade de poder manter o refrigerador mesmo em uma mudança de casa ou município. Para os varejistas, significa mais praticidade na logística de distribuição do produto.

“Em um trabalho intenso de pesquisa e contato com varejistas e consumidores, a Samsung identificou essa lacuna para o mercado de eletrodomésticos, mais especificamente na área de refrigeradores. Assim desenvolvemos a tecnologia PowerVolt, que, além de permitir o funcionamento em 110V ou 220V, resiste a picos superiores de energia. É um produto que se destaca pela resistência e durabilidade, mas sem deixar de apresentar um visual atemporal, que levará modernidade às casas dos consumidores por anos e anos”, ressalta Helbert Oliveira, diretor da Divisão de Home Appliances da Samsung Brasil.

As geladeiras Samsung Evolution unem o desejo por desempenho e eficiência energética com um estilo disruptivo e “cool” para atrair os consumidores mais exigentes, que se preocupam com a decoração dos ambientes e gostam de estar em contato com as tecnologias mais avançadas. Isso se reflete na combinação da tecnologia Digital Inverter, trazendo a essa nova categoria o título de número 1 em eficiência energética², além de seu funcionamento mais silencioso e 10 anos de garantia no compressor, com o exclusivo design dos modelos Black Edition, Inox e Branco.

Tanto a Evolution RT46 como a Evolution RT38 contam com recursos voltados para melhor conservação e organização dos alimentos. A tecnologia All-around Cooling, por exemplo, refrigera de maneira uniforme todos os compartimentos das geladeiras, evitando que alimentos sejam danificados ou estraguem antes do tempo. A presença do Filtro Desodorizador ajuda a remover partículas de odor e preserva o sabor dos alimentos por mais tempo, enquanto o recurso Power Cool permite que comidas e bebidas sejam resfriadas mais rapidamente com um simples toque em um botão.

Junto com o lançamento dos produtos da linha Evolution em todo o Brasil, a Samsung também dá início a uma campanha especial batizada de “Evolution: a geladeira PowerVolt da Samsung”, que mostrará justamente como os novos refrigeradores com tecnologia PowerVolt foram pensados para atender às necessidades e gostos de uma geração engajada e promissora. As peças podem ser vistas nos canais oficiais da Samsung e em inserções de mídia digital e off-line a partir do dia 26.

Mayekawa do Brasil apresenta ferramenta da Indústria 4.0

A quarta revolução industrial torna os processos de produção mais eficientes.

A Mayekawa do Brasil, empresa fabricante no segmento de equipamentos e soluções para sistema de refrigeração industrial, também disponibilizará ao mercado soluções inteligentes para segmentos industriais, inclusive para serviços de manutenção, como o sistema de acesso remoto e monitoramento online.

A plataforma permite aos usuários monitoramento online durante 24 horas, em todos os dias da semana. Através da análise da vibração do compressor, o monitoramento remoto permite acompanhar a performance do sistema de refrigeração ou mesmo do compressor para rápido diagnóstico, que consegue identificar e solucionar problemas antes que eles se tornem em falhas, evitando assim paradas desnecessárias.

O diretor da área de assistência técnica da Mayekawa, Nilton Pitarello explica que “de acordo com moderno método de análise online de dados é realizada a coleta das informações do sistema de refrigeração com leitura das variáveis, que são processadas de acordo com cada condição específica, prevendo falhas e danos através de curvas de tendência em tempo real e classificação por nível de criticidade”.

O acompanhamento pode ser feito por uma equipe, que acompanhará remotamente e informará com antecedência o cliente sobre as questões do sistema. “Também é possível que o próprio cliente faça a gestão online do sistema de refrigeração, indicando pró ativamente pontos para manutenção preventiva e preditiva”, indica o engenheiro de projeto Cecílio Duarte.

Quanto à operação da plataforma, ela é bem simples: “pode ser acessada através de qualquer dispositivo com capacidades de acesso à internet, como notebooks, tablets e smartphones”, diz o engenheiro. Além disso, todos os dados gerados ficam armazenados na nuvem com toda a segurança.

Duarte elenca outros diferenciais do Monitoramento Remoto 4.0: “com esta plataforma é possível enviar mensagens via e-mail e SMS tanto para o cliente quanto para a equipe Mayekawa de sobreaviso; observa-se aumento do rendimento e bom desempenho do sistema de refrigeração; há a redução do tempo de parada com manutenções; além da otimização do tempo de resposta do suporte técnico”, garante.

A ferramenta já atende indústrias de segmentos diversos, como Alimentícia, de Bebidas e Química.

May – Outra novidade na plataforma de monitoramento remoto é a comunicação através de chatbot e a atendente virtual May, que deve estar ativa a partir de março.

O futuro da refrigeração: economia de energia e redução de impacto ambiental

Compressores e sistemas de refrigeração gradualmente ficam mais eficientes, menores e silenciosos, tudo graças à pesquisa e inovação.

Do conforto de ter alimentos sempre frescos em casa à preservação de amostras para propósitos científicos, passando pelo transporte e armazenamento de alimentos, e tantas outras situações, a refrigeração tem gerado avanços, conveniência e qualidade de vida para a sociedade.

No centro disso está o compressor. Uma grande parte da evolução na refrigeração vem da tecnologia e ciência envolvidas em desenvolver compressores, que passaram por grandes mudanças ao longo dos anos. Os primeiros sistemas de refrigeração tinham compressores grandes com capacidade de refrigeração equivalente à de um atual modelo sub-mini, por exemplo.

No início, a principal preocupação era com confiabilidade, mas com o tempo outros temas emergiram, acionados por diferentes razões: regulamentações governamentais e sustentabilidade, competitividade e satisfação do consumidor. As principais frentes de mudança seguiram em quatro direções: eficiência energética, mudança de gases refrigerantes, redução de tamanho e melhor percepção acústica.

Eficiência energética

De acordo com o Instituto Internacional da Refrigeração (da sigla em inglês IIR), os produtos de refrigeração (incluindo ar-condicionado) respondem por 17% do consumo de energia elétrica no mundo. Depois de confiabilidade, a maior onda de evolução de compressores tem sido a eficiência energética, o que significa prover a maior capacidade de refrigeração com o menor consumo de energia possível. Ela é medida pelo coeficiente de desempenho, que é o efeito de refrigerar dividido pela energia utilizada para gerar este efeito.

Ao lado da eficiência energética, veio a redução de tamanho. Um compressor menor tem um conjunto de ganhos, como menos uso de matérias-primas, melhor desempenho em acústica, redução da carga de fluído refrigerante, e mais espaço dentro do gabinete.

Mas a eficiência não vem como resultado natural da redução de tamanho. Ao reduzir o tamanho, a eficiência energética poderia, em teoria, reduzir, mas em função de novas tecnologias envolvendo o design do produto, os materiais e processos produtivos, é possível atingir um novo patamar em eficiência energética. Para se ter um exemplo, os compressores de velocidade fixa da Embraco tiveram uma redução de tamanho de 30% nos últimos anos e os de velocidade variável, 40%.

formatos de compressores de refrigeração

Refrigerantes naturais

Em paralelo ao aumento da eficiência energética e à redução de tamanho, regulamentações de gases refrigerantes têm um papel muito importante nas mudanças em compressores ao longo do tempo, desde os anos 1980. Com o Protocolo de Montreal, em 1987, houve um acordo entre os países participantes de que o mundo precisa proteger a camada de ozônio, que estava sendo prejudicada pelos gases CFCs (clorofluorcarbonos), usados como refrigerantes pela indústria da refrigeração até então. De 1989 em diante, quando o protocolo entrou em vigor, os CFCs passaram por uma agenda de eliminação gradativa, sendo substituídos pelos HFCs (hidrofluorcarbonos). Porém, anos mais tarde, estudos demonstraram que os HFCs contribuem para o aquecimento global. Então, em 2016, na 28ª reunião dos integrantes do Protocolo de Montreal, em Kigali, as partes adotaram a Emenda de Kigali, na qual concordam em reduzir o uso também dos HFCs dentro do Protocolo de Montreal, com uma janela de tempo que vai até 2047.

Desde então a indústria tem procurado por soluções ambientalmente sustentáveis. Os refrigerantes naturais têm baixíssimo impacto no aquecimento global e contribuem para a eficiência energética. O refrigerante natural sozinho, como o R290, gera algo em torno de 10% de melhora na eficiência energética.

 

Percepção acústica

Mas não apenas o tamanho, a eficiência energética e a sustentabilidade foram parte dessa revolução em compressores: melhoras na percepção acústica também ocorreram. Desde o primeiro compressor vendido pela Embraco, que era o PW, em comparação com as plataformas de compressores lançadas atualmente, o ruído gerado pelo compressor teve reduções que chegam até 10 decibéis (compressores de velocidade variável têm redução de ruído ainda maiores). Para uma melhor noção do que representa tal redução nos níveis de ruído, um aumento ou redução de 10 decibéis é percebido pelo ouvido humano como duas vezes mais alto ou mais baixo.

 

Preparando-se para o futuro

Duas tendências que seguem fortes para o futuro da refrigeração são os fluídos refrigerantes com menor impacto ambiental, como os naturais, e a tecnologia de velocidade variável.

A adoção dos refrigerantes com menor impacto ambiental não é um processo rápido, mas está evoluindo. A comunidade global tem dado pequenos passos em direção a reduzir o impacto da indústria da refrigeração no meio ambiente, não apenas usando refrigerantes com menos impacto, mas também aumentando a eficiência dos sistemas de refrigeração. Felizmente, refrigerantes naturais como os hidrocarbonetos são mais eficientes por si só, então ao se usar refrigerantes naturais há uma combinação vencedora: ao mesmo tempo, mais eficiência energética e menor impacto ambiental.

Outra tendência é a tecnologia de velocidade variável (também conhecida como inverter ou VCC). Em alguns setores ela já não é mais uma tendência, é a realidade, como em aparelhos de ar-condicionado. Na refrigeração comercial é uma tendência que está ganhando força. Por exemplo, grandes supermercados entenderam que um refrigerador menos eficiente dentro da loja significa mais aparelhos de ar-condicionado para resfriar o local, além do impacto na conta de luz, um dos maiores vilões na estrutura de custos de um supermercado.

 

Compressores de velocidade variável

 Compressores de velocidade variável contam com um aparato de eletrônica embarcada que permite ao compressor controlar sua velocidade de funcionamento, diminuindo-a quando a temperatura desejada é atingida e também aumentando-a quando é necessário baixar a temperatura dentro do gabinete mais rapidamente. A velocidade variável proporciona um melhor controle da temperatura, menor ruído e mais eficiência energética e pode reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores convencionais de velocidade fixa. Isso porque o compressor convencional desliga quando a temperatura necessária é atingida e liga novamente quando há necessidade de baixar a temperatura – o que consome elevada quantidade de energia.

Um estudo de caso com um cliente da Nidec Global Appliance do Brasil exemplifica o nível de economia de energia que pode derivar da combinação de refrigerantes naturais e compressores de velocidade variável. No início do processo, houve a troca de um compressor da marca Embraco de velocidade fixa que usava refrigerante HFC R134a (compressor NT) por outro de velocidade fixa usando refrigerante natural R290 (compressor NEU). A economia de energia foi de 36%. Num segundo momento, houve a troca do compressor de velocidade fixa por um de velocidade variável (FMF), também usando R290. E a economia total de energia em todo o processo chegou a 53%.

VCCs têm ainda outro benefício adicionado à eficiência energética: ótimo comportamento em situações de baixa tensão. Em vários países, é normal que a tensão caia abaixo do padrão nominal. Se você tem um compressor on-off padrão, ele pode nem ligar, mas um de velocidade variável, sim, em função da ampla faixa de tensão da tecnologia inverter.

 

Eletrônica

 Como tudo no mundo hoje, os compressores também entraram na tendência da transformação digital. A eletrônica permite a conexão a dispositivos móveis e tenha seu desempenho monitorado remotamente.

Há também a eletrônica embarcada no compressor de velocidade variável, que controla seu funcionamento.

 

Sistemas completos

 O processo produtivo da indústria de refrigeração também tem novos caminhos. Tem sido  cada vez mais comum os fabricantes de refrigeradores comerciais comprarem sistemas completos, como as unidades condensadoras e unidades seladas, para inserir em seus produtos, em vez de comprar apenas o compressor e montar o restante do sistema. A compra do sistema completo otimiza o processo produtivo de toda a cadeia e permite ao fabricante focar no design e tecnologia do gabinete.

É uma opção acessível e modular tanto para aplicações remotas quanto acopladas, como câmaras frias, tanques de leite, refrigeradores, freezers comerciais, etc.

 

Gestão integrada da energia

Outra das próximas fronteiras é ter gestão integrada da energia, visando a otimização do seu aproveitamento. Por exemplo: na Europa, estão se tornando mais conhecidos os sistemas de circulação de água (waterloop), nos quais em vez de usar-se ar para remover calor do condensador, usa-se um trocador de calor a água, gerando assim água quente, que pode ser usada para outras finalidades no processo. Usada em larga escala, essa gestão integrada de energia pode economizar muitos recursos.

 

 

Por: Daniel Fretta, Especialista de Suporte Técnico na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco, e Fábio Venâncio, gerente de Vendas na Nidec Global Appliance, onde é responsável pelo portfólio Embraco para a América Latina.

Com a colaboração de: Marek Zgliczynski, Peter Nuksar e Jozef Seliak, do time de Pesquisa e Desenvolvimento da Nidec Global Appliance.

 

IoT revoluciona mercado de climatização de edifícios

Baixar em PDF: Edição 11/2020

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC, na sigla em inglês) inteligentes mantêm os dados críticos de controle e manutenção atualizados automaticamente e facilmente acessíveis.

Os clientes personalizam remotamente suas configurações por meio de aplicativos, e os prestadores de serviços acessam alertas antecipados e diagnósticos relevantes por meio de relatórios on-line.

Produtos sofisticados podem até mesmo integrar previsões meteorológicas e tendências de uso de energia para reduzir o consumo energético e otimizar a regulação da temperatura.

À medida que a sustentabilidade se torna um foco cada vez maior para indivíduos, empresas e comunidades, os sistemas de HVAC integrados à chamada Internet da Coisas (IoT) podem proporcionar aos usuários uma experiência perfeita em termos de conforto térmico e qualidade do ar interno (QAI), ao mesmo tempo em que reduzem impacto ambiental.

 A Internet das Coisas

A IoT possibilita o uso de recursos inteligentes de muitas tecnologias, incluindo sistemas de ar condicionado. Sensores avançados projetados para a IoT podem fornecer uma grande variedade de informações relevantes para clientes, fabricantes e mantenedores de instalações.

Os sensores reúnem medições de temperatura do ar interno, temperatura radiante externa, umidade interna e externa, velocidade do ar e padrões de circulação, para citar alguns dados.

Os sensores inteligentes transferem essas informações para um banco de dados central, que conecta o sistema de HVAC à rede mundial de computadores, exportando o status para aplicativos e painéis e importando informações como previsões do tempo e preferências dos usuários.

Essas previsões e preferências são usadas para ajustes automáticos do sistema de HVAC, comandando atuadores sem esperar a intervenção de um usuário.

Sensores inteligentes podem se comunicar por meio de redes wi-fi existentes, conexão de celular, bluetooth ou outras conexões proprietárias. Isso fornece flexibilidade e adaptabilidade com base nas necessidades particulares de configuração de um de sistema de HVAC.

Portanto, conectividade é um aspecto fundamental dos sistemas feitos para a IoT, pois permite que os componentes se comuniquem entre si para ajustes automáticos e contínuos e fornece um gateway (ponte de ligação, em português) para os sensores compartilharem e coletarem informações externamente.

Impacto no setor de manutenção

Nos próximos anos, a tendência é observar “superespecialistas” e não mais técnicos genéricos, devido ao poder de rastreabilidade remota para encontrar defeitos específicos nos equipamentos. “A gestão da manutenção dos aparelhos de ar condicionados está sendo remodelada com a IoT”, esclarece o engenheiro Leandro Solarenco, especialista em projetos, master coach e CEO da Vetor Frio & Clima.

“Ao contrário da manutenção tradicional, que exige técnico para identificar problemas, a manutenção 4.0 consegue fazer tudo remotamente, identificando tempo de uso, falhas e outros dados de forma semelhante ao dos carros modernos, que monitoram, por exemplo, a quilometragem e acionam sensores de falhas deixando os técnicos preparados para o serviço. Essa rastreabilidade do processo de manutenção vai demandar técnicos específicos para determinados problemas, eliminando todo o trâmite de ter um responsável para terceirizar esse trabalho. Isso vai modificar o segmento de manutenção, que gradativamente caminhará para um modelo mais versátil, além de valorizar o trabalho do técnico que contará com conhecimentos específicos”, ressalta.

Além de proporcionar mais agilidade e eficiência no processo de manutenção, gerando economia de energia, a manutenção 4.0 também possibilita um segundo benefício, que é flexibilizar o serviço de acordo com a necessidade, devido a três itens principais de automação:

1 – Painéis de notificações de defeitos no aparelho de ar condicionado, identificando falhas ou antevendo possíveis problemas;

2 – Redução do impacto dos reparos a cada visita. Numa manutenção tradicional, fatalmente, o reparo é realizado em duas visitas. No conceito 4.0, o processo de reparo é antecipado, uma vez que o técnico já tem o pré-diagnóstico do equipamento remotamente. Dessa forma, se o equipamento apresentar defeito, é possível levar as peças adequadas na primeira visita;

3 – Cálculo de utilização para entender quando de fato a manutenção precisa ser feita, passando a ser sob demanda e não mais por tempo.

“Hoje, normalmente o processo de manutenção regular exige um checklist com a presença de um técnico no local para fazer a limpeza padrão e verificação do que está ocorrendo no equipamento para posteriormente determinar diagnóstico e fazer o reparo. Tudo isso gera um custo e um tempo maior, inclusive de deslocamento do profissional”, lembra Solarenco.

“Ao inverter esse jogo”, prossegue, “a empresa vai eliminar partes dos processos de verificação manual, tempo, ferramentas e deslocamento fazendo tudo isso pela Internet usando dispositivos de IoT”.

“Dessa forma, com precisão e eficiência, a tecnologia vai realizar as mesmas medições e chegar numa conclusão do que precisa ser realizado pelo técnico de forma antecipada e correta, transformando positivamente a forma de realizar a manutenção de sistemas de ar condicionado”, diz.

Evolução da IoT

Muitas indústrias continuam a financiar pesquisas na área de IoT, desenvolvendo novos recursos e reduzindo custos. Vários níveis de preços e recursos atraem uma ampla gama de clientes residenciais e comerciais.

Avanços na computação, como inteligência artificial, complementam as melhorias da IoT e destacam novos aplicativos. A natureza centrada em software dos sistemas inteligentes permitirá atualizações de pouco esforço e baixo custo no futuro.

Os painéis trazem a riqueza de informações que os sistemas de IoT fornecem às pontas dos dedos dos usuários, personalizando os controles e simplificando a manutenção. Os clientes podem ajustar seus sistemas de acordo com suas necessidades exatas, e os empreiteiros têm informações críticas de diagnóstico prontamente disponíveis.

A eficiência energética atraiu a atenção de indivíduos, empresas e comunidades; os sistemas inteligentes demonstraram uma redução significativa no uso de energia sem sacrificar o conforto.

Os sistemas de HVAC inteligentes já provaram sua capacidade de fornecer personalização ao usuário, gerar alertas de manutenção, maximizar o conforto e reduzir o consumo de energia. E eles continuarão melhorando, à medida que a tecnologia de IoT cresce.

Professor busca voluntários para produzir ventiladores mecânicos

Jurandir Nadal, professor titular do Programa de Engenharia Biomédica da COPPE/UFRJ e chefe do Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular do Programa, fez um chamamento, via Facebook, visando encontrar voluntários para a produção de ventiladores mecânicos: equipamento eletromédico cuja função é bombear ar aos pulmões, utilizados em UTI e necessários para o tratamento de pessoas infectadas pelo Coronavírus.

“Em nosso laboratório estamos estudando a viabilidade de desenvolver um modelo de ventilador mecânico de baixo custo e complexidade, que possa ser construído em massa, em pouco tempo e com os recursos disponíveis no mercado nacional, dadas as atuais dificuldades de importação”, diz o post de Napal. “O equipamento tem que permitir a ventilação mecânica com diferentes concentrações de O2, e não causar barotrauma. Testamos uma versão, que aparentemente funciona, envolvendo o emprego de uma válvula Boussignac e válvulas solenoides, mas não atinge (ainda?) as condições ideais de ventilação invasiva”.

E continua: “Há dois dias tomamos conhecimento de que o Reino Unido lançou um edital mundial (ver no final deste post) para a submissão de propostas de ventiladores já existentes e aprovados para uso clínico em pelo menos um país, que seja factível na Inglaterra. Creio que é oportuno pensarmos em adotar um esforço coletivo semelhante, visando salvar vidas de nossas comunidades. Assim como na grande guerra, “em que fábricas de penicos passaram a produzir capacetes”, imagino particularmente que um fabricante de eletrodomésticos possa redirecionar uma linha de produção para atender a essa demanda capital”.

Ainda segundo o professor, outras ações podem ser realizadas. “Imagino que apenas nos hospitais públicos haja centenas de ventiladores necessitando manutenção, mas que vêm sendo deixados de lado em troca de novos aparelhos. Afinal, como muitos sabem, muitas vezes é mais fácil a gente comprar um equipamento de alto custo do que consertar um!”

Ao final, o professor cita um colega: ”sendo o máximo transparente, as nossas chances são, no momento, ainda pequenas e para aumentá-las temos que encontrar mais voluntários para tratar de:

A – fabricação da válvula Boussignac;

B – fabricação da válvula de PEEP (mola – membrana);

C – contato com os fabricantes que possam se associar ao projeto em domínio público;

D – Contato com fabricantes e distribuidores de oxigênio medicinal para instalar bicos em hospitais;

E – contato com fornecedores de circuitos ventilatórios e conexões;

F – Instrumental de monitorização da ventilação no leito, dado que nosso ventilador é cego;

G – contato com produtores, distribuidores de HELMETs e máscaras H etc.

Para acessar o post do professor Nadal clique aqui.

Cientistas criaram material com as propriedades de um interruptor térmico

Uma equipe de cientistas da Universidade Carnegie Mellon (Universidade Carnegie Mellon) do Departamento de Engenharia Mecânica desenvolveu um polímero com as propriedades de um interruptor térmico. O material proposto é capaz de mudar seu próprio estado (estrutura) de condutor de calor para o estado de isolamento térmico. O que é importante, o processo de alternar de um estado para outro é completamente reversível e é controlado apenas pela alteração da temperatura do material e do ambiente.

A invenção, de acordo com o líder da equipe de pesquisa, professor Shen Chen, pode levar ao surgimento de novas unidades de refrigeração em estado sólido, sistemas de remoção de calor e novos métodos de refrigeração eletrônica. Os dados do trabalho foram publicados na revista Science Advances no artigo “Regulador térmico de polímero reversível e de alto contraste por transição de fase estrutural”.

No decorrer da pesquisa, um polímero foi obtido com uma estrutura cristalina inicialmente altamente ordenada, que, como é conhecido, promove transferência de calor eficiente. Quando o material é aquecido a 340 K (66,85 ° C), a estrutura do material muda para hexagonal (hexagonal). Essa estrutura já evita a condutividade térmica, e o material se torna um isolador de calor. Isto é devido ao enfraquecimento das ligações entre as moléculas de polímero, o que altera a estrutura do material. Mas essa condição é reversível. Após o resfriamento a uma determinada temperatura, a estrutura do material novamente se torna cristalina e adquire as propriedades de condutividade térmica.

Na natureza, existem materiais que, quando aquecidos, podem alterar a condutividade térmica em 4 vezes. O polímero proposto é capaz de aumentar e diminuir sua condutividade térmica em um fator de 10, o que o torna potencialmente adequado para a criação de um novo tipo de instalação de refrigeração.

A mudança nas duas direções ocorre rapidamente em uma faixa de temperatura curta na faixa de 5 K. O material permanece estável (não derrete) até 560 K ou, no idioma que a maioria das pessoas entende, até 286,85 ° C. Nenhum dos interruptores térmicos existentes com base nos materiais atuais pode suportar tais temperaturas.

Fonte: Avalanche notícias

Conhecimento por todos os lados

E a escrita se repetiu este ano. Ao mesmo tempo em que os estandes da Feira fervilhavam, por conta dos muitos lançamentos e visitantes no São Paulo Expo, verdadeiros bolsões tecnológicos mesclavam a troca de conhecimentos à exposição de produtos e serviços.

Foi essa a missão mais uma vez muito bem cumprida pelas ilhas temáticas da Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água -, que em número de cinco, bateram todos os recordes quantitativos e, principalmente, qualitativos, conforme são unânimes em destacar seus respectivos responsáveis.

No caso da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, um motivo extra para comemoração foi o sucesso do primeiro Hackathon realizado durante a feira, em conjunto com a Fiesp – em sua 10ª iniciativa do gênero –, tendo patrocínio da Reed Exhibitions Alcântara Machado e apoio das empresas VL Salter e Trox, que apresentaram os desafios aos participantes.

A equipe vencedora foi a “Smart Filters” e sagrou-se campeã por desenvolver um software para a medição da qualidade de filtros de ar-condicionado, proposta em busca de uma análise profunda desses componentes e a melhor indicação possível de qual deles utilizar, dependendo do equipamento onde for instalado.

“O aplicativo liga um software a sensores que identificam parâmetros como vazão, sujeira e rendimento da máquina”, explicou Milton Shishido, um dos integrantes da equipe.

Vitórias

O prêmio recebido pelo time ganhador foi uma passagem e a inscrição para participar da feira MCE Expo Comfort 2020, que será realizada de 17 a 20 de março do ano que vem, em Milão, patrocinada pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, que também ofereceu cinco convites aos demais componentes do grupo campeão para que visitem o Salão Duas Rodas, feira voltada para o mercado de motocicletas de equipamentos,  de 19 a 24 de novembro, em São Paulo.

Igualmente vitoriosa sentiu-se a Trox Brasil, de acordo com o seu gerente corporativo em engenharia, pesquisa e desenvolvimento, Jorge Zato.

“A importância desse tipo de desafio para o setor é encontrar soluções para problemas corriqueiros. Nós buscamos esse tipo de competição porque precisamos de mentes com soluções inovadoras, fora da caixa. Nós, que estamos acostumados com o mercado e a indústria, tendemos a modificar ideias já existentes. Aquelas completamente novas só saem mesmo com esse tipo de competição”, disse.

Para o professor Eduardo de Macedo, diretor da unidade do Senai sediada no bairro paulistano do Ipiranga, nacionalmente reconhecida como principal centro formador profissional do segmento no País, também foi altamente relevante  o fato de  alunos da casa terem sido os autores de um trabalho classificado entre os três melhores do Conbrava, na primeira participação que tiveram no grande congresso bienal do setor, uma oportunidade muito bem aproveitada, conforme denota essa colocação tão expressiva.

A satisfação por fazer parte de mais uma Febrava também estava estampada no rosto de Manoel Ferreira, professor da Oscar Rodrigues Alves que há mais de quatro décadas responde pela famosa “carreta-oficina”, que leva o ensino de refrigeração e ar condicionado às localidades brasileiras sem unidade física nessas áreas.

“Para solicitar sua ida a qualquer cidade paulista, basta procurar a escola Senai mais próxima, pois assim nós verificamos a possibilidade de atendimento, o tipo de treinamento a ser oferecido e as datas disponíveis”, ensina ele, lembrando que a solicitação envolvendo outros estados deve sempre ser feita no próprio Departamento Nacional (DN) da instituição.

 Mais ensinamentos

Não muito longe dali, numa área de 240 metros quadrados, a Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) e o Centro Paula Souza (CPS) mostravam, desde a abertura da feira, que o clima de sala de aula também estaria na ilha temática onde mestres e alunos apresentariam o que vêm fazendo todos os dias para melhorar constantemente o nível do nosso HVAC-R.

Estrutura interna da carreta-oficina do Senai

Escola sobre rodas, na
carreta-oficina

Prova evidente disto foi o Selo de Inovação da Abrava conquistado pelo robô destinado à inspeção e análise de dutos de ar-condicionado e ventilação, desenvolvido por estudantes da escola localizada no bairro paulistano de Itaquera.

“Na maioria dos casos, esse tipo de tubulação é de difícil acesso ao trabalhador. Daí a necessidade de dispositivos guiados”, explica um dos autores do projeto, Rafael Papis, aluno do curso superior tecnológico de automação industrial da Fatec Itaquera.

Como diferencial deste protótipo, em relação aos demais produtos existentes no mercado, ele destaca a captação e o armazenamento de dados durante a inspeção.

Além do robô inspetor de dutos, outros projetos se destacaram na mostra, caso do kit didático que auxilia a compreensão de conceitos de eletricidade e de perda de carga em dutos de ar-condicionado, apresentado pelos estudantes do curso de gestão de energia e eficiência da Fatec Franco da Rocha; e o refrigerador de latas de bebidas que gela o líquido em cinco minutos.

Premiações à parte, o professor Paulo Kanayama, titular das áreas de eletricidade e eficiência energética e membro da diretoria da Fatec Franco da Rocha, acredita que todos tenham saído vitoriosos com mais essa participação marcante de sua faculdade, pela terceira vez consecutiva sob a sua coordenação.

“Para os alunos, foi uma oportunidade de conhecer as principais empresas atuantes na área, para apresentarem seus trabalhos acadêmicos e, o principal, sentirem a necessidade que têm de profissionais qualificados”, afirmou.

Já seus colegas professores, ele considera beneficiados pela chance que tiveram de sentir as qualificações necessárias para que os alunos sejam bem aceitos no mundo corporativo.

Boa parte das empresas, no entanto, ele reconhece ter descoberto apenas na Febrava, que as Fatecs formam profissionais para o HVAC-R, tornando assim bem-vindas as parcerias capazes de promover a integração entre academia e indústria.

“Com base nisso tudo, em 2021 tentaremos envolver mais alunos, por achar que a participação na Febrava deva ser cada vez mais incentivada”, concluiu Nakayama.

Estreia automotiva

Cada vez mais presente nos estandes da Febrava ao longo dos anos, o segmento responsável pelo conforto térmico sobre rodas ganhou pela primeira vez uma ilha temática, representando também os fabricantes de ar condicionado para ônibus e máquinas agrícolas.

“É um setor que não tinha voz ativa no mercado e a feira certamente engrossa essa voz, aumentando nossa representatividade”, comemora o coordenador do espaço de 250 metros, ocupado por 12 empresas, Sérgio Eugênio da Silva.

“Começaremos a cuidar da próxima em outubro”, anima-se o profissional, esperando o dobro de tamanho para a segunda edição desta ilha, até mesmo pelo reconhecimento da Reed quanto ao excelente movimento registrado por ela durante os quatro dias da mostra.

“Para você ter uma ideia, está acontecendo a Autonor, em Pernambuco, e a nossa visitação aqui tem sido quase igual à daquele evento como um todo”, exemplificou.

Fatos assim, ancorados nas estimativas de que a Febrava recebeu um público cerca de 30% maior no São Paulo Expo desta vez, foram causa de arrependimento de vários players que declinaram do convite de participar, conta Sergio.

Estrutura montada da cadeia automotiva

Cadeia automotiva também focou ônibus e tratores

Elas perderam a chance, segundo o coordenador, de estar num ambiente integrando reparação, revendas de peças, pequenos e médios fabricantes e até multinacionais, isto é, uma cadeia completa, reunindo desde o aplicador até a indústria, num ambiente marcado por otimismo e acolhimento, segundo ele.

Não foi à toa que dos mil cartões levados por Sérgio ao evento, acabaram sobrando pouco mais de cem, exemplo dado por ele para ilustrar o sucesso do encontro.

Em conjunto com Nelson Baptista, presidente da comissão organizadora da Feira, o professor está planejando um estreitamento de relações com a EPA, entidade norte-americana do setor automotivo local que realiza, em fevereiro próximo, um evento que ele acredita ter muitas lições a dar ao mercado brasileiro.

 Cadeia incrementada

Celebrizada pelo lendário professor Lincoln de Camargo Neves, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, e desde 2015 coordenada pelo também catedrático Eduardo Dória, a ilha que exprime o estado da arte em todas as etapas responsáveis pela conservação dos produtos perecíveis – da lavoura à mesa do consumidor – também fez sucesso nesta Febrava.

Montada em 600 metros quadrados – o quádruplo da área ocupada quatro anos atrás –, ela cresceu e hoje tem 40 participantes, entre ativos e passivos, estes últimos convidados para mostrar dispositivos de seus fornecedores agregados a equipamentos finais.

O volume de acessos ao local também foi grandioso e de excelente qualidade, na avaliação dos próprios expositores, segundo Sérgio.

Um empurrãozinho extra para que isso acontecesse ficou por conta de algumas estratégias colocadas em prática, a fim de tornar mais atraente ainda a visita.

Imagem da ilha Cadeia do Frio

Espaço quatro vezes maior para a Cadeia do Frio

“Teve um expositor da feira que trouxe um baú de sorvete de placa eutética e firmou parceria com um cliente para distribuir sorvetes aqui na ilha”, exemplificou o consultor, ao falar da validade de se recorrer a expedientes lúdicos, gentis e eficientes para mostrar tecnologias e produtos.

É que embora esteja num ambiente agradável e com raiz acadêmica, o expositor de uma ilha quer mostrar, da forma mais eficaz possível, a performance dos seus equipamentos, em busca também da geração de negócios.

O poder da internet igualmente pesa muito no êxito de uma ilha temática, na visão do especialista. Tanto é que a da Cadeia do Frio estreou desta vez um catálogo eletrônico, cujo acesso permitiu antecipadamente aos visitantes saber o que encontrariam por lá, com a possibilidade de acesso a imagens digitais e vídeos dos fabricantes.

 Manufatura reversa

Como de costume, boas práticas para adquirir, recolher, reciclar, e introduzir nos equipamentos uma gama de fluidos refrigerantes nociva à natureza deram a tônica de mais uma edição da Ilha do Meio Ambiente.

Isso não significa a ausência de novidades, conforme assegura seu coordenador. “Conseguimos montar um espaço aqui no pavilhão, formado por geladeiras, aparelhos de ar condicionado e eletroeletrônicos antigos”, explicou Paulo Neulaender, referindo-se a parceria firmada com o Instituto GEA – Ética e Meio Ambiente, envolvendo o procedimento conhecido como economia circular.

Com relação às diferenças entre a ilha deste ano e a de 2017, ele ressalta a maior quantidade de técnicos e pessoas realmente interessadas no tema ambiental, dentre os cerca de 1.400 visitantes contabilizados.

Neulaender atribui esse desempenho a novidades como a chegada do R-32 aos splits, bem como o hidrocarboneto R-290, cada vez mais presente nos supermercados.

Ilha do meio ambiente destacou o correto descarte de equipamentos

Tudo isso em meio ao surgimento de ferramentas digitais que transformam qualquer smartphone em poderoso recurso para o pleno controle, a distância, das mais diversas modalidades de instalação do HVAC-R, a exemplo de manifolds que executam toda uma gama de operações praticamente sozinhos.

Para 2021, sua meta é ter esse ambiente até mesmo fora da Ilha do Meio Ambiente, com algum organismo aglutinando as muitas iniciativas que hoje mobilizam os refrigeristas nas mídias sociais, iniciativas consideradas louváveis por ele, porém ainda carentes de uma melhor organização, até mesmo como forma de garantir a veracidade dos muitos conteúdos diariamente postados.