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Elgin amplia usina solar na fábrica de Mogi das Cruzes

A fábrica da Elgin, localizada na cidade de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, conta com uma usina solar de telhado desde 2019, que acaba de receber uma ampliação para abastecer parte das operações administrativas e de manufatura da companhia. O local é destinado para produção e armazenagem de equipamentos das áreas de climatização, refrigeração e automação, contando com aproximadamente 800 colaboradores.

A usina solar em operação saltou de 1,8 megawatts (MW) para 2,3 megawatts (MW) em julho de 2022. No total, a unidade fabril possui mais de 6,3 mil painéis instalados no telhado, dispostos numa área de cerca de 13 mil metros quadrados.
A energia gerada pela usina pode ser utilizada diretamente na fábrica ou injetada na rede elétrica de distribuição da cidade, para recebimentos de créditos ou abatimentos na conta de energia. Para se ter ideia, a usina solar instalada no telhado da empresa conseguiria abastecer aproximadamente 10 mil casas, considerando um consumo médio de 300 kWh/mês.

Outro benefício da usina solar na fábrica da Elgin é a redução de emissão de gás carbônico na atmosfera. Desde o início de sua operação, a redução estimada é de 5,6 mil toneladas de CO2, os quais deixaram de ser lançados no meio ambiente.

De acordo com Glauco Santos, diretor da divisão de energia solar da Elgin, a ampliação da usina reflete o investimento constante em sustentabilidade e eficiência energética, bem como integra o programa de ESG de todo o grupo. “A aposta em projetos fotovoltaicos dentro da empresa, reforça nossa visão de acreditar na tecnologia que comercializamos para os nossos clientes. Estamos sempre buscando alternativas que garantam uma operação sustentável a partir de fontes limpas de energia”, explica.

Emerson participa da Refriamericas com resultados positivos

A Emerson participou da Refriamericas Expo & Congresso, com resultados positivos! Realizada entre os dias 20 e 21 de julho de 2022, em Miami – EUA, a feira foi oportunidade para a empresa reafirmar seu compromisso no desenvolvimento de produtos com baixo impacto ambiental e máxima eficiência.

Em seu estande, a Emerson destacou a Unidade Condensadora de Modulação Digital ZXD e a Unidade FFAP, entre outros produtos da marca Copeland.

Nos dois dia de evento, a empresa recebeu visitantes de diversos países latino-americanos como Venezuela, México, Guatemala, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Ilhas Caribenhas e Brasil.

“Tivemos a oportunidade de compartilhar com muitos clientes importantes da região da América Latina nossa ‘expertise’ no desenvolvimento de produtos compatíveis com as demandas ambientais. Recebemos em nosso estande muitos revendedores, projetistas, empreiteiros e fabricantes. Outros visitantes também estiveram presentes, ávidos por informações sobre as vantagens de nossas unidades condensadoras, com um balanço muito positivo de nossa participação em divulgar a marca, com muito networking”, informa Carolina Africano, Gerente de Marketing Digital, América Latina.

Para Enrique Martin, Gerente Geral México e América Central, “foi a primeira vez que participo da Refriamericas e estou muito satisfeito pelos resultados obtidos. Tivemos a oportunidade de expor um pouco de nossa tecnologia e cumprimentar dezenas de clientes e amigos de diversos países. Espero vê-los novamente em Porto Rico 2023”.

Congresso

A Emerson também participou do Congresso no dia 20 de julho, trazendo o tema “Guia Completo de Refrigeração Comercial para Abordar a Emenda Kigali na América Latina, apresentado por Misael Gonzales, Engenheiro de Aplicações para Refrigeração – México.

“Apresentamos aos participantes do Congresso um estudo de emissões totais equivalentes de CO2 para diferentes arquiteturas de refrigeração usando tipos de refrigerantes e tecnologias de modulação para três tamanhos de aplicação e em 3 perfis climáticos específicos. Abordei também alguns pontos essenciais sobre as alterações da Emenda Kigali, mitigação de risco de refrigerantes A2L e alguns detalhes sobre o uso de refrigerantes naturais. Por fim, a apresentação concentrou-se em destacar as qualidades das arquiteturas distribuídas usando unidades condensadoras de ponta e o uso de refrigerantes de baixo GWP para reduzir a pegada de carbono das instalações de refrigeração comercial na América Latina”, informa Gonzales.

Equipe Emerson na Refriamericas Expo & Congresso

Cerâmicas porosas poderão substituir gases industriais na refrigeração

Gases de refrigeração poderão ser substituídos por cerâmicas porosas
Tecnologia desenvolvida na Espanha apresenta mudanças térmicas semelhantes aos HFCs

Uma inovação desenvolvida pelo pesquisador Javier García-Ben e seus colegas da Universidade de Coruña, na Espanha, que trabalham com uma categoria de cerâmica high-tech conhecida por MOF – sigla em inglês de estruturas metal-orgânicas – poderá substituir os atuais gases industriais utilizados no mercado de refrigeração e ar condicionado.

A equipe descobriu, recentemente, que algumas MOFs podem “respirar” dióxido de carbono (CO2), com o detalhe de que, ao exalar o gás de volta para o ambiente, elas resfriam o ambiente.

MOFs são materiais porosos cristalinos que consistem em um arranjo regular de íons metálicos carregados positivamente cercados por moléculas orgânicas e formando uma estrutura repetitiva semelhante a uma gaiola. Elas têm uma enorme área de superfície interna.

Ao adsorver diferentes gases, algumas MOFs sofrem alterações estruturais que expandem seus poros. Como essas transformações se assemelham à respiração, elas são conhecidas como “transições respiratórias”.

O sistema desenvolvido na Espanha funcionou entre -20 °C e 60 °C, o que não é possível se apenas dióxido de carbono for usado como refrigerante. E, ao contrário de outras alternativas, as MOFs requerem apenas baixas pressões de CO2, ao mesmo tempo em que apresentam mudanças térmicas semelhantes aos hidrofluorcarbonos (HCFs) e outros fluidos refrigerantes refrigerantes.

Embora isso possa estimular a implementação industrial, algumas propriedades precisas desses materiais ainda precisarão ser estudadas em detalhes – incluindo as transições exatas de temperatura de resfriamento desencadeadas durante a operação.

Vazamentos de fluidos refrigerantes na mira do setor

Perda desses insumos drena recursos consideráveis, prejudica o meio ambiente e expõe as pessoas a acidentes. Detectores usam tecnologia capaz de encontrar escapes imperceptíveis.

Responsáveis por gerar prejuízos de milhões de reais anualmente a donos de aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e freezers domésticos, comerciais e industriais, os vazamentos de fluidos refrigerantes continuam sendo um poderoso gargalo da cadeia produtiva do frio.

A perda do insumo, muitas vezes imperceptível, pode acontecer por várias causas externas e internas, desde instalações malfeitas, realizadas sem obedecer aos parâmetros estabelecidos pelos fabricantes, até o uso de ferramentas inadequadas ou de forma incorreta.

Há também a ocorrência de processos de desgaste de materiais, por exposição ao clima, além de danos provocados por choques físicos nos equipamentos, tensão térmica ou ambiental e até mesmo pela natural vibração de componentes durante o funcionamento. As conexões mecânicas são identificadas como as mais críticas.

Anualmente, 80% das importações brasileiras de R-22, um refrigerante clorado amplamente utilizado nos supermercados, destinam-se ao mercado de reposição. Além dos prejuízos financeiros, os vazamentos contribuem para prejudicar o meio ambiente e acabam expondo técnicos e consumidores a acidentes, no caso de manipulação de refrigerantes tóxicos ou inflamáveis.

No Brasil, o mercado segue diretrizes da NBR 16186:2013 – Refrigeração comercial, detecção de vazamentos, contenção de fluido frigorífico, manutenção e reparos. A norma estabelece os requisitos mínimos e os procedimentos para redução da emissão de gases refrigerantes em equipamentos e instalações de refrigeração comercial.

De acordo com estimativas de especialistas do setor de refrigeração no Brasil, 60% dos vazamentos são causados pela má qualidade técnica nos serviços de manutenção, pela ausência de normas para a prática desta atividade, além da falta de conscientização ambiental. Os outros 40% dos vazamentos em sistemas frigoríficos devem-se à má qualidade do equipamento de refrigeração.

Vários são os métodos diretos recomendados para a detecção de vazamentos, conforme enumera o Guia de Boas Práticas e Controle de Vazamento, criado em 2015 para o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em alemão) e com o apoio da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Um dos processos mais simples, porém, efetivo, é o teste de espuma de sabão com pressão do fluido frigorífico. Algumas marcas podem ser fornecidas com um pincel aplicador ou uma bola absorvente de algodão ligada a um fio rígido no interior de uma tampa. Há também similares com um aplicador spray.

De baixo custo, rápido e confiável, o detector de vazamento hálide (lamparina) pode ser utilizado apenas para detectar fluidos frigoríficos clorados e vazamentos de até 150 gramas por ano. A lamparina funciona segundo o princípio de que o ar é arrastado ao longo de um elemento de cobre aquecido por um combustível de hidrocarboneto. Se o vapor do fluido frigorífico halogenado estiver presente, a chama muda da cor azul para verde.

Habitualmente usado em sistemas de ar condicionado automotivo, o método de contrastes ultravioletas de detecção de vazamentos funciona quando uma substância fluorescente ou colorida é inserida no sistema e se desloca com o lubrificante através dos componentes do circuito. A mancha de vazamento é indicada pelo escape de fluido frigorífico.

Baseado na tecnologia TCD, o detector de gás eletrônico geralmente é usado para rapidamente encontrar a área de vazamento de um sistema. O método é sensível a faixas de vazamento diminutas, a partir de três gramas por ano. O detector usa uma sonda que cria uma emissão elétrica na presença de um fluido refrigerante. O sinal elétrico, por sua vez, é convertido em sinal visual ou sonoro.

Capaz de encontrar vazamentos de pequena proporção – com uma taxa menor do que um grama por ano –, a detecção com o uso de gás marcador é um método muito confiável que permite aos técnicos a realização de testes em um sistema com baixa pressão.

Os técnicos podem trabalhar, em busca de vazamentos de fluidos, com detectores ultrassônicos ou infravermelhos, que pela grande diversidade de funções, têm preços variando de R$ 150 a R$ 5 mil (para uso em campo), podendo chegar a R$ 50 mil, no caso dos robustos dispositivos industriais.

Os aparelhos ultrassônicos detectam vazamentos de vapores ou gases em locais onde essas substâncias não podem ser visualizadas ou detectadas pela audição ou olfato. Geralmente são utilizados em aplicações industriais, para detectar vazamentos em componentes de grandes dimensões, podendo inclusive ser usados, com segurança, em operações com gases tóxicos ou inflamáveis.

Conforme o Guia de Boas Práticas, do MMA, o aparelho ultrassônico pode detectar as vibrações criadas no ar por minúsculos vazamentos de gás ou vapor sob pressão, e transformá-los em um som audível ou alarme que pode ser facilmente detectado pelo operador do detector.

Já os equipamentos infravermelhos, segundo a publicação, têm uma superfície de detecção ótica por onde o fluido, que absorve a radiação IV (infravermelha), passa. Assim, quando essa passagem é detectada, soa um alarme, que depende da quantidade de radiação absorvida. A tecnologia é muito precisa e menos sujeita à contaminação.

 

Perda de rendimento

“Usando os equipamentos splits como exemplo, o primeiro sintoma relacionado ao vazamento de fluido no sistema de refrigeração é a perda de rendimento e capacidade frigorífica por conta da redução da massa de refrigerante circulando na tubulação. Com a queda de pressão na sucção, ocorre também a diminuição indesejada da temperatura de evaporação do fluido, ocasionando, em algumas situações, a formação de gelo na serpentina do evaporador”, explica o consultor comercial Samuel Gonçalves, da Elitech Brasil.

Segundo ele, na pior das hipóteses, além da falta de rendimento, pode também ocorrer danos ao compressor, pois o fluido refrigerante também é responsável pelo resfriamento do motor. “Normalmente, os vazamentos ocorrem em pontos de conexões e soldas na tubulação. Em splits, são mais frequentes nas porcas flange por conta de má execução do flange nos tubos de cobre ou do aperto insuficiente da porca”, descreve o consultor.

A Elitech tem apostado muito nos detectores de vazamento de fluido refrigerante com sensor do tipo infravermelho. Nessa categoria, a empresa oferece os modelos ILD200 e o InframateD, equipamentos bem-sucedidos no mercado do frio. Falando especificamente da tecnologia presente nos dois modelos, o teste é feito usando o método de espectroscopia óptica, que analisa a presença de compostos halogenados no ar baseado na frequência eletromagnética que as moléculas absorvem da luz.

“Uma instalação bem-feita deve passar por teste de estanqueidade com nitrogênio e por estabilização do vácuo, pois por meio desses dois processos é possível identificar vazamentos”, complementa Gonçalves.

Atualmente, a empresa oferece os manifolds digitais MS2000 e MS4000 e as bombas de vácuo inteligentes série V1200, que permitem realizar esse acompanhamento, inclusive com conectividade bluetooth nos smartphones com o app Elitech Tools. “Com ele, pode-se até gerar um relatório do tipo laudo técnico para comprovar a realização do serviço ao cliente”, pondera.

A Elitech possui detectores para três tipos de aplicação – halogenados – CFC, HCFC, HFC, HFO e SF6 (todos que têm cloro ou flúor); hidrocarbonetos – HCs propano (R290) e isobutano (R600a); e CO2 (R744).

O gerente de marketing da Testo do Brasil, Victor Brogin, entende que os principais pontos de atenção nos sistemas de refrigeração e ar condicionado são as válvulas de serviços e conexões, principalmente as do tipo schrader.

“Os fluidos são classificados por toxicidade e inflamabilidade, e durante um vazamento, o contato direto com pessoas pode causar sérios danos à saúde, como queimaduras e lesões graves na pele. Além disso, há o risco de explosões, dependendo da concentração do fluido que escapou para o ambiente”, argumenta.

Especializada na produção e distribuição de instrumentos e sistemas de medição, a companhia, que comercializa manifolds digitais e vacuômetros, informa que ainda neste ano lançará novos aparelhos de medição de fluidos refrigerantes. Em seu portfólio, conta com a família de instrumentos Testo 316, composta por três modelos de detectores de vazamentos, com sensores capazes de identificar as fugas mais discretas dos fluidos mais variados.

“Nossos detectores funcionam com um sensor de diodo aquecido, que aquece o fluido após a fuga do sistema e quebra as suas moléculas. Ao serem quebradas, um cloro carregado positivamente (ou íon flúor) aparece, já que a maioria dos refrigerantes contém estas duas substâncias. O sensor detecta as substâncias e o instrumento soa um alarme ao profissional, indicando o vazamento”, explica Brogin.

Reconhecida pela inovação trazida pelo seu famoso alicate Lokring, a alemã Vulkan também tem se preocupado com os vazamentos de fluidos, conforme relata o vendedor técnico Paulo Vitor Dalla Torre.

“Os principais problemas ocorrem em locais de difícil acesso para a instalação ou a correção do equipamento. O mesmo acontece com os flanges, em novas instalações em que as tubulações ficam em forros ou em lugares com grandes riscos de incêndio. Os vazamentos são muito recorrentes por existir a dificuldade de acesso com o maçarico, e com o Sistema Lokring esta dificuldade deixa de existir, pois o nosso sistema oferece segurança e abrangência de instalação ou correção em ambientes confinados”, detalha.

A Vulkan oferece ao mercado o detector de vazamento TLD-500, que consegue detectar microvazamentos de até três gramas por ano. Segundo a fabricante, seu grande diferencial é a mistura de 95% de nitrogênio e 5% de hidrogênio injetadas nas linhas frigorígenas, fazendo com que o técnico descubra o vazamento sem ter que desmontar o equipamento.

“Vazamentos são sempre prejudiciais para o meio ambiente, e acompanhando a movimentação dos grandes fabricantes, é possível enxergar a preocupação com essa responsabilidade, seja com a adoção de selos ecológicos, ou de boas práticas de refrigeração, como a importância de se utilizar ferramentas apropriadas para o recolhimento e a correção do equipamento. Afinal, com tantas informações hoje disponíveis, é inadmissível que isso ainda aconteça em nosso segmento”, complementa Dalla Torre.

A origem do problema

Vazamentos de fluidos refrigerantes são causados pelo desgaste inevitável em um sistema de refrigeração, bem como por um projeto inadequado e falta de boas práticas de instalação e manutenção, tais como:

Técnicas de brasagem deficientes – Vazamentos podem resultar de técnicas de brasagem inadequadas, como limpeza inadequada da junta antes da brasagem, uso da liga de brasagem errada e falha no aquecimento da junta uniformemente ou na temperatura adequada antes de por liga de brasagem na junta.

 Conexões mal apertadas – Vazamentos ocorrem em conexões rosqueadas e alargadas quando não são apertadas o suficiente ou quando são apertadas demais e racham.

 Falta de tampas e vedações nas válvulas – Para reduzir vazamentos através de hastes de válvulas e núcleos Schrader, todas as hastes de válvulas projetadas para serem tampadas e todas as válvulas Schrader de acesso devem ter as tampas adequadas no lugar.

 Material incompatível com óleo ou refrigerante – As vedações expostas a refrigerantes HCFCs incham a uma taxa diferente das vedações expostas a refrigerantes HFCs. Se um sistema estiver sendo convertido (retrofit) de um refrigerante HCFC para um refrigerante HFC, especialmente se for necessário mudar o óleo de um óleo mineral para um óleo poliolester (POE), as gaxetas ou vedações no sistema podem precisar ser substituídas.

 Vibração – A maioria das vibrações em sistemas de refrigeração ocorre nas linhas de descarga do compressor ou perto delas e são causadas por pulsações de gás. Se graves, as vibrações da linha de descarga podem resultar em linhas ou conexões quebradas.

 Expansão e contração térmica – Os sistemas de refrigeração alteram a temperatura, resultando em expansão e contração da tubulação de refrigeração e componentes associados. Se uma linha for impedida de se expandir livremente, as forças de tensão térmica no tubo podem fazer com que ele quebre os encaixes nos pontos de suporte.

 Corrosão – As serpentinas de cobre do evaporador em contato com ácidos alimentícios, como vinagre, podem corroer com o tempo e desenvolver microvazamentos. Vazamentos causados por corrosão também podem ocorrer em componentes do rack do compressor pela formação de condensação ou gotejamento nos componentes metálicos do rack. Materiais de limpeza incompatíveis ou usados incorretamente também causam corrosão. Os técnicos devem usar apenas agentes de limpeza compatíveis com os componentes de refrigeração, especialmente os evaporadores e a tubulação associada

 Contato metal-metal da tubulação – Tubulação de cobre em contato direto com outra tubulação ou suportes de aço mais duros ou concreto pode criar vazamentos.

 Suporte inadequado da tubulação – A tubulação de cobre com suporte inadequado cederá entre os suportes ou em curvas de 90 graus, criando estresse indesejado. Esse estresse pode levar a linhas quebradas ou acessórios, eventualmente causando vazamentos.

Governo aprova novas metas de consumo de energia para aparelhos de ar condicionado

Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Resolução nº 1/2022, que aprova o novo Programa de Metas para Condicionadores de Ar. O programa tem o objetivo de estabelecer novos índices mínimos de eficiência energética para os aparelhos de ar condicionado do Brasil.

A regulamentação trata de aparelhos que incluem, além de refrigeração, a capacidade de aquecimento do ambiente. O documento também estabelece a data limite para fabricação, importação e comercialização dos equipamentos no Brasil.

A resolução adota nova metodologia para o cálculo do índice de eficiência energética. Essa nova metodologia, baseada na norma ISO 16358-1, permite um maior número de ensaios, em diferentes configurações de operação. A adoção dessa norma permite pela primeira vez a diferenciação dos equipamentos que utilizam a tecnologia de rotação variável – os equipamentos inverter – que chegam a consumir 30% menos que equipamentos de rotação fixa, que é a tecnologia mais comum no mercado.

Segundo estudo realizado pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), com metodologia desenvolvida pela Universidade Federal do ABC, a adoção dos novos índices mínimos pode gerar uma economia de 67 TWh e uma economia de recursos de R$ 12 bilhões até 2040. Essa energia serviria para abastecer cerca de 1,9 milhão de residências por ano até 2040. Além disso, 40 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidos na atmosfera.

De acordo com a resolução, os equipamentos são destinados à operação em corrente alternada de 60Hz e tensões nominais de 127V, 222V, 380V, e 440V, ou faixas de tensão mencionadas nos Sistemas Monofásico e Trifásico.

A resolução é fruto do trabalho realizado pela Coordenação de Eficiência Energética da Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), que foi responsável por conduzir o processo de coleta de subsídios e sistematizar as informações do programa.

Essa é a primeira resolução emitida pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), órgão coordenado pelo MME. Entre outubro de dezembro de 2021, a proposta de resolução passou por consulta pública com a sociedade. Em janeiro de 2022, o MME realizou audiência pública sobre o programa para colher contribuições das partes interessadas. A análise das contribuições foi realizada, posteriormente, pelo CGIEE.

Acesse aqui as diretrizes do CGIEE.

Acesse aqui a Resolução nº 1, de 29 de abril de 2022.

Indústria do frio prevê bons negócios com supermercados em 2022

Monitoramento remoto, eficiência energética e novos fluidos refrigerantes ditam rumos no varejo de alimentos e bebidas.

A demanda por equipamentos de refrigeração comercial continua em alta no Brasil. Com o retorno das atividades econômicas, o setor varejista deve continuar priorizando investimentos com foco em sustentabilidade e eficiência energética, a fim reduzir o consumo de energia e, de quebra, diminuir a pegada de carbono de suas operações.

É o que afirmam especialistas ouvidos pela   salientando que esse é um conjunto de fatores que impulsiona o fornecimento de bombas e compressores de velocidade variável, ventiladores controlados eletronicamente, condensadores a ar do tipo microcanal, sistema de expansão eletrônica, incluindo válvulas, controladores e sistemas supervisórios, além de fluidos refrigerantes alternativos ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22.

“A tendência para o nosso mercado é cada vez mais termos tecnologias voltadas para sustentabilidade e digitalização. Muito em breve esses dois pilares serão uma necessidade, e não mais opção ou diferencial. Quem não estiver preparado para as mudanças ficará de fora do mercado”, conforme avalia Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no Brasil.

“Acreditamos que as tendências e fatores que vêm influenciando o setor de refrigeração comercial nos últimos anos no Brasil devem se manter em 2022. Em consequência disso, nossa expectativa é que tenhamos neste ano um cenário semelhante ao que tivemos em 2021, que foi marcado por movimentos como busca por eficiência energética, devido ao impacto do consumo de energia elétrica nos custos totais dos supermercados, lojas de conveniência, padarias e outros; aumento das instalações de pequenos mercados de bairro para as compras rápidas do dia a dia; aumento das instalações de atacarejos para as compras em maior volume; e retomada do desempenho do setor de serviços de alimentação”, ressalta o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da Embraco na América Latina.

“Também acreditamos que ano a ano deve aumentar no Brasil a preocupação em seguir as tendências mundiais com relação ao uso de fluidos refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês)”, acrescenta o executivo.

“Neste momento, o varejo tem trabalhado mais a compra de equipamentos novos carregados com hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrocarbonetos (HCs)”, diz o empresário Paulo Neulaender, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Já o parque atual com R-22 ainda não vem adotando novos fluidos refrigerantes no ritmo em que deveria, o que, na minha opinião, é um erro, pois o limite de importação de R-22 sofrerá um corte de 67% em 2025, ou seja, teremos falta do fluido daqui a dois anos, e o mercado, como sempre, vai deixar para última hora para avaliar o que fazer com os equipamentos existentes”, alerta.

Além da eficiência energética e da mudança de fluidos refrigerantes, os fabricantes apostam na miniaturização de componentes e na redução do nível de ruído como forma de elevar a competitividade de seus produtos.

Confira, a seguir, o que alguns dos principais players do setor têm fornecido para o mercado de refrigeração comercial nos últimos tempos:

Carel

A italiana Carel têm sido uma das maiores influenciadoras do uso de refrigerantes “naturais” no segmento de refrigeração comercial nos últimos anos. “Temos um portfólio bem vasto com soluções completas para diversos segmentos, e atualmente os principais produtos para o mercado de refrigeração comercial são as unidades condensadoras plug-in e semi plug-in da família DC Solution”, diz o engenheiro de aplicação da companhia no Brasil, Vitor Donini Degrossoli.

Segundo o gestor, “esta linha de produtos conta com um grande range de capacidade, podendo ser utilizada em aplicações de baixa e média temperatura, como balcões verticais, chest freezers e câmaras frias, além de ter como diferencial a compatibilidade com R-744 e R-290”.

“Além das unidades condensadoras plug-in e semi plug-in, ainda possuímos soluções para racks centralizados para utilização em aplicações de CO2 transcrítico”, esclarece.

“O pRack300T, por exemplo, oferece a possibilidade de gerenciar todo o sistema transcrítico, como gas cooler, HPV, RPRV (Flash Valve) e compressor paralelo. Em sua maior configuração, o sistema de controle para centrais frigoríficas pode gerenciar até 12 compressores e 16 ventiladores”, informa.

Coel

O controlador para câmaras frias E34B, controlador para expositores verticais P03/B05 e o controlador para sistemas com compressores de capacidade variável X35P são alguns dos principais produtos do portfólio da indústria brasileira para o mercado de refrigeração comercial.

Segundo a Coel, o controlador E34B possui um exclusivo sistema de pré aquecimento para o dreno, que atua um pouco antes da realização do degelo, evitando entupimentos e garantindo um bom escoamento para a água do degelo.

Já linha de controladores P03/B05 possui um sistema exclusivo de degelo dinâmico que, aliado aos modos de controle Eco e Turbo permitem reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica.

E a linha de controladores X35P foi projetada para sistemas com compressores de velocidade variável, e permite um controle preciso, adequando a potência do compressor à demanda de carga térmica requisitada.

“Esse sistema reduz consideravelmente o número de partidas do compressor, consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica e aumentando a vida útil do sistema”, afirma Fernando Tominaga, vendedor do segmento de refrigeração.

Chemours

Os principais fluidos refrigerantes que a indústria química americana oferece para o segmento de refrigeração comercial são o Freon 404A, Freon 134a e o Opteon XP40 (R-449A).

O Freon 404A e Freon 134a são os fluidos refrigerantes tradicionais do segmento que oferecem qualidade, segurança, performance e confiabilidade para manter a excelência dos sistemas de refrigeração, segundo a companhia.

“Além dos atributos já presentes na linha Freon, o Opteon XP40 é o fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) que combina sustentabilidade com eficiência energética, apresentando baixo GWP e excelente performance para sistemas de refrigeração comercial”, salienta Lucas Fugita, especialista em serviços técnicos, estratégia e desenvolvimento de negócios da Chemours.

“O Opteon XP40 é o fluido refrigerante da família HFO mais utilizado nas aplicações de refrigeração comercial. Nos retrofits de R-404A, esta HFO apresenta GWP 67% menor e possibilita até 12% de redução do consumo de energia. Para o dono do supermercado, isso se reflete na redução da conta de luz ao final do mês e em sustentabilidade com baixo impacto ambiental em suas operações”, enfatiza o gestor.

“A linha Opteon foi desenvolvida para atender as mais exigentes normas ambientais, como a Emenda de Kigali, sendo uma solução de longo prazo para todo o ramo de refrigeração comercial”, acrescenta.

Danfoss

A indústria dinamarquesa é reconhecida no mercado pela sua ampla gama de produtos que visa atender as diversas demandas do mercado de refrigeração, desde componentes mecânicos, como válvulas, compressores e unidades condensadoras completas até componentes eletrônicos, como controladores e sensores.

“Nos últimos anos, estamos introduzindo também em nosso portfólio softwares e soluções em nuvem que visam trazer a melhor tecnologia e inovação aos nossos clientes que buscam eficiência operacional e energética”, salienta Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no País.

“O foco da sustentabilidade é um dos pilares atuais da Danfoss no mercado global e, nesse sentido, podemos citar como principais soluções os nossos compressores de velocidade variável, que tem potencial de economia de energia de até 30% quando comparados aos compressores fixos; a nossa ampla variedade de componentes já preparados para trabalhar em sistemas que funcionam com fluidos refrigerantes naturais, como o CO2; e também nossas novas plataformas digitais como, por exemplo, o Danfoss Alsense, que permite ao cliente monitorar remotamente seus sistemas, criando potencial de redução de perdas e eficiência operacional”, ressalta.

Eletrofrio

A indústria brasileira atua há 75 anos no segmento da refrigeração comercial com um vasto portfólio de produtos, atendendo a demandas dos pequenos aos grandes pontos de venda, sempre com vendas diretas ao usuário final.

“Fabricamos expositores frigoríficos com máquinas acopladas ou remotas, equipamentos para casa de máquinas – de unidades condensadoras a grandes racks com compressores em paralelo – e painéis e portas frigoríficas para câmaras frias e áreas de preparação de alimentos”, conforme destaca o gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues.

“A Eletrofrio tem forte presença no mercado da refrigeração comercial no Brasil e América do Sul. Os resultados vêm sendo muito positivos, principalmente pelo atendimento às demandas dos nossos clientes por apresentarmos produtos com design inovador, elevada qualidade e alta eficiência energética. Este último, associado a fluidos de baixo impacto ambiental, atende aos projetos de sustentabilidade que muitos dos nossos clientes buscam”, assegura o gestor.

Embraco

Marca da Nidec Global Appliance e provedora global de tecnologia de refrigeração, a Embraco possui um portfólio completo de produtos para aplicação no segmento de refrigeração comercial, que inclui compressores de velocidade fixa e velocidade variável e unidades condensadoras, para os segmentos de varejo de alimentos, serviços de alimentação, merchandisers e aplicações médicas e científicas.

“Dentre eles, destacamos o novo compressor VEMT404U, a família de compressores FMF, e a família de unidades condensadoras compactas recém-lançada EDP”, diz o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da empresa na América Latina.

“O VEMT404U é um compressor de velocidade variável (inverter), lançado em 2021, que adicionou à já conhecida família VEM a opção de modelos com refrigerante natural R-290. Entre suas principais aplicações estão exibidores de bebidas e sorvetes (também conhecidos como merchandisers) e equipamentos de refrigeração para serviços de alimentação, com restaurantes, padarias e outros”, informa o executivo.

A família de compressores FMF também é composta por compressores que unem a velocidade variável com o uso de R-290, atingindo os mais altos níveis de eficiência energética do segmento comercial em sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração.

Segundo Sander, eles podem reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores de velocidade fixa, dependendo da aplicação. “Temos seis modelos disponíveis para o Brasil, com dupla voltagem (110 V e 220 V / 50 e 60 Hz)”, revela.

“E a nossa unidade condensadora EDP (sigla para Evaporative Drain Pan), lançada em 2022, é uma das mais compactas do mercado (começando em 26,4 cm de altura) e foi desenvolvida para refrigeradores comerciais de duas ou mais portas e balcões refrigeradores, usados tanto no varejo de alimentos quanto em cozinhas profissionais e outros ambientes do setor de alimentação”, completa.

Full Gauge Controls

A missão da renomada indústria brasileira “é fornecer o que o mercado exige de maior tecnologia para que os equipamentos trabalhem sob a melhor maneira possível, atualmente os controladores RCK-862 plus, o tradicional TC-900E LOG e os drivers para válvulas de expansão eletrônicas VX-1025E plus e VX-1050E plus são o estado da arte dos controladores. Além, é claro, do nosso analisador de redes elétricas PhaseLog E plus”, conforme ressalta o vice-diretor da companhia, Rodnei Peres Jr.

Segundo o executivo, a demanda segue em linha ascendente no setor. “A cada dias temos mais redes de supermercados nos buscando como solução, tanto para troca de sistemas defasados quanto para novas instalações. Cada vez mais escritórios de consultores do frio se acercam de nós para receberem treinamentos técnicos voltados a retrofits e para conhecerem melhor nossa linha de produtos”, revela.

“A principal razão disso ainda segue sendo nossa matriz energética que não comporta toda capacidade necessária, além dos altos custos de energia elétrica”, avalia.

Pandemia impulsiona processos de tratamento de ar

Nos últimos 2 anos, mercado viu crescer como nunca a preocupação com a qualidade do ar de interiores

Processos antes deixados em segundo plano por parcela considerável das empresas brasileiras, as boas práticas envolvendo filtragem, descontaminação e renovação de ar ganharam força durante a pandemia do novo coronavírus.

Neste período estimulou-se o desenvolvimento de novos projetos, impulsionando a indústria, o varejo e a prestação de serviços na cadeia do frio. Nunca houve tantos holofotes sobre a qualidade do ar de interiores como nos últimos dois anos.

Para muitos especialistas na área de saúde, já podemos dizer que o País entrou em uma fase pós-covid-19, por haver mais de 74% da população completamente vacinada, situação que levou ao relaxamento das medidas sanitárias, como a desobrigação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, anunciadas por vários estados e cidades, a partir da primeira quinzena de março.

“Houve mudanças muito positivas no HVAC-R, que passou a dar mais atenção às boas práticas em todos os aspectos, como melhor renovação de ar, aumento do grau de filtragem, bem como a realização de um maior volume de análises de qualidade do ar”, contextualiza o engenheiro Marcelo Munhoz, diretor comercial e sócio da Sicflux e presidente do Departamento de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Qualindoor/Abrava).

O dirigente argumenta que antes da pandemia era difícil convencer os empresários sobre a importância das boas práticas. “Mas, com a pandemia estampando óbitos e a sociedade sendo massacrada com informações, hoje é muito mais fácil exemplificar e provar que cuidar da qualidade do ar é essencial”, pontua.

Nestes últimos dois anos, em que a pandemia esteve 100% do tempo no centro do noticiário em todo mundo, o mercado do frio não parou de buscar soluções tecnológicas para tornar os ambientes mais seguros contra contaminações.

Para o dirigente, os grandes destaques do período pandêmico foram as caixas de ventilação mais evoluídas, que circulam o ar interno com filtragem Hepa e células de descontaminação que inativam vírus; recuperadores de calor com inativação de vírus; algumas soluções em nanotecnologia, além de um movimento de inventores com o propósito de criar produtos que filtram o ar, voltados para as pessoas de baixa renda.

Os atuais sistemas de filtragem, descontaminação e renovação de ar disponíveis no mercado têm dado conta do desafio. Enquanto sistemas de filtragem diminuem consideravelmente os particulados que ficam pelo ar, os sistemas de descontaminação inativam vírus e fungos. “Já os sistemas de renovação atuam para trocar o ar do ambiente fechado, diminuindo a concentração de CO2, o que impacta diretamente na produtividade e aprendizagem das pessoas”, explica Munhoz.

O presidente do Qualindoor afirma que instalações malfeitas e ausência de medidas preventivas podem gerar vários tipos de contaminações por bactérias, vírus e fungos (bolor e mofo) nos sistemas de condicionamento de ar.

“Processos com problemas de execução, no caso da qualidade do ar de interiores, são pródigos em desencadear doenças respiratórias, principalmente no inverno. Levantamento feito pelo SUS mostra claramente que junho, julho e agosto são os meses com a maior taxa de pessoas com doenças respiratórias, pois é justamente no inverno quando as elas ficam mais enclausuradas em ambientes fechados, evidenciando que precisamos tratar do ar que respiramos”, exemplifica.

PMOC

Estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle é o conjunto de documentos onde constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Nestes quatro anos em vigor, o PMOC trouxe avanços práticos para o HVAC-R nacional, em termos de QAI. “No meu ponto de vista, avançou-se ao obrigar todos os estabelecimentos comerciais a fazer o certo, isto é, ter sempre em dia a manutenção e a limpeza dos sistemas, bem como manter uma renovação de ar adequada e obrigar a existência de um responsável técnico pelas instalações de HVAC-R”, salienta Munhoz.

De outro lado, conclama o engenheiro, o setor precisa unir esforços, inclusive com todas as associações de classe, de modo que se aprovem leis sobre QAI e punições mais severas de profissionais e consumidores que queiram agir de má-fé.

Em 2020, por exemplo, a Abrava idealizou o Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), iniciativa com a participação de mais de 30 entidades multidisciplinares, que se reúnem e desenvolvem ações de forma colaborativa para mobilização da sociedade e à adoção de medidas capazes de promover a qualidade do ar em ambientes internos.

“Nosso mercado está no modo ‘pode tudo’, e os maus profissionais continuam fazendo o que querem sem serem barrados de alguma forma. Além disso, precisamos ter mais voz nos meios de comunicação para explicar, de forma clara, os riscos de uma má QAI, bem como o que pode ou não se fazer neste processo”, complementa.

Automação ajuda HVAC-R a virar o jogo contra o desperdício de energia

Irreversível, processo é aplicado em equipamentos, componentes e ferramentas, gerando ganho de tempo na execução de serviços e maior velocidade e precisão em ações de coleta, guarda, gerenciamento e análise de dados.

Presente em praticamente em todos os aspectos da nossa vida cotidiana – automóveis, residências, aviões e bancos, por exemplo –, a automação historicamente é um dos personagens centrais para o desenvolvimento da sociedade, e pelo menos nos últimos 10 a 15 anos tem sido decisiva para a expansão do HVAC-R, especialmente pela utilização disseminada por comunicação remota via internet, wi-fi e bluetooth.

Este processo agora começa a ganhar ainda mais corpo, em função da chegada da rede 5G para transmissão de dados, que vai ampliar a velocidade de tráfego de dados e, consequentemente, a interação dos técnicos com a interface dos produtos com esta tecnologia embarcada.

Os sistemas de refrigeração comerciais com centrais frigoríficas e multievaporadores foram os primeiros, há algum tempo, a receber automação. Segundo a gerente de marketing da brasileira Full Gauge Controls, Valéria Sales, as principais tendências na área “são os produtos que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica em instalações e equipamentos, mas ainda pouco usados por aqui. Talvez pela falta de conhecimento técnico ou pelo mito que se criou de serem ‘equipamentos caros’, mas que na verdade representam um custo mínimo dentro de projetos de médio/grande porte e que se pagam em poucos meses com todos benefícios e segurança que oferecem”.

A gestora salienta que “a todo momento são disponibilizadas melhorias nos sistemas e nos controles. Atualmente, o uso de compressores e ventiladores variáveis superam os 40% de economia de energia, além das válvulas de expansão eletrônicas que permitem utilizar 100% da carga de um evaporador, evitando o coeficiente de erro no dimensionamento dos trocadores de calor. O monitoramento e o gerenciamento remoto de instalações e equipamentos, que há tantos anos divulgamos, estão cada vez mais populares também”.

“Dentro de nossa linha, oferecemos soluções voltadas para eficiência energética, como por exemplo, válvulas de expansão eletrônica (linha Valex), controladores inteligentes (linha Rackontrol), controladores para compressores de velocidade variável (linha +ECO), softwares para gerenciamento de instalações (Sitrad PRO) e outros”, acrescenta.

“Neste segmento, percebe-se que novas tendências, incluindo aplicações com fluidos naturais como demanda do mercado, estão gerando um controle muito maior para garantir que os sistemas mantenham os equipamentos dentro de uma zona de maior performance energética e de capacidade, além do balance entre a real demanda (compressores, degelo e capacidade) e a capacidade acionada”, argumenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Segundo ele, isso só é possível com a utilização de componentes como inversores de frequência nos compressores e bombas, ventiladores que também variam sua capacidade, sensores e algoritmos cada vez mais sofisticados.

Para o executivo da multinacional dinamarquesa, outras áreas que antes não utilizavam controles passaram a fazê-lo. Com o aumento do preço da energia e para reduzir perdas e diminuir custos operacionais, os players do HVAC-R, como os dos segmentos de refrigeração industrial e de câmaras frias, estão investindo pesado em desenvolvimento em uma área do mercado que sempre foi de baixo custo e que, gradualmente, vem demandando cada vez mais esta solução.

“Uma tendência forte é o controle mais preciso dos compressores e condensadores – entrega por demanda e não por controles fixos – e evaporadores – controle de injeção e refrigerante e Delta T para otimizar os degelos”, ressalta Drigo.

A Danfoss, por exemplo, oferece automação para todos os segmentos em que atua, como refrigeração comercial, ar condicionado e refrigeração industrial. No caso da refrigeração comercial, oferece a linha ERC, formada por controladores para geladeiras de bebidas, freezers horizontais e aplicações similares, que entre as várias funções de controle, têm como a principal a economia de energia sobre o controle de abertura de portas e da frequência com que clientes passam em frente ao expositor.

“Além disso, esses equipamentos dispõem de uma função específica que indica se há algum problema com o sistema, o que tem reduzido a quebra de compressores neste segmento, garantindo a qualidade dos produtos expostos para o consumidor. Há alguns modelos para centrais frigoríficas”, explica o executivo.

Para fluidos refrigerantes em geral, a Danfoss tem o AK-PC 551, cujo software de controle tem algoritmos específicos para compressores do mercado que demandam controles específicos e tradicionais. Voltado para todas as aplicações do mercado de refrigeração comercial, ele possibilita controlar um chiller de acordo com a demanda de sistemas com glicol, otimizando a condensação de acordo com o Delta T do condensador.

Para sistemas com CO2, a empresa oferece o controlador AK-PC783, que, além de controlar todo o sistema do frio, é capaz de analisar o balance de carga do sistema e entrega o melhor desempenho possível de acordo com as leituras. Ele também controla os periféricos, como por exemplo bomba e aquecimento de água, caso seja necessário usar a alta energia gerada pela descarga dos compressores.

Já para o controle de evaporadores, a Danfoss lançou recentemente o AK-CC55, controlador que é capaz de pilotar qualquer tipo de válvula de expansão eletrônica (AKVP-Pulso ou a ETS-Motorizada) e traz uma interface bluetooth para comunicação com o smartphone, para facilitar a configuração, o comissionamento e a manutenção.

“Além disso, em uma instalação com muitos evaporadores, essa interface facilita a programação em massa, pois pode ser usada como um arquivo eletrônico armazenando as configurações e compartilhando a programação com outros controladores”, detalha Drigo.

Para o controle de evaporadores aplicados com amônia, a multinacional tem o EKE400, controlador desenvolvido para todos os tipos de aplicação em evaporadores para sistemas com amônia, incluindo configurações bem específicas do nosso mercado.

“Por fim, o Alsense é uma solução de IoT para varejo alimentar, e o mais recente lançamento em nuvem da Danfoss para supermercados e aplicações de varejo de alimentos. A oferta de serviços inclui um portal escalonável e seguro para otimizar o desempenho das operações de varejo de alimentos, a partir de uma tecnologia que pode ajudar a alcançar as eficiências necessárias.”

“A solução permite rastrear facilmente o desempenho dos equipamentos de refrigeração que estão conectados ao gerenciador AK-SM800A, responder a alarmes, integrar monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, reduzir o consumo de energia e muito mais, tudo em uma plataforma integrada”, complementa.

Segundo o gestor, a chegada da tecnologia 5G vai melhorar a integração entre os controladores e as soluções em nuvem, pensando em compartilhamento de informações.

“Como o acesso à internet será muito maior e a capacidade de interagir com outras plataformas online também, os hardwares terão menos responsabilidade direta sobre o controle e mais em compartilhar com a nuvem os dados do equipamento/instalação e os algoritmos ou as inteligências artificiais ficarão em nuvem enviando comandos para os hardwares nas plantas”, conclui Drigo.

O mercado de automação se beneficiou muito da evolução das redes móveis, nos últimos dez anos, com milhões de reais em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A introdução da tecnologia 4G, por exemplo, impactou naquele momento e abriu as portas para o que se tem hoje no HVAC-R.

“O 4G possibilitou, na União Europeia, sistemas de automação para o consumo energético e promoveu uma redução média de 37% em 2007 sobre o consumo que se tinha em 1998, isso só com a implantação do sistema de gestão técnica de edifícios”, descreve o engenheiro Paulo Américo dos Reis, presidente do Departamento Nacional de Automação da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A meta com o 5G é atingir um consumo de 2.000 W/mês por habitante na Europa, e outros 1.000 W/mês por habitante, sendo possível apenas pela autogeração alternativa, como foto solar, eólica ou geotérmica”, frisa.

De acordo com o especialista, no Brasil, infelizmente só a área financeira (bancos) vem utilizando em grande escala os produtos ofertados pelas empresas de tecnologia e automação. No varejo, somente os grandes grupos têm utilizados, e em nível pouco perceptível, vinculado só ao controle de logística e financeiro.

“Se pensarmos, por exemplo, que nos países de origem germânica (Alemanha, Áustria, Dinamarca, Holanda e Suíça) possuem desde um pequeno comércio até grandes redes de supermercados sistemas de automação, na verdade gestão totalmente automatizada e remota, em supermercados existe um número porcentual de caixas sem operador, tudo feito pelo cliente em um sistema completo de gestão”, compara.

Sensoreamento

Otimista com a transformação promovida pela expansão da automação no mercado do frio, a Johnson Controls também aposta em tecnologia. Para o diretor de soluções digitais da empresa para América Latina, João Paulo Oliveira, com o sensoreamento espalhado, é possível identificar como está o consumo de energia e frio, e quão eficiente está a planta em determinado instante.

“Assim, a partir desses dados, adotar estratégias, seja o retrofit dos equipamentos, a troca por equipamentos novos, a adoção de novas lógicas de controles ou o uso de soluções que hoje a nossa empresa já tem disponíveis, as quais permitem enviar os dados para a nuvem. A partir da análise dos dados e de diferentes simulações, com machine learning, inteligência artificial, é possível definir uma lógica ótima que irá gerar a economia de energia que o cliente busca”, enfatiza.

O executivo afirma que outra tendência do segmento é a troca da manutenção preventiva para uma mais preditiva, ou até mesmo para aquela que o mercado chama de prescritiva. “Muitas plantas seguem fazendo a manutenção sugerida pelo catálogo do equipamento. A partir do momento em que temos uma conectividade mais rápida e sensores disponíveis em protocolos abertos, passamos a ter a oportunidade de mandar esses dados também para nuvem, para entender como está o comportamento daquele equipamento, e, ao invés de fazer a manutenção baseada em horas de operação, passamos a ter a possibilidade de agir quando alguma coisa está mal”, especifica Oliveira

Na nuvem, enfatiza ele, tem-se a oportunidade não só de detectar um problema, mas descrevê-lo e listar as tarefas que têm de ser seguidas para resolve-lo. “Isso dá mais agilidade e aumenta a disponibilidade da planta, influenciando também na eficiência”, emenda.

Atualmente, a Johnson Controls tem um portfólio bem amplo de produtos dentro da categoria de automação e controle. Fabrica e vende desde sistemas de automação e controle para edificações, controles para todos os aspectos dos espaços refrigerados, para fluxo de ar, painéis de controle e termostatos, além do OpenBlue, plataforma agnóstica, totalmente aberta e conectada, que possui um conjunto de serviços sob medida, estruturadas com inteligência artificial, como diagnósticos remotos, manutenção preditiva, monitoramento de conformidade, avaliações avançadas de riscos, entre outras funcionalidades, que atende a diversos setores.

Nas próximas semanas, revela Oliveira, a Johnson Controls lançará um sensor próprio de qualidade do ar para oferecer monitoramento, mandando os dados colhidos para a nuvem. “Assim, conseguimos identificar para o cliente qual a lógica de controle ótima, ou qual a estratégia que pode ser implementada para melhorar a qualidade do ar em um espaço específico”, completa.

A mesma visão tem a Coel, fabricante de uma linha completa de instrumentos para toda a cadeia do frio, desde a casa de máquinas ao PDV, de termostatos eletrônicos a PLCs, interfaces de comunicação sem fio e softwares de monitoramento.

Para o gerente da engenharia de aplicações da companhia, Silvio Barbelli, com a diminuição dos custos, devido ao aumento de demanda, os dispositivos de automação, como inversores de frequência e válvulas eletrônicas estão sendo mais utilizados na cadeia do frio.

Sobre a rede 5G, o executivo reforça que as interfaces de comunicação 3G e 4G também atenderão ao 5G. A Coel, afirma ele, investe continuamente em desenvolvimento de softwares e hardwares em parceria com instituições de pesquisa e desenvolvimento de Manaus.

“O monitoramento do HVAC-R em nuvem já é uma realidade e a tendência é que todos os dispositivos de conservação e controle sejam conectáveis. Em curto prazo, o 5G possibilitará o monitoramento e controle da cadeia do frio a distância, garantindo a qualidade na fabricação, transporte e armazenamento dos produtos”, projeta.

Outro player que investe pesado em automação, a Elitech apresenta ao mercado sistemas de controle de temperatura em equipamentos de refrigeração e ferramentas digitais para uso em instalação e manutenção de equipamentos.

Além disso, possui uma vasta linha de dataloggers, que registram leituras de temperatura e/ou umidade relativa do ar, e esses dados são usados principalmente em aplicações nas áreas farmacêutica, alimentícia, laboratoriais e de transporte de produtos sensíveis à variação de temperatura.

“Nossas soluções auxiliam os profissionais do setor do frio, principalmente no ganho de tempo para executar tarefas”, destaca o diretor da multinacional no Brasil, Antonio Nascimento Junior.

“Cada vez mais a tecnologia se desenvolve para ajudar os profissionais a ganhar um precioso tempo na coleta e análise de informações geradas por instrumentos de automação, realidade que será cada vez mais explorada pela Elitech”, acrescenta.

Danfoss realiza quatro webinars no mês de março

Durante o mês de março, a Danfoss dará continuidade à sua programação de webinars com quatro apresentações. Diversificada e com o intuito de contribuir para a qualificação de profissionais que trabalham nos setores de climatização, refrigeração, ar condicionado e automação que atendam a segmentos variados, a agenda contará com palestras sobre aplicações variadas.


Programação

Data: 10 de março (quinta-feira)
Horário: 17h00 às 18h30
Tema: Balanceamento Hidrônico de sistemas HVAC em edifícios comerciais
Apresentação: João Fernando Aguena – Engenheiro de Vendas Sênior

Data: 17 de março (quinta-feira)
Horário: 9h00 às 10h30
Tema: Como selecionar e dimensionar um Conversor de frequência (Diferentes Tecnologias)
Apresentação: André Luiz Camacho – Engenheiro de Campo

Data: 24 de março (quinta-feira)
Horário: 17h00 às 18h30
Tema: Linha de trocadores de calor brasados Danfoss e suas aplicações
Apresentação: Alex Pagiato – Engenheiro de vendas

Data: 31 de março (quinta-feira)
Horário: 17h00 às 18h30
Tema: Baixa carga de amônia visão 3: Sistemas em Cascata NH3-CO2
Apresentação: Danilo Gualbino – Engenheiro de Vendas

Danfoss participa do Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia

Com a participação prevista de mais de 200 marcas nacionais e internacionais e expectativa de receber mais de 7.800 visitantes, a III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal (EXPOMEAT 2022) acontece no próximo mês de março entre os dias 15 e 17, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). Além da exposição principal, a programação prevê eventos simultâneos e um deles será o “Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia”, que terá a Danfoss Brasil, multinacional dinamarquesa que atua junto aos setores de refrigeração e alimentos, entre outros, como uma de suas empresas palestrantes e também patrocinadora.

Este Congresso é uma iniciativa do Capítulo Brasil do Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia (IIAR), que realiza este evento no Brasil pela primeira vez e é voltado para a cadeia do frio aplicada na indústria frigorífica, abordando temas relevantes na operação, manutenção e segurança no uso da amônia e do CO2 na refrigeração industrial. O intuito é trazer uma programação robusta, com apresentações de inovações e tecnologias aplicadas em nível global feitas por profissionais de referência internacional direcionadas aos principais tomadores de decisão, gestores de frigoríficos, engenheiros de projetos, acadêmicos, técnicos e especialistas do setor.

No primeiro dia do ciclo de palestras, Edna Tavares, Gerente da Divisão de Refrigeração Industrial da Danfoss Brasil, falará sobre o tema “Prevenção de choque hidráulico em sistemas de refrigeração com amônia em circuito fechado”. Para a especialista, abordar um tema relacionado à segurança de operações durante o evento é fundamental para o setor. “O Brasil é referência mundial há muitos anos em produção e exportação de proteína animal, incluindo seu know how, e essa é uma atividade fundamental para a nossa economia, assim como o agronegócio como um todo. Por isso, reforçarmos para um público qualificado a importância de se garantir uma operação segura e eficaz são aspectos que efetivamente merecem atenção, inclusive para que sigamos tendo uma produtividade cada vez maior e melhor”, afirma ela.

A participação no Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia é gratuita para os visitantes da EXPOMEAT 2022, tem vagas limitadas e a organização do evento recomenda a chegada ao local das apresentações com 30 minutos de antecedência.

Serviço
Evento: Congresso Latino-Americano de Refrigeração por Amônia, evento simultâneo à EXPOMEAT 2022
Data: de 15 a 17 de março
Local: Auditório João Barion – Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo (SP)
Horário: 14h30 às 18h30
Palestra Danfoss: Prevenção de choque hidráulico em sistemas de refrigeração com amônia em circuito fechado
Apresentação: Edna Tavares – Gerente da Divisão de Refrigeração Industrial da Danfoss Brasil
Data: 15 de março
Horário: 16h