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HVAC-R dá lição de resiliência na crise

Fábrica de equipamento de HVAC-R

Conjuntura econômica adversa impõe novos desafios às companhias do setor.

Veja a edição completa

No início da pandemia de covid-19, o setor praticamente parou. Entre março e junho do ano passado, a crise econômica provocada pela emergência sanitária derrubou a produção e as vendas do HVAC-R em pelo menos 50%, afetando, inicialmente, o comércio e, depois, a indústria, o que gerou uma necessidade geral de refinanciamentos ou alongamento de prazos de pagamento.

Os fabricantes, basicamente, consumiram sua carteira de pedidos e, depois disso, paralisaram a produção, enquanto os lojistas queimaram os estoques para se financiar. A partir de julho, os negócios voltaram a fluir e, em setembro, houve recuperação geral de demanda, mesmo com dificuldades relacionadas a aquisições de matérias-primas. É o que relatam companhias ouvidas pela Revista do Frio.

“Quando se reduz a produção de 70% a 80%, é necessário multiplicar a produção de três a quatro vezes para voltar ao nível anterior, o que não é fácil. O risco agora é que essa recuperação se transforme em uma bolha de demanda”, observa Peter Young, diretor regional de vendas da Danfoss do Brasil.

Embora 2020 tenha sido um ano extremamente duro para o setor produtivo, “estamos com expectativa de alcançar um pequeno crescimento em relação aos resultados de 2019”, ressalta o executivo. Young avalia que, mesmo diante de muitos desafios durante o ano passado, “não houve quebra na logística interna, fato que levou a maioria das empresas a conseguir operar normalmente. A flexibilização das normas de trabalho, o banco de horas e a redução de jornada também contribuíram para amenizar os efeitos da pandemia”.

A situação crítica exigiu mudanças – algumas profundas – na forma como as organizações fazem a gestão de seus negócios. “Como praticamente todas as empresas do setor, tivemos uma queda brusca de demanda e consequente queda de faturamento”, revela o diretor geral da Mastercool, André Oliveira, salientando que a empresa fez “os ajustes necessários nos custos, mas não suspendemos nossos compromissos, como a manutenção dos estoques, lançamento de produto e outros”.

O executivo explica que, “dessa maneira, fomos recompensados com a chamada recuperação em V, pois quando a demanda voltou a crescer já estávamos preparados para atendê-la”.

O gerente de produto da área de climatização da Midea Carrier, Gustavo Martins de Melo, acredita que os fabricantes, “de uma forma geral, priorizaram a saúde dos colaboradores e a manutenção de recursos para evitar as demissões”.

“Financeiramente, tivemos de mudar a estratégia, pois os reflexos da pandemia, como o lockdown em várias cidades, redução de carga horária de trabalho e distanciamento social, impactaram na comercialização de condicionadores de ar. Com o relaxamento [das medidas restritivas] e a reabertura do varejo, pudemos perceber uma melhora nas vendas.”

Ao mesmo tempo, fabricantes e prestadores de serviços também começaram a aproveitar algumas oportunidades relacionadas às atividades essenciais, como climatização de hospitais, tratamento e qualidade do ar interno (QAI) e cadeia do frio alimentar.

Segundo o diretor comercial da Gree, Alex Chen, o mercado de climatização residencial também se manteve forte durante 2020 “Houve até um crescimento em comparação com o ano anterior, e a Gree vem acompanhando esse progresso”, diz. Mas a grande “surpresa veio no mercado comercial de VRF, na qual o resultado acumulado [de expansão para a Gree] supera os 20%, também em comparação com 2019”.

O diretor comercial e marketing da Johnson Controls-Hitachi do Brasil, Carlos Lima, lembra que “o mercado de ar condicionado é muito amplo no sentido de aplicação de seus produtos. Com isso, o impacto [da pandemia] nos negócios de forma negativa não aconteceu na totalidade da cadeia desse setor”. “Eu diria que, diante de todos os impactos que a pandemia trouxe para todo o mundo, a indústria de refrigeração e ar condicionado certamente não foi das mais afetadas”, afirma o diretor de negócios da Emerson no Brasil, André Martins Stoqui.

“Entendo que o HVAC-R, por fazer parte de uma indústria essencial, tenha sofrido menos, a ponto de não precisar se apoiar tanto nas ações do governo, como foi o caso de outros setores, a exemplo do varejo não alimentício e dos trabalhadores autônomos”, explica. Os dados do desempenho do HVAC-R brasileiro em 2020 ainda não foram consolidados. Todavia, sua performance será melhor que a dos demais setores da economia, conforme prevê o presidente da Abrava, Arnaldo Basile.

“Talvez os resultados não sejam os projetados no início do ano [passado], mas o saldo é positivo, como pode ser constatado nos índices da retomada das atividades industriais”, argumenta. O Índice de Confiança do Empresário (ICEI), por exemplo, avançou em 22 dos 30 setores da indústria pesquisados em novembro, e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, confirmando a saída do Brasil da chamada recessão técnica.

“Os dados do fechamento do terceiro trimestre mostram um PIB abaixo do esperado, mas também apresentam números que indicam a retomada da economia. O cenário ainda aponta variações, porém temos boas expectativas para 2021”, diz.

 

O que vem por aí

Apesar da pandemia e da conjuntura econômica ainda adversa, boa parte das empresas do está otimista em relação ao novo ano. “O compromisso, a dedicação e a resiliência de nossa equipe no enfrentamento das adversidades em 2020 nos permitiram seguir em uma posição de destaque no mercado, e os planos estratégicos executados durante o período nos ajudaram a enfrentar a realidade do mercado atual e também a nos fortalecer para emergirmos robustamente no longo prazo”, destaca o gerente geral da Trane no Brasil, Diogo Pires Prado “Apesar das incertezas quanto à evolução da pandemia no decorrer de 2021 e também quanto às aprovações de reformas e projetos econômicos tanto aguardadas, seguimos otimistas e confiantes com uma evolução bastante positiva neste ano”, acrescenta.

O gerente de vendas da área de cadeia do frio da Emerson, Jonathan Pretel, diz que a empresa está “apostando numa retomada importante do mercado”, salientando que “a aprovação das vacinas [contra a covid-19] ao redor do mundo tende a impulsionar ainda mais o setor”.

“Acreditamos que haja demandas reprimidas, devido às incertezas vividas em 2020, e que, diante de um cenário mais otimista, irão se concretizar, fazendo com que 2021 tenha potencial para ser um bom ano para o mercado nacional e para a Emerson, uma vez que estamos prontos para atender a essa demanda”, revela.

O gestor lembra que “ainda existe muita incerteza com relação ao impacto econômico do fim do auxílio emergencial, mas também parece haver um maior consenso da classe política em torno de reformas importantes que ajudarão a sustentar o crescimento do País, como a reforma tributária”.

Trabalhador da Industria de HVAC-R

Pandemia afetou produção e negócios na indústria de refrigeração de ar condicionado durante 2020

A maior conscientização do setor acerca de questões de ordem ambiental também deve continuar estimulando a expansão do segmento de regeneração de fluidos refrigerantes em 2021.

“Tivemos um crescimento significativo em 2020 e acreditamos que esse crescimento continuará neste ano”, diz o assessor técnico da Recigases, Jorge Colaço

Ele salienta que “muitas pessoas e empresas no Brasil já se comprometeram com as metas da Emenda de Kigali [ao Protocolo de Montreal] e estão percebendo que elas não são atingíveis se o recolhimento e a regeneração dos fluidos refrigerantes não se tornar prática comum no mercado”.

O ano totalmente atípico também impulsionou os negócios da Full Gauge Controls, que fez mudanças estratégicas na sua gestão logo no início da pandemia e colheu resultados além dos projetados.

“A primeira grande notícia é o investimento em mais uma linha completa de montagem para a produção, composta por máquinas japonesas de última geração para montagem automática de circuitos eletrônicos, as quais estarão operando a pleno vapor já a partir de fevereiro”, revela o empresário Antonio Gobbi.

“Somando o valor delas ao que foi investido em infraestrutura para recebê-las, incluindo a obra de expansão da fábrica, o montante ultrapassará os R$ 10 milhões. Estamos falando de uma linha completa de SMT (tecnologia para montagem de circuitos eletrônicos) que triplicará nossa capacidade atual de produção.”

Segundo o executivo, a companhia não só manteve todos os empregos dos cerca de 300 funcionários, como também aumentou esse quadro em 20% no ano passado. “Esses funcionários já estão integrados à empresa desde agosto. Além deles, iremos aumentar em cerca de 30% nosso quadro na fábrica por causa da demanda gerada pelo aumento das linhas de produção em função das novas máquinas”, informa Gobbi, lembrando que a Full Gauge Controls registrou recorde de faturamento – cerca de 12% maior – no ano passado.

Como não poderia deixar de ocorrer em ano de Febrava, a Full Gauge Controls já está preparando lançamentos para expor na grande vitrine latino-americana da indústria de climatização e refrigeração. A empresa pretende apresentar no evento novidades na linha de aquecimento solar e novos produtos da linha Rackontrol. “Também teremos grandes surpresas em relação ao software Sitrad Pro”, antecipa o diretor da companhia.

Ao que tudo indica, o ano de 2021 promete ser movimento em termos de lançamentos. A área de ar condicionado comercial leve (CAC) da LG Eletronics, por exemplo, pretende introduzir no mercado brasileiro o Cassete 1-via Single. Segundo a gerente do segmento, Graziela Yang, trata-se de um “equipamento supercompacto (apenas 13,2 cm de altura) e com design moderno e elegante”.

De acordo com o executivo de vendas de linha branca e condicionador de ar multinacional coreana no País, Marcel Souza, outro grande lançamento da LG será a nova linha de purificadores de ar Puricare 360º.

“Esses aparelhos purificam o ar de todo o ambiente em 360º, contam com a exclusiva tecnologia Virus Defense, que elimina 99,9% de vírus e bactérias do ar, e com seu poderoso filtro Safe Plus eliminam até 99,999% de micropoeiras do ar, além de alergênicos, odores, fumaças e gases nocivos no ambiente”, informa.

Os prestadores de serviços também estão otimistas em relação a 2021. “Como nosso ramo de atividade se tornou serviço essencial devido às manutenções preventivas e limpezas nos sistemas de climatização, as pessoas estão se conscientizando que o aparelho de ar condicionado tem de ser limpo por um profissional da área com produtos antibactericidas, conforme as normas estabelecidas pela Anvisa”, lembra a diretora comercial da JC Ar Condicionado, Juliana Barbosa Paneque.

“Tenho certeza que em 2021, o número de clientes tende a aumentar, em decorrência da conscientização dos consumidores e da ajuda da mídia como um todo, que vem enfatizando a importância da limpeza do condicionador de ar”, completa.

Fabricantes de tecnologias para o segmento de ar condicionado automotivo, porém, não estão muito animados. “Fazendo um balanço dos resultados [ainda não consolidados] de 2020 e, principalmente, observando as incertezas sobre tudo em função da pandemia de covid-19, nossa expectativa para 2021 é um tanto conservadora”, diz o coordenador e instrutor do centro de treinamento da Royce Connect, José Roberto Rodrigues, ressaltando que, apesar da pandemia, “nossa empresa está preparando o lançamento de um novo investimento para 2021, a inauguração de uma filial e mais um centro de distribuição de produtos”.

Economia global deve crescer 4% em 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) do planeta deve crescer 4% neste ano. A previsão consta de um relatório do Banco Mundial divulgado no início de 2021. O documento, entretanto, alerta que o aumento das infecções por covid-19 e atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6%.

A previsão semestral da instituição mostrou que o colapso na atividade econômica, devido à pandemia do novo coronavírus, foi ligeiramente menos grave do que o previsto anteriormente, mas a recuperação também estava mais moderada e ainda sujeita a consideráveis riscos negativos.

Mais de 85 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e quase 1,85 milhão morreram desde que os primeiros casos foram identificados na China, em dezembro de 2019.

A pandemia deve ter efeitos adversos duradouros na economia global, agravando uma desaceleração já projetada antes do início do surto, e o mundo pode enfrentar uma “década de decepções com o crescimento”, a menos que reformas abrangentes sejam implementadas, alerta o Banco Mundial.

 

Mário Lantery, ex-presidente da Abrava, morre aos 100 anos

Mary Moreira e Mário Lantery durante a entrega do Troféu Oswaldo Moreira 2012, no qual o empresário foi agraciado com o prêmio “Homem do Setor” | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Mário Lantery, um dos maiores empreendedores da indústria brasileira do frio, morreu na última sexta-feira (8), aos 100 anos, em decorrência de causas naturais.

Presidente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) entre 1972 e 1974, o empresário foi um dos fundadores, nos anos 1950, da Coldex, companhia adquirida pela Trane em 1972.

Sua carreira no setor, entretanto, começou anos antes. “Em junho de 1941, fui contratado por uma firma cujo nome sequer conhecia: Carrier Corporation. Entrei lá não pelos meus conhecimentos de ar condicionado, mas simplesmente porque falava inglês”, contou Lantery durante a cerimônia de entrega do Troféu Oswaldo Moreira 2012.

Na ocasião, o empresário foi agraciado pela organização do prêmio máximo do HVAC-R brasileiro com o título de “Homem do Setor”.

Segundo a Abrava, a missa virtual de sétimo dia de seu falecimento será realizada amanhã (14), às 10h. Para participar do evento religioso, clique aqui.

Daikin atende novos critérios de avaliação do Procel

Com critérios mais rígidos a partir de 2022, empresa se antecipa e oferece máxima eficiência em seus aparelhos de ar-condicionado.

São Paulo, 12 de janeiro de 2021 – A Daikin, empresa de origem japonesa, já oferece ao mercado de HVAC-R equipamentos de acordo com os novos critérios específicos de eficiência energética do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que destaca através do Selo Procel, os aparelhos mais eficientes de ar condicionado.

A atualização divulgada pelo Procel tem como foco o aumento dos níveis de eficiência energética para que o aparelho possa receber a ENCE (Etiqueta Nacional de Consumo de Energia) com níveis de eficiência de 6,0 W/W a partir de maio de 2022, e posteriormente, a partir de novembro de 2023, 7,6 W/W.

A revisão foi resultado de reuniões técnicas com a participação de representantes da indústria, do Ministério de Minas e Energia (MME), de laboratórios e universidades, além de representantes da sociedade civil e da Collaborative Labeling and Appliance Standards Program (Clasp), entidade internacional com atuação destacada em eficiência energética na área de refrigeração.

“A Daikin já atende os novos critérios, com equipamentos concebidos para atingir elevados índices de eficiência. A atualização divulgada pelo Procel, além dos novos índices de eficiência, também abrange outros itens como potência máxima em modo de espera; fluido refrigerante e a inserção de uma nova categoria”, informa Leandro Lourenço, gerente de engenharia de produto da Daikin.

Segundo o Procel, haverá um prazo de transição e os novos critérios só serão válidos a partir de maio de 2022. Assim, os produtos que hoje ostentam o Selo Procel, mas que não atingem os novos índices e demais critérios definidos, não poderão mais ostentá-lo a partir desta data.

Outra novidade na revisão do Selo Procel foi a criação da categoria Ouro, concedido para equipamentos com IDRS superior a 7,6 até maio de 2021 e igual ou superior a 8,2 a partir de novembro de 2023. As informações completas sobre os novos critérios específicos para aparelhos de ar-condicionado estão disponíveis no Portal Procel Info.

O profissionalismo e generosidade de José Luiz Borges

Após o fechamento desta matéria, concluída em dezembro de 2020, recebemos a triste notícia da morte do querido José Luiz Borges, aos 52 anos, vítima da Covid-19, em 7 de janeiro de 2021.

Uma perda inestimável para o setor de HVAC-R! Com uma personalidade ímpar, carismático e homem de muitos amigos e admiradores, Zé Luiz deixa um legado para o mercado.

A Revista do Frio e Clube do Frio prestam homenagem a esse grande guerreiro, registrando nas páginas a seguir, sua história de vida, publicada na íntegra!

Zé, a você nosso muito obrigado!

José Borges, conhecido no HVAC com Zé Cavalo

A generosidade e o carisma de José Luiz Borges

Mais conhecido como Zé Cavalo, ele mudou seu apelido para ajudar o próximo!

Nascido em Irapuã, interior de São Paulo, José Luiz Borges ganhou fama no setor de HVAC-R como “Zé Cavalo”, se destacando através de suas postagens nas redes sociais. Seu jeito carismático de “moço do interior”, encantou a todos durante a Febrava 2019, evento que lhe deu a oportunidade de conhecer pessoalmente os profissionais do mercado e fazer muitos amigos. O apelido Zé Cavalo surgiu há muitos anos, quando era impaciente e algumas vezes rude ao ensinar várias vezes as mesmas tarefas. Assim, carinhosa e divertidamente, os amigos diziam para ele parar de dar coices. Exercitou sua paciência, mudou seu jeito, mas o apelido ficou.

Filho de Adelino Doroteu Borges e Iracema Ribeira Borges, em 2008, recebeu um convite de Genecí Macete para fazer um treinamento técnico em ar condicionado, em São Paulo (SP), e logo foi encaminhado para trabalhar na empresa ST, no bairro dos Jardins, onde permaneceu por um ano e meio.

“Morava em Novo Horizonte (SP), e me aventurei na cidade grande. Tive vários desafios, era um sonhador do interior e passei por várias dificuldades, pois dependia de técnicos para me ensinar o trabalho. A empresa ST fazia rodízio, tinha uma equipe grande e passei por todos os técnicos como ajudante para aprender diversos serviços, o que me proporcionou uma experiência incrível em várias áreas. Fui persistente e dei o máximo do meu esforço e tive apoio dos profissionais desta empresa. Em 2010 saí de São Paulo e fui para Campinas trabalhar na Bela Brisa, onde permaneci até começo de 2011. Foi mais um aprendizado, e como já estava experiente, fui comprando minhas ferramentas, um carro e neste mesmo ano resolvi abrir minha própria empresa, a JB Refrigeração e Soluções Elétricas, localizada em São José do Rio Preto (SP)”.

Especialista em instalação e manutenção de ar condicionado tipo Split, ele procurava constantemente se atualizar, fazendo cursos e treinamentos, aprimorando sua profissão. José Luiz também era um pesquisador, buscando conhecimento sobre novas tecnologias na área de climatização e refrigeração, mantendo constante contato com grandes fabricantes.

“Fazer instalações todos fazem, mas consertos, são poucos. Por isso, resolvi me dedicar mais na área de manutenção e conserto de ar condicionado, pois são poucos que conseguem detectar o problema, e com isso, consigo me destacar no mercado e obter um lucro maior. Além do mais, conseguimos um grande avanço nos últimos anos, com os fabricantes nos dando a possibilidade de crescer no mercado. Finalmente entenderam que estamos na linha de frente, cara à cara com o cliente e que somos nós que indicamos as marcas, potências e modelos, com isso, estão investindo em treinamentos e nos dando suporte, procurando ficar cada vez mais próximos dos técnicos, nos cativar e atrair clientes para suas marcas”.

 

Dedicação e ajuda ao próximo

Com 12 anos de profissão, ele sempre contava com o apoio da esposa, Maria Aparecida, e de seu filho Jossei, para tudo que fazia: “A Cida já trabalhou comigo e, às vezes, ela me dá uns puxões de orelha, mas faz parte. Há três anos meu filho começou a trabalhar comigo e nos tornamos sócios. Minha família é parceira nos negócios e na diversão! Gosto muito de pescar, estar no meio da natureza para aliviar a cabeça e sempre estamos juntos!”.

José Luiz também se dedicava ao curso de libras, atividade que passou a exercer pela necessidade de se comunicar com clientes surdos: “Temos alguns clientes que são surdos, o que me levou a aprender essa linguagem. Ajudo a Pastoral de Surdos da igreja católica de Rio Preto, prestando serviço comunitário, auxiliando essas pessoas no sentido de traduzir o que elas querem dizer. Sempre que posso ajudo meu irmão de profissão, pois se Deus me deu a capacidade e a oportunidade de aprender tudo o que sei, entendi que devo ajudar o próximo assim como um dia fui ajudado. Atualmente, sou eu quem ajudo meu irmão e quem precisar. Estamos aqui para isso”.

Ele deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor de HVAC-R: “Para os meus colegas de profissão aqui vai o meu recado: Não deixem de se aperfeiçoarem, pois, o mercado está a cada dia mais exigente e os fabricantes estão em constante evolução de suas tecnologias. Não parem de estudar, pesquisar e fazer cursos, acompanhando as marcas. Assim, poderão levar o sustento para dentro de suas casas com mais facilidade”.

 

José Luiz Borges
30/12/1968
07/01/2021

Saúde de refrigerista internado com covid-19 apresenta leve melhora

Pulmões de Zé Cavalo estão começando a reagir ao tratamento para reduzir infecção, diz esposa do instalador de ar-condicionado paulista | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

O quadro clínico do instalador de ar-condicionado José Luiz Borges, 52, intubado na unidade de terapia intensiva da Santa Casa de São José do Rio Preto há oito dias, apresentou hoje (6) uma leve melhora.

A esposa do refrigerista, Maria Aparecida Alves Martins Borges, informou que o marido não teve febre e que seus pulmões começaram reagir ao tratamento para reduzir a infecção causada pelo novo coronavírus.

Segundo ela, o profissional, conhecido no setor de climatização como Zé Cavalo, será submetido, novamente, a uma sessão de hemodiálise ainda hoje, devido à insuficiência renal provocada pela covid-19 em alguns pacientes.

“Com fé em Deus, amanhã vamos ter notícias ainda melhores”, diz Maria Aparecida, pedindo para que todos os familiares, amigos e colegas de profissão continuem orando por ele. “Deus está nos respondendo”, afirma.

Zé Cavalo segue intubado, mas se recupera bem da covid-19

O instalador de ar-condicionado José Luiz Borges segue intubado na unidade de terapia intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto (SP), onde se recupera da covid-19 desde sua internação, na última terça-feira (29).

Segundo a esposa do refrigerista, Maria Aparecida Alves Martins Borges, seu quadro de saúde está melhorando. No início da tarde de hoje (2), ela informou que os resultados dos últimos exames do marido, mais conhecido no setor como Zé Cavalo, “são ótimos”.

“Ele não teve febre e está reagindo ao tratamento, embora continue com a respiração fraca, o que é normal, devido ao fato de seus rins não estarem funcionando”, disse.

Por causa disso, Zé Cavalo será submetido, novamente, a uma hemodiálise hoje. “Sua recuperação é lenta, mas está ocorrendo dentro do planejado [pela equipe médica]”, salientou Maria Aparecida, pedindo para que todos os amigos, familiares e colegas de profissão continuem orando por ele “porque Deus está nos respondendo”.

O refrigerista José Luiz Borges testou positivo para covid-19 e está internado na Santa Casa de São José do Rio Preto, a 415 quilômetros de São Paulo

Pandemia eleva preocupação com qualidade do ar em edifícios

Ajustes na operação e manutenção correta das instalações projetadas para manter a temperatura e a umidade do ar em níveis saudáveis e confortáveis em edifícios de uso coletivo, como hospitais, escolas, shoppings e prédios comerciais, podem minimizar o risco de propagação do novo coronavírus, por causa da purificação do ar e melhoria na ventilação e renovação do ar nesses ambientes.

Embora ainda não se saiba muito sobre esse patógeno, os cientistas concordam que o Sars-CoV-2 (novo coronavírus) é altamente contagioso e pode ser transmitido por via aérea, especialmente em locais mal ventilados.

Estudos sugerem que ele se espalha, principalmente, quando pessoas infectadas tossem, espirram ou falam – ações que expelem gotículas respiratórias contendo partículas de coronavírus em combinação com muco ou saliva.

Os cientistas dizem que, se essas gotículas pousarem em superfícies em que podem ser tocadas ou forem inaladas por outras pessoas próximas, elas podem transmitir o coronavírus. Por isso, os protocolos comuns de prevenção são o uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento físico – cerca de dois metros de distância.

Filtro ajuda no controle da propagação do novo coronavírus

Filtragem de ar ajuda a diminuir risco de contaminação em ambientes fechados

Um estudo recente demonstrou que as partículas de coronavírus podem permanecer ativas por até três horas após sua liberação. Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) inicialmente sustentasse que o vírus não poderia se espalhar por meio de aerossóis, recentemente mudou de posição. As diretrizes da OMS agora afirmam que a transmissão aérea do coronavírus é possível.

A reviravolta na OMS ocorreu depois que a agência das Nações Unidas recebeu uma carta aberta de 293 cientistas de todo o mundo pedindo para que reconsiderasse sua posição sobre a transmissão aérea do Sars-CoV-2.

Uma das principais defensoras dessa tese, Lidia Morawska afirma que “o problema não é se a transmissão pelo ar é uma via mais ou menos importante. A chave é onde”.

“Em lugares bem ventilados, isso não é um problema, uma vez que as microgotículas carregadas de vírus são eliminadas de forma rápida e eficiente. Mas se a ventilação não for eficiente, como em muitos lugares públicos cotidianos, essa poderia ser a rota principal de transmissão da doença”, explica.

Alternativa com radiação para evitar o coronavírus

Radiação UV ajuda a descontaminar o ar de ambientes internos

“A lavagem das mãos e a manutenção do distanciamento físico são as principais medidas recomendadas pela OMS para evitar a covid-19. Infelizmente, essas medidas não impedem a infecção por inalação de pequenas gotículas exaladas por uma pessoa infectada e que podem percorrer uma distância de metros ou dezenas de metros no ar e transportar seu conteúdo viral”, adverte a especialista em saúde e qualidade do ar.

Devido a esse fato, gestores de facilities, especialistas em saúde e segurança do trabalho e outros profissionais do ramo têm colocado em prática ações para otimizar a ventilação e o fluxo de ar em ambientes fechados, com o intuito de limitar a disseminação viral.

Este é, portanto, um bom momento para se pensar em como melhorar a qualidade do ar em edifícios, seja modificando significativamente o sistema de climatização ou fazendo alterações físicas para gerenciar melhor o fluxo de ar interno.

Nova cultura

“Estamos passando por uma grande mudança cultural relacionada aos cuidados com o ar que respiramos. As pessoas tomaram mais consciência dos fatores de riscos que um ambiente com ar em más condições podem conter”, avalia o engenheiro Arnaldo Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Estamos passando por uma grande mudança cultural”, afirma Arnaldo Parra, da Abrava

Segundo o especialista em plano de manutenção, operação e controle (PMOC), “os ocupantes de ambientes climatizados começaram a exigir dos proprietários e locatários de edificações de uso público e coletivo um maior cuidado com a manutenção dos sistemas de ar condicionado, para assegurar que esses ambientes estejam em plenas condições de uso e que não sejam agravantes para contaminações de moléstias variadas”.

De acordo com o engenheiro Mario Canale, diretor de qualidade do ar da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação (Asbrav), os responsáveis por instalações de ar condicionado investiram no aprimoramento dos sistemas de filtragem e no aumento da taxa de renovação do ar, “o que traz uma melhora considerável para a qualidade do ar interno”.

“Os gestores de facilities também estão adotando protocolos de higienização e limpeza dos ambientes. Em determinadas situações, essas medidas foram aprimoradas”, revela.

Na visão do empresário Marcelo Munhoz, presidente do departamento de qualidade do ar de interiores da Abrava (Qualindoor), a pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza dos sistemas de climatização, bem como se adequarem à Lei do PMOC”.

“Aumentar a taxa de renovação de ar nos ambientes internos se demonstrou altamente benéfico para a prevenção do novo coronavírus”, afirma o executivo, salientando que “muitos não sabiam sobre os riscos de se usar um ar-condicionado sem manutenção e sem renovação de ar adequada”.

“Muitas empresas e pessoas não davam valor à QAI, julgando-a como supérflua e apenas como mais um custo desnecessário aos edifícios. Além disso, a sociedade como um todo, que era leiga sobre o assunto, começou a se interessar mais pelo tema e a querer novos produtos”, diz.

Pandemia “obrigou todos a darem valor à limpeza limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e dos sistemas”, lembra. Marcelo Munhoz, do Qualindoor da Abrava

Segundo o engenheiro de aplicação da Trane, Rafael Dutra, os impactos gerados pela pandemia aumentaram o alerta para a necessidade de edifícios resilientes e saudáveis que atendam os parâmetros de qualidade do ar de interiores de forma consistente com a ocupação a que se propõem.

“Atualmente, o foco da legislação está na limpeza de dutos e troca de filtros. Entretanto, ainda é necessária uma crescente conscientização para as taxas de renovação de ar, graus de filtragem e planos de manutenção adequados. Dessa forma, a demanda por limpeza de dutos e troca de filtros sofreu um aumento significativo, porém a limitação dos sistemas instalados para o aumento de renovação de ar ou filtros mais finos ainda limita o atingimento de um bom grau de qualidade de ar em diversos interiores. Deve-se ainda destacar o aumento de tecnologias de limpeza ativa como lâmpadas UV, filtros eletrostáticos e fotocatalíticos”, destaca.

“Acredito que este seja um tempo de conscientização. Doenças causadas por vírus, bactérias ou fungos fazem parte da nossa realidade. Diante disso, precisamos ter uma postura ativa para a questão da qualidade do ar de interiores, entendendo que essa é uma disciplina que não pode ser negligenciada de forma alguma. Afinal de contas, estamos falando de vidas de pessoas e esse é o nosso maior ativo em qualquer empreendimento”, completa.

Descontaminação do ar

Na avaliação do engenheiro Ricardo Cherem de Abreu, diretor técnico da Dannenge International, o desconhecimento sobre o novo coronavírus ainda “é grande e as recomendações emitidas pelas associações de classe foram tímidas em termos de aplicação de novas tecnologias, como os fotocatalizadores, que dão resposta efetiva para o problema da contaminação aérea”.

“As ações recomendadas – aumentar a renovação de ar, elevar o grau de filtração e usar lâmpada germicida ultravioleta (UV) – são excelentes quando praticáveis e devem ser implementadas, seguramente. O resultado, entretanto, só interfere na concentração de fundo e não dá resposta para a transmissão aérea direta, que pode vir daquele seu colega de trabalho conversando com você frente a frente”, argumenta.

Edifícios também precisam adotar
soluções para minimizar o risco de
transmissão aérea direta do novo
coronavírus, lembra Ricardo Cherem de Abreu, da Dannenge

Segundo especialistas, os sistemas de HVAC potencialmente podem espalhar um vírus pelos ambientes internos quando o ar em alta velocidade flui de uma pessoa infectada para outras, algo que foi demonstrado durante o surto da síndrome respiratória aguda grave, doença causada pelo Sars-CoV-1, em 2004.

“Os sistemas de climatização têm de atuar na diminuição da probabilidade de contaminação, porém, não como hoje estão instalados. Para que eles venham a ser efetivos, é necessário que sejam modificados e/ou suplementados. É preciso considerar agir na concentração de fundo de contaminantes, ou seja, aqueles contaminantes que foram espalhados pela sala através da própria ação do sistema, assim como na concentração de contaminantes na proximidade dos ocupantes, ou seja, que ficam no caminho direto entre uma pessoa que expira e outra que inspira”, ressalta.

“A concentração de fundo pode ser diminuída pelo aumento da taxa de renovação de ar, pela aplicação de filtros finos e pela adoção de purificadores de ar passivos, tipo filtros absolutos, lâmpada UV-C e ionizadores bipolares. A contaminação direta só pode ser diminuída por algum agente que entre no ambiente e reaja ‘in loco’ com os microrganismos patogênicos. Existem no mercado purificadores de ar que geram peróxido de hidrogênio a partir da umidade contida no ar através de um processo de fotocatalização, e o peróxido de hidrogênio – um gás amigável, mas fortemente oxidante –, comprovadamente, desativa vírus e elimina bactérias, fungos e mofos. Por estar espalhado no ambiente, atua tanto na possível contaminação por concentração de fundo quanto na contaminação por transmissão aérea direta”, acrescenta.

Em meio à pandemia, “algumas soluções que trazem risco à saúde foram sugeridas, como purificação com ozônio, que é extremamente agressivo e de uso proibido pelos órgãos de controle da saúde do trabalho, e as lâmpadas UV em túneis ou em dispositivos que deixam essas lâmpadas aparentes, liberando irradiação prejudicial à saúde”, alerta o executivo, lembrando que, nestes tempos, “a desinformação é grande e até os responsáveis por políticas sanitárias contribuem com esse processo”.

“A OMS demorou mais de seis meses para reconhecer a possibilidade de transmissão aérea do novo coronavírus por aerossóis e, mesmo assim, só o fez sob pressão da comunidade científica”, exemplifica.

Mitos sobre o ar-condicionado

ventilação natural para controle do coronavírus

Construções modernas não foram projetadas para ter ventilação natural através de portas e janelas, alerta Leonardo Cozac, da
Conforlab

Desde o início da pandemia de covid-19, diversos mitos sobre os condicionadores de ar têm sido espalhados pela mídia. “O que mais tenho visto é a informação de desligar aparelhos de ar condicionado e abrir portas e janelas como solução geral para os ambientes. Essa não é a orientação correta. Os ambientes fechados modernos não foram projetados para ter uma ventilação natural através de portas e janelas. Não há garantia que dessa forma o ambiente terá uma ventilação adequada que irá assegurar a troca constante do ar dentro dos ambientes. O correto é o responsável técnico legalmente habilitado dos ambientes climatizados orientar o que fazer, ou seja, se o sistema de climatização está adequado e irá garantir essa renovação do ar ou se o local precisa de adequação”, diz o engenheiro Leonardo Cozac, diretor da Conforlab.

Outro mito que vem sendo propagado na pandemia é o de que o ar-condicionado ajuda a transmitir o vírus. “Houve reportagem sobre isso em meados de abril e muita desinformação foi disseminada na ansiedade do momento e a recomendação era para desligar o ar-condicionado. Outros casos menos notórios foram a contínua divulgação de que certos tipos de filtros ou tecnologias eram eficazes para combater o vírus, porém sem uma comprovação científica independente”, lembra Rafael Dutra, da Trane.

“Nestes tempos de informação rápida e descentralizada, um pouco de ceticismo e cautela é fundamental para não cair nos alarmismos ou nas soluções milagrosas. Por isso, é de nossa responsabilidade a disseminação de informações bem embasadas e de forma clara, como os posicionamentos técnicos da Ashrae e Abrava, que foram amplamente divulgados e ajudaram a mitigar esse problema de informações equivocadas”, acrescenta.

Em abril, a Ashrae publicou um documento de posição sobre aerossóis infecciosos, salientando que os sistemas de ventilação, filtragem e distribuição de ar e tecnologias de desinfecção, entre as quais a irradiação germicida ultravioleta, têm o potencial de limitar a transmissão de patógenos pelo ar e, assim, ajudar a combater a propagação da covid-19/coronavírus.

“A ventilação e a filtragem fornecidas pelos sistemas de HVAC podem reduzir a concentração de Sars-CoV-2 no ar e, portanto, o risco de transmissão aérea”, enquanto “espaços não climatizados podem causar estresse térmico às pessoas, que podem ter a vida diretamente ameaçada, e também podem diminuir a resistência à infecção”, diz a publicação da organização técnica global que reúne mais de 120 mil membros em 132 países.

Consequentemente, “desligar os sistemas de HVAC não é uma medida recomendada para reduzir a transmissão do vírus”, alerta.

Num comunicado divulgado em maio, Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (Apirac) reiterou que “é completamente falso que o ar-condicionado transmite a covid-19”, alegando que as informações contrárias não têm base científica.

“Quer na informação dada pela OMS, quer na das outras entidades globais e europeias que tratam desses assuntos, em nenhum lado li que se deve desligar esses aparelhos”, disse, à época, o presidente da associação, Fernando Brito.

A ventilação é mais importante do que nunca e, ao contrário, os condicionadores de ar “são uma arma para combater a doença” respiratória, afirmou o dirigente.

Carlos Trombini faz comentário sobre o coronavírus

“Meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, avalia Carlos Trombini, do Sindratar-SP

O presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), Carlos Trombini, avalia que “os meios de comunicação não são conhecedores do assunto climatização”, e que “são influenciadores, mas não procuram conhecer o nosso trabalho. Apenas usufruem do conforto, mas não percebem e não têm preocupação em saber de nossa preocupação com a segurança sanitária que envolve nossos projetos e instalações”.

No entanto, “o pior dos absurdos que eu escutei veio do Ministério da Saúde, que veiculou um vídeo informando que os sistemas de climatização são propagadores da covid-19 e que foi motivo de contestação do Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR)”.

Em junho, o comitê empresarial também manifestou sua preocupação com a forma da divulgação de um estudo realizado na cidade chinesa de Wuhan, que atribuiu ao ar-condicionado a responsabilidade pela disseminação da covid-19/coronavírus entre clientes de um restaurante local.

“A referida notícia carece de fundamentação científica melhor elaborada, como informado, inclusive, no artigo original, e não esclarece sobre quais condições de operação e higiene o citado ambiente se encontrava, nem tampouco os históricos de saúde dos usuários, anterior e posterior à alegada data quando se considerou o fato”, disse a entidade.

“Em vez de auxiliar a população a melhor conhecer e entender os benefícios que equipamentos e sistemas de ar condicionado bem instalados e operados sob procedimentos corretos de manutenção e operação, a capacidade da eficiente renovação do ar, além de filtros e componentes permanentemente limpos e periodicamente substituídos, isso pode criar, erroneamente, a interpretação contrária, contradizendo a definição de normas técnicas e da Lei do PMOC”, criticou.

Resenha de sexta – VRF

Conhecendo um pouco mais sobre VRF.  Um bate papo técnico com Rodrigo Men, Fernando Men e João Paulo Magalhães.  Realizado em 11/12/2020.

Resenha de sexta-feira -Bluear

Agora é na Bluear, conheça um pouco mais sobre essa tradicional loja de peças localizada na Alameda Glete em São Paulo.

Samsung lança campanha digital WindFree

Neste mês a marca lançou uma campanha especial para explicar os benefícios de seus novos modelos de ar-condicionado, lançados em 2020: a linha WindFree, que têm tudo, menos o vento direto, colaborando com conforto e bem-estar dos consumidores e eliminando a sensação incômoda de frio.

A campanha é toda digital e fica em circulação até o fim de janeiro. Foram produzidas peças para redes sociais e um filme, já disponível no canal da Samsung Brasil no YouTube. Além disso, influenciadores foram convocados para experimentar as vantagens do novo WindFree Plus, que conta com 23 mil microfuros para espalhar o ar de forma mais homogênea, Inteligência Artificial para identificar os hábitos do usuário e conectividade – é possível comandá-lo via aplicativo SmartThings em um smartphone, tablet ou até em uma TV Samsung.

“A nova geração de aparelhos de ar-condicionado da Samsung está pronta para atender às demandas mais urgentes do consumidor. A pioneira tecnologia WindFree é uma aliada do conforto, já que elimina o vento direto, e ainda traz recursos de conectividade e inteligência artificial que ajudam a otimizar rotinas e trazer mais conveniência para o dia a dia dos usuários. A campanha chega para mostrar ao consumidor que é possível contar com produtos que eliminam o incômodo do vento direto e a Samsung traz a solução para combater essa preocupação”, aponta Patrícia Pessoa, Diretora de Marketing da Divisão de Consumer Electronics da Samsung Brasil.

A campanha conta com um  vídeo de 30 segundos que traz os diferenciais do nosso WindFree e mostra como a Samsung inovou ao acabar com o vento direto e primar pelo conforto dos consumidores. Características como o resfriamento 43%4 mais rápido do que em modelos convencionais e a presença de Inteligência Artificial para identificar e criar padrões de uso também são destacados.

Nesse ano, a marca expandiu seu portfólio com a nova categoria, trazendo duas versões, o novo WindFree, que torna mais acessível o uso da tecnologia exclusiva sem vento e o WindFree Plus, que é o produto mais completo da categoria, que além da tecnologia sem vento, traz conectividade através do aplicativo SmartThings e Inteligência Artificial.