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Fluido refrigerante ecológico ganha espaço no mercado de climatização

A preocupação com o meio ambiente é cada vez mais constante no segmento da climatização. Desde o Protocolo de Montreal, que exigiu a diminuição de emissão de cloro na atmosfera, as empresas estão trabalhando para desenvolver fluidos refrigerantes que possam manter o desempenho dos equipamentos, sem prejudicar a camada de ozônio.

Um dos exemplos foi apresentado durante palestra promovida pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) na noite da última quinta-feira (21).

“O fluido refrigerante R-427A foi desenvolvido para ser uma opção ecológica para o R-22, que só poderá ser usado ate 2030. A partir do ano que vem, haverá redução de 35% na importação do R-22. Então, o preço deste produto vai elevar os custos da climatização. Cerca de 90% dos climatizadores ainda utilizam este fluido poluente, que é feito com cloro”, explicou o consultor técnico da Arkema, Paulo Napoli.

Uma das preocupações dos empresários é a troca dos fluidos refrigerantes. Entretanto, segundo Napoli, a opção de retrofit desenvolvida pela indústria química francesa realiza a mudança sem transtornos ou elevação de gastos. Ao contrário disso, consegue diminuir os valores da energia elétrica.

“O retrofit aproveita o equipamento sem modificar o projeto já realizado. Conseguimos modificar o fluido refrigerante sem modificar o produto. Algumas empresas já estão realizando o retrofit e perceberam redução de 6% na energia elétrica. Quando diminuir a importação do R-22, o valor deste produto vai elevar bastante. Assim, o R-427A, que hoje tem o mesmo preço do R-22, vai se tornar mais econômico”, salientou.

A palestra contou com a presença de engenheiros, projetistas, profissionais do setor de instalação e manutenção em climatização e refrigeração, e estudantes das áreas de refrigeração e climatização, segundo a assessoria de comunicação da Asbrav.

O consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, Paulo Napoli, proferindo palestra na sede da Asbrav, em Porto Alegre

Paulo Napoli, consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, durante palestra na Asbrav na última quinta-feira | Foto: Mariana da Rosa/Divulgação

Totaline comemora 25 anos no Brasil

A primeira loja Totaline no Brasil foi inaugurada em 3 de maio de 1993 em Campinas, interior de São Paulo. Ela seguia o mesmo modelo de negócio criado pela Carrier Corporation, empresa fundada pelo inventor do ar-condicionado moderno, Willis Carrier, para abastecer o mercado de reposição de peças e insumos para climatização e refrigeração. Em pouco tempo, consolidou-se como um canal especializado no segmento e expandiu para outros continentes.

Hoje, a rede conta com sete unidades próprias nas cidades de Campinas, São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro, Piracicaba, Curitiba e Salvador. Para comemorar os 25 anos de presença no País, as lojas estão passando por revitalização para ganhar uma nova identidade.

No interior, vão ganhar novos showroons que passarão a contar com outros itens do portfólio da empresa no showroom, como os produtos para cozinha. E nas fachadas vão ganhar uma pintura artística para homenagear os principais monumentos das cidades. Além disso, cada uma das sete lojas está promovendo eventos de relacionamento com os instaladores para comemorar a data.

No Brasil, a exemplo do que ocorreu em outros países, a Totaline expandiu e além das lojas próprias passou a contar com revendas. Hoje a rede é formada por mais de 36 lojas em todo o País.

“Nestas unidades os clientes podem encontrar a mais completa linha de aparelhos de ar condicionado, ideal para atender qualquer necessidade de climatização: residencial, comercial ou industrial”, explica o gerente comercial da Midea Carrier, Odair Gazola.

Nas lojas, o cliente encontra também ferramentas e insumos, além de estoque de peças originais das marcas Midea, Carrier e Springer.

Odair Gazola, gerente comercial da Midea Carrier

Odair Gazola, gerente comercial da Midea Carrier | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

HVAC-R em festa

O Troféu Oswaldo Moreira, premiação mais esperada do ano pelos empresários e profissionais da indústria e do comércio de refrigeração e climatização, foi entregue na noite de 7 de junho, na Casa Itaim, em São Paulo.

O evento, que leva o nome do fundador da Revista do Frio, reuniu mais de 300 convidados e foi, mais uma vez, uma grande oportunidade de confraternização e networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria ocorreu momentos antes da premiação, em computadores instalados na recepção da festa.

Os vencedores deste ano foram Samsung (Indústria de Ar Condicionado), Chemours (Indústria de Refrigeração), Clima Rio (Comércio de Ar Condicionado), Dufrio (Comércio de Refrigeração), Rafael Dias (Personalidade do Comércio) e Priscila Baioco (Personalidade da Indústria).

TOM - 2018 - Profissionais e empresário no evento de refrigeração e ar condicionado

Homenagens especiais

Antes da entrega ao TOM aos vencedores, a Revista do Frio fez uma homenagem póstuma ao advogado Sidney de Oliveira, falecido em 16 de abril, vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca.

Durante seus 58 anos de atuação no setor, ele passou por empresas como Johnson Controls, Tropical, Isopor, Montreal e Girotubo, tendo também atuado como consultor independente de muitas outras grandes companhias e entidades, como a Abrava, a Anprac e a Ordem dos Advogados do Brasil.

“Grande amigo de Oswaldo Moreira, doutor Sidney sempre lutou, com muito afinco, pela profissionalização do setor, com foco na qualidade do ar de interiores”, lembrou Mary Moreira, diretora geral da Revista do Frio.

No fim da cerimônia, a publicação entregou uma homenagem especial a Josenaldo Elias Damacena, colaborador mais antigo da casa. “Obrigado, Naldo, por sua participação ativa em nosso desenvolvimento e, principalmente, por seu companheirismo nestas três décadas”, disse Mary Moreira.

 

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio. 

O troféu que materializou essa ideia foi batizado, inicialmente, como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira –, a premiação ganharia o nome do jornalista que fundou a publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018, completou sua 20ª edição com o nome atual.

Conheça, a seguir, o perfil dos ganhadores do TOM 2018:

Samsung – Indústria/Ar Condicionado

Desde seu surgimento como uma pequena empresa de exportação na Coreia do Sul, a Samsung cresceu e se tornou uma das principais empresas de produtos eletrônicos do mundo. O início da produção de condicionadores de ar se deu em 1980 e, de lá para cá, se consolidou cada vez mais como uma das principais fabricantes do setor. 

Por meio de um processo de constante inovação, está sempre revolucionando os inúmeros mercados em que atua. Não é à toa que a companhia emprega centenas de milhares de pessoas e fatura bilhões de dólares, anualmente.

Até 2020, a empresa pretende alcançar vendas anuais de US$ 400 bilhões e figurar o valor global da sua marca entre os cinco maiores do mundo.

Chemours– Indústria/Refrigeração

A Chemours ajuda a criar um mundo mais colorido, capaz e limpo por meio do poder da química. Líder global em tecnologias de titânio, produtos fluorados e soluções químicas, a companhia oferece aos seus clientes uma ampla variedade de inovações baseadas na química. 

Os ingredientes da empresa norte-americana são encontrados em plásticos e revestimentos, refrigeração e ar condicionado, mineração e na produção industrial em geral. Seus principais produtos incluem marcas de renome, como Teflon, Opteon e Freon.

Atualmente, a Chemours tem cerca de sete mil funcionários em 70 unidades produtivas que atendem a mais de cinco mil clientes nas Américas, na região Ásia-Pacífico e na Europa.

Com uma receita de US$ 6,2 bilhões em 2017, a companhia chegou à 451ª posição do ranking da revista Fortune das 500 maiores empresas dos EUA.

 Clima Rio – Comércio Distribuidor/Ar Condicionado

A Clima Rio está no mercado há mais de 20 anos destacando-se na venda, montagem e manutenção de câmaras frigoríficas e distribuição de peças e insumos para refrigeração. 

Desde 2000, a companhia também atua no ramo de condicionadores de ar, em parceria com a Midea Carrier, o que a possibilitou construir uma infraestrutura de 18 lojas e quatro centros de distribuição.

Notabilizada pela ética e a transparência do empresário Gilson Miranda, a empresa que iniciou suas atividades em 1996, em Niterói, conta hoje com amplo estoque de ar-condicionado, produtos para refrigeração comercial e industrial, cobre, compressores, gases refrigerantes e forçadores de ar para câmaras frigoríficas, dentre outros itens do portfólio da empresa, que também explora o nicho de serviços, por meio do seu departamento de engenharia e projetos.

 Dufrio – Comércio Distribuidor/Refrigeração

Há mais de 20 anos no mercado, a Refrigeração Dufrio oferece soluções completas em refrigeração e ar condicionado. Comprometida em surpreender os clientes e com a qualidade dos mínimos detalhes, a empresa aposta na personalização dos serviços e na transformação de ideias que proporcionam experiências únicas. 

Diferenciada e com espírito jovem, a Dufrio é referência no mercado e reconhecida pela inovação, trabalho sério, atitude e agilidade.

São 16 lojas, quatro centros de distribuição, vendas online e atendimento em todo o Brasil com profissionais altamente capacitados e especializados no segmento. Com mais de 1.200 colaboradores diretos e mais de 100.000 m2 em estoque, a empresa garante aos seus clientes o menor prazo de entrega.

 Rafael Dias – Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado

O primeiro emprego de Rafael Dias foi na própria A.Dias Ar Condicionado. Ele começou a trabalhar lá aos 15 anos de idade, no ano 2000, quando seu pai, Gerson Dias, o convidou para fazer um estágio na empresa, a fim de orientar sua escolha para o ensino superior. 

Assim, ele estudava durante a manhã no colégio e trabalhava no período da tarde. No início, realizava tarefas típicas de office boy: entregas de malotes em bancos e documentos em cartório, contagem de estoque e envio de fax para propostas de vendas. Depois de certo tempo, ele começou a ficar seis meses em cada departamento da empresa, para conhecer melhor cada detalhe da operação.

Um de seus grandes projetos para o negócio da família foi a criação de uma ferramenta de comunicação e venda direta para seu principal cliente: o instalador de ar-condicionado.

Segundo ele, foi preciso promover muitos treinamentos internos e quebrar alguns paradigmas, mas, com o tempo, todos perceberam que aquele era o caminho correto a seguir.

 Priscila Baioco  Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado

Primeira mulher a conquistar o Troféu Oswaldo Moreira, Priscila Baioco iniciou sua carreia na empresa Luftec Hélices, em 1998, aos 16 anos como assistente de vendas na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo. Aos 18 anos, ela se mudou para a capital, para estudar e trabalhar na empresa EH Representações onde ficou por dois anos e, então, foi para a Torin Ventiladores, onde permaneceu por quatro anos. 

Em 2006, ela começou a trabalhar na Armacell como vendedora técnica, ficando nesta função até 2010, momento em que teve a oportunidade de vivenciar uma experiência internacional atuando na Trox Latinoamerica como responsável pelo desenvolvimento de mercado em países sul-americanos.

Em 2011, Priscila retornou à Armacell como gerente regional de vendas e, em 2017 assumiu o cargo de gerente nacional de vendas nesta mesma empresa. São 20 anos de atuação na área de vendas no setor HVAC-R, muitas experiências vividas e conquistas alcançadas.

Troféu Oswaldo Moreira homenageia empresas e personalidades do HVAC-R

Chegou o momento mais esperado anualmente pelo setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R). Após um ano de trabalho árduo, os profissionais e empresas que se destacaram em 2017 por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional concorrerão ao Troféu Oswaldo Moreira.

Nesta edição, marcada para 7 de junho, a partir das 19h30, o palco do evento será a Casa Itaim, que fica na rua Clodomiro Amazonas, 907, na Vila Olímpia, em São Paulo.

O prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo –, é também uma grande oportunidade de networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria será feita durante o encontro, com os convidados votando– por meio de computadores dispostos no local da cerimônia – nos melhores profissionais e empresas do setor.

Confira a seguir os nomes dos indicados que concorrerão troféu este ano:

 

Indústria – Ar Condicionado
Daikin
Samsung
Trane

Indústria – Refrigeração
Chemours
Full Gauge Controls
Embraco

Comércio Distribuidor – Ar Condicionado
A.Dias
Clima Rio
Friopeças

Comércio Distribuidor – Refrigeração
Dufrio
Refrigeração Marechal
Polipartes

Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado
Rafael Dias (A.Dias)
Sidney Tunda (Poloar)
Tiziano Giordano Pravato (Leveros)

Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado
Anderson Bruno (LG)
Katsuya Fujii (Fujitsu)
Priscila Baioco (Armacell)

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio.

O troféu que materializou essa ideia foi batizado inicialmente como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira – a premiação ganharia o nome do fundador da publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018 chega à sua 20ª edição com o nome atual, e 14 anos com o formato de votação eletrônica, realizada pelos convidados da festa em terminais de computador minutos antes da sua entrega.

Ação Samsung Climatiza chega a Minas Gerais

São Paulo, 28 de maio de 2018 – Em razão dos últimos acontecimentos no país, a Samsung informa que a ação do Samsung Climatiza, que aconteceria na Rua São Miguel, 293, no bairro de Itapoã no dia 29 de maio, será remarcada. Assim que a situação normalizar, a empresa informará a nova data de apresentação do espaço.

A unidade móvel “Samsung Climatiza” estará na próxima terça-feira (29), em Belo Horizonte, estacionado em frente ao Hotel San Diego Mid Suites, localizado na Rua São Miguel, 293, no bairro de Itapoã. A ação tem como foco os instaladores de ar-condicionado e serve como uma vitrine e manuseio de produtos, complementando o treinamento oferecido a esses profissionais. Leia mais

Plano de Segurança da Água reduz risco de Legionella em edifícios

A Legionella voltou, recentemente, a ser destaque no noticiário internacional. Certamente, foi uma grande história em 1976, quando um surto de uma doença misteriosa ocorreu durante uma convenção dos legionários americanos em um hotel da Filadélfia.

A investigação resultante conduzida pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA produziu matérias televisivas dramáticas e muitas reportagens de capa de revistas conceituadas.

No fim, as autoridades de saúde pública identificaram a bactéria culpada pela enfermidade e a denominaram Legionella. Apesar do descobrimento tardio, a doença não é rara.

Presente em torres de resfriamento, fontes decorativas, banheiras de hidromassagem, lava-rápidos e até em consultórios dentários, este micro-organismo é responsável por matar em torno de cinco mil pessoas no Brasil todos os anos, segundo dados extraoficiais.

Atualmente, novos surtos de doença do legionário – um tipo de pneumonia potencialmente fatal também conhecida como legionelose – continuam a ser relatados nos EUA e em todo o mundo.

Segundo a imprensa portuguesa, só no ano passado, 233 casos da doença foram confirmados no país europeu. Em 2014, outro surto afetou 375 pessoas e provocou 12 mortes em Portugal.

Em abril do ano passado, jornais australianos informaram que 92 sistemas de ar condicionado instalados em edifícios do bairro empresarial de Melbourne tiveram de ser desinfetados após a confirmação de seis casos de legionelose.

No fim de janeiro, os resultados de ensaios preliminares mostraram a “possível presença” de Legionella em um “dead leg” do sistema de abastecimento de água do Illinois Capitol Complex, em Springfield, Illinois, de acordo com o State Journal-Register.

“Dead legs” são trechos da tubulação em que o fluxo de água está estagnado e os fluidos de limpeza não circulam.

Exemplos como este caso provam que são necessárias mais pesquisas para identificar as melhores estratégias para prevenir futuros surtos da doença do legionário também a partir do sistema de abastecimento de água.

Segundo especialistas no assunto, é importante entender, primeiramente, os elementos-chave que podem fornecer o ambiente ideal para o crescimento de Legionella em um sistema de água.

Quanto mais água estiver em um sistema ou tubulação, maior a probabilidade de o agente de limpeza se dissipar com o tempo, levando ao crescimento do patógeno.

Quando o biofilme, uma substância pegajosa criada por bactérias, se forma na parede interna da tubulação de abastecimento de água, ele protege a Legionella do calor e do desinfetante. E a água morna, geralmente na faixa de 25 ºC a 42 ºC, propicia a formação de colônias da bactéria.

Uma vez que cresce, a Legionella pode ser potencialmente espalhada por qualquer componente do sistema de encanamento que gere um aerossol ou uma fina névoa de água.

Grandes sistemas de encanamento complexos, como aqueles instalados em hospitais e navios de cruzeiro, são mais frequentemente associados com surtos de doença do legionário, o que é especialmente problemático para pessoas com imunidade baixa, idosos e crianças.

A Legionella também é causadora da febre de Pontiac, uma doença pouco severa cujos sintomas são semelhantes a uma gripe comum.

Embora sejam bastante comuns em ambientes aquáticos, as bactérias do gênero não são abundantes, o que significa que raramente formam grandes colônias. Mas quando elas entram em uma torre de resfriamento, as coisas mudam.

A combinação de recirculação de água morna, na faixa de 27ºC a 35ºC, grandes áreas de superfície para troca de calor e um fluxo contínuo de nutrientes do processo de resfriamento (ou aquecimento) cria condições perfeitas para que elas cresçam nas bandejas de condensados, por exemplo.

De acordo com profissionais de engenharia, torres de resfriamento que são bem projetadas, mantidas e desinfetadas dificilmente propiciam a proliferação de Legionella. Quase todos os surtos documentados mundo afora estão associados a problemas de projeto, manutenção ou desinfecção – geralmente todos os três.

Segundo a Conforlab Engenharia Ambiental, 21% das amostras de água recolhidas em torres de resfriamento em empresas brasileiras estão contaminadas com a bactéria, incidência similar à de outros países, incluindo os EUA.

“As pessoas que trabalham em ambientes contaminados, principalmente perto de sistemas com água em aerossol, estão mais expostas à Legionella”, diz o diretor da empresa, Leonardo Cozac.

“A melhor forma de prevenção é fazer um Programa de Segurança da Água, conforme descrito na Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde. Neste plano estão previstas as formas de controle, análise, tratamento e plano de ação quando for encontrada a bactéria”, acrescenta.

Segundo ele, não existe uma fórmula ou equipamento único para descontaminar a água e o equipamento ou para prevenir a presença da bactéria.

“A avaliação deve ser feita caso a caso por um especialista. As formas mais comuns de descontaminação são a elevação da temperatura da água acima de 65 ºC, supercloração e limpeza de todo o sistema”, explica.

Gestão de risco

A maneira mais abrangente e eficaz de reduzir o risco de surtos de doença do legionário é projetar, implementar e atualizar regularmente um plano geral de segurança da água do edifício.

Este plano deve se basear em um estudo de engenharia do sistema de água do prédio e considerar quaisquer condições potencialmente perigosas e áreas propícias para o desenvolvimento de patógenos, além de adotar as melhores práticas do setor para evitar contaminações.

Publicada em 2015, a Ashrae 188 – Legionelose: Gerenciamento de Risco para Sistemas de Água Prediais – estabelece requisitos mínimos de gestão de risco para controlar a transmissão da legionelose por meio de sistemas de abastecimento de água.

O design também desempenha um papel importante na redução do crescimento de Legionella em sistemas de encanamento. A seção 8 da norma detalha a necessidade de documentar adequadamente o projeto de sistemas de encanamento de um edifício, identificar áreas de potencial amplificação de patógenos e eliminar fontes que possam contribuir para potenciais surtos, tais como “dead legs”.

A seção 8 também detalha as melhores práticas de desinfecção do sistema, a necessidade de comissionamento e de retrocomissionamento periódico e muito mais.

A cidade de Nova York já assumiu a liderança nessa área, adotando partes da norma para o controle da Legionella em torres de resfriamento, em resposta a um grande surto da doença do legionário em 2015.

Novos métodos de dimensionamento de tubulações para sistemas de encanamento de edifícios também terão um papel importante na mitigação do crescimento de Legionella, de acordo com especialistas.

De fato, a sociedade já percorreu um longo caminho desde 1976. No entanto, muita pesquisa ainda precisa ser feita e os proprietários de edifícios e gestores de instalações terão de ser instruídos sobre as novas e emergentes estratégias que ajudarão a reduzir os riscos de futuros surtos de legionelose.

Samsung mostra vantagens do Wind-Free para instaladores em SP

Depois de passar pela Alameda Glete na semana passada, a Samsung promoveu hoje cedo a segunda parada do roadshow “Samsung Climatiza”, evento que reuniu dezenas de profissionais da área no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

Durante o encontro, os técnicos participaram de um treinamento exclusivo e tiveram a oportunidade de conhecer de perto na unidade móvel da caravana os produtos Wind-Free, cassette, split e multi-split inverter, além das vantagens dos compressores de 4 e 8 polos.

Nos próximos meses, a van da marca percorrerá diversas cidades brasileiras, como Campinas, Salvador e Florianópolis. “Queremos estreitar nossa parceria com os instaladores de ar-condicionado”, salientou o gerente de produto da área de climatização da empresa, Tiago Arbulu. Leia mais

Valeo compra a Spheros, fabricante de AC para ônibus

Desde fevereiro deste ano, a desenvolvedora e produtora de sistemas de ar-condicionado para ônibus, Spheros Climatização do Brasil S.A., passou a ter a marca Valeo Climatização do Brasil – Veículos Comerciais S/A. Nesta nova etapa a empresa combina experiência, tecnologia e reputação no mercado de climatização para ônibus com inovadoras tecnologias mundiais da Valeo no segmento automotivo. Tudo isto, mantendo o DNA do mercado de ônibus que a Spheros mundial detém há mais de 60 anos, com muito foco e atendendo as necessidades e evoluções dos clientes e parceiros de negócios.

Segundo o diretor geral da Valeo Climatização – Veículos Comercial na América Latina, , Luís Carlos Sacco, a empresa investirá para ampliar a atuação e a liderança em todo o continente, consolidada nos últimos 16 anos. “Somos reconhecidos como sinônimo de inovação, qualidade, flexibilidade no desenvolvimento e fabricação, bem como dispomos de um variado portfólio com soluções para os nossos mercados de sistemas de ar-condicionado para ônibus, assim como aquecedores e ventiladores. A expertise da Valeo em equipamentos de sistemas térmicos permitirá um maior crescimento nos próximos anos, impulsionados pela expansão do transporte público em todo o mundo e do foco na mobilidade sustentável”, analisa o executivo.

Fonte: R7

Gree fornecerá sistemas HVAC para 2ª fase de Belo Monte

A Gree do Brasil venceu o projeto para fornecer os equipamentos de ar condicionado, aquecimento e ventilação para a 2ª fase da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A empresa fornecerá uma solução completa de HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioner) para todas as estações de conversão de energia do projeto, utilizando condicionadores de ar centrais especiais desenvolvidos especialmente pela empresa, com tecnologia própria.

O projeto de transmissão de energia de tensão extra-alta terá capacidade de transmissão de 4 milhões de quilowatts em uma extensão total de 2.518 km.

“Não importa o quão duro seja o ambiente de uso e a capacidade exigida em um projeto, a Gree pode fornecer sua autossuficiência. Para isso, desenvolvemos tecnologias e produtos para atender às demandas exigidas”, afirma Wang Weizhen, Vice-Diretor da Gree do Brasil.

No Brasil, não é a primeira vez que a Gree Commercial Air Conditioner vence uma licitação para um projeto industrial de ar condicionado. Entre as licitações vencidas estão projetos como o Centro de Emergência do Estado de Espírito Santo, projetos da XCMG Brasil, a Escola Aristocrática do Rio Grande do Sul e a usina termolétrica Pampa Sul. A fábrica da Gree em Manaus começou a produzir condicionadores de ar em 2001. É a primeira fábrica de aparelhos de ar-condicionado de uma empresa chinesa construída no exterior.

Depois de mais de 15 anos de luta, Lei do PMOC vira realidade

Sancionada em 4 de janeiro, a Lei Federal 13.589 tornou obrigatória a execução de um Plano de Manutenção, Operação e Controle ( PMOC ) em sistemas de ar-condicionado instalados em edificações de uso público e coletivo. 

A nova legislação tem como objetivo garantir a boa qualidade do ar interior de estabelecimentos, levando em conta padrões de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza, visando a eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes destes edifícios.

“Os sistemas de climatização e seus PMOC devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente, em especial no que diz respeito a poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua instalação”, diz o terceiro artigo da lei.

Conforme determinam a Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde, e a Resolução 9/2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o PMOC deve ser posto em prática em instalações com capacidade superior a 5 TR (60 mil BTU/h).

De acordo com a Abrava, são inúmeras as doenças comprovadamente causadas pela má qualidade do ar, devido à manutenção inadequada dos sistemas de climatização.

“Os proprietários e usuários de imóveis devem ter em mente que a boa manutenção planejada traz diversos benefícios para os empreendimentos, como redução de custos, substituição de equipamentos obsoletos no momento adequado, redução dos riscos de incêndios e acidentes pessoais e, fundamentalmente, melhor qualidade de vida”, diz o presidente da entidade, Arnaldo Basile.

Segundo ele, a introdução da nova lei no País “foi uma longa luta, de mais de 15 anos, apoiada pela sociedade civil, que clamava por sua aprovação”.

Embora o presidente Michel Temer tenha vetado o artigo que atribuía a engenheiro mecânico a responsabilidade pelo PMOC, a Abrava ressalta que os técnicos de nível médio não estão autorizados a assiná-lo.

“Os refrigeristas podem prestar assistência técnica e assessoria no estudo, pesquisa e coleta de dados, execução de ensaios, aplicação de normas técnicas e regulagem de aparelhos e instrumentos concernentes aos serviços de fiscalização de qualidade do ar nos ambientes climatizados”, informa a entidade.

A Abrava destaca que os responsáveis pelos serviços de limpeza e manutenção dos equipamentos são os engenheiros mecânicos ou engenheiros industriais (modalidade mecânica), ou tecnólogos da área de engenharia mecânica.

Já os serviços de avaliação biológica, química e física das condições do ar interior dos ambientes climatizados são de responsabilidade de engenheiros químicos ou engenheiros industriais (modalidade química), ou engenheiros de segurança do trabalho ou tecnólogos da área de engenharia química.

As multas para quem infringir a Lei do PMOC podem variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo do risco, da recorrência e do tamanho do estabelecimento. A nova lei também se aplica aos ambientes climatizados de uso restrito, como fábricas, laboratórios, hospitais e outros, que deverão obedecer a regulamentos específicos.

 

Indústria e técnicos comemoram

Após a sanção da nova lei, a Trane divulgou um comunicado ressaltando que ela irá beneficiar os usuários e os administradores de edifícios.

Apesar de a nova legislação parecer ocasionar, num primeiro momento, um custo extra para as empresas, a indústria aposta que todos ganharão com o PMOC.

“O funcionamento adequado dos equipamentos e sistemas de ar condicionado reduz o consumo energético das edificações, o usuário ganha ao ter uma qualidade de ar melhor e o fabricante ganha quando o equipamento funciona de forma eficaz”, enfatiza o diretor de serviços da empresa no País, Alexandre Cruz.

Segundo o executivo, a Trane já aplica o PMOC nos contratos com seus clientes e está preparada para atender à demanda que irá surgir, tanto para os novos empreendimentos quanto para os prédios existentes.

“Essa nova lei confirma o amadurecimento do HVAC-R brasileiro no que diz respeito à manutenção preventiva dos sistemas de climatização. Por isso, investimos fortemente na capacitação de profissionais especializados para garantir que todas as normas e regulamentações sejam cumpridas”, acrescenta o diretor geral da empresa no Brasil, Luiz Moura.

Os técnicos da área também estão empolgados, pois a Lei do PMOC tende a impulsionar a procura por serviços de manutenção preventiva. “Já tem muito cliente preocupado, inclusive os pequenos, querendo fazer a higienização de suas máquinas e ter toda a documentação exigida”, afirma o instalador Marcos Alberto Ferreira, da Mais Ar Brasil, de Guarulhos (SP).