Leonardo Guimarães de Araújo, o “Rey do Piso-Teto”

O mercado de HVAC-R é muito promissor, com crescimento exponencial nos próximos anos, além de mais técnicos com excelente mão de obra”, afirma Leonardo Guimarães de Araújo, diretor da Alfatech Climatizações, empresa sediada no Rio de Janeiro (RJ).

Atuando como técnico em refrigeração e climatização desde 2003, ele conta como ingressou nesta área.

“A minha história na refrigeração é até engraçada, tudo começou quando eu conheci a minha namorada, hoje minha esposa Joana. O Sr. João, pai dela, não gostava muito de mim, e comecei a puxar assunto sobre refrigeração, pois ele trabalhava nessa área e daí para frente começamos a interagir mais. Me interessei pelo assunto e decidi fazer um curso de refrigeração, porém não tinha dinheiro para esse investimento. Me indicaram um curso filantrópico através do Banco da Providência, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ingressei no curso de refrigeração especializado em linha branca. Foram tempos difíceis e sofri muito para concluir e agradeço essa oportunidade que tive, em especial ao professor Josias pelos seus ensinamentos que guardo até hoje”.

Já formado, Leonardo se deparou com outro desafio: recurso financeiro para investir em ferramentas.

“Meu principal desafio foi obter recurso financeiro para investir em ferramentas de refrigeração que eram caríssimas. Me lembro da minha primeira ferramenta, um cortador de tubos que ganhei do meu pai. Trabalho no ramo de refrigeração e climatização há 18 anos, e desde o início da minha caminhada no setor eu nunca parei de estudar, eu era chato comigo mesmo, não me contentava em resolver um problema sem antes investigar exaustivamente. Ao longo do tempo, mudei para Cabo Frio (RJ), tive diversas oportunidades profissionais, me especializei e quando resolvi retornar para a capital investi na minha carreira e inaugurei a Alfatech Climatizações. Deixei de lado a linha branca e comecei a me dedicar somente na área de climatização atendendo sistemas VRF, Mult Split, Splitão, entre outros, me tornando um técnico de referência no setor, dentre muitos no Brasil, e hoje faço parte do maior projeto de disseminação de informações sobre HVAC da América Latina, o Esquadrão do Clima LG”, conta Leonardo.

Rey do Piso-Teto

Em 2017, Leonardo criou um canal no YouTube através da Alfatech Climatizações com a intenção de ajudar os profissionais da área a resolverem seus problemas em campo, com dicas e soluções práticas. Com centenas de seguidores, observando a quantidade de pessoas que acessavam seu canal, alcançando seu propósito, no começo de 2021 lançou um curso on-line denominado Rey do Piso-Teto, ampliando a sua atuação e disseminado informação através de seus vídeos. “Quando comecei no ramo HVAC-R não tive o privilégio de ter várias plataformas digitais na internet, onde hoje você pode contar com a ajuda de profissionais nas resoluções de problemas em campo. Devido à grande quantidade de acessos, investi nesta plataforma digital publicando uma quantidade enorme de vídeos das instalações que realizava. Recebia mensagens de técnicos espalhados por todo o Brasil para ajuda-los com suas dúvidas e problemas de defeitos em campo, por isso decidi desenvolver um curso dedicado a esses instaladores, denominado Rey do Piso-Teto, ajudando centenas de profissionais. Como profissional e instrutor da área, vejo uma ótima oportunidade para pessoas que querem atualizar-se e buscar crescimento profissional, mas nem tudo são flores, na verdade, quando o aluno ingressa em um curso da área, ele deve ser informado pelo instrutor quais são as dificuldades da área, por exemplo, a dificuldade em ter clientes no início, investimentos em ferramentas que são caras, e nem será ele terá garantias. Essas verdades precisam ser explicadas para o aluno para que ele não seja iludido e lá na frente desista, como já vi vários casos, porque grande parte destes profissionais só querem entrar para mercado de refrigeração e climatização devido ao grande lucro, mas repito e digo, nem tudo são flores”, ressalta o diretor da Alfatech. Além do sucesso profissional, Leonardo se considera abençoado também na sua vida pessoal. Ele diz que, com Joana, sua esposa, formou uma família linda. Fruto desse amor, hoje eles têm três filhos: João Victor, com 17 anos; Pedro Henrique, com 15 anos; e Lucas Gabriel, o caçula de 3 anos.

“Me considero muito abençoado. Tenho uma família linda, composta pela minha esposa e meus 3 filhos. A Joana é uma mulher guerreira, sempre ao meu lado desde o começo me ajudando a crescer como homem, marido, pai e profissional. Eles são o meu maior bem, assim como meus familiares, minha mãe Edineia, meu pai Celso e meu irmão Lean. Nos momentos de lazer, que são poucos, gosto de ficar com minha família, ir à igreja agradecer a Deus por tudo o que tem feito em minha vida. Também me dá um prazer enorme reunir os amigos em casa e confraternizar com eles. Já conquistei muitas coisas materiais que eu sonhava, e outras que ainda sonho em conquistar, me sinto muito realizado. Claro que sempre almejamos mais e mais, porém, só o fato chegar até aqui e poder ajudar as pessoas de alguma forma já e uma realização, eu nasci para isso, meu proposito na terra é esse, ajudar as pessoas, e em nome de Jesus tenho a certeza que ajudarei ainda mais dentro das minhas possibilidades”.

Leonardo deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor: “Nunca pare de estudar, pois esse é o caminho que vai te levar ao sucesso profissional, seja sempre honesto e justo com seu cliente, assim ele te indicara a outras pessoas, criando um leque de contatos para o seu negócio”, finaliza.

Com Joana e seus três filhos, ele se diz realizado e abençoado

Redução progressiva de HFCs avança na Europa

O relatório sobre a produção e consumo de gases de efeito estufa fluorados (f-gases) na Europa, notadamente os hidrofluorcarbonos (HFCs), mostra que o consumo dessas substâncias aumento 7% em 2020, em comparação com 2019.

No entanto, os dados gerais do documento revelam que, no ano passado, o fornecimento de HFCs ao mercado europeu ficou 52% abaixo do máximo imposto pela Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal.

“Os números mostram que as empresas estão migrando para alternativas com menor potencial de aquecimento global [GWP, na sigla em inglês]”, afirma Nick Campbell, presidente do Comitê Técnico Europeu para Fluorocarbonos (EFCTC).

Segundo o EFCTC, essa boa notícia “demonstra os progressos realizados no âmbito do programa [de redução de HFCs] da UE e destaca também a revisão em curso do regulamento acerca dos gases fluorados”.

Ferramentas para um trabalho bem-feito no dia a dia

Essenciais no HVAC-R e reconhecidas pela constante evolução tecnológica, as ferramentas – analógicas e digitais (incluindo até com acesso wireless) – utilizadas no mercado do frio têm feito toda a diferença no trabalho desenvolvido pelos profissionais.

De maneira geral, os grandes players do segmento investem continuamente em novos produtos, buscando atender à crescente demanda no setor.

Fazem parte desta lista manifolds, bombas de vácuo, vacuômetros, alicates multímetros, anemômetro e recicladoras/recolhedoras de gases, flangeadores, cortadores de tubos, balanças, detectores de vazamento e curvadores, entre outras ferramentas.

Fundamentais tanto para iniciantes quanto para veteranos do segmento, esses itens levaram algumas empresas inclusive a investir, ao longo dos anos, em pesquisa e desenvolvimento de ferramentas próprias, processo que interrompeu parte da importação de produtos genéricos acabados, principalmente da China.

No mercado há 24 anos e uma das referências no Brasil, a Dufrio atingiu este patamar, ao desenvolver a marca DuGold, nova linha de produtos premium, com alto padrão de qualidade, dividida em categorias de ferramentas elétricas e manuais e acessórios.

Destacam-se, neste rol, o manifold analógico DuGold DG536HP, usado para medir o fluxo de gases refrigerantes e sua pressão no interior de um sistema. Possui visor de líquido, três mangueiras de 90 centímetros cada, com conexão de 5/ 16″ e 1/4″, compatíveis com os gases refrigerantes R-410A, R-22, R-134a e R-404A. O kit acompanha manômetros com capa de silicone e maleta.

Mais uma ferramenta é o alicate multímetro amperímetro DuGold DG266, aparelho de medição digital com visor de LCD, que permite fazer teste de isolamento e de voltagem, medir correntes, resistência, condutividade, entre outras funções. A bateria tem autonomia de 150 horas.

Já o kit curvador de tubo DuGold DG999, conjunto de ferramentas utilizadas para curvar tubos com precisão e sem amassar as paredes do mesmo, vem dentro de uma resistente maleta. Além do cortador e de um escariador de rebarba, acompanha o item um curvador com seis bases (1/4″, 3/8″, 1/2″, 5/8″, 3/4″ e 7/8″).

“Nossa linha de ferramentas passou por modificações neste ano, período em que focamos em reconstruí-la, com mais de 50 produtos em desenvolvimento. Essas novidades serão lançadas até o primeiro semestre do próximo ano”, projeta o CEO Guillermo Zanon, descrevendo que esta perspectiva positiva vem após as dificuldades enfrentadas pelo mercado durante a pandemia, marcada por uma retomada a partir do primeiro trimestre de 2021. Além das mais de 20 lojas próprias espalhadas pelo Brasil, venda pelo e-commerce e apoio da plataforma Dufrio Parceiros, os produtos da empresa podem ser encontrados em varejistas especializados no setor.

O plano atual, salienta o executivo, “é expandir ainda mais a presença da empresa no mercado nacional, inclusive por meio do desenvolvimento de uma nova linha de ferramentas para uso com fluidos refrigerantes menos poluentes, como o R-32”, revela. Bastante famosa pelos anéis de união de tubos sem solda para fabricantes de refrigeradores, seu negócio principal, a Vulkan está igualmente de olho neste segmento, investindo recursos em novas ferramentas, visto que seus dois principais carros-chefes são os manifolds e as bombas de vácuo.

Em meados deste ano, a empresa começou a introduzir no mercado brasileiro de refrigeração e ar condicionado sua mais nova ferramenta – uma bomba de alto vácuo com 21 CFM de capacidade. Dotada de palhetas rotativas de alta velocidade, tem acionamento direto do motor e é selada a óleo.

“Esta bomba tem alta vazão, alta pressão final e baixo nível de ruído. Pode ser utilizada para sistema de baixo, médio e alto vácuo”, lista o diretor de vendas da Vulkan Lokring para a América Latina, Mauro Mendonça.

Outra grande aposta é o alicate Lokring Vulkan HMRK, voltado à realização eficiente de solda fria em tubos de refrigeração. Segundo o fabricante, o sistema Lokring proporciona vedação segura e permanente e pode ser usado em conexões de tubulações de materiais, formas e diâmetros diferentes, evitando o processo de brasagem, que emite gases tóxicos. Além disso, não deixa qualquer resíduo que possa contaminar os circuitos de refrigeração. Vem com conexões de 1/4″, 3/16″, 3/8″, 5/16″, 5/8″, 3/4″ e 7/8″.

“Cada vez mais, a tendência é de ferramentas mais leves, com maior uso de alumínio, desde que mantenha a qualidade, performance e confiabilidade. Praticidade também é algo que tem dado retorno positivo para nós. Design é algo que o estilo alemão, nossa origem, ama, mas em termos de influência disto no nosso segmento e consequente retorno, no Brasil, tem sido baixo”, afirma Mendonça.

Da mesma forma, o manifold analógico VLCT-636V apresenta escalas que atendem diferentes tipos de gases para sistemas de ar condicionado. O aparelho é capaz de medir a pressão (de 600 psi a 3.000 psi) dos principais fluidos refrigerantes, como o R-12, R-22, R-134a e R-404A, e possui vedação dupla o’ring, que garante o máximo desempenho do produto.

O executivo aponta que o crescimento das vendas de refrigeradores novos durante a pandemia contribuiu decisivamente para dar fôlego financeiro ao core business, proporcionado suporte aos investimentos em novidades para o setor previstos para 2022. No País, a Vulkan tem uma planta em Itatiba (SP), com cerca de 300 funcionários.

“Nossas ferramentas chegam a todas as regiões do Brasil, com destaque ao Nordeste, onde nosso negócio de acessórios para HVAC-R cresceu mais em 2021. Ao contrário de nosso core business (os anéis Lokring), em que as exportações são muito grandes, exportamos modestamente para Argentina e Colômbia, mas pretendemos crescer”, ressalta.

Para Mendonça, manifolds, bombas de vácuo e ferramentas de conformação de tubos precisam ser cada vez mais competitivos em custos, mas sempre confiáveis. “Este é o segredo, o que o mercado quer e precisa: simplicidade, confiabilidade, durabilidade e baixo custo”, complementa.

Na avaliação geral das indústrias e varejistas, o mercado de ferramentas continuará avançando com o contínuo avanço tecnológico nesse segmento, facilitando, com isso, a atuação dos profissionais do setor de refrigeração.

Reciclagem e regeneração em alta

No comércio, especificamente, a disparada dos preços dos fluidos refrigerantes tem impulsionado a procura por duas ferramentas primordiais, mas que, infelizmente, a maioria dos refrigeristas brasileiros não possui: recicladoras e tanques de recolhimento.

“Reciclar compostos do gênero significa reduzir contaminantes como umidade, acidez e material particulado, permitindo que eles sejam reintroduzidos com segurança e eficácia em seu sistema de origem”, ressalta o professor Sérgio Eugênio da Silva, diretor da escola paulistana Super Ar, informando que a grande maioria das reciclagens ocorre no campo para redução dos contaminantes por meio da separação do óleo e da realização da filtragem.

“Geralmente, isso é feito durante o processo de recolhimento do fluido frigorífico, na fase líquida ou de vapor, com a utilização de equipamentos que realizam tanto o recolhimento quanto a reciclagem”, explica.

Segundo o empresário, a reciclagem no local do serviço tem como vantagem a redução dos custos de transporte. Ademais, os clorofluorcarbonos (CFCs), hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs) recolhidos pelos técnicos e mecânicos podem ser vendidos a empresas especializadas no processo de regeneração.

“Regenerar significa limpar quimicamente o fluorproduto contaminado para que ele fique com o mesmo grau de pureza de uma substância virgem, em conformidade com as normas AHRI 700 e ABNT 15960 e 16667”, salienta.

“Antes do Protocolo de Montreal, um dos acordos multilaterais mais bem-sucedidos da história, os gases clorados eram vistos como produtos químicos baratos e inofensivos para o meio ambiente, tanto que eram comumente lançados na atmosfera durante os serviços de manutenção – em seguida, os refrigeristas recarregavam os sistemas com produtos virgens. Enfim, era um cenário em que o desperdício compensava”, lembra.

“No entanto, a destruição da camada de ozônio e a crise climática são duas questões ambientais que mudaram drasticamente esse paradigma na nossa indústria. Os prestadores de serviços sérios passaram a ter a responsabilidade de recolher e reusar refrigerantes. E isso é cada vez mais necessário”, avalia o engenheiro, acrescentando que os profissionais do setor nunca devem misturar diferentes tipos de fluidos em um mesmo tanque ou cilindro no ato do recolhimento, pois muitas centrais de regeneração não fazem a separação das misturas.

“Por fim, todas as atividades relacionadas aos procedimentos de instalação e manutenção de sistemas de refrigeração doméstica, comercial, industrial e automotiva exigem ferramentas de qualidade e mão de obra devidamente qualificada para manejá-las com segurança e fazer um trabalho bem-feito, observando com rigor normas de segurança e boas práticas”, Alta dos gases refrigerantes tem impulsionado a demanda por recolhedoras/recicladoras conclui.

Américo Martins Júnior, um estudioso da refrigeração

A través da excelente influência de seu pai, Américo Martins, também refrigerista e muito conhecido no setor, Américo Martins Junior seguiu o caminho da refrigeração. Como ele mesmo diz: “Está na veia”!

“Estudioso da refrigeração e extremamente exigente na qualidade do trabalho, sem dizer da incansável busca pelo conhecimento, as atitudes do meu pai me convenceram que essa seria a minha profissão”, diz Américo.

Tudo começou na década de 1980, mais exatamente em 1981, quando estava finalizando seus estudos. Atento ao trabalho do pai, Américo via a dificuldade que ele tinha em obter materiais técnicos para desenvolvimento de projetos e acesso as informações. Perdia noites de sono projetando e aplicando o conhecimento na fabricação de produtos.

“Eu tinha tudo para não seguir a carreira de refrigerista. Por ver o sacrifício do meu pai, pensei muitas vezes sobre isso. Ele era muito dedicado, passava semanas viajando, montando grandes estruturas. Mas tudo mudou quando fui pela primeira vez trabalhar em campo.  E minha paixão pela refrigeração começou quando fomos desmontar uma grande fábrica de gelo em barras.  O compressor era quase do meu tamanho.  E aquilo me deixou fascinado e não parei mais”.

Ele lembra que, uma das maiores dificuldades foi o acesso ao material técnico para estudar.

“Naquela época, pouquíssimos fabricantes dispunham de material técnico e muitos até hoje são em inglês.  Gastávamos muito tempo traduzindo material.  E a minha insaciável busca por conhecimento fazia com que eu entrasse de cabeça nos estudos. Em 1989, fui convidado pela Recrusul, em Sapucaia do Sul (RS), a fazer parte da equipe de campo na área de refrigeração para transportes. Aprendi demais com alguns mestres da época, que tinham prazer em ensinar como Sr. Aliomar. Além da teoria, é em campo onde se aprende de verdade. Neste tempo, cresci muito profissionalmente e tecnicamente. Em 1993, recebi um convite para trabalhar na Thermo King do Brasil, que na época, a fábrica era em Monte Mor, região de Campinas, interior de São Paulo. Na TK participei como dieler (revendedor), além de participar de vários projetos na área de ar condicionado para ônibus, adquirindo mais conhecimento e com o inestimável apoio de Paulo Lane. Fiquei na TK durante 16 anos e aprendi demais, pois tínhamos treinamentos contínuos com especialistas vindos do EUA, e foi onde fiz minhas primeiras viagens em busca de especialização na fábrica da empresa em Minessotta – EUA. Em 2009, recebi um convite da Carrier Transicold para trabalhar com equipamentos para transportes.  Nesta época, também comecei a ministrar treinamento de manutenção em equipamentos para transporte, tanto em caminhões como equipamentos de ar condicionado para ônibus. Foram anos de muitos desafios, e muitas histórias para contar”.

Em 2013, Américo recebeu a proposta da Midea Carrier para treinar técnicos e profissionais da área de climatização.

Segundo ele, foi uma mudança drástica em sua carreira, dedicando-se aos estudos para atender as demandas dos treinamentos.

“A tecnologia está cada vez mais avançada e temos que correr atrás desse conhecimento para passar aos nossos alunos. As empresas estão mudando sua forma de atuação com seus consumidores e instaladores. Temos observado um avanço muito grande neste sentido. Treinamentos online e farto material de estudo acessível nas mídias sociais, antes restrito às redes autorizadas. Considero a internet um multiplicador de conhecimento”.

Hoje, como diretor técnico da Thermo Cursos, Américo já treinou desde 2020, mais de 20 mil instaladores via online, o que considera um número jamais atingido com palestras ou treinamentos presenciais, onde o conhecimento pode ser acessado no conforto de casa ou de onde o profissional estiver. Ele acrescenta que só não busca conhecimento quem não quer realmente estudar ou se atualizar profissionalmente.

“Acredito que os treinamentos online serão um marco no ensino no Brasil. Conseguimos atingir lugares onde jamais as pessoas receberiam algum tipo de informação técnica. As mudanças foram extremamente positivas neste segmento e a tendência é que mais informação chegue dessa forma a partir dos anos seguintes. Sabemos da carência e da grande dificuldade de especialistas, principalmente nas máquinas de médio e grande porte como self, splitão, rooftop, VRF e chiller. Estamos enfrentando uma escassez de mão de obra como nunca tínhamos visto. E não estamos vendo nenhuma mudança positiva para os próximos anos. Infelizmente, está é a nossa realidade. Aqueles que se qualificarem para estes tipos de equipamentos sempre terão uma grande demanda de serviços. E em virtude da mão de obra escassa, os valores pagos a esses profissionais treinados serão muito acima da média”, enfatiza.

Mudando vidas

Residindo em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, seu maior sonho é continuar mudando vidas, compartilhando conhecimento e ser lembrado pelo seu trabalho, legado que deixará para seus três filhos: Renan, com 25 anos; Arthur, com 16 anos; e o caçula, Heitor, com 10 anos.

Américo, junto com sua esposa, Kelly Cristina Garcia, divide não só sua vida pessoal com ela, como também profissional, parceira de negócios, a frente da diretoria financeira da Thermo Cursos.

Nas horas de lazer, ele gosta de pescar, mas admite que mesmo assim sempre está com um livro à mão.

“Meu maior desafio é estudar todos os dias, apesar de toda carga diária. Gosto de compartilhar com todos os amigos, principalmente os da área de refrigeração, meu conhecimento, disseminando o saber. E aos que estão chegando agora no mercado, ajam enquanto é tempo. Estudem, busquem incansavelmente o conhecimento. Precisamos de profissionais habilitados e que amem a nossa profissão. Que trabalhem com honestidade, capricho, que sejam pontuais em seus serviços. Me sinto feliz por ajudar muitos profissionais a mudarem suas vidas. A minha missão aqui na terra é essa: Mudar vidas através do conhecimento. E graças a Deus, tenho conseguido fazer isso. Não existe preço por tudo que tenho passado nestes anos. Eu me divirto muito fazendo o que mais amo, que é ensinar. Meus planos para o futuro é fazer da Thermo Cursos a maior e melhor escola de refrigeração e climatização deste país, com estrutura de ponta e professores selecionados do mercado. Hoje, a Thermo Cursos é referência como escola profissionalizante e queremos muito mais. Queremos ser os melhores e para isso, estamos investindo pesado para os próximos anos”, comemora.

Américo e Kelly aproveitam os momentos de lazer junto com seus filhos

A hora e a vez da Indústria 4.0

Inovações tecnológicas desenvolvidas com base na Internet das Coisas, como a conectividade a distância e a manutenção remota, incrementam a busca por produtos que atendam às demandas de eficiência energética, manutenção e operacional.

Tecnologias que geralmente só víamos em filmes de ficção científica, como acesso remoto e controle de equipamentos a distância e por comandos de voz, além de armazenamento de informações em nuvem, já chegaram ao HVAC-R e avançam gradualmente, no que o mercado em geral nomeou de “Indústria 4.0”.

De olho na astronômica cifra de US$ 10 trilhões que a Internet das Coisas (IoT) e suas ramificações devem gerar em investimentos até 2030 em todo mundo, segundo especialistas na área, os fabricantes do setor estão apostando em sistemas ciber-físicos de inteligência para monitorar, gerenciar, rastrear, prever e otimizar a operação de sistemas de ar-condicionado e de refrigeração, em tempo real e de qualquer localização do mundo por meio de um ponto de conectividade.

Tal movimento se acelerou a partir do avanço da Internet das Coisas (IoT), com a ampliação da oferta de acesso à tecnologia 5G para redes móveis e banda larga. Em um futuro próximo, a IoT proporcionará toda a interface da linha branca, de eletroeletrônicos e eletroportáteis diretamente entre o suporte técnico e o consumidor.

Para a indústria do frio, a conectividade está abrindo portas para a coleta e análise avançada dos dados de operação de sistemas, possibilitando a identificação de oportunidades de melhorias, a tomada de decisões baseadas em dados e a validação dos resultados das ações implementadas. “Está havendo uma revolução na maneira como se faz a gestão de uma instalação, com foco em energia, sustentabilidade e/ou confiabilidade. Como novos avanços, podemos considerar o uso de robôs autônomos, big data e data analytics, fabricação aditiva e realidade aumentada”, argumenta Matheus Lemes, executivo da Trane e presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado da Associação Brasileira, Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento (Abrava).

O dirigente acredita que todos esses avanços na indústria levam a diversos benefícios para todo o ecossistema do frio, como um maior nível de automação, melhor aplicação da manutenção preditiva, adoção de machine learning, auto-otimização de melhorias de processos e novo nível de eficiência e capacidade de resposta aos clientes.

Segundo ele, o que se viveu na primeira década deste século difere-se do que estamos vivendo atualmente, pois tivemos revoluções que trouxeram grandes ganhos para as empresas, principalmente com o avanço da automação e das melhorias na conectividade, que permitiram maior eficiência e produtividade.

“Com isso, os fabricantes precisam adaptar cada vez mais seus produtos, inovações e serviços para o mercado, e os técnicos estão sendo capacitados para aprofundar conhecimentos sobre essas tendências. Já os varejistas estão fazendo grandes alianças técnico-comerciais visando atender aos mais diversos clientes, fundamentando-se na excelência como ponto focal de toda esta triangulação de propósitos do negócio”, descreve Matheus.

Igual percepção sobre a Internet das Coisas demonstra Ricardo dos Santos, executivo da Mayekawa do Brasil e vice-presidente do Departamento Nacional de Refrigeração da Abrava.

Este novo modelo baseado em IoT, entende ele, estabelece cada vez mais a proximidade de um processo industrial operado remotamente e composto por um sistema energeticamente eficiente, com módulos de inteligência artificial funcionando segundo parâmetros de projeto previamente determinados para garantir a eficiência.

“Ao mesmo tempo, serão cada vez mais utilizados módulos de machine learning para garantir que as características específicas de cada equipamento e de seus processos sejam obtidas com alto desempenho e segurança, com módulos autônomos que identificam alterações a serem feitas na operação em busca do ponto de máxima performance e segurança”, afirma Ricardo. Com a visão de quem já viu muitas transformações no HVAC-R, o executivo projeta, para os próximos anos, o desenvolvimento de sistemas de refrigeração dotados de premissas e tecnologias que permitirão resguardar todos os aspectos ambientais, como uso racional de energia elétrica, água e fluidos refrigerantes naturais, tudo isso agregando tecnologias de IoT para manter os sistemas em funcionamento dentro da faixa ótima de operação.

 Investimentos

Vários players do mercado do frio nacional e internacional continuamente estão investindo em tecnologias que cada vez mais atraiam o interesse de varejistas e consumidores. Se o preço final do equipamento compensar a relação custo-benefício, melhor ainda.

“Ao implementar uma solução baseada em nuvem, o contrato com o prestador do serviço geralmente segue um modelo as a service, em que o cliente paga uma mensalidade para ter acesso às plataformas de supervisão sem precisar desembolsar grandes investimentos no período inicial do projeto. Isso muda a percepção financeira do projeto. Na infraestrutura, há benefícios como a não necessidade de se manter uma estrutura de TI local complexa”, detalha Ricardo Konda, engenheiro de vendas da Divisão de Climate Solutions da Danfoss do Brasil. A multinacional dinamarquesa é uma das fabricantes que têm apostado nesta nova realidade, embora a crise econômica –agravada pela pandemia da Covid-19 –, argumenta o executivo, tenha levado o mercado em geral a postergar projetos de inovação e melhorias.

“Com a retomada da economia, esperamos que estes projetos sejam implementados e impulsionem cada vez mais a utilização dessas novas tecnologias”, deseja Konda, apontando duas plataformas de monitoramento remoto desenvolvidos pela empresa, o Centrica (foco em energia elétrica) e o Alsense (foco em temperatura e alarmes).

“São duas ótimas ferramentas baseadas em nuvem, com excelente conectividade e comunicação sem fio, que permitem aos técnicos acesso às informações de todo o sistema de refrigeração e seu consumo energético, de maneira remota por meio de PC, tablet ou smartphone. O técnico de manutenção, por exemplo, pode ir à loja muito mais preparado para resolver um problema quando já sabe de antemão qual equipamento está originando a falha ou até mesmo corrigi-la remotamente. Isto significa redução de custo operacional imediato”, salienta o gestor.

Outro importante player do mercado, a Termomecanica deu início – ainda em 2019, antes da pandemia da covid-19 – a um projeto arrojado para alcançar o status de Indústria 4.0, a partir da implementação de um sistema integrado de comunicação dos seus equipamentos, o qual permite a coleta e análise de dados históricos e em tempo real.

Em busca de uma gestão mais eficiência, o programa contemplou a aplicação de um sistema empregando tecnologia wi-fi, visando cobrir inicialmente o setor de fundição, especificamente os fornos da linha de chapas de uma de suas unidades fabris em São Bernardo do Campo (SP). Líder no setor de transformação de cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados, a Termomecanica tem investido ainda na construção de um big data alimentado com informações da engenharia e de outras áreas, como planejamento e controle da produção e qualidade.

“Graças à integração de diversos sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning), MES (Manufacturing Execution System) e Scada (Supervisory Control and Data Acquisition), os dados coletados visam auxiliar os gestores na tomada de decisão a respeito de investimentos e apoiar estudos e ações para eliminação de desperdícios nos diferentes setores da fábrica”, ressalta o superintendente de tecnologia da empresa, Walter Sanches.

O executivo reforça que essa transformação exige foco por igual em pessoas, processos e tecnologia, sem que um ou outro se sobressaia. Entendemos também que inteligência e automação precisam estar embutidas em todos os processos e as decisões baseadas em algoritmos”, complementa. Especializada no desenvolvimento, fabricação e venda de componentes, equipamentos e sistemas de ar-condicionado e ventilação interior, a multinacional Trox também ampliou seus investimentos na Internet das Coisas. Ainda em 2019, a companhia lançou, na 21ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar (Febrava), a extensão do serviço IoTROX aos equipamentos de AHU e chiller, permitindo o acesso a dados em nuvem, com segurança da informação, monitoramento e supervisão remoto com serviços de alerta para manutenção.

“A partir dessa nova visão tecnológica mundial, trazida pela Indústria 4.0, e com o intuito de proporcionar aos clientes a melhor experiência, conectamos nossos equipamentos físicos à nova plataforma IoTROX, desenvolvida baseando-se em uma infraestrutura de software com armazenamento remoto”, explica o gerente de P&D Jorge Zato.

“Os dados dos equipamentos podem ser acessados na tela de dispositivos de acesso exclusivo ao usuário, visualizando dashboards de performance e recebendo notificações do equipamento, inclusive dados históricos”, conclui o executivo. A presença da IoT em equipamentos e componentes, a partir de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, será cada vez maior nos próximos anos em toda a cadeia produtiva do frio, elevando ainda mais a confiabilidade de aparelhos e processos preventivos e de manutenção em momentos críticos. É nisso que o mercado aposta.

Revista do Frio promove Circuito dos Instaladores

Rafael Ferreira, Carmosinda Santos e Rodrigo Men serão os embaixadores do encontro promovido pela Revista do Frio em SP

A escola Senai Oscar Rodrigues Alves vai sediar, de 22 a 24 de novembro, das 18h às 21h, a primeira etapa do Circuito dos Instaladores pela Valorização Profissional, um evento itinerante gratuito promovido pela Revista do Frio com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e patrocínio da Armacell, Daikin, Elitech, Epex, Full Gauge, Gree, Indústrias Tosi, Mastercool, Samsung, Sanhua, Trane e Vulkan.

Durante o encontro na capital paulista, que também será transmitido pelo Clube do Frio, especialistas do setor vão compartilhar com os participantes informações sobre as últimas inovações e tendências tecnológicas na indústria de climatização. Além disso, haverá sorteio de prêmios exclusivos para a audiência presente e remota.

Devido ao protocolo de segurança sanitária adotado contra a covid-19, apenas 80 vagas serão disponibilizadas para participação presencial, segundo os organizadores.

“Esse é o primeiro de muitos outros encontros em formato híbrido exclusivos para refrigeristas que vamos realizar Brasil afora, sempre com o objetivo de ajudar no desenvolvimento de toda a cadeia produtiva”, revela o diretor comercial da Revista do Frio, Gustavo Moreira.

A ideia da publicação, que cobre há mais de 30 anos os principais fatos relacionados à indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R), “é levar a todos as últimas novidades do mercado e colocar em debate temas de máxima relevância para o setor”, acrescenta o executivo.

Embaixadores

A edição do Circuito dos Instaladores no Senai Oscar Rodrigues Alves terá como embaixadores a técnica em refrigeração Carmosinda Santos, o instrutor Rafael Ferreira e o empresário Rodrigo Men.

Este será um evento organizado com muita responsabilidade e com o claro propósito de disseminar informações e conteúdos técnicos de qualidade para os instaladores, porque refrigeração não é bico, é profissão”, afirma Carmosinda.

Para Rodrigo Men, o Circuito dos Instaladores também será uma “oportunidade sensacional” de estabelecimento de networking para o crescimento profissional dos participantes. “Acredito que, com a lacuna deixada pelo adiamento da Febrava deste ano, o evento ganhará ainda mais força, em função da carência de encontros presenciais nos últimos dois anos”, destaca.

“Manter-se atualizado em relação às últimas novidades e tendências do setor é fundamental para o instalador de ar-condicionado prestar serviços de qualidade e faturar mais no fim do mês”, acrescenta Rafael Ferreira, lembrando que “o mercado brasileiro de climatização cresce cada vez mais, e esse crescimento vai ganhar novo impulso com a chegada do verão, época em que também aumenta a procura por serviços de manutenção e limpeza de equipamentos”.

Para participar presencialmente do evento em São Paulo, os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível no site https://revistadofrio.com.br/circuito-dos-instaladores/.

As etapas posteriores do Circuito dos Instaladores serão promovidas ao longo dos próximos meses em escolas do Senai localizadas em Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e João Pessoa (PB). As datas dos eventos ainda não foram definidas pela organização.

Expositores frigoríficos mais eficientes conquistam espaço no varejo

Eficiência energética tem ditado rumos no mercado de expositores refrigerados, segundo fabricantes

Equipamentos compactos e menos ruidosos, com a capacidade de aguentar a instabilidade e os picos nas redes elétricas, ajudam a economizar na conta de luz pesado no desenvolvimento de equipamentos cada vez mais eficientes energeticamente.

Com a energia elétrica cada vez mais cara, é essencial que projetos e tecnologias possam ajudar os varejistas a reduzir o consumo, afinal as máquinas precisam ficar ligadas 24 horas por dia – e na faixa correta de temperatura – para impedir que bebidas e alimentos sofram alterações de qualidade e sabor, ou estraguem. Os lançamentos que periodicamente chegam ao mercado são resultado de muita pesquisa, pois a arquitetura por trás de cada conjunto de componentes leva em consideração não apenas motores e compressores mais compactos e eficientes, que demandem menos óleos lubrificantes e gases refrigerantes, mas também designs inteligentes.

Inovações mais recentes, como os vidros em curva e as portas deslizantes para balcões refrigerados, facilitam a operação de abre/fecha pelo consumidor, ao mesmo tempo em que agrega mobilidade para a montagem do leiaute no estabelecimento. Com isso, acabam ocupando menos espaço nos corredores, proporcionando aos varejistas a exposição de mais itens na loja.

Os vidros curvados atuam na retenção da temperatura do interior dos refrigeradores, reduzindo o consumo de energia em até 60%. A economia se torna ainda maior para o varejista, uma vez que o sistema ajuda a reduzir o desperdício de alimentos, a exemplo das carnes embaladas.

Com esta simples alteração no design, a estimativa é que o percentual de descarte de produtos seja até 50% menor do que o registrado em balcões refrigerados tradicionais. No Brasil, o lançamento do Sistema EcoFit –que conta com consultoria e representação do JPG Group – trouxe esta tendência para o mercado.

A economia de energia obtida com esses novos equipamentos também advém dos chamados vidros low-e. Desenvolvidos inicialmente para aplicação em edifícios de países de clima frio, que precisam manter o seu interior aquecido, esses componentes são de baixa emissividade e impedem a transferência térmica entre dois ambientes.

A eficiência é proporcionada por uma fina camada de óxido metálico aplicada em uma das faces do vidro. Essa película filtra os raios solares, intensificando o controle da transferência de temperaturas entre ambientes, sem impedir a transmissão luminosa. De acordo com JPG Group, a tecnologia oferece desempenho energético, ao refletir, principalmente para fora, as radiações no espectro do infravermelho próximo e distante. Sua refletividade externa fica entre 8% e 10%e sua transmissão luminosa, entre 70% e 80%. Além de curvo, o vidro também pode ser insulado, temperado e laminado.

Outra gigante do segmento de refrigeração comercial, a Eletrofrio investiu R$ 50 milhões no desenvolvimento da linha Vittrine, que chega a economizar, em média, 20% de energia elétrica em comparação com sua tradicional linha para sistemas com expansão direta.

“A eficiência energética desses equipamentos é possível graças a melhorias implantadas na iluminação, nas resistências de orvalho e degelo, nos evaporadores de alta eficiência e no fluxo de ar. A utilização de novos evaporadores mais eficientes gera uma economia direta no consumo dos compressores”, explica o presidente da empresa, José Antonio Paulatti.

O portfólio de produtos da companhia conta com expositores compactos, com profundidade de tanque de 740 mm e prateleiras de 400 mm, que privilegiam o espaço de corredores melhorando o tráfego nas lojas.

“As prateleiras slim, por exemplo, têm perfil frontal 40% mais fino, o que permite maior espaço útil entre elas. A frente mais baixa e maior abertura frontal possibilitam a inserção de mais um nível de prateleiras nos expositores verticais”, salienta o executivo.

Inovações como vidros em curva e portas deslizantes facilitam operação de abre/fecha pelo consumidor

Parceria

Ao longo dos anos, o setor também tem se movimentado por meio de parcerias para desenvolver equipamentos cada vez mais eficientes. Uma dessas junções comerciais, entre as fabricantes Embraco – pertencente à Nidec Global Appliance –, e Fricon –especializada em refrigeração de alimentos e bebidas – desaguou em uma nova linha de aplicações para refrigeração comercial desenvolvida por ambas.

A ideia focou-se em projetos que reduzem em até 55% o consumo energético quando comparados com sistemas similares. A Embraco forneceu à Fricon soluções com tecnologias Inverter (velocidade variável) e bivolt, a exemplo de um freezer horizontal, para produtos congelados, e um display vertical para refrigeração de cervejas e energéticos.

Eficiente e emissora de menos ruído, a tecnologia funciona a partir da combinação do compressor FMF com o refrigerante R-290 (propano). O compressor bivolt tem a capacidade de operar com uma maior amplitude de tensão, o dobro de um modelo convencional.

Esta característica é fundamental para prevenir a queima dos equipamentos, visto que consegue estabilidade mesmo enfrentando picos de tensão e linhas de energia instáveis, problemas que ocorrem em todo Brasil e geram milhões de reais em prejuízos anualmente aos varejistas.

Roberto Luís Utida: colhendo bons frutos após árdua semeadura

Foi em janeiro de 2010, que Roberto Luís Utida lema Cristóvão iniciou sua carreira no mercado de ar condicionado e refrigeração, atuando como auxiliar em uma empresa de um conhecido seu, juntos até hoje. Atualmente, comandando a equipe de instalação e venda de equipamentos da Ecoar Ar Condicionado, empresa localizada na capital paulista, Roberto se especializou na instalação de sistemas multi split e mini VRF.

“Comecei a trabalhar prestando serviço em uma empresa localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Porém, essa empresa só comercializava os aparelhos de ar condicionado e não prestava serviços de instalação e manutenção, assim comecei a prestar esses serviços para os clientes que adquiriam os equipamentos na loja. Em 2010, instalei meu primeiro multi split (um tri) e desse dia em diante não parei mais. Hoje, 95% das instalações que fazemos são de multi split e, aos poucos, migrando para o VRF”, diz Roberto.

Ele conta ainda que o maior desafio desde que começou sua vida profissional foi aprender a separar o dinheiro da empresa do seu pessoal e acredita que muitos sofrem com isso em todos os setores.

“Precisamos ter disciplina e uma boa visão administrativa e suporte da área financeira para gerenciar isso. Foi um grande desafio que superei”, comemora.

Para Roberto, hoje o mercado de climatização é promissor e exigente, por isso, os profissionais devem estar preparados e atualizados para atender as expectativas exigidas por parte dos clientes.

“Com a chegada de várias tecnologias, o mercado tornou-se mais exigente na questão da mão de obra qualificada, e o desafio é manter um preço justo, com instalação padrão, usando as melhores ferramentas que há no setor de climatização e refrigeração, porém, ainda é muito comum a política de preços bem abaixo do mercado. Acredito que o técnico deve ficar com olhos e ouvidos atentos, sempre acompanhando as atualizações no mercado para não ficar para trás. Existe mão de obra muito boa sim, mas também, existem profissionais que, às vezes, não conseguem valorizar ou não sabem o valor da sua mão de obra e isso acaba atrapalhando tanto ele mesmo quanto os outros profissionais”.

Ele enxerga o mercado de climatização com um crescimento absurdo nos próximos cinco anos e quem estiver preparado vai colher bons frutos, pois o ar-condicionado deixou de ser luxo e virou necessidade.

“Hoje, os fabricantes enxergam o instalador como amigo e querem trazê-los para perto. Isso foi muito positivo para o mercado, proporcionando ao instalador a consciência de que juntos somos mais fortes e por sua vez, o fabricante está procurando a cada dia melhorar seus equipamentos e facilitar a instalação para nós”.


A vitrine do seu negócio

“Nunca deixe de se especializar e seja honesto com seus clientes, pois eles são a vitrine do seu negócio, irão fazer o seu marketing e abrir inúmeras possibilidades através de indicações, além das redes sociais, que hoje são nossas aliadas para divulgarmos nosso trabalho, atualização profissional, entre tantas outras coisas, como ajudar um colega de profissão, tornando tudo mais fácil”. Roberto mantém seus canais digitais, tanto pessoal como profissional, no Youtube (Roberto Utida), onde apresenta várias dicas e obras que realiza dia a dia. Já no Facebook, ele tem seu perfil pessoal, mas sempre postando informações sobre seu trabalho, além de momentos em família. E no Instagram, alimenta o perfil profissional, o Ecoar_arcondicionadosp, além do perfil pessoal.

“Acredito que as redes sociais são ótimas opções para você mostrar seu trabalho, prospectar novos clientes e fidelizar os atuais. Mas, hoje nosso melhor marketing ainda é a famosa “boca a boca’”. Muito feliz com sua carreira profissional, Roberto comemora o convite feito este ano, por Anderson Bruno, para integrar o Esquadrão do Clima da LG do Brasil.

“Tenho muito a agradecer! Tanto profissionalmente como na vida pessoal. Sou o caçula de três filhos, nasci em São Paulo, e vim de uma família de feirantes, meus pais, que sempre me ensinaram a investir muito sangue e suor para alcançarmos onde queremos chegar”.

Casado há oito anos com Flávia e pai de uma linda e terrível princesa, como ele mesmo diz, Roberto é o tipo de pessoa bem caseira, que curte a vida como ela é, sem reclamar muito. Adora momentos em família, passear no parque aos domingos, viajar, ou até mesmo aquele filme debaixo do cobertor com sua esposa e filha.

“Gosto muito também de mexer com carros, é algo que me ajuda a relaxar. Enxergo a evolução através deles, mas apesar disso, ainda prefiro os antigos. Também curto demais uma praia e, recentemente, adquiri um imóvel no litoral, pensando a longo prazo, onde quero passar os restos dos meus dias quando me aposentar. Agradeço a Deus, a toda equipe da Revista do Frio e Clube do Frio, a minha família por sempre me apoiar e aos meus amigos que sempre torceram pelo meu sucesso”, conclui Roberto.

Tipo de pessoa bem caseira, que curte a vida como ela é, ele adora estar em família

 

“Conectando Elas” impulsiona debate sobre participação feminina no HVAC-R

As mulheres que atuam no HVAC-R continuam gradualmente conquistando espaço no mercado de trabalho, conforme vem demonstrando a participação cada vez maior das profissionais em um setor historicamente masculino.

O mais recente episódio desse movimento se deu em 16 de outubro, quando o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar do Estado do Rio de Janeiro (Sindratar-RJ) promoveu, pela primeira vez, um evento voltado para as mulheres que atuam no setor da refrigeração e climatização no Rio – o “Conectando Elas”.

Com forte repercussão nas redes sociais e entre as profissionais, o evento colocou em debate os desafios e as oportunidades de atuar no mercado do frio, além de funcionar como uma plataforma de networking. Assim, reuniu instaladoras, empresárias, técnicas e diretoras de empresas e de instituições do setor.

Para tanto, contou com palestras das técnicas refrigeristas Carmosinda Santos (coordenadora da página Elas no AVAC-R) e Rosângela Vieira e das empresárias Patrice Tosi (sócia-diretora da Indústrias Tosi), Zica Assis (fundadora da Beleza Natural) e Adriana Cristina Rodrigues Mourão (sócia da 4A Refrigeração).

Uma das mais renomadas profissionais do mercado, Carmosinda aproveitou a oportunidade ao falar especificamente para este público, e propôs o entendimento do processo de evolução da figura feminina na sociedade brasileira, tendo o HVAC-R como pano de fundo.

O “Conectando Elas” teve coordenação da empresária Graciele Davince (presidente da Eletrofrigor e coordenadora do Comitê de Mulheres do Sindratar-RJ), organização e realização de Christiane Lacerda e Ingrid Schmitt (respectivamente, diretoria e gerente administrativa do Sindratar-RJ).

O evento contou ainda com o apoio de Epex, TCL, Armacell, Mastercool, Gree, Eletrofrigor, Suryha, Invernia Peças, Osmag Rio, Novo Clima, Acar Comunicação, Full Gauge, Testo, Trane e 4A Refrigeração.

Febrava é adiada para 2023

A RX (Reed Exhibitions) e a Abrava, parceiros na organização e realização da Febrava, o principal evento da indústria latino-americana de refrigeração e ar condicionado, decidiram adiar a mostra para 2023.

Um comunicado divulgado hoje (5/10) informa que “a medida tem como base a reavaliação dos impactos do setor diante do cenário atual da pandemia de covid-19, e está alinhada com as expectativas e recomendações de entidades, apoiadores institucionais e empresas do setor”.

Inicialmente programada para os dias 22 a 25 de novembro de 2021, a Febrava passará a ser realizada de 12 a 15 de setembro de 2023, no mesmo local (São Paulo Expo), na zona sul da capital paulista.

“A RX continua trabalhando arduamente para proporcionar aos expositores e visitantes oportunidades de interação em formato digital, com webinários e experiências alinhadas à inovação e tendências características da Febrava”, afirma a organizadora do evento.

 

Resenha de Sexta – Saiba tudo sobre o adiamento da FEBRAVA