Equidade de gênero no HVAC-R, um longo caminho a ser trilhado

As mulheres representam aproximadamente 50% da população da Terra. Até aí, nenhuma surpresa. Segundo um recém-divulgado estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54,5% das brasileiras com 15 anos ou mais integravam a força de trabalho no País em 2019.

No entanto, embora não haja estatísticas oficiais sobre a representatividade delas na indústria nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R, na sigla em inglês), esse número não deve ser maior do que o registrado nos EUA, onde elas constituem apenas 2% da mão de obra do setor.

Esses dados, enfim, revelam que elas são grupo muito inexplorado de funcionários em potencial para a indústria de climatização e refrigeração, na qual a força de trabalho masculina reina soberana há décadas.

Muitos atribuem esse fato a um velho estereótipo de gênero, o qual reforça que os papéis de técnicos e engenheiros são funções tipicamente masculinas. Apesar dos percalços, elas estão assumindo funções em áreas técnicas e se tornando empreiteiras, além de estarem assumindo alçando novos voos na indústria e no comércio.

Desafios e oportunidades

Segundo uma pesquisa feita no ano passado pelo Comitê de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), a mão de obra feminina que atua no setor enfrenta os mesmos desafios de suas colegas de outras áreas da economia, como salários inferiores ao dos homens, pouca representação pelas lideranças do setor, discriminação pelo fato de ser mulher, desequilíbrio no quadro geral de funcionários das empresas em relação aos seus colegas, entre outros problemas.

De acordo com o levantamento, menos de 17% das entrevistadas que atuam em empresas privadas ocupam cargos de liderança, enquanto somente 30% das participantes relatam equilíbrio entre homens e mulheres no quadro geral de funcionários nas empresas onde atuam.

Mas um dado impressiona: quase 70% das profissionais possuem, no mínimo, ensino superior completo, sendo uma parcela altíssima com formação em engenharia, o que se traduz numa ótima oportunidade para as empresas do setor, que dependem de recursos humanos qualificados para se manterem competitivas.

Quer outro dado interessante a favor delas? Segundo um estudo da McKinsey Study, corporações com mais mulheres na liderança que a média registram lucro operacional 48% maior e uma força de crescimento de faturamento 70% mais elevado. A pesquisa também revela que ter pelo menos uma mulher na liderança de uma organização reduz em 20% suas chances de ir à falência.

Mercado de VRF continua em expansão

O mercado de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) é o nicho de ar condicionado comercial que mais cresce ano após ano e hoje já é o maior em capacidade, em detrimento dos demais segmentos, como package e chiller.

De 2011 a 2020, o setor de VRF cresceu, em média, 15% ao ano, tendo apenas como exceção o ano de 2015, quando apresentou recuo em função da crise político-econômica que marcou aquele período.

Apresentou um desempenho positivo em 2020, mesmo com todo o cenário de crise causado pela covid-19, com um crescimento da ordem de 4% sobre o ano de 2019.

“É um crescimento baixo comparado com a série histórica, mas muito coerente com o cenário macroeconômico”, avalia o vice-presidente técnico do departamento nacional de ar condicionado da Abrava e gerente nacional de distribuição e marketing estratégico da Johnson Controls-Hitachi do Brasil, Gerson Robaina.

O executivo diz que “todos os fabricantes de VRF estão sempre atualizando suas linhas de produto com foco em melhor eficiência energética e com cada vez mais capacidade de embarcar sistemas de controles num preço competitivo, sendo inclusive hoje produto substituto frente a outros tipos de sistemas”.

“No caso da Johnson Controls-Hitachi, investimos muito para trazer ao mercado brasileiro a linha de controles AirCloud Pro, para que, junto com todo portfólio VRF Hitachi, pudéssemos oferecer mais conforto e controle com um preço mais acessível aos nossos usuários”, revela.

Na avaliação do gerente sênior de vendas da Daikin, Raimundo Ribeiro, o mercado de VRF está cada vez mais competitivo no Brasil e no mundo, “onde temos fabricantes que continuam preocupados em ter produtos cada vez mais eficientes, principalmente no ICOP (cargas parciais), além do desafio de reduzir o custo por HP”.

“Devido à pandemia, acredito que o próximo desafio dos fabricantes será com relação ao desenvolvimento de produtos para o tratamento do ar, questão em que a emergência sanitária resgatou a preocupação e importância da qualidade do ar interior (QAI)”, diz.

“O VRF tem um grande diferencial que é a automação embarcada no produto, recurso ainda pouco especificado e utilizado nos projetos, não sendo possível utilizar todos os benefícios da tecnologia. Nos dias de hoje, com a Internet das Coisas, esse recurso deve ser mais utilizado e promovido pelos fabricantes”, ressalta.

“A Daikin disposta a liderar essa tendência, vem investindo no desenvolvimento de máquinas com maior ICOP, oferecendo soluções para a QAI, promovendo treinamentos e buscando cada vez mais a especificação do sistema de automação. Visando facilitar o trabalho do instalador e buscando uma instalação mais limpa e com menor número de sonda, estamos promovendo cada vez mais a solução PPM (Precision Piping Method) utilizando o DGT (Daikin Gas Tight), tecnologias exclusivas da Daikin”, acrescenta.

Com o dólar em alta e praticamente 90% dos produtos sendo importados, o preço do VRF aumentou ao longo do último ano. “Devido a isso, atualmente nosso maior obstáculo é o macroeconômico”, afirma o diretor comercial da Gree no Brasil, Alex Chen.

“Já na parte técnica, tivemos uma grande mudança vinda dos instaladores. Graças às lives na internet e à disseminação de conteúdos informativos sobre o mercado de climatização, esse público vem se interessando mais pela área e ganhando cada vez mais espaço”, explica.

“O instalador mais antenado já reconhece os diferenciais e benefícios da instalação VRF comparada à de um split, por exemplo, mas é necessário que eles passem sempre por um aprimoramento na área, já que são profissionais que influenciam diretamente na decisão do consumidor final”, completa.

Segundo o gerente de produtos e sistemas de ar condicionado da Samsung no Brasil, Daniel Fraianeli, embora tenha vantagens técnicas, como economia de espaço e energia, os sistemas de VRF dependem de uma maior capacitação de vendedores e instaladores para que esses benefícios sejam aplicados da melhor forma para os consumidores.

“Alguns mitos persistem, como por exemplo o temor de que a quebra de uma condensadora pode parar o sistema por completo. Hoje já existe um tipo de proteção eletrônica, normalmente embarcada no produto, que torna os eventos de quebra tão raros que esse tipo de preocupação nem sequer deveria existir”, diz.

“O desconhecimento sobre o produto e sobre os métodos de instalação ainda são entraves para o setor, mas a Samsung trabalha para capacitar a mão de obra e criar programas de treinamento constante para os profissionais de instalação e assistência técnica”, destaca.

Para o coordenador de vendas da Trane no Brasil, João Paulo Mesquita, a versatilidade é um dos grandes diferenciais competitivos da tecnologia.

“Nos últimos anos, a tecnologia VRF vem quebrando paradigmas e vem sendo utilizada em diversas novas aplicações, como aquelas que requerem filtragens especiais, 100% de ar externo, recuperadores de calor, sistemas quente e frio simultâneo e sistemas com condensação a água e a ar em residências, escolas, hotéis, estabelecimentos comerciais de diversos tipos e prédios de escritórios”, justifica.

Por ter sido o único segmento do mercado de climatização que registrou crescimento no ano passado, os fabricantes se mantêm otimistas em relação ao desempenho do setor este ano.

“Para 2021, nossa expectativa é positiva. Entendemos que os setores que performaram bem ano passado continuarão crescendo. Os que sofreram impactos negativos, estão em busca de crescimento”, lembra a gerente de ar condicionado comercial da LG, Graziela Yang.

Tabela participação dos equipamentos centrais - VRF

Quebrando paradigmas, Monica Muniz nunca desistiu de seus sonhos

Superando seus limites, ela tornou-se uma das mulheres referência no mercado de HVAC-R

Empresária e refrigerista, nascida em São Vicente, Litoral Sul de São Paulo, Monica Muniz tem punho forte!

Sua paixão pela refrigeração a levou a enfrentar e superar muitos preconceitos e quebrar paradigmas.

Filha de pais humildes, sempre batalhou muito para conquistar seu espaço profissional e como mulher. Estudou Engenharia Química, cursou Administração, mas o amor pela profissão falou mais alto, abriu sua própria empresa, a Master Frio, que comanda com muita maestria, e ainda tem fôlego para a segunda jornada como mãe e esposa.

“Meus pais nunca conseguiram pagar nenhum curso para mim, então, comecei a trabalhar muito cedo para pagar minha faculdade, era super cansativo, mas venci! Sempre gostei de profissões brutas, desde de criança concertava tudo, derrubava muro e por aí vai. No começo, era vista como um nada, apenas uma moça no telefone e tinha que mudar isso. Fui conhecendo outras mulheres no setor de HVAC-R e me inspirava nelas, como a Melbor, Carmosinda, Leylla, Anna, entre outras. Comecei a me reinventar, eu ia a campo e mostrava aos clientes que eu estava ali porque sabia o que estava fazendo e não me intimidava com piadas ou algo do tipo. A refrigeração e climatização estão no meu sangue, é a profissão que amo de paixão, além de ser apaixonada por ferramentas. Me inspiro muito em mulheres que quebram paradigmas e preconceitos, e que seguem o seu coração, independentemente do julgamento da sociedade. Afinal, eu como técnica e empresaria também preciso ter minha dose de ‘rebeldia’ por estar sempre nadando contra a corrente”, conta Monica.

Monica Muniz em uma instalação

Para Monica, inspiração vem de mulheres que enfrentam preconceitos

O ingresso na área de refrigeração aconteceu em fevereiro de 2014, quando Monica conheceu o técnico Josué Silva, que tornou-se seu marido.

“Foi através dele que comecei na área da refrigeração e climatização, precisamente no dia 04 de fevereiro de 2014 quando meu aparelho de ar resolveu parar de funcionar. Atrasada para a faculdade, me deparei com um carro todo adesivado com propaganda sobre manutenção de ar condicionado, parei no sinal ao lado do carro e perguntei se ele poderia fazer uma visita técnica, agendamos e a noite o técnico Josué foi na minha casa e resolveu meu problema, tanto técnico quanto amoroso! Quando nos vimos, foi amor à primeira vista. Depois de dois meses começamos a namorar, casamos e hoje temos três meninas lindas! Fui pegando gosto pela refrigeração e climatização, e comecei a estudar muito sobre o assunto, ia para trabalhos em campo, fiz diversos treinamentos, abrimos a Master Frio e nunca mais paramos. Aqui em São Vicente, somos sucesso. Atendemos quase todas as marcas de eletrodomésticos e somos referência aqui na cidade, e graças a Deus, temos uma ótima relação com os fabricantes, sempre ganhando premiações”.

Nunca desista de seus sonhos!

Essa frase, Monica leva consigo todos os dias! Mulher de muitas conquistas ao longo dos anos, ela tornou-se a única presença feminina da Liga Trane e embaixadora Profiz da Leveros, que reconhece profissionais diferenciados, altamente qualificados que utilizam as melhores práticas na refrigeração e climatização.

“Fiquei ‘mega’ feliz em receber o convite da Leveros para ser a única mulher embaixadora Profiz e também da Liga Trane, isso me fez superar todos os meus limites. Às vezes me pego pensando: Será que essa sou eu mesma, estando em um mundo essencialmente masculino! Conquistei com muito esforço esse espaço e hoje sou muito bem recebida e acolhida por todos, os clientes fazem questão que eu os atenda pessoalmente. Fui em busca do meu sonho, sem parar no meio do caminho, e ainda tenho muito para viver e conquistar.  Pensa em uma mulher batalhadora, trabalho muito para ser reconhecida em nosso mercado”, diz.

Com uma vida bem corrida, Monica se empenha para manter tudo de pé!

“Corro o dia inteiro e, muitas vezes, a noite também. Me empenho diariamente para manter as coisas que conquistei e, além de tudo, sou mãe de três meninas lindas, Pietra, Maryan e Paolla, todas com muita saúde! Sempre arrumo um tempo para sair com a família, viajar e conhecer lugares diferentes. Sou grata a Deus por várias conquistas: minha loja, minhas filhas, a casa e, principalmente, minha família, sem ela não chegaria a lugar algum. Deixo aqui também uma homenagem ao José Luiz Borges, o Zé Cavalo, um amigo querido, que me ensinou muitas coisas e vai fazer falta em nosso setor”.
Monica deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor: “Não desista dos seus sonhos, estude, se qualifique e seja um profissional diferenciado. Faça tudo corretamente e será reconhecido. Ame a sua profissão com toda sua força. Seja muito paciente, saiba entender e tratar o seu cliente. Nessa minha jornada, recebi muitas críticas e me tornei muito mais forte”.

Monica com a família

Com a família, Monica adora conhecer lugares diferentes

Emissões de gás nocivo à camada de ozônio voltam a cair

Nos últimos anos, os cientistas ficaram alarmados com um aumento repentino e inexplicável na concentração atmosférica de substâncias que degradam a camada de ozônio (SDOs).

Níveis mais elevados de triclorofluorometano, também conhecido como CFC-11, começaram a ser detectados em amostras de ar – apesar desse gás clorado ser oficialmente banido em todo o mundo desde 2010.

Os cientistas passaram a temer prejuízos sérios aos esforços para recuperar o fino escudo protetor localizado na estratosfera da Terra que absorve a maior parte da radiação solar ultravioleta (UV) – a exposição aos raios solares UV não filtrados pela camada de ozônio pode contribuir para danos ao DNA e aumentar o risco de câncer de pele e outros problemas de saúde a longo prazo.

Contudo, dois estudos publicados na revista científica Nature neste mês revelaram que as concentrações atmosféricas de CFC-11 mais uma vez caíram significativamente.

No final de 2019, os níveis estavam caindo cerca de 1% ao ano – o mais rápido já registrado, de acordo com o relatório – mostrando que o mundo estava de volta no caminho certo para reparar os danos à camada de ozônio da Terra até meados do século.

Usando dados e medições de estações de monitoramento do ar na Coreia do Sul e no Japão, os cientistas foram capazes de determinar que a maior fonte do aumento global nas “emissões nocivas” atribuídas às fábricas no leste da China não estava mais ativa.

Meg Seki, secretária executiva em exercício do Secretariado do Ozônio no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), creditou a reversão à cooperação internacional e à ação do país alinhada ao Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio.

O tratado internacional, firmado em 1987 para proibir a produção de produtos químicos que destroem a camada de ozônio, foi assinado por quase todos os países do mundo. O CFC-11, antes usado em refrigerantes, como propelentes em latas de aerossol e no isolamento de espuma de poliuretano, foi oficialmente banido em 2010.

“O tratado [de Montreal] fez seu trabalho”, disse Durwood Zaelke, presidente do Instituto de Governança e Desenvolvimento Sustentável, um grupo de defesa ambiental com sede em Washington. 

Agora, os níveis globais de concentração de CFC-11 na atmosfera estão quase de volta aos níveis anteriores a 2008.

Midea e Corinthians renovam patrocínio

O Corinthians e a Midea anunciaram nesta quarta-feira (10), a renovação de patrocínio para o time masculino profissional por mais um temporada.

A empresa, maior fabricante de eletrodomésticos do mundo e líder em equipamentos de climatização no país, está com o clube desde o início de 2020.

“Temos orgulho em dar continuidade a esta parceria com o Corinthians, apoiando o futebol brasileiro, que desperta paixões, levanta torcidas e traz otimismo. O esporte é um instrumento de transformação social e de propulsão de talentos, e a Midea acredita neste legado”, disse Simone Camargo, diretora de marketing do fabricante.

O logo da Midea se mantém na parte de trás da camisa do Corinthians, acima da numeração dos jogadores. Também será exposta na Neo Química Arena, nos treinamentos do time profissional no CT, nos backdrops para entrevistas e em ações especiais com a Fiel Torcida.

O presidente corinthiano, Duilio Monteiro Alves, também comemorou o acerto. “Desde que chegou ao nosso futebol, a Midea se mostrou uma parceira absolutamente confiável e uma marca que traz orgulho à nossa torcida, acostumada a ter grandes apoios ao nosso time masculino. Temos certeza de que, para o clube e para a empresa, essa renovação significa o sucesso da experiência inicial e um crescimento que só tem a evoluir.”

Estádio com ar-condicionado refresca atletas e torcedores

Inaugurado em junho do ano passado e com capacidade para pouco mais de 40 mil torcedores, arena será um dos estádios da Copa do Mundo.

O Palmeiras fez, no último domingo (7) sua fracassada estreia no Mundial de Clubes, contra o Tigres, do México, no moderno e luxuoso estádio Cidade da Educação.

Inaugurado em junho e com capacidade para pouco mais de 40 mil torcedores, ele será um dos estádios utilizados na Copa do Mundo e palco da disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes na quinta-feira (11).

Um detalhe que chama atenção no Cidade da Educação é o ar-condicionado do gramado. Há vários difusores de toda a extensão do campo, na parede entre as arquibancadas e local do jogo.

Por ali sai o ar que refrigera o campo em dias mais quentes. O Catar chega a ter temperaturas na casa dos 50 graus no verão. Com o clima ameno do inverno, ele não foi utilizado no primeiro no jogo do Palmeiras.

Na arquibancada também há ar- condicionado praticamente “individual” para os torcedores. Abaixo de cada assento há difusores que liberam o ar frio para refrigerar o espaço dos fãs durante as partidas.

Sistema de ar condicionado refresca torcedores e atletas em estádio no Qatar

Frigelar doa câmara fria para conservar vacinas e insumos contra covid-19

Camara fria EOS doada à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul pela Frigelar | Foto: Fayller Augusto Aprato/Divulgação

Enquanto o estado do Rio Grande do Sul prepara a logística para imunização contra a covid-19, uma força-tarefa segue sendo colocada em prática para garantir a conservação de medicamentos e equipamentos médicos.

Recentemente, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recebeu a doação de uma câmara frigorífica EOS de aproximadamente 90 m³, o suficiente para operar com medicamentos, vacinas e kits de intubação usados no tratamento da doença.

Segundo o diretor da assistência farmacêutica, Roberto Schneiders, “ a doação desta câmara fria pela Frigelar aumentará em 15% a capacidade instalada do estado para armazenamento dos medicamentos termolábeis utilizados pela população gaúcha, sobretudo para aqueles que mais necessitam durante a pandemia”.

Fabricada em Cachoeirinha (RS), a câmara frigorífica fornece todas as especificidades para a manutenção da temperatura e demais condições necessárias para que medicamentos, como antibióticos e insulina, vacinas, e kits de intubação, sejam estocados de maneira adequada e segura.

“Nossa empresa tem um compromisso social com as pessoas. A Frigelar segue firme com a sua proposta de fornecer produtos essenciais que garantam a continuidade das atividades de nosso dia a dia, como alimentação, saúde e bem-estar. Somos muito gratos por termos a chance de contribuir mais uma vez para a nossa população”, afirma o presidente da companhia, Alexandre Fiss.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a Frigelar conta com duas fábricas exclusivas de painéis isolantes e portas frigoríficas, em Cachoeirinha (RS) e em João Pessoa (PB), somando mais de 15 mil m² de área construída.

A importância da refrigeração adequada no acondicionamento das vacinas contra a covid-19

Cada tipo de vacina que está liberada ou em testes para a covid-19 necessita de um tipo de refrigeração para manter-se intacta e ideal para a imunização da população. Essa é uma característica essencial para manter a saúde e a garantia de sucesso da prevenção “imunobiológica”.

As características dos equipamentos dependem da temperatura a ser mantida para a conservação de cada vacina. Em outras palavras, algumas precisam de câmaras refrigeradas, outras de congeladores utilizados para o armazenamento em caso de vacinas em temperatura negativa, além de placas eutéticas, que são constituídas por duas chapas de aço inoxidável soldadas entre si mediante rolo por resistência; no interior da placa, é colocada uma serpentina de aço que funciona como evaporador do circuito frigorífico e permite o congelamento da solução eutética.

Além disso, há vacinas que precisam de câmaras frigoríficas positivas (de 2 ºC a 8 ºC) e negativas (de -25 ºC a -15 ºC) – equipamentos de infraestrutura utilizados nas instâncias que armazenam maiores quantidades de imunobiológicos e por períodos mais prolongados. E condicionadores de ar e equipamentos de infraestrutura para climatização de ambientes. Até grupo gerador de energia aplicado às situações emergenciais para suprimento de energia elétrica.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda, ainda, a utilização de instrumentos que coletam continuamente as temperaturas máximas e mínimas registradas nos equipamentos durante determinado período (registro da temperatura ao longo de todo o processo).

As principais diferenças no projeto do equipamento de refrigeração em função do diferencial de pressão – taxa de compressão – e temperatura do ambiente são:

1) ar-condicionado: de +20 ºC a +30 ºC e processos industriais de +10 ºC a +30 ºC;

2) resfriados: -10 ºC a +10 ºC;

3) congelados: -35 ºC a -10 ºC;

4) refrigeração industrial: -70 ºC a -30 ºC;

5) temperatura ultrabaixa: -100 ºC a -50 ºC;

6) criogenia: abaixo de -100 ºC.

Das vacinas para a covid-19, a que mais necessita de temperatura baixa é a da Pfizer e Biontech, dos Estados Unidos e Alemanha, com um armazenamento de -70 ºC. Todas as outras variam entre +5 ºC e -20 ºC.

A má refrigeração das vacinas acarreta enorme risco de tornar as substâncias inativas e, consequentemente, sem efeitos. É importante salientar, ainda, que a refrigeração inicial será feita no laboratório de produção em condições controladas de tempo e temperatura, para as diferentes etapas de armazenagem, transporte, distribuição e consumo da cadeia do frio. Os medicamentos termolábeis exigem cuidado redobrado com o monitoramento da temperatura ao longo de todo o processo. Deve seguir uma série de normas e regras de boas práticas para garantir a integridade física dos materiais e as características farmacológicas desses produtos, mantendo sua eficácia.

Os cuidados necessários na hora de refrigerar a vacina, basicamente, são o correto isolamento térmico, o conhecimento do tempo de manutenção da temperatura em cada uma das etapas do processo, confirmado pelo registro da temperatura ao longo do tempo, e a embalagem não danificada.

É importante considerar que, com temperaturas muito baixas, como entre -20 ºC e -70 ºC, o efeito da umidade do ar irá se depositar nas aletas do evaporador, obrigando a sucessivos ciclos de degelo.

 

Por Oswaldo Bueno, engenheiro e consultor técnico da ABRAVA 

O profissionalismo e generosidade de José Luiz Borges

Após o fechamento desta matéria, concluída em dezembro de 2020, recebemos a triste notícia da morte do querido José Luiz Borges, aos 52 anos, vítima da Covid-19, em 7 de janeiro de 2021.

Uma perda inestimável para o setor de HVAC-R! Com uma personalidade ímpar, carismático e homem de muitos amigos e admiradores, Zé Luiz deixa um legado para o mercado.

A Revista do Frio e Clube do Frio prestam homenagem a esse grande guerreiro, registrando nas páginas a seguir, sua história de vida, publicada na íntegra!

Zé, a você nosso muito obrigado!

José Borges, conhecido no HVAC com Zé Cavalo

A generosidade e o carisma de José Luiz Borges

Mais conhecido como Zé Cavalo, ele mudou seu apelido para ajudar o próximo!

Nascido em Irapuã, interior de São Paulo, José Luiz Borges ganhou fama no setor de HVAC-R como “Zé Cavalo”, se destacando através de suas postagens nas redes sociais. Seu jeito carismático de “moço do interior”, encantou a todos durante a Febrava 2019, evento que lhe deu a oportunidade de conhecer pessoalmente os profissionais do mercado e fazer muitos amigos. O apelido Zé Cavalo surgiu há muitos anos, quando era impaciente e algumas vezes rude ao ensinar várias vezes as mesmas tarefas. Assim, carinhosa e divertidamente, os amigos diziam para ele parar de dar coices. Exercitou sua paciência, mudou seu jeito, mas o apelido ficou.

Filho de Adelino Doroteu Borges e Iracema Ribeira Borges, em 2008, recebeu um convite de Genecí Macete para fazer um treinamento técnico em ar condicionado, em São Paulo (SP), e logo foi encaminhado para trabalhar na empresa ST, no bairro dos Jardins, onde permaneceu por um ano e meio.

“Morava em Novo Horizonte (SP), e me aventurei na cidade grande. Tive vários desafios, era um sonhador do interior e passei por várias dificuldades, pois dependia de técnicos para me ensinar o trabalho. A empresa ST fazia rodízio, tinha uma equipe grande e passei por todos os técnicos como ajudante para aprender diversos serviços, o que me proporcionou uma experiência incrível em várias áreas. Fui persistente e dei o máximo do meu esforço e tive apoio dos profissionais desta empresa. Em 2010 saí de São Paulo e fui para Campinas trabalhar na Bela Brisa, onde permaneci até começo de 2011. Foi mais um aprendizado, e como já estava experiente, fui comprando minhas ferramentas, um carro e neste mesmo ano resolvi abrir minha própria empresa, a JB Refrigeração e Soluções Elétricas, localizada em São José do Rio Preto (SP)”.

Especialista em instalação e manutenção de ar condicionado tipo Split, ele procurava constantemente se atualizar, fazendo cursos e treinamentos, aprimorando sua profissão. José Luiz também era um pesquisador, buscando conhecimento sobre novas tecnologias na área de climatização e refrigeração, mantendo constante contato com grandes fabricantes.

“Fazer instalações todos fazem, mas consertos, são poucos. Por isso, resolvi me dedicar mais na área de manutenção e conserto de ar condicionado, pois são poucos que conseguem detectar o problema, e com isso, consigo me destacar no mercado e obter um lucro maior. Além do mais, conseguimos um grande avanço nos últimos anos, com os fabricantes nos dando a possibilidade de crescer no mercado. Finalmente entenderam que estamos na linha de frente, cara à cara com o cliente e que somos nós que indicamos as marcas, potências e modelos, com isso, estão investindo em treinamentos e nos dando suporte, procurando ficar cada vez mais próximos dos técnicos, nos cativar e atrair clientes para suas marcas”.

 

Dedicação e ajuda ao próximo

Com 12 anos de profissão, ele sempre contava com o apoio da esposa, Maria Aparecida, e de seu filho Jossei, para tudo que fazia: “A Cida já trabalhou comigo e, às vezes, ela me dá uns puxões de orelha, mas faz parte. Há três anos meu filho começou a trabalhar comigo e nos tornamos sócios. Minha família é parceira nos negócios e na diversão! Gosto muito de pescar, estar no meio da natureza para aliviar a cabeça e sempre estamos juntos!”.

José Luiz também se dedicava ao curso de libras, atividade que passou a exercer pela necessidade de se comunicar com clientes surdos: “Temos alguns clientes que são surdos, o que me levou a aprender essa linguagem. Ajudo a Pastoral de Surdos da igreja católica de Rio Preto, prestando serviço comunitário, auxiliando essas pessoas no sentido de traduzir o que elas querem dizer. Sempre que posso ajudo meu irmão de profissão, pois se Deus me deu a capacidade e a oportunidade de aprender tudo o que sei, entendi que devo ajudar o próximo assim como um dia fui ajudado. Atualmente, sou eu quem ajudo meu irmão e quem precisar. Estamos aqui para isso”.

Ele deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor de HVAC-R: “Para os meus colegas de profissão aqui vai o meu recado: Não deixem de se aperfeiçoarem, pois, o mercado está a cada dia mais exigente e os fabricantes estão em constante evolução de suas tecnologias. Não parem de estudar, pesquisar e fazer cursos, acompanhando as marcas. Assim, poderão levar o sustento para dentro de suas casas com mais facilidade”.

 

José Luiz Borges
30/12/1968
07/01/2021

WindFree: Como funciona a tecnologia exclusiva da Samsung

Em 2017, a Samsung foi pioneira ao lançar a exclusiva tecnologia WindFree para seus aparelhos de ar-condicionado. Neste ano, a marca deu continuidade a esse projeto inovador com a chegada do WindFree Plus e do Novo WindFree, com ainda mais recursos que proporcionam maior conforto térmico e cuidado com a saúde do consumidor.

Esses dois novos modelos lançados em 2020 possuem 23 mil microfuros para espalhar o ar de forma mais homogênea. Isso faz com que não haja vento direto, fator que é responsável por gerar dois problemas comuns e que geram desconfiança para o consumidor: a sensação de frio e o risco de disseminação de problemas respiratórios.

Em aparelhos convencionais, há apenas uma saída para o ar refrigerado. O usuário normalmente só consegue escolher para qual direção o vento irá sair ou opta por funções que provoquem uma variação constante no sentido do vento. Se uma pessoa estiver nessa rota, ela acaba se sentindo com frio mais rapidamente e ainda se sente desconfortável por sentir esse vento atingindo o corpo de forma direta. Esse cenário pode contribuir com resfriados, por exemplo. Já em caso de locais fechados e com mais pessoas, as correntes de vento também podem ser agentes de disseminação de vírus e bactérias

Com a tecnologia WindFree, o ar se espalha aos poucos por todo o ambiente, sem formar essas correntes que podem ser tão prejudiciais. E por ser uma distribuição homogênea, o ar não precisa sair com velocidade alta para que o ambiente seja resfriado. Isso acontece aos poucos e de forma sutil para gerar maior conforto térmico ao usuário.

Tudo isso foi desenvolvido a partir de estudos da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, que desenvolveu estudos baseado na norma técnica da ASHRAE-55. Ela mostra como a velocidade e a umidade do ar estão diretamente relacionadas à sensação de conforto térmico nas pessoas. E quanto mais vento direto e intenso, mais a pele perde água e barreiras naturais do tecido, tem o pH alterado e, consequentemente, fica mais sensível. Ou seja, mais suscetível ao frio. O índice ideal para que um ar-condicionado seja considerado “sem vento” é com correntes de ar insufladas com velocidade inferior a 0,15m/s, segundo a Sociedade de Engenheiros de Refrigeração, Aquecimento e Ar-Condicionado Americana.

“A velocidade e a umidade do ar são fatores que pesam, muitas vezes, mais do que a própria temperatura. Quando estamos em um dia nublado, mas abafado, ou seja, com alta umidade e pouco vento, sentimos mais calor do que em um dia de temperaturas maiores, mas de céu aberto e brisa. Seguimos normas técnicas que identificam o padrão ideal entre velocidade, umidade e temperatura do ar e conseguimos desenvolver a tecnologia WindFree para que os consumidores tenham experiências muito mais confortáveis e seguras”, explica Thiago Dias Arbulu, Gerente Sênior de Produtos da Divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil.

Há situações, no entanto, em que o funcionamento convencional de um ar-condicionado se faz útil ou necessário. Assim, mesmo nos modelos com a tecnologia WindFree, a Samsung mantém a opção de saída de ar tradicional, mas sempre pensando em soluções para o conforto térmico dos usuários. Nesse caso, recomenda-se acionar o Modo Turbo, que garante um resfriamento 43% mais rápido¹, para refrescar o ambiente em menos tempo e depois retomar o Modo WindFree para a manutenção da temperatura e do conforto.

Para mais informações sobre a linha WindFree de ar-condicionado Samsung, acesse: http://www.samsung.com.br/windfree