Febrava será presencial e on-line em 2021

Entre 22 e 25 de novembro de 2021 ocorrerá presencialmente a 22ª edição da Febrava, a mais importante feira da América Latina e uma das maiores do mundo do setor HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração), tratamento da água, tratamento do ar, ferramentas e EPIs.

O evento irá seguir o Plano São Paulo de combate à covid-19, respeitando a capacidade de pessoas, além de adotar protocolos de segurança como distanciamento, uso obrigatório de máscara e totens de álcool em gel distribuídos pelo pavilhão de exposição. Para manter a comunidade do setor conectada ao longo do ano, a Febrava conta também com eventos on-line e rodadas de negócios, que ocorrerão em julho e setembro deste ano.

Unindo o evento presencial e atividades on-line como webinars e rodadas de negócios, a 22ª edição da Febrava se adapta aos novos tempos e suas demandas por interatividade. A feira está confirmada entre os dias 22 e 25 de novembro deste ano no São Paulo Expo, e para ampliar seu alcance junto ao mercado, em julho e setembro realiza webinars temáticos com especialistas de renome, além de rodadas de negócios com compradores selecionados.

A Febrava é reconhecida como a mais importante feira da América Latina e terceira maior do mundo do HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração), além do tratamento da água, tratamento do ar, ferramentas e EPIs. O evento conta com o apoio da ABRAVA – Associação Brasileira da Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, principal entidade representativa do setor, e para a edição de 2021 já tem confirmados players como: Armacell, Bitzer, Coel, Conforlab, Ecoquest, Elgin, Embraco, Full Gauge, Gree e Rac Brasil, entre outros.

Atrações

Ao longo de sua história, a feira se consolidou como um hub de inovações, oferecendo sempre experiências ao público. Exemplos disso são as Ilhas Temáticas: Cadeia do Frio, trazendo demonstrações práticas de linhas de produtos do segmento, Meio Ambiente, que com o apoio da ONU visa desenvolver o setor HVAC-R de maneira sustentável, Ar-Condicionado Automotivo, com novas soluções para o segmento, e a Ilha da Conectividade, com produtos e serviços aplicados nas plataformas digitais de conexão entre os diversos elos envolvidos na cadeia.

O evento contará também com o XXI Encontro Nacional de Empresas Projetistas e Consultores, organizado pelo Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores da ABRAVA, que reúne profissionais técnicos, engenheiros e projetistas de sistemas de refrigeração e ar condicionamento para apresentar novidades e discutir sobre as tendências e caminhos do setor.

Outra atração é o XVII CONBRAVA – Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, organizado pela ABRAVA, realizado simultaneamente à Febrava, cujo tema central será “Tendências e Impactos do AVAC-R na qualidade de vida e segurança das pessoas”. O objetivo é atualizar e disseminar conhecimentos sobre o que há de mais moderno em tecnologia e inovação nestas áreas, contribuindo com o aprimoramento tecnológico e desenvolvimento profissional do setor. Os três melhores trabalhos apresentados, eleitos pelos congressistas participantes, serão premiados.

Ainda na programação da feira, o III Encontro Nacional de Mulheres do Setor HVAC-R, organizado pelo Comitê de Mulheres da ABRAVA que acontecerá no dia 24 de novembro.

On-line

Adaptando o evento para um formato de entregas híbridas, as ativações digitais visam exponenciar resultados e ser uma forma de complementar a experiência de sucesso do presencial. Ao longo do ano, estão sendo realizados webinars e rodadas de negócios on-line para manter a comunidade HVAC-R conectada. Os próximos eventos digitais estão programados para os dias 28 de julho e 22 e 23 de setembro.  Em julho, o Febrava Digital Summit vai apresentar um dos temas mais relevantes do momento: Eficiência Energética.

Ambiente seguro

As restrições sanitárias impostas pela Covid-19 serão levadas em conta para a realização da feira. A organização do evento irá adotar uma série de protocolos para garantir a segurança de expositores e visitantes, como distanciamento, uso obrigatório de máscara e totens de álcool em gel distribuídos pelo pavilhão de exposição. Todas as medidas de acordo com a fase do Plano São Paulo em que o estado estiver em novembro.

A expectativa para 22ª edição da Febrava é superar os anos anteriores, visto que a pandemia trouxe a pauta da qualidade do ar como uma necessidade para as empresas que atendem ao público e para as demais que zelam pelo bem-estar de seus colaboradores.

 Mais informações pelo site www.febrava.com.br

Setor incrementa e-commerce e delivery

Fabricantes e varejistas do HVAC-R, que em 2020 ajustaram estratégias para minimizar impacto da covid-19, contam o que fizeram para obter resultados positivos.

Frontalmente atingidos pela pandemia, indústrias e varejistas do mercado do frio rapidamente foram obrigados a se reinventar, ainda em 2020, a fim de pelo menos minimizar as perdas geradas pelo fechamento total ou parcial do comércio.

Após refazer seus planos, investiram na criação ou ampliação da área de e-commerce, promoveram vendas por delivery (entrega em domicílio) e take away (somente retirada no local). Ainda em abril do ano passado, entre idas e vindas, os estabelecimentos de rua retomaram gradualmente o atendimento de balcão.

Houve até gestores que aproveitaram o momento incomum e ajustaram estratégias mercadológicas. O exemplo mais retumbante dessa adaptação se deu na Eletrofrigor, sediada em Niterói (RJ), que decidiu encerrar as atividades da unidade até então estabelecida na área central de São Gonçalo.

“Tivemos de fazer muitos cortes, mas foi uma decisão estratégica. Apesar de soar como perda, mas esta deliberação nos abriu a possibilidade de ter maior foco nas operações que davam mais retorno”, explica a CEO da empresa, Graciele Davince.

Além de Niterói, a companhia conta com outra unidade em Alcântara, bairro localizado na zona sul de São Gonçalo. “Temos muitos planos em andamento. Em maio vamos inaugurar uma grande e inovadora loja física junto à nossa sede, que vai oferecer uma experiência muito especial para os nossos clientes”, salienta.

Graciele entende que a pandemia reforçou os cuidados com a qualidade do ar e com a manutenção dos equipamentos de refrigeração e climatização, beneficiando todo o setor.

“Conosco não foi diferente, crescemos 50% nos últimos 12 meses. Nossa atividade no e-commerce já estava bem estruturada e foi uma ótima ferramenta para atender à demanda de vendas remotas e com retirada na loja. Além disso, criamos uma estrutura para as vendas por delivery que também funcionou muito bem”, explica a executiva.

Dona de duas unidades no centro da cidade do Rio de Janeiro, a varejista Osmag também precisou reforçar suas atividades comerciais, com a divulgação dos produtos, de forma que incentivasse os clientes a não precisar sair de casa para efetuar as compras.

“Criamos uma logística especial para as nossas entregas, seguindo os protocolos de segurança da OMS”, conta a analista de marketing Flávia Carolina Pires.

Fundada em 2001, a Osmag é focada na comercialização de ar-condicionado, peças e equipamentos para instalação e reposição em refrigeração doméstica e comercial, atendendo clientes de todo o Brasil.

Ao se reinventar durante esta pandemia, a empresa passou também a comercializar produtos voltados à higienização pessoal e incrementou a publicidade em todos dos materiais de higienização próprios para manutenção preventiva.

“Estamos esperançosos que com a vacinação da população as coisas possam voltar à normalidade a partir do segundo semestre de 2021. O nosso setor é essencial e muitas empresas dependem do nosso serviço para continuarem funcionando”, complementa Flávia.

Vendas em alta

Detentora das marcas Midea, Carrier, Springer, Comfee, a Midea Carrier registrou aumento de 252% nas vendas no seu canal de e-commerce em 2020, comparativamente a 2019.

Eletroportáteis, refrigeradores e lavanderia foram as categorias mais comercializadas. Para este ano, a Midea estima crescimento três vezes maior em comparação a 2020.

“Para esse ano, apostamos em refrigeradores, lava-louças e na nossa churrasqueira com tecnologia de luz infravermelha, que não produz fumaça, atributos de inovação ainda raros no País”, afirma o gerente de e-commerce da companhia, Erico Carvalho de Sousa.

China promete combater alta do cobre

O governo chinês anunciou, na semana passada, que pretende intervir no mercado de commodities metálicas. Um dos objetivos do principal órgão de planejamento econômico chinês é aprofundar mudanças no mecanismo de precificação delas nos próximos cinco anos.

A Comissão de Reforma e Desenvolvimento da China (NDRC, na sigla em inglês) ressaltou que vai implementar uma política de “tolerância zero” contra qualquer tipo de movimento especulativo ou de retenção de estoques que implique inflacionar os preços de minerais como cobre, ferro ou alumínio.

Fontes da NDRC destacaram que se essa tendência de alta dos preços continuar, a recuperação econômica do país asiático corre sérios riscos.

Elas disseram que “as autoridades reguladoras acompanharão de perto a tendência dos preços das commodities e fortalecerão a supervisão conjunta dos mercados futuros e à vista”, prometendo que “haverá tolerância zero para atividades ilegais”.

“O Ministério da Indústria vai trabalhar com os órgãos competentes para estabilizar os preços, evitar pânico nas compras ou retenção de estoques de produtos, e adotar medidas fortes contra o monopólio e a especulação maliciosa”, acrescentaram.

Impactos no HVAC-R

Segundo fabricantes brasileiros de tubos de cobre, um dos insumos mais utilizados no mercado de refrigeração e ar condicionado, a demanda pela matéria-prima subiu muito nos últimos meses, tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo na China, que hoje é responsável quase 50% da demanda global.

Para as empresa brasileiras, lidar com a alta desenfreadados preços da commodity não tem sido tarefa fácil, na avaliação do coordenador de vendas da Cobresul, Sandro Lopes Reis.

Entretanto, assegura o gestor, não está faltando catodo de cobre na companhia. “Estamos tranquilos quanto a isso”, disse.

Há pouco mais de 10 dias, circulou em grupos de profissionais do setor uma mensagem afirmando que, devido à falta de matéria-prima, a Termomecanica, outro grande player do setor, estaria solicitando prazo 200 dias para entrega de qualquer pedido posto em fábrica a partir de 17 de maio.

O superintende de vendas da empresa, Marcelo Silva, declarou, porém, que “a informação não procede, pois nossos clientes se programam com antecedência e a TM vem atendendo a necessidade de entrega conforme planejamento”.

“Para a linha de tubos utilizada na instalação de ar-condicionado (pancake), possuímos estoques estratégicos para atender de imediato os distribuidores que atuam no segmento de refrigeração e que são nossos parceiros comerciais”, justificou.

Já a Paranapanema, a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, enfrenta percalços para fornecer produtos, embora já esteja renegociando, juntamente com seus principais credores financeiros, seus débitos, cujo montante, até 31 de março,correspondia ao valor de US$ 481,7 milhões.

Em nota, a empresa esclareceu que “a pandemia da covid-19, a alta do cobre e dólar americano e a renegociação das dívidas da companhia, processo esse ainda em curso, naturalmente afetam os ritmos de produção e atendimento aos mercados nacionais e internacionais”.

“Por isso, diversas medidas foram tomadas na forma de atendimento aos clientes e na comercialização dos produtos para poder conciliar as limitações que a Paranapanema enfrenta no curto prazo e para continuar entregando produtos de qualidade aos consumidores”, informou a dona da marca Eluma.

“Hoje, a companhia trabalha fortemente para aumentar o fluxo de produção e vendas para a retomada do fornecimento integral ao mercado”, salientou.

Ministério da Indústria do maior consumidor global da matéria-prima vai trabalhar com órgãos competentes para estabilizar preços de commodities metálicas | Foto: Shutterstock.com

Em meio à pandemia, 22ª Febrava focará na qualidade do ar interno

Confirmada para novembro, edição será em formato híbrido – presencial e on-line – e também colocará em debate a importância do agronegócio, que cresceu mesmo diante da crise financeira e sanitária mundial.

Evento bienal da indústria de refrigeração e ar condicionado foi adiado para novembro, por causa da pandemia de covid-19

Tema que ganhou ainda mais importância nos debates travados e projetos desenvolvidos no HVAC-R mundial, especialmente após a intensificação da pandemia do novo coronavírus, em 2020, a qualidade do ar

em ambientes internos, com ênfase tanto em novos equipamentos, como na manutenção dos já existentes, norteará a 22ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar e da Água.

Pela primeira vez em formato híbrido, seguindo a tendência dos eventos durante esta nova realidade sanitária, a Febrava está marcada para ocorrer presencialmente entre 22 e 25 de novembro no São Paulo Expo, incluindo também o modelo digital.

De acordo com a organizadora Reed Exhibitions, serão cumpridos protocolos sanitários globais e recomendações das autoridades brasileiras para garantir a segurança de expositores, visitantes e parceiros. A expectativa é que mais de 300 marcas exponham seus produtos e em torno de 18 mil visitantes passem pelos estandes.

Até meados de abril, já estavam confirmados mais de 50 expositores – Apema, Aquabios, Aeris Tecnologia, Armacell, Bitzer, Castel, Coel, Conforlab, De Leon, Deltafrio, Difustherm, Embraco, Elitech, ebm-papst, Ecoquest, Gree, RAC Brasil, Elgin, Emicol, Epex, ETP/Fapro, Evapco, Filtros Planeta Água, Full Gauge Controls, Girelli, GTS Milano, Imperium Ar Condicionado, Industrilas, Leas Industrial, Leveros, Megatron Sensors, Metalúrgica Alado, Montreal, Multi-Wing, Náutica, Pizzani Lubrificantes, Projelmec, Reed Exhibitions, Refricomp, Refrio, RLX, Rocktec, Rohden Vidros, Samatec, Sanhua, Sicflux, Smacna, Sondas, Superfrio, Symbol, Tecnolatina, Tosi, Uniplast, Unividros e WTS.

Em função do novo coronavírus, outra novidade é a Febrava Soluções Digitais, uma plataforma de conteúdo, conexões e geração de negócios que vai entregar diversas oportunidades ao longo do ano.

“A proposta é mantermos a comunidade HVAC-R conectada 365 dias por ano, com possibilidades exponenciais de interação e alavancagem de resultados, por meio do ambiente digital”, afirma o gerente do evento, Ivan Romão.

Para o gestor, o desafio é manter a relevância para o mercado sobre o que é o evento e as oportunidades que ele oferece, seja no formato físico ou digital.

“A principal expectativa é ser uma plataforma de solução, seja de negócios, de conhecimento e de divulgação, para o setor HVAC-R nacional e internacional”, enfatiza.

Segundo ele, o cenário para a Febrava 2021 é até mais otimista do que em relação à edição anterior, pois a preocupação com a qualidade de ar é um tema de extrema importância, considerando o cenário de pandemia existente no País.

“Esta é uma demanda que ocorre para todos os mercados, principalmente para o ramo de meios de hospedagem, bares, restaurantes, saúde, facilities e escritórios”, complementa.

 

Ilha da Cadeia do Frio

 Um dos setores que conseguiram crescer em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus, com recorde de 24,31% em seu Produto Interno Bruto (PIB), o agronegócio terá um espaço todo dedicado a ele na 22ª Febrava.

Alguns players do mercado, como Frigo King, Bitzer e Deltafrio, mostrarão a importância de todo o processo do frio que envolve a proteína animal, assim como outras questões relacionadas à temática, possibilitando conhecimento técnico e prático, além de network entre os participantes.

Na edição passada, em 2019, o espaço contou com 25 equipamentos funcionando, mais de 4 mil visitantes e 37 empresas conectadas, ampliando a rede de contatos e aquecendo esse mercado, que é de suma importância para o Brasil. Para essa edição, a perspectiva é aumentar todas as oportunidades.

“Classificamos nosso espaço como ‘diferenciado’, porque os expositores estão sempre sendo visitados. Aqui os contatos profissionais são intensos, os convidados dos demais participantes da nossa Ilha circulam por todo o ambiente, garantindo um fluxo contínuo de visitantes qualificados a qualquer hora do dia, todos os dias da feira”, afirma o coordenador do espaço, Eduardo Dória.

Transmissão ao vivo

 Evento paralelo à Febrava, o 17º Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Conbrava) tratará do tema “Tendências e Impactos do AVAC-R na qualidade de vida e segurança das pessoas”.

Para que o tema seja contemplado de forma abrangente para o setor HVAC-R, a comissão organizadora classificou 22 tópicos para dissertação dos trabalhos, cujas inscrições se encerraram em 12 de abril.

“O próximo Conbrava irá trazer muitas novidades ao setor, desde seu conteúdo técnico com ênfase no impacto da pandemia da Covid-19 no mercado de HVAC-R até na organização do evento, que pela primeira vez será transmitida ao vivo para todo País”, ressalta o engenheiro Leonardo Cozac, presidente da comissão organizadora do encontro.

Com o objetivo de incentivar as novas ideias e intercâmbios de experiências inovadoras, serão premiados três melhores trabalhos apresentados, eleitos pelos congressistas participantes durante o evento.

“Esta é uma forma de reconhecer, valorizar e apresentar ao mercado os melhores trabalhos desenvolvidos por profissionais que atuam no setor HVAC-R”, diz.

Fabrício Cemin Fagundes: Conectado em tempo integral

Técnico em Administração de Empresas, com formação em IOM RAC – Instalador, Operador e Manutencionista em sistemas de Refrigeração e Ar Condicionado – Fabrício Cemin Fagundes começou sua vida profissional no setor de ar condicionado e refrigeração em 2014, após concluir o curso de elétrica predial e instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado do tipo Split.

À frente da Ciclos Climatização e Elétrica, empresa que atende as regiões de Itapema, Porto Belo, Bombinhas e Balneário Camboriú (SC), Fabricio tornou-se referência em serviços de instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado. Muito conhecido também nas plataformas digitais, ele ministra treinamentos e cursos 100% EAD (Ensino a Distância) sobre higienização de ar condicionado Split, abordando processos de limpeza, desobstrução e manutenção.

“Hoje em dia, trabalhamos todos conectados, carregando um smartphone por onde vamos, no meu caso, não existe a possibilidade de divisão entre vida profissional e pessoal, ainda mais quando você tem a responsabilidade de gerir dois cursos, uma empresa, além de parcerias com empresas de ferramentas, etc. Todos estamos 100% conectados e o círculo de informação é gigante. Gravei dois cursos baseados na minha experiência e compartilho através da plataforma do Hotmart: O inverter sem medo e o Ciclos da Manutenção. Também tenho um canal no YouTube e no Instagram, o Ciclos Climatização, com mais de 22 mil seguidores ávidos por informações”, comenta Fabrício.

E por falar em informação, ele destaca a quantidade e qualidade da mesma quando se trata de embasamento técnico.

“A mesma informação que lhe ajuda é aquela que também pode lhe cegar, ou seja, você não pode ser levado por qualquer informação. Para tudo existe um embasamento técnico que deve ser analisado. Acredito que os fabricantes de ar condicionado ainda não dão a atenção devida ao instalador e muita informação tem dificuldade de chegar em quem precisa, mesmo estando num mundo digital. Acredito, também, que para se tornar um bom instalador é preciso disciplina e busca por conhecimento.

Ferramentas digitais são maravilhosas, ajudam, mas não resolvem problemas. Se resolvesse, bastaria adquirir um manifold digital, por exemplo! O que resolve é buscar conhecimento com muita humildade, ter disciplina e separar uma hora por dia para consumir um conteúdo de qualidade que lhe convém”, diz.

Casado com Silvana, eles dividem os momentos de lazer fazendo caminhadas na praia, entre outras atividades

Interação com feras da manutenção

Desde que ingressou para o setor de HVAC-R, Fabricio venceu vários desafios. O primeiro deles foi a instalação correta de um aparelho de ar condicionado numa época em que a informação não era tão disseminada quanto hoje.

“Um dos maiores desafios da minha carreira foi começar instalando os aparelhos de ar condicionado de forma correta, até porque, as informações eram muito mais difíceis de se conseguir. Havia muita gente ensinado errado, muitos mitos e grande dificuldade para aquisição de credenciamento e, principalmente, falar com os grandes fabricantes de ar condicionado. Hoje isso mudou! Mas, ainda vemos no mercado profissionais que acreditam estar fazendo o certo e cobrando por isso, mas, quando se trata de manutenção, digo que não é somente passar bactericida no equipamento e cobrar. Esses serviços são extremamente técnicos, você precisa entender de tudo, ou pelo menos um pouco, o que inclui elétrica, refrigeração, alvenaria, planta, produtos químicos, planejamento de trabalho e controle de materiais. Claro que o principal é a execução de um serviço adequado. Infelizmente, tornou-se um hábito ver pessoas fazendo uma manutenção num split somente lavando e passando bactericida, porém, a máquina não passou nem 30% da manutenção que deveria.

Esses processos precisam ser executados pelos técnicos aos seus clientes e, posteriormente, cobrarem por um serviço adequado. No nosso caso, o foco é o inverter e nos especializamos na manutenção deste tipo de equipamento e temos o maior capricho em atender nossos clientes de forma especial”!

Casado com Silvana, nos momentos de lazer eles se dedicam ao cão Pipo, que aos finais de semanas, em épo03ca de pandemia, o máximo que conseguem fazer é uma caminhada na praia, sem aglomeração.

“Em tempos de pandemia, estamos conectados em tempo integral! Diariamente, assisto as aulas do Senai, onde estudo, e procuro manter meus alunos e amigos informados através do Instagram com postagens diárias sobre assuntos de interesse do mercado de ar condicionado e refrigeração”.

Fabrício deixa uma mensagem aos profissionais de HVAC-R: “Estude, seja sincero consigo mesmo e com seu cliente e não tenha medo de cobrar. E não esqueça que quem lhe contrata deve receber o maior capricho. Agradeço a toda equipe da Revista do Frio por essa oportunidade de contar um pouco da minha história de vida”.

Alta do cobre preocupa distribuidores

O fornecimento de cobre pode estar em risco no curto prazo. Desde o ano passado, a produção do metal vem caindo nos principais países produtores. Para agravar a situação, os estoques da commodity chegaram ao mais baixo nível dos últimos 15 anos, segundo uma análise do Bank of America.

O documento aponta que a expansão da demanda estaria colaborando para a escassez da matéria-prima e o consequente aumento do preço.

O cenário, obviamente, tem preocupado os distribuidores de tubos de cobre para instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado em todo o mundo.

“A queda da oferta do cobre gera um grande impacto negativo em nosso mercado, justamente porque nossa clientela é composta, em sua maioria, por instaladores, empresas de engenharia e construtoras”, diz o coordenador de vendas da Zeon, Aílton César Marcomini.

Mesmo com a alta de quase 100% em seu preço nos últimos 12 meses, “a demanda continua muito grande, pois todas as obras em andamento e novos projetos necessitam desse material”, informa o gestor da distribuidora.

Embora a redução de sua oferta e o aumento de preço pareçam não ter afetado, por enquanto, as instalações de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, muitos já se perguntam o que aconteceria se os tubos de cobre deixassem de existir para a realização desse tipo de serviço.

Afinal de contas, o insumo é um dos produtos mais utilizados no setor. David Juan Navarrete, presidente da Associação Espanhola de Atacadistas e Distribuidores de Produtos de Climatização, diz que sua falta seria “muito preocupante”.

Se o produto acabasse, prossegue o executivo, teríamos “depósitos cheios de máquinas, mas que não poderiam ser vendidas, devido à falta de um elemento essencial para a realização de instalações”, alerta.

Preço do cobre, um dos insumos mais utilizados no setor de refrigeração e ar condicionado, subiu quase 100% nos últimos 12 meses | Foto: Shutterstock

Caminho sem volta

Fluidos como o R-290 e o R-600a ganham mais espaço no mercado a partir de normas como a ISO 5149.

A Busca por processos cada vez mais seguros e boas práticas em torno do manuseio e da armazenagem de fluidos refrigerantes inflamáveis tem levado fabricantes desses produtos e de equipamentos de climatização e refrigeração comercial a investir em inovações tecnológicas e a adotar normas técnicas para facilitar o dia a dia dos profissionais do setor.

Essa corrida ganhou corpo há aproximadamente cinco anos, quando foram iniciadas novas pesquisas sobre os potenciais de utilização de fluidos com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês). Em 2020, em função da pandemia, houve uma freada brusca na evolução das migrações, conforme atestam gestores do mercado ouvidos pela Revista do Frio.

 Mesmo assim, o trabalho não cessou. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com apoio do Comitê Brasileiro Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (CB-55), por exemplo, publicaram em 2020 três das quatro partes da ABNT NBR ISO 5149. A parte 2 da norma, atualmente em fase conclusiva de elaboração e tradução, deve ser divulgada em breve.

A NBR ISO 5149 especifica os requisitos para aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles.

“Os estudos têm se focado no uso de fluidos inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L). Com iniciativas de parcerias estrangeiras, existem máquinas no mercado com R-290 para refrigeração comercial, e alguns estudos para R-32 ou R-454B para ar condicionado. Mas ainda nada concreto em larga escala de produção”, explica Danilo Gualbino, gerente técnico da Emerson.

Segundo ele, o CB-55 vem trabalhando em algumas normas sobre o assunto, e em breve o mercado terá mais regulamentos sobre manuseio e armazenagem de fluidos inflamáveis, assim como cartilhas sobre boas práticas. “São trabalhos longos que precisam do apoio da indústria e dos profissionais da classe”, salienta.

O gestor acredita que o crescimento do segmento nos próximos anos deve ser influenciado principalmente pela sustentabilidade, redução da emissão de CO2 e no consumo de energia e pelas quebras de paradigmas quanto à operação de sistemas com fluidos inflamáveis.

Para atender às demandas que se apresentarão quando a economia começar a se recuperar, a Emerson oferece compressores das linhas YP e YA, cujo desenvolvimento traz como principais vantagens o uso de menor carga de fluido refrigerante quando comparado com um sistema com R-410A, portanto, com menor GWP.

“Esses equipamentos trazem maior capacidade de resfriamento e, como consequência, melhor eficiência, principalmente quando falamos do R-32 versus R-410A”, complementa Gualbino, enfatizando que o fato de o Brasil ainda não ter ratificado a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal acabou dificultando alguns projetos de saírem do papel.

Segundo o pacto climático, o Brasil faz parte do grupo de países deverá congelar o consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs) em 2024 e iniciar sua redução escalonada a partir de 2029, para em 2045 atingir o consumo máximo de 20% em relação à linha de base (média do consumo antes do congelamento).

Hoje, os carros-chefes da Emerson são os compressores e componentes para uso com o R-410A, conforme pontua o diretor comercial André Stoqui. “Esses produtos estão presentes tanto em ar-condicionado para conforto, como na indústria de processo, e em algumas aplicações de refrigeração comercial”.

A gradual mudança do mercado de fluidos refrigerantes também levou a profundas transformações nos negócios da Embraco, marca que agora faz parte do portfólio da Nidec Global Appliance. Esse processo reforçou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a fabricação de compressores que utilizam os refrigerantes como o propano (R-290) e o isobutano (R-600A).

“Ambos já são uma parte considerável do nosso portfólio de compressores e unidades condensadoras. Isso porque a migração para refrigerantes naturais é um movimento mundial. Eles são considerados inflamáveis, mas as normas criadas para regulamentar seu uso garantem a segurança dessa utilização”, argumenta Fábio Venâncio, gerente de vendas responsável pelo portfólio Embraco para aplicações comerciais e mercado de reposição na América Latina.

Segundo ele, com a alta demanda do mercado, principalmente no segundo semestre do ano passado, os clientes focaram em entregaras produções e seguraram os novos desenvolvimentos, impactando diretamente nas migrações para os chamados refrigerantes naturais.

“Nossa expectativa, porém, é que os novos desenvolvimentos sejam retomados a partir do segundo trimestre de 2021”, projeta.

O gestor conta que entre os clientes de grande porte da multinacional, tanto do segmento de refrigeração comercial quanto do doméstico, todos já possuem produtos que utilizam R-600a e R-290. “No entanto, todos eles ainda utilizam plataformas para R-134a e R404A, entre outros tipos de HFCs”, preocupa-se.

Atualmente, entre os equipamentos da Embraco para o mercado brasileiro que usam refrigerantes naturais, destacam-se algumas famílias de compressores, como o modelo FMF, voltados à refrigeração comercial de todos os segmentos, desde o varejo de alimentos até a área médica. Já para o segmento residencial, a empresa oferece a família de compressores da linha EM, cujos modelos mais modernos disponíveis no país são o EM2 e o EM3.

“Acreditamos que o uso de refrigerantes naturais são uma parte importante do presente e do futuro da refrigeração. Por isso, direcionamos nossos esforços para desenvolver compressores e unidades condensadoras aptos a utilizar esses tipos de fluidos, que não causam a destruição da camada de ozônio e têm impacto mínimo no aquecimento global, além de contribuírem para a eficiência energética do equipamento”, completa Venâncio.

Mercado de sistemas de automação e controle vive momento desafiador

Pandemia afeta de forma distinta as indústrias do segmento

A eficiência energética dos edifícios é cada vez mais uma das prioridades nas agendas dos mantenedores e proprietários de empreendimentos que se preocupam em gerir com o auxílio da tecnologia instalações prediais complexas, como ar-condicionado, iluminação, elevadores e sistemas hidráulicos, entre outras.

No entanto, o mercado nacional de sistemas de gestão técnica de edifícios sofreu forte revés no ano passado, em decorrência da pandemia de covid-19.

“A queda na aquisição com qualidade de sistema de automação e gestão de controle foi de 40% nas soluções efetivamente departamento nacional de automação e controle da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Paulo Américo dos Reis.

Para ele, embora o País tenha empresas altamente capacitadas e com tecnologia de ponta para ofertar a qualquer tipo de perfil de usuário os corretos sistemas de gestão de edifícios, desde um ambiente de escritórios de pequena amplitude até ambientes de alta complexidade no controle ambiental, esse cenário reflete a pouca ou nenhuma importância que os engenheiros do HVAC-R dão à instalação adequada e eficiente de um sistema do gênero.

“Os formadores de opinião do nosso setor, infelizmente, estão muito desatualizados quanto ao potencial técnico e de eficiência energética que esses sistemas proporcionam aos usuários finais”, critica.

Apesar de todas as suas vantagens, como gerenciamento remoto, integração com a Internet das Coisas (IoT) e payback não superior a 24 meses, “um sistema de gestão técnica de edifícios – nomenclatura correta para o chamado sistema de controle ou automação – não possui um processo de comercialização natural na engenharia térmica brasileira”, lamenta.

Já os negócios de alguns fabricantes do nicho de sistemas de automação e controle aplicados à refrigeração comercial seguiram na direção oposta à do segmento predial, tendo “uma excelente performance no ano de 2020”, segundo o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

“O crescimento no volume de produção em relação ao ano anterior foi superior a 10%, o que abriu excelentes expectativas para 2021, consolidando o lançamento de produtos e a ampliação do mercado usuário de sistemas de automação”, revela.

Apesar da crise, a Full Gauge Controls também registrou excelentes resultados no ano passado. “Nosso desempenho, inclusive, foi superior ao projetado antes da pandemia”, informa o vice-diretor comercial da companhia, Rodnei Peres.

Ele atribui o aumento de 12% em seu faturamento ao trabalho de anos que a empresa faz, “difundindo no mercado que a autonomia no gerenciamento confiada aos sistemas de tratamento de dados permite, além da redução do consumo de energia, aumento do tempo de conservação dos alimentos, evitando desperdícios. E isso gerou uma demanda magnífica”.

Em decorrência da forte recessão causada pela pandemia, que reduziu o faturamento do HVAC-R em 4% no ano passado, outras empresas que fornecem tecnologias de automação e controle ao ramo de refrigeração comercial, porém, não tiveram a mesma sorte.

“Houve uma retração inicial que acompanhou o mercado no geral com o início da pandemia. No segundo semestre, houve uma tendência de alta, mas não foi possível atingir níveis similares a 2019”, diz o gerente de vendas da Danfoss, Eládio Pereira. “O mercado de automação e controle sofreu bastante com os efeitos da pandemia, acompanhando a queda da produção industrial brasileira em 2020”, reforça o engenheiro de aplicações da Coel, Celso Ide.

Tendências e inovações

A inovação tecnológica sempre foi a base da indústria de automação e controle, além da constante capacitação de recursos humanos nas empresas do segmento, que apostam, cada vez mais, na integração entre as mais diversas áreas que compõem o HVAC-R global.

Esse cenário em constante evolução exige dos profissionais “conhecimentos básicos de elétrica, comandos elétricos e eletrônica, além de informática e protocolos de comunicação, como o Modbus”, diz o professor Anderson Oliveira, da Intac Treinamentos, lembrando que o uso de soluções em nuvem é uma das principais tendências no mercado de sistemas de automação e controle.

Por essa razão, os nomes de referência do setor dispõem de um vasto portfólio de tecnologias do gênero, composto por soluções que monitoram e controlam a distância parâmetros como temperatura, umidade e pressão, entre outros, assegurando a qualidade do ar em ambientes internos e integridade da cadeia do frio e segurança alimentar, por exemplo.

Confira, a seguir, algumas das últimas novidades tecnológicas desenvolvidas por indústrias do segmento:

 

Carel

O último grande lançamento da companhia italiana para o setor foram as soluções que combinam compressores BLDC e os inversores de frequência da marca com os demais componentes do ciclo de refrigeração, bem como o software que controla todo o sistema. “Esse tipo de solução tem sido aplicado tanto para a refrigeração comercial quanto para data center e outros segmentos”, diz o engenheiro de aplicação da empresa, Fellipe Dias.

“Nesse tipo de solução todo o sistema é controlado pelo CLP, que gerencia, inclusive, o ponto ótimo de trabalho do compressor. Só é possível ter esse nível avançado de controle graças ao uso da tecnologia BLDC, em que há leitura e escrita de informação do CLP no inversor de frequência”, revela.

Um exemplo de solução que possui essa tecnologia e já está consolidada no mercado é a solução HEOS, prossegue o gestor. “Essa solução é aplicada em refrigeração comercial e traz diversos benefícios, desde economia de energia até facilidade em diagnóstico mais completos de anormalidades do sistema”, acrescenta o gestor, informando que Carel Brasil fez um estudo mostrando que o produto economizou 39% de energia em relação a um produto tradicional numa instalação feita no estado de São Paulo.

 

Coel

A linha de automação da multinacional brasileira conta com um novo integrante: o controlador programável para automação nanoPAC (NP4). Diferentemente dos controladores tradicionais de processo parametrizáveis, o NP4 é um sistema totalmente programável em suas funções e algoritmos, ressalta a empresa.

“Dessa forma, ele se torna um produto totalmente flexível em suas aplicações dando ao usuário a capacidade de criar e inovar no mercado de automação e controle. Ele conta com um sistema entradas analógicas universais, um sistema configurável de IO’s (entradas/ saídas digitais), duas comunicações RS485 independentes, uma porta ethernet RJ45 e relés de saída para acionamento direto de cargas”, diz o engenheiro de aplicações da Coel, Celso Ide.

Segundo ele, o fabricante também estabeleceu parceria com especialistas do mercado para desenvolver uma solução específica para o segmento de água gelada, o NP4 Chiller.

“Dentre as aplicações estão os resfriadores para equipamentos hospitalares, como máquinas de ressonância magnética. Esses equipamentos requerem sistema de refrigeração com alta confiabilidade e disponibilidade. O NP4 Chiller faz o controle de todo o sistema de forma confiável, proporcionando visualização completa de seu status”, afirma.

O produto ainda “possui até 16 entradas de falhas, que permitem a individualização dos alarmes proporcionando facilidade no diagnóstico em caso de manutenção corretiva. Também conta com histórico de falhas com data e hora do início e fim de cada ocorrência, o que permite que sejam realizadas manutenções preventivas e preditivas.”

 

Danfoss

A família de controles MCX, produto desenvolvido para atender às necessidades de automação em controle no setor de HVAC, é um dos últimos lançamentos do fabricante dinamarquês.

Composta por controladores eletrônicos de programação aberta, permite criar uma configuração de programação exclusiva para cada cliente, equipamento e aplicação com uma excelente relação de custo x benefício quando comparada com demais soluções de mercado, informa a empresa.

“Além disso, a Danfoss conta com a linha Centrica, que é voltada para leitura de consumo de energia e veio para somar na automação e controle de edifícios comerciais no setor de HVAC com um todo”, ressalta o gerente de vendas da companhia, Eládio Pereira.

 

Eletrofrio

A indústria brasileira lançou em janeiro o Connect 4.0, um dispositivo que permite o monitoramento remoto de equipamentos instalados em qualquer parte do Brasil.

“Essa tecnologia nos dá condições de acompanhar do start-up à operação do dia a dia, das preventivas às corretivas. Especialistas, à distância, dão todo suporte técnico ao cliente com rapidez e eficiência”, destaca o gerente de engenharia da empresa, Rogério Marson Rodrigues.

 

Emerson

A multinacional americana possui um dos mais amplos portfólios do segmento de automação e controle. Recentemente, a Emerson lançou diversos produtos para a área de refrigeração e ar condicionado.

“O primeiro é nossa linha de controladores programáveis chamados iPro da Dixell. O produto em si já é tradicional e consolidado no mercado, porém, com a capacidade técnica de nosso time de engenheiros no Brasil, desenvolvemos programas específicos para aplicação em rack (sistemas em paralelo), controles de bomba e ou multilinhas, focando em facilitar o trabalho de nossos clientes com muita confiabilidade e um sistema muito amigável”, informa o gerente de cadeia do frio da companhia, Jonathan F. Pretel.

Um segundo produto lançado recentemente, prossegue o gestor, foi o sensor RTS (Remote Temperature Sensing), “que é um sensor de temperatura sem fio para instalação em câmaras, balcões, geladeiras e expositores, este tipo de sensor é interligado a um gateway que permite o gerenciamento em nuvem dos dados de temperatura e alarmes destes equipamentos”.

 

Johnson Controls

A companhia norte-americana fez, recentemente, o lançamento global do OpenBlue, uma plataforma baseada em inteligência artificial e machine learning que tem apoiado de maneira inteligente e efetiva as soluções de automação oferecidas pela empresa.

Por meio da plataforma, é possível entregar toda a gestão de dados de ar-condicionado, medidores de energia, gás e os mais diversos equipamentos mecânicos, hidráulicos e elétricos que podem ser monitorados. “Com base nesses dados e no histórico de funcionamento dos equipamentos, podemos prever o consumo e as falhas que podem surgir, entre outros”, explica o diretor de soluções digitais da empresa na América Latina, João Paulo Oliveira.

“Isso nos permite entregar não apenas uma manutenção preditiva, mas também prescritiva. Ou seja, além de antecipar as falhas, é possível prescrever as medidas que os técnicos precisam tomar para evitar problemas, permitindo que sejam mais rápidos e eficientes, obtendo o melhor funcionamento possível”, detalha.

“É possível dizer, portanto, que, com os avanços tecnológicos, as empresas passam a exigir menos dos profissionais, por se apoiarem em tecnologias que prescrevem os passos a serem tomados”, ressalta o executivo.

Uma das inovações que o OpenBlue permite é o controle da qualidade do ar interno. “O ar limpo faz parte da nossa abordagem mais ampla para reimaginar espaços e lugares em meio à covid-19 e atender às diretrizes em evolução da Ashrae, o que significa garantir instalações saudáveis, seguras e flexíveis para essa nova realidade”, diz.

Jossineide Oliveira e Silva: de jovem aprendiz a gigante da refrigeração

Destacada pela ONU Mulheres, ela é uma das maiores incentivadoras da presença feminina no setor de HVAC-R.

Foi em 1994, aos 14 anos, que Jossineide Oliveira e Silva começou sua história com a refrigeração ao ingressar na turma de Jovem Aprendiz do curso de Mecânica de Refrigeração – modalidade Aprendizagem Industrial, no SENAI-RO. Sua primeira escolha era obter uma vaga no curso de Corte e Costura, mas por obra do destino, esgotadas as vagas, matriculou-se no curso de refrigeração.

Desde então, construiu uma carreira sólida, em constante aprendizado, e tornou-se uma inspiração para as “meninas” que atuam no setor de HVAC-R. Colheu os frutos deste empenho sendo uma das cinco brasileiras destacadas na publicação da ONU Mulheres Women in the Refrigeration and Air-conditioning Industry – Personal Experiences and Achievements, além de ser homenageada com o Prêmio “Elas no HVAC-R”, e estar à frente da presidência do Sindratar-RO e da diretoria técnica do SENAI-RO.

“Naquela época, a adesão para o Menor Aprendiz era a partir dos 14 anos e fui me matricular no curso de Corte e Costura na escola SENAI, porém, as vagas estavam esgotadas, mas ainda havia vaga para o curso de refrigeração. Foi a melhor escolha que Deus fez para minha vida, mesmo em meio as adversidades que aconteceram e acontecem até hoje na minha caminhada profissional, sou apaixonada pelo que faço e amo fazer parte do setor HVAC-R”, diz.

Concluindo o curso em 1995, Jossiane iniciou sua vida profissional no próprio SENAI-RO, contratada como monitora de laboratório.

“Inicie meus trabalhos no SENAI-RO logo que formei. Com 16 anos, fui contratada com a função de artífice – uma monitora de laboratório – arrumava oficina, separava material para as aulas e auxiliava o professor. Ao completar 18 anos, fui para Belo Horizonte (MG) fazer o Curso Técnico, pois no Estado de Rondônia não tinha. Após a conclusão, retornei para o SENAI-RO assumindo a docência dos cursos do setor de refrigeração e climatização, onde atuo até hoje, agregando também, a diretoria técnica da instituição.

Paralelamente, tenho minha empresa de pequeno porte, a J.O.S Climatização; sou diretora técnica da Vento Sul Soluções Térmicas (minha empresa parceira) e diante de tantos desafios do setor no meu estado, junto com outras empresas, fundamos em 2017, o Sindratar-RO – Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de Rondônia”, comemora.

Reconhecida no Brasil e exterior, Jossineide tornou-se inspiração para as meninas do HVAC-R

A certeza de que valeu a pena!

Nascida, criada e residente em Porto Velho, capital de Rondônia, Jossineide é mãe de três filhos: Pedro Henrique, com 20 anos; Ana Alice, com 18; e Ariane Cristina, com 15; todos frutos do casamento com Marcio Martins Viana, juntos há 22 anos, graças a outra escolha certeira que fez na vida.

“Teve uma época da minha vida que, quando meu esposo e eu estávamos tocando a empresa juntos, tive que fazer uma escolha, do tipo ou eu fico casada ou continuo trabalhando com ele!

Decidi continuar casada, deixei ele tocando essa empresa e abri uma outra. Foi a melhor coisa para preservarmos nosso casamento que já dura 22 anos. Constituímos uma família linda e abençoada, minha maior conquista! Além de estar com minha família, uma das coisas que mais gosto de fazer é ensinar, ver a vida das pessoas transformada através do conhecimento é uma dádiva! Minha rotina é gratificante, passo o dia na empresa e a noite é hora de dar aula, ou melhor, transformar o setor de HVAC-R, pensar assim me renovo e dou o melhor de mim ao ministrar as disciplinas. Sou apaixonada pela educação profissional. Vejo que é a única forma de levar o nosso setor como referência para o mundo. O Brasil pode ter o investimento financeiro que for, mas se não tiver a educação profissional e o domínio da tecnologia, todo esse investimento será jogado para dentro de um saco furado, sem

contar que, a educação profissional transforma a vida de um indivíduo, de uma família, do setor de HVAC-R e de toda a sociedade; esse é o impacto que vejo quando recebo novos alunos em sala de aula”.

Hoje, reconhecida no Brasil e exterior, ela conta que passou por diversos desafios, principalmente, na questão de sua competência profissional por ser mulher.

“O maior desafio foi o questionamento da sociedade sobre competências de trabalho desenvolvido por uma mulher. A primeira resposta da minha competência veio em 2018, com o reconhecimento através do Prêmio

‘Elas no AVAC-R’, promovido pelo Sindratar-SP. A sociedade brasileira percebeu que não é uma mulher ou outra no setor, mas são várias. Outro reconhecimento foi minha história publicada pela ONU Mulheres, em 2019. Tenho a certeza de que valeu a pena passar por cima de cada rejeição e julgamento que nossa sociedade manifestou sobre a minha competência pelo fato de ser mulher. Outra certeza que tenho é que o setor de HVACR no Brasil viverá um nível de excelência para ser referência a muitos países, tudo porque a persistência nos levou a assumir esse protagonismo. Sempre digo que a refrigeração e climatização é para os que querem fazer a diferença e mudar a história, independente do gênero”, enfatiza.

Muito querida e admirada, Jossineide deixa seu recado: “Aprendi que, só a persistência e a certeza de quem eu sou me permitiu viver os sonhos estabelecidos por mim”,finaliza.

Koura desenvolve refrigerante alternativo ao CO₂

A mexicana Koura (refrigerante Klea) está desenvolvendo uma nova alternativa ao CO₂. Segundo a companhia, o fluido refrigerante em questão poderá fornecer maior eficiência e menores pressões operacionais em sistemas de ar condicionado automotivo e bombas de calor residenciais.

O fluorproduto em desenvolvimento, chamado inicialmente de LFR3, é considerado não inflamável e, fundamentalmente, possui um potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) abaixo do limite de 150, conforme requerido para sistemas de ar condicionado automotivo na União Europeia.

Os componentes do novo refrigerante não foram revelados e a Koura ainda não o submeteu ao processo de classificação da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionando (Ashrae).

No entanto, a Koura afirma que o novo gás não é inflamável. A indústria mexicana também afirma que é ele 20% mais eficiente do que o CO₂ e também tem uma pressão de operação de 15% a 20% menor do que o refrigerante “natural” com o qual procura competir.

O material de divulgação da Koura enfatiza que “o LFR3 foi projetado para atingir um impacto ambiental menor e melhor desempenho do que o CO₂ em uma ampla faixa de temperatura ambiente – será adequado para uma variedade de aplicações de resfriamento em toda a indústria”.

As aplicações potenciais que listadas pela empresa são de ar condicionado de transporte de veículos e passageiros, sistemas de bomba de calor, cadeia do frio e sistemas de transporte, bem como aplicações de refrigeração comercial.

No entanto, o mesmo material de divulgação sugere que seu mercado primário seja o setor de ar condicionado automotivo, comparando o LFR3 com o CO₂ em testes realizados em conformidade com o J2765, padrão utilizado na indústria de climatização automotiva.

Quando ainda se chamava Mexichem, a Koura desenvolveu o blend R-445A para substituir o R-134a em sistemas do gênero. O produto recebeu críticas muito positivas e foi considerado menos inflamável do que o R-1234yf, mas, por ter chegado depois do yf ao mercado, não conseguiu se firmar no segmento.