Koura desenvolve refrigerante alternativo ao CO₂

A mexicana Koura (refrigerante Klea) está desenvolvendo uma nova alternativa ao CO₂. Segundo a companhia, o fluido refrigerante em questão poderá fornecer maior eficiência e menores pressões operacionais em sistemas de ar condicionado automotivo e bombas de calor residenciais.

Publicidade

O fluorproduto em desenvolvimento, chamado inicialmente de LFR3, é considerado não inflamável e, fundamentalmente, possui um potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) abaixo do limite de 150, conforme requerido para sistemas de ar condicionado automotivo na União Europeia.

Os componentes do novo refrigerante não foram revelados e a Koura ainda não o submeteu ao processo de classificação da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionando (Ashrae).

No entanto, a Koura afirma que o novo gás não é inflamável. A indústria mexicana também afirma que é ele 20% mais eficiente do que o CO₂ e também tem uma pressão de operação de 15% a 20% menor do que o refrigerante “natural” com o qual procura competir.

O material de divulgação da Koura enfatiza que “o LFR3 foi projetado para atingir um impacto ambiental menor e melhor desempenho do que o CO₂ em uma ampla faixa de temperatura ambiente – será adequado para uma variedade de aplicações de resfriamento em toda a indústria”.

As aplicações potenciais que listadas pela empresa são de ar condicionado de transporte de veículos e passageiros, sistemas de bomba de calor, cadeia do frio e sistemas de transporte, bem como aplicações de refrigeração comercial.

No entanto, o mesmo material de divulgação sugere que seu mercado primário seja o setor de ar condicionado automotivo, comparando o LFR3 com o CO₂ em testes realizados em conformidade com o J2765, padrão utilizado na indústria de climatização automotiva.

Quando ainda se chamava Mexichem, a Koura desenvolveu o blend R-445A para substituir o R-134a em sistemas do gênero. O produto recebeu críticas muito positivas e foi considerado menos inflamável do que o R-1234yf, mas, por ter chegado depois do yf ao mercado, não conseguiu se firmar no segmento.