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Incompatibilidade que gera danos

A correta combinação de usos entre óleos lubrificantes para compressores e fluidos refrigerantes é fator essencial para evitar o surgimento de problemas graves em equipamentos utilizados na cadeia do frio, com potencial inclusive de inutilizar desde um simples componente até a máquina toda.

A incompatibilidade de substâncias pode provocar formação de ácidos, corrosões, lubrificação insuficiente, carbonização do óleo e danos – até irreversíveis – ao compressor.

Embora os fabricantes disponham de manuais de instruções que proporcionam conhecimento sobre o tema, não é raro haver equívocos na hora da execução de um serviço. Esse tipo de erro não deveria existir, mas acontece.

Basicamente, o papel do óleo lubrificante é atenuar o atrito entre as partes móveis e fixas dos compressores, impedindo o desgaste prematuro das peças e o aquecimento excessivo do sistema. A lubrificação continuará dando conta da tarefa desde que uma simples equação seja obedecida – garantir as faixas ideais de temperatura de operação, de pressão e de ausência de contaminantes.

Estão disponíveis no mercado o óleo mineral (MO), alquilbenzeno (AB), polioléster (POE) e polialquilenoglicol (PAG) e cada qual para um tipo de aplicação e com suas características essenciais – viscosidade, miscibilidade, resíduo de carbono, floculação e umidade.

Para começar, a viscosidade sofre influência da temperatura. Se estiver elevada, a viscosidade diminui. Quando submetido a altas temperaturas, o óleo não pode afinar demais sem constituir uma camada protetora. E a baixas temperaturas, não deve ficar pastoso.

Lubrificantes atenuam atritos entre as partes fixas e móveis dos compressores, impedindo o desgaste prematuro de peças e o aquecimento excessivo do sistema

Capacidade de uma mistura de formar uma única fase em certos intervalos de temperatura, pressão e composição, a miscibilidade correta permite ao lubrificante fluir pelo sistema junto ao gás, garantindo o bom retorno ao compressor. A miscibilidade tem relação direta com a viscosidade do lubrificante, que diminui à medida que aumenta a solubilidade com o gás refrigerante. O aparecimento de resíduos de carbono é outro problema complexo enfrentado no setor, afinal os óleos podem sofrer decomposição pelo calor. O controle das temperaturas normais de trabalho do compressor é essencial para evitar a carbonização do óleo. Se o pior ocorrer, os resíduos de carbono favorecerão o desenvolvimento de borra, sedimento que pode provocar obstrução no sistema, gerando lubrificação insuficiente.

Quando o lubrificante é submetido a baixas temperaturas, ele sofre um processo chamado floculação, pelo qual a cera contida no produto tende a precipitar-se. Os flocos de cera gerados podem depositar-se no elemento de controle de fluxo, interrompendo a passagem do refrigerante, ou assentar-se no evaporador, diminuindo a transferência de calor. Uma dica importante: em temperaturas encontradas normalmente em sistemas de refrigeração, o lubrificante não deve sofrer floculação.

Por fim, a umidade presente no óleo é outro fator de atenção. Seu teor deve ser inferior ou igual ao especificado pelo fabricante. Se a umidade for maior, haverá formação de sedimentos e ácidos ou o processo de congelamento no interior do sistema.

“O lubrificante e o refrigerante precisam ter certa compatibilidade. O ideal é termos uma combinação entre eles muito solúvel e razoavelmente miscível”, pondera o engenheiro químico Wagner Carvalho, especialista em polímeros e tensoativos na Montreal, indústria paulista que desenvolve, produz e comercializa lubrificantes no segmento de refrigeração. Segundo ele, quando o lubrificante está em estado líquido e o refrigerante em estado gasoso, por exemplo, este segundo elemento tem que ser, preferencialmente, 100% solúvel no lubrificante. Da mesma forma, o refrigerante, em estado líquido, não deve ser 100% miscível no lubrificante também em estado líquido. “Ao contrário, haverá uma diluição grande dentro do compressor, diminuindo muito a viscosidade do lubrificante e gerando queda de performance”, explica. Com passagens por Castrol Plus, Tutela (Petronas) e Quaker Chemical, Carvalho enfatiza que se o refrigerante for totalmente solúvel ou miscível, poderá haver quebra do compressor. “Se for muito pouco miscível, também não será bom, porque o óleo vai sair do compressor e ficar armazenado no evaporador. E como não vai retornar para o compressor, poderá haver dano”, afirma.

“Em relação à umidade, quanto menos tempo o óleo ficar exposto, menos ele vai absorvê-la. Se houver umidade, pode-se gerar corrosão no sistema e hidrólise do óleo, que deixará de lubrificar, podendo causar quebra do compressor. Este é o principal problema em uma troca mal feita. O ideal é evitar deixar a embalagem aberta e realizar um vácuo bem-feito no sistema”, complementa o gestor.

De acordo com Carvalho, os sistemas estão cada vez menores. “Hoje há uma tendência de se usar um lubrificante com menor viscosidade, para ganhar eficiência dos equipamentos, com um consumo menor de energia”, conclui.

 

 

EUA vão cortar consumo de HFCs

A administração Biden anunciou na quinta-feira (23) que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) lançará um conjunto de regras para reduzir gradualmente os hidrofluorcarbonos (HFCs) em 85% nos próximos 15 anos. As medidas legais anunciadas se baseiam no amplo apoio de democratas e republicanos, líderes da indústria e organizações ambientais, todos os quais apoiaram a Lei de Inovação e Fabricação (AIM) aprovada no ano passado.

Os EUA também estão tomando medidas para prevenir o comércio ilegal, apoiar o desenvolvimento de substâncias alternativas aos HFCs e promover a reciclagem e regeneração dos estoques existentes. Todas essas ações alinham os EUA com a Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal.

Conforme determinado na AIM, o país reduzirá a produção e o consumo de HFCs em 85% abaixo dos níveis de linha de base nos próximos 15 anos. O conjunto de regras proposto pela EPA estabelece um esquema de alocação de permissões e um programa de comércio para reduzir os HFCs e cria um sistema robusto de conformidade e fiscalização.

Além disso, a EPA diz que está atualmente analisando mais de uma dezena de petições para restringir o uso de HFCs em uma ampla gama de aplicações.

Combate ao contrabando

A fim de evitar os problemas vividos na Europa, os EUA estão criando uma força-tarefa interagências sobre o comércio ilegal de HFCs liderada pelo Departamento de Segurança Interna e a EPA. Um comunicado da Casa Branca diz que “o comércio ilegal de HFCs representa um risco fundamental para o clima e os objetivos econômicos da América”.

“Se os Estados Unidos vissem taxas de não conformidade semelhantes às observadas em outros países, o resultado poderia ser de até 43-90 milhões de toneladas métricas de emissões adicionais de dióxido de carbono equivalente em um único ano, o que é aproximadamente igual às emissões anuais de 22 usinas movidas a carvão”, diz o comunicado, ressaltando que “esse alto nível de não conformidade colocaria as empresas dos EUA em desvantagem competitiva e desencorajaria a inovação me matéria de alternativas aos HFCs”.

“Em parceria com os departamentos de Justiça, Estado e Defesa, essas agências executarão uma estratégia para detectar, impedir e interromper qualquer tentativa de importação ou produção ilegal de HFCs nos Estados Unidos. Isso incluirá o estabelecimento de um sistema de identificação de certificação para rastrear o trânsito de HFCs, estabelecendo consequências administrativas e a aplicação de violações civis e criminais da lei.”

Por que o preço do fluido refrigerante disparou?

O mercado mundial de fluidos refrigerantes está passando por um momento de alta instabilidade no que tange ao abastecimento. A China, maior produtora mundial dessa commodity, enfrenta a escassez de matérias-primas em diversos segmentos.

Aliado a isso, questões de saúde pública, por conta da covid-19, e de logística têm causado atrasos e aumentos no custo de transporte, segundo empresas da área de refrigeração e ar condicionado.

Dentro de todo esse contexto, os preços dos produtos, dispararam nos últimos dias e seguem aumentando. A alta do dólar também influencia o preço dos fluorquímicos.

Segundo o diretor de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Paulo Neulaender, diversos fatores têm pressionado os preços dos fluidos refrigerantes.

“Em meio a crise sanitária, o Brasil diminuiu suas importações em 2020, usando muito o estoque local”, explica o especialista. “O mercado voltou a se aquecer a partir de junho, e isso fez aumentar o consumo dos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Para piorar a situação, o frete marítimo internacional subiu mais de 500% nos últimos 15 meses. A demora dos EUA em aderir a Emenda de Kigali, pacto climático que visa reduzir a produção e o consumo de HFCs, também pressiona os preços desses compostos.

“Os EUA vêm comprando fluidos refrigerante da China para aumentar seu estoque local. Para os chineses, compensa mais vender para os clientes de lá do que para os brasileiros, pois os norte-americanos pagam melhor”, diz.

“Devemos continuar sofrendo com esta questão dos fluidos refrigerantes até janeiro do ano que vem. E não somente em relação a fluidos. Também estamos percebendo falta de outros insumos para a manutenção do setor de HVAC-R”, ressalta.

Daikin desenvolve refrigerante para carros elétricos

Mistura à base de HFO reduz consumo de energia dos sistemas de aquecimento e refrigeração em automóveis desse tipo, diz fabricante

A Daikin desenvolveu um fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) para uso em carros elétricos. A nova substância, chamada de D1V140, é mais eficiente do que o HFO-1234yf, segundo a empresa japonesa.

A mistura, informa a companhia, é projetada para reduzir o consumo de energia dos sistemas de aquecimento e refrigeração em automóveis eletrificados e, assim, melhorar seu desempenho.

Ao contrário dos veículos com motor de combustão interna, os elétricos não podem usar, no inverno, o calor residual do motor para aquecer o interior e, dessa forma, consomem a energia da bateria.

Pesquisas anteriores mostraram que a capacidade de um sistema de bomba de calor com R-1234yf é reduzida em até 40% quando a temperatura ambiente cai de 0 ℃ para -10 ℃. Isso é considerado um problema significativo em climas mais frios pelos fabricantes de motores.

O novo refrigerante da Daikin é uma mistura composta por 77% de R-1234yf e 23% de R-1132(E). Não se sabe muito sobre o R-1132(E), mas alguns especialistas acreditam ele possua um potencial de aquecimento global (GWP) de apenas 3. A Daikin, porém, afirma que seu GWP é menor do que 1.

Avaliações iniciais, segundo a empresa, mostram que o refrigerante oferece bom desempenho para a função de bomba de calor em veículos elétricos em regiões frias e bom desempenho de refrigeração em climas quentes.

A Daikin diz que está trabalhando com Associação de Engenheiros Automotivos (SAE International) para confirmar a segurança e o desempenho da nova mistura (D1V140) e do R-1132(E), que foram submetidos, no mês passado, para homologação na Ashrae. Acredita-se que ambos serão classificados como levemente inflamáveis (A2L).

Várias patentes foram registradas pela Daikin para o R-1132(E), tanto para sua produção quanto para sua aplicação em uma variedade de combinações diferentes, incluindo o D1V140.

Segundo o fabricante, o R-1132(E) é uma das três formas possíveis, ou isômeros, de difluoretileno. Todas possuem a mesma composição química, mas são diferenciadas por seu arranjo de átomos. Os outros isômeros são o R-1132(Z) e o R-1132a, um refrigerante recentemente homologado na Ashrae pela mexicana Koura.

Danfoss amplia portfólio de máquinas compatíveis com HFOs

O lançamento de novas unidades condensadoras Optyma e compressores MTZ/NTZ expandiu o portfólio Danfoss de soluções de refrigeração para uso com R-454C, R-455A e R-1234yf, três hidrofluorolefinas (HFOs)  levemente inflamáveis (A2L) de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês).

Exibidas pela primeira vez na Euroshop do ano passado, as novas unidades condensadoras multirrefrigerantes Optyma Slim Pack e Optyma Plus também apresentam alta taxa de eficiência energética, segundo a companhia dinamarquesa.

“Os refrigerantes A2L são soluções ecologicamente corretas que atendem a restrições cada vez mais rígidas – mas exigem testes e projetos de segurança específicos, devido à sua leve inflamabilidade”, disse Rogerio Salhab Federici, chefe de soluções de sistema da Danfoss Climate Solutions.

“As novas unidades condensadoras Optyma foram submetidas a teste de ignição em laboratórios independentes e projetadas com precauções de mitigação de risco, como uma caixa elétrica selada, orifícios e aberturas para garantir a diluição do refrigerante, dando aos instaladores tranquilidade.”

Complementando as novas unidades de condensação, os compressores alternativos comerciais MTZ e NTZ da empresa – para aplicações de média e baixa temperatura, respectivamente – agora estão qualificados para uso com refrigerantes R-454C e R-455A e vêm em uma configuração multirrefrigerante.

Novas condensadoras apresentam alta taxa de eficiência energética, ressalta fabricante

Koura desenvolve refrigerante alternativo ao CO₂

A mexicana Koura (refrigerante Klea) está desenvolvendo uma nova alternativa ao CO₂. Segundo a companhia, o fluido refrigerante em questão poderá fornecer maior eficiência e menores pressões operacionais em sistemas de ar condicionado automotivo e bombas de calor residenciais.

O fluorproduto em desenvolvimento, chamado inicialmente de LFR3, é considerado não inflamável e, fundamentalmente, possui um potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) abaixo do limite de 150, conforme requerido para sistemas de ar condicionado automotivo na União Europeia.

Os componentes do novo refrigerante não foram revelados e a Koura ainda não o submeteu ao processo de classificação da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionando (Ashrae).

No entanto, a Koura afirma que o novo gás não é inflamável. A indústria mexicana também afirma que é ele 20% mais eficiente do que o CO₂ e também tem uma pressão de operação de 15% a 20% menor do que o refrigerante “natural” com o qual procura competir.

O material de divulgação da Koura enfatiza que “o LFR3 foi projetado para atingir um impacto ambiental menor e melhor desempenho do que o CO₂ em uma ampla faixa de temperatura ambiente – será adequado para uma variedade de aplicações de resfriamento em toda a indústria”.

As aplicações potenciais que listadas pela empresa são de ar condicionado de transporte de veículos e passageiros, sistemas de bomba de calor, cadeia do frio e sistemas de transporte, bem como aplicações de refrigeração comercial.

No entanto, o mesmo material de divulgação sugere que seu mercado primário seja o setor de ar condicionado automotivo, comparando o LFR3 com o CO₂ em testes realizados em conformidade com o J2765, padrão utilizado na indústria de climatização automotiva.

Quando ainda se chamava Mexichem, a Koura desenvolveu o blend R-445A para substituir o R-134a em sistemas do gênero. O produto recebeu críticas muito positivas e foi considerado menos inflamável do que o R-1234yf, mas, por ter chegado depois do yf ao mercado, não conseguiu se firmar no segmento.

Emissões de gás nocivo à camada de ozônio voltam a cair

Nos últimos anos, os cientistas ficaram alarmados com um aumento repentino e inexplicável na concentração atmosférica de substâncias que degradam a camada de ozônio (SDOs).

Níveis mais elevados de triclorofluorometano, também conhecido como CFC-11, começaram a ser detectados em amostras de ar – apesar desse gás clorado ser oficialmente banido em todo o mundo desde 2010.

Os cientistas passaram a temer prejuízos sérios aos esforços para recuperar o fino escudo protetor localizado na estratosfera da Terra que absorve a maior parte da radiação solar ultravioleta (UV) – a exposição aos raios solares UV não filtrados pela camada de ozônio pode contribuir para danos ao DNA e aumentar o risco de câncer de pele e outros problemas de saúde a longo prazo.

Contudo, dois estudos publicados na revista científica Nature neste mês revelaram que as concentrações atmosféricas de CFC-11 mais uma vez caíram significativamente.

No final de 2019, os níveis estavam caindo cerca de 1% ao ano – o mais rápido já registrado, de acordo com o relatório – mostrando que o mundo estava de volta no caminho certo para reparar os danos à camada de ozônio da Terra até meados do século.

Usando dados e medições de estações de monitoramento do ar na Coreia do Sul e no Japão, os cientistas foram capazes de determinar que a maior fonte do aumento global nas “emissões nocivas” atribuídas às fábricas no leste da China não estava mais ativa.

Meg Seki, secretária executiva em exercício do Secretariado do Ozônio no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), creditou a reversão à cooperação internacional e à ação do país alinhada ao Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio.

O tratado internacional, firmado em 1987 para proibir a produção de produtos químicos que destroem a camada de ozônio, foi assinado por quase todos os países do mundo. O CFC-11, antes usado em refrigerantes, como propelentes em latas de aerossol e no isolamento de espuma de poliuretano, foi oficialmente banido em 2010.

“O tratado [de Montreal] fez seu trabalho”, disse Durwood Zaelke, presidente do Instituto de Governança e Desenvolvimento Sustentável, um grupo de defesa ambiental com sede em Washington. 

Agora, os níveis globais de concentração de CFC-11 na atmosfera estão quase de volta aos níveis anteriores a 2008.

Claudia Antunes assume presidência da Chemours no Brasil

A Chemours Company, empresa líder global em produtos fluorados, tecnologias de titânio e soluções químicas, anunciou ontem (3) a nomeação de Claudia Antunes como a nova diretora-presidente da subsidiária brasileira.

A executiva assume a posição ocupada por Maurício Xavier, presidente da Chemours Brasil há cinco anos, que decidiu se aposentar após trabalhar 32 anos no setor.

O comunicado distribuído à imprensa ressalta que o executivo “foi um exemplo de liderança à frente de seu tempo, dando importantes contribuições para a Chemours e para a indústria, com destaque para o seu sólido desempenho no desenvolvimento e implementação de projetos para substituição de fluidos refrigerantes CFC e HCFC”.

Essas iniciativas impulsionaram a indústria para a adoção de produtos inovadores e mais sustentáveis, promovendo a proteção da camada de ozônio e a redução na emissão de gases de aquecimento global. Por seu trabalho, Maurício recebeu várias homenagens de associações e empresas do setor.

Segundo a empresa, a nova presidente dará continuidade aos projetos e investimentos atuais, com o objetivo de fortalecer a posição da empresa no país. Com sólida carreira de liderança na indústria química de matérias-primas para tintas, plásticos e papéis especiais, Claudia ocupou vários cargos em vendas e marketing B2B ao longo de seus quase 30 anos de atuação no setor.

Ela também liderou o negócio de tecnologia de titânio na Chemours Brasil durante a cisão com a DuPont, atualmente é responsável por este negócio na América do Sul e agora assume a liderança da companhia no Brasil.

Seguramente, poderá aportar seus amplos conhecimentos em estratégia de negócios, relacionamento com clientes e gerenciamento de canais de distribuição.

“Continuaremos trabalhando em conjunto com nossos clientes para atender aos desafios e demandas de nossa região, fornecendo produtos e soluções inovadoras. Faremos isso criando produtos químicos de alto valor de maneira responsável, comprometidos em gerar impactos sociais mais positivos. Este é o nosso caminho para o crescimento de longo prazo”, afirma Claudia.

Como parte da estratégia de crescimento da Chemours, a empresa anunciou, em setembro de 2018, seus Compromissos de Responsabilidade Corporativa, a serem atingidos até 2030 e ancorados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: excelência em segurança, comunidades dinâmica, funcionários inspirados, clima, qualidade da água, resíduos, fornecimento sustentável e cadeia de suprimentos sustentável.

“Valorizamos muito o ambiente colaborativo e de alto desempenho de nossa organização, pois temos as bases sólidas de nossos valores corporativos presentes em nosso dia a dia e contamos com uma equipe vibrante e motivada, que valoriza e respeita a diversidade de forma genuína, possibilitando que as pessoas se desenvolvam continuamente para atingir seu mais alto potencial”, enfatiza.

Maurício Xavier, então presidente da Chemours no Brasil, na Febrava 2019| Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Depois de 32 anos de empresa, Maurício Xavier decidiu se aposentar | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica      

Ministério do Meio Ambiente divulga estudo de caso sobre retrofit do R-22

O relatório técnico do Terceiro Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados, criado no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), já está disponível para download gratuito.

O relatório traz resultados significativos de ganhos sociais, ambientais e econômicos, obtidos durante estudo de caso realizado no supermercado Angeloni, localizado na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, por cerca de dois anos.

No estudo são detalhados todos os procedimentos para a troca do antigo sistema de refrigeração comercial da loja, com fluido refrigerante HCFC-22, pelo atual sistema subcrítico de dióxido de carbono (CO₂) em cascata com o HFC-134a.

 “Este estudo é resultado de um trabalho muito complexo, porque a instalação de um sistema de refrigeração que originalmente foi projetado e dimensionado para uma outra loja foi um desafio, mas conseguimos alcançar plenamente o objetivo graças ao apoio dos nossos parceiros: o Grupo Angeloni, a Eletrofrio e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras)”, diz Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ-Proklima no Brasil, responsável pelas ações do Projeto paro o Setor de Serviços do PBH, coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

“Nesta empreitada, contamos também com o conhecimento de consultores técnicos com experiência internacional, como por exemplo o próprio autor do relatório, o engenheiro Miquel Pitarch.  Devido a esse esforço conjunto,  os varejistas e suas equipes técnicas têm agora acesso a um estudo inédito no País, que traz informações valiosas e bem embasadas para poderem optar por fluidos refrigerantes alternativos de baixo GWP, como por exemplo os fluidos naturais, na futura troca de seus sistemas de refrigeração”, explica

Os ganhos demonstrados ressaltam a relevância do tema. O Projeto foi criado com objetivo de promover conhecimento técnico aos supermercadistas, tendo em vista que o HCFC-22, fluido refrigerante mais utilizado na refrigeração comercial no Brasil, deve ter seu uso eliminado até 2040, seguindo os cronogramas estabelecidos pelo Protocolo de Montreal  — para 2025 está prevista redução das importações de HCFC em 67,5%.

Cumprindo esse objetivo, o estudo de caso destaca ações para redução dos vazamentos de fluidos refrigerantes para a atmosfera, por meio da aplicação das boas práticas durante a instalação, operação, reparo e manutenção de equipamentos de refrigeração e ar condicionado.

“É um estudo muito importante, que vale a pena ser conferido por outros supermercadistas, que ainda utilizam o R-22. Estimo que mais de 85% dos supermercados brasileiros ainda utilizam R-22, que vai ser eliminado, e, portanto, esses varejistas precisam de alternativas, como a demonstrada no estudo. Os resultados alcançados são muito relevantes”, afirma Rogério Marson Rodrigues, gerente de engenharia da Eletrofrio.

A publicação deste terceiro estudo completa o escopo do Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercado. Destaca-se que nos dois primeiros estudos do Projeto publicados (Yamada Nazaré, em Belém, e Hortifruti do Campo, em São Paulo) foram realizadas intervenções completas (incluindo troca de peças e equipamentos) para redução dos vazamentos de HCFC- 22, sem troca de fluido refrigerante.

Portanto, totalizam três publicações técnicas de estudos de caso, totalmente gratuitas, à disposição dos varejistas brasileiros (empresários e profissionais da área de refrigeração comercial) que procuram estratégias para redução de vazamentos de fluidos refrigerantes e/ou opções para substituição do HCFC-22.

Confira o relatório técnico sobre a mudança de sistemas no Angeloni. Baixe o pdf em: http://www.boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes

Chemours lança Freon 410A em cilindro de 650 gramas

A Chemours, indústria global líder em produtos fluorados, tecnologias de titânio e soluções químicas, está introduzindo no mercado latino-americano o fluido refrigerante Freon 410A em cilindro descartável de 650 gramas e com válvula de segurança para evitar acidentes.

Segundo o engenheiro mecânico Carlos Augusto Ribeiro, líder de vendas de fluorquímicos da subsidiária brasileira, o produto já está disponível em toda a rede de distribuidores da marca no Brasil, Argentina e México.

“A nova embalagem do Freon 410A foi criada para ampliar nosso portfólio voltado ao mercado de reposição e atender os refrigeristas que não precisam da quantidade integral das tradicionais botijas de 11,35 quilos, ou ainda para facilitar o transporte e manuseio do fluido refrigerante durante serviços de manutenção e instalação de sistemas de climatização residencial e comercial”, explica o gestor.

A substância, classificada como atóxica e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE, na sigla em inglês), é uma mistura binária composta pelos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-125 (50%) e R-32 (50%), desenvolvida para substituir hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em novos equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com o R-410A, principalmente condicionadores de ar.

Os sistemas de ar condicionado e as bombas de calor que operam com o Freon 410A possuem desempenho até 45% superior aos similares que utilizam o R-22, fluido refrigerante que está sendo banido do mercado mundial pelo Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, tratado  internacional estabelecido em 1987.

De acordo com a área técnica da Chemours, o Freon 410A é compatível apenas com lubrificantes à base de poliol éster (POE) e apresenta pressão e capacidade de refrigeração significativamente mais altas que as do R-22. Por essa razão, seu uso não é recomendado para substituição do fluido refrigerante R-22 em sistemas existentes.

“O lançamento do Freon 410A em cilindro menor explicita, mais uma vez, nosso compromisso de longa data com os profissionais de refrigeração e ar condicionado. Afinal de contas, somos líderes em inovação nessa indústria há 90 anos”, diz Carlos Ribeiro, ao salientar que o produto está sendo lançado, primeiramente, na América Latina.

“Trazer essa inovação para cá fortalece a atuação da nossa marca na região como um todo e mostra, mais uma vez, que estamos sempre atentos às demandas dos nossos clientes”, acrescenta.