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Propano e isobutano substituem refrigerantes de alto GWP

A aplicação de fluidos frigoríficos naturais na indústria de refrigeração e ar condicionado está aumentando. O fato se deve, em grande parte, às características ambientais favoráveis destas substâncias.

Por mais de um século, a amônia (R-717) tem sido usada, predominantemente, em grandes sistemas de refrigeração, geralmente com capacidades acima de 100 kW.

Contudo, para sistemas de menor capacidade, o uso do R-717 é menos viável por diversas razões técnicas e pelo alto custo dos componentes e equipamentos necessários para esse tipo de fluido.

Portanto, a adoção de outros fluidos frigoríficos naturais, como o propano (R-290) e o isobutano (R-600a), tem sido a alternativa de diversos fabricantes de equipamentos.

O R-600a, cujo ponto de ebulição é -12 °C, é usado principalmente em pequenos refrigeradores e eletrodomésticos. Já o R-290, que atinge seu ponto de ebulição a -42 °C, geralmente é usado em bombas de calor e sistemas de refrigeração comercial leve, como freezers e expositores frigoríficos.

Entretanto, devido à natureza inflamável destes hidrocarbonetos (HCs), a aplicação deles exige ferramentas adequadas, equipamentos de proteção individual (EPIs) e profissionais bem capacitados para manuseá-los.

Segundo os especialistas do setor, a aplicação de fluidos refrigerantes inflamáveis pode ser realizada de forma tão segura quanto a de qualquer outro tipo de substância, desde que as normas de conformidade e segurança sejam rigorosamente respeitadas.

“O risco relacionado à inflamabilidade pode ser reduzido com a implantação de cuidados simples, porém relevantes, como, por exemplo, utilização de baixas cargas de fluido refrigerante, sistema resistente e estanque a vazamentos, com eliminação de fontes de ignição ou uso de componentes elétricos à prova de explosão. É ainda indispensável treinamento para manusear, manter e operar sistemas com fluidos inflamáveis”, ressalta o assessor técnico da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) Edgard Soares.

Por não prejudicarem a camada de ozônio e possuírem baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês), os HCs serão cruciais para a eliminação dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e dos hidrofluorcarbonos (HFCs) nos próximos anos.

Segundo os fabricantes de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, os fluidos refrigerantes das classes de segurança A2L e A3 serão extremamente relevantes para a redução progressiva dos gases fluorados com efeito estufa (f-gases) na Europa e outros continentes.

De acordo com a indústria, será preciso adaptar os códigos de obras em nível nacional para permitir o uso dessas substâncias alternativas. Por sinal, a Associação da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado do Japão (JRAIA) tem feito reiterados pedidos à União Europeia (UE) para flexibilizar seus códigos de obras e normas a respeito dos fluidos inflamáveis.

Num documento divulgado recentemente, a associação japonesa ressaltou que “a flexibilização oportuna dos códigos de obras e padrões normativos será eficaz para remover as barreiras à transição para refrigerantes de baixo GWP”.

 

Novidades no mercado

Um dos fabricantes que têm desenvolvido tecnologias para os fluidos inflamáveis é o grupo chinês Midea, que lançou recentemente na Europa o sistema de ar condicionado residencial Easy Series R-290.

A nova linha de splits, exibida na Mostra Convegno Expocomfort (MCE), em Milão, na Itália, foi elogiada por sua alta eficiência, baixo nível de ruído e controle rigoroso da segurança dos materiais.

Devido às suas características tecnológicas inovadoras, o produto recebeu no evento o certificado Blue Angel, selo ecológico mais antigo do mundo, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha.

Antes de seu lançamento, a empresa passou nove anos resolvendo os problemas técnicos e desenvolvendo os componentes centrais da máquina, incluindo o compressor para R-290, o trocador de calor, a válvula de expansão eletrônica, o inversor de frequência e os esquemas de proteção de segurança.

Por isso, o aparelho, que atende às diretrizes da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, obteve mais de 200 patentes nacionais e internacionais.

Durante a Apas Show deste ano, a Eletrofrio apresentou para o setor supermercadista um rack de alta capacidade de refrigeração com R-290. “Este é o nosso primeiro equipamento fabricado para o mercado sul-americano capaz de atender a sistemas de média e baixa temperatura com fluidos 100% naturais. Nele, o propano circula exclusivamente dentro dos módulos específicos, em pequeno volume, sendo condensado pela água proveniente de um dry-cooler. O glicol e o dióxido de carbono (R-744) são os fluidos secundários que circulam pelos expositores e câmaras de média e baixa temperatura”, explica Rogério Rodrigues, representante da Eletrofrio,

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o desenvolvimento desta máquina frigorífica se insere no conjunto de ações nacionais para o cumprimento das metas do Protocolo de Montreal. “A inovação demonstra o esforço do Brasil na busca de alternativas ambientalmente adequadas para o setor de refrigeração no processo de eliminação dos HCFCs”, salienta Gabriela Lira, analista ambiental do MMA.

Em termos técnicos e regulatórios, o mercado brasileiro está preparado para adotar mais largamente os HCs, conforme avalia o gerente de promoção e estratégia de produto da Embraco, Ricardo Nagashima.

“Mas é preciso tomar todas as precauções necessárias para operar com esses gases de forma segura, tanto do ponto de vista de produção quanto de armazenamento e transporte”, pondera.

Atualmente, a companhia possui em seu portfólio mais de 500 modelos, entre compressores e soluções completas de refrigeração, que utilizam R-290 ou R-600a. “Investimos constantemente em pesquisa e desenvolvimento – de 3% a 4% do nosso lucro líquido anual – para desenvolver os melhores produtos com estes refrigerantes naturais, entregando ao mercado compressores mais eficientes, versáteis e flexíveis”, salienta o gestor.

 

Vantagens dos HCs

Segundo o professor Cláudio Melo, coordenador do Polo – Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os HCs são os melhores fluidos refrigerantes para sistemas comerciais leves.

“Eles têm desempenho de transferência de calor igual ou melhor e menor queda de pressão em comparação com o HCFC-22 e o HFC-134a”, disse o pesquisador durante a 13ª Conferência Gustav Lorentzen sobre Refrigerantes Naturais, realizada na Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, entre 18 e 20 de junho.

“Os HCs se misturam muito bem com óleos minerais nas fases líquida e de vapor”, lembrou Melo, acrescentando: “Os óleos sintéticos higroscópicos usados com HFCs podem ser evitados.”

O professor ressaltou que a maioria dos materiais usados nos sistemas de refrigeração com HFCs também pode ser usada para HCs. Estes incluem neoprene, Viton, borracha nitrílica e nylon.

Há também um forte argumento comercial que fortalece a adoção dos HCs, disse o professor. “HCs como o propano e o isobutano são substancialmente mais baratos que os HFCs”, enfatizou.

“Normalmente, um sistema de refrigeração projetado para HCs precisará de 50% a 60% menos  refrigerante”, disse.

“A eficiência energética das unidades refrigeradas com HCs é, geralmente, de 30% a 40% melhor do que as unidades com HFCs”, acrescentou.

“Devido a níveis de pressão e taxas de pressão mais baixas, os compressores com R-600a funcionam mais silenciosamente do que as unidades comparáveis com R-134a”, informou.

 

Medidas de segurança

Nos próximos anos, a maioria dos técnicos de refrigeração precisará elevar seu nível de conhecimento acerca dos procedimentos de segurança para a realização de serviços em equipamentos com R-290, R-600a e outros fluidos inflamáveis.

Enfim, os profissionais do setor precisarão seguir uma rotina ligeiramente diferente depois de identificar se um equipamento utiliza algum tipo de HC, tais como:

Nunca realizar manutenção em produtos energizados;

Ter disponível um detector de vazamento para gases inflamáveis. Refrigerantes à base de HCs não possuem odor;

Usar disjuntores residuais (DR) de no máximo 30 mA e bipolares para ligações bifásicas;

Garantir o aterramento de todo o sistema. Conduzir uma análise de risco para determinar se o local é apropriado para operar com HCs;

O local de trabalho deve ser livre de fontes de ignição, como chamas ou dispositivos elétricos que gerem faíscas, como chaves de luz;

Assegurar a existência de extintores de incêndio;

Utilizar óculos e luvas de proteção;

Usar cortador de tubos para desconectar o compressor e as tuberias. Não usar o maçarico para essa atividade;

Assegurar boa ventilação;

Definir um programa de manutenção preventiva, com um checklist incluindo a inspeção periódica por vazamentos. A presença de óleo pode indicar pontos de vazamento de fluido refrigerante;

Usar somente ferramentas e equipamentos aprovados para uso em áreas perigosas.

Falta de refrigeração afeta mais de 1 bilhão de pessoas

OSLO (Reuters) – Mais de um bilhão de pessoas estão ameaçadas pela falta de ar condicionado e refrigeração para refrescá-las e preservar alimentos e remédios, à medida que o aquecimento global provoca temperaturas mais elevadas, mostrou um estudo nesta segunda-feira (16).

A demanda maior de eletricidade para geladeiras, ventiladores e outros aparelhos vai agravar a mudança climática provocada pelo homem, a menos que os geradores de energia troquem os combustíveis fósseis por energias mais limpas, segundo o relatório do grupo sem fins lucrativos Sustainable Energy for All.

Cerca de 1,1 bilhão de pessoas da Ásia, África e América Latina –470 milhões em áreas rurais e 630 milhões de moradores de favelas nas cidades– correm riscos em meio aos 7,6 bilhões de habitantes do planeta, segundo o estudo.

“A refrigeração se torna cada vez mais importante” por causa da mudança climática, disse Rachel Kyte, chefe do grupo e representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Energia Sustentável para Todos, à Reuters.

Em uma pesquisa de 52 países, os mais ameaçados incluíram Índia, China, Moçambique, Sudão, Nigéria, Brasil, Paquistão, Indonésia e Bangladesh, de acordo com o relatório.

“Temos que proporcionar refrigeração de uma maneira super eficiente”, disse Rachel. As empresas podem encontrar grandes mercados, por exemplo desenvolvendo aparelhos de ar condicionado de baixo custo e alta eficiência para vender para as classes médias crescentes de países tropicais.

E soluções mais simples, como pintar telhados de branco para que reflitam a luz do sol e reprojetar edifícios para que permitam a liberação do calor, também ajudariam.

A agência de saúde da ONU diz que o calor ligado à mudança climática deve causar 38 mil mortes adicionais por ano em todo o mundo entre 2030 e 2050. Em maio, durante uma onda de calor, mais de 60 pessoas morreram em Karachi, no Paquistão, quando as temperaturas ultrapassaram os 40 graus Celsius.

Em áreas remotas de países tropicais, muitas pessoas não têm eletricidade e as clínicas muitas vezes não conseguem armazenas vacinas e medicamentos que precisam ser refrigerados, segundo o estudo, e em favelas o fornecimento de energia muitas vezes é intermitente.

Além disso, muitos agricultores e pescadores não têm acesso a uma “cadeia fria” para preservar e transportar produtos para os mercados. Peixes frescos estragam em questão de horas se foram guardados a 30 graus Celsius, mas se mantém comestíveis por dias quando resfriados.

 

Fonte: Reuters – Alister Doyle

Instituição oferece cursos de refrigeração para mulheres em Manaus

O Centro de Ensino Técnico (Centec) está oferecendo curso de climatização e refrigeração para mulheres em Manaus. Desta vez, a capacitação é voltada para a refrigeração automotiva e com aulas totalmente presenciais, o que a torna pioneira no segmento na capital. Homens também podem participar.

Para o professor e instrutor do curso, Ricardo Mota, hoje o mercado de trabalho está mais democrático em todos os setores, o que permite a inclusão do público feminino em funções que antes eram exercidas somente por homens. “Após algumas portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e das fiscalizações que exigem mais segurança no exercício da profissão, algumas mulheres enxergaram oportunidades nesse ramo. Temos uma aluna que vai representar muito bem o público feminino nesse universo que era 99% dominado por homens”, enfatizou.

Segundo Mota, como as novas tecnologias permitem o mínimo de esforço para o serviço, isso dá às mulheres chances para competir com os homens de igual para igual. “Elas estão dominando o mercado de trabalho em todos os setores e não seria diferente na área de refrigeração e climatização. O Centec terá o orgulho de formar a primeira mulher técnica nesta área”, frisou.

 

Diferencial

De acordo com o professor, o novo programa de refrigeração automotiva da Centec reforça, inclusive, a grade curricular do curso, sendo mais um diferencial para quem busca qualificação de alto nível. “A capacitação de profissionais da área de refrigeração automotiva só era feita em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora, Manaus entrou neste cenário por meio do Centec”, disse.

“Além de professores muito bem capacitados, outro diferencial da nossa instituição são os equipamentos do laboratório, altamente estruturado”, destacou o professor, referindo-se ao laboratório de estudos práticos, específicos para as áreas industrial, comercial e residencial. O espaço, segundo a Centec, está equipado com máquina recolhedora e recicladora de última geração, atendendo rigorosamente à legislação ambiental.

 

Curso

Ainda segundo o instrutor, a máquina recolhedora e recicladora é fundamental nas aulas, pois os alunos têm mais chances de ampliarem o conhecimento sobre o manuseio e instalação do aparelho. Conforme ele, os alunos participam de testes com instalações de máquinas de pequeno, médio e grande portes para refrigeradores automotivos e ainda de simulações de manutenção preventiva.

Os alunos participantes do curso terão aulas teóricas com 16 disciplinas específicas para o curso técnico em refrigeração e climatização e mais as aulas práticas em laboratórios que serão definidos ao longo das aulas. O curso dura um ano e oito meses, sendo que o novo programa de refrigeração automotiva tem carga horária de 140 horas, divididas entre aulas práticas e teóricas.

 

Novas turmas

O curso de refrigeração automotiva também pode ser feito separadamente. As novas turmas específicas para a modalidade estão previstas para iniciarem a partir do mês de setembro e a carga horária é de 100 horas.

A grade também oferece aulas práticas de comandos elétricos e eletrotécnicos, funções primordiais para o exercício da profissão de técnico de refrigeração e climatização. “O aluno do Centec recebe os termos técnicos desde as primeiras disciplinas, o que faz todo o diferencial no serviço que será prestado futuramente. Trabalhamos muito a questão da atuação do profissional no mercado, a parte de segurança no trabalho e a qualidade do serviço. Nós buscamos a soma disso, qualificar e capacitar o profissional para que ele seja o diferencial”, ressalta o professor.

 

O Centec

O Centec é uma instituição especializada na educação profissional e está localizado na avenida Djalma Batista, 646, São Geraldo, Zona Sul de Manaus. Os interessados em outras informações podem ligar para os números: 3249-6078 ou 99223-1580.

Eletrofrio ganha Troféu Ouro em premiação mineira

A Eletrofrio Refrigeração Comercial LTDA foi consagrada como ouro no Troféu Gente Nossa da AMIS (Associação Mineira de Supermercados), na categoria “Máquinas, equipamentos e instalações comerciais”. O Prêmio reconhece o trabalho de empresas e profissionais que se destacam no setor e é o resultado de uma pesquisa realizada junto a mais de 100 empresas que votaram e elegeram os fornecedores de destaque em 23 categorias.

Segundo o diretor comercial da Eletrofrio, Marco Costa, este prêmio já existe há 32 anos e possui um peso muito grande dentro do segmento varejista, o que confere um prestígio ainda maior à honraria. “Somos uma empresa que está no mercado há mais de 70 anos e ser reconhecida por uma premiação tradicional como essa nos enche de orgulho e mostra que estamos no caminho certo. Além disso, nos sentimos ainda mais motivados a continuar oferecendo aos nossos clientes o que existe de melhor e mais moderno em refrigeração comercial”.

A premiação acontece em três etapas e é o resultado de uma pesquisa realizada pela AMIS com base no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), que identifica anualmente os melhores fornecedores de cada área. Além disso, os maiores supermercadistas de Minas Gerais puderam escolher os seus indicados.

Boas práticas reduzem riscos de acidentes na indústria

Durante muitos anos, o R-22 foi o principal fluido refrigerante utilizado em sistemas de ar condicionado, bombas de calor residenciais e comerciais, sistemas de refrigeração de supermercados, chillers instalados em prédios comerciais ou fábricas e equipamentos de refrigeração industrial.

Por conter cloro em sua composição, é uma substância nociva à camada de ozônio. A molécula deste hidrocloro-fluorcarbono (HCFC) ainda tem um potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) 1.857 vezes maior que o do dióxido de carbono (CO2).

Em 2010, o R-22 foi banido dos novos equipamentos nos países desenvolvidos, onde até 2020 ele deverá ser eliminado totalmente. No caso do Brasil e de outros países em desenvolvimento, este prazo se estenderá até 2040.

Atualmente, o governo brasileiro vem diminuindo suas cotas de importação, o que tem tornado o fluido cada dia mais escasso no mercado.

Assim como no resto do mundo, por aqui ainda há um imenso parque instalado a ser convertido nos próximos anos para operar com novos fluidos refrigerantes alternativos de baixo ou nenhum impacto climático.

No País, onde a grande maioria da mão de obra do setor não possui qualificação adequada, os grandes desafios são promover essa transição tecnológica evitando vazamentos, aumento dos custos de manutenção e, principalmente, os acidentes.

Alguns fluidos tóxicos e inflamáveis utilizados nos primórdios da refrigeração por compressão mecânica, como os hidrocarbonetos (HCs) e o CO2, estão voltando ao mercado, uma vez que eles apresentam boa eficiência energética e baixo impacto ambiental.

Professor José de Jesus Amaral Marques, autor do recém-lançado livro “Boas práticas no uso do cobre para refrigeração e climatização”

“Mas a reintrodução dessas substâncias no setor exige maior atenção dos profissionais em relação às normas e aos procedimentos de segurança”, alerta o professor José de Jesus Amaral Marques, autor do livro Boas práticas no uso do cobre para refrigeração e climatização, lançado em maio pela Senai-SP Editora.

Segundo Amaral, a utilização de fluidos que trabalham com maior pressão no evaporador e condensador também exige o uso de tubos mais resistentes. “O cobre atende perfeitamente a essa demanda”, diz. “Este metal só não pode ser aplicado em instalações com amônia”, completa.

Além da toxicidade e da inflamabilidade dos gases refrigerantes, os circuitos eletromecânicos dos sistemas de climatização e refrigeração podem oferecer riscos relacionados a choque elétrico e arco elétrico, campo magnético, altas temperaturas e congelamento.

 

Normas técnicas e de segurança

De acordo com Amaral, as normas que classificam os fluidos refrigerantes quanto à sua toxicidade e inflamabilidade devem ser observadas rigorosamente para que sua manipulação seja feita de forma segura.

No Brasil, a NBR 16069, que trata da segurança em sistemas frigoríficos referenciando a Ashrae 34, menciona, por exemplo, a limitação da carga de fluidos inflamáveis em sistemas de ar condicionado e bomba de calor para conforto humano.

Segundo a norma, qualquer “sistema de refrigeração selado montado em fábrica com uma carga de fluido frigorífico inferior a 150 gramas de um refrigerante A2 ou A3 poderá ser instalado em um ambiente ocupado sem restrição, mesmo que não seja uma sala de máquinas especial.”

O texto do documento técnico também ressalta que “os fluidos frigoríficos dos grupos A2, A3, B1, B2 e B3 não devem ser utilizados em sistemas de alta probabilidade para conforto humano”, apresentando algumas exceções, como a área industrial, por exemplo.

“No caso dos fluidos refrigerantes A1, os profissionais do setor devem usar luvas, óculos e calçados de proteção, além de uma blusa de manga comprida e calça longa”, ressalta Amaral.

“Em se tratando de fluidos perigosos, classificados com B1, B2 ou B3, além de todos esses EPIs, o uso de uma máscara conforme a toxicidade do produto é imprescindível, assim como o jaleco antichamas, para os fluidos A2 e A3”, acrescenta.

A utilização da solda oxiacetilênica num circuito frigorífico deve ser feita com muito cuidado, prossegue Amaral, lembrando que esse não é um trabalho para “penduradores de ar”, turma composta por aventureiros de outras áreas que invadem o setor, como pedreiros e eletricistas, e se autodenominam “técnicos”.

No fim de 2016, uma série de incidentes durante manutenções de sistemas de ar condicionado, que resultou em queimaduras de trabalhadores, levou o órgão regulador de normas de segurança e saúde do estado australiano de Nova Gales do Sul (SafeWork NSW) a emitir um relatório de alerta a respeito do assunto.

Nos casos relatados, os refrigeristas estavam usando este tipo de solda para desmontar as conexões de cobre ao substituir o compressor. Apesar do uso do fluido não inflamável R-22, acredita-se que a pressão residual fez com que a mistura de refrigerante e óleo fosse liberada da junta do tubo, entrando em contato com a solda e iniciando os incêndios.

O alerta da SafeWork NSW adverte que, em casos assim, o fluido irá permanecer em solução com o óleo do compressor, e aquecer ou agitar o sistema faz com que o refrigerante, ao evaporar, eleve a pressão.

Segundo o relatório, os profissionais devem recolher o fluido frigorífico antes de realizar serviços nos sistemas de refrigeração e ar condicionado, assegurar que o local esteja bem ventilado e utilizar cortadores de tubos.

“A solda oxiacetilênica deve ser utilizada apenas sob condições estritamente controladas”, frisa Amaral.

Outro fator importante para o aumento da segurança no setor é o aprimoramento das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho.

Dependendo da atividade que o profissional vá realizar, ele precisará seguir uma norma específica, como a NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), NR-35 (Trabalho em Altura), NR-33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados) ou NR-12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), dentre outras.

Por fim, as tecnologias para prevenir acidentes têm evoluído a passos largos no sentido de não apenas conferir segurança aos profissionais, mas também contribuir para o conforto no desempenho de seu trabalho.

É o caso, por exemplo, das máscaras de solda que escurecem automaticamente, dos óculos em policarbonato e das botas mais ergonômicas aos pés, dentre uma série de outros produtos com essa finalidade.

Para os trabalhos realizados em altura, os novos cintos também têm sido aprimorados, a fim de proporcionar um nível de segurança adequado com maior comodidade.

Mercado de câmaras frias deve experimentar nova fase de expansão

O segmento de câmaras frigoríficas industriais tem se mostrado mundialmente aquecido. No Brasil, um levantamento divulgado pela Abiaf – Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada – mostra que as áreas frigorificadas cresceram 20% nos últimos quatro anos, uma média anual de 5%, totalizando cerca de seis milhões de metros cúbicos.

A expansão da demanda por instalações com temperatura controlada vem sendo impulsionada, principalmente, pelo consumo cada vez maior de alimentos resfriados e congelados.

“A expectativa para os próximos anos é de um crescimento contínuo da cadeia de armazenamento frigorificado, pois as pessoas querem minimizar o tempo necessário para preparar as refeições”, afirma o vice-presidente do Departamento Nacional de Refrigeração Industrial da Abrava, Silvio Guglielmoni.

Com a evolução do comportamento do consumidor e com foco na segurança operacional, eficiência energética e sustentabilidade, o setor está passando por diversas mudanças que impactam os projetos e as obras de instalações refrigeradas. Profissional trabalhando em Câmaras Frigoríficas

“Consumo de energia e redução da carga de fluido refrigerante são, neste momento, o nome do jogo para os fornecedores de tecnologias para armazéns frigoríficos”, salienta.

As instalações do gênero, prossegue Guglielmoni, exigem uma análise avançada e detalhada durante a fase inicial de projeto para que resultem em melhor eficiência energética e menores custos operacionais gerais.

“A refrigeração representa a maior parte do consumo de energia destas instalações, em que os sistemas centrais com utilização de amônia (R-717) são a referência mundial para uma instalação eficiente”, diz.

Entre a lista de refrigerantes usados em aplicações modernas de refrigeração, a amônia é a substância que se manteve como uma opção viável desde que foi introduzida pela primeira vez na década de 1930 e classificada como um refrigerante natural. Por sinal, a amônia é elogiada por suas excelentes propriedades termodinâmicas e custo relativamente baixo.

Contudo, sua toxicidade também faz com que ela seja um refrigerante potencialmente letal, exigindo que os operadores garantam procedimentos seguros. “Ao longo dos anos, usuários, projetistas e fabricantes têm adotado padrões de segurança para ajudar a mitigar seus perigos e garantir locais de trabalho seguros e saudáveis. Toxicidade à parte, podemos afirmar que a amônia é uma das alternativas naturais mais ecológicas disponíveis”, informa.

Um dos métodos utilizados para diminuir a carga total de amônia nos sistemas de refrigeração é a sua combinação com o dióxido de carbono (R-744), a fim de removê-la dos espaços ocupados por pessoas ou produtos, ficando restrita somente à sala de máquinas.

Eficiência energética é um dos focos principais dos novos projetos e obras de instalações frigorificadas

“Sistemas de refrigeração baseados em R-744 têm experimentado uma crescente popularidade nos EUA, Europa e Ásia nos últimos anos, porque o CO2 também é um refrigerante natural, não é tóxico e pode ser uma alternativa efetiva para baixas e médias temperaturas”, destaca.

Dentre estas novas tecnologias, os fabricantes de unidades compressoras têm se dedicado a desenvolver sistemas de refrigeração indireto que utilizam CO2 Brine como um fluido secundário para o resfriamento do produto ou local desejado, no qual em vez de enviar amônia através da tubulação para um forçador de ar nos espaços refrigerados, utiliza-se uma pequena carga de amônia no estágio primário do ciclo de refrigeração, e confinada na sala de máquinas para baixar a temperatura do CO2 para congelados (-30 ºC) ou resfriados (-10 ºC).

Fabricantes apostam na sustentabilidade como diferencial competitivo de seus projetos

“Em um sistema do gênero, o fluido refrigerante tóxico fica contido na sala de máquinas, e não em toda a instalação, garantindo que o potencial de exposição à amônia seja significativamente reduzido”, reforça.

Atualmente, os fabricantes de unidades compressoras têm desenvolvido novos projetos de câmaras frigoríficas que utilizam quantidades inferiores a um quilo de amônia por tonelada de refrigeração (1 TR = 3.024 Kcal/h), isto quando combinado com o uso de CO2 Brine como um fluido secundário.

“De qualquer forma, se houver um vazamento de CO2 em um espaço ocupado, isso não representa um risco iminente para a saúde ou segurança do trabalhador com as mesmas proporções que haveria no caso de vazamento da amônia”, garante.

“Salientamos também que este é um método eficiente em termos energéticos, que permite manter uma pegada ecológica com um sistema de refrigeração natural NH3/CO2 e, ao mesmo tempo, atenua os riscos operacionais”, acrescenta.

Nova fase de expansão anima fabricantes de painéis termoisolantes

O sistema de refrigeração por NH3/CO2 também oferece outras vantagens, como eficiência energética, simplicidade da instalação, facilidade de manutenção, forçadores de ar com redução de tamanho e peso, tubulação com redução de diâmetro, sistema de CO2 isento de óleo, operação com pressão positiva em todo o sistema – o que dispensa a necessidade de um subsistema de purga de ar –, pressões e operação similar ao sistema de NH3 convencional.

“Todo o sistema de refrigeração também possui uma malha de controle e supervisão com um software integrado e projetado especificamente para as condições operacionais de cada cliente e suas respectivas aplicações”, explica Guglielmoni.

 

Mercado e tendências

Os fluidos refrigerantes ainda predominantes no setor são o R-404A, R-717 e R-22, que está sendo descontinuado, além dos fluidos secundários.

“As hidrofluorolefinas (HFOs), uma nova geração de fluidos refrigerantes, também estão se destacando no setor, devido ao seu menor impacto climático”, lembra o presidente da Multifrio Refrigeração, Marcos Zanotti.

Segundo o presidente do Departamento Nacional de Refrigeração Comercial da Abrava, Eduardo Almeida, o mercado está passando por uma conscientização bastante ampla, e hoje o investimento inicial não é o mais importante. Assim, leva-se em conta uma visão para todo o processo, com o objetivo de se obter o menor custo operacional.

“As expectativas do segmento são bastante animadoras para o próximo ano, pois o Brasil em breve receberá o status de país livre da febre aftosa, reconquistando assim mercados que, por ora, suspenderam as importações de nossa carne bovina”, diz.

Entretanto, o desempenho do setor em 2018 está abaixo do verificado no ano passado, motivado pelas incertezas políticas e econômicas, criando um ambiente de insegurança para os investidores.

Trinco em nylon com chaveamento, lançado pela Refri-Leste

Outro fator que contribui para o baixo nível de investimentos é a falta ou restrição de linhas de crédito, como Finame e cartão BNDES, o que seria essencial para o reaquecimento do setor.

Segundo Almeida, as principais tendências tecnológicas do segmento estão focadas em melhoria dos sistemas de automação para transporte, movimentação e estocagem, principalmente os  verticais, otimizando as áreas de armazenamento.

O controle e o monitoramento das temperaturas das câmaras também têm merecido especial atenção nos projetos. “A automação e o monitoramento da abertura/fechamento das portas são responsáveis por assegurar a estabilidade da temperatura interna e garantir a qualidade do produto, além de melhorar a performance energética”, salienta.

Segundo empreiteiros do ramo de projeto, montagem e manutenção de equipamentos, outras tendências fortes no mercado são o uso de evaporadores especiais com rendimento e flecha de ar otimizados, válvulas de expansão eletrônicas e inversores de frequência, componentes que já são utilizados em ar-condicionado e agora serão aplicados na maioria dos sistemas de frio.

“Os compressores scroll, adotados hoje em larga escala na climatização, estão cada vez mais presentes em projetos de refrigeração”, exemplifica o engenheiro Marcos Guedes, da São Rafael Câmaras Frigoríficas.

“Sistemas de degelo a gás quente de maior eficiência e com automação ativa e condensadores utilizando a água para absorver parte do calor para processos internos dos centros logísticos junto com energia solar (para aquecimento de água) e outras aplicações com energia solar fotovoltaica ligada à rede elétrica darão o tom das instalações autossustentáveis da próxima década”, prevê o empresário Vandic Rocha, diretor técnico da Setfrio Engenharia e do Centro de Treinamento em HVAC-R Industrial, Naval e Offshore.

Segundo o consultor técnico e encarregado de engenharia de aplicação da Full Gauge Controls, Fábio Tedesco, o uso de válvula de expansão eletrônica mantém um superaquecimento totalmente desejado, independentemente das condições, resultando em um sistema frigorífico mais eficiente.

“Além disso, com o gerenciamento remoto das câmaras frigoríficas é possível ter acesso a todas as informações a distância, inclusive por meio do telefone celular, receber alertas, alterar as temperaturas e elaborar gráficos”, ressalta.

Fabricantes como a EOS Termoisolantes – que são especialistas em painéis isolantes e portas frigoríficas – confirmam tendências assim nos muitos projetos que têm atendido para grandes entrepostos.

O setor de cross docking também está em alta, segundo a empresa. Trata-se de um sistema logístico em que a mercadoria não chega a ser estocada no armazém ou centro de distribuição, sendo imediatamente preparada para entrega ao cliente ou consumidor final.

“Temos participado de diversos fornecimentos de soluções para as aplicações de armazenagen frigorificada”, confirma o coordenador nacional de vendas da empresa, Rui Ribeiro.

Refri-Leste também lançou, recentemente, trilhos para portas frigorificas corrediças

O desempenho do setor, segundo ele, vem sendo positivo em comparação aos últimos anos e a expectativa é que o mercado siga em crescimento. “A demanda, que ficou reprimida nos últimos três anos, está sendo retomada em 2018”, diz.

“Devagar, a economia está voltando a ficar aquecida”, avalia o empresário Orlando Marinho Bailer, da Refri-Leste, fabricante de painéis em poliuretano e portas frigoríficas. “Esperamos que, após as eleições, os negócios voltem ao normal”, completa.

“Este ano, temos um cenário político que deixa algumas incertezas quanto ao segundo semestre. Contudo, observando o movimento de grandes empresas em relação aos investimentos em expansão e obras, o cenário mostra-se promissor para o próximo ano”, acredita o gerente corporativo da divisão de câmaras frigoríficas da Dufrio, Roger Afonso Barchfeld.

Com a recuperação da economia, o setor vê a retomada dos projetos nessa área. “Vale lembrar que alguns segmentos do agronegócio no Brasil podem estar num nível diferenciado da economia geral do País, mas é inegável que, de forma macro, todos seguem o mesmo ritmo de recuperação”, destaca o gerente de engenharia da Kingspan Isoeste, Rafael Tomaz Zacarias.

Em termos de projeto, prossegue o gestor, uma das principais tendências no segmento é o uso da tecnologia BIM (sigla em inglês para Modelagem de Informações da Construção).

“A Kingspan Isoeste já entrega seus projetos nessa plataforma BIM, garantindo assim uma melhor compatibilidade entre todas as disciplinas do empreendimento, melhorando o levantamento de materiais e prevendo com antecedência todas as interferências entre projetos”, diz.

“Esse ganho inicial se mostra também extremamente importante na fase de execução e uso da obra, inclusive com a redução de custos em retrabalhos”, afirma.

Fluido refrigerante ecológico ganha espaço no mercado de climatização

A preocupação com o meio ambiente é cada vez mais constante no segmento da climatização. Desde o Protocolo de Montreal, que exigiu a diminuição de emissão de cloro na atmosfera, as empresas estão trabalhando para desenvolver fluidos refrigerantes que possam manter o desempenho dos equipamentos, sem prejudicar a camada de ozônio.

Um dos exemplos foi apresentado durante palestra promovida pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) na noite da última quinta-feira (21).

“O fluido refrigerante R-427A foi desenvolvido para ser uma opção ecológica para o R-22, que só poderá ser usado ate 2030. A partir do ano que vem, haverá redução de 35% na importação do R-22. Então, o preço deste produto vai elevar os custos da climatização. Cerca de 90% dos climatizadores ainda utilizam este fluido poluente, que é feito com cloro”, explicou o consultor técnico da Arkema, Paulo Napoli.

Uma das preocupações dos empresários é a troca dos fluidos refrigerantes. Entretanto, segundo Napoli, a opção de retrofit desenvolvida pela indústria química francesa realiza a mudança sem transtornos ou elevação de gastos. Ao contrário disso, consegue diminuir os valores da energia elétrica.

“O retrofit aproveita o equipamento sem modificar o projeto já realizado. Conseguimos modificar o fluido refrigerante sem modificar o produto. Algumas empresas já estão realizando o retrofit e perceberam redução de 6% na energia elétrica. Quando diminuir a importação do R-22, o valor deste produto vai elevar bastante. Assim, o R-427A, que hoje tem o mesmo preço do R-22, vai se tornar mais econômico”, salientou.

A palestra contou com a presença de engenheiros, projetistas, profissionais do setor de instalação e manutenção em climatização e refrigeração, e estudantes das áreas de refrigeração e climatização, segundo a assessoria de comunicação da Asbrav.

O consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, Paulo Napoli, proferindo palestra na sede da Asbrav, em Porto Alegre

Paulo Napoli, consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, durante palestra na Asbrav na última quinta-feira | Foto: Mariana da Rosa/Divulgação

HVAC-R em festa

O Troféu Oswaldo Moreira, premiação mais esperada do ano pelos empresários e profissionais da indústria e do comércio de refrigeração e climatização, foi entregue na noite de 7 de junho, na Casa Itaim, em São Paulo.

O evento, que leva o nome do fundador da Revista do Frio, reuniu mais de 300 convidados e foi, mais uma vez, uma grande oportunidade de confraternização e networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria ocorreu momentos antes da premiação, em computadores instalados na recepção da festa.

Os vencedores deste ano foram Samsung (Indústria de Ar Condicionado), Chemours (Indústria de Refrigeração), Clima Rio (Comércio de Ar Condicionado), Dufrio (Comércio de Refrigeração), Rafael Dias (Personalidade do Comércio) e Priscila Baioco (Personalidade da Indústria).

TOM - 2018 - Profissionais e empresário no evento de refrigeração e ar condicionado

Homenagens especiais

Antes da entrega ao TOM aos vencedores, a Revista do Frio fez uma homenagem póstuma ao advogado Sidney de Oliveira, falecido em 16 de abril, vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca.

Durante seus 58 anos de atuação no setor, ele passou por empresas como Johnson Controls, Tropical, Isopor, Montreal e Girotubo, tendo também atuado como consultor independente de muitas outras grandes companhias e entidades, como a Abrava, a Anprac e a Ordem dos Advogados do Brasil.

“Grande amigo de Oswaldo Moreira, doutor Sidney sempre lutou, com muito afinco, pela profissionalização do setor, com foco na qualidade do ar de interiores”, lembrou Mary Moreira, diretora geral da Revista do Frio.

No fim da cerimônia, a publicação entregou uma homenagem especial a Josenaldo Elias Damacena, colaborador mais antigo da casa. “Obrigado, Naldo, por sua participação ativa em nosso desenvolvimento e, principalmente, por seu companheirismo nestas três décadas”, disse Mary Moreira.

 

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio. 

O troféu que materializou essa ideia foi batizado, inicialmente, como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira –, a premiação ganharia o nome do jornalista que fundou a publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018, completou sua 20ª edição com o nome atual.

Conheça, a seguir, o perfil dos ganhadores do TOM 2018:

Samsung – Indústria/Ar Condicionado

Desde seu surgimento como uma pequena empresa de exportação na Coreia do Sul, a Samsung cresceu e se tornou uma das principais empresas de produtos eletrônicos do mundo. O início da produção de condicionadores de ar se deu em 1980 e, de lá para cá, se consolidou cada vez mais como uma das principais fabricantes do setor. 

Por meio de um processo de constante inovação, está sempre revolucionando os inúmeros mercados em que atua. Não é à toa que a companhia emprega centenas de milhares de pessoas e fatura bilhões de dólares, anualmente.

Até 2020, a empresa pretende alcançar vendas anuais de US$ 400 bilhões e figurar o valor global da sua marca entre os cinco maiores do mundo.

Chemours– Indústria/Refrigeração

A Chemours ajuda a criar um mundo mais colorido, capaz e limpo por meio do poder da química. Líder global em tecnologias de titânio, produtos fluorados e soluções químicas, a companhia oferece aos seus clientes uma ampla variedade de inovações baseadas na química. 

Os ingredientes da empresa norte-americana são encontrados em plásticos e revestimentos, refrigeração e ar condicionado, mineração e na produção industrial em geral. Seus principais produtos incluem marcas de renome, como Teflon, Opteon e Freon.

Atualmente, a Chemours tem cerca de sete mil funcionários em 70 unidades produtivas que atendem a mais de cinco mil clientes nas Américas, na região Ásia-Pacífico e na Europa.

Com uma receita de US$ 6,2 bilhões em 2017, a companhia chegou à 451ª posição do ranking da revista Fortune das 500 maiores empresas dos EUA.

 Clima Rio – Comércio Distribuidor/Ar Condicionado

A Clima Rio está no mercado há mais de 20 anos destacando-se na venda, montagem e manutenção de câmaras frigoríficas e distribuição de peças e insumos para refrigeração. 

Desde 2000, a companhia também atua no ramo de condicionadores de ar, em parceria com a Midea Carrier, o que a possibilitou construir uma infraestrutura de 18 lojas e quatro centros de distribuição.

Notabilizada pela ética e a transparência do empresário Gilson Miranda, a empresa que iniciou suas atividades em 1996, em Niterói, conta hoje com amplo estoque de ar-condicionado, produtos para refrigeração comercial e industrial, cobre, compressores, gases refrigerantes e forçadores de ar para câmaras frigoríficas, dentre outros itens do portfólio da empresa, que também explora o nicho de serviços, por meio do seu departamento de engenharia e projetos.

 Dufrio – Comércio Distribuidor/Refrigeração

Há mais de 20 anos no mercado, a Refrigeração Dufrio oferece soluções completas em refrigeração e ar condicionado. Comprometida em surpreender os clientes e com a qualidade dos mínimos detalhes, a empresa aposta na personalização dos serviços e na transformação de ideias que proporcionam experiências únicas. 

Diferenciada e com espírito jovem, a Dufrio é referência no mercado e reconhecida pela inovação, trabalho sério, atitude e agilidade.

São 16 lojas, quatro centros de distribuição, vendas online e atendimento em todo o Brasil com profissionais altamente capacitados e especializados no segmento. Com mais de 1.200 colaboradores diretos e mais de 100.000 m2 em estoque, a empresa garante aos seus clientes o menor prazo de entrega.

 Rafael Dias – Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado

O primeiro emprego de Rafael Dias foi na própria A.Dias Ar Condicionado. Ele começou a trabalhar lá aos 15 anos de idade, no ano 2000, quando seu pai, Gerson Dias, o convidou para fazer um estágio na empresa, a fim de orientar sua escolha para o ensino superior. 

Assim, ele estudava durante a manhã no colégio e trabalhava no período da tarde. No início, realizava tarefas típicas de office boy: entregas de malotes em bancos e documentos em cartório, contagem de estoque e envio de fax para propostas de vendas. Depois de certo tempo, ele começou a ficar seis meses em cada departamento da empresa, para conhecer melhor cada detalhe da operação.

Um de seus grandes projetos para o negócio da família foi a criação de uma ferramenta de comunicação e venda direta para seu principal cliente: o instalador de ar-condicionado.

Segundo ele, foi preciso promover muitos treinamentos internos e quebrar alguns paradigmas, mas, com o tempo, todos perceberam que aquele era o caminho correto a seguir.

 Priscila Baioco  Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado

Primeira mulher a conquistar o Troféu Oswaldo Moreira, Priscila Baioco iniciou sua carreia na empresa Luftec Hélices, em 1998, aos 16 anos como assistente de vendas na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo. Aos 18 anos, ela se mudou para a capital, para estudar e trabalhar na empresa EH Representações onde ficou por dois anos e, então, foi para a Torin Ventiladores, onde permaneceu por quatro anos. 

Em 2006, ela começou a trabalhar na Armacell como vendedora técnica, ficando nesta função até 2010, momento em que teve a oportunidade de vivenciar uma experiência internacional atuando na Trox Latinoamerica como responsável pelo desenvolvimento de mercado em países sul-americanos.

Em 2011, Priscila retornou à Armacell como gerente regional de vendas e, em 2017 assumiu o cargo de gerente nacional de vendas nesta mesma empresa. São 20 anos de atuação na área de vendas no setor HVAC-R, muitas experiências vividas e conquistas alcançadas.

Troféu Oswaldo Moreira homenageia empresas e personalidades do HVAC-R

Chegou o momento mais esperado anualmente pelo setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R). Após um ano de trabalho árduo, os profissionais e empresas que se destacaram em 2017 por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional concorrerão ao Troféu Oswaldo Moreira.

Nesta edição, marcada para 7 de junho, a partir das 19h30, o palco do evento será a Casa Itaim, que fica na rua Clodomiro Amazonas, 907, na Vila Olímpia, em São Paulo.

O prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo –, é também uma grande oportunidade de networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria será feita durante o encontro, com os convidados votando– por meio de computadores dispostos no local da cerimônia – nos melhores profissionais e empresas do setor.

Confira a seguir os nomes dos indicados que concorrerão troféu este ano:

 

Indústria – Ar Condicionado
Daikin
Samsung
Trane

Indústria – Refrigeração
Chemours
Full Gauge Controls
Embraco

Comércio Distribuidor – Ar Condicionado
A.Dias
Clima Rio
Friopeças

Comércio Distribuidor – Refrigeração
Dufrio
Refrigeração Marechal
Polipartes

Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado
Rafael Dias (A.Dias)
Sidney Tunda (Poloar)
Tiziano Giordano Pravato (Leveros)

Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado
Anderson Bruno (LG)
Katsuya Fujii (Fujitsu)
Priscila Baioco (Armacell)

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio.

O troféu que materializou essa ideia foi batizado inicialmente como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira – a premiação ganharia o nome do fundador da publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018 chega à sua 20ª edição com o nome atual, e 14 anos com o formato de votação eletrônica, realizada pelos convidados da festa em terminais de computador minutos antes da sua entrega.

Whirlpool concede férias coletivas

A partir de hoje a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool dará férias coletivas de cinco dias aos trabalhadores das fábricas Joinville (SC) e Rio Claro (SP). O motivo é a falta de insumos, como aço e resinas, para as linhas de produção.

Com a greve dos caminhoneiros, a entrega desses materiais, que é diária, começou a falhar. A saída de produtos acabados também está prejudicada pela falta de transporte. O estoque de geladeiras e fogões da companhia, por exemplo, é de 20 dias.

 

Fonte: Márcia De Chiara, O Estado de S.Paulo