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Embraco participa da Chillventa 2022

A Embraco traz para a Chillventa 2022 um portfólio que visa atender às demandas mais importantes do mercado: sustentabilidade, eficiência energética e soluções para resolver os desafios atuais e futuros. Por isso, o estande da marca na exposição, de 11 a 13 de outubro, terá lançamentos de produtos que estarão lado a lado com o atual portfólio e mostrará o conjunto de soluções da Embraco para todos os segmentos de refrigeração comercial, como merchandisers, varejo de alimentos, serviços de alimentação e aplicações médicas.

“Por ser a principal feira mundial de tecnologia de refrigeração, vemos a Chillventa como a oportunidade perfeita para expor a abrangência e a versatilidade de nosso portfólio de soluções comerciais, e destacar alguns dos principais atributos da marca Embraco, como liderança em inovação e os mais altos níveis de eficiência energética do mercado”, afirma Daniel Campos, Vice-presidente de Aplicações Comerciais da Nidec Global Appliance.

As apostas da refrigeração comercial

Segmento investe cada vez mais em tecnologias como conversores de frequência, condensadores de microcanal, fluidos refrigerantes de baixo impacto climático, trocadores de calor a placas e válvulas de expansão.

Capitaneado principalmente pelas vendas de ilhas e expositores frigoríficos, o segmento de refrigeração comercial cresceu sem parar na última década no Brasil, com resultados muito positivos alcançados pela indústria e pelo varejo mesmo durante a pandemia.

Para chegar ao atual cenário, esse mercado – que historicamente é um dos primeiros a sentir o impacto das crises econômicas – só saiu fortalecido dessa situação porque vem há algum tempo baseando sua evolução em três pilares – eficiência energética, miniaturização e uso de refrigerantes de baixo impacto ambiental.

Essas três tendências juntas também causam um enorme impacto nas metas de redução dos efeitos da refrigeração no meio ambiente, ajudando a preservar recursos, diminuir as emissões de CO2 e combater o aquecimento global.

Uma das tendências do varejo brasileiro, a busca por equipamentos energeticamente mais eficientes se intensificou especialmente em função do absurdo encarecimento da energia elétrica, item que pesa cada vez mais nos custos do negócio. Partindo dessa premissa, avançam as tecnologias capazes de mitigar essa e outras despesas, além de diminuir os gastos com manutenção e proporcionar uma gestão mais inteligente dos equipamentos.

“Como fabricantes de compressores e unidades condensadoras, nosso foco é desenvolver e lançar produtos que respondam a essas demandas. Uma das principais tecnologias para isso está nos compressores de velocidade variável, que podem resultar em até 40% de economia de energia, dependendo da aplicação, em comparação à tradicional tecnologia de velocidade fixa. Esses compressores oferecem ainda melhor desempenho na preservação dos alimentos e redução de ruído”, afirma o diretor de vendas e engenharia de aplicação para América Latina da Nidec Global Appliance, Sander Malutta.

Similarmente, o HVAC-R mundial tem apostado no avanço dos compressores com motor de ímã permanente, também conhecidos como BLDC, que estão ficando cada vez mais populares no segmento de refrigeração. Trata-se de um tipo de motor que vai dentro de um compressor de velocidade variável.

“Em testes reais, sistemas contando com compressores BLDC, válvulas de expansão eletrônicas e controle adaptativo conseguem entregar mais de 24% de economia de energia na comparação com as soluções tradicionais do mercado. Essa redução de consumo já é notada pelos supermercadistas que, uma vez em contato com esse tipo de tecnologia, dificilmente voltam a aceitar sistemas menos eficientes”, comenta o gerente técnico para a América Latina da Carel, Marcel Nishimori.

Desenvolvido para trabalhar em várias velocidades, o motor de ímã permanente permite que o compressor adapte seu funcionamento às necessidades do equipamento de refrigeração.

“Em um ambiente de constante abertura de portas, como um supermercado, por exemplo, ele recupera a temperatura ideal muito mais rapidamente do que um compressor de velocidade fixa (liga-desliga). Esse motor tem causado um impacto muito positivo no setor, visto que os modelos mais recentes podem economizar até 40% de energia elétrica, em comparação com os compressores de velocidade fixa”, concorda Malutta, da Nidec.

O executivo aponta também como tendência o uso do glicol como fluido secundário em aplicações de média temperatura, processo que já está consolidado em todos os tamanhos de supermercado no Brasil. Segundo ele, atualmente é muito comum encontrar unidades condensadoras dentro das lojas do tipo low condensing para expositores verticais e câmaras frias que operam em baixa temperatura.

“As unidades low condensing são pensadas para aproveitar as linhas de glicol que passam pelo estabelecimento e utilizar esse fluido como agente de condensação em vez de se instalar uma central de compressores na casa de máquinas e ter tubulações de cobre até os pontos de frio em toda loja. Essa nova modalidade de instalação aumenta a área de vendas, pois se faz necessário o uso de uma central de compressores para os evaporadores de congelados”, detalha Nishimori, da Carel.

Outro fator que colaborou decisivamente para os ganhos em refrigeração comercial são os projetos envolvendo o fechamento de expositores e ilhas com portas de vidro, que até então eram abertos, se configurou em outra tendência adotada pelos varejistas.

“Somente esse ajuste diminuiu significativamente a carga térmica dos expositores, proporcionando redução de carga frigorífica e dando espaço nos racks de frio alimentar à linha de compressores com tecnologia scroll e herméticos, em substituição aos tradicionais semi-herméticos, cuja eficiência é menor”, explica o coordenador de vendas na Danfoss, Oswaldo Maestrelli Junior.

Juntamente com a eficiência energética, o mercado do frio tem acompanhado a tendência tecnológica de redução de tamanho dos compressores, a chamada miniaturização.

A partir do uso de muita tecnologia embarcada, esse processo visa à fabricação de compressores menores, mas com a mesma capacidade de refrigeração e até mais eficiência energética do que seus antecessores.

“Há vários ganhos nisso, como a otimização do espaço interno do gabinete, liberando mais área para armazenamento de produtos e reduzindo o consumo de recursos naturais para fabricação dos compressores”, salienta o executivo da Nidec, fabricante da marca Embraco.

Baixo impacto

Outra forte tendência na refrigeração comercial, que utiliza anualmente toneladas de gases refrigerantes, é a busca por substâncias de baixo impacto ambiental, a exemplo do propano (R-290).

“Em 2021, 65% de nossos compressores, comercializados globalmente, tanto em setores residenciais quanto comerciais, já contavam com fluidos refrigerantes naturais”, descreve Sander Malutta.

A aplicação de fluidos refrigerantes de baixo GWP, especialmente o propano, o dióxido de carbono e misturas à base de hidrofluorolefinas (HFOs), tornaram-se outra alternativa aos refrigerantes que encontram-se em gradual processo de retirada do mercado.

“O desenvolvimento de novas tecnologias visa atender às demandas da Emenda de Kigali e procura, com isso, minimizar o consumo de energia elétrica. Fluidos refrigerantes de baixo GWP e controle de capacidade nos compressores são ações efetivas que trouxeram novas perspectivas para o futuro próximo”, complementa o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues, lembrando que são diversos os projetos em operação que já usufruem daquilo que será regra muito em breve.

De acordo com o executivo, a fabricante curitibana tem em seu portfólio equipamentos resfriadores de glicol (HighPack), considerados a vedete da refrigeração comercial brasileira no momento.

“São máquinas simples, de baixo custo, boa eficiência energética e reduzida carga de fluido refrigerante, ou seja, um conjunto de características consideradas estratégicas na análise de viabilidade de um projeto que busca atender às demandas atuais e futuras de um sistema de refrigeração para supermercados”, avalia Rodrigues.

Para o vendedor técnico da Danfoss Alex Pagiato, que atua nos segmentos de OEM e usuários finais, “a tecnologia de condensadores microcanal mostrou-se a mais favorável, pois reduz a carga de refrigerante em até 30%, atendendo aos requisitos e às normas que restringem o volume a 150 gramas, no caso do propano”, argumenta.

O representante da multinacional dinamarquesa informa que entre seus carros-chefes estão os compressores scroll homologados para os principais fluidos refrigerantes; inversores de frequência; válvulas de expansão eletrônicas do tipo passo e pulso; condensadores microcanal; trocadores de calor a placas; válvulas de balanceamento para fluido secundário; controladores eletrônicos e gerenciadores de sistema com acesso remoto. Todos estes produtos são importados das plantas globais da Danfoss localizadas na Europa, Ásia e América do Norte.

A japonesa Nidec, por sua vez, tem um rol bem diversificado de produtos voltados à refrigeração comercial, no caso dos compressores de velocidade variável, como as linhas FMF e VEM.

A linha FMF é uma família de compressores para aplicações comerciais que apresenta os melhores níveis de eficiência energética do mercado na sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração. Com deslocamento máximo de 6 a 15 cc, a versatilidade deste portfólio o torna indicado para equipamentos de qualquer segmento, como varejo de alimentos, cozinhas profissionais, aplicações médicas e científicas e expositores (merchandisers). Conta com tecnologia de velocidade variável (inverter) e utiliza refrigerante R-290.

A linha VEM tem como destaque o modelo VEMT404U – compressor para aplicações comerciais como merchandisers e equipamentos de refrigeração de cozinhas profissionais ou outros serviços de alimentação. Funciona com R290 e é até 10% mais eficiente do que os modelos competidores equivalentes (inverters).

Entre as unidades condensadoras, alguns dos principais modelos vendidos para uso no varejo brasileiro são as UFMF, projetadas para refrigeração comercial e reconhecida por sua eficiência energética, o que as tornam ideais para aplicações que exigem alta estabilidade de temperatura, confiabilidade e baixo ruído.

Bivolts e de bifrequências, operam nas tensões nominais de 110 V e 220 V e nas frequências de 50 e 60 Hz, além de trabalharem em ampla faixa de rotações por minuto (RPM). São dotadas de um compressor de velocidade variável FMF que, por meio de gerenciamento eletrônico, mantém a temperatura estável, independente da demanda, e opera com R290.

Já na linha de compressores de velocidade fixa com alta eficiência energética, o destaque vai para o compressor NEX, voltado para aplicações no varejo de alimentos, como expositores refrigerados, e para serviços de alimentação, como máquinas de gelo, refrigeradores de cozinhas profissionais e refrigeradores de bebidas.

“Trata-se da quarta geração da família de compressores Embraco NE. Em comparação com as gerações anteriores, fornece entre 7% e 10% mais eficiência energética, menores ruído e vibração, e opera com refrigerante natural R290”, informa Sander Malutta, da Nidec.

Além do já citado conjunto de compressor BLDC, do tipo variável, a multinacional norte-americana Carel aposta no variador de velocidade Power+, na válvula de expansão eletrônica e no controle completo que possibilita a integração de todos os componentes em um sistema adaptativo para diversos tipos de aplicação.

O gerente técnico para a América Latina da Carel, Marcel Nishimori, comenta que a recém-lançada família de controles iJ tem como principal característica a conectividade, tanto de interface com o usuário quanto de troca de informações, em tempo real, com o módulo inversor do principal compressor VCC disponível no Brasil.

“Esta integração entre controle e inversor permite obter o máximo rendimento frigorífico, proporcionando maior estabilidade de temperatura ao produto e aumentando sua qualidade sensorial e vida de prateleira”, completa.

Principais tendências do mercado brasileiro

Conversores de frequência. São conhecidos também como inversores de frequência, ou inverters. Trata-se do dispositivo eletrônico que é acoplado ao compressor e controla a velocidade de funcionamento do motor de ímã permanente, que fica dentro do compressor. Juntos, eles compõem o chamado compressor de velocidade variável.

Condensadores de microcanal. Tecnologia que utiliza canais mais finos no condensador, aumentando a pressão exercida sobre o fluido refrigerante, permitindo o uso de uma quantidade menor de material.

Fluidos refrigerantes de baixo impacto climático. Nas últimas décadas, um esforço global tem sido para substituir os HFCs refrigerantes com alto potencial de aquecimento global, por fluidos de menor impacto ambiental. Os refrigerantes naturais estão entre as melhores e mais viáveis alternativas no campo da refrigeração comercial leve.

 

Frigelar de Osasco-SP muda de local

A nova loja Frigelar, localizada na mesma Avenida dos Autonomistas (260m da antiga loja), passa a atender agora no número 6230, na cidade de Osasco em São Paulo.

A mudança, segundo a empresa, busca a necessidade de cada cliente para fornecer soluções completas por meio de grande diversidade de marcas e produtos que atendem a todos os tipos de necessidades da refrigeração comercial e doméstica às mais diversas soluções em ar-condicionado, eletros e câmaras frigoríficas.

Mudança e inauguração da nova filial de Osasco ocorreu no dia 08 de agosto.

Chemours promove webinar sobre soluções para refrigeração comercial

A Chemours promove no dia 11 de agosto, quinta-feira, a partir das 19h, um webinar com o tema “Soluções para Refrigeração Comercial”, que será apresentado por Lucas Fugita, especialista em Serviços Técnicos, Estratégia e Desenvolvimento de Negócios na empresa.

O webinar é o segundo encontro realizado para dar suporte à campanha “A Mudança que o Mundo Precisa”, lançada em junho pela Chemours.

No encontro, serão comparadas as diferentes soluções disponíveis no mercado e as tendências para fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e que são essenciais para a redução das emissões de CO2 com baixo custo total de propriedade, tendo como público principal, profissionais em Refrigeração Comercial e Supermercadistas.

Troféu Oswaldo Moreira reúne empresas e profissionais do frio em SP

Após hiato de dois anos, premiação que leva o nome do fundador da Revista do Frio voltou a ser realizada na capital paulista

A noite de ontem (23/6) marcou a entrega da 24ª edição do Troféu Oswaldo Moreira (TOM), premiação nacional que homenageia empresas e profissionais que se destacam por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.

Após um hiato de dois anos, o prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo voltou a ser realizado na capital paulista.

Antes do início da entrega da premiação aos mais votados, a organização da noite de confraternização e networking entregou uma placa de homenagem ao empresário Sidney Tunda, presidente do grupo Poloar, principal rede de lojas de ar-condicionado do Brasil.

Conforme ocorre há quase duas décadas, a votação foi feita pelos convidados nos três finalistas de cada categoria durante o evento – a única exceção foi Job Ney Palmeira, o primeiro premiado da categoria Destaque Instalador, criada este ano pela Revista do Frio para homenagear os profissionais de campo.

Os mais votados deste ano foram Patrice Tosi (Personalidade da Indústria), Adriana Neto (Personalidade do Comércio), Midea Carrier (Destaque Indústria de Ar Condicionado), Epex (Destaque Indústria de Refrigeração), Leveros (Destaque Comércio de Ar Condicionado) e Clima Rio (Destaque Comércio de Refrigeração).

Confira mais flashes da festa neste link.

A evolução do inversor: eletrônica de um jeito simples

Por André Rosa, Diretor Sênior de P&D e Estratégia de Produto; Alexandre Cabral, Gerente de P&D; e Daniel Hense, Pesquisador Sênior de P&D da Nidec Global Appliance

Trabalhar com refrigeração significa estar sempre com um olho no presente e outro no futuro. Os compressores estão se tornando menores, mais silenciosos, mais eficientes e ambientalmente mais sustentáveis. No entanto, pouco se fala sobre o dispositivo que tem contribuído muito com os resultados mais significativos alcançados nos últimos anos: o inversor.

Trata-se do equipamento eletrônico que aciona o compressor de velocidade variável (VCC), o qual tem atingido níveis de eficiência energética cada vez mais elevados, impulsionado também pelas rigorosas regulamentações de consumo de energia para equipamentos de refrigeração comercial na Europa e em outras regiões do mundo. Afinal, é consenso que níveis elevados de eficiência energética são obrigatórios para a sustentabilidade ambiental, hoje e no futuro.

Então, já passou da hora dos players do mercado de refrigeração comercial conhecerem mais sobre o inversor, principalmente os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial. Este artigo vai desmistificar a percepção de complexidade a respeito desse dispositivo e mostrar as facilidades e ganhos que ele pode trazer para os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial e seus clientes.

O que há dentro de um inversor?

De maneira simplificada, há uma placa eletrônica composta por um estágio de entrada de energia chamado conversor AC/DC (conversor de corrente alternada para contínua) e por um estágio de saída de energia chamado “inversor” DC/AC, que gera uma corrente AC em nível e frequência adequados para o compressor. A inteligência do dispositivo está em um software instalado em um microcontrolador de menos de 1cm2. Este software implementa a lógica de controle do motor (motor control logic) e a operação do inversor para acionar o motor BLDC (Brushless Direct Current – corrente contínua sem escovas) do compressor.

O uso de tecnologia de controle do motor sem uso de sensores de posição, presente nos inversores Embraco, permite que a solução seja ainda mais descomplicada. O inversor dispensa os sensores pela leitura do sinal de retorno das bobinas do motor (também conhecida como Força Contra Eletromotriz ou Back Electromotive Force). Com isso, ele calcula como gerar a frequência e a potência de saída mais adequadas para acionar o motor a uma determinada velocidade, independente da carga.

A velocidade é o elemento chave

O inversor e o compressor compõem um sistema que pode modular a capacidade de refrigeração por meio do ajuste da velocidade do compressor (que é função da frequência de saída do inversor), reduzindo-a durante baixas demandas (baixa temperatura ambiente ou sem abertura da porta) ou aumentando-a sob altas demandas (pull down, recarga de produtos no gabinete ou temperatura ambiente elevada). O compressor de velocidade variável faz isso sem ligar e desligar constantemente como um compressor tradicional de velocidade fixa faria.

Um compressor de velocidade variável geralmente opera em uma faixa de 1.600 a 4.500 rpm (rotações por minuto), enquanto um compressor de velocidade fixa só opera na frequência da rede (3.000 rpm para 50Hz e 3.600 rpm para 60Hz). Assim, o VCC oferece uma recuperação de temperatura bem mais rápida a qualquer momento em que a porta da geladeira é aberta, por exemplo – algo que acontece o tempo todo ao longo do dia em supermercados ou serviços de venda de alimentos. Após atingir a temperatura desejada, ele volta a uma velocidade em que o coeficiente de desempenho (COP) é maximizado, o que significa manter a capacidade de refrigeração necessária com o menor consumo de energia possível. Por ser mais rápido nessas transições, o VCC não só economiza energia como preserva a qualidade dos alimentos.

E não podemos deixar de mencionar também os níveis de ruído mais baixos emitidos pelos compressores de velocidade variável, graças ao fato de que o inversor, na maioria das vezes, trabalha com a rotação mais baixa e silenciosa.

Tirando a complexidade da equação

O ponto chave no uso de um compressor de velocidade variável equipado com inversor é fazer todo o sistema funcionar em sua capacidade de refrigeração ideal e, ao mesmo tempo, economizar energia. Esse objetivo é alcançado por meio do ajuste de um conjunto de parâmetros, que pode ser implementado pelo controlador eletrônico do equipamento de refrigeração ou pelo próprio inversor, quando configurado para funcionar em conjunto com uma lógica de controle embarcada e um controlador mais simples (ou até mesmo um termostato mecânico).

A lógica de controle embarcada dos inversores Embraco, denominada Smart Drop-In (SDI), já está em sua segunda geração e foi criada para extrair todos os benefícios do compressor de velocidade variável nos seus mais diversos empregos e condições e da maneira mais simples e prática possível. Com o sistema Smart Drop-in, o controlador será o mesmo dos compressores de velocidade fixa (liga-desliga), um termostato, e a lógica SDI será responsável por determinar a velocidade correta dependendo da demanda. A facilidade vem do fato de que o ajuste de apenas um parâmetro permite que o aparelho alcance bons resultados.

Essa evolução na lógica de controle embarcada do inversor está permitindo a popularização do compressor de velocidade variável na indústria de refrigeração comercial, mesmo em fabricantes menores, que nem sempre contam com os recursos internos necessários para lidar com a complexidade de uma unidade eletrônica de controle do equipamento de refrigeração. O uso de uma lógica de controle embarcada simples, como a Smart Drop-In, elimina a complexidade da equação, não apenas nas linhas de fabricação dos equipamentos de refrigeração, mas também durante o serviço em campo. Sem ter de passar por um treinamento extensivo, a equipe de manutenção do fabricante do equipamento  conecta seu computador ao inversor e tem um total de 6 parâmetros para trabalhar e pronto.

Desenvolvendo hoje a solução do futuro

Vejamos o seguinte exemplo de ganho de eficiência energética com a lógica de controle embarcada. Na Nidec Global Appliance, detentora da marca Embraco de soluções de refrigeração, uma das aplicações de um de nossos clientes, um freezer vertical para cozinhas profissionais, utiliza atualmente compressores da linha EMC, o mais eficiente compressor de velocidade fixa (liga-desliga) da marca. Com ele, o referido freezer já alcança o selo B de consumo de energia na Europa, resultado com o qual o cliente em questão está muito satisfeito. No segmento de cozinhas profissionais na região, até o momento, não se tem aplicações com o selo A de eficiência energética ainda.

No entanto, o cliente vislumbra a necessidade de fabricar um produto que atinja o selo A, visto que o mercado de serviços de alimentação na Europa considera inevitável o surgimento de novas exigências normativas de eficiência energética para os equipamentos de refrigeração desse segmento, em um ou dois anos.

Por esse motivo, testamos recentemente o mesmo freezer vertical, sob diversas temperaturas e condições ambientais, utilizando a família de compressores de velocidade variável mais eficiente da Embraco, a FMF, que utiliza a lógica de controle Smart Drop-In (SDI), e conseguimos reduzir o consumo de energia em 15,7%. Simples assim, apenas trocando o compressor e fazendo o ajuste de três parâmetros da SDI. É importante acrescentar que se não fosse uma comparação com o modelo de velocidade fixa mais eficiente energeticamente (melhor Coeficiente de Performance) do mercado, como é o EMC, mas sim um compressor de velocidade fixa de eficiência padrão, a economia seria consideravelmente maior, em torno de 25%.

O usuário final do segmento de serviços de alimentação, ou seja, os proprietários de restaurantes e outros estabelecimentos, farão as contas do retorno do investimento ao longo do tempo. Assim, se um equipamento de refrigeração mais eficiente se pagar mais rápido, graças à economia de energia gerada, esta será a escolha certa.

Versatilidade que leva à simplificação

Com um inversor programado por uma lógica de controle fácil de operar, o VCC abre um conjunto de possibilidades que simplificam processos fabris. Na linha de produção, por exemplo, os fabricantes de equipamentos de refrigeração comercial podem simplificar o estoque de seus compressores, trabalhando com uma menor quantidade de modelos diferentes, do que quando utilizam compressores de velocidade fixa. Como dito anteriormente, o inversor faz com que um mesmo compressor alcance uma faixa maior de capacidade, permitindo seu uso em uma grande variedade de equipamentos de refrigeração, com diferentes aplicações e tamanhos. O mesmo compressor também se adapta a uma ampla gama de temperaturas ambientes, sem comprometer a estabilidade de temperatura dentro do gabinete.

Os inversores também tornam o compressor mais estável mesmo com flutuações da tensão na rede elétrica. E eles podem otimizar o estoque também por oferecerem modelos 127V/220V. Na Nidec Global Appliance, entendemos que todo o portfólio de inversores de refrigeração comercial da marca Embraco deve ter opções de dupla tensão. Dessa forma, com o mesmo inversor, um compressor de velocidade variável pode operar em regiões de 127V ou 220V, ou mesmo em locais com redes elétricas instáveis.

Além disso, em um compressor de velocidade variável, graças à tecnologia aplicada, o motor é menor e faz o mesmo trabalho que o dispositivo equivalente de velocidade fixa, o que reduz o tamanho de todo o sistema. Isso traz inúmeros benefícios, entre eles, mais espaço disponível no gabinete do equipamento de refrigeração e redução nos custos de transporte.

Concluindo, os inversores e compressores de velocidade variável contribuem para o aumento de competitividade, para economia de energia, redução do ruído ambiente e maior espaço nos gabinetes, além da redução da complexidade do portfólio com menos modelos de compressores (SKUs).

Vazamentos de fluidos refrigerantes na mira do setor

Perda desses insumos drena recursos consideráveis, prejudica o meio ambiente e expõe as pessoas a acidentes. Detectores usam tecnologia capaz de encontrar escapes imperceptíveis.

Responsáveis por gerar prejuízos de milhões de reais anualmente a donos de aparelhos de ar condicionado, refrigeradores e freezers domésticos, comerciais e industriais, os vazamentos de fluidos refrigerantes continuam sendo um poderoso gargalo da cadeia produtiva do frio.

A perda do insumo, muitas vezes imperceptível, pode acontecer por várias causas externas e internas, desde instalações malfeitas, realizadas sem obedecer aos parâmetros estabelecidos pelos fabricantes, até o uso de ferramentas inadequadas ou de forma incorreta.

Há também a ocorrência de processos de desgaste de materiais, por exposição ao clima, além de danos provocados por choques físicos nos equipamentos, tensão térmica ou ambiental e até mesmo pela natural vibração de componentes durante o funcionamento. As conexões mecânicas são identificadas como as mais críticas.

Anualmente, 80% das importações brasileiras de R-22, um refrigerante clorado amplamente utilizado nos supermercados, destinam-se ao mercado de reposição. Além dos prejuízos financeiros, os vazamentos contribuem para prejudicar o meio ambiente e acabam expondo técnicos e consumidores a acidentes, no caso de manipulação de refrigerantes tóxicos ou inflamáveis.

No Brasil, o mercado segue diretrizes da NBR 16186:2013 – Refrigeração comercial, detecção de vazamentos, contenção de fluido frigorífico, manutenção e reparos. A norma estabelece os requisitos mínimos e os procedimentos para redução da emissão de gases refrigerantes em equipamentos e instalações de refrigeração comercial.

De acordo com estimativas de especialistas do setor de refrigeração no Brasil, 60% dos vazamentos são causados pela má qualidade técnica nos serviços de manutenção, pela ausência de normas para a prática desta atividade, além da falta de conscientização ambiental. Os outros 40% dos vazamentos em sistemas frigoríficos devem-se à má qualidade do equipamento de refrigeração.

Vários são os métodos diretos recomendados para a detecção de vazamentos, conforme enumera o Guia de Boas Práticas e Controle de Vazamento, criado em 2015 para o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em alemão) e com o apoio da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Um dos processos mais simples, porém, efetivo, é o teste de espuma de sabão com pressão do fluido frigorífico. Algumas marcas podem ser fornecidas com um pincel aplicador ou uma bola absorvente de algodão ligada a um fio rígido no interior de uma tampa. Há também similares com um aplicador spray.

De baixo custo, rápido e confiável, o detector de vazamento hálide (lamparina) pode ser utilizado apenas para detectar fluidos frigoríficos clorados e vazamentos de até 150 gramas por ano. A lamparina funciona segundo o princípio de que o ar é arrastado ao longo de um elemento de cobre aquecido por um combustível de hidrocarboneto. Se o vapor do fluido frigorífico halogenado estiver presente, a chama muda da cor azul para verde.

Habitualmente usado em sistemas de ar condicionado automotivo, o método de contrastes ultravioletas de detecção de vazamentos funciona quando uma substância fluorescente ou colorida é inserida no sistema e se desloca com o lubrificante através dos componentes do circuito. A mancha de vazamento é indicada pelo escape de fluido frigorífico.

Baseado na tecnologia TCD, o detector de gás eletrônico geralmente é usado para rapidamente encontrar a área de vazamento de um sistema. O método é sensível a faixas de vazamento diminutas, a partir de três gramas por ano. O detector usa uma sonda que cria uma emissão elétrica na presença de um fluido refrigerante. O sinal elétrico, por sua vez, é convertido em sinal visual ou sonoro.

Capaz de encontrar vazamentos de pequena proporção – com uma taxa menor do que um grama por ano –, a detecção com o uso de gás marcador é um método muito confiável que permite aos técnicos a realização de testes em um sistema com baixa pressão.

Os técnicos podem trabalhar, em busca de vazamentos de fluidos, com detectores ultrassônicos ou infravermelhos, que pela grande diversidade de funções, têm preços variando de R$ 150 a R$ 5 mil (para uso em campo), podendo chegar a R$ 50 mil, no caso dos robustos dispositivos industriais.

Os aparelhos ultrassônicos detectam vazamentos de vapores ou gases em locais onde essas substâncias não podem ser visualizadas ou detectadas pela audição ou olfato. Geralmente são utilizados em aplicações industriais, para detectar vazamentos em componentes de grandes dimensões, podendo inclusive ser usados, com segurança, em operações com gases tóxicos ou inflamáveis.

Conforme o Guia de Boas Práticas, do MMA, o aparelho ultrassônico pode detectar as vibrações criadas no ar por minúsculos vazamentos de gás ou vapor sob pressão, e transformá-los em um som audível ou alarme que pode ser facilmente detectado pelo operador do detector.

Já os equipamentos infravermelhos, segundo a publicação, têm uma superfície de detecção ótica por onde o fluido, que absorve a radiação IV (infravermelha), passa. Assim, quando essa passagem é detectada, soa um alarme, que depende da quantidade de radiação absorvida. A tecnologia é muito precisa e menos sujeita à contaminação.

 

Perda de rendimento

“Usando os equipamentos splits como exemplo, o primeiro sintoma relacionado ao vazamento de fluido no sistema de refrigeração é a perda de rendimento e capacidade frigorífica por conta da redução da massa de refrigerante circulando na tubulação. Com a queda de pressão na sucção, ocorre também a diminuição indesejada da temperatura de evaporação do fluido, ocasionando, em algumas situações, a formação de gelo na serpentina do evaporador”, explica o consultor comercial Samuel Gonçalves, da Elitech Brasil.

Segundo ele, na pior das hipóteses, além da falta de rendimento, pode também ocorrer danos ao compressor, pois o fluido refrigerante também é responsável pelo resfriamento do motor. “Normalmente, os vazamentos ocorrem em pontos de conexões e soldas na tubulação. Em splits, são mais frequentes nas porcas flange por conta de má execução do flange nos tubos de cobre ou do aperto insuficiente da porca”, descreve o consultor.

A Elitech tem apostado muito nos detectores de vazamento de fluido refrigerante com sensor do tipo infravermelho. Nessa categoria, a empresa oferece os modelos ILD200 e o InframateD, equipamentos bem-sucedidos no mercado do frio. Falando especificamente da tecnologia presente nos dois modelos, o teste é feito usando o método de espectroscopia óptica, que analisa a presença de compostos halogenados no ar baseado na frequência eletromagnética que as moléculas absorvem da luz.

“Uma instalação bem-feita deve passar por teste de estanqueidade com nitrogênio e por estabilização do vácuo, pois por meio desses dois processos é possível identificar vazamentos”, complementa Gonçalves.

Atualmente, a empresa oferece os manifolds digitais MS2000 e MS4000 e as bombas de vácuo inteligentes série V1200, que permitem realizar esse acompanhamento, inclusive com conectividade bluetooth nos smartphones com o app Elitech Tools. “Com ele, pode-se até gerar um relatório do tipo laudo técnico para comprovar a realização do serviço ao cliente”, pondera.

A Elitech possui detectores para três tipos de aplicação – halogenados – CFC, HCFC, HFC, HFO e SF6 (todos que têm cloro ou flúor); hidrocarbonetos – HCs propano (R290) e isobutano (R600a); e CO2 (R744).

O gerente de marketing da Testo do Brasil, Victor Brogin, entende que os principais pontos de atenção nos sistemas de refrigeração e ar condicionado são as válvulas de serviços e conexões, principalmente as do tipo schrader.

“Os fluidos são classificados por toxicidade e inflamabilidade, e durante um vazamento, o contato direto com pessoas pode causar sérios danos à saúde, como queimaduras e lesões graves na pele. Além disso, há o risco de explosões, dependendo da concentração do fluido que escapou para o ambiente”, argumenta.

Especializada na produção e distribuição de instrumentos e sistemas de medição, a companhia, que comercializa manifolds digitais e vacuômetros, informa que ainda neste ano lançará novos aparelhos de medição de fluidos refrigerantes. Em seu portfólio, conta com a família de instrumentos Testo 316, composta por três modelos de detectores de vazamentos, com sensores capazes de identificar as fugas mais discretas dos fluidos mais variados.

“Nossos detectores funcionam com um sensor de diodo aquecido, que aquece o fluido após a fuga do sistema e quebra as suas moléculas. Ao serem quebradas, um cloro carregado positivamente (ou íon flúor) aparece, já que a maioria dos refrigerantes contém estas duas substâncias. O sensor detecta as substâncias e o instrumento soa um alarme ao profissional, indicando o vazamento”, explica Brogin.

Reconhecida pela inovação trazida pelo seu famoso alicate Lokring, a alemã Vulkan também tem se preocupado com os vazamentos de fluidos, conforme relata o vendedor técnico Paulo Vitor Dalla Torre.

“Os principais problemas ocorrem em locais de difícil acesso para a instalação ou a correção do equipamento. O mesmo acontece com os flanges, em novas instalações em que as tubulações ficam em forros ou em lugares com grandes riscos de incêndio. Os vazamentos são muito recorrentes por existir a dificuldade de acesso com o maçarico, e com o Sistema Lokring esta dificuldade deixa de existir, pois o nosso sistema oferece segurança e abrangência de instalação ou correção em ambientes confinados”, detalha.

A Vulkan oferece ao mercado o detector de vazamento TLD-500, que consegue detectar microvazamentos de até três gramas por ano. Segundo a fabricante, seu grande diferencial é a mistura de 95% de nitrogênio e 5% de hidrogênio injetadas nas linhas frigorígenas, fazendo com que o técnico descubra o vazamento sem ter que desmontar o equipamento.

“Vazamentos são sempre prejudiciais para o meio ambiente, e acompanhando a movimentação dos grandes fabricantes, é possível enxergar a preocupação com essa responsabilidade, seja com a adoção de selos ecológicos, ou de boas práticas de refrigeração, como a importância de se utilizar ferramentas apropriadas para o recolhimento e a correção do equipamento. Afinal, com tantas informações hoje disponíveis, é inadmissível que isso ainda aconteça em nosso segmento”, complementa Dalla Torre.

A origem do problema

Vazamentos de fluidos refrigerantes são causados pelo desgaste inevitável em um sistema de refrigeração, bem como por um projeto inadequado e falta de boas práticas de instalação e manutenção, tais como:

Técnicas de brasagem deficientes – Vazamentos podem resultar de técnicas de brasagem inadequadas, como limpeza inadequada da junta antes da brasagem, uso da liga de brasagem errada e falha no aquecimento da junta uniformemente ou na temperatura adequada antes de por liga de brasagem na junta.

 Conexões mal apertadas – Vazamentos ocorrem em conexões rosqueadas e alargadas quando não são apertadas o suficiente ou quando são apertadas demais e racham.

 Falta de tampas e vedações nas válvulas – Para reduzir vazamentos através de hastes de válvulas e núcleos Schrader, todas as hastes de válvulas projetadas para serem tampadas e todas as válvulas Schrader de acesso devem ter as tampas adequadas no lugar.

 Material incompatível com óleo ou refrigerante – As vedações expostas a refrigerantes HCFCs incham a uma taxa diferente das vedações expostas a refrigerantes HFCs. Se um sistema estiver sendo convertido (retrofit) de um refrigerante HCFC para um refrigerante HFC, especialmente se for necessário mudar o óleo de um óleo mineral para um óleo poliolester (POE), as gaxetas ou vedações no sistema podem precisar ser substituídas.

 Vibração – A maioria das vibrações em sistemas de refrigeração ocorre nas linhas de descarga do compressor ou perto delas e são causadas por pulsações de gás. Se graves, as vibrações da linha de descarga podem resultar em linhas ou conexões quebradas.

 Expansão e contração térmica – Os sistemas de refrigeração alteram a temperatura, resultando em expansão e contração da tubulação de refrigeração e componentes associados. Se uma linha for impedida de se expandir livremente, as forças de tensão térmica no tubo podem fazer com que ele quebre os encaixes nos pontos de suporte.

 Corrosão – As serpentinas de cobre do evaporador em contato com ácidos alimentícios, como vinagre, podem corroer com o tempo e desenvolver microvazamentos. Vazamentos causados por corrosão também podem ocorrer em componentes do rack do compressor pela formação de condensação ou gotejamento nos componentes metálicos do rack. Materiais de limpeza incompatíveis ou usados incorretamente também causam corrosão. Os técnicos devem usar apenas agentes de limpeza compatíveis com os componentes de refrigeração, especialmente os evaporadores e a tubulação associada

 Contato metal-metal da tubulação – Tubulação de cobre em contato direto com outra tubulação ou suportes de aço mais duros ou concreto pode criar vazamentos.

 Suporte inadequado da tubulação – A tubulação de cobre com suporte inadequado cederá entre os suportes ou em curvas de 90 graus, criando estresse indesejado. Esse estresse pode levar a linhas quebradas ou acessórios, eventualmente causando vazamentos.

Vidro low-e para refrigeração comercial e linha branca é fabricado no Brasil

A Cebrace acaba de lançar no mercado o vidro low-e fabricado no Brasil com possibilidade de aplicação nos mercados de refrigeração comercial e linha branca (fornos e fogões).

O Thermo Vision chegou para complementar a família de vidros baixo-emissivos da fabricante, oferecendo maior autonomia na produção a partir da disponibilidade desse produto no mercado nacional, com o diferencial da performance.

Entre as outras características do material, estão a reflexão comparável a um vidro incolor (~8%) e alta transmissão de luz (~78%). Quando aplicado em fornos, reduz a temperatura do vidro externo, trazendo segurança a quem utiliza o equipamento.

“A partir da fabricação do Thermo Vision no Brasil, a Cebrace mantém o seu posicionamento de estar sempre à frente das necessidades de mercado, levando essa solução para garantir melhores condições de compra de um material de alta tecnologia e que tem disponibilidade em solo brasileiro”, afirma Jonas Sales, coordenador do mercado de refrigeração e linha branca da Cebrace, que complementa informando sobre a possibilidade de o produto ser adquirido na versão jumbo (3,21m x 6m).  “Essa grande dimensão permite maior aproveitamento da chapa no processamento e no corte, trazendo ainda mais economia ao processo para as indústrias de refrigeração comercial e de linha branca”, explica.

Frigelar inaugura filial em Cuiabá-MT

A nova loja, localizada na Av. Avenida Fernando Correa da Costa, 834, no bairro Areão em Cuiabá-MT, será inaugurada no dia 25 de maio e, segue o padrão das demais lojas Frigelar, as quais possui uma equipe de vendas técnica cujo foco é entender a necessidade de cada cliente, atendendo a todos os tipos de necessidades nos segmentos em que atua: da refrigeração comercial e doméstica às mais diversas soluções em ar-condicionado, eletros e câmaras frigoríficas.

Com uma trajetória de mais de 55 anos no mercado brasileiro e presente em 16 estados no Brasil, esta é a primeira loja no Mato Grosso.

Indústria do frio prevê bons negócios com supermercados em 2022

Monitoramento remoto, eficiência energética e novos fluidos refrigerantes ditam rumos no varejo de alimentos e bebidas.

A demanda por equipamentos de refrigeração comercial continua em alta no Brasil. Com o retorno das atividades econômicas, o setor varejista deve continuar priorizando investimentos com foco em sustentabilidade e eficiência energética, a fim reduzir o consumo de energia e, de quebra, diminuir a pegada de carbono de suas operações.

É o que afirmam especialistas ouvidos pela   salientando que esse é um conjunto de fatores que impulsiona o fornecimento de bombas e compressores de velocidade variável, ventiladores controlados eletronicamente, condensadores a ar do tipo microcanal, sistema de expansão eletrônica, incluindo válvulas, controladores e sistemas supervisórios, além de fluidos refrigerantes alternativos ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22.

“A tendência para o nosso mercado é cada vez mais termos tecnologias voltadas para sustentabilidade e digitalização. Muito em breve esses dois pilares serão uma necessidade, e não mais opção ou diferencial. Quem não estiver preparado para as mudanças ficará de fora do mercado”, conforme avalia Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no Brasil.

“Acreditamos que as tendências e fatores que vêm influenciando o setor de refrigeração comercial nos últimos anos no Brasil devem se manter em 2022. Em consequência disso, nossa expectativa é que tenhamos neste ano um cenário semelhante ao que tivemos em 2021, que foi marcado por movimentos como busca por eficiência energética, devido ao impacto do consumo de energia elétrica nos custos totais dos supermercados, lojas de conveniência, padarias e outros; aumento das instalações de pequenos mercados de bairro para as compras rápidas do dia a dia; aumento das instalações de atacarejos para as compras em maior volume; e retomada do desempenho do setor de serviços de alimentação”, ressalta o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da Embraco na América Latina.

“Também acreditamos que ano a ano deve aumentar no Brasil a preocupação em seguir as tendências mundiais com relação ao uso de fluidos refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês)”, acrescenta o executivo.

“Neste momento, o varejo tem trabalhado mais a compra de equipamentos novos carregados com hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrocarbonetos (HCs)”, diz o empresário Paulo Neulaender, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Já o parque atual com R-22 ainda não vem adotando novos fluidos refrigerantes no ritmo em que deveria, o que, na minha opinião, é um erro, pois o limite de importação de R-22 sofrerá um corte de 67% em 2025, ou seja, teremos falta do fluido daqui a dois anos, e o mercado, como sempre, vai deixar para última hora para avaliar o que fazer com os equipamentos existentes”, alerta.

Além da eficiência energética e da mudança de fluidos refrigerantes, os fabricantes apostam na miniaturização de componentes e na redução do nível de ruído como forma de elevar a competitividade de seus produtos.

Confira, a seguir, o que alguns dos principais players do setor têm fornecido para o mercado de refrigeração comercial nos últimos tempos:

Carel

A italiana Carel têm sido uma das maiores influenciadoras do uso de refrigerantes “naturais” no segmento de refrigeração comercial nos últimos anos. “Temos um portfólio bem vasto com soluções completas para diversos segmentos, e atualmente os principais produtos para o mercado de refrigeração comercial são as unidades condensadoras plug-in e semi plug-in da família DC Solution”, diz o engenheiro de aplicação da companhia no Brasil, Vitor Donini Degrossoli.

Segundo o gestor, “esta linha de produtos conta com um grande range de capacidade, podendo ser utilizada em aplicações de baixa e média temperatura, como balcões verticais, chest freezers e câmaras frias, além de ter como diferencial a compatibilidade com R-744 e R-290”.

“Além das unidades condensadoras plug-in e semi plug-in, ainda possuímos soluções para racks centralizados para utilização em aplicações de CO2 transcrítico”, esclarece.

“O pRack300T, por exemplo, oferece a possibilidade de gerenciar todo o sistema transcrítico, como gas cooler, HPV, RPRV (Flash Valve) e compressor paralelo. Em sua maior configuração, o sistema de controle para centrais frigoríficas pode gerenciar até 12 compressores e 16 ventiladores”, informa.

Coel

O controlador para câmaras frias E34B, controlador para expositores verticais P03/B05 e o controlador para sistemas com compressores de capacidade variável X35P são alguns dos principais produtos do portfólio da indústria brasileira para o mercado de refrigeração comercial.

Segundo a Coel, o controlador E34B possui um exclusivo sistema de pré aquecimento para o dreno, que atua um pouco antes da realização do degelo, evitando entupimentos e garantindo um bom escoamento para a água do degelo.

Já linha de controladores P03/B05 possui um sistema exclusivo de degelo dinâmico que, aliado aos modos de controle Eco e Turbo permitem reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica.

E a linha de controladores X35P foi projetada para sistemas com compressores de velocidade variável, e permite um controle preciso, adequando a potência do compressor à demanda de carga térmica requisitada.

“Esse sistema reduz consideravelmente o número de partidas do compressor, consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica e aumentando a vida útil do sistema”, afirma Fernando Tominaga, vendedor do segmento de refrigeração.

Chemours

Os principais fluidos refrigerantes que a indústria química americana oferece para o segmento de refrigeração comercial são o Freon 404A, Freon 134a e o Opteon XP40 (R-449A).

O Freon 404A e Freon 134a são os fluidos refrigerantes tradicionais do segmento que oferecem qualidade, segurança, performance e confiabilidade para manter a excelência dos sistemas de refrigeração, segundo a companhia.

“Além dos atributos já presentes na linha Freon, o Opteon XP40 é o fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) que combina sustentabilidade com eficiência energética, apresentando baixo GWP e excelente performance para sistemas de refrigeração comercial”, salienta Lucas Fugita, especialista em serviços técnicos, estratégia e desenvolvimento de negócios da Chemours.

“O Opteon XP40 é o fluido refrigerante da família HFO mais utilizado nas aplicações de refrigeração comercial. Nos retrofits de R-404A, esta HFO apresenta GWP 67% menor e possibilita até 12% de redução do consumo de energia. Para o dono do supermercado, isso se reflete na redução da conta de luz ao final do mês e em sustentabilidade com baixo impacto ambiental em suas operações”, enfatiza o gestor.

“A linha Opteon foi desenvolvida para atender as mais exigentes normas ambientais, como a Emenda de Kigali, sendo uma solução de longo prazo para todo o ramo de refrigeração comercial”, acrescenta.

Danfoss

A indústria dinamarquesa é reconhecida no mercado pela sua ampla gama de produtos que visa atender as diversas demandas do mercado de refrigeração, desde componentes mecânicos, como válvulas, compressores e unidades condensadoras completas até componentes eletrônicos, como controladores e sensores.

“Nos últimos anos, estamos introduzindo também em nosso portfólio softwares e soluções em nuvem que visam trazer a melhor tecnologia e inovação aos nossos clientes que buscam eficiência operacional e energética”, salienta Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no País.

“O foco da sustentabilidade é um dos pilares atuais da Danfoss no mercado global e, nesse sentido, podemos citar como principais soluções os nossos compressores de velocidade variável, que tem potencial de economia de energia de até 30% quando comparados aos compressores fixos; a nossa ampla variedade de componentes já preparados para trabalhar em sistemas que funcionam com fluidos refrigerantes naturais, como o CO2; e também nossas novas plataformas digitais como, por exemplo, o Danfoss Alsense, que permite ao cliente monitorar remotamente seus sistemas, criando potencial de redução de perdas e eficiência operacional”, ressalta.

Eletrofrio

A indústria brasileira atua há 75 anos no segmento da refrigeração comercial com um vasto portfólio de produtos, atendendo a demandas dos pequenos aos grandes pontos de venda, sempre com vendas diretas ao usuário final.

“Fabricamos expositores frigoríficos com máquinas acopladas ou remotas, equipamentos para casa de máquinas – de unidades condensadoras a grandes racks com compressores em paralelo – e painéis e portas frigoríficas para câmaras frias e áreas de preparação de alimentos”, conforme destaca o gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues.

“A Eletrofrio tem forte presença no mercado da refrigeração comercial no Brasil e América do Sul. Os resultados vêm sendo muito positivos, principalmente pelo atendimento às demandas dos nossos clientes por apresentarmos produtos com design inovador, elevada qualidade e alta eficiência energética. Este último, associado a fluidos de baixo impacto ambiental, atende aos projetos de sustentabilidade que muitos dos nossos clientes buscam”, assegura o gestor.

Embraco

Marca da Nidec Global Appliance e provedora global de tecnologia de refrigeração, a Embraco possui um portfólio completo de produtos para aplicação no segmento de refrigeração comercial, que inclui compressores de velocidade fixa e velocidade variável e unidades condensadoras, para os segmentos de varejo de alimentos, serviços de alimentação, merchandisers e aplicações médicas e científicas.

“Dentre eles, destacamos o novo compressor VEMT404U, a família de compressores FMF, e a família de unidades condensadoras compactas recém-lançada EDP”, diz o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da empresa na América Latina.

“O VEMT404U é um compressor de velocidade variável (inverter), lançado em 2021, que adicionou à já conhecida família VEM a opção de modelos com refrigerante natural R-290. Entre suas principais aplicações estão exibidores de bebidas e sorvetes (também conhecidos como merchandisers) e equipamentos de refrigeração para serviços de alimentação, com restaurantes, padarias e outros”, informa o executivo.

A família de compressores FMF também é composta por compressores que unem a velocidade variável com o uso de R-290, atingindo os mais altos níveis de eficiência energética do segmento comercial em sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração.

Segundo Sander, eles podem reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores de velocidade fixa, dependendo da aplicação. “Temos seis modelos disponíveis para o Brasil, com dupla voltagem (110 V e 220 V / 50 e 60 Hz)”, revela.

“E a nossa unidade condensadora EDP (sigla para Evaporative Drain Pan), lançada em 2022, é uma das mais compactas do mercado (começando em 26,4 cm de altura) e foi desenvolvida para refrigeradores comerciais de duas ou mais portas e balcões refrigeradores, usados tanto no varejo de alimentos quanto em cozinhas profissionais e outros ambientes do setor de alimentação”, completa.

Full Gauge Controls

A missão da renomada indústria brasileira “é fornecer o que o mercado exige de maior tecnologia para que os equipamentos trabalhem sob a melhor maneira possível, atualmente os controladores RCK-862 plus, o tradicional TC-900E LOG e os drivers para válvulas de expansão eletrônicas VX-1025E plus e VX-1050E plus são o estado da arte dos controladores. Além, é claro, do nosso analisador de redes elétricas PhaseLog E plus”, conforme ressalta o vice-diretor da companhia, Rodnei Peres Jr.

Segundo o executivo, a demanda segue em linha ascendente no setor. “A cada dias temos mais redes de supermercados nos buscando como solução, tanto para troca de sistemas defasados quanto para novas instalações. Cada vez mais escritórios de consultores do frio se acercam de nós para receberem treinamentos técnicos voltados a retrofits e para conhecerem melhor nossa linha de produtos”, revela.

“A principal razão disso ainda segue sendo nossa matriz energética que não comporta toda capacidade necessária, além dos altos custos de energia elétrica”, avalia.