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Pandemia impulsiona processos de tratamento de ar

Nos últimos 2 anos, mercado viu crescer como nunca a preocupação com a qualidade do ar de interiores

Processos antes deixados em segundo plano por parcela considerável das empresas brasileiras, as boas práticas envolvendo filtragem, descontaminação e renovação de ar ganharam força durante a pandemia do novo coronavírus.

Neste período estimulou-se o desenvolvimento de novos projetos, impulsionando a indústria, o varejo e a prestação de serviços na cadeia do frio. Nunca houve tantos holofotes sobre a qualidade do ar de interiores como nos últimos dois anos.

Para muitos especialistas na área de saúde, já podemos dizer que o País entrou em uma fase pós-covid-19, por haver mais de 74% da população completamente vacinada, situação que levou ao relaxamento das medidas sanitárias, como a desobrigação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, anunciadas por vários estados e cidades, a partir da primeira quinzena de março.

“Houve mudanças muito positivas no HVAC-R, que passou a dar mais atenção às boas práticas em todos os aspectos, como melhor renovação de ar, aumento do grau de filtragem, bem como a realização de um maior volume de análises de qualidade do ar”, contextualiza o engenheiro Marcelo Munhoz, diretor comercial e sócio da Sicflux e presidente do Departamento de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Qualindoor/Abrava).

O dirigente argumenta que antes da pandemia era difícil convencer os empresários sobre a importância das boas práticas. “Mas, com a pandemia estampando óbitos e a sociedade sendo massacrada com informações, hoje é muito mais fácil exemplificar e provar que cuidar da qualidade do ar é essencial”, pontua.

Nestes últimos dois anos, em que a pandemia esteve 100% do tempo no centro do noticiário em todo mundo, o mercado do frio não parou de buscar soluções tecnológicas para tornar os ambientes mais seguros contra contaminações.

Para o dirigente, os grandes destaques do período pandêmico foram as caixas de ventilação mais evoluídas, que circulam o ar interno com filtragem Hepa e células de descontaminação que inativam vírus; recuperadores de calor com inativação de vírus; algumas soluções em nanotecnologia, além de um movimento de inventores com o propósito de criar produtos que filtram o ar, voltados para as pessoas de baixa renda.

Os atuais sistemas de filtragem, descontaminação e renovação de ar disponíveis no mercado têm dado conta do desafio. Enquanto sistemas de filtragem diminuem consideravelmente os particulados que ficam pelo ar, os sistemas de descontaminação inativam vírus e fungos. “Já os sistemas de renovação atuam para trocar o ar do ambiente fechado, diminuindo a concentração de CO2, o que impacta diretamente na produtividade e aprendizagem das pessoas”, explica Munhoz.

O presidente do Qualindoor afirma que instalações malfeitas e ausência de medidas preventivas podem gerar vários tipos de contaminações por bactérias, vírus e fungos (bolor e mofo) nos sistemas de condicionamento de ar.

“Processos com problemas de execução, no caso da qualidade do ar de interiores, são pródigos em desencadear doenças respiratórias, principalmente no inverno. Levantamento feito pelo SUS mostra claramente que junho, julho e agosto são os meses com a maior taxa de pessoas com doenças respiratórias, pois é justamente no inverno quando as elas ficam mais enclausuradas em ambientes fechados, evidenciando que precisamos tratar do ar que respiramos”, exemplifica.

PMOC

Estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle é o conjunto de documentos onde constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Nestes quatro anos em vigor, o PMOC trouxe avanços práticos para o HVAC-R nacional, em termos de QAI. “No meu ponto de vista, avançou-se ao obrigar todos os estabelecimentos comerciais a fazer o certo, isto é, ter sempre em dia a manutenção e a limpeza dos sistemas, bem como manter uma renovação de ar adequada e obrigar a existência de um responsável técnico pelas instalações de HVAC-R”, salienta Munhoz.

De outro lado, conclama o engenheiro, o setor precisa unir esforços, inclusive com todas as associações de classe, de modo que se aprovem leis sobre QAI e punições mais severas de profissionais e consumidores que queiram agir de má-fé.

Em 2020, por exemplo, a Abrava idealizou o Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), iniciativa com a participação de mais de 30 entidades multidisciplinares, que se reúnem e desenvolvem ações de forma colaborativa para mobilização da sociedade e à adoção de medidas capazes de promover a qualidade do ar em ambientes internos.

“Nosso mercado está no modo ‘pode tudo’, e os maus profissionais continuam fazendo o que querem sem serem barrados de alguma forma. Além disso, precisamos ter mais voz nos meios de comunicação para explicar, de forma clara, os riscos de uma má QAI, bem como o que pode ou não se fazer neste processo”, complementa.

ABRAVA inaugura Centro de Treinamento para Refrigeração

ABRAVA inaugurou no dia 10 de março o novo espaço CTA – Centro de Cursos e Treinamento da ABRAVA Refrigeração, um ambiente dedicado à formação e qualificação de profissionais do segmento HVAC-R.

O presidente do Conselho Administrativo da ABRAVA Pedro Evangelinos e o Presidente Executivo Arnaldo Basile participaram da cerimônia de inauguração do CTA junto a diretores da associação, representantes de empresas patrocinadora e convidados, entre eles, o Prof. Eduardo Macedo da Escola Senai Rodrigues Alves.

O CTA  Refrigeração é um espaço para treinamento e desenvolvimento prático dedicado à área de refrigeração.  A sala de treinamento foi projetada com equipamentos doados por diversas empresas do setor HVAC-R,  e montada sob supervisão dos professores do curso de Refrigeração Comercial da ABRAVA, Anthony Lins e João Gonçalves.

O laboratório de refrigeração comercial conta com 03 sistemas funcionais, são eles:

– Uma câmara fria com montagem idêntica as instaladas em campo, assemelhando-se muito com a maioria das instalações, constituída por uma unidade condensadora Danfoss, uma unidade evaporadora Mipal, válvula de expansão eletrônica RAC, isopaineis e porta São Rafael, e com temperatura de trabalho de -25°C

– Uma unidade compacta 100% didática, onde todos os componentes ficam no mesmo ambiente, separando a unidade evaporadora com uma caixa de policarbonato transparente, com visores de líquido em todos os trechos da unidade e entre componentes para gerar a percepção da condição do fluído dentro do sistema e após cada processo. Conta também, com uma unidade condensadora Bitzer com compressor semi-hermético, uma unidade evaporadora da Mipal, controladores e válvula de expansão eletrônica Full Gauge e possibilidade de seleção para válvula de expansão termostática, com temperatura de trabalho de -5°C.

-Unidade didática doada pela Emerson, também com opcional de seleção de válvula de expansão eletrônica ou termostática, onde será montada a primeira unidade com degelo a gás quente.

Além das unidades montadas, o laboratório conta com todos os componentes de linha comumente utilizados, além de alguns modelos de forçadores diferenciados. Destaque para um evaporador de expositor e um de centro com dupla deflexão ambos Serraff,  um grande forçador de alto perfil da Guentner, além de, compressores scroll e alternativo, hermético e semi-hermético, gerando para o aluno a segurança de que terá uma estrutura apta para inicialização ou mudança de patamar no mercado de refrigeração comercial.

Automação ajuda HVAC-R a virar o jogo contra o desperdício de energia

Irreversível, processo é aplicado em equipamentos, componentes e ferramentas, gerando ganho de tempo na execução de serviços e maior velocidade e precisão em ações de coleta, guarda, gerenciamento e análise de dados.

Presente em praticamente em todos os aspectos da nossa vida cotidiana – automóveis, residências, aviões e bancos, por exemplo –, a automação historicamente é um dos personagens centrais para o desenvolvimento da sociedade, e pelo menos nos últimos 10 a 15 anos tem sido decisiva para a expansão do HVAC-R, especialmente pela utilização disseminada por comunicação remota via internet, wi-fi e bluetooth.

Este processo agora começa a ganhar ainda mais corpo, em função da chegada da rede 5G para transmissão de dados, que vai ampliar a velocidade de tráfego de dados e, consequentemente, a interação dos técnicos com a interface dos produtos com esta tecnologia embarcada.

Os sistemas de refrigeração comerciais com centrais frigoríficas e multievaporadores foram os primeiros, há algum tempo, a receber automação. Segundo a gerente de marketing da brasileira Full Gauge Controls, Valéria Sales, as principais tendências na área “são os produtos que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica em instalações e equipamentos, mas ainda pouco usados por aqui. Talvez pela falta de conhecimento técnico ou pelo mito que se criou de serem ‘equipamentos caros’, mas que na verdade representam um custo mínimo dentro de projetos de médio/grande porte e que se pagam em poucos meses com todos benefícios e segurança que oferecem”.

A gestora salienta que “a todo momento são disponibilizadas melhorias nos sistemas e nos controles. Atualmente, o uso de compressores e ventiladores variáveis superam os 40% de economia de energia, além das válvulas de expansão eletrônicas que permitem utilizar 100% da carga de um evaporador, evitando o coeficiente de erro no dimensionamento dos trocadores de calor. O monitoramento e o gerenciamento remoto de instalações e equipamentos, que há tantos anos divulgamos, estão cada vez mais populares também”.

“Dentro de nossa linha, oferecemos soluções voltadas para eficiência energética, como por exemplo, válvulas de expansão eletrônica (linha Valex), controladores inteligentes (linha Rackontrol), controladores para compressores de velocidade variável (linha +ECO), softwares para gerenciamento de instalações (Sitrad PRO) e outros”, acrescenta.

“Neste segmento, percebe-se que novas tendências, incluindo aplicações com fluidos naturais como demanda do mercado, estão gerando um controle muito maior para garantir que os sistemas mantenham os equipamentos dentro de uma zona de maior performance energética e de capacidade, além do balance entre a real demanda (compressores, degelo e capacidade) e a capacidade acionada”, argumenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Segundo ele, isso só é possível com a utilização de componentes como inversores de frequência nos compressores e bombas, ventiladores que também variam sua capacidade, sensores e algoritmos cada vez mais sofisticados.

Para o executivo da multinacional dinamarquesa, outras áreas que antes não utilizavam controles passaram a fazê-lo. Com o aumento do preço da energia e para reduzir perdas e diminuir custos operacionais, os players do HVAC-R, como os dos segmentos de refrigeração industrial e de câmaras frias, estão investindo pesado em desenvolvimento em uma área do mercado que sempre foi de baixo custo e que, gradualmente, vem demandando cada vez mais esta solução.

“Uma tendência forte é o controle mais preciso dos compressores e condensadores – entrega por demanda e não por controles fixos – e evaporadores – controle de injeção e refrigerante e Delta T para otimizar os degelos”, ressalta Drigo.

A Danfoss, por exemplo, oferece automação para todos os segmentos em que atua, como refrigeração comercial, ar condicionado e refrigeração industrial. No caso da refrigeração comercial, oferece a linha ERC, formada por controladores para geladeiras de bebidas, freezers horizontais e aplicações similares, que entre as várias funções de controle, têm como a principal a economia de energia sobre o controle de abertura de portas e da frequência com que clientes passam em frente ao expositor.

“Além disso, esses equipamentos dispõem de uma função específica que indica se há algum problema com o sistema, o que tem reduzido a quebra de compressores neste segmento, garantindo a qualidade dos produtos expostos para o consumidor. Há alguns modelos para centrais frigoríficas”, explica o executivo.

Para fluidos refrigerantes em geral, a Danfoss tem o AK-PC 551, cujo software de controle tem algoritmos específicos para compressores do mercado que demandam controles específicos e tradicionais. Voltado para todas as aplicações do mercado de refrigeração comercial, ele possibilita controlar um chiller de acordo com a demanda de sistemas com glicol, otimizando a condensação de acordo com o Delta T do condensador.

Para sistemas com CO2, a empresa oferece o controlador AK-PC783, que, além de controlar todo o sistema do frio, é capaz de analisar o balance de carga do sistema e entrega o melhor desempenho possível de acordo com as leituras. Ele também controla os periféricos, como por exemplo bomba e aquecimento de água, caso seja necessário usar a alta energia gerada pela descarga dos compressores.

Já para o controle de evaporadores, a Danfoss lançou recentemente o AK-CC55, controlador que é capaz de pilotar qualquer tipo de válvula de expansão eletrônica (AKVP-Pulso ou a ETS-Motorizada) e traz uma interface bluetooth para comunicação com o smartphone, para facilitar a configuração, o comissionamento e a manutenção.

“Além disso, em uma instalação com muitos evaporadores, essa interface facilita a programação em massa, pois pode ser usada como um arquivo eletrônico armazenando as configurações e compartilhando a programação com outros controladores”, detalha Drigo.

Para o controle de evaporadores aplicados com amônia, a multinacional tem o EKE400, controlador desenvolvido para todos os tipos de aplicação em evaporadores para sistemas com amônia, incluindo configurações bem específicas do nosso mercado.

“Por fim, o Alsense é uma solução de IoT para varejo alimentar, e o mais recente lançamento em nuvem da Danfoss para supermercados e aplicações de varejo de alimentos. A oferta de serviços inclui um portal escalonável e seguro para otimizar o desempenho das operações de varejo de alimentos, a partir de uma tecnologia que pode ajudar a alcançar as eficiências necessárias.”

“A solução permite rastrear facilmente o desempenho dos equipamentos de refrigeração que estão conectados ao gerenciador AK-SM800A, responder a alarmes, integrar monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, reduzir o consumo de energia e muito mais, tudo em uma plataforma integrada”, complementa.

Segundo o gestor, a chegada da tecnologia 5G vai melhorar a integração entre os controladores e as soluções em nuvem, pensando em compartilhamento de informações.

“Como o acesso à internet será muito maior e a capacidade de interagir com outras plataformas online também, os hardwares terão menos responsabilidade direta sobre o controle e mais em compartilhar com a nuvem os dados do equipamento/instalação e os algoritmos ou as inteligências artificiais ficarão em nuvem enviando comandos para os hardwares nas plantas”, conclui Drigo.

O mercado de automação se beneficiou muito da evolução das redes móveis, nos últimos dez anos, com milhões de reais em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A introdução da tecnologia 4G, por exemplo, impactou naquele momento e abriu as portas para o que se tem hoje no HVAC-R.

“O 4G possibilitou, na União Europeia, sistemas de automação para o consumo energético e promoveu uma redução média de 37% em 2007 sobre o consumo que se tinha em 1998, isso só com a implantação do sistema de gestão técnica de edifícios”, descreve o engenheiro Paulo Américo dos Reis, presidente do Departamento Nacional de Automação da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A meta com o 5G é atingir um consumo de 2.000 W/mês por habitante na Europa, e outros 1.000 W/mês por habitante, sendo possível apenas pela autogeração alternativa, como foto solar, eólica ou geotérmica”, frisa.

De acordo com o especialista, no Brasil, infelizmente só a área financeira (bancos) vem utilizando em grande escala os produtos ofertados pelas empresas de tecnologia e automação. No varejo, somente os grandes grupos têm utilizados, e em nível pouco perceptível, vinculado só ao controle de logística e financeiro.

“Se pensarmos, por exemplo, que nos países de origem germânica (Alemanha, Áustria, Dinamarca, Holanda e Suíça) possuem desde um pequeno comércio até grandes redes de supermercados sistemas de automação, na verdade gestão totalmente automatizada e remota, em supermercados existe um número porcentual de caixas sem operador, tudo feito pelo cliente em um sistema completo de gestão”, compara.

Sensoreamento

Otimista com a transformação promovida pela expansão da automação no mercado do frio, a Johnson Controls também aposta em tecnologia. Para o diretor de soluções digitais da empresa para América Latina, João Paulo Oliveira, com o sensoreamento espalhado, é possível identificar como está o consumo de energia e frio, e quão eficiente está a planta em determinado instante.

“Assim, a partir desses dados, adotar estratégias, seja o retrofit dos equipamentos, a troca por equipamentos novos, a adoção de novas lógicas de controles ou o uso de soluções que hoje a nossa empresa já tem disponíveis, as quais permitem enviar os dados para a nuvem. A partir da análise dos dados e de diferentes simulações, com machine learning, inteligência artificial, é possível definir uma lógica ótima que irá gerar a economia de energia que o cliente busca”, enfatiza.

O executivo afirma que outra tendência do segmento é a troca da manutenção preventiva para uma mais preditiva, ou até mesmo para aquela que o mercado chama de prescritiva. “Muitas plantas seguem fazendo a manutenção sugerida pelo catálogo do equipamento. A partir do momento em que temos uma conectividade mais rápida e sensores disponíveis em protocolos abertos, passamos a ter a oportunidade de mandar esses dados também para nuvem, para entender como está o comportamento daquele equipamento, e, ao invés de fazer a manutenção baseada em horas de operação, passamos a ter a possibilidade de agir quando alguma coisa está mal”, especifica Oliveira

Na nuvem, enfatiza ele, tem-se a oportunidade não só de detectar um problema, mas descrevê-lo e listar as tarefas que têm de ser seguidas para resolve-lo. “Isso dá mais agilidade e aumenta a disponibilidade da planta, influenciando também na eficiência”, emenda.

Atualmente, a Johnson Controls tem um portfólio bem amplo de produtos dentro da categoria de automação e controle. Fabrica e vende desde sistemas de automação e controle para edificações, controles para todos os aspectos dos espaços refrigerados, para fluxo de ar, painéis de controle e termostatos, além do OpenBlue, plataforma agnóstica, totalmente aberta e conectada, que possui um conjunto de serviços sob medida, estruturadas com inteligência artificial, como diagnósticos remotos, manutenção preditiva, monitoramento de conformidade, avaliações avançadas de riscos, entre outras funcionalidades, que atende a diversos setores.

Nas próximas semanas, revela Oliveira, a Johnson Controls lançará um sensor próprio de qualidade do ar para oferecer monitoramento, mandando os dados colhidos para a nuvem. “Assim, conseguimos identificar para o cliente qual a lógica de controle ótima, ou qual a estratégia que pode ser implementada para melhorar a qualidade do ar em um espaço específico”, completa.

A mesma visão tem a Coel, fabricante de uma linha completa de instrumentos para toda a cadeia do frio, desde a casa de máquinas ao PDV, de termostatos eletrônicos a PLCs, interfaces de comunicação sem fio e softwares de monitoramento.

Para o gerente da engenharia de aplicações da companhia, Silvio Barbelli, com a diminuição dos custos, devido ao aumento de demanda, os dispositivos de automação, como inversores de frequência e válvulas eletrônicas estão sendo mais utilizados na cadeia do frio.

Sobre a rede 5G, o executivo reforça que as interfaces de comunicação 3G e 4G também atenderão ao 5G. A Coel, afirma ele, investe continuamente em desenvolvimento de softwares e hardwares em parceria com instituições de pesquisa e desenvolvimento de Manaus.

“O monitoramento do HVAC-R em nuvem já é uma realidade e a tendência é que todos os dispositivos de conservação e controle sejam conectáveis. Em curto prazo, o 5G possibilitará o monitoramento e controle da cadeia do frio a distância, garantindo a qualidade na fabricação, transporte e armazenamento dos produtos”, projeta.

Outro player que investe pesado em automação, a Elitech apresenta ao mercado sistemas de controle de temperatura em equipamentos de refrigeração e ferramentas digitais para uso em instalação e manutenção de equipamentos.

Além disso, possui uma vasta linha de dataloggers, que registram leituras de temperatura e/ou umidade relativa do ar, e esses dados são usados principalmente em aplicações nas áreas farmacêutica, alimentícia, laboratoriais e de transporte de produtos sensíveis à variação de temperatura.

“Nossas soluções auxiliam os profissionais do setor do frio, principalmente no ganho de tempo para executar tarefas”, destaca o diretor da multinacional no Brasil, Antonio Nascimento Junior.

“Cada vez mais a tecnologia se desenvolve para ajudar os profissionais a ganhar um precioso tempo na coleta e análise de informações geradas por instrumentos de automação, realidade que será cada vez mais explorada pela Elitech”, acrescenta.

A força feminina do HVAC-R

A REVISTA DO FRIO parabeniza todas as mulheres do setor de HVAC-R, que com muita luta, garra, posicionamento e determinação, conquistaram espaço e se destacam cada vez mais, mostrando que vieram para somar!

Em 05 de março último, o Comitê de Mulheres da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), realizou o “III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R”, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente dia 8 de março.

O evento aconteceu no Sebrae SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), presencial e on-line, e contou com a presença de mulheres com grande expressão no mercado de ar condicionado e refrigeração.

A programação foi dividida em palestras técnicas e um painel sobre empreendedorismo.

Comitê de Mulheres da Abrava

Priscila Baioco, presidente do Comitê de Mulheres da Abrava.

Priscila Baioco, presidente do Comitê de Mulheres, durante a abertura enfatizou a presença feminina do setor, com histórias inspiradoras e, juntas, apoiando e incentivando umas às outras. “Nos orgulhamos do que vem sendo construído pelas mulheres do mercado de HVAC-R”.

O presidente executivo da Abrava, Arnaldo Basile, também ressaltou a importância do Comitê de Mulheres da Abrava e o trabalho realizado durante esses três anos, através de um movimento em prol de todas as mulheres deste mercado, reunindo engenheiras, técnicas, mecânicas, vendedoras, prestadoras de serviços, jornalistas, administradoras e empresárias.

Mulheres, liderança, equidade e inclusão

Painel discutiu empreendedorismo, liderança, equidade e inclusão

A primeira parte do programa contou com palestras técnicas dirigidas ao papel da mulher no setor de HVAC-R e atualização profissional.

Anna Cristina Dias, professora da Fatec Itaquera, apresentou “A Importância das Mulheres na Engenharia”; Thamyres Almeida, analista de aplicação de produto da Johnson Controls- Hitachi, palestrou sobre “Passado e Futuro da Tecnologia VRF”; Joana Canozzi, diretora de engenharia da Emerson, tratou o tema “Soluções Emerson para um Mundo mais Sustentável”; e Simone Pimenta, diretora de recursos Humanos da Danfoss, encerrou a primeira parte do programa expondo sobre “Catalisador de Mudança: A Covid-19 Revolucionando Competências de Liderança no Mundo Corporativo”.

A segunda parte da programação contou com um painel sobre “Desafios do Empresário” com a participação de Angela Farias, do Sebrae; Graciele Davince, diretora da Eletrofrigor; e Paula Souza como moderadora.

ABRAVA realiza o III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R

Marcado para acontecer no dia 05 de março, o III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R será realizado pelo Comitê de Mulheres da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento. O Encontro tem por objetivo ser uma referência para as mulheres do setor HVAC-R, que buscam equidade de gênero e transformação de valor da presença feminina no setor. O evento acontecerá de forma híbrida, em São Paulo no auditório do SEBRAE, e de forma online. As inscrições estão abertas e são gratuitas.

Antecipando o Dia Internacional das Mulheres, a escolha do dia 05 de março, um sábado, foi decidida pelo Comitê para que todas as mulheres que atuam no setor HVAC-R possam participar. Neste sentido, a programação também foi considerada de acordo com temas relevantes e o público esperado para o Encontro.

A programação do evento contará com renomadas profissionais que abordarão alguns aspectos da presença feminina no mercado de trabalho, entre elas: a Prof. Anna Cristina Dias – docente da FATEC Itaquera e uma das gestoras do Comitê de Mulheres da ABRAVA,  que abordará o tema A Importância das Mulheres na Engenharia”; e Simone Pimenta – Diretora de Recursos Humanos da Danfoss, que destacará a temática “Catalisador de mudanças: a COVID-19 revolucionando competências de liderança no mundo corporativo”.

Na grade do Encontro, a realização do painel “Desafios do Empresário”, mediado por Paula Souza, Gerente de Projetos de Customer Experience da Danfoss, e também uma das gestoras do Comitê, terá como convidadas Angela Faria, representante do SEBRAE, e Graciele Davince, sócia diretora da Eletrofrigor.

O conhecimento técnico também não poderia ter ficado de fora deste Encontro, duas palestras técnicas comerciais serão ministradas: Soluções Emerson para um mundo mais sustentável, com Joana Canozzi, da Emerson; e uma segunda palestra da Johnson Controls, com tema e palestrante a ser confirmados.

PMOC mantém padrões operacionais de sistemas VRF e multi-split

Técnico aplicando o PMOC em VRF

Instituído pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) é o conjunto de documentos em que constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização e responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Deve ser executado nos sistemas de climatização de equipamentos, de qualquer capacidade, de edifícios de uso público e coletivo, como repartições, prédios comerciais, hospitais, shoppings, indústrias, supermercados, restaurantes, entre outros estabelecimentos. Nesses locais, ficam a maioria dos equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) e multi-splits vendidos no Brasil.

O VRF é mais robusto, permitindo tubulações mais longas e acoplamento de até 64 unidades evaporadoras. Cada unidade interna opera de forma individual e conta com uma válvula de expansão exclusiva. É ideal para locais de grande circulação. Já o multi-split permite acoplar até oito unidades evaporadoras em uma só condensadora, sendo mais indicado para instalações menores e residências.

Quatro tipos de evaporadoras podem ser usados em sistemas VRF – hi-wall, cassete, dutadas para baixa/média/alta pressão (para pequenos e grandes ambientes) e piso-teto. No caso da condensadora, opta-se ou por condensação a água (utilizada onde há pouco espaço para montagem e sem área de ventilação), ou por condensação a ar (indicada para área livre para montagem e com boa ventilação).

No caso de sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), os proprietários, locatários e prepostos deverão manter um responsável técnico habilitado. Esta obrigação está descrita no artigo 6º da Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde.

“O PMOC é fundamental para aplicações de VRF, como forma de adequadamente manter os sistemas operacionais dentro de seu envelope de funcionamento, sob regime definido pelos fabricantes. Isto irá gerar um ambiente seguro – especialmente durante a pandemia –, econômico e de grande retorno de investimento e satisfação dos usuários”, afirma o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Especialista em PMOC, ele salienta que a boa manutenção assegura a longevidade e performance dos equipamentos, economizando energia, água e protege o investimento, além de propiciar um ambiente agradável, incrementando a produtividade e combatendo o absenteísmo.

“As técnicas corretas de manutenção ainda diminuem substancialmente os custos com reposição de peças, pois os equipamentos irão operar com maior eficiência dentro dos parâmetros de fábrica”, completa.

Como exemplo, Parra lembra que um equipamento operando perto do seu ponto de “desarme por alta pressão”, está consumindo cerca de 40% a mais de energia, o que já justifica totalmente as intervenções de conservação. “Se considerarmos que para um edifício comercial médio, o gasto de energia elétrica com ar-condicionado se situa em 40%, podemos estimar o tamanho da economia”, pondera.

A falta de atenção à qualidade do ar interior e/ou a não observação dos requisitos do PMOC podem influenciar diretamente na saúde das pessoas de modo geral.

Segundo o diretor da Abrava, estas situações inevitavelmente levarão ao acúmulo de impurezas nos diversos componentes dos climatizadores, tais como excesso de pós e cargas de micro-organismos em filtros, bandejas, serpentinas, ventiladores e dutos, entre outras peças.

“O excesso de pó e outros poluentes proporciona crescimento de colônias de fungos, servindo inclusive para a propagação de cargas virais, de forma descontrolada. Quando um prédio chega a estas condições, dizemos que ele tem a chamada Síndrome do Edifício Doente”, ressalta Parra.

Negligência

Além dos problemas relacionados à saúde, o não atendimento às regras estabelecidas pelo PMOC traz reflexos legais, segundo a Lei Federal nº 13.589/2018, a Portaria nº 3.523/1998 e Resolução RE-09 (Anvisa), prevendo punições para eventual negligência.

O descumprimento total ou parcial do PMOC expõe o proprietário do estabelecimento às penalidades previstas na Lei nº 6.437/1977, com multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, com base na gravidade e porte do estabelecimento, sendo dobrado na reincidência, além de sanções civis.

“Se também ocasionar níveis de poluição para os ambientes climatizados acima dos estabelecidos na RE-09 da Anvisa, acaba por infringir também a Lei Federal nº 6.938/1981 e a Resolução 491 (Conama), gerando crime de poluição, passível de punição conforme estabelece a Lei Federal nº 9.605/1998 (de um a quatro anos de detenção), o Decreto Federal nº 6.514/2008, com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil, além de outras sanções”, esclarece Parra.

O especialista explica que a falta do PMOC, ou mesmo a exposição de trabalhadores a níveis de poluentes acima do estabelecido na Resolução RE-09 Anvisa, pode ensejar também demanda trabalhista por trabalho em ambientes insalubres de grau médio a máximo, de acordo com as normas regulamentadoras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

O engenheiro enfatiza que há uma preocupação crescente das autoridades em relação ao PMOC da climatização, especialmente neste momento de pandemia. “Entretanto, ainda temos uma grande missão a desempenhar para bem da população em geral”, considera.

Em passado recente, a Abrava desenvolveu um grande programa de treinamento para os agentes sanitários, objetivando que as fiscalizações ocorressem de modo técnico e justo, evitando incongruências.

“Colhemos bons resultados até aqui, e mais recentemente por conta do surto pandêmico, temos outras autoridades adquirindo consciência e preocupação com os aspectos da saúde dos trabalhadores e população em geral”, complementa.

A Fase III do CT RAC Bitzer triplica a área de laboratório e treinamento prático em refrigeração comercial 

A RAC Brasil descerrou em janeiro a placa de inauguração da Fase III do Centro de Treinamento RAC Bitzer, acrescentando amplo espaço e novos recursos técnicos ao CT existente, permitindo à RAC e a Bitzer a possibilidade de treinamentos práticos, intensivos e avançados, em seus cursos de refrigeração comercial e economia energética.

A Fase III do CT RAC Bitzer acrescenta uma central de frio operacional usando CO2 subcrítico, câmara fria educacional de congelados usando válvula de expansão eletrônica, laboratório de compressor duplo estágio, válvulas de pistão motorizado e condensação flutuante, unidade condensadora a água, unidade condensadora montável no local e rack montável com 3 compressores semi-herméticos.

Os treinamentos e cursos da RAC são intensivos e para públicos variados, de diferentes perfis. Eles recebem de iniciantes a profissionais experientes, de mecânicos praticantes a engenheiros de projeto, de gerentes de manutenção a donos de empresas usuárias finais da refrigeração comercial. Os treinamentos da RAC programados para 2022, em um total de 28 turmas aproximadamente, disponíveis no site da RAC, incluem um curso geral em Refrigeração Comercial e outros 3 cursos direcionados a tópicos específicos: Válvulas de expansão e Unidades Condensadoras, Centrais de Frio CO2 Subcrítico e Compressores Duplo Estágio & Válvulas de Pistão Motorizado, com ênfase em economia energética.

O evento de descerramento da placa contou com a participação de personalidades tais como Arnaldo Basile, Presidente Executivo da ABRAVA, Pedro Evangelinos, Presidente do Conselho da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves e Presidente do SINDRATAR, Fernando Bueno, CEO da Bitzer Compressores Ltda, Marcos Burin, Diretor e sócio da Refrio Coils & Coolers, Osvaldo Bueno, Presidente do Instituto Brasileiro do Frio e Presidente do Comitê ABNT/CB-055, bem como online Augusto Dalma Boccia, Diretor da São Rafael Câmaras Frigoríficas e Eduardo Macedo, Diretor da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, entre outros ilustres presentes e participantes.

A RAC teve todo o apoio de seus parceiros Bitzer Compressores, Refrio Coils & Coolers e São Rafael Câmaras Frigoríficas para a Fase III do CT.

Fonte: RAC Brasil

Programa ABRAVA Exporta convida empresas para rodada de negócio

Empresas da Argentina, Chile, Colômbia, México e Paraguai, participarão entre os dias 14 e 18 de fevereiro de 2022, da Rodada de Negócios Virtual Mercado Latino-americano 2022 promovida pelo Programa Abrava Exporta, projeto de parceria entre a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O evento tem como objetivo fomentar negócios através de reuniões virtuais entre potenciais compradores internacionais, demandantes dos produtos do setor HVAC-R e empresas nacionais, para o conhecimento do potencial tecnológico das empresas brasileiras e estreitamento de relações para futuras transações comerciais.

Segundo a gestora do Programa Abrava Exporta, Leila Vasconcellos, “as rodadas de negócios realizadas pelo Programa têm trazido importantes negócios para as empresas brasileiras dos setores que a Abrava representa, além da internacionalização destas, contribuindo para o aumento das exportações e inserção de seus produtos no mercado internacional”.

Para esta Rodada 2022, o Programa convidará 10 empresas, representadas por potenciais compradores internacionais, incluindo-se importadores, empresas de engenharia e distribuidores.

Para a arregimentação dos compradores, o Programa Abrava Exporta fará uma análise dos produtos das empresas brasileiras inscritas no evento, visando convidar compradores específicos que potencializem suas exportações e gerem novos relacionamentos comerciais.

As reuniões serão realizadas virtualmente em salas individuais, com horários pré-agendados e com o suporte técnico da equipe do Programa Abrava Exporta e empresa de arregimentação contratada que acompanhará as agendas de cada empresa.

Setores de ar condicionado e climatização cresceram em 2021 e continuará aquecido em 2022

Este e outros números foram apresentados no último dia 27 de janeiro, durante o encontro ABRAVA de Portas Abertas – “Perspectivas e Planejamento 2022 para o Setor AVAC-R”, pelo economista Guilherme Moreira, Coordenador do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da ABRAVA e por representantes dos Departamentos Nacionais de Ar Condicionado, Refrigeração e Comércio.

O debate em torno desses cenários contou ainda com Matheus Lemes, Diretor de Serviços da Trane e Presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado da Abrava; Marcos Almeida, Diretor de Vendas e Marketing da Emerson e Vice-presidente do Departamento Nacional de Refrigeração Comercial; e Toríbio Rolon, Gerente de desenvolvimento de Novos Negócios e Corporações e Vice-presidente do Departamento Nacional de Comércio.

De acordo com Moreira, baseado em projeções da ABRAVA e em diversos indicadores divulgados, o aquecimento das importações de insumos e equipamentos do HVAC-R comprova que 2021 foi um ano de recuperação para o mercado do frio, atingindo 9,8% de expansão, contra um PIB de 4,6% (projeção do Banco Central), com perspectiva de 5,5% para 2022 e 5% para 2023.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do governo federal, comprovam esta realidade. No ano passado, o setor importou US$ 1,185 bilhão em compressores e bombas e ventiladores (+29,6%) ante US$ 914,4 milhões (2020); US$ 688,1 milhões (2021) em aparelhos de ar-condicionado (+21,7%) contra US$ 565,5 milhões (2020); e US$ 318,8 milhões (2021) em refrigeradores e congeladores (+30,9%) ante US$ 243,5 milhões (2020).

Da mesma forma, o forte crescimento das exportações de carnes refrigeradas e congeladas confirmou a boa fase do segmento de refrigeração. Segundo o levantamento, com dados da Secex, somente com carnes congeladas de bovinos, o país registrou crescimento de 25,2% em vendas em 2021 em comparação a 2020.

Este e outros números estão na pesquisa “Termômetro ABRAVA – Resultados 2021 e Perspectivas 2022”, realizada com 75 empresas associadas nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano, e apresentada no evento. De modo geral, os empreendedores estão otimistas com o que 2022 terá a oferecer ao mercado.

Para 47,14%, as condições gerais das empresas em relação a empregos melhoraram no segundo semestre de 2021 em comparação ao primeiro semestre do mesmo ano. Já 44,29% disseram que as condições permaneceram as mesmas. Número similar (45,17%) foi registrado em torno das condições gerais acerca de investimentos no mesmo período comparado. O Termômetro aborda ainda faturamento, que para 51,43% dos entrevistados melhorou, além de exportações e acesso a insumos e matérias-primas.

“A crise causada pela pandemia foi desigual, pois afetou mais famílias de baixa renda. No entanto, famílias de média e alta renda elevaram gastos, favorecendo especialmente os segmentos de Ar Condicionado e Refrigeração em 2021”, enfatiza o estudo, acrescentando que a “retomada das atividades de serviços favorece também o segmento de equipamentos de ar-condicionado de grande porte”.

Para este ano, segundo a pesquisa, 55,5% dos empresários do setor entrevistados estão otimistas ou muito otimistas com as exportações, enquanto 54,3% referiram-se ao faturamento. Em relação à retomada do emprego e dos investimentos, este estado ânimo tomou conta de 52,9% e 48,9% dos participantes, respectivamente.

“O ano de 2022 será difícil, com eleição e incertezas. Houve recuperação de empregos em 2021, mas perda de massa salarial. Com inflação elevada, vimos uma perda de renda e poder de compra, afinal os preços subiram”, cravou Moreira, enfatizando os bons resultados do setor da construção civil para imóveis de médio e alto padrão em 2021. “E continuará assim em 2022, uma boa notícia para a área de ar condicionado residencial e equipamentos centrais. Mas em 2023, deve haver uma desaceleração”, alertou.

Para o varejista Toríbio Rolon (Dufrio), VP do DN de Comércio da ABRAVA, os dados colhidos sobre o mercado em 2021 mostram que o Brasil não é para principiantes. “O comércio se adapta muito rápido. Enquanto a indústria consegue se planejar, o varejo é mais estratégico. Para as classes mais altas, o split e as instalações serão mais procurados, enquanto para as menos favorecidas, haverá maior demanda por manutenção de equipamentos, como trocas de compressor e filtros”, exemplificou.

Igualmente otimista, o representante da indústria, Matheus Lemes (Trane), Presidente do DN de Ar Condicionado, apontou que mesmo com alguns solavancos, o setor deve crescer mais modestamente em 2022, mesmo com a abertura de mais oportunidades, vide a alta na importação de insumos.

“Tal otimismo pode ser explicado porque a indústria talvez esteja alavancada por estoques, por causa da crise global da cadeia de suprimentos. Além disso, a crise hídrica já está levando a uma maior procura por produtos inverter, que tenham menor consumo de energia”, argumentou.

Segundo o gestor, o mercado tem provado uma digitalização da prestação de serviços, um tipo de “uberização”, já usado pelo comércio ao buscar prestadores de serviço, abrindo inclusive oportunidades para empresas de pequeno e médio porte e MEIs.

“Serviços corretivos e de reparos para escolas, que estavam paradas e agora retornam, e portanto irão precisar de manutenção de seus equipamentos, vão contribuir para o crescimento do setor neste ano”, apontou Lemes, mesmo com Copa do Mundo e eleições no segundo semestre.

Já Marcos Almeida, VP do DN de Refrigeração Comercial da ABRAVA, comentou que a refrigeração, por estar em todos os setores da economia, acaba sendo resiliente em momentos como este em que vivemos. “Além disso, há grandes movimentações regulatórias e tecnológicas, como os novos gases refrigerantes a exemplo do  R290 e CO2, e isso tudo movimenta a cadeia produtiva”, salientou o representante da indústria de soluções de automação.

 

Fonte: ABRAVA

 

SINDRATAR-SP tem nova diretoria

No dia 03 de janeiro, Pedro Constantino Evangelinos foi empossados na diretoria do Sindratar-SP – Sindicado da Indústria de Refrigeração, Aquecimento, e Tratamento de Ar do Estado de São Paulo.

Em seu discurso o novo presidente agradeceu os diretores empossados e destacou ações prioritárias da nova gestão dedicadas a reestruturação orçamentária, fomento de mercado e fortalecimento da indústria nacional do segmento e atuação estratégica com a FIESP, CIESP e SENAI.

Ressaltou a importância da aliança estratégica com a ABRAVA cuja sinergia e proximidade propiciará ganhos institucionais e economia de recursos necessária para o momento. A defesa dos interesses do segmento, promoção do desenvolvimento do conhecimento, geração de empregos e atenção às novas tecnologias também formam a base da nova diretoria.

Evangelinos também anunciou o desenvolvimento de pesquisa junto as empresas associadas para identificar necessidades e oportunidades das indústrias tendo por objetivo uma atuação para resultados alinhados às expectativas das indústrias do segmento HVAC-R do Estado de São Paulo.

 

Chapa eleita

Presidente Pedro Constantino Evangelinos

Vice-Presidente – Samoel Vieira de Souza

Secretário – Paulo Américo dos Reis

1º Tesoureiro – Francisco Falcão Lopes

2º Tesoureiro – Jorge Eduardo Monteiro Mello

Diretor – Augusto Dalman Boccia

Diretor – Diogo Pires Prado

Diretor – Paulo Roberto Solimeo

Diretor – Ricardo Facuri

Diretor – Wagner Marinho Barbosa

 

Conselho Fiscal

Conselheiro – Celso Cardoso Simões Alexandre

Conselheiro – Wadi Tadeu Neaime

Conselheiro – Cláudio Kazuo Misumi

Conselheiro Suplente – Oswaldo De Siqueira Bueno

Conselheiro Suplente – Carlos Alberto Cofre Venegas

Conselheiro Suplente – Duílio Terzi

Delegado Efetivo – Fernando Bueno

Delegado Efetivo – Jovelino Antonio Vanzin

Delegado Suplente – James José Angelini

Delegado Suplente – Vinicius de Abreu Evangelinos