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Leonardo Guimarães de Araújo, o “Rey do Piso-Teto”

O mercado de HVAC-R é muito promissor, com crescimento exponencial nos próximos anos, além de mais técnicos com excelente mão de obra”, afirma Leonardo Guimarães de Araújo, diretor da Alfatech Climatizações, empresa sediada no Rio de Janeiro (RJ).

Atuando como técnico em refrigeração e climatização desde 2003, ele conta como ingressou nesta área.

“A minha história na refrigeração é até engraçada, tudo começou quando eu conheci a minha namorada, hoje minha esposa Joana. O Sr. João, pai dela, não gostava muito de mim, e comecei a puxar assunto sobre refrigeração, pois ele trabalhava nessa área e daí para frente começamos a interagir mais. Me interessei pelo assunto e decidi fazer um curso de refrigeração, porém não tinha dinheiro para esse investimento. Me indicaram um curso filantrópico através do Banco da Providência, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ingressei no curso de refrigeração especializado em linha branca. Foram tempos difíceis e sofri muito para concluir e agradeço essa oportunidade que tive, em especial ao professor Josias pelos seus ensinamentos que guardo até hoje”.

Já formado, Leonardo se deparou com outro desafio: recurso financeiro para investir em ferramentas.

“Meu principal desafio foi obter recurso financeiro para investir em ferramentas de refrigeração que eram caríssimas. Me lembro da minha primeira ferramenta, um cortador de tubos que ganhei do meu pai. Trabalho no ramo de refrigeração e climatização há 18 anos, e desde o início da minha caminhada no setor eu nunca parei de estudar, eu era chato comigo mesmo, não me contentava em resolver um problema sem antes investigar exaustivamente. Ao longo do tempo, mudei para Cabo Frio (RJ), tive diversas oportunidades profissionais, me especializei e quando resolvi retornar para a capital investi na minha carreira e inaugurei a Alfatech Climatizações. Deixei de lado a linha branca e comecei a me dedicar somente na área de climatização atendendo sistemas VRF, Mult Split, Splitão, entre outros, me tornando um técnico de referência no setor, dentre muitos no Brasil, e hoje faço parte do maior projeto de disseminação de informações sobre HVAC da América Latina, o Esquadrão do Clima LG”, conta Leonardo.

Rey do Piso-Teto

Em 2017, Leonardo criou um canal no YouTube através da Alfatech Climatizações com a intenção de ajudar os profissionais da área a resolverem seus problemas em campo, com dicas e soluções práticas. Com centenas de seguidores, observando a quantidade de pessoas que acessavam seu canal, alcançando seu propósito, no começo de 2021 lançou um curso on-line denominado Rey do Piso-Teto, ampliando a sua atuação e disseminado informação através de seus vídeos. “Quando comecei no ramo HVAC-R não tive o privilégio de ter várias plataformas digitais na internet, onde hoje você pode contar com a ajuda de profissionais nas resoluções de problemas em campo. Devido à grande quantidade de acessos, investi nesta plataforma digital publicando uma quantidade enorme de vídeos das instalações que realizava. Recebia mensagens de técnicos espalhados por todo o Brasil para ajuda-los com suas dúvidas e problemas de defeitos em campo, por isso decidi desenvolver um curso dedicado a esses instaladores, denominado Rey do Piso-Teto, ajudando centenas de profissionais. Como profissional e instrutor da área, vejo uma ótima oportunidade para pessoas que querem atualizar-se e buscar crescimento profissional, mas nem tudo são flores, na verdade, quando o aluno ingressa em um curso da área, ele deve ser informado pelo instrutor quais são as dificuldades da área, por exemplo, a dificuldade em ter clientes no início, investimentos em ferramentas que são caras, e nem será ele terá garantias. Essas verdades precisam ser explicadas para o aluno para que ele não seja iludido e lá na frente desista, como já vi vários casos, porque grande parte destes profissionais só querem entrar para mercado de refrigeração e climatização devido ao grande lucro, mas repito e digo, nem tudo são flores”, ressalta o diretor da Alfatech. Além do sucesso profissional, Leonardo se considera abençoado também na sua vida pessoal. Ele diz que, com Joana, sua esposa, formou uma família linda. Fruto desse amor, hoje eles têm três filhos: João Victor, com 17 anos; Pedro Henrique, com 15 anos; e Lucas Gabriel, o caçula de 3 anos.

“Me considero muito abençoado. Tenho uma família linda, composta pela minha esposa e meus 3 filhos. A Joana é uma mulher guerreira, sempre ao meu lado desde o começo me ajudando a crescer como homem, marido, pai e profissional. Eles são o meu maior bem, assim como meus familiares, minha mãe Edineia, meu pai Celso e meu irmão Lean. Nos momentos de lazer, que são poucos, gosto de ficar com minha família, ir à igreja agradecer a Deus por tudo o que tem feito em minha vida. Também me dá um prazer enorme reunir os amigos em casa e confraternizar com eles. Já conquistei muitas coisas materiais que eu sonhava, e outras que ainda sonho em conquistar, me sinto muito realizado. Claro que sempre almejamos mais e mais, porém, só o fato chegar até aqui e poder ajudar as pessoas de alguma forma já e uma realização, eu nasci para isso, meu proposito na terra é esse, ajudar as pessoas, e em nome de Jesus tenho a certeza que ajudarei ainda mais dentro das minhas possibilidades”.

Leonardo deixa uma mensagem a todos os profissionais do setor: “Nunca pare de estudar, pois esse é o caminho que vai te levar ao sucesso profissional, seja sempre honesto e justo com seu cliente, assim ele te indicara a outras pessoas, criando um leque de contatos para o seu negócio”, finaliza.

Com Joana e seus três filhos, ele se diz realizado e abençoado

Américo Martins Júnior, um estudioso da refrigeração

A través da excelente influência de seu pai, Américo Martins, também refrigerista e muito conhecido no setor, Américo Martins Junior seguiu o caminho da refrigeração. Como ele mesmo diz: “Está na veia”!

“Estudioso da refrigeração e extremamente exigente na qualidade do trabalho, sem dizer da incansável busca pelo conhecimento, as atitudes do meu pai me convenceram que essa seria a minha profissão”, diz Américo.

Tudo começou na década de 1980, mais exatamente em 1981, quando estava finalizando seus estudos. Atento ao trabalho do pai, Américo via a dificuldade que ele tinha em obter materiais técnicos para desenvolvimento de projetos e acesso as informações. Perdia noites de sono projetando e aplicando o conhecimento na fabricação de produtos.

“Eu tinha tudo para não seguir a carreira de refrigerista. Por ver o sacrifício do meu pai, pensei muitas vezes sobre isso. Ele era muito dedicado, passava semanas viajando, montando grandes estruturas. Mas tudo mudou quando fui pela primeira vez trabalhar em campo.  E minha paixão pela refrigeração começou quando fomos desmontar uma grande fábrica de gelo em barras.  O compressor era quase do meu tamanho.  E aquilo me deixou fascinado e não parei mais”.

Ele lembra que, uma das maiores dificuldades foi o acesso ao material técnico para estudar.

“Naquela época, pouquíssimos fabricantes dispunham de material técnico e muitos até hoje são em inglês.  Gastávamos muito tempo traduzindo material.  E a minha insaciável busca por conhecimento fazia com que eu entrasse de cabeça nos estudos. Em 1989, fui convidado pela Recrusul, em Sapucaia do Sul (RS), a fazer parte da equipe de campo na área de refrigeração para transportes. Aprendi demais com alguns mestres da época, que tinham prazer em ensinar como Sr. Aliomar. Além da teoria, é em campo onde se aprende de verdade. Neste tempo, cresci muito profissionalmente e tecnicamente. Em 1993, recebi um convite para trabalhar na Thermo King do Brasil, que na época, a fábrica era em Monte Mor, região de Campinas, interior de São Paulo. Na TK participei como dieler (revendedor), além de participar de vários projetos na área de ar condicionado para ônibus, adquirindo mais conhecimento e com o inestimável apoio de Paulo Lane. Fiquei na TK durante 16 anos e aprendi demais, pois tínhamos treinamentos contínuos com especialistas vindos do EUA, e foi onde fiz minhas primeiras viagens em busca de especialização na fábrica da empresa em Minessotta – EUA. Em 2009, recebi um convite da Carrier Transicold para trabalhar com equipamentos para transportes.  Nesta época, também comecei a ministrar treinamento de manutenção em equipamentos para transporte, tanto em caminhões como equipamentos de ar condicionado para ônibus. Foram anos de muitos desafios, e muitas histórias para contar”.

Em 2013, Américo recebeu a proposta da Midea Carrier para treinar técnicos e profissionais da área de climatização.

Segundo ele, foi uma mudança drástica em sua carreira, dedicando-se aos estudos para atender as demandas dos treinamentos.

“A tecnologia está cada vez mais avançada e temos que correr atrás desse conhecimento para passar aos nossos alunos. As empresas estão mudando sua forma de atuação com seus consumidores e instaladores. Temos observado um avanço muito grande neste sentido. Treinamentos online e farto material de estudo acessível nas mídias sociais, antes restrito às redes autorizadas. Considero a internet um multiplicador de conhecimento”.

Hoje, como diretor técnico da Thermo Cursos, Américo já treinou desde 2020, mais de 20 mil instaladores via online, o que considera um número jamais atingido com palestras ou treinamentos presenciais, onde o conhecimento pode ser acessado no conforto de casa ou de onde o profissional estiver. Ele acrescenta que só não busca conhecimento quem não quer realmente estudar ou se atualizar profissionalmente.

“Acredito que os treinamentos online serão um marco no ensino no Brasil. Conseguimos atingir lugares onde jamais as pessoas receberiam algum tipo de informação técnica. As mudanças foram extremamente positivas neste segmento e a tendência é que mais informação chegue dessa forma a partir dos anos seguintes. Sabemos da carência e da grande dificuldade de especialistas, principalmente nas máquinas de médio e grande porte como self, splitão, rooftop, VRF e chiller. Estamos enfrentando uma escassez de mão de obra como nunca tínhamos visto. E não estamos vendo nenhuma mudança positiva para os próximos anos. Infelizmente, está é a nossa realidade. Aqueles que se qualificarem para estes tipos de equipamentos sempre terão uma grande demanda de serviços. E em virtude da mão de obra escassa, os valores pagos a esses profissionais treinados serão muito acima da média”, enfatiza.

Mudando vidas

Residindo em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, seu maior sonho é continuar mudando vidas, compartilhando conhecimento e ser lembrado pelo seu trabalho, legado que deixará para seus três filhos: Renan, com 25 anos; Arthur, com 16 anos; e o caçula, Heitor, com 10 anos.

Américo, junto com sua esposa, Kelly Cristina Garcia, divide não só sua vida pessoal com ela, como também profissional, parceira de negócios, a frente da diretoria financeira da Thermo Cursos.

Nas horas de lazer, ele gosta de pescar, mas admite que mesmo assim sempre está com um livro à mão.

“Meu maior desafio é estudar todos os dias, apesar de toda carga diária. Gosto de compartilhar com todos os amigos, principalmente os da área de refrigeração, meu conhecimento, disseminando o saber. E aos que estão chegando agora no mercado, ajam enquanto é tempo. Estudem, busquem incansavelmente o conhecimento. Precisamos de profissionais habilitados e que amem a nossa profissão. Que trabalhem com honestidade, capricho, que sejam pontuais em seus serviços. Me sinto feliz por ajudar muitos profissionais a mudarem suas vidas. A minha missão aqui na terra é essa: Mudar vidas através do conhecimento. E graças a Deus, tenho conseguido fazer isso. Não existe preço por tudo que tenho passado nestes anos. Eu me divirto muito fazendo o que mais amo, que é ensinar. Meus planos para o futuro é fazer da Thermo Cursos a maior e melhor escola de refrigeração e climatização deste país, com estrutura de ponta e professores selecionados do mercado. Hoje, a Thermo Cursos é referência como escola profissionalizante e queremos muito mais. Queremos ser os melhores e para isso, estamos investindo pesado para os próximos anos”, comemora.

Américo e Kelly aproveitam os momentos de lazer junto com seus filhos

Roberto Luís Utida: colhendo bons frutos após árdua semeadura

Foi em janeiro de 2010, que Roberto Luís Utida lema Cristóvão iniciou sua carreira no mercado de ar condicionado e refrigeração, atuando como auxiliar em uma empresa de um conhecido seu, juntos até hoje. Atualmente, comandando a equipe de instalação e venda de equipamentos da Ecoar Ar Condicionado, empresa localizada na capital paulista, Roberto se especializou na instalação de sistemas multi split e mini VRF.

“Comecei a trabalhar prestando serviço em uma empresa localizada no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Porém, essa empresa só comercializava os aparelhos de ar condicionado e não prestava serviços de instalação e manutenção, assim comecei a prestar esses serviços para os clientes que adquiriam os equipamentos na loja. Em 2010, instalei meu primeiro multi split (um tri) e desse dia em diante não parei mais. Hoje, 95% das instalações que fazemos são de multi split e, aos poucos, migrando para o VRF”, diz Roberto.

Ele conta ainda que o maior desafio desde que começou sua vida profissional foi aprender a separar o dinheiro da empresa do seu pessoal e acredita que muitos sofrem com isso em todos os setores.

“Precisamos ter disciplina e uma boa visão administrativa e suporte da área financeira para gerenciar isso. Foi um grande desafio que superei”, comemora.

Para Roberto, hoje o mercado de climatização é promissor e exigente, por isso, os profissionais devem estar preparados e atualizados para atender as expectativas exigidas por parte dos clientes.

“Com a chegada de várias tecnologias, o mercado tornou-se mais exigente na questão da mão de obra qualificada, e o desafio é manter um preço justo, com instalação padrão, usando as melhores ferramentas que há no setor de climatização e refrigeração, porém, ainda é muito comum a política de preços bem abaixo do mercado. Acredito que o técnico deve ficar com olhos e ouvidos atentos, sempre acompanhando as atualizações no mercado para não ficar para trás. Existe mão de obra muito boa sim, mas também, existem profissionais que, às vezes, não conseguem valorizar ou não sabem o valor da sua mão de obra e isso acaba atrapalhando tanto ele mesmo quanto os outros profissionais”.

Ele enxerga o mercado de climatização com um crescimento absurdo nos próximos cinco anos e quem estiver preparado vai colher bons frutos, pois o ar-condicionado deixou de ser luxo e virou necessidade.

“Hoje, os fabricantes enxergam o instalador como amigo e querem trazê-los para perto. Isso foi muito positivo para o mercado, proporcionando ao instalador a consciência de que juntos somos mais fortes e por sua vez, o fabricante está procurando a cada dia melhorar seus equipamentos e facilitar a instalação para nós”.


A vitrine do seu negócio

“Nunca deixe de se especializar e seja honesto com seus clientes, pois eles são a vitrine do seu negócio, irão fazer o seu marketing e abrir inúmeras possibilidades através de indicações, além das redes sociais, que hoje são nossas aliadas para divulgarmos nosso trabalho, atualização profissional, entre tantas outras coisas, como ajudar um colega de profissão, tornando tudo mais fácil”. Roberto mantém seus canais digitais, tanto pessoal como profissional, no Youtube (Roberto Utida), onde apresenta várias dicas e obras que realiza dia a dia. Já no Facebook, ele tem seu perfil pessoal, mas sempre postando informações sobre seu trabalho, além de momentos em família. E no Instagram, alimenta o perfil profissional, o Ecoar_arcondicionadosp, além do perfil pessoal.

“Acredito que as redes sociais são ótimas opções para você mostrar seu trabalho, prospectar novos clientes e fidelizar os atuais. Mas, hoje nosso melhor marketing ainda é a famosa “boca a boca’”. Muito feliz com sua carreira profissional, Roberto comemora o convite feito este ano, por Anderson Bruno, para integrar o Esquadrão do Clima da LG do Brasil.

“Tenho muito a agradecer! Tanto profissionalmente como na vida pessoal. Sou o caçula de três filhos, nasci em São Paulo, e vim de uma família de feirantes, meus pais, que sempre me ensinaram a investir muito sangue e suor para alcançarmos onde queremos chegar”.

Casado há oito anos com Flávia e pai de uma linda e terrível princesa, como ele mesmo diz, Roberto é o tipo de pessoa bem caseira, que curte a vida como ela é, sem reclamar muito. Adora momentos em família, passear no parque aos domingos, viajar, ou até mesmo aquele filme debaixo do cobertor com sua esposa e filha.

“Gosto muito também de mexer com carros, é algo que me ajuda a relaxar. Enxergo a evolução através deles, mas apesar disso, ainda prefiro os antigos. Também curto demais uma praia e, recentemente, adquiri um imóvel no litoral, pensando a longo prazo, onde quero passar os restos dos meus dias quando me aposentar. Agradeço a Deus, a toda equipe da Revista do Frio e Clube do Frio, a minha família por sempre me apoiar e aos meus amigos que sempre torceram pelo meu sucesso”, conclui Roberto.

Tipo de pessoa bem caseira, que curte a vida como ela é, ele adora estar em família

 

Mercado de ar condicionado se recupera e volta a crescer

Relatório aponta que o segmento de splits hi-wall se beneficiou das altas temperaturas em algumas regiões e do investimento de consumidores em suas residências durante a pandemia.

A última atualização semestral da consultoria britânica BSRIA sobre tendências para os principais mercados de ar condicionado em todo o mundo mostra que 2021 está sendo um ano de recuperação e crescimento, à medida que o mundo começa a emergir da pandemia do novo coronavírus.

O relatório aponta que o segmento de splits hi-wall se beneficiou das altas temperaturas em algumas regiões e do investimento de consumidores em suas residências, uma vez que as pessoas, quando podem, continuam trabalhando, de forma total ou parcial, em casa.

O setor de data center também está se fortalecendo, em decorrência de compras online e atividades de construção, turismo e investimentos públicos, revela o documento.

Embora muitos revendedores na China tenham estocado produtos antes de aumentar os preços, as medidas restritivas do governo contra a covid-19 paralisaram as atividades comerciais.

No primeiro semestre de 2021, o desempenho do mercado de ar condicionado comercial leve, como dutos, cassetes e unidades piso-teto de alta capacidade, parece ter permanecido lento. As vendas na Índia no primeiro trimestre de 2021 foram promissoras, mas a BSRIA relata que a segunda onda da pandemia veio no pior momento possível para o mercado de splits (meados de abril) e durou o suficiente para atingir as vendas.

A China está prestes a implementar atualizações de eficiência energética a partir de janeiro de 2022, mas a BSRIA diz que ainda não está certo se a vigência dos novos padrões será adiada, a fim de dar mais tempo para os produtores locais se ajustarem.

Também há relatos de alguns atrasos em muitos projetos em andamento que mantiveram o mercado de chillers parcialmente parado.

No Oriente Médio, a Arábia Saudita implementou padrões mais rígidos de economia de energia para combater o rápido crescimento da demanda por eletricidade.

Nos Emirados Árabes Unidos, o custo das matérias-primas, impostos alfandegários e custos de frete aumentaram significativamente, resultando em um aumento de preço de cerca de 5% a 10%em todos os produtos de ar condicionado. Na Europa, a indústria registrou vendas positivas de splits hi-wall residenciais no primeiro semestre de 2021. Alemanha e França registraram crescimento de dois dígitos nesse segmento, enquanto o mercado de chillers na Itália está mostrando fortes sinais de recuperação. No entanto, na Turquia, a queda dramática da indústria da construção gerou grande impacto no mercado de plantas centrais.

O mercado de hi-wall também registrou expansão de dois dígitos no primeiro semestre do ano na Austrália.

Nos EUA, o aumento inesperado na demanda por splits encontrou um cenário de oferta cada vez menor. A escassez global de chips e semicondutores e um aumento geral do tempo de espera para a maioria dos componentes criaram gargalos na cadeia de suprimentos.

No México, com a maioria dos grandes projetos suspensos ou atrasados, a maior parte do crescimento do mercado de chillers se deu em razão dos projetos com equipamentos de médio porte.

No Brasil, apesar da crise econômica relacionada à pandemia, a indústria de ventilação e ar condicionado vem conseguindo se manter à tona. O mini VRF modular é, atualmente, um dos modelos preferidos no País, onde os fabricantes de chillers esperam um crescimento sustentável e rentável das vendas neste ano.

Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado faz nova série de treinamentos online para instaladores em setembro

No próximo mês de setembro, a Johnson Controls–Hitachi Ar Condicionado dará prosseguimento à série de treinamentos online para instaladores que tem realizado ao longo do ano com mais quatro cursos sobre seus produtos e como fazer uma melhor instalação, operação e manutenção deles.

Nos dias 1o e 2, o curso será sobre a Família PrimAiry; no dia 9, o tema será o equipamento Chiller Scroll Inverter e Fixo; entre os dias 14 e 16, serão abordados os Sistemas VRF (Set Free Sigma + Side Smart+ Mini VRF); e nos dias 28 e 29, o assunto será o Chiller Samurai Parafuso Série A (também conhecido como New Samurai).

Os treinamentos online da Johnson Controls-Hitachi são todos ministrados pela plataforma Microsoft Teams e o participante terá direito a um certificado desde que cumpra todo o programa durante o curso e tenha um aproveitamento mínimo de 70% na avaliação final.

O calendário pode ter eventuais alterações, as vagas são limitadas e as inscrições são encerradas uma semana antes do treinamento. Todas as modificações são comunicadas aos inscritos e a recomendação é para se acompanhar também a página de treinamentos da Johnson Controls-Hitachi. O custo de inscrição para cada um dos treinamentos é de R$ 350,00.

Gilsomar Silva, Gerente de Pós-venda e treinamento da Johnson Controls-Hitachi, explica como os treinamentos da Johnson Controls-Hitachi são estruturados. “Como nosso objetivo é colaborar com a qualificação de profissionais do segmento de climatização e ar-condicionado, desenvolvemos sete treinamentos diferentes, cada um com suas especificidades. Para atendermos às demandas do mercado de uma forma mais assertiva, promovemos os treinamentos regularmente, mas diversificando os assuntos a cada mês. Assim, todas as necessidades dos profissionais são contempladas.”.

Adriano Julio Ledo, merecedor de muitas coisas boas!

Construir uma carreira de sucesso exigiu muito trabalho, resiliência e disciplina.

Neste mês de junho, em que completa 45 anos, Adriano Julio Ledo, conhecido como Maresia, nome da empresa que dirige desde 2002, conta como sua vida profissional no mercado de HVAC-R exigiu garra e superação de desafios.

Nascido na capital paulista, e hoje residente na cidade de Paulínia, interior de São Paulo, ele explica como ingressou na área de refrigeração e climatização.

“Em 1992, a geladeira da minha avó deu um problema e solicitamos a visita de um técnico para o conserto. Assim que ele chegou, acompanhei o serviço e não parei de fazer perguntas, encantado a medida que ele me respondia. Foi aí que me interessei e me apaixonei pelo sistema de refrigeração. Me ofereci para ajudar a carregar a geladeira até a oficina e ele perguntou se eu gostaria de trabalhar com ele. Oferta aceita, comecei meu primeiro serviço na Refrigeração Júlio Prestes.

Iniciei como ajudante, limpava a oficina e ferramental, e com o tempo aprendi a fazer manutenção nas máquinas de lavar, tanquinho e refrigeradores. Dormia poucas horas, acordava muito cedo e dormia tarde todos os dias, pois fazia o colegial (ensino médio) no período noturno.

Minha vontade de aprender cada vez mais, me levou a ingressar no curso de Técnico em Refrigeração da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves.

Foram tempos de muita dedicação e força de vontade, pegava o trem às 5h50 para chegar na escola às 7h00, e fiz esse trajeto ao longo de dois anos. Surgiram várias oportunidades para alavancar minha carreira, entre elas, o trabalho numa multinacional, onde permaneci por alguns anos; e numa empresa de médio porte onde aprendi muitas coisas. Até que, em agosto de 2002, resolvi abrir minha própria empresa e fundei a MARESIA sigla para Manutenção, Ar Condicionado, Refrigeração e Sistema Integrado de Automação. Graças a Deus sempre tive pessoas boas na minha trajetória e continuo tendo até hoje”, diz Adriano.

No mercado de refrigeração e climatização há 29 anos, ele se considera um apaixonado por essa profissão e, uma vez contaminado, diz que não existe vacina que elimine esse vírus! Essa paixão o levou a se dedicar aos estudos, aperfeiçoamento, especializações, muitos treinamentos e literatura dirigida à área, contribuindo para uma carreira de sucesso profissional.

“O mercado vem mudando constantemente, anos atrás era muito difícil ter acesso aos fabricantes, catálogos e informações dos mesmos, até para se tornar um autorizado de qualquer fabricante era muito complicado.

As mudanças estão sendo muito positivas, os fabricantes estão mais acessíveis e ouvindo mais os técnicos, nos dando atenção, isso é muito bom para que possamos nos aperfeiçoar a cada dia. Os treinamentos oferecidos nos capacitam em diversos segmentos, em especial, sobre os cuidados na instalação, manutenção, limpeza e higienização dos sistemas de climatização.

Temos que ter em mente que não somos apenas técnicos, somos também consultores e, às vezes, até psicólogos! É de extrema importância tomarmos cuidados nas instalações, pois é nosso cartão de visita. Antes da instalação, é necessário entender a necessidade do cliente, com visita técnica para dimensionar bem os equipamentos, verificar as melhores condições na obra, usar o ferramental adequado e manter a organização no ambiente onde será efetuada a instalação. Equipamentos limpos e higienizados, não só ajudam a diminuir os gastos, mas também contribuem para a saúde dos usuários. A falta de manutenção pode ocasionar diversas patologias, inclusive é lei! Em vigor desde janeiro de 2018, a lei 13.589/2018, conhecida como lei do PMOC (Plano de Manutenção Operação e Controle), precisa ser difundida e profissionais devem ser mais conscientes da importância da manutenção dos equipamentos”.

Sobre a oferta de mão de obra qualificada, ele enfatiza que existe uma demanda, principalmente, em sistemas inverter e VRF, considerados tendência de mercado, além segmento do frio alimentício, que para muitos é um bicho de sete cabeças. Adriano mantém também seus canais digitais nas redes sociais: “Venho de uma época em que tínhamos pouca informação e pouco acesso aos fabricantes e hoje, tudo se tornou mais fácil, você corre na internet e acha tudo que precisa, mas temos que tomar cuidado, pois do mesmo jeito que existe muita informação boa, tem também muita coisa errada, e é preciso separar o joio do trigo.

As plataformas digitais vêm ajudando nossa categoria e com isso fica mais fácil você achar fornecedores e até parceiros em outras regiões para fazer serviços fora da sua praça de trabalho. Hoje tenho meu canal no YouTube, Instagram e Facebook com muitos seguidores e acredito que isso alavancou meu trabalho”.

Família e amizades

“Venho de uma família humilde, sempre tive o básico e nunca me faltou nada. Não conheci meu pai e minha avó materna que me educou, sempre foi meu porto seguro e esteve presente na minha vida, me ensinou a ser homem, pai, amigo, entre outras coisas. O falecimento foi uma das maiores perdas da minha vida. Mas sei que ela está muito orgulhosa por eu ter alcançado meus objetivos”. Antes da paixão pela refrigeração, Adriano conta que sua vontade era ser jogador de futebol.

“Minha vontade era ser jogador de futebol, treinei por alguns anos em um grande clube de SP, mas quis o destino que minha avó mudasse da capital para o interior, isso me abalou um pouco, pois não conseguiria dar continuidade aos treinos nesse clube. Acredito que o destino nos revela grandes coisas, e ele me apresentou a refrigeração e sou muito grato por ter entrado nessa profissão. Sou muito grato a Deus pela família que tenho, sou casado com uma mulher incrível e tenho uma filha maravilhosa de 16 anos. Ver minha filha formada e trabalhando na profissão escolhida, dar cursos gratuitos na Maresia Ar condicionado para crianças entre 14 a 17 anos para ingressar na nossa área me dá muito orgulho! Sou uma pessoa que preso muito pelas amizades, tenho amigos de longa data e a refrigeração me trouxe centenas de muitos outros amigos espalhados pelo Brasil”.

Nas horas vagas, Adriano procura se atualizar sobre as novas tendências do mercado, fazer viagens para conhecer novos lugares e correr ao ar livre, o que lhe carrega as energias no dia a dia.

“Sou grato a Deus por tudo que conquistei na vida, às vezes digo que não sou tão merecedor de tantas coisas boas que a vida me proporciona, acho que conquistei quase tudo nessa minha caminhada aqui na terra. Sempre fui um cara sonhador, mas corri atrás dos meus sonhos e nunca desisti de nenhum, já realizei muitos, faltam poucos para dizer que tive uma vida plena”, finaliza Adriano.

Fazer viagens para conhecer novos lugares é um dos hobbies de Adriano

 

 

 

Em expansão, apesar da pandemia

Segmento de tubos, conexões e soldas contraria as tendências negativas geradas pela covid-19 e mostra resultados empolgantes obtidos em 2020 e no primeiro quadrimestre de 2021.

Mesmo diante de um cenário tão incerto gerado pela pandemia da covid-19 e ao contrário de qualquer prognóstico mais pessimista, o segmento de tubos, conexões e soldas para a união desses componentes se saiu muito bem em 2020 e nos primeiros quatro meses deste ano, conforme relataram à Revista do Frio alguns players do mercado.

Os resultados foram possíveis graças a demandas geradas pela própria situação de emergência causada pelo coronavírus, a exemplo do crescimento das instalações de tubos de cobre para miniusinas de oxigênio medicinal e para a rede interna hospitalar.

“A pandemia trouxe à tona a essencialidade do HVAC-R não apenas para o conforto térmico, mas para a garantia da vida moderna e da saúde”, afirma o diretor comercial e técnico da americana Harris Products Group no Brasil, Anderson Fernandes, ao salientar que a empresa é a única que tem tecnologia para gravar o nome de seus produtos nas varetas de foscoper e silfoscoper, indicando assim o teor de prata. “Tem muito gato sendo vendido como lebre no mercado”, alerta.

Uma das maiores fabricantes mundiais de ligas para brasagem, a empresa sediada em Mauá (SP) ressalta que esse processo, pela praticidade e confiabilidade, ainda é disparado o método de união de tubos mais utilizado no mercado do frio.

“Uniões a frio têm surgido frequentemente, porém com pouca consistência e durabilidade. A tecnologia de junção a frio mais utilizada é o sistema anaeróbico, mas há grandes limitações dimensionais e dificuldades onde há curvas, diâmetros distintos, além de fatores econômicos causados pelo seu alto custo”, argumenta o executivo.

Esse tipo de solução tecnológica, porém, é uma tendência global e tem sido cada vez mais adotada no mercado brasileiro, devido a vantagens como praticidade e segurança.

Apesar da retração de 4% registrada pela indústria brasileira de climatização no ano passado, o crescimento das vendas do sistema Lokring de união sem solda fabricado pela alemã Vulkan superou dois dígitos.

Otimista, a filial brasileira projeta ao menos repetir em 2021 os resultados positivos obtidos no ano anterior, conforme enfatiza o engenheiro mecânico e diretor de vendas da Vulkan Lokring na América do Sul, Mauro Mendonça.

“Por incrível que pareça, a pandemia não fez diminuir os nossos negócios. Aliás, 2020 foi o melhor da nossa história em termos de faturamento. O mercado de refrigeradores, por exemplo, cresceu 20% em relação a 2019”, diz.

Isso se explica em grande parte pela nova forma de trabalho em home office, que acabou influenciando muito na decisão de compra e pela troca dos refrigeradores domésticos por novos. “O indivíduo deixou de viajar de férias e investiu então na atualização de seu lar”, explica.

O gestor acredita que mesmo que as vendas de equipamentos como chopeiras, freezers, sorveteiras e equipamentos para restaurantes e sistemas de ar condicionado tenham uma certa retração por causa da pandemia e dos lockdowns, a venda de refrigeradores e outros equipamentos domésticos deverão compensar essas possíveis diminuições.

Para o ramo específico de refrigeração doméstica, a Vulkan fornece os anéis Lokring para praticamente para todas as indústrias de geladeiras, que utilizam esses componentes no lugar da solda comum.

No caso dos reparos de refrigeradores em campo, há as juntas Série 00, que fazem a união dos tubos sem fogo, chama ou faísca, garantindo total estanqueidade do sistema hermético.

“As maiores vantagens para o técnico são a rapidez no reparo, feito na metade do tempo normal com a solda comum; a possibilidade quase que de 100% de se fazer o conserto na própria residência, evitando o transporte do refrigerador e perda de tempo ao se levar uma geladeira back-up para não se perder os alimentos que estavam na geladeira danificada”, salienta Mendonça.

Outro foco da Vulkan situa-se nos sistemas VRF, já que aparelhos splits e de janela praticamente não possuem uniões. Essas instalações utilizam as juntas Série 50, ideais tanto para sistemas com R-22 ou R-410A, quanto para aqueles já com gases inflamáveis, como o R-32.

“Para o mercado de VRF somente comercializamos de acordo com cada projeto e mediante treinamento prévio dos técnicos, pois não podemos comprometer nossa marca reconhecida mundialmente com problemas pela falta de um treinamento adequado da utilização”, complementa.

O diretor da Vulkan esclarece ainda que, diferentemente do que acontece em alguns países da Ásia, a empresa fornece e recomenda suas juntas para qualquer fabricante de tubos nacionais.

“Os tubos feitos aqui não são ovalizados, as dimensões são seguidas à risca e eventuais costuras e falhas deste tipo nos tubos praticamente não existem”, observa.

Sem costura

Fabricante de tubos de cobre destinados ao mercado de refrigeração, ar condicionado, aquecimento solar e construção civil, a catarinense Cobresul Metais utiliza a tecnologia Cast In Roll – linha contínua e sem costura.

O processo de produção se dá por meio da fundição da matéria-prima (cátodo) de onde é extraído o tubo-mãe, que segue os processos de fresa, laminação e trefilação, diferentemente do que havia no passado, quando se utilizava a extrusão do tarugo maciço e trefilação.

“A tecnologia Cast in Roll trouxe vantagens para o mercado de tubos de cobre. Por ser um processo mais ágil que o anterior, houve substancial redução nos custos de produção, ganho de produtividade, economia nos materiais e na produção”, argumenta o coordenador de vendas da companhia, Sandro Lopes Reis.

Com relação aos tubos de cobre destinados ao segmento de ar-condicionado (inner grooved, isto é, com ranhuras internas), observou-se aumento da eficiência na troca térmica e do baixo consumo, além de ser mais compacto.

“A tendência é haver cada vez mais a redução nas espessuras das paredes dos tubos, e hoje já há tecnologia para produção com espessura inferior a 7 milímetros”, emenda.

Produzidos de acordo com as normas internacionais ASTM e nacional ABNT NBR, os tubos para a linha de refrigeração (panquecas) são batocados e embalados individualmente.

“Com o agravamento da pandemia, houve um crescimento substancial na utilização de tubos de cobre para a linha hospitalar na condução de gases medicinais, pois o material dos tubos tem ação antimicrobiana, eliminando bactérias, fungos e vírus em questão de minutos”, explica Katia Sampaio da Silva, da área de marketing da empresa sediada em Joinville.

Os gestores da Cobresul estão otimistas para a geração de negócios até o fim de 2021, levando-se em conta que os pedidos ficaram represados ao longo de 2020. “Apesar da baixa expectativa do PIB para este ano (3%), almejamos crescer 15% em comparação a 2020”, complementa a executiva.

Outras vantagens do cobre

Dona da marca Eluma, a Paranapanema fornece tubos, conexões e ligas de cobre que podem ser aplicados tanto na produção de equipamentos do HVAC-R quanto na instalação para interligação entre equipamentos evaporadores e condensadores.

Também fabrica laminados de cobre para a produção de aletas para trocadores de calor.

“As principais vantagens competitivas do cobre são a excelente capacidade de troca térmica, a facilidade de conformação e utilização e as elevadas resistências mecânicas ao calor e à corrosão, além de sua propriedade antimicrobiana que ajuda na inibição da proliferação de micro-organismos em contato com sua superfície”, enumera a direção da empresa.

De acordo com a companhia, que tem unidades fabris em Serra (ES) e Utinga (SP), a utilização de tubos contendo ranhuras internas tornou-se mais comum no mercado nos últimos anos, tecnologia simples que aumenta a eficiência da troca térmica desses equipamentos.

“Para o mercado de instalação de equipamentos, percebemos no segmento de ar condicionado, principalmente no residencial, uma tendência de se utilizar tubos flexíveis com comprimentos maiores, visando evitar a necessidade de realização de soldas, que requer mais cuidados, como pressurização com nitrogênio. Ao retirar a necessidade de solda na instalação de um sistema, há ganhos para o instalador tanto em insumos (solda e nitrogênio) quanto em tempo de trabalho”, entende a empresa.

A partir de tal visão, a Paranapanema, apesar da pandemia, está seguindo o ritmo de produção e de entregas para seus clientes, de acordo com as demandas de mercado. Por ser uma empresa de capital aberto, a indústria não divulga suas expectativas de crescimento.

Johnson Controls-Hitachi lança linha de unidades externas que otimizam o uso de espaço

Lançado simultaneamente em todo o mundo, a unidade externa modular SideSmart ™ VRF é um conceito exclusivo da marca Hitachi por sua descarga de ar horizontal. Foi desenvolvido para todos os tipos de empreendimentos, principalmente aqueles com espaço limitado em edifícios de médio porte, pois apresenta tamanho reduzido. As dimensões do gabinete menor são 1,65 × 1,05 × 0,42 m de Altura, Largura e Profundidade, respectivamente.

A inovação que essa linha apresenta está no conceito de modularidade com descarga de ar horizontal, proporcionando a interligação até quatro unidades externas e oferecendo uma capacidade máxima combinada de 72 HP (capacidade de refrigeração de 200 Kw).

Com dimensões e peso reduzidos, as unidades externas podem ser transportadas utilizando o elevador, sem a necessidade de guindastes e, com isto, diminuindo o custo da instalação.

A combinação Premium com COP de até 4,51, oferece uma maior eficiência energética garantindo assim uma sensível redução nos custos operacionais. Enquanto as combinações Padrão e Econômico oferecem maiores capacidades sem utilizar espaço extra.

A unidade pode ser instalada em varandas, pisos técnicos ou salas de máquinas. Essa flexibilidade no projeto ajuda a reduzir o comprimento da tubulação entre as unidades internas e externas, aumentando a eficiência e deixando espaço livre no teto.

A nova linha exclusiva de unidades externas VRF apresenta ao mercado uma solução compacta para a fachada de edifícios comerciais

Mercado de VRF continua em expansão

O mercado de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) é o nicho de ar condicionado comercial que mais cresce ano após ano e hoje já é o maior em capacidade, em detrimento dos demais segmentos, como package e chiller.

De 2011 a 2020, o setor de VRF cresceu, em média, 15% ao ano, tendo apenas como exceção o ano de 2015, quando apresentou recuo em função da crise político-econômica que marcou aquele período.

Apresentou um desempenho positivo em 2020, mesmo com todo o cenário de crise causado pela covid-19, com um crescimento da ordem de 4% sobre o ano de 2019.

“É um crescimento baixo comparado com a série histórica, mas muito coerente com o cenário macroeconômico”, avalia o vice-presidente técnico do departamento nacional de ar condicionado da Abrava e gerente nacional de distribuição e marketing estratégico da Johnson Controls-Hitachi do Brasil, Gerson Robaina.

O executivo diz que “todos os fabricantes de VRF estão sempre atualizando suas linhas de produto com foco em melhor eficiência energética e com cada vez mais capacidade de embarcar sistemas de controles num preço competitivo, sendo inclusive hoje produto substituto frente a outros tipos de sistemas”.

“No caso da Johnson Controls-Hitachi, investimos muito para trazer ao mercado brasileiro a linha de controles AirCloud Pro, para que, junto com todo portfólio VRF Hitachi, pudéssemos oferecer mais conforto e controle com um preço mais acessível aos nossos usuários”, revela.

Na avaliação do gerente sênior de vendas da Daikin, Raimundo Ribeiro, o mercado de VRF está cada vez mais competitivo no Brasil e no mundo, “onde temos fabricantes que continuam preocupados em ter produtos cada vez mais eficientes, principalmente no ICOP (cargas parciais), além do desafio de reduzir o custo por HP”.

“Devido à pandemia, acredito que o próximo desafio dos fabricantes será com relação ao desenvolvimento de produtos para o tratamento do ar, questão em que a emergência sanitária resgatou a preocupação e importância da qualidade do ar interior (QAI)”, diz.

“O VRF tem um grande diferencial que é a automação embarcada no produto, recurso ainda pouco especificado e utilizado nos projetos, não sendo possível utilizar todos os benefícios da tecnologia. Nos dias de hoje, com a Internet das Coisas, esse recurso deve ser mais utilizado e promovido pelos fabricantes”, ressalta.

“A Daikin disposta a liderar essa tendência, vem investindo no desenvolvimento de máquinas com maior ICOP, oferecendo soluções para a QAI, promovendo treinamentos e buscando cada vez mais a especificação do sistema de automação. Visando facilitar o trabalho do instalador e buscando uma instalação mais limpa e com menor número de sonda, estamos promovendo cada vez mais a solução PPM (Precision Piping Method) utilizando o DGT (Daikin Gas Tight), tecnologias exclusivas da Daikin”, acrescenta.

Com o dólar em alta e praticamente 90% dos produtos sendo importados, o preço do VRF aumentou ao longo do último ano. “Devido a isso, atualmente nosso maior obstáculo é o macroeconômico”, afirma o diretor comercial da Gree no Brasil, Alex Chen.

“Já na parte técnica, tivemos uma grande mudança vinda dos instaladores. Graças às lives na internet e à disseminação de conteúdos informativos sobre o mercado de climatização, esse público vem se interessando mais pela área e ganhando cada vez mais espaço”, explica.

“O instalador mais antenado já reconhece os diferenciais e benefícios da instalação VRF comparada à de um split, por exemplo, mas é necessário que eles passem sempre por um aprimoramento na área, já que são profissionais que influenciam diretamente na decisão do consumidor final”, completa.

Segundo o gerente de produtos e sistemas de ar condicionado da Samsung no Brasil, Daniel Fraianeli, embora tenha vantagens técnicas, como economia de espaço e energia, os sistemas de VRF dependem de uma maior capacitação de vendedores e instaladores para que esses benefícios sejam aplicados da melhor forma para os consumidores.

“Alguns mitos persistem, como por exemplo o temor de que a quebra de uma condensadora pode parar o sistema por completo. Hoje já existe um tipo de proteção eletrônica, normalmente embarcada no produto, que torna os eventos de quebra tão raros que esse tipo de preocupação nem sequer deveria existir”, diz.

“O desconhecimento sobre o produto e sobre os métodos de instalação ainda são entraves para o setor, mas a Samsung trabalha para capacitar a mão de obra e criar programas de treinamento constante para os profissionais de instalação e assistência técnica”, destaca.

Para o coordenador de vendas da Trane no Brasil, João Paulo Mesquita, a versatilidade é um dos grandes diferenciais competitivos da tecnologia.

“Nos últimos anos, a tecnologia VRF vem quebrando paradigmas e vem sendo utilizada em diversas novas aplicações, como aquelas que requerem filtragens especiais, 100% de ar externo, recuperadores de calor, sistemas quente e frio simultâneo e sistemas com condensação a água e a ar em residências, escolas, hotéis, estabelecimentos comerciais de diversos tipos e prédios de escritórios”, justifica.

Por ter sido o único segmento do mercado de climatização que registrou crescimento no ano passado, os fabricantes se mantêm otimistas em relação ao desempenho do setor este ano.

“Para 2021, nossa expectativa é positiva. Entendemos que os setores que performaram bem ano passado continuarão crescendo. Os que sofreram impactos negativos, estão em busca de crescimento”, lembra a gerente de ar condicionado comercial da LG, Graziela Yang.

Tabela participação dos equipamentos centrais - VRF

Johnson Controls-Hitachi lança unidade externa compacta

Série Mini VRF HNSKQ atende vários ambientes de forma inteligente e com alta performance

Para atender a demanda por equipamentos de alta performance mais compactos, a Johnson Controls-Hitachi apresenta a nova série de unidades externas Mini VRF HNSKQ, indicada para residências de alto padrão, escritórios, escolas, indústrias, hospitais, hotéis, lojas e restaurantes.

Com dimensões otimizadas, o Mini VRF HNSKQ pode ser aplicado em locais estreitos, o que facilita a instalação. Adequado para instalações que têm diversas unidades internas, o equipamento é composto de um compressor inverter de alta eficiência, que opera na ampla faixa de 15 a 120Hz.

Com a maior flexibilidade de aplicação do mercado, o equipamento é eficiente em condições de resfriamento, com uma faixa de temperatura externa de até 52°C. Outro destaque do lançamento é a flexibilidade de design, que o torna capaz de atender longas distâncias.  O produto também conta com um ventilador capaz de fornecer pressão estática, o que permite a conexão de um duto na saída de ar do equipamento e possibilita que ele seja instalado dentro da casa de máquina.

Tendo em vista que o Brasil tem muitas regiões suscetíveis à maresia, as unidades externas Mini VRF podem receber, opcionalmente, uma proteção à corrosão, o que traz maior durabilidade ao produto.