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Samsung e Frigelar promoveram o encontro “Mulheres Instaladoras Extra Power”

O evento “Mulheres Instaladoras Extra Power” aconteceu  no dia 24 de setembro, em Porto Alegre, e abordou temas como as boas práticas de instalação, código de erros, sistema VRF no mercado brasileiro, estratégias da Frigelar em soluções VRF e programa de vantagens impulsiona Frigelar.

Nathalia Monteiro, instrutora e especialista dos produtos Samsung, palestrou durante o evento, que também contou com a participação de Gisieli Severo, instaladora referência na categoria. Ela é de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e já recebeu prêmios por sua atuação na área.

“As mulheres se destacam, cada vez mais, em diversas áreas e a profissão de instaladora de ar-condicionado é uma prova dessa capacitação. A Samsung apoia e o evento é uma maneira de incentivar o debate sobre o tema, com quem entende do assunto”, diz Helbert Oliveira, Diretor de Produtos da Divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil.

Um mercado cada vez mais próspero

Desenvolvidos para resfriar e/ou aquecer múltiplos ambientes simultaneamente e sem a necessidade de instalação de redes de dutos, os sistemas de ar condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) satisfazem plenamente aos anseios dos clientes mais exigentes.

Afinal de contas, essas máquinas usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e ventiladores controlados eletronicamente, além do sub-resfriamento interno e a modulação da válvula de expansão eletrônica.

Um ar-condicionado do gênero, por exemplo, funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Muitos empreendimentos comerciais e residenciais de alto padrão têm priorizado sua instalação, devido à facilidade de operação e à economia de energia.

O design compacto e o layout flexível em termos de unidades externas e internas são grandes vantagens competitivas adicionais desses equipamentos, segundo empreiteiros do setor.

“Na era da Indústria 4.0 na construção civil, quem contrata quer soluções prontas”, diz o engenheiro Arnaldo Basile, diretor executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Para diminuir o custo final dos empreendimentos, só existe uma maneira: reduzir a mão de obra nas construções adotando soluções do tipo Lego. É aí que o VRF se encaixa”, uma vez que “as instalações de centrais de água gelada (CAGs) demandam mão de obra intensiva, e a indústria da construção civil quer exatamente o contrário”.

 A facilidade de instalação dos sistemas VRF, enfim, é altamente atrativa para os empreendedores. “As obras medianas de ar condicionado não serão mais de água gelada, serão de VRF. Isso é irreversível no mundo todo”, ressalta Basile.

De acordo com o gerente de marketing de produto da Midea Carrier, Nikolas Corbacho, o Brasil é um mercado aberto a oportunidades e está mais maduro em relação à aplicação da tecnologia. “Temos visto uma diversificação grande em projetos que antes eram concentrados em água gelada ou package e estão migrando para VRF”, afirma.

“O mercado brasileiro é uma das maiores vertentes deste segmento no mundo, com crescimentos expressivos ano sobre ano”, reforça o engenheiro.

Recentemente, a companhia lançou o Midea V6, “um dos produtos mais avançados e eficientes de sua categoria”, que sai de fábrica com três inovações exclusivas: o Sistema de Gestão de Energia (EMS), o compressor com injeção otimizada de vapor (EVI) e a carga automática de refrigerante (opcional).

“Levando em consideração que o custo da energia elétrica no Brasil está entre um dos mais caros do mundo, a economia em sistemas de climatização torna-se fundamental. Além disso, facilidade na operação e manutenção são outros pontos em destaque”, enfatiza o gerente nacional de VRF da Trane no Brasil, Felipe Oliveira.

Segundo a gerente de produtos da área de ar condicionado central da LG do Brasil, Graziela Yang, o cenário brasileiro apresenta um grande espaço para a expansão do setor comercial, além de um nível de urbanização e reorganização residencial nas cidades ainda em ascensão, que impulsiona a demanda por equipamentos de climatização.

“Os sistemas de ar condicionado também estão sendo integrados a diversas tecnologias de última geração, como sensores conectados à internet, sistemas de controle remoto e unidades de climatização híbridas, para fornecer o máximo conforto com consumo de energia reduzido”, destaca.

Junto com seu portfólio de VRF, a indústria sul-coreana oferece um line up amplo de evaporadoras, inclusive com design diferenciado, como a ArtCool Mirror. “Também possuímos soluções que funcionam com gás natural, como o GHP, que pode ser utilizado em locais com pouca oferta de energia elétrica”, lembra.

“Além dos nossos sistemas de ar condicionado, temos o Hydro Kit, que esquenta água através do calor rejeitado na condensadora. Ao utilizar essa tecnologia, pode-se economizar espaço de instalação (quando comparado com sistemas de placas solares, por exemplo) e energia elétrica ao fornecer água quente para piscinas, chuveiros, cozinhas etc.”, acrescenta.

VRF destaque nesta edição da Revista do Frio

Gargalos

Segundo os fabricantes ouvidos pela Revista do Frio, um dos principais riscos no mercado brasileiro é a falta de qualificação da mão de obra para instalação de máquinas VRF e manutenção desses sistemas, assim como a necessidade de uma melhor regulamentação para detecção de vazamento do gás refrigerante.

“Além da economia relativamente estagnada, a concorrência acirrada entre os mais de dez players do segmento dificulta o desenvolvimento dos negócios no Brasil”, diz Felipe Oliveira, da Trane.

“Isso, de certa forma, gera oportunidade para que os fabricantes se diferenciem no suporte e fornecimento de novas tecnologias ao cliente, o que de fato é uma tendência no mercado brasileiro de sistemas VRF”, afirma.

“Uma das dificuldades de se desenvolver em negócios neste segmento no Brasil é a volatilidade da situação cambial e econômica, que são fatores importantes quando tratamos de produtos importados”, lembra Nikolas Corbacho, da Midea Carrier.

“Além de não termos uma regulação clara em relação aos padrões de eficiência a serem adotados para o nosso mercado, como temos diversas normas internacionais, esse acaba sendo um dos pontos de divergência para aplicações que exigem diferentes níveis de eficiência energética”, revela.

Apesar desses gargalos, o gerente de produto da área de ar condicionado da Samsung, Tiago Dias, considera o mercado brasileiro de VRF muito maduro e com grandes oportunidades. Para superar os desafios, a multinacional investe em produtos de alta tecnologia, com alto nível de eficiência energética e uma enorme gama de unidades internas e externas.

“Além disso, a Samsung conta com profissionais do mais alto nível que auxiliam a elaboração de projetos, suporte de pré e pós venda, e treinamento das empresas de instalação”, diz o gestor, ressaltando que treinamento e suporte aos instaladores são o principal foco do fabricante no segmento de VRF.

Climatização de edifícios comerciais puxa expansão do mercado de VRF

O mercado global de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês) movimentou US$ 11,26 bilhões no ano passado. Até 2023, a receita do setor deverá atingir US$ 22,81 bilhões, segundo relatório da Market.Biz.

A pesquisa revela que o rápido crescimento desta indústria pode ser atribuído a vários fatores, como tecnologia de ponta, alta eficiência energética, fácil instalação e menor impacto ambiental.

Os equipamentos VRF usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e motores de ventiladores, além do sub-resfriamento interno e modulação da válvula de expansão eletrônica.

Segundo o estudo, as máquinas que funcionam como bomba de calor (heat pump) devem liderar o mercado de VRF durante o período de previsão.

É provável que as aplicações comerciais detenham a maior parte da demanda nos próximos cinco anos, devido à expansão da indústria de construção e à facilidade de instalação destes equipamentos.

Os principais players globais do setor, de acordo com o relatório, são Daikin (Japão), Mitsubishi Electric (Japão), Hitachi (Japão), Midea (China), Carrier (EUA), Samsung Electronics (Coreia do Sul), Panasonic (Japão), Lennox International (EUA), Ingersoll Rand (Irlanda), Fujitsu (Japão) e LG Electronics (Coreia do Sul).

 

Equipamento de VRF

Vantagens da tecnologia

O sistema VRF pode ser considerado a mais avançada tecnologia do mercado de climatização. Com ele, uma única unidade externa é capaz de suprir diversas unidades internas sem a necessidade de instalação de redes de dutos.

Um ar-condicionado do gênero funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Aliás, os sistemas de controle deles têm evoluído significativamente, com muitas opções de integração com outras modalidades de ar condicionado, se estendendo, inclusive, ao controle via aplicativos em smartphones.

Também há no mercado máquinas que recuperam calor, ou seja, elas podem ser usadas tanto para aquecer quanto resfriar, simultaneamente, diversos ambientes.

Neste caso, o sistema reaproveita o calor de retorno de uma sala para aquecer outra, o que aumenta a eficiência energética e resulta em economia e conforto para os ocupantes dos edifícios.

Embora os sistemas VRF existam há mais de 30 anos, sua popularidade está crescendo mais do que nunca em todo o mundo, segundo os principais fabricantes do setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o mercado de VRF foi um dos únicos, dentre os sistemas centrais de ar condicionado, que mantiveram o volume de vendas sem grandes perdas nos últimos três anos, após pico histórico em 2014, com pequena recuperação – na faixa de 8% – em 2017.

No País, muitos edifícios comerciais e alguns residenciais de alto padrão têm priorizado a aquisição deste sofisticado sistema de ar condicionado de operação fácil e econômica.

Seu design compacto e layout flexível em termos de unidades externas e internas são as vantagens adicionais que levam à adoção cada vez mais maior de sistemas VRF em prédios corporativos e residenciais.

Devido à sua capacidade de expansão modular, eles são ideais para aplicação em grandes empreendimentos. “Estamos vendo seu uso integrado com sistemas de tratamento dedicado de ar externo (DOAS), seja de expansão direta (DX) ou indireta (água gelada), introdução de unidades de tratamento de ar (AHU) de maior capacidade e com melhor filtragem para atender a grandes projetos e aplicações não cobertas pelas linhas tradicionais”, salienta o engenheiro Luciano Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Industrial da Abrava.

“O uso de sistemas com recuperação de calor também deve crescer nos próximos anos, assim como a busca por novas famílias de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP), em função da pressão por parte de alguns clientes em banir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) como o R-410A, substância muito aplicada hoje nos VRFs”, informa.

Segundo o diretor comercial da FR Climatização, Rodrigo Men, a utilização de VRF vem crescendo exponencialmente em segmentos como o hospitalar e o educacional.

“O VRF tem muito a crescer no Brasil. Acredito que após as eleições presidenciais, o mercado de construção civil retomará seu crescimento e levará o setor junto”, prevê.

Climatização - Refrigerista na manutenção do VRF
Desafios e oportunidades

De acordo com Rodrigo Men, o maior risco atual no mercado de VRF no Brasil é a falta de conhecimento de como se trabalha e aplica este produto.

Esse cenário obriga os fabricantes a investirem muito tempo em treinamentos básicos, incluindo a parte de fundamentos que necessitaria ser obtida em escolas e cursos técnicos.

Também falta estruturação mais forte nas universidades focando os sistemas de climatização e refrigeração, apontam fabricantes, empreiteiros e vendedores.

“O VRF não é como um ar-condicionado de janela ou um ‘split pé de boi’, que, às vezes, mesmo que instalados incorretamente, apresentam um certo rendimento e funcionam por um tempo. O VRF não pode ser vendido de qualquer maneira esperando que o ‘instalador’ resolva como configurar e instalar. O cliente final, quando adquire um equipamento desse tipo, espera ter a melhor solução em climatização disponível no mercado, uma máquina com tecnologia de ponta e cheia de benefícios”, diz.

Para fabricantes como a Daikin, a sinergia entre projetistas, instaladores e fabricantes é primordial para trazer a melhor solução em sistemas VRF, patenteados pela japonesa como VRV, sigla em inglês para volume de refrigerante variável.

Para suprir a demanda local, a indústria asiática tem trazido constantemente ao Brasil novidades que diferenciam seus produtos no mercado. Uma delas é a linha VRV Inova, que tem como grande inovação a função VRT (Variable Refrigerant Temperature, ou Temperatura de Refrigerante Variável), que realiza o ajuste automático na temperatura de evaporação do refrigerante, permitindo um maior número de opções de operação do sistema, variando desde uma maior economia de energia (em média 30% mais econômico do que o próprio VRV Inova) até atuar de forma a combater a carga térmica o mais rapidamente possível.

Segundo o engenheiro de aplicação da Midea Carrier, Gustavo Hoffmann, as indústrias do setor enfrentam no Brasil dificuldades como altas taxas de impostos, classificação fiscal nem sempre de fácil interpretação e falta de clareza em normas técnicas.

Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vem trabalhado para revisar o conceito de alguns produtos diferenciando tecnologia, aplicações etc.

Recentemente, a entidade revisitou o conceito de VRF, iniciativa cujos frutos devem ser colhidos em breve. Acredita-se que o próximo passo será dado pelo Inmetro, normatizando a classe de eficiências dos equipamentos, pois sem esse processo compulsório, cada fábrica utiliza um órgão certificador diferente, prejudicando o entendimento dos profissionais de climatização e, principalmente, o cliente final.

“Os sistemas VRF já são bastante diversificados e estão consolidados no mercado interno. Temos projetos pensados para VRF, instaladores com treinamento e experiência e uma grande concorrência de fabricantes, com mais de dez players com produtos desta categoria”, destaca, lembrando que a joint venture possui duas linhas para o segmento.

A primeira, prossegue, conta com equipamentos de alta capacidade, com tecnologia 100% inverter de alta eficiência e maior proteção anticorrosiva para áreas litorâneas, em relação às linhas convencionais do mercado. “Temos diversas obras com esta proteção especial, que garante um tempo de vida maior, com um custo inicial relativamente baixo”, afirma.

O segundo equipamento é uma máquina com condensação a água e exclusiva tecnologia de trocador tubo em tubo, possibilitando a utilização em edifícios com torre de água de condensação aberta. “Com isto, é possível reduzir o custo inicial da instalação e trabalhar com sistemas mistos e retrofits de edifícios que possuam água gelada”, diz.

Para a Samsung, o mercado brasileiro de VRF apresenta grande potencial de expansão graças à demanda crescente por soluções cada vez mais avançadas no ramo de climatização.

“Um país extenso e com variações de clima durante todo o ano está repleto de oportunidades para trabalharmos o segmento de ar condicionado, tanto em residências amplas como edifícios comerciais de médio e grande porte. Este é um mercado promissor, que apresenta ao usuário diversas inovações tecnológicas, mas que conta com o desafio de que o produto seja bem instalado para proporcionar alto desempenho”, reforça o gerente de produto da área de climatização da empresa, Tiago Dias.

Para o segmento, a Samsung dispõe do DVM S Eco 14HP, que é uma unidade VRF de ar condicionado com descarga lateral projetada para oferecer uma solução única externa para edifícios de apartamentos e escritórios, atendendo à crescente demanda por uma unidade externa que reduza os custos relacionados com a instalação de dutos secundários e cargas em edifícios com várias salas.

O design inovador da DVM S Eco 14HP possui um robusto Inverter Scroll Compressor e trocador de calor ondulado que melhoram o desempenho térmico em 20% e aumentam o fluxo de ar em 10% em comparação com unidades VRF padrão.

“Uma única unidade externa atende o sistema de ar condicionado em um prédio de apartamentos ou escritórios, em vez de várias unidades custosas. Toda a área do edifício é coberta, já que a nova unidade também fornece uma tubulação estendida com até 160 metros de comprimento e altura de instalação de até 50 metros. A largura da nova DVM S Eco 14HP é de menos de um metro (940 milímetros), permitindo melhor uso do espaço. Além disso, a tubulação de quatro vias facilita a instalação”, explica.

Outro fabricante que vê boas oportunidades no mercado nacional é a Trane.  “Hoje, investimos muito para crescer nesse segmento e o que a gente vê é justamente uma série de fabricantes se preocupando com esse avanço do VRF por causa da redução brusca dos mercados de aparelhos unitários e todos, principalmente aqueles que têm uma operação local, sentem isso de uma maneira mais forte”, ressalta o diretor de soluções ductless da subsidiária brasileira, Matheus Lemes.

Inclusive, a empresa deve anunciar, em breve, diversos lançamentos. “Teremos condensadoras com capacidade igual ou maior à de todos os players do mercado, horizontais que vão até 16 hp; condensadoras verticais com o dobro dessa capacidade e 4 módulos. Elas possuem novas plataformas touch screen, para fazer o gerenciamento e controle de todas as unidades em uma única central, tudo isso com a possibilidade de integração via protocolos abertos e comunicação com o sistema de automação predial”, revela.

“Estamos avançando demais na área de automação e controle dos nossos sistemas, assim como em uma plataforma de serviço de controle de energia. Tudo isso são novidades que a gente tem para o mercado este ano e que, principalmente, ajudam a reforçar a nossa posição”, completa.

Segundo o gerente de produto da área de ar condicionado da LG, Daniel Fraianelli, a necessidade de reaquecimento do mercado imobiliário tem levado prédios antigos a buscar novos inquilinos, o que, certamente, eleva a demanda por sistemas de climatização que oferecem maior conforto e, principalmente, menores custos de operação.

“Nossa proposta é continuar quebrando as barreiras e educando cada vez mais o consumidor com seminários técnicos e intensificado a atuação junto a formadores de opinião. Dessa forma, será possível divulgar cada vez mais as novas tecnologias de VRF e como este sistema tem contribuído para o crescimento do mercado de ar condicionado”, afirma.

A principal novidade da companhia sul-coreana para o setor é a tecnologia Dual Sensing Control. “Enquanto sistemas de VRF tradicionais ignoram a umidade do ar durante a sua operação, o Multi V 5 mede tanto a umidade como a temperatura, gerando ao mesmo tempo economia, ao aliviar a operação do compressor em situações de baixa carga térmica, e conforto, evitando o ressecamento excessivo do ar, bastante comum em uso prolongado de ar condicionado”, explica.

O empreendimento West Corp, localizado em Barueri (SP), conta com 2.048 hp instalados e foi o primeiro a utilizar essa tecnologia no País, segundo o fabricante.

“Além disso, o hotel Tauá, em Atibaia (SP), conta com mais de 1.300 hp e dispõe dessa tecnologia, junto com um sistema de reaproveitamento de calor para aquecer a água dos chuveiros, pias e piscinas”, revela.

 

Indústrias diversificam portfólio de soluções VRF

Os sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF) já representam 14% do mercado mundial de ar-condicionado. Considerado à prova de recessão, o segmento deve seguir registrando, globalmente, taxas anuais de dois dígitos de crescimento.

A flexibilidade do produto, assim como a automação embarcada, fomenta sua aplicação em comércios, residências e outros tipos de edificações, seja em novos projetos ou em reformas.

Por essas razões, os fabricantes inovam cada vez mais seus catálogos, como a Johnson Controls – Hitachi Ar Condicionado, que lançou mundialmente, em 2 de junho, o VRF Set Free “ (Sigma).

A novidade da joint venture foi apresentada ao mercado brasileiro em sua planta de São José dos Campos (SP), durante evento que reuniu clientes da marca.

Fabricantes de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável apostam em novas tecnologias

Entre as principais características técnicas do produto, destacam-se a alta eficiência energética (EER) em plena carga e em cargas parciais e o gabinete reforçado e com opção para instalações próximas ao mar.

“Um dos segredos da alta performance do equipamento é seu condensador no formato da letra grega sigma, fato que aumenta a área de troca de calor”, diz o gerente-geral da indústria no País, Luiz Cabral.

Recentemente, a Daikin – companhia que desenvolveu o pioneiro sistema de volume de refrigerante variável (VRV) há mais de 30 anos – deu outro importante salto tecnológico rumo à máxima eficiência no setor, com a adoção do Controle Automático sobre a Temperatura de Evaporação (VRT).

“Com isso, em cargas parciais, além de variar a velocidade do compressor, como nos VRF convencionais, o VRV Daikin controla automaticamente a temperatura de evaporação, fazendo diminuir o ‘lif’ do compressor”, informa o gerente de engenharia da subsidiária brasileira, Genivaldo Rosa.

Novo Set Free Ó, da Johnson Control

De acordo com o diretor de soluções ductless da Trane no País, Matheus Lemes, os controles das máquinas VRF têm evoluído significativamente nos últimos anos.

“Hoje, temos muitas opções de integração com outros sistemas de ar condicionado, se estendendo, inclusive, ao controle via aplicativos em smartphones”, ressalta, lembrando que uma das grandes vantagens do VRF é a individualização do ajuste de temperatura dos ambientes.

“Por isso, esses sistemas têm se mostrado como uma das principais soluções em climatização para obras com muitos espaços compartimentados, como escritórios, escolas, hotéis e residências, criando uma grande harmonia com a arquitetura dos ambientes”, acrescenta o gerente comercial de VRF da Midea Carrier, Rafael Mugrabi.

Em matéria de controles, outra novidade nesse mercado é a tecnologia Dual Sensing Control, da LG Electronics, que faz com que o VRF Multi V 5 ajuste sua capacidade, levando em conta não só a temperatura, mas também a umidade.

Máquina TVR LX, da Trane

“Essa medição de umidade, que é exclusiva da nossa marca, permite que o ar-condicionado aumente o conforto e a eficiência ao mesmo tempo, pois nas condições muito úmidas, o sistema continuará a combater a carga latente, e, nas situações de climas secos, não haverá o ressecamento excessivo do ar”, salienta o gerente de produto da empresa no Brasil, Daniel Fraianeli.

Cuidados durante a instalação

Uma boa instalação e cuidados com a limpeza da tubulação, desde o armazenamento dos tubos até o momento da evacuação, são fundamentais para a boa performance e durabilidade dos sistemas VRF.

Durante sua instalação, recomenda-se o uso de equipamentos de medição de qualidade para garantir os parâmetros de vácuo indicados pelos fabricantes.

A realização de solda por um profissional capacitado e sempre com fluxo de nitrogênio é essencial para evitar a oxidação do cobre e o surgimento de resíduos que podem contaminar o sistema se não tratados.

Os especialistas da área também lembram que o isolamento das tubulações deve ser adequado a cada microclima da instalação. “Suportes e proteção mecânica e UV aumentam a vida útil do isolamento”, destaca Rafael Mugrabi, da Midea Carrier.

VRF Multi V 5, da LG

Outro cuidado importante é a blindagem dos cabos de comunicação, que devem ser mantidos, preferencialmente, sem emendas, a fim de evitar falhas no controle do sistema.

Após a instalação, os técnicos e engenheiros partem para o comissionamento e startup. Nestas etapas, os profissionais do setor verificam se o sistema opera normalmente, de forma a garantir a eficiência, a durabilidade e o conforto esperados.

E assim como ocorre nas centrais de água gelada, o tratamento do ar externo em sistemas VRF deve seguir as premissas das normas regulamentadoras (NBR 16401) que definem a taxa de renovação de ar e a filtragem adequadas.

Trane inaugura 2º Centro de Treinamento de VRF no Brasil

A companhia do grupo Ingersoll Rand inaugurou, na última quarta-feira (28/6), seu segundo Centro de Treinamento de VRF no País. Localizado na planta de Curitiba, o espaço de mais de 100 metros quadrados está dividido entre a área para instrução dos cursos teórico e práticos e um completo show-room com toda a linha TVR da Trane

O novo ambiente didático da empresa ainda conta com um completo painel de automação com todos os controladores da marca, a fim de se comunicar com os sistemas de climatização instalados.

De acordo com o diretor geral da indústria de ar-condicionado no País, Luiz Moura, a crescente demanda pelos produtos da marca no mercado brasileiro faz com que sejam necessários treinamentos e atualizações constantes dos profissionais do setor.

“Em 2016, mais de 100 instaladores foram capacitados pelo Centro de Treinamento de São Paulo. Agora, nossa expectativa é que este número seja duplicado em 2017.”

Segundo o executivo, o novo espaço tem como meta capacitar os refrigeristas da região Sul, com uma metodologia que integra o produto e o cliente.

Durante a cerimônia de inauguração, a presidente de HVAC e transportes da Ingersoll Rand na América Latina, Maria Blase, lembrou que a subsidiária brasileira tem um time muito qualificado e exclusivo para o mercado de expansão direta.

“Estamos trabalhando para oferecer aos nossos clientes soluções completas e de alta performance. Este centro de treinamento vai nos ajudar a educar nossos técnicos e instaladores para que possamos prestar o melhor serviço no mercado”, afirmou.

LG lança VRF Multi V 5 no Brasil

A LG apresentou ontem (5/4) em São Paulo o Multi V 5, novo ar-condicionado comercial da marca. O produto faz parte da gama do portfólio de sistemas com fluxo de refrigerante variável (VRF), tecnologia que melhora a eficiência energética do equipamento.

Com ventilador projetado na biomimética (área da ciência que se inspira na natureza para desenvolver funcionalidades úteis aos seres humanos), o Multi V 5 conta com uma maior capacidade de condensadora. Inspirado na hidrodinâmica da baleia jubarte, as ranhuras em seu ventilador aumentam em 10% o fluxo de ar e reduzem em 20% o consumo de energia*.

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Máquina dispõe da tecnologia Dual Sensing Control, com sensores de umidade e temperatura

Segundo o comunidado distribuído à imprensa, o lançamento dispõe da tecnologia Dual Sensing Control, com sensores de umidade e temperatura, e utiliza dados para controle da carga térmica. Isso ajuda a prevenir o resfriamento excessivo e permite um ambiente mais confortável e agradável para todos os usuários.

Além disso, para aumentar o ciclo de vida do produto e reduzir os custos operacionais e de manutenção, o Multi V 5 tem trocador de calor de quatro lados e compressor com maior capacidade e eficiência para as unidades externas. Um único módulo do Multi V 5 pode chegar a 32 HP, por exemplo.

De acordo com a empresa, a exclusiva aleta LG Ocean Black Fin, no qual o filme hidrofílico impede que a água se acumule no trocador de calor, torna o Multi V5 muito mais resistente à corrosão até mesmo em regiões da costa marítima.

“Com o lançamento do Multi V 5 buscamos oferecer um caminho para um futuro mais eficiente, estendendo a vida útil das soluções de climatização, além de torná-las mais acessíveis para todos”, afirma André Peixoto, gerente executivo da subsidiária brasileira, no comunicado.

O Multi V 5 também oferece a maior eficiência energética do setor, ajudando a reduzir significativamente o consumo de energia de um edifício graças ao novo compressor de quinta geração. O produto conta com seis válvulas By-Pass, que previnem danos ao compressor devido ao excesso de refrigerante comprimido.

A companhia informa que o novo modelo ainda conta com controle de óleo inteligente e sistema de controle expansível.