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Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado faz nova série de treinamentos online para instaladores em setembro

No próximo mês de setembro, a Johnson Controls–Hitachi Ar Condicionado dará prosseguimento à série de treinamentos online para instaladores que tem realizado ao longo do ano com mais quatro cursos sobre seus produtos e como fazer uma melhor instalação, operação e manutenção deles.

Nos dias 1o e 2, o curso será sobre a Família PrimAiry; no dia 9, o tema será o equipamento Chiller Scroll Inverter e Fixo; entre os dias 14 e 16, serão abordados os Sistemas VRF (Set Free Sigma + Side Smart+ Mini VRF); e nos dias 28 e 29, o assunto será o Chiller Samurai Parafuso Série A (também conhecido como New Samurai).

Os treinamentos online da Johnson Controls-Hitachi são todos ministrados pela plataforma Microsoft Teams e o participante terá direito a um certificado desde que cumpra todo o programa durante o curso e tenha um aproveitamento mínimo de 70% na avaliação final.

O calendário pode ter eventuais alterações, as vagas são limitadas e as inscrições são encerradas uma semana antes do treinamento. Todas as modificações são comunicadas aos inscritos e a recomendação é para se acompanhar também a página de treinamentos da Johnson Controls-Hitachi. O custo de inscrição para cada um dos treinamentos é de R$ 350,00.

Gilsomar Silva, Gerente de Pós-venda e treinamento da Johnson Controls-Hitachi, explica como os treinamentos da Johnson Controls-Hitachi são estruturados. “Como nosso objetivo é colaborar com a qualificação de profissionais do segmento de climatização e ar-condicionado, desenvolvemos sete treinamentos diferentes, cada um com suas especificidades. Para atendermos às demandas do mercado de uma forma mais assertiva, promovemos os treinamentos regularmente, mas diversificando os assuntos a cada mês. Assim, todas as necessidades dos profissionais são contempladas.”.

Adriano Julio Ledo, merecedor de muitas coisas boas!

Construir uma carreira de sucesso exigiu muito trabalho, resiliência e disciplina.

Neste mês de junho, em que completa 45 anos, Adriano Julio Ledo, conhecido como Maresia, nome da empresa que dirige desde 2002, conta como sua vida profissional no mercado de HVAC-R exigiu garra e superação de desafios.

Nascido na capital paulista, e hoje residente na cidade de Paulínia, interior de São Paulo, ele explica como ingressou na área de refrigeração e climatização.

“Em 1992, a geladeira da minha avó deu um problema e solicitamos a visita de um técnico para o conserto. Assim que ele chegou, acompanhei o serviço e não parei de fazer perguntas, encantado a medida que ele me respondia. Foi aí que me interessei e me apaixonei pelo sistema de refrigeração. Me ofereci para ajudar a carregar a geladeira até a oficina e ele perguntou se eu gostaria de trabalhar com ele. Oferta aceita, comecei meu primeiro serviço na Refrigeração Júlio Prestes.

Iniciei como ajudante, limpava a oficina e ferramental, e com o tempo aprendi a fazer manutenção nas máquinas de lavar, tanquinho e refrigeradores. Dormia poucas horas, acordava muito cedo e dormia tarde todos os dias, pois fazia o colegial (ensino médio) no período noturno.

Minha vontade de aprender cada vez mais, me levou a ingressar no curso de Técnico em Refrigeração da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves.

Foram tempos de muita dedicação e força de vontade, pegava o trem às 5h50 para chegar na escola às 7h00, e fiz esse trajeto ao longo de dois anos. Surgiram várias oportunidades para alavancar minha carreira, entre elas, o trabalho numa multinacional, onde permaneci por alguns anos; e numa empresa de médio porte onde aprendi muitas coisas. Até que, em agosto de 2002, resolvi abrir minha própria empresa e fundei a MARESIA sigla para Manutenção, Ar Condicionado, Refrigeração e Sistema Integrado de Automação. Graças a Deus sempre tive pessoas boas na minha trajetória e continuo tendo até hoje”, diz Adriano.

No mercado de refrigeração e climatização há 29 anos, ele se considera um apaixonado por essa profissão e, uma vez contaminado, diz que não existe vacina que elimine esse vírus! Essa paixão o levou a se dedicar aos estudos, aperfeiçoamento, especializações, muitos treinamentos e literatura dirigida à área, contribuindo para uma carreira de sucesso profissional.

“O mercado vem mudando constantemente, anos atrás era muito difícil ter acesso aos fabricantes, catálogos e informações dos mesmos, até para se tornar um autorizado de qualquer fabricante era muito complicado.

As mudanças estão sendo muito positivas, os fabricantes estão mais acessíveis e ouvindo mais os técnicos, nos dando atenção, isso é muito bom para que possamos nos aperfeiçoar a cada dia. Os treinamentos oferecidos nos capacitam em diversos segmentos, em especial, sobre os cuidados na instalação, manutenção, limpeza e higienização dos sistemas de climatização.

Temos que ter em mente que não somos apenas técnicos, somos também consultores e, às vezes, até psicólogos! É de extrema importância tomarmos cuidados nas instalações, pois é nosso cartão de visita. Antes da instalação, é necessário entender a necessidade do cliente, com visita técnica para dimensionar bem os equipamentos, verificar as melhores condições na obra, usar o ferramental adequado e manter a organização no ambiente onde será efetuada a instalação. Equipamentos limpos e higienizados, não só ajudam a diminuir os gastos, mas também contribuem para a saúde dos usuários. A falta de manutenção pode ocasionar diversas patologias, inclusive é lei! Em vigor desde janeiro de 2018, a lei 13.589/2018, conhecida como lei do PMOC (Plano de Manutenção Operação e Controle), precisa ser difundida e profissionais devem ser mais conscientes da importância da manutenção dos equipamentos”.

Sobre a oferta de mão de obra qualificada, ele enfatiza que existe uma demanda, principalmente, em sistemas inverter e VRF, considerados tendência de mercado, além segmento do frio alimentício, que para muitos é um bicho de sete cabeças. Adriano mantém também seus canais digitais nas redes sociais: “Venho de uma época em que tínhamos pouca informação e pouco acesso aos fabricantes e hoje, tudo se tornou mais fácil, você corre na internet e acha tudo que precisa, mas temos que tomar cuidado, pois do mesmo jeito que existe muita informação boa, tem também muita coisa errada, e é preciso separar o joio do trigo.

As plataformas digitais vêm ajudando nossa categoria e com isso fica mais fácil você achar fornecedores e até parceiros em outras regiões para fazer serviços fora da sua praça de trabalho. Hoje tenho meu canal no YouTube, Instagram e Facebook com muitos seguidores e acredito que isso alavancou meu trabalho”.

Família e amizades

“Venho de uma família humilde, sempre tive o básico e nunca me faltou nada. Não conheci meu pai e minha avó materna que me educou, sempre foi meu porto seguro e esteve presente na minha vida, me ensinou a ser homem, pai, amigo, entre outras coisas. O falecimento foi uma das maiores perdas da minha vida. Mas sei que ela está muito orgulhosa por eu ter alcançado meus objetivos”. Antes da paixão pela refrigeração, Adriano conta que sua vontade era ser jogador de futebol.

“Minha vontade era ser jogador de futebol, treinei por alguns anos em um grande clube de SP, mas quis o destino que minha avó mudasse da capital para o interior, isso me abalou um pouco, pois não conseguiria dar continuidade aos treinos nesse clube. Acredito que o destino nos revela grandes coisas, e ele me apresentou a refrigeração e sou muito grato por ter entrado nessa profissão. Sou muito grato a Deus pela família que tenho, sou casado com uma mulher incrível e tenho uma filha maravilhosa de 16 anos. Ver minha filha formada e trabalhando na profissão escolhida, dar cursos gratuitos na Maresia Ar condicionado para crianças entre 14 a 17 anos para ingressar na nossa área me dá muito orgulho! Sou uma pessoa que preso muito pelas amizades, tenho amigos de longa data e a refrigeração me trouxe centenas de muitos outros amigos espalhados pelo Brasil”.

Nas horas vagas, Adriano procura se atualizar sobre as novas tendências do mercado, fazer viagens para conhecer novos lugares e correr ao ar livre, o que lhe carrega as energias no dia a dia.

“Sou grato a Deus por tudo que conquistei na vida, às vezes digo que não sou tão merecedor de tantas coisas boas que a vida me proporciona, acho que conquistei quase tudo nessa minha caminhada aqui na terra. Sempre fui um cara sonhador, mas corri atrás dos meus sonhos e nunca desisti de nenhum, já realizei muitos, faltam poucos para dizer que tive uma vida plena”, finaliza Adriano.

Fazer viagens para conhecer novos lugares é um dos hobbies de Adriano

 

 

 

Em expansão, apesar da pandemia

Segmento de tubos, conexões e soldas contraria as tendências negativas geradas pela covid-19 e mostra resultados empolgantes obtidos em 2020 e no primeiro quadrimestre de 2021.

Mesmo diante de um cenário tão incerto gerado pela pandemia da covid-19 e ao contrário de qualquer prognóstico mais pessimista, o segmento de tubos, conexões e soldas para a união desses componentes se saiu muito bem em 2020 e nos primeiros quatro meses deste ano, conforme relataram à Revista do Frio alguns players do mercado.

Os resultados foram possíveis graças a demandas geradas pela própria situação de emergência causada pelo coronavírus, a exemplo do crescimento das instalações de tubos de cobre para miniusinas de oxigênio medicinal e para a rede interna hospitalar.

“A pandemia trouxe à tona a essencialidade do HVAC-R não apenas para o conforto térmico, mas para a garantia da vida moderna e da saúde”, afirma o diretor comercial e técnico da americana Harris Products Group no Brasil, Anderson Fernandes, ao salientar que a empresa é a única que tem tecnologia para gravar o nome de seus produtos nas varetas de foscoper e silfoscoper, indicando assim o teor de prata. “Tem muito gato sendo vendido como lebre no mercado”, alerta.

Uma das maiores fabricantes mundiais de ligas para brasagem, a empresa sediada em Mauá (SP) ressalta que esse processo, pela praticidade e confiabilidade, ainda é disparado o método de união de tubos mais utilizado no mercado do frio.

“Uniões a frio têm surgido frequentemente, porém com pouca consistência e durabilidade. A tecnologia de junção a frio mais utilizada é o sistema anaeróbico, mas há grandes limitações dimensionais e dificuldades onde há curvas, diâmetros distintos, além de fatores econômicos causados pelo seu alto custo”, argumenta o executivo.

Esse tipo de solução tecnológica, porém, é uma tendência global e tem sido cada vez mais adotada no mercado brasileiro, devido a vantagens como praticidade e segurança.

Apesar da retração de 4% registrada pela indústria brasileira de climatização no ano passado, o crescimento das vendas do sistema Lokring de união sem solda fabricado pela alemã Vulkan superou dois dígitos.

Otimista, a filial brasileira projeta ao menos repetir em 2021 os resultados positivos obtidos no ano anterior, conforme enfatiza o engenheiro mecânico e diretor de vendas da Vulkan Lokring na América do Sul, Mauro Mendonça.

“Por incrível que pareça, a pandemia não fez diminuir os nossos negócios. Aliás, 2020 foi o melhor da nossa história em termos de faturamento. O mercado de refrigeradores, por exemplo, cresceu 20% em relação a 2019”, diz.

Isso se explica em grande parte pela nova forma de trabalho em home office, que acabou influenciando muito na decisão de compra e pela troca dos refrigeradores domésticos por novos. “O indivíduo deixou de viajar de férias e investiu então na atualização de seu lar”, explica.

O gestor acredita que mesmo que as vendas de equipamentos como chopeiras, freezers, sorveteiras e equipamentos para restaurantes e sistemas de ar condicionado tenham uma certa retração por causa da pandemia e dos lockdowns, a venda de refrigeradores e outros equipamentos domésticos deverão compensar essas possíveis diminuições.

Para o ramo específico de refrigeração doméstica, a Vulkan fornece os anéis Lokring para praticamente para todas as indústrias de geladeiras, que utilizam esses componentes no lugar da solda comum.

No caso dos reparos de refrigeradores em campo, há as juntas Série 00, que fazem a união dos tubos sem fogo, chama ou faísca, garantindo total estanqueidade do sistema hermético.

“As maiores vantagens para o técnico são a rapidez no reparo, feito na metade do tempo normal com a solda comum; a possibilidade quase que de 100% de se fazer o conserto na própria residência, evitando o transporte do refrigerador e perda de tempo ao se levar uma geladeira back-up para não se perder os alimentos que estavam na geladeira danificada”, salienta Mendonça.

Outro foco da Vulkan situa-se nos sistemas VRF, já que aparelhos splits e de janela praticamente não possuem uniões. Essas instalações utilizam as juntas Série 50, ideais tanto para sistemas com R-22 ou R-410A, quanto para aqueles já com gases inflamáveis, como o R-32.

“Para o mercado de VRF somente comercializamos de acordo com cada projeto e mediante treinamento prévio dos técnicos, pois não podemos comprometer nossa marca reconhecida mundialmente com problemas pela falta de um treinamento adequado da utilização”, complementa.

O diretor da Vulkan esclarece ainda que, diferentemente do que acontece em alguns países da Ásia, a empresa fornece e recomenda suas juntas para qualquer fabricante de tubos nacionais.

“Os tubos feitos aqui não são ovalizados, as dimensões são seguidas à risca e eventuais costuras e falhas deste tipo nos tubos praticamente não existem”, observa.

Sem costura

Fabricante de tubos de cobre destinados ao mercado de refrigeração, ar condicionado, aquecimento solar e construção civil, a catarinense Cobresul Metais utiliza a tecnologia Cast In Roll – linha contínua e sem costura.

O processo de produção se dá por meio da fundição da matéria-prima (cátodo) de onde é extraído o tubo-mãe, que segue os processos de fresa, laminação e trefilação, diferentemente do que havia no passado, quando se utilizava a extrusão do tarugo maciço e trefilação.

“A tecnologia Cast in Roll trouxe vantagens para o mercado de tubos de cobre. Por ser um processo mais ágil que o anterior, houve substancial redução nos custos de produção, ganho de produtividade, economia nos materiais e na produção”, argumenta o coordenador de vendas da companhia, Sandro Lopes Reis.

Com relação aos tubos de cobre destinados ao segmento de ar-condicionado (inner grooved, isto é, com ranhuras internas), observou-se aumento da eficiência na troca térmica e do baixo consumo, além de ser mais compacto.

“A tendência é haver cada vez mais a redução nas espessuras das paredes dos tubos, e hoje já há tecnologia para produção com espessura inferior a 7 milímetros”, emenda.

Produzidos de acordo com as normas internacionais ASTM e nacional ABNT NBR, os tubos para a linha de refrigeração (panquecas) são batocados e embalados individualmente.

“Com o agravamento da pandemia, houve um crescimento substancial na utilização de tubos de cobre para a linha hospitalar na condução de gases medicinais, pois o material dos tubos tem ação antimicrobiana, eliminando bactérias, fungos e vírus em questão de minutos”, explica Katia Sampaio da Silva, da área de marketing da empresa sediada em Joinville.

Os gestores da Cobresul estão otimistas para a geração de negócios até o fim de 2021, levando-se em conta que os pedidos ficaram represados ao longo de 2020. “Apesar da baixa expectativa do PIB para este ano (3%), almejamos crescer 15% em comparação a 2020”, complementa a executiva.

Outras vantagens do cobre

Dona da marca Eluma, a Paranapanema fornece tubos, conexões e ligas de cobre que podem ser aplicados tanto na produção de equipamentos do HVAC-R quanto na instalação para interligação entre equipamentos evaporadores e condensadores.

Também fabrica laminados de cobre para a produção de aletas para trocadores de calor.

“As principais vantagens competitivas do cobre são a excelente capacidade de troca térmica, a facilidade de conformação e utilização e as elevadas resistências mecânicas ao calor e à corrosão, além de sua propriedade antimicrobiana que ajuda na inibição da proliferação de micro-organismos em contato com sua superfície”, enumera a direção da empresa.

De acordo com a companhia, que tem unidades fabris em Serra (ES) e Utinga (SP), a utilização de tubos contendo ranhuras internas tornou-se mais comum no mercado nos últimos anos, tecnologia simples que aumenta a eficiência da troca térmica desses equipamentos.

“Para o mercado de instalação de equipamentos, percebemos no segmento de ar condicionado, principalmente no residencial, uma tendência de se utilizar tubos flexíveis com comprimentos maiores, visando evitar a necessidade de realização de soldas, que requer mais cuidados, como pressurização com nitrogênio. Ao retirar a necessidade de solda na instalação de um sistema, há ganhos para o instalador tanto em insumos (solda e nitrogênio) quanto em tempo de trabalho”, entende a empresa.

A partir de tal visão, a Paranapanema, apesar da pandemia, está seguindo o ritmo de produção e de entregas para seus clientes, de acordo com as demandas de mercado. Por ser uma empresa de capital aberto, a indústria não divulga suas expectativas de crescimento.

Johnson Controls-Hitachi lança linha de unidades externas que otimizam o uso de espaço

Lançado simultaneamente em todo o mundo, a unidade externa modular SideSmart ™ VRF é um conceito exclusivo da marca Hitachi por sua descarga de ar horizontal. Foi desenvolvido para todos os tipos de empreendimentos, principalmente aqueles com espaço limitado em edifícios de médio porte, pois apresenta tamanho reduzido. As dimensões do gabinete menor são 1,65 × 1,05 × 0,42 m de Altura, Largura e Profundidade, respectivamente.

A inovação que essa linha apresenta está no conceito de modularidade com descarga de ar horizontal, proporcionando a interligação até quatro unidades externas e oferecendo uma capacidade máxima combinada de 72 HP (capacidade de refrigeração de 200 Kw).

Com dimensões e peso reduzidos, as unidades externas podem ser transportadas utilizando o elevador, sem a necessidade de guindastes e, com isto, diminuindo o custo da instalação.

A combinação Premium com COP de até 4,51, oferece uma maior eficiência energética garantindo assim uma sensível redução nos custos operacionais. Enquanto as combinações Padrão e Econômico oferecem maiores capacidades sem utilizar espaço extra.

A unidade pode ser instalada em varandas, pisos técnicos ou salas de máquinas. Essa flexibilidade no projeto ajuda a reduzir o comprimento da tubulação entre as unidades internas e externas, aumentando a eficiência e deixando espaço livre no teto.

A nova linha exclusiva de unidades externas VRF apresenta ao mercado uma solução compacta para a fachada de edifícios comerciais

Mercado de VRF continua em expansão

O mercado de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) é o nicho de ar condicionado comercial que mais cresce ano após ano e hoje já é o maior em capacidade, em detrimento dos demais segmentos, como package e chiller.

De 2011 a 2020, o setor de VRF cresceu, em média, 15% ao ano, tendo apenas como exceção o ano de 2015, quando apresentou recuo em função da crise político-econômica que marcou aquele período.

Apresentou um desempenho positivo em 2020, mesmo com todo o cenário de crise causado pela covid-19, com um crescimento da ordem de 4% sobre o ano de 2019.

“É um crescimento baixo comparado com a série histórica, mas muito coerente com o cenário macroeconômico”, avalia o vice-presidente técnico do departamento nacional de ar condicionado da Abrava e gerente nacional de distribuição e marketing estratégico da Johnson Controls-Hitachi do Brasil, Gerson Robaina.

O executivo diz que “todos os fabricantes de VRF estão sempre atualizando suas linhas de produto com foco em melhor eficiência energética e com cada vez mais capacidade de embarcar sistemas de controles num preço competitivo, sendo inclusive hoje produto substituto frente a outros tipos de sistemas”.

“No caso da Johnson Controls-Hitachi, investimos muito para trazer ao mercado brasileiro a linha de controles AirCloud Pro, para que, junto com todo portfólio VRF Hitachi, pudéssemos oferecer mais conforto e controle com um preço mais acessível aos nossos usuários”, revela.

Na avaliação do gerente sênior de vendas da Daikin, Raimundo Ribeiro, o mercado de VRF está cada vez mais competitivo no Brasil e no mundo, “onde temos fabricantes que continuam preocupados em ter produtos cada vez mais eficientes, principalmente no ICOP (cargas parciais), além do desafio de reduzir o custo por HP”.

“Devido à pandemia, acredito que o próximo desafio dos fabricantes será com relação ao desenvolvimento de produtos para o tratamento do ar, questão em que a emergência sanitária resgatou a preocupação e importância da qualidade do ar interior (QAI)”, diz.

“O VRF tem um grande diferencial que é a automação embarcada no produto, recurso ainda pouco especificado e utilizado nos projetos, não sendo possível utilizar todos os benefícios da tecnologia. Nos dias de hoje, com a Internet das Coisas, esse recurso deve ser mais utilizado e promovido pelos fabricantes”, ressalta.

“A Daikin disposta a liderar essa tendência, vem investindo no desenvolvimento de máquinas com maior ICOP, oferecendo soluções para a QAI, promovendo treinamentos e buscando cada vez mais a especificação do sistema de automação. Visando facilitar o trabalho do instalador e buscando uma instalação mais limpa e com menor número de sonda, estamos promovendo cada vez mais a solução PPM (Precision Piping Method) utilizando o DGT (Daikin Gas Tight), tecnologias exclusivas da Daikin”, acrescenta.

Com o dólar em alta e praticamente 90% dos produtos sendo importados, o preço do VRF aumentou ao longo do último ano. “Devido a isso, atualmente nosso maior obstáculo é o macroeconômico”, afirma o diretor comercial da Gree no Brasil, Alex Chen.

“Já na parte técnica, tivemos uma grande mudança vinda dos instaladores. Graças às lives na internet e à disseminação de conteúdos informativos sobre o mercado de climatização, esse público vem se interessando mais pela área e ganhando cada vez mais espaço”, explica.

“O instalador mais antenado já reconhece os diferenciais e benefícios da instalação VRF comparada à de um split, por exemplo, mas é necessário que eles passem sempre por um aprimoramento na área, já que são profissionais que influenciam diretamente na decisão do consumidor final”, completa.

Segundo o gerente de produtos e sistemas de ar condicionado da Samsung no Brasil, Daniel Fraianeli, embora tenha vantagens técnicas, como economia de espaço e energia, os sistemas de VRF dependem de uma maior capacitação de vendedores e instaladores para que esses benefícios sejam aplicados da melhor forma para os consumidores.

“Alguns mitos persistem, como por exemplo o temor de que a quebra de uma condensadora pode parar o sistema por completo. Hoje já existe um tipo de proteção eletrônica, normalmente embarcada no produto, que torna os eventos de quebra tão raros que esse tipo de preocupação nem sequer deveria existir”, diz.

“O desconhecimento sobre o produto e sobre os métodos de instalação ainda são entraves para o setor, mas a Samsung trabalha para capacitar a mão de obra e criar programas de treinamento constante para os profissionais de instalação e assistência técnica”, destaca.

Para o coordenador de vendas da Trane no Brasil, João Paulo Mesquita, a versatilidade é um dos grandes diferenciais competitivos da tecnologia.

“Nos últimos anos, a tecnologia VRF vem quebrando paradigmas e vem sendo utilizada em diversas novas aplicações, como aquelas que requerem filtragens especiais, 100% de ar externo, recuperadores de calor, sistemas quente e frio simultâneo e sistemas com condensação a água e a ar em residências, escolas, hotéis, estabelecimentos comerciais de diversos tipos e prédios de escritórios”, justifica.

Por ter sido o único segmento do mercado de climatização que registrou crescimento no ano passado, os fabricantes se mantêm otimistas em relação ao desempenho do setor este ano.

“Para 2021, nossa expectativa é positiva. Entendemos que os setores que performaram bem ano passado continuarão crescendo. Os que sofreram impactos negativos, estão em busca de crescimento”, lembra a gerente de ar condicionado comercial da LG, Graziela Yang.

Tabela participação dos equipamentos centrais - VRF

Johnson Controls-Hitachi lança unidade externa compacta

Série Mini VRF HNSKQ atende vários ambientes de forma inteligente e com alta performance

Para atender a demanda por equipamentos de alta performance mais compactos, a Johnson Controls-Hitachi apresenta a nova série de unidades externas Mini VRF HNSKQ, indicada para residências de alto padrão, escritórios, escolas, indústrias, hospitais, hotéis, lojas e restaurantes.

Com dimensões otimizadas, o Mini VRF HNSKQ pode ser aplicado em locais estreitos, o que facilita a instalação. Adequado para instalações que têm diversas unidades internas, o equipamento é composto de um compressor inverter de alta eficiência, que opera na ampla faixa de 15 a 120Hz.

Com a maior flexibilidade de aplicação do mercado, o equipamento é eficiente em condições de resfriamento, com uma faixa de temperatura externa de até 52°C. Outro destaque do lançamento é a flexibilidade de design, que o torna capaz de atender longas distâncias.  O produto também conta com um ventilador capaz de fornecer pressão estática, o que permite a conexão de um duto na saída de ar do equipamento e possibilita que ele seja instalado dentro da casa de máquina.

Tendo em vista que o Brasil tem muitas regiões suscetíveis à maresia, as unidades externas Mini VRF podem receber, opcionalmente, uma proteção à corrosão, o que traz maior durabilidade ao produto.

 

Trane amplia catálogo de máquinas VRF

A Trane, líder mundial em climatização para ambientes corporativos e residenciais, acaba de lançar o TVR Pro, equipamento de refrigeração da linha VRF para as mais diversas aplicações. Isso significa que o aparelho pode atender a residências de alto padrão, hotéis, shoppings e edifícios corporativos.

Disponível para 220 V e 380 V, possui módulos de até 30 hp, que podem compor sistemas de até 90 hp, configurando a melhor opção de custo benefício no mercado. As novas soluções com o TVR Pro garantem uma ótima relação entre custo inicial e eficiência energética, além de possibilitar a utilização de diversos sistemas de filtragem. O aparelho possui todas as unidades evaporadoras e controles compatíveis com a linha VRF da marca.

De acordo com André Peixoto, Diretor de Produto da Trane para América Latina, os sistemas VRF estão cada vez mais populares, principalmente no Brasil.

“Em todo o mundo, os aparelhos de ar-condicionado que possuem a tecnologia VRF correspondem a 24% no segmento comercial. No Brasil, esse número já é de 43%. O TVR Pro é uma opção de excelente custo-benefício e tem tudo para ser muito utilizado em grandes e modernos empreendimentos”, aponta.

A sigla VRF significa fluxo de gás refrigerante variável, em tradução livre. É um sistema que funciona com uma única condensadora (unidade externa), que é ligada a outras evaporadoras (unidades internas) por meio de um ciclo único de refrigeração, com sistema de expansão direta onde o fluxo de gás refrigerante pode ser variável de acordo com a demanda por ar condicionado.

O TVR Pro ainda possui o Sistema de gerenciamento de energia (SGE), que permite economia adicional de até 30% da energia elétrica. Para mais informações, basta acessar o site da Trane.

Samsung e Frigelar promoveram o encontro “Mulheres Instaladoras Extra Power”

O evento “Mulheres Instaladoras Extra Power” aconteceu  no dia 24 de setembro, em Porto Alegre, e abordou temas como as boas práticas de instalação, código de erros, sistema VRF no mercado brasileiro, estratégias da Frigelar em soluções VRF e programa de vantagens impulsiona Frigelar.

Nathalia Monteiro, instrutora e especialista dos produtos Samsung, palestrou durante o evento, que também contou com a participação de Gisieli Severo, instaladora referência na categoria. Ela é de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e já recebeu prêmios por sua atuação na área.

“As mulheres se destacam, cada vez mais, em diversas áreas e a profissão de instaladora de ar-condicionado é uma prova dessa capacitação. A Samsung apoia e o evento é uma maneira de incentivar o debate sobre o tema, com quem entende do assunto”, diz Helbert Oliveira, Diretor de Produtos da Divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil.

Um mercado cada vez mais próspero

Desenvolvidos para resfriar e/ou aquecer múltiplos ambientes simultaneamente e sem a necessidade de instalação de redes de dutos, os sistemas de ar condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF, na sigla em inglês) satisfazem plenamente aos anseios dos clientes mais exigentes.

Afinal de contas, essas máquinas usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e ventiladores controlados eletronicamente, além do sub-resfriamento interno e a modulação da válvula de expansão eletrônica.

Um ar-condicionado do gênero, por exemplo, funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Muitos empreendimentos comerciais e residenciais de alto padrão têm priorizado sua instalação, devido à facilidade de operação e à economia de energia.

O design compacto e o layout flexível em termos de unidades externas e internas são grandes vantagens competitivas adicionais desses equipamentos, segundo empreiteiros do setor.

“Na era da Indústria 4.0 na construção civil, quem contrata quer soluções prontas”, diz o engenheiro Arnaldo Basile, diretor executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Para diminuir o custo final dos empreendimentos, só existe uma maneira: reduzir a mão de obra nas construções adotando soluções do tipo Lego. É aí que o VRF se encaixa”, uma vez que “as instalações de centrais de água gelada (CAGs) demandam mão de obra intensiva, e a indústria da construção civil quer exatamente o contrário”.

 A facilidade de instalação dos sistemas VRF, enfim, é altamente atrativa para os empreendedores. “As obras medianas de ar condicionado não serão mais de água gelada, serão de VRF. Isso é irreversível no mundo todo”, ressalta Basile.

De acordo com o gerente de marketing de produto da Midea Carrier, Nikolas Corbacho, o Brasil é um mercado aberto a oportunidades e está mais maduro em relação à aplicação da tecnologia. “Temos visto uma diversificação grande em projetos que antes eram concentrados em água gelada ou package e estão migrando para VRF”, afirma.

“O mercado brasileiro é uma das maiores vertentes deste segmento no mundo, com crescimentos expressivos ano sobre ano”, reforça o engenheiro.

Recentemente, a companhia lançou o Midea V6, “um dos produtos mais avançados e eficientes de sua categoria”, que sai de fábrica com três inovações exclusivas: o Sistema de Gestão de Energia (EMS), o compressor com injeção otimizada de vapor (EVI) e a carga automática de refrigerante (opcional).

“Levando em consideração que o custo da energia elétrica no Brasil está entre um dos mais caros do mundo, a economia em sistemas de climatização torna-se fundamental. Além disso, facilidade na operação e manutenção são outros pontos em destaque”, enfatiza o gerente nacional de VRF da Trane no Brasil, Felipe Oliveira.

Segundo a gerente de produtos da área de ar condicionado central da LG do Brasil, Graziela Yang, o cenário brasileiro apresenta um grande espaço para a expansão do setor comercial, além de um nível de urbanização e reorganização residencial nas cidades ainda em ascensão, que impulsiona a demanda por equipamentos de climatização.

“Os sistemas de ar condicionado também estão sendo integrados a diversas tecnologias de última geração, como sensores conectados à internet, sistemas de controle remoto e unidades de climatização híbridas, para fornecer o máximo conforto com consumo de energia reduzido”, destaca.

Junto com seu portfólio de VRF, a indústria sul-coreana oferece um line up amplo de evaporadoras, inclusive com design diferenciado, como a ArtCool Mirror. “Também possuímos soluções que funcionam com gás natural, como o GHP, que pode ser utilizado em locais com pouca oferta de energia elétrica”, lembra.

“Além dos nossos sistemas de ar condicionado, temos o Hydro Kit, que esquenta água através do calor rejeitado na condensadora. Ao utilizar essa tecnologia, pode-se economizar espaço de instalação (quando comparado com sistemas de placas solares, por exemplo) e energia elétrica ao fornecer água quente para piscinas, chuveiros, cozinhas etc.”, acrescenta.

VRF destaque nesta edição da Revista do Frio

Gargalos

Segundo os fabricantes ouvidos pela Revista do Frio, um dos principais riscos no mercado brasileiro é a falta de qualificação da mão de obra para instalação de máquinas VRF e manutenção desses sistemas, assim como a necessidade de uma melhor regulamentação para detecção de vazamento do gás refrigerante.

“Além da economia relativamente estagnada, a concorrência acirrada entre os mais de dez players do segmento dificulta o desenvolvimento dos negócios no Brasil”, diz Felipe Oliveira, da Trane.

“Isso, de certa forma, gera oportunidade para que os fabricantes se diferenciem no suporte e fornecimento de novas tecnologias ao cliente, o que de fato é uma tendência no mercado brasileiro de sistemas VRF”, afirma.

“Uma das dificuldades de se desenvolver em negócios neste segmento no Brasil é a volatilidade da situação cambial e econômica, que são fatores importantes quando tratamos de produtos importados”, lembra Nikolas Corbacho, da Midea Carrier.

“Além de não termos uma regulação clara em relação aos padrões de eficiência a serem adotados para o nosso mercado, como temos diversas normas internacionais, esse acaba sendo um dos pontos de divergência para aplicações que exigem diferentes níveis de eficiência energética”, revela.

Apesar desses gargalos, o gerente de produto da área de ar condicionado da Samsung, Tiago Dias, considera o mercado brasileiro de VRF muito maduro e com grandes oportunidades. Para superar os desafios, a multinacional investe em produtos de alta tecnologia, com alto nível de eficiência energética e uma enorme gama de unidades internas e externas.

“Além disso, a Samsung conta com profissionais do mais alto nível que auxiliam a elaboração de projetos, suporte de pré e pós venda, e treinamento das empresas de instalação”, diz o gestor, ressaltando que treinamento e suporte aos instaladores são o principal foco do fabricante no segmento de VRF.

Climatização de edifícios comerciais puxa expansão do mercado de VRF

O mercado global de sistemas de climatização com fluxo de refrigerante variável (VRF, em inglês) movimentou US$ 11,26 bilhões no ano passado. Até 2023, a receita do setor deverá atingir US$ 22,81 bilhões, segundo relatório da Market.Biz.

A pesquisa revela que o rápido crescimento desta indústria pode ser atribuído a vários fatores, como tecnologia de ponta, alta eficiência energética, fácil instalação e menor impacto ambiental.

Os equipamentos VRF usam algoritmos avançados para otimizar componentes já altamente eficientes, como compressores de velocidade variável e motores de ventiladores, além do sub-resfriamento interno e modulação da válvula de expansão eletrônica.

Segundo o estudo, as máquinas que funcionam como bomba de calor (heat pump) devem liderar o mercado de VRF durante o período de previsão.

É provável que as aplicações comerciais detenham a maior parte da demanda nos próximos cinco anos, devido à expansão da indústria de construção e à facilidade de instalação destes equipamentos.

Os principais players globais do setor, de acordo com o relatório, são Daikin (Japão), Mitsubishi Electric (Japão), Hitachi (Japão), Midea (China), Carrier (EUA), Samsung Electronics (Coreia do Sul), Panasonic (Japão), Lennox International (EUA), Ingersoll Rand (Irlanda), Fujitsu (Japão) e LG Electronics (Coreia do Sul).

 

Equipamento de VRF

Vantagens da tecnologia

O sistema VRF pode ser considerado a mais avançada tecnologia do mercado de climatização. Com ele, uma única unidade externa é capaz de suprir diversas unidades internas sem a necessidade de instalação de redes de dutos.

Um ar-condicionado do gênero funciona perfeitamente em cargas parciais e, portanto, cada ambiente climatizado pode ter sua temperatura controlada individualmente.

Aliás, os sistemas de controle deles têm evoluído significativamente, com muitas opções de integração com outras modalidades de ar condicionado, se estendendo, inclusive, ao controle via aplicativos em smartphones.

Também há no mercado máquinas que recuperam calor, ou seja, elas podem ser usadas tanto para aquecer quanto resfriar, simultaneamente, diversos ambientes.

Neste caso, o sistema reaproveita o calor de retorno de uma sala para aquecer outra, o que aumenta a eficiência energética e resulta em economia e conforto para os ocupantes dos edifícios.

Embora os sistemas VRF existam há mais de 30 anos, sua popularidade está crescendo mais do que nunca em todo o mundo, segundo os principais fabricantes do setor.

De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o mercado de VRF foi um dos únicos, dentre os sistemas centrais de ar condicionado, que mantiveram o volume de vendas sem grandes perdas nos últimos três anos, após pico histórico em 2014, com pequena recuperação – na faixa de 8% – em 2017.

No País, muitos edifícios comerciais e alguns residenciais de alto padrão têm priorizado a aquisição deste sofisticado sistema de ar condicionado de operação fácil e econômica.

Seu design compacto e layout flexível em termos de unidades externas e internas são as vantagens adicionais que levam à adoção cada vez mais maior de sistemas VRF em prédios corporativos e residenciais.

Devido à sua capacidade de expansão modular, eles são ideais para aplicação em grandes empreendimentos. “Estamos vendo seu uso integrado com sistemas de tratamento dedicado de ar externo (DOAS), seja de expansão direta (DX) ou indireta (água gelada), introdução de unidades de tratamento de ar (AHU) de maior capacidade e com melhor filtragem para atender a grandes projetos e aplicações não cobertas pelas linhas tradicionais”, salienta o engenheiro Luciano Marcato, presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado Industrial da Abrava.

“O uso de sistemas com recuperação de calor também deve crescer nos próximos anos, assim como a busca por novas famílias de fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP), em função da pressão por parte de alguns clientes em banir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) como o R-410A, substância muito aplicada hoje nos VRFs”, informa.

Segundo o diretor comercial da FR Climatização, Rodrigo Men, a utilização de VRF vem crescendo exponencialmente em segmentos como o hospitalar e o educacional.

“O VRF tem muito a crescer no Brasil. Acredito que após as eleições presidenciais, o mercado de construção civil retomará seu crescimento e levará o setor junto”, prevê.

Climatização - Refrigerista na manutenção do VRF
Desafios e oportunidades

De acordo com Rodrigo Men, o maior risco atual no mercado de VRF no Brasil é a falta de conhecimento de como se trabalha e aplica este produto.

Esse cenário obriga os fabricantes a investirem muito tempo em treinamentos básicos, incluindo a parte de fundamentos que necessitaria ser obtida em escolas e cursos técnicos.

Também falta estruturação mais forte nas universidades focando os sistemas de climatização e refrigeração, apontam fabricantes, empreiteiros e vendedores.

“O VRF não é como um ar-condicionado de janela ou um ‘split pé de boi’, que, às vezes, mesmo que instalados incorretamente, apresentam um certo rendimento e funcionam por um tempo. O VRF não pode ser vendido de qualquer maneira esperando que o ‘instalador’ resolva como configurar e instalar. O cliente final, quando adquire um equipamento desse tipo, espera ter a melhor solução em climatização disponível no mercado, uma máquina com tecnologia de ponta e cheia de benefícios”, diz.

Para fabricantes como a Daikin, a sinergia entre projetistas, instaladores e fabricantes é primordial para trazer a melhor solução em sistemas VRF, patenteados pela japonesa como VRV, sigla em inglês para volume de refrigerante variável.

Para suprir a demanda local, a indústria asiática tem trazido constantemente ao Brasil novidades que diferenciam seus produtos no mercado. Uma delas é a linha VRV Inova, que tem como grande inovação a função VRT (Variable Refrigerant Temperature, ou Temperatura de Refrigerante Variável), que realiza o ajuste automático na temperatura de evaporação do refrigerante, permitindo um maior número de opções de operação do sistema, variando desde uma maior economia de energia (em média 30% mais econômico do que o próprio VRV Inova) até atuar de forma a combater a carga térmica o mais rapidamente possível.

Segundo o engenheiro de aplicação da Midea Carrier, Gustavo Hoffmann, as indústrias do setor enfrentam no Brasil dificuldades como altas taxas de impostos, classificação fiscal nem sempre de fácil interpretação e falta de clareza em normas técnicas.

Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vem trabalhado para revisar o conceito de alguns produtos diferenciando tecnologia, aplicações etc.

Recentemente, a entidade revisitou o conceito de VRF, iniciativa cujos frutos devem ser colhidos em breve. Acredita-se que o próximo passo será dado pelo Inmetro, normatizando a classe de eficiências dos equipamentos, pois sem esse processo compulsório, cada fábrica utiliza um órgão certificador diferente, prejudicando o entendimento dos profissionais de climatização e, principalmente, o cliente final.

“Os sistemas VRF já são bastante diversificados e estão consolidados no mercado interno. Temos projetos pensados para VRF, instaladores com treinamento e experiência e uma grande concorrência de fabricantes, com mais de dez players com produtos desta categoria”, destaca, lembrando que a joint venture possui duas linhas para o segmento.

A primeira, prossegue, conta com equipamentos de alta capacidade, com tecnologia 100% inverter de alta eficiência e maior proteção anticorrosiva para áreas litorâneas, em relação às linhas convencionais do mercado. “Temos diversas obras com esta proteção especial, que garante um tempo de vida maior, com um custo inicial relativamente baixo”, afirma.

O segundo equipamento é uma máquina com condensação a água e exclusiva tecnologia de trocador tubo em tubo, possibilitando a utilização em edifícios com torre de água de condensação aberta. “Com isto, é possível reduzir o custo inicial da instalação e trabalhar com sistemas mistos e retrofits de edifícios que possuam água gelada”, diz.

Para a Samsung, o mercado brasileiro de VRF apresenta grande potencial de expansão graças à demanda crescente por soluções cada vez mais avançadas no ramo de climatização.

“Um país extenso e com variações de clima durante todo o ano está repleto de oportunidades para trabalharmos o segmento de ar condicionado, tanto em residências amplas como edifícios comerciais de médio e grande porte. Este é um mercado promissor, que apresenta ao usuário diversas inovações tecnológicas, mas que conta com o desafio de que o produto seja bem instalado para proporcionar alto desempenho”, reforça o gerente de produto da área de climatização da empresa, Tiago Dias.

Para o segmento, a Samsung dispõe do DVM S Eco 14HP, que é uma unidade VRF de ar condicionado com descarga lateral projetada para oferecer uma solução única externa para edifícios de apartamentos e escritórios, atendendo à crescente demanda por uma unidade externa que reduza os custos relacionados com a instalação de dutos secundários e cargas em edifícios com várias salas.

O design inovador da DVM S Eco 14HP possui um robusto Inverter Scroll Compressor e trocador de calor ondulado que melhoram o desempenho térmico em 20% e aumentam o fluxo de ar em 10% em comparação com unidades VRF padrão.

“Uma única unidade externa atende o sistema de ar condicionado em um prédio de apartamentos ou escritórios, em vez de várias unidades custosas. Toda a área do edifício é coberta, já que a nova unidade também fornece uma tubulação estendida com até 160 metros de comprimento e altura de instalação de até 50 metros. A largura da nova DVM S Eco 14HP é de menos de um metro (940 milímetros), permitindo melhor uso do espaço. Além disso, a tubulação de quatro vias facilita a instalação”, explica.

Outro fabricante que vê boas oportunidades no mercado nacional é a Trane.  “Hoje, investimos muito para crescer nesse segmento e o que a gente vê é justamente uma série de fabricantes se preocupando com esse avanço do VRF por causa da redução brusca dos mercados de aparelhos unitários e todos, principalmente aqueles que têm uma operação local, sentem isso de uma maneira mais forte”, ressalta o diretor de soluções ductless da subsidiária brasileira, Matheus Lemes.

Inclusive, a empresa deve anunciar, em breve, diversos lançamentos. “Teremos condensadoras com capacidade igual ou maior à de todos os players do mercado, horizontais que vão até 16 hp; condensadoras verticais com o dobro dessa capacidade e 4 módulos. Elas possuem novas plataformas touch screen, para fazer o gerenciamento e controle de todas as unidades em uma única central, tudo isso com a possibilidade de integração via protocolos abertos e comunicação com o sistema de automação predial”, revela.

“Estamos avançando demais na área de automação e controle dos nossos sistemas, assim como em uma plataforma de serviço de controle de energia. Tudo isso são novidades que a gente tem para o mercado este ano e que, principalmente, ajudam a reforçar a nossa posição”, completa.

Segundo o gerente de produto da área de ar condicionado da LG, Daniel Fraianelli, a necessidade de reaquecimento do mercado imobiliário tem levado prédios antigos a buscar novos inquilinos, o que, certamente, eleva a demanda por sistemas de climatização que oferecem maior conforto e, principalmente, menores custos de operação.

“Nossa proposta é continuar quebrando as barreiras e educando cada vez mais o consumidor com seminários técnicos e intensificado a atuação junto a formadores de opinião. Dessa forma, será possível divulgar cada vez mais as novas tecnologias de VRF e como este sistema tem contribuído para o crescimento do mercado de ar condicionado”, afirma.

A principal novidade da companhia sul-coreana para o setor é a tecnologia Dual Sensing Control. “Enquanto sistemas de VRF tradicionais ignoram a umidade do ar durante a sua operação, o Multi V 5 mede tanto a umidade como a temperatura, gerando ao mesmo tempo economia, ao aliviar a operação do compressor em situações de baixa carga térmica, e conforto, evitando o ressecamento excessivo do ar, bastante comum em uso prolongado de ar condicionado”, explica.

O empreendimento West Corp, localizado em Barueri (SP), conta com 2.048 hp instalados e foi o primeiro a utilizar essa tecnologia no País, segundo o fabricante.

“Além disso, o hotel Tauá, em Atibaia (SP), conta com mais de 1.300 hp e dispõe dessa tecnologia, junto com um sistema de reaproveitamento de calor para aquecer a água dos chuveiros, pias e piscinas”, revela.