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Indústria do frio prevê bons negócios com supermercados em 2022

Monitoramento remoto, eficiência energética e novos fluidos refrigerantes ditam rumos no varejo de alimentos e bebidas.

A demanda por equipamentos de refrigeração comercial continua em alta no Brasil. Com o retorno das atividades econômicas, o setor varejista deve continuar priorizando investimentos com foco em sustentabilidade e eficiência energética, a fim reduzir o consumo de energia e, de quebra, diminuir a pegada de carbono de suas operações.

É o que afirmam especialistas ouvidos pela   salientando que esse é um conjunto de fatores que impulsiona o fornecimento de bombas e compressores de velocidade variável, ventiladores controlados eletronicamente, condensadores a ar do tipo microcanal, sistema de expansão eletrônica, incluindo válvulas, controladores e sistemas supervisórios, além de fluidos refrigerantes alternativos ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22.

“A tendência para o nosso mercado é cada vez mais termos tecnologias voltadas para sustentabilidade e digitalização. Muito em breve esses dois pilares serão uma necessidade, e não mais opção ou diferencial. Quem não estiver preparado para as mudanças ficará de fora do mercado”, conforme avalia Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no Brasil.

“Acreditamos que as tendências e fatores que vêm influenciando o setor de refrigeração comercial nos últimos anos no Brasil devem se manter em 2022. Em consequência disso, nossa expectativa é que tenhamos neste ano um cenário semelhante ao que tivemos em 2021, que foi marcado por movimentos como busca por eficiência energética, devido ao impacto do consumo de energia elétrica nos custos totais dos supermercados, lojas de conveniência, padarias e outros; aumento das instalações de pequenos mercados de bairro para as compras rápidas do dia a dia; aumento das instalações de atacarejos para as compras em maior volume; e retomada do desempenho do setor de serviços de alimentação”, ressalta o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da Embraco na América Latina.

“Também acreditamos que ano a ano deve aumentar no Brasil a preocupação em seguir as tendências mundiais com relação ao uso de fluidos refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês)”, acrescenta o executivo.

“Neste momento, o varejo tem trabalhado mais a compra de equipamentos novos carregados com hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrocarbonetos (HCs)”, diz o empresário Paulo Neulaender, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Já o parque atual com R-22 ainda não vem adotando novos fluidos refrigerantes no ritmo em que deveria, o que, na minha opinião, é um erro, pois o limite de importação de R-22 sofrerá um corte de 67% em 2025, ou seja, teremos falta do fluido daqui a dois anos, e o mercado, como sempre, vai deixar para última hora para avaliar o que fazer com os equipamentos existentes”, alerta.

Além da eficiência energética e da mudança de fluidos refrigerantes, os fabricantes apostam na miniaturização de componentes e na redução do nível de ruído como forma de elevar a competitividade de seus produtos.

Confira, a seguir, o que alguns dos principais players do setor têm fornecido para o mercado de refrigeração comercial nos últimos tempos:

Carel

A italiana Carel têm sido uma das maiores influenciadoras do uso de refrigerantes “naturais” no segmento de refrigeração comercial nos últimos anos. “Temos um portfólio bem vasto com soluções completas para diversos segmentos, e atualmente os principais produtos para o mercado de refrigeração comercial são as unidades condensadoras plug-in e semi plug-in da família DC Solution”, diz o engenheiro de aplicação da companhia no Brasil, Vitor Donini Degrossoli.

Segundo o gestor, “esta linha de produtos conta com um grande range de capacidade, podendo ser utilizada em aplicações de baixa e média temperatura, como balcões verticais, chest freezers e câmaras frias, além de ter como diferencial a compatibilidade com R-744 e R-290”.

“Além das unidades condensadoras plug-in e semi plug-in, ainda possuímos soluções para racks centralizados para utilização em aplicações de CO2 transcrítico”, esclarece.

“O pRack300T, por exemplo, oferece a possibilidade de gerenciar todo o sistema transcrítico, como gas cooler, HPV, RPRV (Flash Valve) e compressor paralelo. Em sua maior configuração, o sistema de controle para centrais frigoríficas pode gerenciar até 12 compressores e 16 ventiladores”, informa.

Coel

O controlador para câmaras frias E34B, controlador para expositores verticais P03/B05 e o controlador para sistemas com compressores de capacidade variável X35P são alguns dos principais produtos do portfólio da indústria brasileira para o mercado de refrigeração comercial.

Segundo a Coel, o controlador E34B possui um exclusivo sistema de pré aquecimento para o dreno, que atua um pouco antes da realização do degelo, evitando entupimentos e garantindo um bom escoamento para a água do degelo.

Já linha de controladores P03/B05 possui um sistema exclusivo de degelo dinâmico que, aliado aos modos de controle Eco e Turbo permitem reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica.

E a linha de controladores X35P foi projetada para sistemas com compressores de velocidade variável, e permite um controle preciso, adequando a potência do compressor à demanda de carga térmica requisitada.

“Esse sistema reduz consideravelmente o número de partidas do compressor, consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica e aumentando a vida útil do sistema”, afirma Fernando Tominaga, vendedor do segmento de refrigeração.

Chemours

Os principais fluidos refrigerantes que a indústria química americana oferece para o segmento de refrigeração comercial são o Freon 404A, Freon 134a e o Opteon XP40 (R-449A).

O Freon 404A e Freon 134a são os fluidos refrigerantes tradicionais do segmento que oferecem qualidade, segurança, performance e confiabilidade para manter a excelência dos sistemas de refrigeração, segundo a companhia.

“Além dos atributos já presentes na linha Freon, o Opteon XP40 é o fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) que combina sustentabilidade com eficiência energética, apresentando baixo GWP e excelente performance para sistemas de refrigeração comercial”, salienta Lucas Fugita, especialista em serviços técnicos, estratégia e desenvolvimento de negócios da Chemours.

“O Opteon XP40 é o fluido refrigerante da família HFO mais utilizado nas aplicações de refrigeração comercial. Nos retrofits de R-404A, esta HFO apresenta GWP 67% menor e possibilita até 12% de redução do consumo de energia. Para o dono do supermercado, isso se reflete na redução da conta de luz ao final do mês e em sustentabilidade com baixo impacto ambiental em suas operações”, enfatiza o gestor.

“A linha Opteon foi desenvolvida para atender as mais exigentes normas ambientais, como a Emenda de Kigali, sendo uma solução de longo prazo para todo o ramo de refrigeração comercial”, acrescenta.

Danfoss

A indústria dinamarquesa é reconhecida no mercado pela sua ampla gama de produtos que visa atender as diversas demandas do mercado de refrigeração, desde componentes mecânicos, como válvulas, compressores e unidades condensadoras completas até componentes eletrônicos, como controladores e sensores.

“Nos últimos anos, estamos introduzindo também em nosso portfólio softwares e soluções em nuvem que visam trazer a melhor tecnologia e inovação aos nossos clientes que buscam eficiência operacional e energética”, salienta Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no País.

“O foco da sustentabilidade é um dos pilares atuais da Danfoss no mercado global e, nesse sentido, podemos citar como principais soluções os nossos compressores de velocidade variável, que tem potencial de economia de energia de até 30% quando comparados aos compressores fixos; a nossa ampla variedade de componentes já preparados para trabalhar em sistemas que funcionam com fluidos refrigerantes naturais, como o CO2; e também nossas novas plataformas digitais como, por exemplo, o Danfoss Alsense, que permite ao cliente monitorar remotamente seus sistemas, criando potencial de redução de perdas e eficiência operacional”, ressalta.

Eletrofrio

A indústria brasileira atua há 75 anos no segmento da refrigeração comercial com um vasto portfólio de produtos, atendendo a demandas dos pequenos aos grandes pontos de venda, sempre com vendas diretas ao usuário final.

“Fabricamos expositores frigoríficos com máquinas acopladas ou remotas, equipamentos para casa de máquinas – de unidades condensadoras a grandes racks com compressores em paralelo – e painéis e portas frigoríficas para câmaras frias e áreas de preparação de alimentos”, conforme destaca o gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues.

“A Eletrofrio tem forte presença no mercado da refrigeração comercial no Brasil e América do Sul. Os resultados vêm sendo muito positivos, principalmente pelo atendimento às demandas dos nossos clientes por apresentarmos produtos com design inovador, elevada qualidade e alta eficiência energética. Este último, associado a fluidos de baixo impacto ambiental, atende aos projetos de sustentabilidade que muitos dos nossos clientes buscam”, assegura o gestor.

Embraco

Marca da Nidec Global Appliance e provedora global de tecnologia de refrigeração, a Embraco possui um portfólio completo de produtos para aplicação no segmento de refrigeração comercial, que inclui compressores de velocidade fixa e velocidade variável e unidades condensadoras, para os segmentos de varejo de alimentos, serviços de alimentação, merchandisers e aplicações médicas e científicas.

“Dentre eles, destacamos o novo compressor VEMT404U, a família de compressores FMF, e a família de unidades condensadoras compactas recém-lançada EDP”, diz o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da empresa na América Latina.

“O VEMT404U é um compressor de velocidade variável (inverter), lançado em 2021, que adicionou à já conhecida família VEM a opção de modelos com refrigerante natural R-290. Entre suas principais aplicações estão exibidores de bebidas e sorvetes (também conhecidos como merchandisers) e equipamentos de refrigeração para serviços de alimentação, com restaurantes, padarias e outros”, informa o executivo.

A família de compressores FMF também é composta por compressores que unem a velocidade variável com o uso de R-290, atingindo os mais altos níveis de eficiência energética do segmento comercial em sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração.

Segundo Sander, eles podem reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores de velocidade fixa, dependendo da aplicação. “Temos seis modelos disponíveis para o Brasil, com dupla voltagem (110 V e 220 V / 50 e 60 Hz)”, revela.

“E a nossa unidade condensadora EDP (sigla para Evaporative Drain Pan), lançada em 2022, é uma das mais compactas do mercado (começando em 26,4 cm de altura) e foi desenvolvida para refrigeradores comerciais de duas ou mais portas e balcões refrigeradores, usados tanto no varejo de alimentos quanto em cozinhas profissionais e outros ambientes do setor de alimentação”, completa.

Full Gauge Controls

A missão da renomada indústria brasileira “é fornecer o que o mercado exige de maior tecnologia para que os equipamentos trabalhem sob a melhor maneira possível, atualmente os controladores RCK-862 plus, o tradicional TC-900E LOG e os drivers para válvulas de expansão eletrônicas VX-1025E plus e VX-1050E plus são o estado da arte dos controladores. Além, é claro, do nosso analisador de redes elétricas PhaseLog E plus”, conforme ressalta o vice-diretor da companhia, Rodnei Peres Jr.

Segundo o executivo, a demanda segue em linha ascendente no setor. “A cada dias temos mais redes de supermercados nos buscando como solução, tanto para troca de sistemas defasados quanto para novas instalações. Cada vez mais escritórios de consultores do frio se acercam de nós para receberem treinamentos técnicos voltados a retrofits e para conhecerem melhor nossa linha de produtos”, revela.

“A principal razão disso ainda segue sendo nossa matriz energética que não comporta toda capacidade necessária, além dos altos custos de energia elétrica”, avalia.

PMOC mantém padrões operacionais de sistemas VRF e multi-split

Técnico aplicando o PMOC em VRF

Instituído pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) é o conjunto de documentos em que constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização e responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Deve ser executado nos sistemas de climatização de equipamentos, de qualquer capacidade, de edifícios de uso público e coletivo, como repartições, prédios comerciais, hospitais, shoppings, indústrias, supermercados, restaurantes, entre outros estabelecimentos. Nesses locais, ficam a maioria dos equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) e multi-splits vendidos no Brasil.

O VRF é mais robusto, permitindo tubulações mais longas e acoplamento de até 64 unidades evaporadoras. Cada unidade interna opera de forma individual e conta com uma válvula de expansão exclusiva. É ideal para locais de grande circulação. Já o multi-split permite acoplar até oito unidades evaporadoras em uma só condensadora, sendo mais indicado para instalações menores e residências.

Quatro tipos de evaporadoras podem ser usados em sistemas VRF – hi-wall, cassete, dutadas para baixa/média/alta pressão (para pequenos e grandes ambientes) e piso-teto. No caso da condensadora, opta-se ou por condensação a água (utilizada onde há pouco espaço para montagem e sem área de ventilação), ou por condensação a ar (indicada para área livre para montagem e com boa ventilação).

No caso de sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), os proprietários, locatários e prepostos deverão manter um responsável técnico habilitado. Esta obrigação está descrita no artigo 6º da Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde.

“O PMOC é fundamental para aplicações de VRF, como forma de adequadamente manter os sistemas operacionais dentro de seu envelope de funcionamento, sob regime definido pelos fabricantes. Isto irá gerar um ambiente seguro – especialmente durante a pandemia –, econômico e de grande retorno de investimento e satisfação dos usuários”, afirma o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Especialista em PMOC, ele salienta que a boa manutenção assegura a longevidade e performance dos equipamentos, economizando energia, água e protege o investimento, além de propiciar um ambiente agradável, incrementando a produtividade e combatendo o absenteísmo.

“As técnicas corretas de manutenção ainda diminuem substancialmente os custos com reposição de peças, pois os equipamentos irão operar com maior eficiência dentro dos parâmetros de fábrica”, completa.

Como exemplo, Parra lembra que um equipamento operando perto do seu ponto de “desarme por alta pressão”, está consumindo cerca de 40% a mais de energia, o que já justifica totalmente as intervenções de conservação. “Se considerarmos que para um edifício comercial médio, o gasto de energia elétrica com ar-condicionado se situa em 40%, podemos estimar o tamanho da economia”, pondera.

A falta de atenção à qualidade do ar interior e/ou a não observação dos requisitos do PMOC podem influenciar diretamente na saúde das pessoas de modo geral.

Segundo o diretor da Abrava, estas situações inevitavelmente levarão ao acúmulo de impurezas nos diversos componentes dos climatizadores, tais como excesso de pós e cargas de micro-organismos em filtros, bandejas, serpentinas, ventiladores e dutos, entre outras peças.

“O excesso de pó e outros poluentes proporciona crescimento de colônias de fungos, servindo inclusive para a propagação de cargas virais, de forma descontrolada. Quando um prédio chega a estas condições, dizemos que ele tem a chamada Síndrome do Edifício Doente”, ressalta Parra.

Negligência

Além dos problemas relacionados à saúde, o não atendimento às regras estabelecidas pelo PMOC traz reflexos legais, segundo a Lei Federal nº 13.589/2018, a Portaria nº 3.523/1998 e Resolução RE-09 (Anvisa), prevendo punições para eventual negligência.

O descumprimento total ou parcial do PMOC expõe o proprietário do estabelecimento às penalidades previstas na Lei nº 6.437/1977, com multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, com base na gravidade e porte do estabelecimento, sendo dobrado na reincidência, além de sanções civis.

“Se também ocasionar níveis de poluição para os ambientes climatizados acima dos estabelecidos na RE-09 da Anvisa, acaba por infringir também a Lei Federal nº 6.938/1981 e a Resolução 491 (Conama), gerando crime de poluição, passível de punição conforme estabelece a Lei Federal nº 9.605/1998 (de um a quatro anos de detenção), o Decreto Federal nº 6.514/2008, com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil, além de outras sanções”, esclarece Parra.

O especialista explica que a falta do PMOC, ou mesmo a exposição de trabalhadores a níveis de poluentes acima do estabelecido na Resolução RE-09 Anvisa, pode ensejar também demanda trabalhista por trabalho em ambientes insalubres de grau médio a máximo, de acordo com as normas regulamentadoras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

O engenheiro enfatiza que há uma preocupação crescente das autoridades em relação ao PMOC da climatização, especialmente neste momento de pandemia. “Entretanto, ainda temos uma grande missão a desempenhar para bem da população em geral”, considera.

Em passado recente, a Abrava desenvolveu um grande programa de treinamento para os agentes sanitários, objetivando que as fiscalizações ocorressem de modo técnico e justo, evitando incongruências.

“Colhemos bons resultados até aqui, e mais recentemente por conta do surto pandêmico, temos outras autoridades adquirindo consciência e preocupação com os aspectos da saúde dos trabalhadores e população em geral”, complementa.

Daikin vai investir US$ 5,2 bilhões em fusões e aquisições

Chão de fábrica e montagem da Daikin

Indústria japonesa pretende usar aquisições para alcançar posição de liderança no mercado de ar condicionado residencial e comercial na América do Norte | Foto: Divulgação

Em entrevista à Bloomberg, o CEO do fabricante japonês, Masanori Togawa, também revelou que a companhia não foi abordada, mas disse não ver sinergias na aquisição da Fujitsu ou da Toshiba, que anunciou recentemente a venda da maioria das ações em sua joint venture de ar condicionado para Carrier.

Na Europa, a Daikin adquiriu o fabricante de refrigeradores e freezers de supermercados plug-in AHT em 2019. A empresa agora está interessada em adquirir um fabricante de condensadores remotos e expandir seus negócios na cadeia do frio.

Togawa também informou que, se necessário, a empresa pode extrapolar seu orçamento de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).

Ademais, disse o executivo, a Dakin pretende usar suas próximas aquisições para alcançar posição número um no mercado de ar condicionado residencial e comercial na América do Norte.

Supermercados projetam dezembro aquecido

O Índice de Vendas dos Supermercados (IVS*), apurado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas (FIPE), indica uma ampliação de 0,25% nas vendas do setor supermercadista em dezembro. O crescimento deve ser impulsionado pelo recebimento do 13º salário e do Auxílio Brasil. A previsão é que ambos injetem R$ 1,6 bi na economia paulista, aumentando em 3,5% o poder de compra das famílias.

Com base no mês de outubro, as vendas dos supermercados no Estado de São Paulo tiveram redução de 9,38% nos últimos 12 meses. O resultado reflete os impactos duradouros da pandemia da Covid-19, que alteraram hábitos dos consumidores e ocasionaram por um longo período o fechamento de bares, restaurantes e do comércio não essencial.

No acumulado de janeiro a outubro de 2021, o faturamento real do setor supermercadista registra queda de 10,28%. Em outubro, a redução chegou a 11,74%. Para o economista-chefe da APAS, Diego Pereira, a inflação diminuiu a capacidade de compra do consumidor e impactou o desempenho do setor. “Existe a expectativa de uma desaceleração da economia em 2022. No último dado divulgado pelo IBGE, a projeção de crescimento da indústria alimentícia foi reduzida. A decisão envolve uma série de fatores, como a elevação da taxa de juros, a redução da oferta de crédito e os impactos estruturais, como o alto custo da energia elétrica no país”, explica.

Carrefour Brasil recebe aval do Cade para parceria com rede mineira Super Nosso

O Carrefour Brasil recebeu aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para um acordo que transfere a administração de todos os seus 17 supermercados na região metropolitana de Belo Horizonte para a rede mineira Super Nosso, de acordo com decisão publicada do Diário Oficial da União desta quarta-feira.

A varejista converterá todos os 17 supermercados que opera no Estado de Minas Gerais para marca Super Nosso dentro de um ano, informou a companhia em comunicado divulgado em outubro de 2018.

Fonte: Portal Terra

Eletrofrio lança sistema frigorífico com R-290 na Apas Show

Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a Eletrofrio está apresentando na Apas Show deste ano um sistema de refrigeração comercial que utiliza o propano (R-290) como fluido refrigerante.

Além do baixíssimo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) da substância, o fabricante destaca que “a novidade representa um marco na evolução sustentável do Brasil e contribui para que o País atinja a meta do Protocolo de Montreal de eliminar a utilização de gases nocivos [à camada de ozônio] até 2040”.

Atualmente, o Brasil é o nono maior consumidor mundial de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e o quinto entre os países em desenvolvimento. O objetivo do governo brasileiro é eliminá-los em 35% até 2020 e 67,5% até 2025.

Como a solução faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFC (PBH), ela será de domínio público e ficará disponível para ser utilizada por toda a cadeia de refrigeração comercial do País, informa a Eletrofrio.

Inédita na América do Sul, a tecnologia acaba de ser implantada no hipermercado Condor Wenceslau Braz, em Curitiba (PR), inaugurado no dia 3 de abril.

“Estamos à disposição dos supermercadistas que desejam dar um passo à frente em termos de sustentabilidade. Além disso, também estamos recebendo em nosso estande as empresas da concorrência para apresentar a inovação e, juntos, caminharmos para a construção de um Brasil mais moderno e sustentável”, ressalta o diretor de marketing e vendas do fabricante, Roberto Weidner.

A principal feira mundial do setor supermercadista, que começou ontem (6) em São Paulo, prossegue até a próxima quinta (9), no Expo Center Norte. Além da Eletrofrio, outros grandes nomes do setor – entre os quais Arneg, Bitzer, Chemours, Danfoss, Full Gauge, Superfrio e Thermo Industrial – estão presentes na mostra.

IEC rejeita aumento de carga inflamáveis em sistemas frigoríficos

Em uma votação concluída na última sexta-feira (12), a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC, em inglês) rejeitou a proposta para aumentar de 150 g para 500 g o limite de carga de fluidos refrigerantes inflamáveis (A3) em unidades independentes de refrigeração comercial.

A votação encerrou um processo de longas fases que muitos esperavam que resultasse em um limite de carga mais alto para substâncias como o propano (R-290) sob a norma IEC 60335-2-89.

Segundo reportagem do site Hydrocarbons21, a demanda pode ser colocada em pauta novamente, embora o destino dessa questão não esteja claro no momento.

A votação do projeto final de revisão da norma, conhecido como Final Draft International Standard (FDIS), foi encerrada antes do último voto. Do total de 35 votos emitidos pelos comitês nacionais, nove (25,7%) votaram contra – para a proposta a ser promulgada, os votos contrários não poderiam exceder 25%.

O resultado da votação foi recebido como um grande revés para muitos que viam nessa mudança uma forma de impulsionar o mercado de hidrocarbonetos (HCs) na refrigeração, ressaltou a reportagem.

“Estamos muito desapontados com a notícia, especialmente pela derrota ter ocorrido por uma margem tão pequena”, disse Danielle Wright, diretora executiva do Conselho Norte-Americano de Refrigeração Sustentável (NASRC), que apoiou fortemente o aumento do limite de carga para 500 g.

“Contudo, perder por um só voto indica que a mudança de limite de carga para HCs é uma questão de ‘quando’, e não ‘se’, ela será aprovada no futuro”, acrescentou.

Desde 2014, o subcomitê SC 61C vinha trabalhando para atualizar a IEC 60335-2-89. “Eu esperava que a votação fosse exitosa”, disse Marek Zgliczynski, presidente do SC 61C e diretor de pesquisa e desenvolvimento da Embraco.

“A quantidade de recursos dedicados ao desenvolvimento do novo padrão foi grande, e todo esse trabalho não deu frutos”, lamentou.

Segundo o cientista, a revisão da norma permitiria que um único circuito de 500 g de HC fosse empregado em equipamentos frigoríficos maiores, no lugar de múltiplos circuitos usando não mais que 150 g de refrigerante.

No entanto, mesmo com o limite de 150 g, os sistemas com HCs proliferaram em todo o mundo e estão se tornando cada vez mais comuns em supermercados e restaurantes.

“Com 150 gramas você pode fazer um sistema de até 1,5 kW [0,4TR] em uma unidade de temperatura média”, observou Zgliczynski. Usar vários compressores conforme necessário em um gabinete maior “não é uma solução ruim”, acrescentou.

Se o limite de carga de HCs mais alto fosse aprovado, ele serviria de modelo para que os países adotassem seus próprios padrões. “Agora, não espero que nenhum país desenvolva seu próprio padrão local para resolver esse problema”, ressaltou.

Se tivesse sido aprovada, a emenda à norma também teria aumentado de 150 g para 1,2 quilo o limite de carga de refrigerantes classificados como levemente inflamáveis (A2L). “Apenas sistemas muito pequenos podem operar com 150 g de A2L”, disse.

Carrier comemora instalação de 10 mil sistemas com CO₂ na Europa

A área de refrigeração comercial da Carrier está comemorando uma conquista marcante com a entrega de seu 10.000º sistema de refrigeração com CO₂ para clientes na Europa.

A primeira instalação do gênero da empresa foi realizada em 2004 em um supermercado na Suíça. Desde então, os negócios da companhia norte-americana só cresceram por lá.

“Acreditamos que esse refrigerante natural é a solução adequada para os requisitos regulatórios e as expectativas dos clientes quanto a uma tecnologia de refrigeração sustentável e eficiente”, disse Victor Calvo, presidente da divisão de refrigeração comercial da Carrier.

Atualmente, a empresa oferece uma gama completa de sistemas com CO₂ para atender a uma variedade de aplicações de 1 kW a 1.2 MW em todos os climas.

O movimento do fabricante em direção a refrigerantes naturais, que começou com instalações em supermercados, está se expandindo para locais como pistas de patinação no gelo, armazéns frigoríficos e outros empreendimentos.

CompreBem retorna ao mercado

O GPA, dono de redes como Pão de Açúcar, Assaí e Extra, anunciou o retorno de uma marca extinta pelo próprio grupo em 2011: o CompreBem. O grupo reformulou a marca adquirida em 2002 e criou uma nova empresa com o intuito de brigar com o segmento mais perigoso no varejo de alimentos dos últimos anos – os supermercados regionais.

Voltado para as classes B e C, o novo CompreBem terá início no segundo semestre deste ano em projeto piloto com 20 lojas no estado de São Paulo. Todos os endereços iniciais ocuparão prédios onde hoje funcionam supermercados da bandeira Extra, e a reforma deve durar cerca de 90 dias, de acordo com a companhia. Serão lojas de 1.700 metros quadrados, em média, com foco em compras de reposição – ou seja, principalmente produtos perecíveis adquiridos semanalmente.

O investimento é relevante. Segundo Belmiro Gomes, presidente do Assaí e do CompreBem, o preço para transformar estas 20 lojas já planejadas ficará entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões, que serão realocados dos R$ 1,3 bilhão previstos em investimentos em 2018. Isso conta reformas e toda uma reestruturação no modelo de negócios que, além de permitir a concorrência com as regionais, deve diminuir os custos operacionais destas unidades em 20%.

 

Fonte: Infomoney

Carel fornece tecnologias para uso de CO2 em supermercados

A Carel esteve envolvida diretamente no fornecimento de tecnologias para novos sistemas frigoríficos com dióxido de carbono (R-744) instalados na Finlândia e na Islândia nas últimas semanas, segundo o site britânico Cooling Post.

Na Islândia, a Carel Nordic ajudou a desenvolver o primeiro supermercado do país totalmente com CO2. Entre as soluções da indústria italiana, foram incluídos na instalação os sistemas de controle pRack300T e MPXPro, detectores de vazamento e o supervisório PlantVisorPRO.

Todos esses produtos foram aplicados em três racks de compressores, 11 câmaras frias (duas de baixa temperatura) e 22 expositores frigoríficos de média e baixa temperatura.

Na Finlândia, a subsidiária da Carel atuou na instalação frigorífica do supermercado S-market Tikkula. O trabalho consistiu na substituição do antigo sistema de refrigeração com o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A por um novo sistema operando com R-744.

Todos os expositores e câmaras frias foram substituídos ou reconstruídos para usar o fluido refrigerante natural. No total, a instalação possui 19 evaporadores de câmaras frias e 55 evaporadores de balcões e expositores de baixa e média temperatura. Tudo é gerenciado pelo sistema de controle MPXPro.

“Este tem sido um período muito intenso no norte da Europa, pois as novas regras internacionais estão levando à substituição de refrigerantes antigos”, comentou Michael Aarup, gerente de vendas técnicas da Carel Nordic.