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Chemours lança Freon 410A em cilindro de 650 gramas

A Chemours, indústria global líder em produtos fluorados, tecnologias de titânio e soluções químicas, está introduzindo no mercado latino-americano o fluido refrigerante Freon 410A em cilindro descartável de 650 gramas e com válvula de segurança para evitar acidentes.

Segundo o engenheiro mecânico Carlos Augusto Ribeiro, líder de vendas de fluorquímicos da subsidiária brasileira, o produto já está disponível em toda a rede de distribuidores da marca no Brasil, Argentina e México.

“A nova embalagem do Freon 410A foi criada para ampliar nosso portfólio voltado ao mercado de reposição e atender os refrigeristas que não precisam da quantidade integral das tradicionais botijas de 11,35 quilos, ou ainda para facilitar o transporte e manuseio do fluido refrigerante durante serviços de manutenção e instalação de sistemas de climatização residencial e comercial”, explica o gestor.

A substância, classificada como atóxica e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (ASHRAE, na sigla em inglês), é uma mistura binária composta pelos hidrofluorcarbonos (HFCs) R-125 (50%) e R-32 (50%), desenvolvida para substituir hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 em novos equipamentos de média e alta temperatura de evaporação, projetados exclusivamente para trabalhar com o R-410A, principalmente condicionadores de ar.

Os sistemas de ar condicionado e as bombas de calor que operam com o Freon 410A possuem desempenho até 45% superior aos similares que utilizam o R-22, fluido refrigerante que está sendo banido do mercado mundial pelo Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, tratado  internacional estabelecido em 1987.

De acordo com a área técnica da Chemours, o Freon 410A é compatível apenas com lubrificantes à base de poliol éster (POE) e apresenta pressão e capacidade de refrigeração significativamente mais altas que as do R-22. Por essa razão, seu uso não é recomendado para substituição do fluido refrigerante R-22 em sistemas existentes.

“O lançamento do Freon 410A em cilindro menor explicita, mais uma vez, nosso compromisso de longa data com os profissionais de refrigeração e ar condicionado. Afinal de contas, somos líderes em inovação nessa indústria há 90 anos”, diz Carlos Ribeiro, ao salientar que o produto está sendo lançado, primeiramente, na América Latina.

“Trazer essa inovação para cá fortalece a atuação da nossa marca na região como um todo e mostra, mais uma vez, que estamos sempre atentos às demandas dos nossos clientes”, acrescenta.

Gisieli & Luis Severo, uma dupla imbatível

Impossível não se encantar com esses dois gaúchos, nascidos no interior do Rio Grande do Sul, hoje, moram em Portão (RS). Há 10 anos juntos, Luis e Gisieli Severo se conheceram no final de 2010.  Cada um tinha seu trabalho e suas metas profissionais e pessoais, mas logo, decidiram que queriam ter uma vida em comum.  Na época, ele com 30 anos, trabalhava no ramo de transportes, e após ser demitido, foi trabalhar em uma empresa de climatização e aquecimento como ajudante. Ela, com 18 anos, trabalhava em uma grande empresa de telefonia e ia intercalando seu trabalho de dia com um segundo turno a noite, ajudando seu marido com os serviços de manutenção e instalação, investindo em ferramentas e capacitação profissional. Com o aumento da demanda de serviços, os dois começaram a batalhar e contrataram mais três ajudantes. E foi assim que a refrigeração mudou o rumo desse casal.

“Percebemos que o nicho do mercado de ar condicionado e refrigeração era muito promissor, porém, faltava muita coisa para que pudéssemos crescer e isso despertou nosso interesse em investir em ferramentas. Fomos fazendo serviços pequenos, pois na época, não tínhamos nenhum curso, somente a prática de instalação e manutenção de equipamentos residenciais e comerciais. No decorrer do tempo, a demanda aumentou e sentimos a necessidade de capacitação profissional. Contratamos mais três pessoas para nos ajudar e assim, a refrigeração mudou o rumo de nossas vidas. Fomos alinhando nossa parceria como casal e profissionais, reforçando a cada dia nosso vínculo. Somos muito parceiros desde o início, pois algumas vezes, os ajudantes não apareciam para trabalhar ou iam com pouca vontade, e nós dois fazíamos todo o trabalho”, contam Luis e Gisieli.

Ela continuava a dupla jornada, se dividindo entre seu trabalho fixo na área administrativa da empresa de telefonia com o de instalação, ajudando Luis.

Em 2015, os dois decidiram que Gisieli sairia do seu trabalho fixo para se dedicar 100% à empresa deles próprios, e fundaram a LG Severo, iniciais dos nomes Luis e Gisieli.

“Dali em diante, juntos, como ‘Casal do HVAC-R’, construímos nossa história no setor. Foram dias de muito trabalho até chegar o reconhecimento, pois, muitas pessoas achavam estranho ver uma mulher instalando um ar condicionado, muitos optavam por não falar com a Gisieli, pois não tinham confiança. Ouvi de muitos o seguinte: ‘como uma menina (era assim que chamavam ela) vai conseguir fazer furos e erguer um equipamento de ar condicionado? Impossível’, e eu tinha que explicar que estávamos começando e que iria acompanhada de um colega. Perdemos até um serviço em uma determinada empresa por ter a presença feminina fazendo este tipo de trabalho”, diz Luis.

O tempo foi passando e juntos, ganharam cada vez mais espaço no mercado, vistos como “o casal de instaladores”, reconhecidos por serem unidos e por passarem confiança de família para os clientes. Investiram em cursos de capacitação, com formação de técnicos em refrigeração, e não perdem nenhum treinamento oferecido por grandes fabricantes, investindo em atualização profissional.

Casamento, profissão e alpinismo industrial

 “Cada dia é um desafio, pois além de sermos casados, somos sócios e colegas de trabalho, até junto a um projeto para instaladores de uma multinacional, nos apresentamos e trabalhamos como casal. Nossa área de atuação é a linha comercial leve (split, teto, cassete e multi), temos parceria com muitos arquitetos, onde iniciamos as obras desde a infraestrutura elétrica, linhas frigorígenas e hidráulica, unindo a utilidades, com o intuito de especificar o equipamento correto, com um atendimento personalizado para que os projetos sejam únicos. Com uma demanda de solicitações, começamos a trabalhar em parceria com alguns instaladores para executar o alpinismo industrial, ou seja, o instalador faz a parte da evaporadora e nós realizamos a instalação da condensadora, via alpinismo”, revela Gisieli.

Gisieli e Luis inovaram no mercado com o alpinismo industrial, através do rapel esportivo

Essa modalidade inédita no mercado, o alpinismo industrial, surgiu através do rapel, um hobbie que eles adoram fazer nas horas vagas. Então, uniram o útil ao agradável!

“Adoramos fazer rapel esportivo, daí surgiu a ideia de trabalharmos com o alpinismo industrial, unindo diversão e trabalho! Atuamos na área de climatização, elétrica e energia fotovoltaica. Temos clientes de muitos anos que atendemos toda a família e também suas empresas. Crescemos como casal e profissionais, cada dia que passamos

juntos é incrível, tanto no amor como na refrigeração. Somos casados há 10 anos, e a preocupação e união de um com o outro continua a mesma! Como diz na bíblia ‘Somos uma só carne’. Com o trabalho que realizamos no HVAC-R, conseguimos a nossa casa própria e sempre estamos fazendo algo. Participamos de projetos sociais para agradecer tudo o que conquistamos até hoje, conhecendo grandes pessoas que são irmãos para nós. Temos muitos amigos em todos os estados do Brasil e fazemos alguns intercâmbios para conhecer a maneira de cada local.

Nós brincamos que um completa o outro, pois quando um não faz o curso na teoria, o outro sabe na prática”, diz sorrindo Gisieli.

Ela participa de muitos eventos para as mulheres, onde busca reconhecimento da presença feminina no setor de HVAC-R, com total apoio de Luis. Eles adoram viajar para lugares diferentes, e sem filhos, têm apenas cães, considerados mascotes da empresa.

“O que levamos conosco é a persistência e honestidade, pois na vida temos que correr atrás de nossos objetivos e sermos honestos e gratos com aqueles que nos oferecem oportunidades. E não para por aí não! Estamos buscando conhecimento profissional para atuarmos no ramo industrial de máquinas de grande porte”, finalizam Gisieli e Luis.

Com atribuições reconhecidas, técnicos em mecânica podem fazer PMOC

Repudiada pelos conselhos de engenheiros, resolução do CFT amplia atuação de profissionais.

Processo há anos aguardado por parte dos profissionais do setor do frio, a aprovação das prerrogativas e atribuições dos técnicos industriais com habilitação em mecânica virou realidade.

As definições fazem parte da Resolução nº 101, emitida pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) e publicada no Diário Oficial da União de 4 de junho.

De acordo com a legislação, os técnicos em mecânica podem elaborar e executar Planos de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em sistemas de climatização de ambientes.

Para efeito do exercício profissional, encontram-se entre as atribuições desses profissionais ações para: conduzir, coordenar, gerenciar, executar e os trabalhos de sua especialidade; operar máquinas e equipamentos dentro de sua especialidade; elaborar especificações e laudos técnicos, vistoriar, projetar, dimensionar, comissionar, testar, prestar manutenção, elaborar procedimentos técnicos, instruções de trabalho, gerenciar máquinas e sistemas mecânicos em geral; elaborar especificações e laudos técnicos, projetar e dimensionar equipamentos mecânicos. A lista continua na Resolução.

“A legislação vem para dar autonomia ao técnico sobre aquilo que ele já pratica no dia a dia. Será um estímulo para que os profissionais busquem cada vez mais capacitação, visto que o nosso mercado é dinâmico, está sempre se atualizando e evoluindo, a exemplo do segmento de fluídos refrigerantes”, afirma Carmosinda Santos, técnica em refrigeração e ar condicionado formada pelo Senai-SP.

De outro lado, os conselhos federais de engenharia não gostaram dessa nova legislação. Em nota oficial intitulada “CFT extrapola atribuições em resolução”, o Crea-GO, por exemplo, se posicionou contra a Resolução nº 101.

“Ao elencar supostas atribuições de técnicos industriais com habilitação em mecânica, a resolução extrapola a formação dos profissionais de nível médio, pretendendo conferir a estas atribuições, que são exclusivas de engenheiros mecânicos, profissionais de nível superior”, diz a nota.

Mais adiante, a entidade enfatiza que, “enquanto Conselho que regulamenta o exercício de profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências em Goiás, o Crea-GO, em solidariedade ao Confea, manifesta seu repúdio à resolução que, ao atribuir atividades a profissionais sem a formação adequada, coloca em risco toda a sociedade”.

E finaliza o texto, salientando que, “como sempre fez, a autarquia continuará fiscalizando o exercício das profissões do Sistema e não hesitará em autuar aqueles que não têm a capacidade técnica de exercer determinadas atividades, exorbitando suas funções e colocando a sociedade goiana em risco”.

Para Carmosinda, o próprio Conselho desconhece qual é a real atividade do técnico em campo atualmente, já que ele trabalha exposto aos riscos da profissão, como a manipulação de vasos de pressão e de processos que envolvem energia elétrica, brasagem e intervenção em infraestrutura predial.

“A Resolução nº 101 tirou da ilegalidade a atividade que o técnico já exercia até então, continuamente exposto aos riscos e sem autonomia. Não tinha responsabilidade técnica sobre aquilo que fazia”, reforça.

Respeitada no mercado e reconhecida por romper barreiras, Carmosinda frisa ainda que hoje o engenheiro emite a ART e faz o descritivo do trabalho, mas, na prática, acaba não o executando.

“Com exceções, a maioria não sabe executar determinados trabalhos que o técnico faz habitualmente. Nossas resoluções precisam estar atualizadas com a realidade do mercado, que cresceu demais nos últimos anos, e o Sistema Confea/Creas não acompanhou”, complementa.

Bomba de vácuo, uma ferramenta indispensável

A retirada completa de gases e vapores do circuito frigorífico antes da carga de fluido refrigerante é um processo fundamental para não comprometer o desempenho da troca térmica nos sistemas de refrigeração ou condicionamento de ar.

Se incondensáveis, como o ar, não são removidos, o equipamento irá operar a pressões de condensação maiores do que o normal. Isso acontece porque o ar é aprisionado no topo do condensador, reduzindo efetivamente sua capacidade de trocar calor. O aumento da pressão de condensação resulta em maiores taxas de compressão e maiores temperaturas de descarga, sendo que ambas diminuem a eficiência do sistema e podem levar à diminuição da vida útil.

O vapor de água deve ser removido do sistema de refrigeração por várias razões. O vapor de água pode congelar no dispositivo de expansão, causando perda do efeito de refrigeração. A umidade, o refrigerante e o calor também podem se combinar e formar ácidos.

“O processo de vácuo nos garante que somente fluido refrigerante e óleo irão circular pelo sistema frigorígeno, evitando, assim, a oxidação de peças metálicas e a acidificação do óleo”, explica o refrigerista Deivi Homem, diretor da Viatec Service.

Apesar do avanço tecnológico das bombas de vácuo, muitos “técnicos” ainda cometem o erro de usar o equipamento sem o vacuômetro. “As duas ferramentas precisam ser utilizadas em conjunto”, afirma. Sem vacuômetro, a bomba de vácuo fica como “um cego sem bengala – até vai andar, mas sem saber para onde está indo”, compara.

Segundo o empresário, a escolha de uma bomba de boa procedência garante agilidade e traz dinheiro ao bolso do profissional, pois o ganho de tempo é significativo.

“Uma boa bomba de vácuo pode executar o procedimento até três vez mais rápido do que uma ferramenta com tolerâncias de folgas menos precisas. Claro que a realidade dos valores das ferramentas no Brasil é algo que deve ser levado em consideração. Por isso, muitos que estão começando na profissão adquirem bombas de baixa qualidade. Isso é até compressível, mas, depois que esse profissional começa a pegar serviços maiores e experimenta uma bomba de vácuo de qualidade, ele desiste das bombas lentas e fracas”, diz.

Com a evolução do segmento, hoje é possível encontrar nas lojas de refrigeração bombas de vácuo com motores BLDC e os mais variados designs, e com a facilidade para efetuar a substituição do óleo de lubrificação e selamento de forma rápida e eficiente, inclusive dotadas de sistemas de arrefecimento e dissipação de calor, o que assegura eficiência e integridade do óleo, gerando economia entre as trocas de lubricante.

 

Níveis de vácuo

Para que a evacuação de um sistema seja considerada satisfatória, é fundamental que se possua uma bomba de alto vácuo – simples ou de duplo estágio de bombeamento – com características técnicas lhe permitam produzir níveis de vácuo melhores que 0,1 Torr. = 0,1 mmHg, ou seja, uma pressão residual absoluta menor que 100 microns, conforme explica o engenheiro Manuel Lameira, sócio-fundador da Symbol, marca nacional cujas novas tecnologias em processos de fabricação e materiais aplicados deixaram suas bombas de vácuo com melhor desempenho, maior durabilidade e menor consumo energético.

Bomba de alto vácuo fabricada pela brasileira Symbol

Em teste nos laboratórios do fabricante, “constatamos que as bombas de duplo estágio são mais rápidas ao desidratar os circuitos; entretanto, a escolha deverá ser efetuada em função dos valores de investimento”.

“Sem querer entrar em cálculos eminentemente técnicos, podemos dizer que, na  prática, é necessário atingir uma pressão residual absoluta, dentro dos circuitos de refrigeração – devidamente estabilizada – abaixo de 1 Torr, ou seja, abaixo de mil microns, para que a quantidade de vapor de água fique abaixo de três miligramas”, diz.

“Entretanto, quanto menor for a pressão residual no circuito, menores serão as quantidades de oxigênio, ar e vapor de água, o que resultará em melhor desempenho de todo o sistema, com alto poder de refrigeração, baixo consumo energético e sem a necessidade de manutenções constantes”, acrescenta o empresário, lembrando que o nível ideal de vácuo deve ficar entre 250 e 500 microns, “para que a temperatura de ebulição da água fique em cerca de -30 ºC”.

 

Novidades no mercado

Bombas de vácuo de duplo estágio, com vacuômetro digital acoplado e inclusão de válvula Gas Ballast, para evitar a condensação e a contaminação do óleo, são as grandes inovações no portfólio de fabricantes como a alemã Vulkan.

“Bomba de vácuo não é luxo, mas sim uma ferramenta necessária para se realizar um serviço com qualidade”, salientam Paulo Vitor Torre e Márcio Malaquias, da equipe técnico-comercial da multinacional no Brasil.

Segundo o tecnólogo André Oliveira, diretor geral da Mastercool no Brasil, as bombas de vácuo têm se tornado mais leves e eficientes. Uma tendência bem-vinda, prossegue o executivo, é a introdução de bateria nesses equipamentos, dando maior praticidade a eles. “Assim como os manômetros, as bombas de vácuo são uma ferramenta básica do setor”, lembra.

Bomba de vácuo introduzida no mercado de refrigeração pela Mastercool

De maneira geral, os fabricantes têm estudado o comportamento dos técnicos para aprimorar suas ferramentas. “Com essa base de informação, no ano passado lançamos o que de mais moderno no segmento. Aliando design sofisticado, praticidade e uma incrível integração do passado com o futuro, surgiu a primeira bomba de vácuo com vacuômetro digital na América Latina. O sucesso desse lançamento nos trouxe o prêmio Destaque Inovação na Febrava 2019 com a bomba de 10 CFM Inteligente”, comenta o gerente de produtos da  Suryha, Luiz Felipe Lopes.

Agora, a empresa brasileira vai introduzir no mercado a bomba de 5 CFM Inteligente, equipamento que utiliza a mesma tecnologia da anterior. “Entendemos que se empresas de ar condicionado estão em constante mutação nos seus produtos, investindo em novas tecnologias nos equipamentos, e se os consumidores desses produtos aceitam e optam por ter essa sofisticação, os fabricantes de ferramentas devem acompanhar essa evolução, aplicando toda a tecnologia disponível em suas ferramentas”, ressalta o gestor.

“A bomba de vácuo é uma das principais ferramentas para um técnico, uma vez que ela combate o maior inimigo da refrigeração: a umidade. Um sistema com umidade é um sistema comprometido. Por isso, a grande importância da utilização correta desse equipamento. Porém, mais importante do que utilizar essa ferramenta, é efetuar a leitura apresentada de forma correta, utilizando um vacuômetro digital para esse processo”, acrescenta.

 

Troca de óleo

O óleo é fundamental para se obter uma boa eficiência de vácuo, pois, ao se realizar o vácuo em um sistema de refrigeração, tanto a umidade como os gases não condensáveis e outras impurezas se misturam ao óleo, deixando-o escuro, mais viscoso ou leitoso, causando mau funcionamento, menor eficiência e redução da vida útil.

Bomba de vácuo de 18 CFM lançada pela Vulkan

“O tempo correto ou adequado para se trocar o óleo é uma questão constante dos nossos amigos do HVAC-R. Cada marca adota um determinado tempo. O consenso, ou seja, o que é mais indicado pelos especialistas, é que a cada 12 horas de trabalho, ou a cada 10 vácuos realizados, o óleo seja substituído. No entanto, muito cuidado com isso, pois pode acontecer de o técnico trocar óleo e no mesmo dia esse óleo ficar escuro ou leitoso devido ao equipamento de refrigeração estar muito contaminado. Assim, aconselhamos nossos clientes a observarem com frequência o nível e a cor do óleo e fazerem uma ficha de manutenção indicando as datas de troca o óleo, algo semelhante ao que comumente fazemos com o óleo dos nossos carros”, explica Paulo Vitor Torre, da Vulkan

“Na falta de indicadores visuais, também sugerimos que, pelo menos a cada 48 horas trabalhadas (horas úteis da bomba em funcionamento), o óleo seja integralmente substituído”, diz.

Além da troca de óleo, os refrigeristas devem tomar outros cuidados com o equipamento, como sempre manter a bomba na posição correta para o óleo não vazar, limpar a parte externa com pano úmido – isso não é perfumaria, é importante, dizem os especialistas –, manter o equipamento em lugar seguro para evitar queda e nunca deixá-lo que seja molhado, a fim de não danificar a parte elétrica.

Outro erro grave cometido por muitos técnicos é o improviso na alimentação elétrica, com o uso de extensões mal dimensionadas e tomadas com tensão incorreta, situação que faz o equipamento trabalhar sobreaquecido, prejudicando o vácuo final e encurtando a vida útil da bomba.

Bomba de vácuo da linha Inteligente lançada pela Suryha na última Febrava

Também é importante não deixar entrar impurezas dentro da bomba, como grãos de areia, partículas do ambiente ou abrasivos, muito comuns em mangueira de serviço.

Segundo os fabricantes, ainda é necessário limpar sempre o filtro de retenção de partículas, que quase 100% das bombas possuem.

Outra dica importante é “confirmar sempre a similaridade das conexões SAE, pois há inúmeros fabricantes no mercado mundial fornecendo produtos com pequenas divergências em medidas que causam a falsa impressão de que a rosca do manifold está  totalmente apertada e vedada, e acaba surgindo um ponto de vazamento”, conforme salienta o diretor comercial da Symbol, Jorge Lameira.

“Esse ponto particular é de extrema importância, pois nosso departamento técnico tem verificado roscas SAE incompatíveis com alguns flanges, impedindo o aperto correto para perfeita vedação. Tem-se verificado também que, em campo, alguns operadores forçam demais o aperto dos flanges, o que resulta em fissuras nas pontas do tubo de cobre, causando vazamentos constantes, mesmo que aparente um bom aperto”, alerta.

 

Embraco promove série de webinars sobre boas práticas de refrigeração

A Embraco está realizando uma série de webinars em português sobre boas práticas de refrigeração e tendências da indústria, durante os meses de maio e junho. O conteúdo será apresentado pelo engenheiro de aplicação Felipe Staak, da Nidec Global Appliance, que tem ampla experiência no desenvolvimento de compressores Embraco e no suporte técnico a clientes.

23 de junho – Unidades condensadoras 

Para encerrar a série, no dia 23 de junho, às 16 horas, será explorado o tema das unidades condensadoras, suas aplicações e as soluções de alta eficiência desenvolvidas pela Embraco nesse campo, com foco na facilidade do serviço de instalação e manutenção e na economia e comodidade para o proprietário dos equipamentos.

A inscrição é gratuita e pode ser feita neste link.

 

Revista do Frio comemora 30 anos

Publicação lançada em maio de 1990 segue sendo o principal termômetro da indústria de refrigeração e climatização no País

A Revista do Frio, publicação mais tradicional do mercado brasileiro de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R), comemora 30 anos neste mês.

Lançado em 1990 pelo jornalista Oswaldo Moreira (in memoriam), juntamente com sua esposa, Mary Moreira, o periódico nasceu em meio ao Plano Collor, num momento de total insegurança na economia nacional.
Àquela época, contudo, o casal dava claros sinais do espírito empreendedor que marcaria a empreitada de ambos no mercado editorial brasileiro.

Desde suas primeiras edições, a Revista do Frio tem sido um autêntico termômetro dessa pujante indústria, que gera mais de 250 mil empregos diretos e movimenta, anualmente, cerca de R$ 35 bilhões.Hoje, vendo o sucesso alcançado pela iniciativa corajosa tomada trinta anos atrás, dona Mary, como é carinhosamente chamada por quem a conhece, vive diariamente a realização de um grande sonho, que começou a ser alimentado em 1957, quando ainda trabalhava no Rio de Janeiro como secretária na extinta Revista da Refrigeração.

O primeiro grande passo nessa direção foi dado alguns anos depois, quando montou, junto com seu marido, um escritório na capital paulista para representar nacionalmente a publicação fluminense.

A estratégia logo se mostrou bem-sucedida, pois com essa mudança — e as inúmeras viagens de Oswaldo pelos confins do País — foi possível ao casal sentir melhor o mercado de refrigeração, bem como a força do veículo que tinham nas mãos.

Nem mesmo o controverso pacote econômico que marcaria o início dos anos 1990 os desanimou a levar adiante um ambicioso projeto. “O diretor da Revista da Refrigeração decidiu parar de editá-la.

Foi um choque para nós, mas resolvemos registrar de imediato o nome Revista do Frio e contamos com a confiança dos nossos clientes, que optaram por apostar em nós e seguir anunciando em nossa publicação”, relembra Mary, ao destacar que mantém até hoje muitos daqueles parceiros comerciais do início.

Para ela, o sucesso consolidado de toda essa história, que se confunde com a dos próprios fundadores da revista, deve-se à solidez de uma equipe que, em sua maioria, é composta por profissionais que estão na Mary Editora desde o início de sua jornada. “Com o nosso empenho e muita luta, conquistamos uma credibilidade muito forte no mercado”, enfatiza.

Um dos momentos mais marcantes dessa trajetória, segundo ela, foi quando decidiu passar o comando da editora para a filha e os netos, em 2002. Desde 1996, com o falecimento do marido, Mary Moreira vinha dirigindo a revista praticamente sozinha.

Ela não esconde a emoção ao relembrar aquele momento. “Para mim foi duro, porque eles eram muito jovens, mas senti que seria a hora de chamá-los e dividir a responsabilidade”, revela. “Me aposentei, mas não me decepcionei, pois seguimos no caminho certo”, completa.

 Depoimentos

Empresário prestigia os 30 anos da Revista do Frio

O empresário Antonio Gobbi, da Full Gauge, é um dos parceiros comerciais mais antigos da revista.

Um dos mais antigos parceiros comerciais da publicação, o empresário Antônio Gobbi diz que “a importância do trabalho da família Moreira pode ser contada numa pequena história que segue fortemente em minha memória”.

Por intermédio de Oswaldo Moreira, o diretor da Full Gauge se tornou, em meados dos anos 1980, cliente da Revista da Refrigeração.

Segundo Gobbi, ele foi a primeira pessoa de fora do Rio Grande do Sul a visitar a empresa, logo após o início de suas operações “O ano era 1986 e, na ocasião, contratamos nosso primeiro anúncio numa revista. Lembro-me como se fosse ontem do meu orgulho e expectativa por estar esperando uma figura tão reconhecida da refrigeração para tomar um café em nosso então pequeno escritório”, salienta.

“O grande conhecimento que ele tinha no setor foi de grande valia na condução de algumas ações de nossa empresa quando estávamos apenas no início da nossa caminhada, tendo sido ele de muita importância para essa trajetória de sucesso que seguimos trilhando. Tenho certeza de que, com sua generosidade, compartilhou todo seu conhecimento por onde passou, elevando nosso HVAC-R e passando seu legado para sua família”, acrescenta.

Mesmo com a chegada de novos veículos ao mercado, os responsáveis pela publicação nunca deixaram de inovar na área editorial e de eventos. Além da Revista do Frio, a Mary Editora publica o Anuário do Frio e promove o Troféu Oswaldo Moreira, premiação anual concedida a empresas e profissionais de destaque do HVAC-R brasileiro.

Na era da informação digital, o site e a fan page Clube do Frio despontam como mais um produto editorial de sucesso da empresa, disseminando nas mídias sociais posts diários e lives semanais com informações técnicas e comerciais a respeito de tecnologias e serviços do segmento.

Marcos Almeida começou a ler a Revista do Frio em 1994

O diretor de negócios e líder de marketing da Emerson na América Latina começou a ler a Revista do Frio em 1994

“Eu comecei a trabalhar na refrigeração através de um distribuidor em março de 1994, quando ainda estávamos longe desse mundo online de hoje em dia”, recorda o diretor de negócios e líder de marketing da Emerson na América Latina, Marcos Almeida.

“As mídias impressas eram nossa principal fonte de informação e aprendizado. E foi pela Revista do Frio que pude conhecer muitas das pessoas com quem iria cruzar ao longo de minha carreira no setor”, afirma.

“É gratificante saber que a revista tenha continuado como referência em nosso segmento, inclusive no mundo digital”, completa.

Por conta da internet, a publicação ganhou leitores e fãs em todos os países de língua portuguesa. Brasileiros que trabalham no exterior também compõem parte significativa da audiência no exterior, em função da distribuição gratuita de seu conteúdo nos principais grupos de profissionais do setor nas redes sociais, entre os quais Refrigeração, Refrigeristas e Serviço Técnico em Refrigeração.

É o caso do engenheiro mecânico Erik Nava que trabalhou durante sete anos no Japão e, há dois anos, está morando em Londres, na Inglaterra, onde gerencia o desenvolvimento de projetos e aplicação de sistemas VRF/VRV numa firma local. “Leio e gosto muito das reportagens da Revista do Frio”, diz.

Rodrigo Men acha importante o conteúdo da Revista do Frio

Publicação tem enorme importância para nosso mercado, diz o empresário Rodrigo Men, diretor da FR Climatização

“A Revista do Frio tem enorme importância no nosso mercado. Não só por ser a mais lida, mas por contribuir para a atualização de nosso segmento. Seu trabalho vai muito além da publicação da revista em si. Nos últimos tempos, tem sido notória a promoção de encontros com fabricantes, distribuidores e instaladores, inclusive na internet, por meio do Clube do Frio, o que é, por sinal, de extrema importância para o setor, principalmente por causa da pandemia do novo coronavírus”, ressalta o empresário Rodrigo Men, diretor da FR Climatização.

Para o gerente de marketing da Chemours no Brasil, Arthur Ngai, a revista contribui para dar visibilidade às empresas, que buscam desenvolver cada vez mais esse segmento, com novas tecnologias e soluções. “É um canal relevante não só por apontar tendências, como também por almejar o crescimento e a profissionalização do nosso setor”, salienta.

Confira, a seguir, algumas das mensagens de felicitações recebidas pela redação da Revista do Frio por seus 30 anos:

“Em três décadas, muitas coisas mudam, e continuar publicando o dia a dia do nosso setor reflete o prestígio e o carisma da revista e sua equipe. A refrigeração evolui, a climatização avança e a Revista do Frio continua compartilhando informações relevantes e atuais. Parabéns a todos.” – Diogenes Abbondanza, diretor da DDA Utilidades

 

Empresária, Patrice enaltece a qualidade da Revista do Frio“A Revista do Frio é um marco no nosso mercado, uma publicação que nos traz informações sempre atualizadas e com matérias de qualidade. Sem contar a dona Mary e seus familiares, que são a simpatia em pessoa.” – Patrice Tosi, diretora das Indústrias Tosi

 

“A Revista do Frio nos auxilia muito com seus conteúdos, que proporcionam principalmente para nós, profissionais de campo, aprendizados que nos tornam cada vez mais fortes e competitivos no mercado.” – Adriano Nascimento, diretor da Climasol Ar Condicionado

 

“A Revista do Frio tem contribuído para nós, profissionais da refrigeração, conhecermos as novidades do mercado, as melhores técnicas e as boas práticas de atuação, sempre nos atualizando sobre o dia a dia do setor.” – Cláudio Leite, refrigerista

 

“Conheço o pessoal da Revista do Frio há uns 20 anos. O que posso dizer é que sua equipe demostra um otimismo inabalável, além de um comportamento ético e de extremo profissionalismo na busca do melhor para o setor de refrigeração. A Mastercool se orgulha muito por ter oportunidade de estar junto com a publicação nessa caminhada.” – André Oliveira, diretor geral da Mastercool no Brasil

 

“A Revista do Frio é um veículo de comunicação que, ao longo de seus 30 anos, construiu história; leva tecnologia, inovação, desenvolvimento profissional e mostra a qualidade de produtos e serviços do setor, prestigiando toda a comunidade técnica em suas edições.” – Carlos Trombini, presidente do Sindratar-SP

 

“A Frigelar acredita que estes 30 anos da Revista do Frio comprovam o quanto o seu trabalho é realizado com excelência e credibilidade no HVAC-R. Nenhuma empresa com esse tempo de vida sobrevive se não for competente e relevante no seu mercado. Para nós, a revista é uma referência em um mercado cada vez mais tecnológico e acirrado. Parabenizamos e desejamos à revista muitos anos de sucesso.” – Alexandre Fiss, presidente da Frigelar

 

“Tenho 24 anos de experiência no setor. Infelizmente, não peguei os áureos tempos do saudoso Oswaldo Moreira, mas acredito que seu legado esteja vivo nas novas gerações que comandam a Revista do Frio, um verdadeiro pilar do nosso setor. Em minha opinião, sua influência no mercado de refrigeração e ar condicionado ao longo destes anos é ímpar. Isso tanto nos momentos de prosperidade quanto nos momentos críticos. Inegavelmente, muitas das nossas decisões foram tomadas com base em informações publicadas nela. Por isso, parabenizamos sua equipe e a família Moreira elo sucesso. Estamos convictos que a publicação continuará sendo a imagem do nosso setor, tanto em sua edição impressa quanto na virtual, não só publicando excelente conteúdo técnico, mas também nos orientando sobre rumos do segmento.” – Mauro Mendonça, diretor de vendas da Vulkan do Brasil

 

“Desde 1990, a Revista do Frio presta um papel importante na atualização constante aos profissionais e usuários de ar condicionado, refrigeração e ventilação. A relevância de suas matérias traz sempre uma abordagem moderna sobre temas atuais. Até mesmo o meio de interação com seus leitores evoluiu com o tempo ao trazer o formato digital com o Clube do Frio, uma novidade no segmento. Por isso, parabenizamos toda sua equipe por estes 30 anos de sucesso.” – Gerson Robaina, gerente de marketing e planejamento estratégico da Johnson Controls-Hitachi

 

“É muito gratificante saber que o nosso setor tem um veículo que há anos atua para fortalecer e propagar informações da área. Em nome da nossa companhia, parabenizo o profissionalismo da Revista do Frio e desejo que venham mais décadas desse trabalho fundamental ao mercado.” – Peter Young, diretor de vendas de canal indireto da Danfoss

 

“Parabenizamos a Revista do Frio e toda sua equipe de profissionais que há 30 anos presenteiam seus leitores com conteúdo de qualidade. Nesses anos, a revista tem sido uma importante ferramenta de informação e promoção para o setor de refrigeração no Brasil, abrangendo todos os níveis desse mercado, alcançando prestígio e credibilidade. Saibam que continuaremos acreditando no sucesso e no crescimento deste importante meio de comunicação.” – Omar Martins Aguilar, gerente comercial da área de refrigeração da Elgin

 

“Acompanhamos a Revista do Frio desde o seu início, por seu trabalho sério, inovador e pela representatividade no mercado de refrigeração e ar condicionado. São 30 anos prestando um importante serviço aos leitores e ao setor de HVAC-R, com informação de qualidade e a cobertura das principais notícias. Não é à toa que tem como preceitos básicos credibilidade, originalidade e respeito aos leitores, características que sempre acompanharam a trajetória do veículo ao longo desses anos e que imprimem a vocês autenticidade e confiança. Neste aniversário de 30 anos, parabenizamos todo o seu time e desejamos vida longa à publicação.” – Arthur Ngai, gerente de marketing da Chemours

 

A Revista do Frio é uma das principais fontes de informação para quem quer acompanhar as novidades do setor de ar condicionado e refrigeração. Seus 30 anos de atuação conquistaram a credibilidade dos profissionais e empresários deste mercado. Nós, da Gree Brasil, fazemos questão de estar presentes e contribuir com notícias e novidades da multinacional, para deixar nossos parceiros e clientes bem informados. Queremos parabenizar pelos 30 anos e por todo o profissionalismo. Desejamos ainda mais prosperidade para a revista.” – Alex Chen, diretor comercial da Gree Brasil

 

“Em nome da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) parabenizo a Revista do Frio pelo seu 30° aniversário. Além de parabenizar, quero ressaltar o quanto o é grato a todas as ações e matérias que foram publicadas pelo periódico ao longo desse tempo. Foram ações que ajudaram a enriquecer, orientar e agregar valor a todas as empresas e profissionais do setor. Desejo que continue nesta trajetória de sucesso, contribuindo sempre mais e mais para todo o setor.” – Arnaldo Basile, presidente executivo da Abrava

 

“Parabenizamos a Revista do Frio por seus 30 anos de trabalho, revista de referência no setor de HVAC-R. Seus profissionais são reconhecidos por acompanhar as mudanças do mercado e dos tempos, trazendo a informação com a qualidade que o mercado precisa.” – Nilson Murayama, gerente de marketing e produtos da Daikin

 

“Parabenizamos a Revista do Frio pelos 30 anos de história. É um longo período de serviços prestados ao segmento de ar condicionado, atendendo a dúvidas e questionamentos dos consumidores e apresentando as tendências do mercado.” – Helbert Oliveira, diretor da divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil

 

“É muito importante para o setor que publicações especializadas como a Revista do Frio continuem atuando como plataforma de distribuição de informações relevantes e técnicas, que podem auxiliar fabricantes, consumidores, revendedores e também instaladores, públicos tão importantes no setor. A Samsung parabeniza o veículo e seu time de especialistas e parceiros.” – Thiago Dias, gerente sênior da divisão de Digital Appliances da Samsung Brasil

 

“Em nome da Trane, parabenizo toda a equipe da Revista do Frio pelos 30 anos. Durante a sua trajetória, a publicação se tornou uma importante referência para o nosso setor, trazendo as principais notícias e novidades da nossa cadeia produtiva. Desejamos que a revista continue cumprindo seu papel de levar informação de qualidade a todo o segmento e siga traçando essa história de sucesso por muitos anos.” – Diogo Prado, diretor geral da Trane no Brasil

 

“Para a Midea Carrier é uma honra acompanhar e colaborar com a Revista do Frio, um veículo que em 30 anos de história mantém seu compromisso com o segmento, informando o público, acompanhando as transformações tecnológicas de refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento, colaborando para o desenvolvimento desse setor.” – Marcos Manoel Torrado, diretor comercial da Midea Carrier

 

“O sucesso de um negócio depende de um produto de qualidade e um time competente e engajado. Para fortalecer esses pontos, a difusão de conhecimento e troca de experiências são fundamentais. Este é um papel que a Revista do Frio tem desenvolvido muito bem ao longo desses 30 anos e que se torna ainda mais importante neste momento de pandemia, em que o setor de refrigeração se demonstra essencial no suporte às aplicações médicas e de saúde. Em nome do time da Nidec Global Appliance, parabenizo toda a equipe da revista. Sentimo-nos honrados em fazer parte e acompanhar esta história, participando de pautas sobre estratégia, produtos e melhores práticas na refrigeração. Que vocês continuem distribuindo informações de qualidade enquanto contribuem para o aprendizado e desenvolvimento de profissionais e crescimento do setor.” – Guilherme Almeida, diretor de planejamento estratégico e relações institucionais da Nidec Global Appliance

 

“A Revista do Frio sempre colaborou e cumpriu sua missão de informar com qualidade e foco no nosso mercado de refrigeração e ar condicionado. Parabéns!” – Paulo Neulaender, diretor de marketing e comunicação da Abrava

 

 

“A Revista do Frio é imprescindível para o nosso segmento. O fato de termos uma publicação exclusiva revela o tamanho do nosso mercado, hoje conectado pela internet. Aliás, na era da informação digital, a credibilidade é fundamental, e é isso que a revista nos proporciona: informação com credibilidade e segurança. Parabéns a toda equipe editorial e comercial da publicação.” – Job Ney Palmeira, diretor da Job Refrigeração

 

Governo amplia lista de serviços essenciais e inclui HVAC-R

Governo ampliou a lista de serviços essenciais que podem funcionar durante pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O decreto Nº 10.329, afirma que o rol de atividades essenciais acrescido pelo novo decreto “foi objeto de discussão e avaliação multidisciplinar por colegiado composto por representantes das áreas da vigilância sanitária, da saúde, do abastecimento de produtos alimentícios e de logística”.

O texto frisa que sua edição considera medida cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF) que referendou a interpretação de que o presidente da República poderá dispor, desde que preservada a atribuição de cada esfera de governo, sobre serviços públicos e atividades essenciais.

Veja serviços que podem funcionar a partir de agora:

Atividades de produção, distribuição, comercialização, manutenção, reposição, assistência técnica, monitoramento e inspeção de equipamentos de infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos em geral, incluídos elevadores, escadas rolantes e equipamentos de refrigeração e climatização;

Transporte, armazenamento, entrega e logística de cargas em geral;

Serviços de comercialização, reparo e manutenção de partes e peças novas e usadas e de pneumáticos novos e remoldados;

Serviços de radiodifusão de sons e imagens;

Atividades exercidas por empresas start-ups;

Comércio de bens e serviços, incluídas aquelas de alimentação, repouso, limpeza, higiene;

Manutenção e assistência técnica automotivas, de conveniência e congêneres;

Locação de veículos;

Atendimento ao público em agências bancárias;

Trânsito e transporte interestadual e internacional de passageiros;

Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,

Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, limpeza, alimentos, bebidas e materiais de construção;

Guarda, uso e controle de substâncias, materiais e equipamentos com elementos tóxicos, inflamáveis, radioativos ou de alto risco;

Fiscalização tributária e aduaneira federal;

Produção de petróleo e produção, distribuição e comercialização de combustíveis, biocombustíveis, gás liquefeito de petróleo e demais derivados de petróleo;

Atividades de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas

Atividades de processamento do benefício do seguro-desemprego e de outros benefícios relacionados, por meio de atendimento presencial ou eletrônico;

Atividades de produção, exportação, importação e transporte de insumos e produtos químicos, petroquímicos e plásticos em geral.

Atividades siderúrgicas e cadeias de produção do alumínio, da cerâmica e do vidro;

Atividades de lavra, beneficiamento, produção, comercialização, escoamento e suprimento de bens minerais;

Produção, transporte e distribuição de gás natural;

Funcionamento de indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas.

Prosperando em meio à crise

A pandemia de covid-19, infecção respiratória provocada pelo novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2), deve causar prejuízo de R$ 320 bilhões a empresas e corte de 6,5 milhões de empregos no País, revela um estudo encomendado pela Confederação Nacional de Serviços (CNS).

Segundo a pesquisa, os prestadores de serviços fazem parte do segmento que deve ser justamente o mais castigado pela paralisação da economia, que também afeta gravemente a indústria e o comércio, logicamente.

“O cenário é preocupante”, afirma o diretor geral da Zeon, Marcos Machado. Devido à crise, o empresário diz que as vendas das lojas de refrigeração e ar condicionado localizadas na região central da capital paulista caíram mais de 50%.

“A situação não está fácil para as empresas do ramo”, lamenta o vendedor técnico Francisco Ribeiro dos Santos, da Disparcon.

Em Curitiba, as vendas da Girelli Refrigeração chegaram a desabar 80% após as medidas de isolamento adotadas na capital paranaense. “A inadimplência também atingiu níveis insuportáveis”, informa o comerciante Edson Girelli.

“Mas, de uma forma geral, nossa empresa continua saudável. Temos conhecimento, estoque organizado e uma boa carteira de clientes. Uma hora essa tempestade vai passar”, acrescenta.

Engenheiro mecânico Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Engenheiro Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Os instaladores também sentem os impactos da pandemia em seus negócios. “Eu estava no Mato Grosso para realizar a instalação de 24 máquinas piso-teto numa academia e tive de voltar para São Paulo”, revela o refrigerista Dáurio Almeida, da instaladora Climar, de São Caetano do Sul (SP).

“Mas isso é coisa passageira. Se todo mundo obedecer [às medidas de distanciamento social], sairemos dessa situação sem muita sequela”, ameniza.

Na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, “muitos condomínios paulistanos já estão impedindo a entrada de prestadores de serviços”, diz o instalador autônomo Carlos Djones.

“Muitas obras estão paradas por completo, até mesmo porque boa parte dos moradores está em home office e não quer barulho em seus apartamentos”, completa o refrigerista.

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Vencendo a crise

Apesar da brusca redução da atividade econômica provocada pela pandemia, uma parte da indústria está produzindo mais agora, como os fabricantes de materiais hospitalares e de produtos de higiene.

Com tanta gente cozinhando em casa, o setor de supermercados tem assistido a um aumento significativo da demanda.

O estudo encomendado pela CNS mostra que os segmentos de tecnologia da informação, de saúde pública e privada e os serviços públicos, ao contrário, devem ter manutenção ou aumento de renda e de postos de trabalho nos próximos meses.

Somente as empresas do ramo de saúde e assistência social devem ter um incremento de quase R$ 7 bilhões em seu faturamento em 2020.

Mesmo no meio da crise, enfim, alguns setores da economia seguem até prosperando. Particularmente, a área de saúde ainda tem gerado postos de trabalho em segmentos ligados à operação de clínicas e hospitais, como manutenção predial e instalação de ar-condicionado.

Por sinal, negócios fechados com esse segmento têm salvado muita gente. Esse é o caso do instalador fluminense Daniel Suiço, que diz ter dado “a sorte de pegar uma obra de emergência numa base do Samu” no Rio de Janeiro.

Em função do contrato de instalação de splits e manutenção mensal de equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) na unidade, o lucro da sua empresa mais que dobrou. “Já vou ter de mudar de MEI para Ltda”, comemora.

Quem também deixará de ser microempreendedor individual para ser dono de uma empresa limitada – ou seja, com limite de faturamento maior – é Fernando Câmara, outro profissional fluminense.

No atual período de quarentena, “assinei cinco contratos de manutenção de splits com academias e escolas particulares”, revela.

Os negócios da Circuito Climatização, de Belo Horizonte, também seguem crescendo. “Estamos entregando as instalações de splits e sistemas VRF que já estavam em andamento e pegando novas obras, incluindo tribunais, clínicas e hospitais. Até o fim do ano, vamos contratar mais pessoas para nossa equipe de campo”, afirma a empresária Leylla Lisboa.

Mantenedores de sistemas de ar condicionado de data centers e de agências bancárias também não pararam. “Estamos trabalhando normalmente”, informa o refrigerista Dener Mafra, que presta serviços a um grande banco e dá aulas de climatização e refrigeração na Escola Piping, em Santo André, na Grande São Paulo.

“Não paramos um dia sequer durante a pandemia”, diz o empresário Wanderson Barros, que possui uma empresa de vendas de equipamentos de ar condicionado e outra de projeto, instalação e manutenção em Sorocaba (SP).

O segredo, segundo o empreendedor, foi ter adaptado seus negócios à nova realidade, oferecendo aos clientes contratos de manutenção com preços mais atrativos e parcelamento dos valores dos serviços.

“Estamos ligando para todos os clientes para os quais fizemos instalações nos últimos anos e informando sobre a necessidade da manutenção preventiva em seus ares-condicionados”, relata.

E para “obras com orçamento em fase de aprovação, também passamos a oferecer descontos”, diz.

Em São Bento do Sul (SC), o empresário Odenir Marcelo de Oliveira diz que sua empresa ficou parada durante sete dias no início da quarentena, mas, “após muitas solicitações e com autorização do comando da Polícia Militar, começamos a realizar, inicialmente, serviços emergenciais”.

Logo após a liberação das atividades da construção civil no estado, também retomamos a prestação de serviços de climatização e conseguimos pegar mais 12 obras novas”, ressalta o refrigerista, salientando que como empreendedores, temos de nos reinventar todos os dias”.

Para superar o cenário econômico adverso, Oliveira investiu na divulgação de seus serviços em redes sociais – Instagram, principalmente –, a fim de disseminar informações sobre saúde, com foco na higienização de equipamentos, além de reorganizar a logística da sua empresa, contratando motoboys para a entrega de peças e acessórios a clientes finais e técnicos.

Refrigerista Odenir Marcelo de Oliveira

Odenir Marcelo de Oliveira | Foto: Arquivo pessoal

O volume de consertos de linha branca e de equipamentos de climatização cresceu 50%, o que também nos levou a contratar mais profissionais de refrigeração”, completa.

Mas não é só em Santa Catarina que o segmento de reparos de eletrodomésticos da linha branca tem crescido. “Nesse período de quarentena estou fazendo muitos serviços de limpeza e higienização de aparelhos de ar condicionado e lavadoras”, informa Hadriano Araújo Pio, da oficina ADR Refrigeração, de Teresina (PI).

Muitos profissionais de arquitetura também continuam trabalhando normalmente, segundo Bruno Moura, do escritório paulistano Blaia e Moura Arquitetos.

Ainda que remotamente, prosseguimos realizando os projetos iniciados antes da crise e fazendo orçamentos para apresentar aos clientes”, destaca o arquiteto.

Pandemia aumenta procura por serviços de manutenção doméstica

A demanda por serviços de manutenção doméstica, principalmente de aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e freezers, está aumentando no País por causa da pandemia de covid-19.

Desde que as medidas de isolamento social foram impostas por governos estaduais e municipais, a busca por assistência técnica no aplicativo GetNinjas têm aumentado.

Para o CEO da plataforma, Eduardo H’otellier, condicionadores de ar e refrigeradores estão entre os “itens indispensáveis para o momento de quarentena”, conforme explicou recentemente à reportagem do Agora São Paulo, jornal do grupo Folha.

Antes da crise do coronavírus, porém, o mercado de reparos em eletrodomésticos da linha branca já estava aquecido, segundo o refrigerista André dos Santos, da oficina Consertolândia, em Ourinhos (SP).

“Em 2019, houve crescimento desse setor e, para os bons profissionais, o nicho de manutenção está sempre em alta. Enfim, o cenário continua favorável para os técnicos que buscam estar sempre se aprimorando e adquirindo conhecimento”, diz.O técnico André dos Santos diz que setor de manutenção está aquecido

“O setor de reparos em linha branca no Brasil tem crescido ano a ano, principalmente em épocas de crise, em que o conserto passa a ser a primeira opção do consumidor, que tende a adiar a compra de um produto novo”, acrescenta.

Mas nem tudo são flores. Apesar da modernização dos equipamentos, “os fabricantes do segmento deixaram a qualidade um pouco de lado”, avalia.

“A tubulação interna dos refrigeradores e freezers é um problema sério a se pensar e resolver com urgência. Hoje, se o consumidor precisar deixar um refrigerador ou um freezer parado por por um certo tempo, o risco de o equipamento não gelar mais é grande, pois toda a tubulação interna fica corroída, uma situação que não ocorria nos eletrodomésticos fabricados antigamente”, explica.

“As fábricas desenvolvem os produtos e fazem testes repetitivos, mas é no dia a dia que o bicho pega”, diz o empresário, lembrando que, atualmente, “a maioria das indústrias não tem o controle de qualidade como antigamente”.

“Muitas escondem recalls. Nós lidamos todo o tempo com esta realidade. Além disso, o consumidor não lê manual e, quando o produto apresenta defeito, procura um serviço barato ou informações no YouTube. Embora haja grandes profissionais postando vídeos úteis na plataforma, tem muito picareta que só busca likes e prejudica o trabalho de quem trabalha corretamente”, relata.

As empresas e profissionais de assistência técnica também enfrentam dificuldades para encontrar peças no mercado, tanto em lojas grandes como em pequenos estabelecimentos, revela o refrigerista.

Sem citar nomes, André dos Santos alerta que há fabricantes fornecendo peças somente para cinco ou dez fornecedores no Brasil todo. “Isso nada mais é do que um tiro no pé, pois os profissionais acabam não indicando essas marcas a seus clientes”, afirma.

 

O frio que ajuda a curar

A pandemia de covid-19 que assola o País trouxe à tona uma questão nem sempre lembrada pela população, sequer em tempos normais: a necessidade de se armazenar com a devida refrigeração a grande maioria dos medicamentos, principalmente os injetáveis.

No caso das vacinas, trata-se de um pré-requisito, alardeado aos quatro ventos pela imprensa fluminense ao relatar, no final de março, que profissionais da saúde locais receberiam em suas casas doses contra influenza H1N1 a serem ministradas no grupo de risco em clínicas, hospitais e condomínios em suas próprias vizinhanças.

Pelo menos uma das fotos estampadas pelos jornais do Rio mostrava uma técnica de enfermagem ostentando uma singela geladeira de isopor contendo no máximo 50 ampolas, limite estabelecido pela secretaria municipal nessa operação pioneira e emergencial.

Contudo, quem atua no HVAC-R ou em laboratório farmacêutico sabe muito bem que a complexidade do tema vai muito além disto, da mesma forma que a conservação de pescados não se resume aos cuidados elementares do pescador no trajeto desde rios e mares até a casa do consumidor.

“Os fornecedores de refrigeração atualmente buscam se aperfeiçoar e adequar seus equipamentos para atender melhor às necessidades do mercado farmacêutico, especificamente o conceito das boas práticas.”

Quem opina é Sonja Helena Macedo Preto Borges, farmacêutica bioquímica, mestre em ciência de alimentos pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que atua profissionalmente na área há 20 anos, inclusive escrevendo livros, ministrando palestras e dando aulas de pós-graduação.

Segundo a especialista, o pleno sucesso do trabalho, tanto dela quanto dos seus muitos colegas espalhados pelo mundo, depende, em boa medida, da qualidade da infraestrutura de frio, segmento no qual a pesquisadora identifica, no Brasil, um amadurecimento crescente, sobretudo após a grande transformação promovida em sua área a partir de 2017.

Mas só vamos chegar a um estágio mais próximo do ideal quando houver um maior conhecimento do HVAC-R sobre as rigorosas diretrizes de qualidade da indústria de fármacos.

Profissional diz que Brasil está se aperfeiçoando ao mercado de medicamentos

Indústria do frio busca aperfeiçoar e se adequar para atender às necessidades do mercado farmacêutico, diz Sonja Borges

Essa deficiência Sonja afirma ser flagrante quando se observa a falta de manutenção adequada, além daquilo que a profissional define como “demais apoios técnicos necessários”. “Mas isso tudo pode ser minimizado com a atuação de pessoal qualificado e com conhecimento técnico para atender tal demanda”, acrescenta.

Em sua análise, tudo depende da decisão estratégica das empresas em preparar de forma adequada o seu corpo técnico, atitude que tende a resultar em parques fabris mais bem instalados e mantidos.

“Hoje, porém, não se pode dizer que exista em nosso País mão de obra especializada em refrigeração de medicamentos. O que temos são bons profissionais atuando em empresas que investem em capacitação e qualidade de serviço nesse campo”, diz a farmacêutica.

O caminho sugerido por ela para um salto qualitativo se baseia na postura de indústrias e técnicos, ao valorizar cursos de aperfeiçoamento e especialização, além de promover e participar intensamente de encontros e reuniões técnicas.

“Melhor controle das áreas de armazenagem dos medicamentos, conforme sua especificação de temperatura, torna-se essencial para garantir qualidade, um cuidado que precisa se estender a todo o processo logístico. Essas são tendências de um caminho sem volta”, prevê.

Ao concluir seu raciocínio, a expert resume em três pilares a receita para o surgimento de uma nova realidade, que só tem a beneficiar todos os elos da cadeia produtiva, chegando inevitavelmente às unidades de saúde e, em última análise, à casa do consumidor. “Qualificação de equipamentos, pessoal igualmente qualificado e boas práticas”, sentencia a doutora.

 Mão na massa

No mesmo Rio de Janeiro, onde as vacinas contra a gripe estão chegando de forma segura às casas dos idosos, mesmo transportadas rapidamente em geladeiras de isopor, um profissional do HVAC-R, que há mais de 30 anos se dedica a atender o setor farmacêutico, sabe perfeitamente que estoque e locomoção de medicamentos por períodos prolongados requer cuidados bem maiores.

Bastante conhecido pelos clientes e colegas, inclusive de outros estados, Vandic Robson da Rocha é o que se pode chamar de uma referência nesta seara.

Engenheiro mecânico, com extensão universitária em ar condicionado e dois MBA, ele começou como técnico e hoje é sócio-diretor da carioca Set Frio.

Ao avaliar a possibilidade de tempos promissores no segmento que foi um dos primeiros a abraçar, ele considera a cadeia de construção de estruturas e equipamentos de HVAC-R para vacinas e medicamentos realmente em ritmo de expansão.

“Isso vem acontecendo em função do crescimento das políticas públicas de inclusão e o crescimento das redes de saúde, com a aquisição de empresas menores por grupos investidores”, analisa o profissional.

Engenheiro exalta expansão na área de medicamentos

Cadeia do frio para vacinas e medicamentos está em expansão, revela Vandic Rocha, da Set Frio Engenharia

No entanto, ele se preocupa com a curva de aprendizagem para empresas desse segmento, o que pode dificultar a execução de grandes trabalhos na área. “Quem já tiver um projeto pronto para oferecer a este mercado sairá na frente”, analisa.

Para contornar essa dificuldade, ele aconselha o mercado a contratar um projeto básico e ter disponíveis em sua equipe técnica profissionais com experiência em montagem de unidades de grande porte, dotadas de uma boa automação.

Até mesmo, porque não será da noite para o dia que o número ideal de players nacionais especializados nesde tipo de fornecimento chegará ao mercado. “Investidores e empresários contratam empresas que já têm expertise na área, reduzindo a concorrência, o que acaba criando uma barreira natural”, reconhece.

Porém, de uma forma geral, Vandic define o parque nacional voltado à produção desses equipamentos plenamente apto a satisfazer as necessidades especialíssimas de quem produz itens comprometidos com a saúde humana.

Mas a consolidação desse quadro ele vincula, necessariamente, à ampliação da rede de instaladores e projetistas do HVAC-R especializados no segmento, com pleno domínio dos aspectos automação e monitoramento na cadeia do frio (câmara, antecâmera, transporte), bem como dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) para atender a legislação e as resoluções RDC, da Anvisa, relacionadas às boas práticas do setor farmacêutico.

Para Vandic, conta igualmente a favor desse grande campo a ser explorado a padronização de instalações nos âmbitos municipal, estadual e federal, o que permite a adequação e padronização de sistemas de média e baixa temperatura, em que o custo de energia ainda é muito alto. “A empresa que incluir em seu projeto geração fotovoltaica on grid terá um diferencial competitivo”, exemplifica.

Finalmente, para atualizar da mesma forma o contingente de profissionais capazes de atuar com sucesso neste nicho tão específico, o especialista defende a intensificação da rede Jovem Aprendiz, além da realização de cursos focados nas áreas farmacêutica e hospitalar, abordando tanto projeto quanto instalação e monitoramento remoto de sistemas.