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Rayflex lança linha de portas rápidas Frigomax

A Rayflex lança a porta Frigomax, projetada especialmente para aplicações que apresentam grande variação de temperatura entre os ambientes, incluindo câmaras resfriadas e congeladas de até -30°C. Com um sistema de alta velocidade, a porta oferece isolamento térmico na lona e garante vedação total, diminuindo por exemplo, a troca de ar e entrada de umidade na câmara fria.

Pensando em reduzir custos com manutenção e energia elétrica em ambientes refrigerados, a nova porta possui um motorredutor de alto rendimento preparado para aberturas de até 1,5 metros por segundo, ilimitadas. Além disso, também conta com dupla camada de PVC com isolamento interno que pode variar de acordo com a necessidade do local e também um sistema de aquecimento que evita acúmulo de gelo nas laterais da porta. “Conseguimos criar um modelo que une praticidade, segurança, agilidade e economia. Com toda tecnologia que temos, desenvolvemos um produto de alta performance para ambientes com altas exigências ”, afirma Giordania R. Tavares, diretora executiva da Rayflex. 

A porta possui um sistema inteligente de reparação que em caso de colisão com carrinhos e empilhadeiras, a porta retorna as guias, além de um painel de comando com auto diagnóstico e display de comunicação visual.

Plataforma em nuvem aumenta em até 30% eficiência do varejo

A Danfoss atualizou e aprimorou sua oferta de serviços para criar um portal baseado em nuvem mais sustentável, escalável e seguro para gerenciar operações no varejo de alimentos, segundo a empresa.

Anteriormente conhecido como Danfoss Enterprise Services (DES), o Alsenseé otimizado para fornecer novos níveis de eficiência. Os varejistas de alimentos podem reduzir seu consumo líquido de energia em até 30% com o Alsense, economizando dinheiro e reduzindo o desperdício de alimentos.

“Estamos entusiasmados em oferecer uma interface moderna e recursos em nuvem poderosos para nossos clientes do varejo de alimentos”, comenta Stephane Nassau, vice-presidente de vendas globais da Danfoss Cooling.

“Os benefícios adicionais podem tornar significativamente mais fácil rastrear o desempenho dos ativos, responder a alarmes e reduzir o consumo de energia – reduzindo os custos operacionais em geral e estendendo a vida útil dos ativos. Esta é uma solução de nuvem ideal para quem procura manter as operações do dia-a-dia eficientes e econômicas.”

Maior eficiência e desempenho simplificado

Todos os serviços são integrados em um centro, oferecendo uma experiência de usuário perfeita e funcionalidades adicionais. Algumas dessas funcionalidades incluem:

  • Informação rápida e fácil – Em vez de painéis desordenados, o Alsense oferece dados relevantes e fáceis de compreender. Isso permite que os clientes tomem ações corretivas mais rapidamente, reduzindo significativamente o desperdício de alimentos e de energia.
  • Maior segurança e disponibilidade – O Alsense permite fácil expansão para diferentes regiões, com maior capacidade de manutenção e uma nova estrutura VPN para segurança adicional.
  • Desempenho e estabilidade aprimorados – A nova plataforma de serviço da Microsoft Azure fornece operação de serviço mais suave, reação mais rápida a alarmes, redução de alarmes incômodos e maior tempo de atividade de ativos.
  • Roteiro de recursos dinâmicos – Os recursos são atualizados e introduzidos a cada duas semanas. Isso fornece aos clientes melhorias contínuas com base em feedback em tempo real.
  • Portal responsivo – Seja em um dispositivo móvel, tablet ou desktop, os usuários têm uma experiência de portal integrada e responsiva. Isso aumenta a facilidade de uso e a acessibilidade às informações necessárias em um escritório ou enquanto viaja.

Parceria de confiança

Com a plataforma Alsense atualizada, os clientes podem contar com a experiência combinada de duas empresas notáveis. A Danfoss traz mais de 80 anos de experiência em engenharia e mecânica para seus serviços baseados em nuvem habilitados pela nova plataforma desenvolvida pela Microsoft Azure. A Microsoft tem a segurança, escalabilidade e sustentabilidade confiáveis que os clientes esperam de suas ferramentas digitais.

A Danfoss e a Microsoft anunciaram a parceria em outubro de 2019. A nova plataforma Alsense é a primeira de muitas soluções que vêm dessa colaboração de IoT. “Com a Alsense, a Danfoss provou a capacidade de compreender e enfrentar os desafios da diversidade de dispositivos e conectividade da indústria de varejo de alimentos e oferecer benefícios tangíveis com uma plataforma IoT que reduz os custos operacionais e economiza energia. É assim que capacitamos as empresas a oferecer sustentabilidade por meio do uso inteligente da tecnologia”, destaca Nina Lund, EMEA Retail & Consumer Goods Lead na Microsoft.

Os clientes Danfoss Enterprise Services (DES) existentes experimentarão o valor agregado do Alsense por meio de uma atualização automática na plataforma atual. Novos clientes podem explorar as soluções que melhor atendem às suas necessidades entrando em contato com um representante de vendas.

Compressores exigem boas práticas

O trabalho de técnicos qualificados é muito importante para a instalação e manutenção de compressores, peças essenciais para o funcionamento de qualquer sistema de refrigeração.

Como as tendências tecnológicas estão evoluindo rapidamente nesse segmento, os refrigeristas precisam estar atualizados e capacitados para acompanhar essas mudanças.

É o que dizem os fabricantes desses componentes, cuja principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão na fase gasosa e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura.

Por isso, esses equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração industrial e comercial e em sistemas de transporte frigorificado.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico e na indústria química, entre outros setores.

Atentas a demandas como eficiência energética e sustentabilidade, as indústrias têm apostado em soluções para cargas parciais, como compressores de velocidade variável, de mancais magnéticos e equipamentos de velocidade fixa mais eficientes e aprovados para operação com fluidos refrigerantes inofensivos à camada de ozônio, como amônia (R-717), dióxido de carbono (R-744), hidrocarbonetos (HCs), hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrofluorolefinas (HFOs).

“A tecnologia Inverter gera uma oportunidade de se reduzir o range de equipamentos, pois a amplitude de capacidade em que esses compressores podem atuar facilita a diminuição de complexidade no portfólio, ou seja, isso resulta em menos modelos para atender certas capacidades. Por sua vez, isso leva à diminuição do custo de produção, em uma visão mais simples do negócio, tornando essas soluções viáveis no curto prazo para qualquer tipo de aplicação”, diz o tecnólogo em automação industrial Eduardo de Castro Drigo, gerente de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina.

Redução do consumo de energia está no foco do setor, diz Daniel Fretta, da Embraco

“A tecnologia de velocidade variável é uma tendência que se fortaleceu muito nos últimos anos e deve crescer ainda mais”, afirma o engenheiro Daniel Fretta de Souza, especialista de suporte técnico na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco.

A aplicação de produtos com inversores de frequência “permite manter a temperatura estável no gabinete porque varia a velocidade de rotação do compressor conforme a necessidade para atingir a temperatura interna desejada, e isso resulta em redução do consumo de energia. Isso acontece porque, ao estabilizar a temperatura interna, o compressor reduz a velocidade de rotação e trabalha em regime mais suave”, lembra.

“Outro ponto que justifica a redução do consumo é o fato de que o compressor de velocidade variável realiza a operação de liga e desliga menos vezes durante o dia. Um compressor de velocidade fixa (on-off) tradicional liga e desliga continuamente e cada vez que liga demanda um pico de corrente elétrica, o que, ao longo do dia, resulta em um aumento no consumo de energia”, ressalta.

Qualificação em foco

As tendências tecnológicas do segmento de compressores mostram que, cada vez mais, fabricantes, projetistas, usuários finais e, principalmente, o time de manutenção devem estar antenados nas novidades e updates de produtos e tecnologias, conforme avaliam o gerente técnico de engenharia da Emerson no Brasil, Danilo Gualbino, e o engenheiro sênior de vendas e aplicativos da empresa, Douglas Silva.

Por essa razão, diversos fabricantes oferecem treinamentos presenciais e a distância para o aperfeiçoamento da mão de obra que atua no setor. “Temos verificado um aumento significativo de interessados em treinamentos técnicos, o que é um ótimo sinal para o setor. Em resumo, buscar se atualizar é a chave”, ressaltam.

Os refrigeristas devem ter conhecimento do sistema, da arquitetura e dos limites de cada componente instalado, respeitando o envelope dos compressores aplicados, trabalhando com segurança, verificando os limites de pressão e temperatura de cada componente, lembram os especialistas técnicos da indústria.

“Análises com instrumentos calibrados, mão de obra qualificada/treinada e utilizando as informações e recomendações dos fabricantes (boletins, manuais, aplicativos de celular, vídeos, softwares de simulação ou consulta, guias de boas práticas e tantos outros recursos) auxiliam tanto na vida útil dos equipamentos quanto na economia de energia, além de proporcionarem um ganho de tempo na detecção de problema na máquina, bem como na redução de tempo para solucioná-lo”, dizem.

Para o engenheiro Daniel Fretta, da Embraco, o uso de R-600a na refrigeração doméstica, por exemplo, deve aumentar cada vez mais, principalmente em função da necessidade legal de se extinguir os gases que prejudicam a camada de ozônio ou que agravam o aquecimento global.

“Os técnicos precisam conhecer os cuidados e recomendações para a instalação e manutenção de compressores com este fluido. Mas mesmo com todos os benefícios já constatados, ainda existem muitas dúvidas sobre uso e manutenção de compressores que operam com isobutano”, enfatiza.

“Ao buscarem conhecer e seguir as recomendações de segurança, os técnicos verão que a utilização desse gás é segura e tem muitas vantagens, tanto para o meio ambiente quanto para o consumo de energia”, justifica.

Solucionando falhas

Segundo o especialista da Embraco, o grande vilão das falhas ocorridas em um compressor são as contaminações que derivam, principalmente, de fatores como umidade e sujeira.

“A umidade é a principal causa de falha num compressor e pode gerar outros problemas como acidez, orgânica e hidroclórica, congelamento nos sistemas de dosagem, dispositivo desligando o sistema, bem como rachadura em juntas de brasagem. Essa umidade pode ser proveniente de evacuação inadequada durante o processo de vácuo ou por não purgar o ar das mangueiras de serviço”, explica.

Para retirar a umidade do sistema de refrigeração, a bomba de vácuo deve ser capaz de atingir no mínimo 500 µm e, uma vez atingido tal ponto, deve-se manter o sistema em vácuo por pelo menos 20 minutos para assegurar que o vácuo foi eficiente. Ou seja, não basta apenas atingir o ponto de vácuo, o sistema deve permanecer em vácuo por um tempo mínimo para assegurar que toda umidade foi removida.

“Toda vez que o sistema for aberto para manutenção é de extrema importância a troca do filtro secador por um novo. O filtro secador possui em seu núcleo um agente dessecante, que tem a função de reter possíveis impurezas ou umidade que ainda possam ter ficado durante o processo de vácuo. Esse material dessecante após um tempo irá saturar e não tem mais atuação, ou seja, quando você abre o sistema, aquele filtro que ali se encontra não tem mais capacidade de absorver tais impurezas e umidade”, orienta.

O perfeito funcionamento do compressor está diretamente relacionado à boa prática na instalação à qualidade dos materiais utilizados, como o fluido refrigerante, uma vez que cada substância do gênero possui características únicas conforme o diagrama de Mollier, ou diagrama Ph.

“A utilização de fluidos de procedência duvidosa pode causar sérios danos ao compressor e ao sistema de refrigeração como um todo. Em alguns casos, eles podem ter impurezas em alta concentração, ou gases não condensáveis em sua composição, alterando, assim, suas características termodinâmicas. Isso pode sobrecarregar o mecanismo do compressor, fazendo com que ele trabalhe mais quente, acionando o protetor térmico, não deixando o compressor ligar, entre outros problemas”, alerta.

A alta temperatura também pode ser uma das causas do mau funcionamento do compressor. Quando um sistema é incapaz de rejeitar o calor, o compressor esquenta a ponto de o óleo perder sua viscosidade, causando assim um desgaste extremo.

Existem diversas causas para o superaquecimento do compressor, segundo Fretta. “A mais simples é o bloqueio do condensador, ocasionado pela má manutenção em que o condensador fica enclausurado ou sujo. O acúmulo de equipamentos em áreas apertadas também é outro fator, pois a área para troca térmica e o fluxo de ar são prejudicados, elevando assim as temperaturas de funcionamento. Defeitos nos motores de ventilação do condensador também são muito comuns. Quando o ventilador para de funcionar, o condensador é incapaz de rejeitar as altas temperaturas do sistema, e a pressão e as taxas de compressão se elevam, fazendo com que o compressor opere acima das classificações da carga total. Dessa forma, o compressor tenta operar contra as altas pressões de descarga e pode se sobrecarregar, acarretando possíveis falhas”, detalha.

Outra falha comum é rompimento de juntas, que pode ocorrer por conta de excesso de fluido refrigerante, retorno do líquido, gases não condensáveis ou obstrução na tubulação/capilar.

“Mais uma vez, a utilização de fluido refrigerante de procedência duvidosa pode acarretar esse problema, uma vez que o ponto de operação (pressão x temperatura) pode estar muito acima do tolerado pelo compressor”, diz.

Enfim, as causas mais comuns de quebra de compressores são não seguir as recomendações de instalações dos fabricantes de equipamentos e falta de manutenção adequada no sistema, seja ele residencial, comercial leve ou pesado.

“Os cuidados básicos começam no processo de instalação, que precisa ser adequado, e uma manutenção correta. Nos casos de equipamentos maiores, recomendamos o processo de revisão periódica, no qual o compressor passa por uma manutenção preditiva após certo número de horas pré-definidas de operação, de forma a minimizar seu risco de quebra”, destaca Gerson Robaina, da Johnson Controls-Hitachi.

Motor e componentes elétricos de controle automático dos compressores
sempre devem ser ligados por técnicos
treinados, lembra Silvio Guglielmoni,
diretor comercial Mayekawa do Brasil

Segundo Silvio Guglielmoni, diretor comercial Mayekawa do Brasil, o motor e os componentes elétricos de controle automático dos compressores sempre devem ser ligados por técnicos treinados para isso.

 Outras recomendações, de acordo com executivo, são:

– As partes móveis do compressor devem ser lubrificadas antes de serem ligadas. Verificar também o nível de óleo do cárter;

– O sentido de rotação do eixo do motor deve ser o mesmo que o recomendado para o volante do compressor;

– No caso de se utilizar mais de um compressor, instalá-los de forma a permitir a manutenção dos filtros de admissão, dos resfriadores e dos reservatórios de um compressor, independentemente do funcionamento dos demais;

– Deve-se verificar o alinhamento da polia do motor de acionamento com o volante do compressor;

– As correias devem trabalhar esticadas de acordo com as recomendações do manual do fabricante;

– As correias devem ser ajustadas somente quando o compressor estiver desligado;

– Os parafusos de fixação do compressor devem ser chumbados no piso em sapatas de concreto, respeitando as distâncias recomendadas pelo fabricante.

Dia internacional da equidade feminina mobiliza o setor de HVAC-R no Brasil

Em 26 de agosto último, o setor de HVAC-R comemorou pela primeira vez o Dia Internacional da Equidade Feminina através de ações promovidas por grupos e instituições, reconhecendo que a participação direta das mulheres é absolutamente necessária para a mudança social e base para um dos pilares do desenvolvimento sustentável.

Foi um longo caminho percorrido até aqui, desde que Bella Savitzky Abzug, advogada americana, ativista social e líder de movimentos feministas, apelidada de “Bella batalhadora”, fundou e dirigiu várias organizações de defesa das mulheres, liderando eventos e servindo como grande marechal do Dia da Igualdade das Mulheres, instituído em 26 de agosto de 1980.

Na última década de sua vida, no início dos anos 1990, com Mim Kelber, Bella fundou a Organização para o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Mulheres (WEDO), uma organização global de defesa das mulheres por um mundo justo, que promove e protege direitos humanos, igualdade de gênero e integridade do meio ambiente.

“Fui descrita como uma mulher durona e barulhenta, uma pugilista. Eles me chamam de Battling Bella!” Bella Abzug

Como presidente da WEDO, ela se tornou uma líder influente nas Nações Unidas e em conferências mundiais da ONU, trabalhando para empoderar as mulheres em todo o mundo. Durante as conferências da ONU, os governos assumiriam compromissos, prometendo cumprir alguns dos objetivos promovidos, e a WEDO desenvolveu estratégias para monitorar e tornar públicos os resultados. A partir daí muitos movimentos surgiram, inclusive o HeForShe (Eles por Elas) criado pela ONU Mulheres, num esforço global de envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova sociedade.

Esse envolvimento chegou ao setor de HVAC-R há cerca de 5 anos. Ganhou voz graças aos esforços das “meninas”, comprometidas em promover a igualdade feminina nas empresas, negócios e no tratamento pessoal, garantindo o desenvolvimento profissional e empresarial das mulheres, incluindo sua saúde, segurança e bem-estar.

Equidade, igualdade e direitos reconhecidos

Embora o significado de equidade e igualdade seja diferente, serve para o mesmo propósito: oportunidades iguais!

“A equidade é uma necessidade urgente em nosso setor. Através da genuína diversidade e inclusão em nossa indústria, conseguiremos proporcionar oportunidades para que homens e mulheres sejam valorizados, respeitados e engajados nesta causa, gerando mudanças positivas e sustentáveis em nosso segmento”, revela Juliana Reinhardt, gerente de marketing para América Latina da Trane.

Conhecida como “Rainha da Refrigeração”, Carmosinda Santos, técnica mecânica da Equinix, diz que “Quanto maior a diversidade de experiência e profissional, mais rico e próspero será o nosso setor HVAC-R. A equidade feminina vem para somar, pois, traz diversidade e um novo olhar para o setor”.

Oportunidades, direito e deveres é enfatizado por Daniela Marchesi, diretora da Climasol Ar Condicionado: “Todos devem ter as mesmas oportunidades, direitos e deveres em qualquer atividade profissional. Mulheres agregam no relacionamento interpessoal, na gestão e no desenvolvimento de pessoas, pilares importantes em qualquer setor. Integrá-las nas atividades trará avanço e progresso para as diversas áreas do setor de HVAC-R”.

Priscila Baioco, gerente nacional de vendas da Armacell Brasil e presidente do Comitê de Mulheres da Abrava, lembra que a jornada pela equidade de gênero é um movimento global. “O apoio dos homens do setor durante este processo de transformação é essencial para a melhoria da igualdade de oportunidades e o desenvolvimento das competências profissionais das mulheres. A jornada é longa, e nós podemos fazer dela uma experiência de sucesso e crescimento pessoal e profissional”.

Leylla Lisboa, diretora da Circuito Soluções em Climatização e vice-diretora da Abrava Minas, acredita na igualdade profissional e socioeconômica: “A equidade vem para preencher as lacunas, mulheres e homens se completam e vejo isso de forma clara no nosso mercado de trabalho. A equidade deve ser entendida como uma simetria social ao tratar de forma diferenciada e positiva a relação entre os dois gêneros”.

“No nosso setor ainda está bem distante dessa realidade, um mercado classicamente mais masculino, mas vejo que a mulher vem conquistando um espaço importante dia após dia. Estamos no caminho certo e seguiremos lutando para chegar ao merecido reconhecimento no setor”., diz Paula R. F. de Souza, gerente sênior de qualidade com clientes na Danfoss.

“Na Chemours Brasil, a presença feminina hoje é bastante ampla, representando mais de 60% dos cargos de liderança, mas não vemos isso refletido no setor HVAC-R como um todo. Muitas pesquisas já comprovaram que mulheres veem os riscos e oportunidades de forma diferente dos homens e essa divergência de concepção ajuda as empresas a prosperarem, é o famoso ganha-ganha, e alcancem melhores resultados financeiros”, informa Joana B. Canozzi, líder de desenvolvimento da Chemours Brasil

“A inclusão promove o avanço e o desenvolvimento da empresa, não apenas na questão econômica, mas também na questão social e na produtividade. A contratação de um número maior de mulheres nas empresas de HVAC-R, desde a operação até a gestão, contribui para a diminuição das diferenças. O segmento já iniciou este trabalho, porém, ainda há muito o que fazer”, realça Viviane Nunes, diretora executiva do Sindratar-SP.

Para Patrice Tosi, diretora da Indústrias Tosi, visões diferentes e experiências diversas somam na condução de uma empresa: “Pesquisas da Deloitte e Mackinsey apontam números inimagináveis nos resultados em todos os setores, alavancando até 20% a mais no lucro da empresa, até 48% em vendas e 20% menos chance da empresa pedir falência. Isso prova que a diversidade de gênero soma, e muito” .

Segundo Graciele Davince, CEO da Eletrofrigor, estamos no caminho certo: “A diversidade gera mais inovação e desenvolvimento para as empresas, impactando positivamente no resultado. Um setor historicamente tão masculino se beneficiará com a equidade feminina, além de nossa capacitação técnica e do quanto podemos contribuir no campo, na indústria e na administração, vamos influenciar também com nossa sensibilidade de cuidado”

“No Brasil, as mulheres representam 51,5% da população total. Não criar espaços adequados que possibilitem a atuação feminina no setor HVAC-R, em todas as posições profissionais existentes, equivale a extinguir cerca de 50% de oportunidades de crescimento possíveis. Tal fato precisa ser levado em consideração no nosso mercado, que vem aos poucos, expandindo essa consciência e possibilitando a atuação feminina em cargos não apenas administrativos como também operacional, até a alta gestão”, conclui Christiane R. Lacerda, presidente do Comitê Diversity da Ashrae Brasil e diretora da GHS Brasil.

Amaral Gurgel: há 43 anos dando show

Desbravando um mundo que não havia quase nenhuma informação que chegasse aos profissionais de refrigeração, ao longo de seus 43 anos atuando na indústria do frio, Amaral Gurgel tornou-se um ícone no mercado.

Considerado um show man do HVAC-R, suas palestras atraem centenas de profissionais ávidos por informações de qualidade! Ele domina qualquer tema, sempre atento às novas tecnologias, disseminando conhecimento por onde passa, nos quatro cantos do Brasil e exterior.

Aos 57 anos, iniciou sua vida profissional em 1977, na Brastemp em São Bernardo do Campo (SP), conciliando o trabalho com o curso de mecânica da refrigeração na Escola Senai Oscar Rodrigues Alves.

“Meu pai queria que eu fosse ferramenteiro e minha mãe, da área de refrigeração. E hoje eu tenho a plena certeza que tomei a decisão mais correta da minha vida, com a benção da minha mãe”.

Em 1986, Amaral começou a lecionar na Escola Senai Mariano Ferraz como instrutor de refrigeração e climatização. E foi em 1987, que tomou uma decisão e abriu sua própria empresa, a L. Monte.

Após seis anos, em parceria com a Chemours (antiga DuPont do Brasil), iniciou como palestrante itinerante por todo Brasil, com o intuito de orientar os mecânicos e técnicos de refrigeração sobre os novos fluidos refrigerantes, na época, os HCFCs em substituição ao R12.

“Nesta ocasião, comecei a aplicar os conhecimentos com as técnicas de ensino como instrutor da Escola Senai, ministrando palestras na área de refrigeração. No ano seguinte, participei de um workshop no Canadá para aprimorar conhecimento e serviços na área de recolhimento e regeneração de fluido refrigerante CFC e, em 1994, realizamos a primeira reunião técnica aberta ao público, uma ação do Governo de São Paulo com a CETESB, juntamente com meu grande e saudoso amigo Paulo Pena Neulaender e Edson Raposo, além do apoio de mídia do nosso querido Osvaldo Moreira, que divulgava todos os eventos sobre o tema”.

Premiado internacionalmente em 1995 pela atuação na área de redução da destruição da camada de ozônio por serviços realizados com recolhimento e utilização dos novos fluidos, também foi reconhecido pelo Governo do Estado de São Paulo na área de meio ambiente pelas boas práticas de refrigeração e recolhimento de CFC.

Em 2000, recebeu o convite da Danfoss do Brasil para realizar palestras técnicas de refrigeração por todo Brasil e América do Sul.

“Como palestrante da Danfoss comecei a ministrar os cursos presenciais de refrigeração aplicada nos laboratórios das Escolas Senai e da própria empresa. Nos últimos 22 anos tive a oportunidade de dar aula para mais de 6 mil alunos”.

Em toda sua jornada, além da técnica, o bom humor sempre esteve presente nas suas apresentações: “É muito satisfatório analisar que nestes anos como palestrante, conseguimos disseminar conhecimento técnico para todo o Brasil e América Latina, desbravando um mundo onde não havia quase nenhuma informação que chegasse aos profissionais de refrigeração. Muitos começaram a sua vida profissional através das minhas palestras, cursos e material técnico. Lembrando que, nesse período não havia internet e o acesso às informações técnicas era extremamente precário. Me sinto muito feliz por ter participado da melhoria da vida profissional de tantos mecânicos e técnicos”, comemora.

Na Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, em 1977, onde tudo começou

Dr. Retrofit

Em 2002, através da Chemours, criou a figura do Dr. Retrofit, levando aos profissionais o conhecimento sobre novas tecnologias em fluidos refrigerante e boas práticas para a aplicação de refrigerantes com baixos índices de GWP e alta eficiência energética.

“A figura icônica do Dr. Retrofit é um legado que deixo neste mercado. Efetuamos vários retrofits, tanto na área comercial como industrial e treinamento de profissionais para boas práticas de refrigeração. Essas ações me levaram a receber em 2013 uma homenagem da CETESB PROZONESP pelos serviços prestados na área de proteção ambiental. Nestes 43 anos de atuação, me defino como um apaixonado pela refrigeração e como diz minha esposa, meu sangue é fluido refrigerante e meu coração é um compressor”.

Fora da vida profissional, Amaral adora ficar em casa com esposa Lucinara: “Grande mulher, que nestes anos tem sido uma base sólida da minha estrutura humana e intelectual, sem ela, não seria possível manter esta vida de viagens, palestras, fins de semana trabalhando”.

Para relaxar, ele faz caminhadas com seus cachorros e dedica todo cuidado a eles, seus amigos incondicionais. Amaral também adora gatos e nas horas vagas, entre um livro e outro, aprecia uma boa culinária, degustando pizzas e comidas árabes nos finais de semana!

Amaral deixa sua mensagem a todos os profissionais: “O mercado de HVAC-R se encontra em plena mudança, a automação está cada vez mais presente nos equipamentos, com novos refrigerantes e tecnologias, requerendo cada vez mais do profissional a especialização e conhecimento. Só vamos atingir esta condição se houver dedicação, estudo, profissionalização e ética. Estes são os pilares da nossa missão como refrigeristas e isso que passo as centenas de pessoas como palestrante”, finaliza.

Michael de Carvalho, o integrador das áreas

Conhecido como Micha, Michel ou Michael, seu pai lhe deu esse nome em homenagem ao cantor Michael Jackson, mas pouquíssimas pessoas pronunciam corretamente. Já acostumado, ele mesmo se apresenta como Michel e acha graça nisto!

Nascido na cidade de Poços de Caldas (MG), esse mineiro tem bom gosto! Nas diversas obras que realiza, preza a estética e não deixa passar nenhum detalhe. Gosta de trabalhar junto com arquitetos, integrando as diversas utilidades, unindo a engenharia, que nem sempre é fácil.

“Considero essa integração das diversas áreas como um diferencial. Procuro sempre juntar a parte funcional com a parte estética, onde ouvimos o cliente e o arquiteto, dando sugestões criativas, estreitando a relação entre o instalador. No início tive muitos desafios por falta de informação, às vezes, pela concorrência desleal, e até incompreensão de alguns colegas pelo meu jeito de trabalhar, pois sou detalhista. Atento as atualizações do mercado, invisto em ferramentas novas e modernas, pois hoje, o cliente está antenado a esse tipo de coisa e torna-se um diferencial”, conta Michael.

À frente da Totaltec desde 2013, empresa que abriu em parceria com sua esposa, Eloneide Clara Rosa, iniciou sua carreira profissional ainda na adolescência, com 14 anos, em uma empresa autorizada Brastemp.

“Comecei muito cedo minha vida profissional. Meu primeiro trabalho foi numa empresa de refrigeração autorizada Brastemp, onde aprendi muito e comecei a me interessar pela área de refrigeração. Trabalhei lá por dois anos e meio, e após esse período, iniciei em outra empresa de refrigeração aqui em Poços de Caldas. Nesta empresa, trabalhei por 14 anos e foi onde tive acesso a vários cursos de refrigeração. Atuei muito tempo na área de linha branca, e há cerca de15 anos, comecei a dar ênfase para a área de climatização. Com mais conhecimento e experiência, abri uma empresa em sociedade que acabou não dando certo. Encerrei essa empresa e decidi começar meu próprio negócio, inaugurando a Totaltec, uma empresa familiar, ao lado da minha esposa, que anteriormente atuava no serviço público, parceria na qual estamos até hoje. Ela cuida da parte administrativa, mas quando preciso de ajuda em campo, ela está sempre colaborando. Os clientes e arquitetos acabam indicando nossos serviços para outros clientes e atualmente atendemos hotéis, empresas, condomínios de alto padrão, entre outros. Trabalho é o que não falta”.

Ele conta que no começo da pandemia, focou na higienização dos aparelhos de ar condicionado e como o mercado da construção civil seguiu como atividade essencial, investiu em serviços de infraestrutura, impulsionado pelos arquitetos, o que deu certo.

“Conversamos com os arquitetos que temos parceria, oferecendo serviços de infraestrutura, e os resultados foram positivos. Estamos otimistas em relação aos negócios, na expectativa de fecharmos contratos de manutenção preventiva, inclusive”, comemora.

Criatividade e sensibilidade na ponta dos dedos

Apaixonado por ferramentas, como todo bom instalador, ele conta como criou uma válvula otimizadora de vácuo para facilitar seu dia a dia, e caiu na graça de vários técnicos no Brasil e exterior.

“Sou um apaixonado por ferramentas que facilitam o dia a dia, e tinha dificuldade em encontrar uma válvula que otimizasse meu serviço. Daí resolvi eu mesmo criar uma e deu certo. Hoje comercializo a válvula otimizadora Totaltec, que resolveu o problema no que diz respeito a estabilização de vácuo, e tem ajudado centenas de técnicos no Brasil e também em outros países”.

Ao lado da esposa Elo, ele compartilha sua vida pessoal e profissional

Além de inventor, Michael também faz parte do Esquadrão do Clima LG. O convite surgiu por meio de seus vídeos e trabalhos publicados nas mídias sociais.

“Como compartilho meus serviços nas redes sociais no intuito de ajudar, incentivar e dar novas ideias aos colegas de profissão, recebi o convite da LG para fazer parte do Esquadrão do Clima LG, um projeto pioneiro que objetiva ajudar o instalador a melhorar suas práticas de instalação, tal como estreitar a relação entre o fabricante e o instalador que está em campo. Ao receber este convite me senti muito honrado por ter meu serviço reconhecido e veio para somar e ampliar meus conhecimentos, além de levar meu nome para dentro e fora do país. É muito gratificante fazer parte desta equipe fantástica”.

Pai de Mariana e Rafaela, Michael gosta de música clássica e rock, toca violino, e não perde uma oportunidade de passear, viajar e estar com a família.

Sempre em busca de conhecimento e atualização profissional, ele deixa sua mensagem: “Conselho que dou a todos é que estudem, não se acomodem, sejam curiosos. Para qualquer profissão ou área, novas tecnologias sempre irão surgir e devemos acompanhá-las”.

Covid-19 derruba vendas de gigantes do HVAC-R

Grandes players da indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R) reportaram quedas significativas em suas vendas no segundo trimestre, em função da mais grave emergência sanitária da história contemporânea.

O balanço da Trane Technologies, que formalmente separou seus negócios comerciais e residenciais de aquecimento e refrigeração, controles de edifícios e transporte refrigerado da Ingersoll-Rand no início de março, mostra que as vendas da empresa caíram 13% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 3,1 bilhões.

“A pandemia da covid-19 continua a apresentar ao mundo desafios complexos e grande incerteza à medida que avançamos em 2020”, disse Mike Lamach, presidente e CEO da companhia.

Já a Carrier registrou US$ 4 bilhões em vendas no segundo trimestre, uma queda de 20% em relação ao mesmo período de 2019.

Apesar da forte retração, a Carrier viu a demanda melhorar à medida que o segundo trimestre avançava e a atividade econômica recomeçava mundo afora.

“Nossos resultados do segundo trimestre excederam nossas expectativas e nossa equipe continuou a ter um bom desempenho em um ambiente muito desafiador”, disse o presidente e CEO da Carrier, Dave Gitlin.

“Ficamos satisfeitos com o aumento de pedidos em junho, principalmente na América do Norte”, acrescentou.

As vendas da Johnson Controls, outro player relevante do mercado de climatização e controles prediais, somaram US$ 5,3 bilhões no último trimestre, uma queda de 17% na comparação com o ano anterior.

Apesar disso, George Oliver, presidente e CEO, disse que as ações decisivas tomadas para controlar os custos desde o início da pandemia resultaram em benefícios significativos no trimestre.

“Embora as condições de mercado permaneçam incertas e a visibilidade ainda seja um pouco limitada, estamos bem posicionados com fundamentos operacionais aprimorados, um forte balanço e fluxo de caixa e uma posição de liderança em soluções inteligentes e sustentáveis”, afirmou.

Rafael Ferreira, amor à primeira vista com a refrigeração

Gratidão e reconhecimento! Palavras que definem Rafael Silva Ferreira, filho de mãe paulista e pai carioca, nascido na cidade de São Vicente, localizada na Baixada Santista (SP). Criado no Bairro Parque das Bandeiras, vindo de uma família com poucos recursos financeiros, começou a trabalhar muito cedo. Determinado e disposto a encarar qualquer desafio, ele iniciou sua vida profissional na montagem de móveis e não abriu mão dos estudos, ingressando em um curso técnico de instrumentação industrial. Foi nessa época que recebeu o convite de um amigo para trabalhar em uma empresa de instalação de condicionadores de ar e onde aconteceu seu primeiro contato com a refrigeração.

“Foi amor à primeira vista, tudo meio por acaso. Logo de cara me apaixonei pela profissão, ali já sabia que era isso que eu queria fazer pelo resto da minha vida. As coisas foram acontecendo e meses depois fui trabalhar na Térmica Climatização, onde o proprietário da empresa, hoje amigo meu, pagou metade do curso de Mecânico de Refrigeração no Senai de Santos, e tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que me mostrou o amor ao ensino, o professor Alberto Di Beo. A forma como ele explicava e o seu amor pelo ensino me cativou, me incentivando a assistir palestras dos mestres da refrigeração como Amaral Gurgel, Marcus Euzébio, e a cada aula tinha mais certeza que estava no caminho certo. Não poderia deixar de citar também o professor Valdemir Oliveira, considerado como irmão mais velho, elevando meu nível e me direcionando para o caminho que deveria seguir”, diz Rafael.

Atualmente, ele ministra treinamentos online, e é instrutor na Escola Argos, onde exerce a função há sete anos. Mas para alcançar seus objetivos, sabia que seria necessário adquirir mais conhecimento e experiência na área de refrigeração, tomando a decisão de mudar-se para São Paulo.

“Abri mão da cidade litorânea e fui para São Paulo, com o objetivo de estudar e adquirir experiência com sistema de refrigeração de grande porte, trabalhando em campo. Estudei com instrutores como o Alan Santos, Amaral de Jesus, Murilo, Eduardo Gusmão, entre outros. Porém, a vida em São Paulo não foi fácil, passei necessidades, dormi em albergues, cheguei até a pedir dinheiro na rua para a condução e poder ir trabalhar, pois ganhava pouco, mas nunca desisti do meu sonho! Me submeti a trabalhar em empresas sem registro e benefícios, mas naquele momento, meu único pensamento era o aprendizado. Algumas vezes, tive que optar por qual refeição fazer no dia, comi comida de doações, passei frio, mas sempre focado nos meus objetivos”.

Rafael dividia seu tempo entre estudo e trabalho, e seu coração batia cada vez mais forte pela profissão de educador. Foi chamado para trabalhar em campo na cidade de Campinas, interior de São Paulo, e paralelamente, ingressou no curso de Engenharia Mecânica, porém, por motivos de força maior, teve que trancar sua matrícula.

Homem de muitos amigos e grande convívio social, em Campinas, Rafael conheceu pessoas maravilhosas que impulsionaram sua carreira, entre elas, sua ex-esposa, Lenny Silva, a quem é grato.

Foi então que, em 2014, sentiu-se preparado para começar a dar aulas: “Liguei para o professor Alberto Di Beo, falei sobre minha vontade, marcamos um bate papo, ele me deu umas dicas, concedendo a oportunidade de dividir a sala de aula com ele por um período, porém, como morava longe, seria impossível dar aula naquela escola. Nesta época, conheci a Escola Argos, localizada no Bairro de Santo Amaro (SP). A diretora da unidade, Cristiane Silva, me abriu as portas da escola e foi meu primeiro contato direto com os alunos, me senti à vontade já no primeiro dia de aula. No começo não foi fácil, dividia meu tempo entre trabalho e Escola, ministrando aulas todos os sábados. Saia de casa às 04h30 da manhã e chegava por volta das 20h00, mas todos os dias retornava feliz por fazer algo que amava. No ano seguinte, em 2015, liguei para o professor Alberto Di Beo para contar o sucesso das minhas aulas, nos encontramos, ele deu um sorrisão, e falou, ‘estou muito feliz por você’. Me pediu um abraço, e duas semanas depois, tive uma das maiores perdas da minha vida, o falecimento dele, algo me toca até hoje”.

Naquele abraço, Rafael sentiu a mensagem do professor lhe incentivando a nunca parar, sabendo que essa luta era grande. Ele conta que sente a todo instante a presença desse mestre, aumentando ainda mais a paixão pela educação, dedicando-se 100% a ministração de treinamentos.

Projeção no mercado, compartilhando conhecimento

Em 2015, Rafael abriu um canal no Youtube, hoje com mais de 20 mil inscritos e tem participação atuante em diversos grupos de refrigeração no Facebook e Instagram.

Entre aulas, treinamentos e lives, Rafael divide seu tempo batendo bola, seu hobbie preferido atualmente

“Daí em diante minha vida profissional só cresceu, trabalhei em grandes multinacionais como Electrolux e Samsung. Na Samsung, em 2019, treinei cerca de 6 mil pessoas, rodando o Brasil de ponta a ponta através do Samsung Climatiza. A Revista do Frio foi marcante nessa minha caminhada, participando dessa projeção no mercado nacional. Um fato interessante é que na época que estudava no Senai, a escola ganhava algumas revistas, eu lia e me perguntava: ‘Será que um dia eu vou escrever para a revista?’. O tempo foi passando e hoje escrevo artigos técnicos, além de participar das lives, tanto as técnicas como as resenhas de sexta pelo Clube do Frio nos canais do Youtube e Facebook”.

Como instrutor, Rafael ministra aulas para os cursos de refrigeração residencial, comercial e climatização, além de prestar assessoria técnica em algumas empresas. Nos momentos de lazer, se dedica à família e ao seu hobbie preferido: jogar bola!

“Meu principal hobbie é jogar bola, já fui Triatleta, ganhei vários troféus correndo, mas hoje prefiro ficar no futebol. Tenho uma bela e grande família! Tive a honra de formar dois alunos muito especiais, meu pai e meu irmão Kaullin. Meu outro irmão, o André, também já atuou na área. Para um menino que não tinha muitas expectativas de vida, hoje, ser uma referência é motivo de muito orgulho, eu tinha tudo para seguir uma vida errada, mas graças à Deus e aos ensinamentos familiares, eu percorri um caminho de sucesso”, comemora Rafael.

Ele traz uma frase, dita pelo engenheiro Marcos Euzébio, que diz: “O país só vai mudar com educação, e nós fazemos parte disso”, e deixa sua mensagem aos profissionais do setor de refrigeração e climatização.

“A todos que estão entrando na profissão nesse momento e aos que já fazem parte, em primeiro lugar, tem que existir o amor pelo que você faz, isso está acima de tudo, e todas as demais coisas que desejar serão acrescentadas. Qualificação profissional é o caminho, perseverança e paciência. Lutei por 10 anos para começar a ser reconhecido, então, lute todos os dias, não desista dos seus sonhos, e sim, foi necessário ouvir críticas, os ‘nãos’ me ensinaram e me deixaram mais forte!”.

Profissionais do frio comemoram Dia do Refrigerista

Se por um lado, a pandemia do novo coronavírus, que desde março vem ceifando vidas e empregos, agravou os imensos problemas socioeconômicos brasileiros, de outro, passou a evidenciar a importância de uma gama de profissionais, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entregadores de delivery e, claro, os técnicos da área de refrigeração e ar condicionado.

O Dia do Refrigerista, celebrado informalmente hoje (7) pela indústria e comércio de refrigeração e ar condicionado; o Dia Mundial da Refrigeração, efeméride criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano passado e celebrada em 26 de junho; e o Dia da Refrigeração, comemorado em 20 de junho na cidade e no estado de São Paulo, também evidenciaram a relevância da profissão nas últimas semanas.

Ademais, ano após ano, a categoria vem ganhando mais reconhecimento, se fortalecendo no mercado e, cada vez mais, procurando se capacitar e conquistando direitos, especialmente por meio de meio de instrumentos legais que regulam sua atuação.

Em meio ao surto da covid-19, os refrigeristas têm mostrado por que são uma classe de trabalhadores essenciais, especialmente para os serviços de instalação e manutenção de sistemas de ar condicionado em unidades hospitalares e de câmaras frias para estocagem de vacinas e medicamentos.

“Eles são, em todos os sentidos da palavra, imprescindíveis para a sociedade, principalmente agora”, avalia o engenheiro Arthur Ngai, gerente de marketing e desenvolvimento de negócios da Chemours na América Latina.

“Ventilação e filtragem de ar adequadas asseguram a boa qualidade do ar interno (QAI) nas edificações de uso público e privado, o que é crucial no combate à pandemia da doença respiratória”, diz.

“Por outro lado, nosso setor desempenha um papel fundamental na cadeia de distribuição de produtos alimentícios e farmacêuticos refrigerados”, completa Ngai, lembrando que, “nestes tempos difíceis, os refrigeristas têm trabalhado arduamente para manter chillers, túneis de congelamento, câmaras frigoríficas, refrigeradores e demais equipamentos do gênero a funcionar plenamente em fábricas, instalações hospitalares, supermercados e outros empreendimentos classificados como essenciais”.

“Afinal de contas, quando um equipamento de refrigeração ou climatização falha, os técnicos de serviços precisam consertá-lo ou substituí-lo o mais rápido possível”, justifica.

O presidente do CFT, Wilson Wanderlei Vieira, também avalia que a atuação dos técnicos, sejam da área de refrigeração e ar condicionado, mecânica ou eletromecânica, é de primeira importância para a entrega de um serviço de excelência à sociedade.

“Celebramos o Dia do Refrigerista e damos os parabéns a todos esses profissionais pelos serviços de altíssima importância prestados”, frisa o presidente da entidade de classe que há anos era sonhada pela grande maioria dos técnicos.

Atuação dos técnicos é de primeira importância para a entrega de um serviço de excelência à sociedade, Wilson Wanderley Vieira, presidente do CFT | Foto: Divulgação

Conquistas da categoria

As conquistas dos profissionais da refrigeração continuam em todos os lados. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Sindicato dos Trabalhadores em Refrigeração, Aquecimento e Tratamento do Ar (Sindigel-RS) obteve uma “convenção coletiva inédita para a categoria, completa como nunca antes no estado”, de acordo com o presidente da entidade, Adriano Porto Benevides.

O líder sindical lembra que, anteriormente, os trabalhadores gaúchos não tinham a guarida de uma organização representativa, uma vez que estavam pulverizados em outras entidades que não entendiam as demandas da categoria nem buscavam atendê-las. “A nossa convenção está trazendo muitos direitos para o trabalhador da área, que merece todas as congratulações pelo seu dia”, complementa Benevides.

Futuramente, os refrigeristas poderão ter outras conquistas. Isso porque o Sindigel-RS e o Sindgel-CE – presidido por Agenor Lopes da Silva – estão atuando conjuntamente em um grupo de trabalho em Brasília, montando uma comissão para dialogar com a Câmara dos Deputados, com o objetivo de transformar o refrigerista num profissional ainda mais reconhecido.

Conquistas dos profissionais da refrigeração continuam em todos os lado, diz Adriano Porto | Foto: Arquivo Pessoal

O novo patamar dos refrigeristas na sociedade também pode ser visto em iniciativas mais estruturais, como a do Sindicato dos Refrigeristas no Estado de São Paulo (Sindigel Paulista) e do Conselho Nacional dos Trabalhadores Refrigeristas (CNTR).

A ideia é que haja a mudança da palavra “trabalhador” para “técnico” na nomenclatura de ambas as entidades, cuja reformulação atende às novas exigências da estrutura sindical brasileira.

Esse processo é defendido pelo presidente de ambas as entidades, Sérgio Fernandes. Segundo ele, porém, o Dia do Refrigerista deveria ser comemorado não em 7 de julho, mas sim um mês antes.

Fernandes lembra que a ata de fundação da cooperativa designada Associação dos Refrigeristas, Técnicos em Lava Roupas e Ar Condicionado de Campinas e Região, “a primeira entidade de profissionais do setor no Brasil, foi registrada em 7 de junho de 1983, conforme publicado na então revista Bola Preta, editada pela Embraco”.

“O comércio precisa respeitar essa conquista e, nesse caso, se necessário, fazer a devida correção. Afinal, é uma data histórica e não vamos abrir mão dela”, afirma.

“Para uma data comemorativa existir, é necessário um acontecimento ou uma causa. Não sei quem mudou o Dia do Refrigerista para julho, mas vamos lutar pela correção, divulgando essa informação histórica”, acrescenta.

Dia do Refrigerista deveria ser comemorado em 7 de junho, e não hoje, diz o presidente do Sindicato dos Refrigeristas no Estado de São Paulo, Sérgio Fernandes | Foto: Arquivo pessoal

Oficialmente, o Brasil aderiu à Convenção de Viena e ao Protocolo de Montreal sobre Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio em 7 de junho de 1990. Muitos dizem que, também por isso, o Dia do Refrigerista costumava ser celebrado nessa data até alguns anos atrás.

Foi também no início dos anos 1990 que, por sugestão do jornalista Oswaldo Moreira (in memoriam), fundador da Revista do Frio, o deputado estadual Mantelli Neto apresentou à Assembleia Legislativa de São Paulo o projeto de lei (PL) que instituiu no calendário de datas comemorativas do estado o Dia da Refrigeração, celebrado em 20 de junho desde 1995.

À época, o parlamentar justificou “que seria de justiça reconhecer a inegável importância do ar condicionado e o papel da refrigeração como elemento-chave do progresso e desenvolvimento da humanidade”.

Um PL apresentado à Câmara Federal em 1992 pelo então deputado Fábio Meirelles tentou estabelecer 20 de junho como Dia Nacional da Refrigeração, mas acabou sendo arquivado.

Em 1997, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá reapresentou à mesa diretora da Casa o PL do colega, alegando que “é realmente inegável a importância da refrigeração na vida do cidadão e da sociedade”, e que o segmento “tem prestado relevantes serviços à causa pública”.

Depois de mais de 20 anos de tramitação, o PL foi arquivado novamente, em janeiro do ano passado. Enfim, a indústria do frio continua sem o merecido reconhecimento de sua relevância em nível nacional, mas, logicamente, motivos não faltam para os profissionais do setor comemorarem hoje, ou em qualquer outra data do calendário, o seu dia.

Dia do Refrigerista valoriza profissão dos técnicos, diz Carmosinda Santos | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Profissão valorizada

Uma das mais respeitadas técnicas em refrigeração e ar condicionado do mercado nacional, Carmosinda Santos salienta que o Dia do Refrigerista serve para valorizar uma das profissões mais importantes para a sociedade.

“Basta tirar da nossa vida tudo o que envolve refrigeração, como a produção de cerveja e iogurte, a estocagem de carne e legumes congelados, e tudo ficará mais difícil. Até mesmo a embalagem plástica que envolve os produtos necessita passar por um sistema de refrigeração durante sua produção. Fora da área alimentícia, temos os sistemas de refrigeração dos grandes data centers, imprescindíveis para a transmissão e armazenagem de dados. A refrigeração está presente em praticamente todos os locais com circulação de pessoas, como shopping centers, ônibus, hospitais, enfim, em tudo”, diz.

A técnica lembra que a refrigeração faz parte da evolução da sociedade, e os bons profissionais acordaram para essa realidade e entenderam que é importante realizar os procedimentos corretos e estabelecer normas técnicas para o exercício do trabalho.

A mesma visão tem Deivi Homem, outro profissional do mercado, para quem não há mais espaço para se discutir a importância da refrigeração e da climatização para pessoas e empresas.

No Dia do Refrigerista, “lembramos de um dos profissionais mais importantes do mundo moderno, visto que hoje ninguém consegue mais sobreviver sem um ambiente climatizado, seja para a conservação de alimentos e processos de produção na indústria de medicamentos e fábricas em geral. O mesmo vale para o controle de temperatura em centros de usinagem ou a climatização de ambientes residenciais e comerciais”, comenta.

Sua colega de profissão, a técnica em refrigeração e climatização Marilon Barbosa entende que, em meio ao grave momento pelo qual o País atravessa, o profissional do HVAC-R será lembrado também pelos serviços essenciais prestados à sociedade.

“Um deles é o PMOC, que visa eliminar o risco de doenças causadas por fungos, ácaros e bactérias presentes nos sistemas de climatização, quando não existe uma rotina de manutenção adequada”, argumenta.

Da mesma forma como ocorre em diversos outros setores da economia, o mercado do frio tem, no avanço das tecnologias de refrigeração e climatização, uma de suas maiores tendências para os próximos anos.

“E esse progresso vem exigindo que os profissionais busquem mais conhecimento, frequentando cursos, treinamentos, redes sociais e sites, mas como não poderia deixar de ser, a maior dificuldade encontrada pelos técnicos na hora de capacitar-se é que nem todos têm acesso a todas essas oportunidades”, pondera Marilon, reconhecendo que vontade de fazer a diferença na sociedade é uma virtude que não falta aos refrigeristas brasileiros.

Vontade de fazer a diferença na sociedade é uma virtude que não falta aos refrigeristas brasileiros, diz a técnica Marilon Barbosa | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Lojas Totaline promovem atendimento on-line durante pandemia

Os consumidores e refrigeristas que buscam por condicionadores de ar, peças e produtos eletroportáteis e eletrodomésticos da Midea Carrier contam com atendimento e suporte das lojas Totaline por e-mail, telefone fixo, celular e ferramenta de reuniões online como o Zoom.

Diante do compromisso que mantém com clientes e parceiros, a empresa encontrou nos canais digitais a oportunidade para manter o relacionamento com seu público em dia, ressalta o comunicado distribuído à imprensa.

Além do televendas da rede Totaline, a empresa estabeleceu linhas de contato via aplicativo de WhatsApp nas cidades em que está presente. Ao contatar a Totaline, os consumidores rapidamente recebem a assistência do time comercial das lojas do Grupo Midea Carrier.

Para atendimento por telefone, a Totaline Brasil disponibiliza o número 0800 55 44 66. As unidades da rede podem ser contatadas diretamente por WhatsApp:

Totaline São Paulo: (11) 98331-5268;  

Totaline Campinas: (19) 98168-8103; 

Totaline Piracicaba: (19) 98168-8104;  

Totaline Rio de Janeiro: (21) 98138-6545;  

Totaline Curitiba: (41) 99945-9265;  

Totaline Goiânia: (62) 99606-8341;  

Totaline Salvador: (71) 99198-6319;  

Totaline Fortaleza: (85) 98191-1518;  

Totaline Manaus: (92) 98407-2216.