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Segunda turma do “Mudando o Clima” inicia curso de refrigeração

Na próxima segunda-feira (25), começam as aulas da segunda turma do projeto “Mudando o Clima”, idealizado pelo SINDRATAR-RJ (Sindicato da Refrigeração) e voltado para a capacitação de mulheres residentes em favelas no segmento de refrigeração. As participantes foram selecionadas pela Casa Resistências, ONG situada no Complexo da Maré, com apoio da Fiocruz-Maré, por meio de sua Assessoria de Relações Institucionais Estratégia de Desenvolvimento Territorial.

O curso, que se estenderá até 29 de novembro, não apenas aborda a manutenção e reparo de aparelhos de refrigeração, mas também oferece formação complementar. As alunas terão orientação do Sebrae em temas como empreendedorismo e finanças, além de participarem de uma mentoria de desenvolvimento pessoal conduzida por Silvia da Costa, consultora ESG e idealizadora do projeto.

“Estamos muito orgulhosos de lançar mais uma turma do ‘Mudando o Clima’. Nosso objetivo é expandir essa iniciativa para todo o país”, destacou Leonardo Salles, presidente do SINDRATAR-RJ.

Na primeira edição, realizada no Centro de Treinamento do SINDRATAR-RJ, na Tijuca, 13 alunas participaram de aulas teóricas e práticas. Silvia da Costa reforçou a importância do projeto como ferramenta de emancipação financeira e empoderamento feminino:

“O curso vai além da qualificação técnica. Ele promove autonomia financeira e desenvolvimento social. Graças ao patrocínio do PASI Seguros e ao apoio da Firjan, garantimos transporte, alimentação e todo o suporte necessário às alunas.”

As inscrições, conduzidas pela ONG Casa Resistências, são inclusivas e não têm restrição quanto à orientação sexual.

Como redes sociais transformam negócios

CLUBE CAST DO FRIO – Lulu da Epex (Luciano Marcolino), revela de que modo plataformas como Instagram e TikTok podem ser ferramentas poderosas para alavancar vendas e fortalecer a conexão com o público.

A virada de chave e ascensão profissional de Lenny Feitosa

Foi em 2023 que Lenilda Feitosa, mais conhecida como Lenny Feitosa, resolveu virar a chave de sua carreira profissional e ingressar no setor de climatização e refrigeração. Através da proposta de seu marido, Rafael Ferreira, ela resolveu encarar esse novo desafio ao se juntar a ele como sócia na Refriear, empresa sediada em Campinas (SP). Diariamente, ela divulga em suas redes sociais os desafios do dia a dia em campo, ganhando cada vez mais seguidores e incentivando outras mulheres a serem protagonistas de suas próprias vidas, tanto profissional quanto pessoal.

“Comecei na refrigeração em setembro de 2023 através de uma proposta do meu esposo, o Rafael Ferreira, quando resolvi deixar a área de atendimento ao público, a qual eu já atuava por 13 anos, mas estava completamente infeliz, e desde então, sigo atuando na área de climatização e refrigeração. Desde que iniciei no setor, recebo muito apoio e incentivo de diversos profissionais da área e sinto que, mesmo em pouco tempo, motivei muitas mulheres a começarem também, e a maioria delas me relata que achavam que não eram capazes de exercer essa profissão! Ainda existe um preconceito muito grande e muita falta de incentivo dos companheiros. Alguns homens ainda acham que nós não conseguimos executar as tarefas! Discordo totalmente e venho mostrando nas minhas redes sociais diariamente que nós podemos sim! Basta querer! Costumo dizer que essa profissão não tem uma rotina! Cada dia estamos em um lugar diferente, nos deparando com um trabalho diferente, e acredite, todos os dias descobrimos uma coisa nova!”, comenta Lenny.

Para Lenny, a atuação da mulher no segmento de HVAC-R fez com que esse ambiente deixasse de ser somente masculino e deu oportunidade para que também elas executem funções que antigamente eram executadas somente por homens.

“Cada vez mais estamos vendo mulheres se formando em técnicas de refrigeração e climatização, instalando máquinas pesadas, operando em campo, fazendo manutenção preventiva e corretiva, e isso sem dúvida, será cada vez mais comum daqui para frente! O segmento vem passado por diversas transformações significativas e está em expansão com a crescente participação e atuação da presença feminina. Nós mulheres, temos a capacidade de nos adaptar facilmente a novos desafios e mostrando ao mercado que competência não tem gênero!”, enfatiza.

Um futuro brilhante

Lenny acredita que sua jornada é guiada pela dedicação, perseverança e resiliência, o que lhe dá força para continuar lutando por seu espaço e para alcançar novos patamares. Seu testemunho inspira outras mulheres que buscam crescer em suas áreas de atuação, enfrentando adversidades e se destacando com ética e profissionalismo.

Super família, ela dá prioridade a convivência familiar: “Sempre vou colocar minha família em primeiro lugar! Ainda não sou mãe, costumo dizer que sou mãe de plantas, pois amo as minhas plantinhas. Sou tia de três menininhos lindos, donos do meu coração e que me encantam diariamente e me ensinam a ser um ser humano melhor todos os dias!”.

Lenny aproveita as horas vagas para estar numa boa roda de samba, atividade que adora, ao lado de poucos, mas bons amigos, degustando uma cervejinha bem gelada.

Sua palavra de efeito é “Resiliência” e deixa aqui uma mensagem: “Mesmo diante de algumas situações que julgamos não serem fáceis, não se deixe abater pelas adversidades e não esqueça jamais o quanto somos fortes e que podemos sim, exercer e executar com excelência todo e qualquer trabalho que tivermos dispostas a encarar! Não desanime e não fique em uma zona de conforto, isso não te trará felicidade. Aceite o novo, não tenha medo de novas oportunidades e encare os desafios como uma oportunidade de crescimento e lembre-se sempre: ‘lugar de mulher, é onde a gente quiser’!”.

Em um curto espaço de tempo, Lenny enfrenta desafios do dia a dia em campo com maestria

Processos eficientes de renovação do ar em sistemas de climatização

A exaustão e a pressurização são estratégias essenciais para manter a qualidade do ar em ambientes climatizados e devem ser projetadas de maneira equilibrada.

A renovação do ar em ambientes climatizados é essencial e obrigatória para garantir a qualidade do ar interior e preservar a saúde dos ocupantes. Em locais fechados, o ar tende a acumular poluentes, como gases nocivos, poeira, microrganismos e dióxido de carbono (CO2), especialmente em ambientes com alta circulação de pessoas. Sem uma renovação adequada, esses poluentes podem causar desconforto, irritações respiratórias e agravar doenças como alergias e problemas pulmonares. Além disso, o acúmulo de umidade favorece o crescimento de fungos, mofo e bactérias, o que compromete ainda mais a saúde e o bem-estar. Outro aspecto importante da renovação do ar é manter níveis adequados de oxigênio e evitar o aumento excessivo de CO2, que pode causar fadiga, dores de cabeça e dificuldade de concentração. Ao trazer ar externo tratado para o ambiente, evita-se também o “ar viciado”, criando um ambiente mais saudável e confortável. O processo de renovação do ar pode ser realizado de diversas maneiras, dependendo das características do ambiente e dos sistemas de climatização instalados.

Em sistemas de HVAC, o ar externo é captado e tratado antes de ser introduzido no ambiente interno. Esse tratamento envolve a filtragem de partículas, controle da umidade e, em alguns casos, a adição de calor ou frio para que o ar esteja dentro dos parâmetros de conforto antes de ser distribuído. Sua eficiência depende da taxa de renovação, que é medida em trocas de ar por hora (ACH – Air Changes per Hour). Essa taxa define quantas vezes o volume total de ar em um espaço é renovado em uma hora. Para ambientes fechados, como escritórios, shopping centers e residências, as normas recomendam uma taxa mínima de trocas por hora, que pode variar de 4 a 6, dependendo do uso e ocupação do local. Em locais como hospitais ou laboratórios, essa taxa pode ser ainda maior devido à necessidade de manter um ambiente estéril e livre de contaminantes. Além da troca de ar, o controle da qualidade do ar também envolve o monitoramento de gases nocivos, como o dióxido de carbono (CO2), compostos orgânicos voláteis (COVs) e outros poluentes através de sensores de CO2, que ajustam automaticamente a quantidade de ar renovado com base nos níveis de ocupação do ambiente. Esse tipo de sistema é conhecido como ventilação por demanda, pois adapta a renovação do ar conforme a necessidade, evitando o desperdício de energia.

Cesar Oliveira, Especialista em Desenvolvimento de Negócios da Century e Consultor da Projelmec

“A exaustão e a pressurização são estratégias essenciais para manter a qualidade do ar em ambientes climatizados. Elas devem ser projetadas de maneira equilibrada para garantir que o ar viciado seja removido eficientemente e o ar fresco seja introduzido de forma controlada. O resultado é um ambiente seguro, confortável e energeticamente eficiente, que favorece o bem-estar dos ocupantes e a longevidade dos sistemas HVAC. O mercado oferece uma gama de soluções tecnológicas para exaustão e pressurização de ambientes climatizados. Esses métodos e tecnologias são desenhados para proporcionar eficiência energética, redução de emissões de carbono, conforto dos ocupantes e otimização dos recursos naturais, ao mesmo tempo que garantem o cumprimento das normas ambientais e de saúde ocupacional”, informa Cesar Oliveira, Especialista em Desenvolvimento de Negócios da Century e Consultor da Projelmec.

Ele diz ainda que a implementação de sistemas eficazes de exaustão e pressurização traz diversos benefícios econômicos e ambientais, especialmente em ambientes climatizados e edificações comerciais ou industriais. “Esses sistemas desempenham um papel importante na manutenção da qualidade do ar interior e no controle de pressão dos ambientes, resultando em melhorias significativas tanto para a eficiência operacional quanto para a sustentabilidade. Neste sentido podemos destacar a redução de custos operacionais, menor desgaste de equipamentos, aumento da eficiência energética, valorização da propriedade, melhoria na qualidade do ar, redução das emissões de gases de efeito estufa, menor impacto no consumo de recursos e cumprimento de regulamentações ambientais”.

Maurilio Oliveira, Engenheiro de Aplicação e Novos Negócios da Multivac

Maurilio Oliveira, Engenheiro de Aplicação e Novos Negócios da Multivac, acrescenta que um sistema bem balanceado, onde a pressão de trabalho esteja condizente com a necessidade e, principalmente, com a vazão dentro dos reais limites necessários, seguramente, a carga térmica adicional é menor. Com isso, o próprio sistema de ar condicionado vai necessitar de menos potência para trabalhar. “Sem falar que as novas tecnologias de motores eletrônicos dos ventiladores para TAE (Tomada de Ar Exterior) propiciam a modulação do ventilador conforme a necessidade preestabelecida, respeitando as variações intrínsecas da própria vida útil do sistema. Se trabalharmos com um motor eletrônico, ele manterá a vazão constante através de leitura de CO2, por exemplo, necessitando de menos força no início da vida útil dos filtros (quando eles estão mais limpos, menos perda de carga) e aumentando progressivamente a potência. Temos que lembrar ainda, que o consumo de energia é relacionado a potência, que por sua vez é uma grandeza cúbica. Sendo assim, com redução exponencial no consumo, isso é muito importante ser considerado quando falamos de eficiência energética”.

Outro aspecto importante no processo de renovação do ar é o controle da umidade relativa. Manter a umidade entre 40% e 60% é indicado para evitar o crescimento de mofo, fungos e ácaros, que podem ser prejudiciais à saúde. O excesso de umidade pode causar problemas respiratórios e aumentar a proliferação de bactérias, enquanto a baixa umidade pode provocar ressecamento das vias respiratórias e desconforto.

Exaustor atua como insuflador de ar promovendo a dissipação de substâncias tóxicas e reduz o tempo de renovação do ar no ambiente

Exigências legais

A implementação de processos eficientes de renovação do ar em sistemas de climatização também está ligada às exigências legais. No Brasil, a NBR 16401, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que passou recentemente por atualizações importantes para se adequar às novas exigências de qualidade do ar interior, eficiência energética e conforto térmico em ambientes climatizados, foi dividida em três partes, priorizando os avanços tecnológicos e a necessidade de atender a padrões de sustentabilidade. Uma das atualizações mais significativas ocorreu na Parte 3, que trata a qualidade do ar interior. Foram reforçadas as exigências para a renovação do ar, com maiores cuidados em relação aos níveis de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes. A norma agora exige taxas mínimas de renovação de ar mais rigorosas em ambientes fechados, como escritórios e escolas, para garantir um nível adequado de oxigênio e minimizar o acúmulo de CO2 e outros compostos nocivos. Essa atualização foi motivada por uma preocupação crescente com a saúde, especialmente após a pandemia, destacando a importância de um bom controle de ventilação. A NBR 16401-3 ainda inclui novos parâmetros para a medição e monitoramento contínuo da qualidade do ar, promovendo o uso de sensores de CO2 e outros dispositivos inteligentes para ajustar automaticamente a ventilação conforme a necessidade. Esses sensores permitem uma ventilação baseada em demanda, o que otimiza o uso de energia, aumentando a eficiência do sistema.

Além disso, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), regulamentado pela Lei 13.589/2018, prevê a obrigatoriedade de uma rotina de manutenção para garantir a eficiência dos sistemas de HVAC e a qualidade do ar nos ambientes climatizados. O PMOC exige a manutenção periódica de filtros, dutos e componentes do sistema de climatização para evitar a contaminação do ar e assegurar que a renovação do ar ocorra adequadamente, funcionando de forma eficiente e segura, protegendo a saúde pública em ambientes climatizados. Essas normas garantem que os ambientes climatizados mantenham um ar de boa qualidade, reduzindo riscos à saúde e promovendo o bem-estar dos ocupantes.

“A manutenção e operação de sistemas de exaustão e pressurização são essenciais para garantir a eficiência, segurança e qualidade do ar em diversos tipos de edificações e ambientes industriais. No entanto, esses sistemas apresentam desafios específicos que, quando não gerenciados corretamente, podem afetar o desempenho e aumentar os custos operacionais. Podemos mencionar alguns pontos tais como acúmulo de sujidade e partículas, desgaste de componentes mecânicos, falhas em sistemas de controle e sensores, desbalanço de pressão, variações nas condições de operação, controle de ruído, eficiência energética, conformidade com normas regulamentares e capacitação da equipe de manutenção. Atualmente, diversas tendências tecnológicas vêm sendo aplicadas para melhorar a eficiência dos sistemas de exaustão e pressurização, tanto em termos de desempenho quanto de sustentabilidade e exigências legais. Essas inovações visam otimizar o uso de energia, melhorar o controle da qualidade do ar e garantir o conforto e a segurança dos ocupantes como Sistemas de Automação e Controle Inteligente (BMS), Ventiladores de Alta Eficiência e Motores de Frequência Variável (VFD), recuperação de calor, sistemas de filtragem de alta eficiência (HEPA e filtros eletrostáticos), exaustão inteligente baseada em demanda, tecnologias de monitoramento remoto e Internet das Coisas (IoT), pressurização e exaustão com controle zonal, sistemas híbridos de ventilação natural e mecânica e uso de materiais sustentáveis e tecnologias de recuperação de energia”, explica Cesar.

Ventilador para tomada de ar exterior propicia a modulação conforme a necessidade preestabelecida

Processos eficientes

Com o avanço das tecnologias de HVAC, tornou-se possível realizar esse processo de forma mais eficiente, garantindo a troca adequada de ar, o controle da umidade e a eliminação de poluentes, tudo isso com menor consumo de energia e maior eficiência operacional.

“Existem estudos falando de um ganho de produtividade na ordem de 20%, apenas com uma boa qualidade do ar interior. Entendemos que uma boa forma de discutirmos sobre QAI seja através de uma reposição bem dimensionada. Quando falamos sobre TAE (Tomada de Ar Exterior) estamos falando dos diferentes fatores envolvendo essa boa qualidade de ar de reposição, como ponto de captação, que não pode estar próximo de sistemas de exaustão de sanitários, por exemplo; o tipo de filtragem, onde normas específicas tratam as diferentes classes de filtragens com base no tipo do ambiente, seja para um escritório e outra para um hospital; o cuidado com a quantidade de ar externo sendo insuflado no ambiente, com taxas preestabelecidas de ar de reposição que, inclusive com as novas revisões normativas, foram substituídas por taxas variáveis baseadas nos diferenciais de CO2 entre o ar de fora para o de dentro. Lembrando que o ar externo é mais quente e úmido, forçando assim o trabalho do sistema de refrigeração, que pode perder parte da eficiência se essas quantidades não forem bem ajustadas.

Trago essa reflexão para chegarmos no seguinte ponto: tão importante quanto uma boa TAE, é ter um bom sistema, com equipamentos de boa qualidade e dimensionamentos corretos através de um bom projeto de ar condicionado, mesmo em ambientes menores, como escritórios, clinicas, residências, etc.”, explica Maurílio.

Dentre os produtos desenvolvidos para processos de exaustão, o mercado com gabinetes para aplicações conforme a faixa de vazão necessária para cada sistema, caixa de filtragem com o motor centrífugo com balanceamento eletrônico e modulação conforme o diferencial de CO2 através do acoplamento de sensores; caixa de ventilação com múltiplos motores; filtragens e atenuação acústica.

Cesar chama a atenção para a instalação de sistemas de exaustão e pressurização em edificações, que deve seguir critérios técnicos e normas regulatórias específicas para garantir segurança, eficiência e conforto para os ocupantes, além de atender às exigências de saúde pública e sustentabilidade. “No Brasil e no mundo, essas normas variam conforme o tipo de edificação (residencial, comercial, industrial, etc.), mas há uma base comum de regulamentação voltada à qualidade do ar, controle de poluentes, eficiência energética, segurança e proteção contra incêndios. As normas que regulam projetos e implantações, além da NBR 16401, são NBR 14679 – Controle de Poluentes, NR-17 – Ergonomia, NBR 15575 – Desempenho de Edificações Habitacionais, ASHRAE 62.1 – Ventilation for Acceptable Indoor Air Quality, NBR 10844 – Sistemas de Ventilação e Exaustão, Instruções Normativas e Específicas para Controle de Incêndio (IT-08 e IT-13 – SP) e Norma NR-15 – Atividades e Operações Insalubres”, conclui Cesar.

Conferência “Valor da Água” debaterá gestão hídrica no ISH 2025

A conferência internacional Value of Water, marcada para os dias 17 e 18 de março de 2025, será parte integrante da ISH 2025, uma das principais feiras globais de HVAC e água, realizada em Frankfurt. O evento tem como objetivo acelerar os esforços para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 6 da ONU – garantir água limpa e saneamento para todos até 2030. Para isso, reunirá especialistas, empresários, políticos e representantes do setor tecnológico em discussões sobre práticas inovadoras, tecnologias eficientes e iniciativas globais relacionadas à gestão hídrica e ao saneamento.

A escassez de água, agravada pelo crescimento populacional, urbanização e aumento da demanda, será o foco das discussões. A conferência, organizada em parceria com o Handelsblatt Media Group, busca promover a troca de conhecimentos e consolidar a sustentabilidade hídrica como uma prioridade para as indústrias de construção e infraestrutura.

O programa incluirá palestras, painéis e sessões interativas, além de apresentações de iniciativas bem-sucedidas de diferentes países. Entre os palestrantes confirmados estão:

  • Henk Ovink, Diretor Executivo da Comissão Global sobre Economia da Água
  • Doulaye Koné, Diretora Interina do Programa WASH, Fundação Bill e Melinda Gates
  • Erin McCusker, Vice-presidente Sênior da SATO e LIXIL Public Partners, LIXIL
  • Dinesh Mehta, Professor Emérito e Chefe do Centro para Água e Saneamento (CWAS)
  • Carolin Stüdemann, Diretora Geral da Viva com Água de Sankt Pauli
  • David Viola, CEO da IAPMO e Presidente do Conselho Mundial de Encanamento

O público-alvo inclui especialistas em saneamento, habitação e aquecimento, além de pesquisadores, representantes municipais, arquitetos e urbanistas. A conferência também atrairá desenvolvedores de projetos, ONGs e organizações ligadas ao desenvolvimento sustentável.

Na última edição, realizada em 2023, o ISH contou com 72% de expositores internacionais e 44% de visitantes vindos do exterior, reafirmando a sua posição como evento global de destaque. Para 2025, a feira espera cerca de 2.000 expositores entre os dias 17 e 21 de março.

Mais informações sobre a conferência e ingressos estão disponíveis em https://ish-value-of-water.com .

 

 

HVACR Next Generation 2025 movimenta o Oriente Médio

O HVACR Next Generation, congresso da indústria do Oriente Médio, acontece em 29 de abril de 2025, em Riade, na Arábia Saudita. Organizado pela Eurovent Middle East e AMCA International, o evento terá como tema central “Sustentabilidade em Condições Extremas”. A programação será realizada no InterContinental Durrat al Riyadh Resort & Spa, reunindo líderes governamentais, especialistas e executivos do setor.

Com foco em desafios como eficiência energética, transição para refrigerantes de baixo impacto ambiental e qualidade do ar interior, o congresso busca abordar os efeitos das condições climáticas severas da região. O objetivo é estimular o diálogo entre a indústria e os governos para promover soluções sustentáveis ​​que atendam às metas ambientais e reduzam as emissões de gases de efeito estufa.

A iniciativa dá continuidade ao sucesso de sua edição inaugural, realizada em Dubai, em 2022. O evento contará novamente com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), consolidando sua posição como um dos principais fóruns sobre inovação em climatização na região.

Andrea Cavalet, presidente da Eurovent Middle East, reforça a relevância do congresso: “O HVACR Next Generation apresenta os últimos avanços técnicos que estão moldando um caminho sustentável para o futuro da climatização. Será um espaço para discussão estratégica e para o fortalecimento de parcerias essenciais.”

Ed Rizk, presidente da AMCA International, acrescenta que a conferência oferecerá uma plataforma única para troca de conhecimentos e criação de redes entre profissionais do setor. “Esperamos que este evento inspire novos projetos e ações concretas em direção à sustentabilidade”, afirmou.

A edição de 2025 reforça o papel da indústria HVAC-R como agente crucial para o desenvolvimento sustentável em cenários de alta demanda energética e climática, ampliando o alcance das soluções tecnológicas disponíveis e promovendo o engajamento global.

28 anos e uma equipe como força motriz

CLUBE CAST DO FRIO – Gilson Miranda compartilha como a Climario conquistou o mercado ao longo de quase três décadas.

Supermercados investem em sustentabilidade

A aplicação de fluidos refrigerantes combinada às novas tecnologias e práticas sustentáveis já são realidade em instalações de refrigeração comercial no Brasil.

A implementação de tecnologias que aumentam a eficiência energética é uma das principais estratégias de sustentabilidade adotadas por supermercados. A instalação de sistemas de refrigeração com fluidos refrigerantes naturais, compressores de alta eficiência, iluminação LED em toda a loja e o uso de sensores para controlar o consumo de energia são exemplos de como essas redes estão reduzindo o uso de eletricidade.

Em função de novas regulamentações e da maior conscientização ambiental, a utilização de fluidos refrigerantes naturais como propano (R-290) e CO2 (R-744), aliado as novas tecnologias em compressores, controles de capacidades e velocidade variável vem se tornando cada vez mais frequente, tanto em supermercados de grande e médio porte como em redes de atacarejo. O propano, por exemplo, indicado especialmente para sistemas de refrigeração em soluções de racks, resfriando o fluido secundário, no caso o propileno glicol, utilizado em equipamentos incorporados pode se tornar uma opção eficiente energeticamente e operacional.

“O desenvolvimento de novas tecnologias visa atender às demandas da Emenda de Kigali, além da busca pela eficiência energética. Fluidos refrigerantes de baixo GWP e controle de capacidade nos compressores são ações efetivas que trouxeram novas perspectivas e já é realidade em diversos supermercados. Temos projetos em operação que já usufruem deste tipo de aplicação”, informa Rogério Marson Rodrigues, gerente de engenharia da Eletrofrio.

Segundo Marson, a empresa oferece equipamentos HighPack, que são racks de refrigeração que operam tanto com propano como com CO2, resfriando um fluido secundário, proporcionado ao usuário final um ótimo retorno em termos de eficiência energética, quanto na redução de custos operacionais.

Rede Atacadão implementa sistemas de refrigeração com R-290 e compressores com tecnologia inverter

 

“São máquinas simples, de baixo custo, boa eficiência energética e reduzida carga de fluido refrigerante, ou seja, um conjunto de características consideradas estratégicas na análise de viabilidade de um projeto que busca atender às demandas atuais e futuras de um sistema de refrigeração para supermercados”, diz Marson.

Vários supermercados brasileiros estão adotando medidas eficientes em seus sistemas de refrigeração, combinado o R-290, especialmente devido às suas propriedades ecológicas e de eficiência energética. O Grupo Carrefour, em várias unidades de sua rede, tem investido em tecnologias sustentáveis, incluindo o uso de R-290 em seus sistemas de refrigeração para reduzir o impacto ambiental e melhorar a eficiência energética.

A Rede Atacadão é outro exemplo, em uma de suas lojas localizada na região metropolitana de Curitiba (PR), está implementando sistemas de refrigeração com R-290, buscando soluções mais sustentáveis e econômicas para suas unidades. O sistema de refrigeração integra um rack High Pack PRO composto por dois compressores com tecnologia Inverter operando a partir do R-290 no circuito primário (instalado na parte externa da loja) e resfriando o propileno glicol no circuito secundário, atendendo as médias temperaturas (entre 6°C a 10°C), resfriando balcões e expositores da loja.

“Conseguimos instalar um sistema com baixíssimo impacto ambiental, sem a utilização de fluidos sintéticos. Esse é o primeiro projeto com soluções de compressores com máxima eficiência que serão disponibilizados ao mercado a partir de outubro deste ano”, diz Marson.

Supermercado Verdemar, primeiro a adotar o CO2 em sua unidade em Nova Lima

Ele acrescenta que a combinação da tecnologia inverter com o propano oferece vantagens significativas, permite o ajuste contínuo da capacidade de refrigeração de acordo com a demanda, resultando em uma operação mais eficiente e econômica. O uso de propano, além de ser ambientalmente amigável, proporciona uma transferência de calor eficaz, o que se traduz em maior eficiência energética e menor consumo elétrico.

Já o CO2, utilizado há algum tempo em grandes instalações, principalmente em sistemas subcríticos em casas de máquinas remotas, conquistou supermercadistas como a Rede de Supermercados Verdemar de Belo Horizonte (MG). Primeira instalação na América a utilizar o CO2, há oito anos, os proprietários Alexandre Poni e Hallison Moreira, desde então vêm adotando medidas verdes.

“O caminho da sustentabilidade é algo que a gente quer levar na empresa como um todo. Quando se fala nisso, não é só a questão ecológica que tem que ser levada em conta, mas a econômica, reduzindo custos com a energia elétrica”, informam Poni e Moreira.

Primeiro projeto da Plotter & Racks em parceria com a Bitzer, a unidade localizada em Nova Lima, instalou o sistema Skyrack Breeze, que utiliza o dióxido de carbono (R-744) como fluido refrigerante. “Trata-se de um sistema de refrigeração em cascata que utiliza o CO2 como fluido refrigerante no estágio de baixa pressão com expansão direta para atender os equipamentos de congelados (câmaras e ilhas de congelados). Já nos equipamentos de resfriados, o propileno glicol é utilizado como fluido de transferência de calor num circuito bombeado que circula nos expositores e câmaras de resfriados”, explica Marcelo Merolli, diretor da Plotter & Racks.

Grupo Pão de Açúcar investe em certificação verde, como o LEED ofertado pelo GBC Brasil

Com esse sistema, o Supermercado Verdemar se destacou como um exemplo de pioneirismo na utilização de tecnologias verdes no setor de varejo, aliando responsabilidade ambiental com eficiência energética e operacional.

O Grupo GPA (Pão de Açúcar), por exemplo, é um dos que têm investido em lojas que operam com menor impacto energético, buscando certificações como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedido pelo Green Building Council Brasil.

A adoção de fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, também é uma estratégia importante entre os supermercados que buscam a sustentabilidade. A Rede Assaí já utiliza energia solar em algumas de suas unidades, diminuindo os custos operacionais e o impacto ambiental, instalando painéis solares em suas lojas, contribuindo para a redução das emissões de carbono.

Rede Assaí já utiliza energia solar em algumas de suas unidades, instalando painéis fotovoltaicos

Retorno do investimento

Impulsionadas por uma combinação de benefícios econômicos, ambientais e de conformidade com regulamentações, a adoção de soluções sustentáveis por supermercadistas traz uma série de vantagens que vão além da sustentabilidade, impactando diretamente a operação e a imagem das empresas.

Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o investimento em tecnologias sustentáveis por parte de supermercados tem se mostrado uma estratégia altamente vantajosa, tanto em termos econômicos quanto no fortalecimento da marca reputação os consumidores. Embora possa exigir um aporte inicial considerável, o retorno desse investimento (ROI) vem de diversas frentes, incluindo a redução dos custos operacionais, aumento da eficiência energética e valorização da marca.

“Tecnologias sustentáveis, como sistemas de refrigeração que utilizam fluidos naturais, iluminação LED, painéis solares e automação no controle de consumo de energia, resultam em economia significativa nas despesas operacionais. A eficiência energética gerada por esses sistemas reduz o consumo de eletricidade, que é uma das maiores despesas em supermercados. Por exemplo, a substituição de lâmpadas convencionais por LEDs pode reduzir o consumo de energia em até 75%, e os sistemas de refrigeração com fluidos naturais, como o R-290 e o CO2, tendem a operar com maior eficiência, gerando economia de até 30% nos custos energéticos”, informa Marcelo Souza, Coordenador de Operações de Loja da Associação Paulista de Supermercados.

Dentre os benefícios, podemos destacar a alta eficiência energética em aplicações com CO2 e propano, onde os sistemas de refrigeração conseguem operar com maior desempenho utilizando menos energia. A longo prazo, essa eficiência resulta em economia significativa nas contas de eletricidade, impactando positivamente os custos operacionais dos supermercados. Além da economia de energia, costumam ter maior durabilidade e exigem menos manutenção, estabilidade térmica e confiabilidade, otimizando o orçamento de operações de refrigeração.

“Supermercadistas que optam por esses sistemas se posicionam como pioneiros em inovação tecnológica, mostrando liderança no setor e promovendo um ambiente de negócios dinâmico e adaptado às demandas do futuro. As práticas sustentáveis, como o uso de refrigerantes naturais, a eficiência energética, a redução de resíduos e o apoio a produtores locais, não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também trazem benefícios econômicos para as empresas, onde investir em sustentabilidade tornou-se uma estratégia essencial para o sucesso a longo prazo no setor supermercadista”, conclui Souza.

Johnson Controls-Hitachi lança VRF para projetos comerciais

A Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado lançou o air365 Tech, novo modelo de sistemas VRF (Fluxo de Refrigerante Variável) para o mercado brasileiro de climatização. O equipamento é direcionado a aplicações comerciais, como escritórios, hospitais, hotéis, escolas e lojas, oferecendo variação de capacidade de até 112 HP por meio de interligação de módulos.

O air365 Tech foi projetado com um motor DC inverter,  e segundo a empresa, ajusta a velocidade do ventilador de forma contínua, aumentando o volume de ar com baixo nível de ruído. Outro aspecto positivo é em relação ao trocador de calor; Com uma circuitagem otimizada, possibilita o aumento da transferência de calor e conta também com a proteção hidrofílica, que evita o acumulo de sujeira no trocador.

O novo VRF utiliza o fluido refrigerante R-410A e possui sistema de backup para manter a operação estável em caso de falha de compressores ou ventiladores, uma medida externa para aumentar a confiabilidade do sistema. Em unidades com dois compressores ou ventiladores, a falha de um deles não interrompeu a operação, mantendo o funcionamento mínimo exigido.

Além disso, o equipamento conta com o Modo Noturno, que reduz o ruído externo com ajuste automático das rotações do compressor e ventilador, adaptando-se à temperatura externa e à carga térmica do ambiente.

Manutenção através das redes

CLUBE CAST DO FRIO – Luciano Leite é influenciador digital e compartilha suas andanças, trajetória e experiência.