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FEI Portas Abertas 2022: Instituição abre campus e laboratórios para mostrar na prática projetos e pesquisas em gestão, inovação e tecnologia

Indústria 4.0, Realidade Virtual, Internet das Coisas, robótica, carros elétricos e novos modelos de negócios, entre muitos outros temas em inovação, tecnologia e gestão, marcarão presença no FEI Portas Abertas 2022. O evento gratuito, que ocorre no próximo dia 14 de maio, tem como proposta oferecer estudantes do ensino fundamental e médio, além de todos os interessados, a possibilidade de conhecerem o campus e os laboratórios da FEI por meio da participação didática em experimentos, atividades interativas e palestras.

As atividades desta 12ª edição são organizadas por professores, colaboradores e alunos dos cursos de Administração, Ciência da Computação, Engenharia de Robôs, Engenharia de Automação e Controle, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica (ênfases: Eletrônica, Computadores e Telecomunicações), Engenharia Mecânica, Engenharia Mecânica Automobilística, Engenharia de Produção e Engenharia Química.

Com foco nas megatendências globais, com uso da inovação para as soluções do futuro, a programação traz ações como o FEI Imersiva, na qual os participantes poderão utilizar óculos para Realidade Virtual e Aumentada para interagir com avatares e hologramas espalhados pela FEI. Também será possível interagir com robôs humanoides, small-size e de serviços, a exemplo da Hera, uma unidade autônoma e inteligente desenvolvida pelos alunos da FEI para assistência em ambientes domésticos e de serviços em geral. Também estão inclusas na programação atividades que envolvem gestão via metaverso, com uma experiência totalmente interativa para os participantes.

A hora e a vez da Indústria 4.0

Inovações tecnológicas desenvolvidas com base na Internet das Coisas, como a conectividade a distância e a manutenção remota, incrementam a busca por produtos que atendam às demandas de eficiência energética, manutenção e operacional.

Tecnologias que geralmente só víamos em filmes de ficção científica, como acesso remoto e controle de equipamentos a distância e por comandos de voz, além de armazenamento de informações em nuvem, já chegaram ao HVAC-R e avançam gradualmente, no que o mercado em geral nomeou de “Indústria 4.0”.

De olho na astronômica cifra de US$ 10 trilhões que a Internet das Coisas (IoT) e suas ramificações devem gerar em investimentos até 2030 em todo mundo, segundo especialistas na área, os fabricantes do setor estão apostando em sistemas ciber-físicos de inteligência para monitorar, gerenciar, rastrear, prever e otimizar a operação de sistemas de ar-condicionado e de refrigeração, em tempo real e de qualquer localização do mundo por meio de um ponto de conectividade.

Tal movimento se acelerou a partir do avanço da Internet das Coisas (IoT), com a ampliação da oferta de acesso à tecnologia 5G para redes móveis e banda larga. Em um futuro próximo, a IoT proporcionará toda a interface da linha branca, de eletroeletrônicos e eletroportáteis diretamente entre o suporte técnico e o consumidor.

Para a indústria do frio, a conectividade está abrindo portas para a coleta e análise avançada dos dados de operação de sistemas, possibilitando a identificação de oportunidades de melhorias, a tomada de decisões baseadas em dados e a validação dos resultados das ações implementadas. “Está havendo uma revolução na maneira como se faz a gestão de uma instalação, com foco em energia, sustentabilidade e/ou confiabilidade. Como novos avanços, podemos considerar o uso de robôs autônomos, big data e data analytics, fabricação aditiva e realidade aumentada”, argumenta Matheus Lemes, executivo da Trane e presidente do Departamento Nacional de Ar Condicionado da Associação Brasileira, Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento (Abrava).

O dirigente acredita que todos esses avanços na indústria levam a diversos benefícios para todo o ecossistema do frio, como um maior nível de automação, melhor aplicação da manutenção preditiva, adoção de machine learning, auto-otimização de melhorias de processos e novo nível de eficiência e capacidade de resposta aos clientes.

Segundo ele, o que se viveu na primeira década deste século difere-se do que estamos vivendo atualmente, pois tivemos revoluções que trouxeram grandes ganhos para as empresas, principalmente com o avanço da automação e das melhorias na conectividade, que permitiram maior eficiência e produtividade.

“Com isso, os fabricantes precisam adaptar cada vez mais seus produtos, inovações e serviços para o mercado, e os técnicos estão sendo capacitados para aprofundar conhecimentos sobre essas tendências. Já os varejistas estão fazendo grandes alianças técnico-comerciais visando atender aos mais diversos clientes, fundamentando-se na excelência como ponto focal de toda esta triangulação de propósitos do negócio”, descreve Matheus.

Igual percepção sobre a Internet das Coisas demonstra Ricardo dos Santos, executivo da Mayekawa do Brasil e vice-presidente do Departamento Nacional de Refrigeração da Abrava.

Este novo modelo baseado em IoT, entende ele, estabelece cada vez mais a proximidade de um processo industrial operado remotamente e composto por um sistema energeticamente eficiente, com módulos de inteligência artificial funcionando segundo parâmetros de projeto previamente determinados para garantir a eficiência.

“Ao mesmo tempo, serão cada vez mais utilizados módulos de machine learning para garantir que as características específicas de cada equipamento e de seus processos sejam obtidas com alto desempenho e segurança, com módulos autônomos que identificam alterações a serem feitas na operação em busca do ponto de máxima performance e segurança”, afirma Ricardo. Com a visão de quem já viu muitas transformações no HVAC-R, o executivo projeta, para os próximos anos, o desenvolvimento de sistemas de refrigeração dotados de premissas e tecnologias que permitirão resguardar todos os aspectos ambientais, como uso racional de energia elétrica, água e fluidos refrigerantes naturais, tudo isso agregando tecnologias de IoT para manter os sistemas em funcionamento dentro da faixa ótima de operação.

 Investimentos

Vários players do mercado do frio nacional e internacional continuamente estão investindo em tecnologias que cada vez mais atraiam o interesse de varejistas e consumidores. Se o preço final do equipamento compensar a relação custo-benefício, melhor ainda.

“Ao implementar uma solução baseada em nuvem, o contrato com o prestador do serviço geralmente segue um modelo as a service, em que o cliente paga uma mensalidade para ter acesso às plataformas de supervisão sem precisar desembolsar grandes investimentos no período inicial do projeto. Isso muda a percepção financeira do projeto. Na infraestrutura, há benefícios como a não necessidade de se manter uma estrutura de TI local complexa”, detalha Ricardo Konda, engenheiro de vendas da Divisão de Climate Solutions da Danfoss do Brasil. A multinacional dinamarquesa é uma das fabricantes que têm apostado nesta nova realidade, embora a crise econômica –agravada pela pandemia da Covid-19 –, argumenta o executivo, tenha levado o mercado em geral a postergar projetos de inovação e melhorias.

“Com a retomada da economia, esperamos que estes projetos sejam implementados e impulsionem cada vez mais a utilização dessas novas tecnologias”, deseja Konda, apontando duas plataformas de monitoramento remoto desenvolvidos pela empresa, o Centrica (foco em energia elétrica) e o Alsense (foco em temperatura e alarmes).

“São duas ótimas ferramentas baseadas em nuvem, com excelente conectividade e comunicação sem fio, que permitem aos técnicos acesso às informações de todo o sistema de refrigeração e seu consumo energético, de maneira remota por meio de PC, tablet ou smartphone. O técnico de manutenção, por exemplo, pode ir à loja muito mais preparado para resolver um problema quando já sabe de antemão qual equipamento está originando a falha ou até mesmo corrigi-la remotamente. Isto significa redução de custo operacional imediato”, salienta o gestor.

Outro importante player do mercado, a Termomecanica deu início – ainda em 2019, antes da pandemia da covid-19 – a um projeto arrojado para alcançar o status de Indústria 4.0, a partir da implementação de um sistema integrado de comunicação dos seus equipamentos, o qual permite a coleta e análise de dados históricos e em tempo real.

Em busca de uma gestão mais eficiência, o programa contemplou a aplicação de um sistema empregando tecnologia wi-fi, visando cobrir inicialmente o setor de fundição, especificamente os fornos da linha de chapas de uma de suas unidades fabris em São Bernardo do Campo (SP). Líder no setor de transformação de cobre e suas ligas, em produtos semielaborados e acabados, a Termomecanica tem investido ainda na construção de um big data alimentado com informações da engenharia e de outras áreas, como planejamento e controle da produção e qualidade.

“Graças à integração de diversos sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning), MES (Manufacturing Execution System) e Scada (Supervisory Control and Data Acquisition), os dados coletados visam auxiliar os gestores na tomada de decisão a respeito de investimentos e apoiar estudos e ações para eliminação de desperdícios nos diferentes setores da fábrica”, ressalta o superintendente de tecnologia da empresa, Walter Sanches.

O executivo reforça que essa transformação exige foco por igual em pessoas, processos e tecnologia, sem que um ou outro se sobressaia. Entendemos também que inteligência e automação precisam estar embutidas em todos os processos e as decisões baseadas em algoritmos”, complementa. Especializada no desenvolvimento, fabricação e venda de componentes, equipamentos e sistemas de ar-condicionado e ventilação interior, a multinacional Trox também ampliou seus investimentos na Internet das Coisas. Ainda em 2019, a companhia lançou, na 21ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar (Febrava), a extensão do serviço IoTROX aos equipamentos de AHU e chiller, permitindo o acesso a dados em nuvem, com segurança da informação, monitoramento e supervisão remoto com serviços de alerta para manutenção.

“A partir dessa nova visão tecnológica mundial, trazida pela Indústria 4.0, e com o intuito de proporcionar aos clientes a melhor experiência, conectamos nossos equipamentos físicos à nova plataforma IoTROX, desenvolvida baseando-se em uma infraestrutura de software com armazenamento remoto”, explica o gerente de P&D Jorge Zato.

“Os dados dos equipamentos podem ser acessados na tela de dispositivos de acesso exclusivo ao usuário, visualizando dashboards de performance e recebendo notificações do equipamento, inclusive dados históricos”, conclui o executivo. A presença da IoT em equipamentos e componentes, a partir de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, será cada vez maior nos próximos anos em toda a cadeia produtiva do frio, elevando ainda mais a confiabilidade de aparelhos e processos preventivos e de manutenção em momentos críticos. É nisso que o mercado aposta.

Conectividade avança no mercado de água gelada

Fabricantes de chillers, drycoolers e torres de resfriamento apostam na internet das coisas e em sistemas wireless para colher e analisar dados de equipamentos e, se necessário, resolver problemas a distância.

Fabricantes de chillers, drycoolers e torres de resfriamento apostam na internet das coisas e em sistemas wireless para colher e analisar dados de equipamentos e, se necessário, resolver problemas a distância.

Responsável por gerar anualmente milhões de reais em economia de energia e de consumo de água às empresas que precisam resfriar equipamentos, desde máquinas fabris até datacenters, a cadeia produtiva voltada ao mercado de centrais de água gelada (CAG) vive um momento de expansão no País.

Mesmo em meio à pandemia de covid-19, essa indústria continuou se expandindo para atender à demanda dos clientes por torres de resfriamento, drycoolers e chillers com capacidade, cada vez maiores de dissipar calor, além da forte procura por serviços de manutenção e recondicionamento de instalações. Paralelamente, os fabricantes precisaram inovar para se diferenciar, por exemplo, embarcando na tecnologia da internet das coisas (IoT), a fim de gerar, colher e analisar dados e, se necessário, intervir a distância para ajustar parâmetros e resolver “bugs” no menor tempo possível.

Segundo o líder regional de vendas da Trane, Rodrigo de Carvalho Dores, a eletrônica presente nos equipamentos tem se desenvolvido muito rapidamente. Antes, os controladores vinham instalados nos chillers. Hoje, com o crescimento da internet das coisas, é mais comum ter um controlador em todos os equipamentos do sistema de HVAC-R.

“Com o surgimento de controladores mais ‘inteligentes’ em cada equipamento, é possível gerenciar sistemas para que operem em pontos de eficiência, processo que não acontecia pouco tempo atrás. O investimento para implantar este tipo de tecnologia tem se reduzido com o passar dos anos”, detalha o executivo.

Outro ponto destacado pelo líder da Trane é o impacto trazido pelo aumento na procura pela tecnologia de controladores e sensores wireless, que viabilizou a integração da automação predial nos equipamentos, mesmo em edificações onde passar cabos seria muito complexo, como em prédios tombados. “Dessa forma, é possível fazer retrofit para incluir automação em prédios, o que antes era considerado algo inviável”.

A conectividade tem um importante papel para a Trane, uma vez que todos os equipamentos da multinacional podem sair com sistema de automação montado e pré-configurado em fábrica. Isso torna mais célere o tempo gasto em obra, já garantindo a operação mais eficiente do equipamento desde o primeiro momento. Todos esses dados podem ser coletados pelo sistema de automação, e a equipe de operação e manutenção de um prédio consegue vê-los e controlá-los em tempo real.

“Caso seja necessária uma intervenção do fabricante, conseguimos acessar remotamente o sistema de automação para coletar os dados e alarmes. Assim, muitas vezes, o problema pode ser resolvido sem o envio de um técnico, ou ainda, este já pode ir para a obra com mais informação e com a capacidade de resolver o problema mais rapidamente. Com esse tipo de conectividade é possível garantir maior disponibilidade dos equipamentos e reduzir os custos de manutenção”, complementa Rodrigo, que destaca o crescimento, acima da média, do setor hospitalar e de clínicas. Globalmente, a Trane tem um faturamento de US$ 12,5 bilhões, 35 fábricas e 37 mil colaboradores. No Brasil, sua fábrica fica em Araucária (PR). A multinacional fabrica chillers com condensação a ar que vão de 20 a 500 TR e a água, que podem chegar até 4.000 TR em um único chiller.

Outro patamar

Em plena pandemia, a Mecalor apostou na expansão de seus negócios, com vistas a ocupar outro patamar no mercado do frio. Para tanto, deu três passos adiante.

O primeiro foi a expansão de suas instalações, que deve ser concluída até o fim deste ano, quando passarão a ter o triplo da atual área ocupada. Localizada no Parque Novo Mundo, zona norte da capital paulista, a unidade fabril contará com o único calorímetro para ensaios de chillers na América Latina e com um laboratório para o desenvolvimento de chillers usando novos refrigerantes com variados graus de inflamabilidade.

O segundo passo se deu em abril, quando concluiu a aquisição da Transcalor, que será mantida como empresa independente. E o terceiro passo foi o recente lançamento da marca Klimatix, coincidindo com a chegada da nova linha Presys-Klima –equipamentos de ar condicionado de precisão. De acordo com a companhia, os chillers dedicados a este mercado, inclusive que utilizam tecnologia Turbocor, serão comercializados com esta nova marca.

A Mecalor conta atualmente com uma linha completa de chillers com compressores scroll e parafuso com capacidades que vão de 1 TR a 420 TR. Recentemente, fechou um acordo para produção no Brasil de chillers isentos de óleo usando os ultraeficientes compressores Turbocor com a Smardt canadense.

“As capacidades desta nova linha vão até 3.600 TR. Para aplicações industriais, temos alternativas de composição da central incluindo reservatório de água gelada, vaso de expansão, skid de bombeamento, estação de filtragem e monitoração central e remota”, explica o CEO da empresa, János Szegö.

O executivo informa que dispõe de uma numerosa equipe de montagem externa para o fornecimento do sistema completo na modalidade turn key, incluindo a instalação hidráulica com tubos de aço inoxidável e a interligação elétrica e de instrumentação.

A empresa também aposta na manutenção preventiva realizada pela sua divisão de aftermarket, cujo sucesso tem sido reconhecido pelos clientes, levando em consideração seus números de crescimento.

A busca por economia de energia elétrica e do consumo de água levou ao desenvolvimento de equipamentos que atendessem a esta característica, como as linhas de chillers Turbocor e de drycoolers Aludry

“Toda a nossa linha de produtos está preparada para o monitoramento remoto e a coleta e armazenamento de dados operacionais. A análise destes parâmetros de big data permitirá a proposição de esquemas de manutenção preditiva em um futuro próximo”, salienta János.

 

Conectividade

No mesmo caminho, a alemã TROX atualmente oferece uma linha completa de chillers, incluindo os modulares SmartX, com projeto e fabricação nacionais. A partir desta visão, projeta um crescimento sustentável e rentável em suas linhas neste ano, já levando em consideração os efeitos negativos da pandemia.

O engenheiro mecânico Christyam Alcantara Paulo da Silva, especialista em eficiência energética e supervisor de P&D da empresa, explica que as principais vantagens desses novos produtos são a flexibilidade, o alto nível de controle e a possibilidade de integração com os consumidores (fancoils).

“A linha SmartX possui conectividade para os serviços IoTrox com opcional para elevar o sistema ao patamar 4.0. Ainda contamos com a parceria da italiana Aermec, que possui uma linha completa de equipamentos de condensação a ar e a água com tecnologias de compressão scroll, parafusos, inverter e centrífugos de alta eficiência e performance”, afirma.

O gestor acredita que o controle e a precisão da tecnologia são as tendências nos diferentes tipos de equipamentos presentes em uma central de água gelada.

“Ter dados disponíveis na operação e manutenção do equipamento em tempo real é um grande diferencial de eficiência e eficácia. Aos poucos, o que se prenuncia é a integração desses dados na construção de um banco de dados, não só restrito à CAG. A central de água gelada pode ser integrada ao sistema de segurança predial, iluminação, suprimento de energia elétrica e aquecimento de água, entre outros”, enfatiza Christyam.

A linha SmartX, esclarece, possui conectividade com um servidor. “Com os dados em nuvem, diversos algoritmos e softwares disponibilizam via páginas web os dados de operação, alarmes e dados preditivos em tempo real”, completa.

 

Surfando a onda

Apesar de ter sofrido o impacto negativo gerado pela pandemia no volume de trabalho durante 2020, o segmento de prestação de serviços no HVAC-R também está surfando na onda de otimismo do setor, que projeta recuperação até o fim deste ano. Mesmo em 2021, o mercado começa a retomada atendendo à demanda por manutenção e recondicionamento de equipamentos, uma vez que boa parte das empresas preferiu reter recursos que poderiam ter sido direcionados para a compra de novos produtos. Altamente concorrido, este segmento costuma premiar diferenciais como velocidade nos reparos, disponibilidade de peças de reposição, alta capacidade técnica e profissional e economia de energia obtida nos sistemas mantidos ou retrofitados.

A Recom, especificamente, é reconhecida por ter estas características. Com unidades em Caieiras e Jundiaí (SP), a empresa atua com manutenção de chillers multibrand e sistemas de automação com eficiência energética garantida entre 20% e 65%.

“Uma vez integrados os sistemas de comunicação, a gestão de dados é feita pelo sistema WEBefficiency, que, juntamente com o Cooling Tower Optimizer, foi lançado na última Febrava e recebeu o prêmio destaque inovação”, explica o diretor comercial e de marketing da empresa, Fabio Moacir Korndoerfer.

Segundo o executivo, a crise gerada pela pandemia levou a companhia a uma queda de 25% nas vendas em 2020 em relação a 2019. Entretanto, a companhia projeta a reversão do resultado até o término deste ano, com um crescimento de pelo menos 30%, e para 2022 cogita chegar a 20%.

 

Alta eficiência

A gigante Johnson Controls-Hitachi Brasil tem aproveitado o bom momento deste segmento e recentemente anunciou o lançamento do chiller de alta eficiência energética YVWE, que compõe a linha de produtos York.

Adequado para instalação em edifícios comerciais de médio e grande porte, o equipamento é dotado de um compressor parafuso de velocidade variável e condensação à água, aspecto que garante alta confiabilidade e respostas sustentáveis em sua operação.

Segundo a multinacional, que possui planta fabril em São José dos Campos (SP), o chiller apresenta menores níveis de ruído e robustez de todos os seus componentes graças ao investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Sustentável, tem baixa carga de refrigerante R-134a em sua composição e não agride a camada de ozônio, uma vez que a redução no consumo de energia resulta em baixas emissões de CO2, abrindo precedentes fundamentais para o desenvolvimento de edifícios verdes.

“Na escolha da instalação de chillers sempre existem algumas decisões para colocar na balança, pois há os prós e os contras de cada sistema adotado. Sempre existe oportunidade de redução no consumo de energia na instalação, na faixa de 5% a 8%, adotando-se a solução com chillers no arranjo em série e contrafluxo ou na aquisição de máquinas com este conceito já incorporado”, esclarece o gerente de aplicação da companhia, João Carlos Antoniolli.

IoT revoluciona mercado de climatização de edifícios

Baixar em PDF: Edição 11/2020

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC, na sigla em inglês) inteligentes mantêm os dados críticos de controle e manutenção atualizados automaticamente e facilmente acessíveis.

Os clientes personalizam remotamente suas configurações por meio de aplicativos, e os prestadores de serviços acessam alertas antecipados e diagnósticos relevantes por meio de relatórios on-line.

Produtos sofisticados podem até mesmo integrar previsões meteorológicas e tendências de uso de energia para reduzir o consumo energético e otimizar a regulação da temperatura.

À medida que a sustentabilidade se torna um foco cada vez maior para indivíduos, empresas e comunidades, os sistemas de HVAC integrados à chamada Internet da Coisas (IoT) podem proporcionar aos usuários uma experiência perfeita em termos de conforto térmico e qualidade do ar interno (QAI), ao mesmo tempo em que reduzem impacto ambiental.

 A Internet das Coisas

A IoT possibilita o uso de recursos inteligentes de muitas tecnologias, incluindo sistemas de ar condicionado. Sensores avançados projetados para a IoT podem fornecer uma grande variedade de informações relevantes para clientes, fabricantes e mantenedores de instalações.

Os sensores reúnem medições de temperatura do ar interno, temperatura radiante externa, umidade interna e externa, velocidade do ar e padrões de circulação, para citar alguns dados.

Os sensores inteligentes transferem essas informações para um banco de dados central, que conecta o sistema de HVAC à rede mundial de computadores, exportando o status para aplicativos e painéis e importando informações como previsões do tempo e preferências dos usuários.

Essas previsões e preferências são usadas para ajustes automáticos do sistema de HVAC, comandando atuadores sem esperar a intervenção de um usuário.

Sensores inteligentes podem se comunicar por meio de redes wi-fi existentes, conexão de celular, bluetooth ou outras conexões proprietárias. Isso fornece flexibilidade e adaptabilidade com base nas necessidades particulares de configuração de um de sistema de HVAC.

Portanto, conectividade é um aspecto fundamental dos sistemas feitos para a IoT, pois permite que os componentes se comuniquem entre si para ajustes automáticos e contínuos e fornece um gateway (ponte de ligação, em português) para os sensores compartilharem e coletarem informações externamente.

Impacto no setor de manutenção

Nos próximos anos, a tendência é observar “superespecialistas” e não mais técnicos genéricos, devido ao poder de rastreabilidade remota para encontrar defeitos específicos nos equipamentos. “A gestão da manutenção dos aparelhos de ar condicionados está sendo remodelada com a IoT”, esclarece o engenheiro Leandro Solarenco, especialista em projetos, master coach e CEO da Vetor Frio & Clima.

“Ao contrário da manutenção tradicional, que exige técnico para identificar problemas, a manutenção 4.0 consegue fazer tudo remotamente, identificando tempo de uso, falhas e outros dados de forma semelhante ao dos carros modernos, que monitoram, por exemplo, a quilometragem e acionam sensores de falhas deixando os técnicos preparados para o serviço. Essa rastreabilidade do processo de manutenção vai demandar técnicos específicos para determinados problemas, eliminando todo o trâmite de ter um responsável para terceirizar esse trabalho. Isso vai modificar o segmento de manutenção, que gradativamente caminhará para um modelo mais versátil, além de valorizar o trabalho do técnico que contará com conhecimentos específicos”, ressalta.

Além de proporcionar mais agilidade e eficiência no processo de manutenção, gerando economia de energia, a manutenção 4.0 também possibilita um segundo benefício, que é flexibilizar o serviço de acordo com a necessidade, devido a três itens principais de automação:

1 – Painéis de notificações de defeitos no aparelho de ar condicionado, identificando falhas ou antevendo possíveis problemas;

2 – Redução do impacto dos reparos a cada visita. Numa manutenção tradicional, fatalmente, o reparo é realizado em duas visitas. No conceito 4.0, o processo de reparo é antecipado, uma vez que o técnico já tem o pré-diagnóstico do equipamento remotamente. Dessa forma, se o equipamento apresentar defeito, é possível levar as peças adequadas na primeira visita;

3 – Cálculo de utilização para entender quando de fato a manutenção precisa ser feita, passando a ser sob demanda e não mais por tempo.

“Hoje, normalmente o processo de manutenção regular exige um checklist com a presença de um técnico no local para fazer a limpeza padrão e verificação do que está ocorrendo no equipamento para posteriormente determinar diagnóstico e fazer o reparo. Tudo isso gera um custo e um tempo maior, inclusive de deslocamento do profissional”, lembra Solarenco.

“Ao inverter esse jogo”, prossegue, “a empresa vai eliminar partes dos processos de verificação manual, tempo, ferramentas e deslocamento fazendo tudo isso pela Internet usando dispositivos de IoT”.

“Dessa forma, com precisão e eficiência, a tecnologia vai realizar as mesmas medições e chegar numa conclusão do que precisa ser realizado pelo técnico de forma antecipada e correta, transformando positivamente a forma de realizar a manutenção de sistemas de ar condicionado”, diz.

Evolução da IoT

Muitas indústrias continuam a financiar pesquisas na área de IoT, desenvolvendo novos recursos e reduzindo custos. Vários níveis de preços e recursos atraem uma ampla gama de clientes residenciais e comerciais.

Avanços na computação, como inteligência artificial, complementam as melhorias da IoT e destacam novos aplicativos. A natureza centrada em software dos sistemas inteligentes permitirá atualizações de pouco esforço e baixo custo no futuro.

Os painéis trazem a riqueza de informações que os sistemas de IoT fornecem às pontas dos dedos dos usuários, personalizando os controles e simplificando a manutenção. Os clientes podem ajustar seus sistemas de acordo com suas necessidades exatas, e os empreiteiros têm informações críticas de diagnóstico prontamente disponíveis.

A eficiência energética atraiu a atenção de indivíduos, empresas e comunidades; os sistemas inteligentes demonstraram uma redução significativa no uso de energia sem sacrificar o conforto.

Os sistemas de HVAC inteligentes já provaram sua capacidade de fornecer personalização ao usuário, gerar alertas de manutenção, maximizar o conforto e reduzir o consumo de energia. E eles continuarão melhorando, à medida que a tecnologia de IoT cresce.

STR Ar Condicionado lança “Uber” dos instaladores

Reconhecida como uma das empresas mais inovadoras do mercado nacional de climatização, a STR Ar Condicionado desenvolveu um aplicativo que conecta consumidores e técnicos especializados em instalação e manutenção de ar-condicionado, a exemplo do que atualmente fazem, na área de transporte, apps como os gigantes Uber e Cabify.

Com duas interfaces distintas – uma azul para o instalador e outra vermelha para o cliente –, o STR Service, que começou a ser desenvolvido no final de 2014, apoia-se sobre o conceito de geolocalização em tempo real e em qualquer horário.

Assim, quando um chamado de serviço é aberto, o sistema indica, no mapa, a localização do cliente, qual o melhor trajeto e o tempo necessário para a chegada até o local.

Essa funcionalidade dá aos profissionais cadastrados maior autonomia e flexibilidade de horários, inclusive para a formação de uma agenda de serviços mais organizada, evitando atrasos nos atendimentos.

Do outro lado, o cliente poderá saber quais instaladores estão mais próximos e as avaliações obtidas em serviços anteriores, informações que o ajudarão a escolher o profissional de sua preferência. Ou seja, o sistema não determina qual técnico fará o serviço, uma vez que essa decisão é exclusiva do cliente.

Com a visita agendada, cliente e técnico, estando em locais diferentes durante o atendimento, podem trocar mensagens e fotos por meio de chat, tornando a comunicação mais rápida e direta.

Após realizar uma análise técnica sobre o serviço a ser realizado, o instalador verifica quais reparos ou materiais serão necessários para executá-lo. O orçamento é enviado em tempo real. Fechado o valor, o consumidor insere seus dados bancários e realiza o pagamento exclusivamente pelo aplicativo, por débito automático.

“A plataforma está integrada ao PayPal e, futuramente, o app também aceitará outras formas de pagamento”, diz o empresário Giovani Soares, diretor-executivo da STR Ar Condicionado.

Como funciona o STR Service

Ao iniciar o serviço na casa ou escritório do cliente, o profissional ficará indisponível para receber outros chamados. Como nos apps de transporte, o consumidor avaliará a qualidade do serviço e do atendimento, atribuindo notas, que farão parte de um histórico de atendimento de cada profissional cadastrado.

Giovani Soares explica que o instalador fica com 70% do valor pago pelo cliente, enquanto o aplicativo retém 30% a título de remuneração por administrar todo esse movimento de conexão entre as partes.

“Ao mesmo tempo, por meio do app, o técnico poderá realizar vendas de equipamentos que comercializamos, porque ele terá acesso ao catálogo da nossa empresa, ficando com 5% de comissão”, esclarece.

Segundo ele, a ideia é, futuramente, trabalhar em parceria com os grandes varejistas, que poderão indicar o aplicativo aos clientes que comprarem um equipamento, para que eles possam encontrar um dos instaladores cadastrados, em qualquer lugar do País.

“Ao contrário do que alguns possam achar, nosso app não é, de maneira alguma, concorrente dos técnicos. Nossa intenção é agregar aos profissionais mais capacidade de atendimento aos clientes”, pondera.

O empresário afirma que o desenvolvimento do aplicativo chegará a tal ponto que poderá se integrar com a tecnologia de controle de equipamentos remotamente, basicamente atuando pelo que hoje o mercado chama de Internet das Coisas (IoT).

O STR Service, nas versões para técnico e cliente, pode ser baixado no Google Play e na App Store, e a adesão é gratuita.

Internet das coisas deve movimentar US$ 8 bi no Brasil

O mercado de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) deve movimentar US$ 8 bilhões no Brasil neste ano, segundo a IDC.

A consultoria espera que os principais setores a investir na tecnologia sejam aqueles elencados no Plano Nacional de IoT, divulgado pelo governo: saúde, indústria, agricultura e infraestrutura urbana.

“Já temos no Brasil projetos de integração de IoT com blockchain e inteligência artificial”, aponta Pietro Delai, gerente de Pesquisa e Consultoria em Infraestrutura da IDC Brasil.

A projeção é de que o mercado doméstico de IoT atinja US$ 612 milhões no país. Cerca de 4% das residências possuem algum dispositivo conectado, como controles de câmeras, temperatura e ar condicionado.

Esse número não inclui televisores conectados.

 

Fonte: Inova.Jor – Renato Cruz

TROX Brasil implanta IoT para monitorar qualidade do ar

A TROX do Brasil adota a solução de IoT (Internet of Things) e realidade aumentada, é  a primeira subsidiária da multinacional a garantir a qualidade do ar de hospitais, laboratórios farmacêuticos, ambientes industriais e comerciais por meio de automação, sensores e IoT. A solução também monitora os componentes dos aparelhos de ar condicionado industriais, inovando o processo de manutenção preventiva com alta tecnologia e conectividade.

O sistema analisa as variáveis específicas como temperatura, pressão, vazão de ar e água dos equipamentos de ar condicionado instalados, que são customizados em função das especificidades de cada cliente.

A previsão da companhia é de entregar os primeiros equipamentos com  Internet das Coisas  embarcado no primeiro trimestre de 2018.

Novo é um aparelho que permite controlar seu ar-condicionado à distância

O Novo é um equipamento de Internet das Coisas que permite controlar seu ar-condicionado à distância. Por meio de um aplicativo para celular, é possível configurar o climatizador de qualquer lugar do mundo pela Internet. O diferencial está na compatibilidade com aparelhos de diversas marcas, para tal basta apenas que o seu refrigerador/climatizador de ar venha com sensor infravermelho.

É possível, por exemplo, ligar o ar-condicionado ao sair do trabalho para deixar a temperatura ideal ao chegar em casa. O dispositivo também possui funções para economizar energia, com um timer inteligente.

O que chama a atenção é a forma como o Novo trabalha. Ao contrário de outros sistemas de IoT, não é preciso adicionar nada direto na tomada do ar-condicionado – o que torna a instalação bem simples.

O equipamento é composto por dois dispositivos. O SuperHub funciona como uma central responsável por distribuir o sinal Wi-Fi. O Climair é o que controla o ar-condicionado. Para funcionar corretamente, é preciso que o Climair tenha contato visual com o climatizador. O dispositivo traz infravermelho e funciona basicamente como um controle remoto.

O comando é feito pelo smartphone, passa pelo SuperHub e é transmitido ao Climair que, em seguida, repassa ao ar-condicionado pelo sensor. Isso, claro, de forma quase instantânea. Para configurar o celular com o Climair, basta escanear um QR Code localizado dentro do acessório.

Outro aspecto interessante é que o SuperHub é capaz de controlar até 25 Climair de uma única vez. Com isso, é possível comprar equipamentos adicionais para instalar em todos os aparelhos de ar-condicionado da casa. Pelo app, dá para selecionar qual climatizador controlar – se você deseja ligar o ar-condicionado da sala ou do quarto, por exemplo. O SuperHub funciona com um limite de 64 smartphones conectados e trabalha com uma área máxima de 100 metros.

 

Fonte: TechTudo