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Futuro do HVAC-R une eficiência, sustentabilidade e ar mais saudável

Com foco em eficiência energética, uso de refrigerantes de baixo GWP e melhoria da qualidade do ar interno, o setor de HVAC-R no Brasil acelera sua transição para uma era mais sustentável

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À medida que o setor de HVAC-R no Brasil avança, as atenções se voltam para três pilares que definirão o futuro da climatização e refrigeração: eficiência energética, transição para refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP) e melhoria da qualidade do ar interno, e vem assumindo papel estratégico na agenda de sustentabilidade no país, além de representar participação significativa na produção industrial.

Representando cerca de 2,3% da produção industrial, nacional a eficiência energética é hoje uma das prioridades da política ambiental e industrial brasileira. O Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a organização internacional CLASP, promoveu em 14 de outubro último, o seminário “Brasil e a COP30: o papel da eficiência energética no setor HVAC-R”, que reuniu representantes do governo, entidades industriais e especialistas nacionais e internacionais.

Durante o encontro, foi lançado o Comitê de Acompanhamento do Projeto de Eficiência Energética como Instrumento de Política Industrial, iniciativa que reunirá representantes públicos e privados para sugerir ações que ampliem a competitividade e a sustentabilidade do setor. O grupo também será responsável pela elaboração de uma carta de compromisso com a eficiência energética, que poderá ser apresentada na COP30, em Belém (PA), este mês de novembro.

Para o MME, a cooperação entre ministérios, indústria e instituições de pesquisa é essencial para fortalecer a política energética brasileira e posicionar o país como referência global em inovação. O diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética do MME, Leandro Andrade, destacou que o setor de HVAC-R representa cerca de 10% do consumo de energia elétrica do setor residencial no país, índice que evidencia o enorme potencial de economia e de crescimento.

Leandro Andrade destacou o papel da eficiência energética no setor HVAC-R durante seminário “Brasil e a COP30”

“A eficiência energética é o primeiro e mais imediato mecanismo de impacto para os sistemas HVAC-R. No Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou diretrizes específicas para aparelhos de ar-condicionado, estabelecendo novos índices mínimos de eficiência com metodologia baseada na norma ISO 16358-1, que permite diferenciar os equipamentos com tecnologia inverter, capazes de consumir até 30 % menos energia que os convencionais de rotação fixa. A eficiência energética usualmente é como se fosse o combustível mais barato, a alternativa energética mais econômica para o consumidor de energia. Ela pode reduzir a necessidade de novos investimentos em geração e transmissão de energia e trazer benefícios diretos ao consumidor, com redução na conta de luz, sem perder qualidade de vida. Num contexto de COP, reforçar a eficiência dentro da política industrial brasileira é essencial para alcançarmos a transição energética inclusiva que desejamos”, afirmou Andrade.

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) vem alertando sobre os desafios na implementação de alternativas de refrigerantes de baixo GWP, tecnologias com máxima eficiência e QAI, destacando questões como infraestrutura, custo, capacitação técnica e normas de segurança e fabricantes já se movimentam.

“Durante o evento “Brasil e a COP30”, foi assinado o termo com os SENAI Amazonas e Paraná, que farão o mapeamento de toda cadeia produtiva do HVAC-R na intenção de apresentar iniciativas que impulsionam a sustentabilidade e a inovação no país. Além disso, eu e Felipe Raats representaremos a ABRAVA no Comitê de Acompanhamento do Projeto Eficiência Energética no setor”, informa Thiago Pietrobon, Diretor de Meio Ambiente da ABRAVA.

Tanto para os grandes fabricantes quanto para instaladores, esse tripé: pressão regulatória + mercado + tecnologia, significa que os sistemas devem ser projetados com componentes de alta eficiência, controles inteligentes, manutenção rigorosa e integração digital (IoT/monitoramento). O resultado: menor consumo de energia, menores custos operacionais e menor emissões de CO‚  no ciclo de vida.

A Daikin divulgou que pretende duplicar a eficiência energética de seus equipamentos até 2030 e zerar as emissões de carbono em 2050. Em sua participação no seminário “Brasil e a COP30”, a empresa apresentou sua visão de sustentabilidade e o avanço tecnológico em equipamentos inverter e VRV.

“A promoção do inverter e o desenvolvimento do VRV foram fundamentais para o salto tecnológico que resultou em equipamentos mais eficientes. Em cada COP, a Daikin buscar trazer novas ideias e aplicações com o objetivo de reduzir sua pegada de carbono e transformar o setor. Na COP30, o foco será em soluções para descarbonização de edificações e combate ao overcooling (arrefecimento excessivo)”, enfatiza João Aureliano, Gerente Sênior de Engenharia de Produto da Daikin.

Já a Hitachi, teve projeto pelo retrofit do Condomínio Edifício Villa Lobos com a substituição de chillers, infraestrutura elétrica e hidráulica que resultou em redução de consumo de energia elétrica de cerca de 20% e água em 25%. O retrofit substituiu a Central de Água Gelada (CAG), condicionadores de ar, infraestrutura elétrica e hidráulica, além da instalação das seis unidades resfriadoras de água gelada com Chiller Parafuso com Condensação a Ar de capacidade 140 TR cada, totalizando 840 TR.

Transição para refrigerantes de baixo GWP

O segundo grande vetor é a transição para refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP). No Brasil, esse movimento é impulsionado tanto por compromissos internacionais como a Protocolo de Kigali (sobre HFCs), quanto por iniciativas setoriais. A Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ASBRAV), por exemplo, publicou recentemente um alerta sobre “Desafios na implementação de refrigerantes de baixo GWP no Brasil”, mencionando barreiras como infraestrutura, custo e capacitação técnica.

“Globalmente, a indústria de HVAC-R é incentivada a diminuir o uso de refrigerantes tradicionais devido ao seu alto GWP, que contribui significativamente para o aquecimento global. O Protocolo de Kigali, uma emenda ao Protocolo de Montreal, exige uma redução substancial na utilização destes gases até 2030. Para o Brasil, a adesão a este protocolo significa necessidades urgentes de adaptação às novas normativas internacionais que promovem um mercado mais sustentável. A transição para refrigerantes de baixo GWP no Brasil é inevitável e essencial para alinhar o país com objetivos globais de sustentabilidade. Enquanto os desafios são consideráveis, as oportunidades para inovar e liderar em eficiência energética e redução de emissões são vastas. Com o apoio governamental adequado através de incentivos fiscais e programas de financiamento, juntamente com um ambiente regulatório claro e estável, o Brasil pode superar esses obstáculos e estabelecer um novo padrão em sustentabilidade ambiental no setor de HVAC-R”, comenta Mario Henrique Canale, presidente da ASBRAV.

No setor industrial, as fabricantes já lideram esse movimento. A Daikin iniciou em Manaus a produção de equipamentos que utilizam o R-32, fluido com GWP até 68% menor que o R-410A. A Midea também investe em linhas com R-32 e em projetos que testam o uso do R-290 (propano), considerado uma solução natural e de baixíssimo impacto ambiental. Já a Copeland oferece compressores e sistemas compatíveis com refrigerantes A2L, CO2‚  (R-744) e R-290, desenvolvidos para aplicações comerciais e industriais de alta eficiência.

Esses avanços colocam o Brasil em sintonia com os compromissos do Protocolo de Kigali, que prevê a redução gradual dos HFCs. No entanto, para consolidar a transição, é indispensável investir na capacitação de técnicos e instaladores, pois o manuseio de novos gases requer normas de segurança, ferramentas específicas e procedimentos de comissionamento adequados.

Grandes fabricantes já oferecem sistemas compatíveis com refrigerantes A2L, CO2‚ (R-744) e R-290, desenvolvidos para aplicações comerciais e industriais


Qualidade do ar interno e saúde

A pandemia reforçou a importância da qualidade do ar interno (QAI) como fator de saúde pública e produtividade. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a ABRAVA têm enfatizado que a QAI deve integrar políticas ambientais e de edificações sustentáveis. Segundo dados da ABRAVA, em ambientes fechados onde passamos cerca de 90% do tempo, a poluição interna pode ser 2 a 5 vezes maior do que a externa. Isso reforça o papel crítico de projetistas, instaladores e técnicos em garantir sistemas bem dimensionados e limpos, com ventilação adequada, filtragem eficiente, controle de umidade, troca de ar e manutenção periódica.

Até recentemente, a Resolução RE 09/2003 da ANVISA era o principal documento que definia padrões referenciais de QAI no país. Contudo, ela foi substituída pela nova ABNT NBR 17.037:2023, que modernizou e ampliou os critérios de avaliação. A norma estabelece parâmetros para contaminantes biológicos, químicos e físicos, além de condições térmicas ideais e taxas mínimas de renovação de ar.

“A publicação dessa norma representa um avanço importante, pois substitui padrões antigos e alinha o Brasil às práticas internacionais de controle de qualidade do ar. A NBR 17.037 dialoga com outras referências, como a NBR 16.401-3, voltada ao projeto e manutenção de sistemas de ar-condicionado central e unitário, e as normas ASHRAE 62.1 e 55, que orientam o conforto térmico e a ventilação adequada em edifícios. Além disso, em 2024 foi sancionada a Lei nº 14.850, que institui a Política Nacional de Qualidade do Ar. Embora voltada principalmente ao ar externo, a legislação reforça a necessidade de monitoramento, divulgação de dados e integração de políticas públicas, o que influencia diretamente os esforços pela melhoria da QAI”, diz Leonardo Cozac, Presidente da ABRAVA.

Essas mudanças normativas refletem uma nova mentalidade no setor HVAC-R. Hoje, não basta climatizar, é preciso purificar, ventilar e monitorar o ar que se respira. Essa evolução tecnológica e regulatória vem acompanhada de desafios, como o custo das medições e adequações, a necessidade de atualização profissional e a substituição de equipamentos antigos por sistemas mais eficientes.

A LG, por exemplo, em sua plataforma de soluções, afirma adotar uma abordagem “digital e ecologicamente correta” e aponta que suas soluções ajudam a “garantir ambientes mais seguros e saudáveis”, com filtros de alta eficiência, monitoramento de qualidade do ar e ventilação térmica otimizada.


Desafios de instaladores e técnicos

Mesmo com equipamentos de ponta e fluidos de baixo impacto, se a instalação for inadequada, a manutenção negligente ou os controles inexistentes, o ganho se perde. Entre os desafios destacados estão:

– Capacitação técnica para os novos refrigerantes (manuseio, instalação, segurança) e para manutenção de sistemas inverter e de vazamento reduzido.

– Necessidade de projetos bem dimensionados e execução com qualidade (tubulação, isolantes térmicos, carga correta, comissionamento).

– Manutenção periódica que garanta desempenho real, qualidade do ar e vida útil dos equipamentos.

– Conscientização dos usuários finais para optar por soluções de maior eficiência, ainda que com investimento maior.

– Alinhamento regulatório, incentivos fiscais ou programas de apoio para acelerar a substituição de sistemas obsoletos, inclusive em edificações públicas ou industriais.

ONU alerta que demanda por ar-condicionado deve triplicar até 2050

Relatório do Pnuma indica que emissões do setor podem dobrar e defende acesso ao resfriamento como infraestrutura essencial.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou, durante a COP30, em Belém, o relatório Global Cooling Watch 2025, que aponta o crescimento acelerado da demanda global por refrigeração. Segundo o documento, o uso de aparelhos de ar-condicionado e sistemas de refrigeração deve triplicar até 2050, o que pode dobrar as emissões de gases de efeito estufa associadas ao setor.

O relatório relaciona o aumento da população mundial e a intensificação das ondas de calor extremo ao maior acesso de famílias de baixa renda a equipamentos de refrigeração ineficientes e mais poluentes. A projeção é de que as emissões atinjam 7,2 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente em 2050, mais do que o dobro do registrado em 2022.

O Pnuma aponta que a adoção de equipamentos mais eficientes e o uso combinado de ventiladores e ar-condicionado poderiam reduzir as emissões do setor em 64% até meados do século. A medida evitaria US$ 43 trilhões em gastos com energia e infraestrutura e protegeria 3 bilhões de pessoas dos impactos do calor extremo. Se houver uma descarbonização rápida da matriz energética, a redução da poluição poderia chegar a 97%.

A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, afirmou que o acesso ao resfriamento deve ser tratado como infraestrutura essencial, a exemplo de água e saneamento, e destacou que “não é possível resolver a crise do calor apenas com ar-condicionado”, alertando para o aumento das emissões e o risco de sobrecarga nas redes elétricas.

Segundo o relatório, mais de um bilhão de pessoas vivem hoje sem acesso adequado à refrigeração, número que também deve triplicar até 2050, com impacto maior sobre mulheres, idosos e pequenos agricultores.

Entre as soluções propostas estão o resfriamento passivo, por meio de projetos arquitetônicos que favorecem ventilação e sombreamento; sistemas de baixo consumo energético, como ar-condicionado híbrido e soluções solares off-grid; e a redução do uso de hidrofluorcarbonetos (HFCs), substâncias com alto potencial de aquecimento global.

O Pnuma alerta ainda que o estresse térmico pode inviabilizar 80 milhões de empregos em tempo integral até 2030, tornando o acesso ao resfriamento sustentável fundamental para a continuidade de atividades em escolas, hospitais e empresas.

Johnson Controls reforça presença da marca YORK no mercado brasileiro de HVAC-R

Campanha busca consolidar a atuação da YORK no país e acompanhar o avanço das normas de eficiência energética no setor.

A Johnson Controls conduz uma campanha de consolidação da marca YORK no mercado brasileiro de HVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração). A iniciativa visa ampliar a presença da marca em projetos de grande porte e integrar soluções de climatização com tecnologias digitais e de automação predial.

O movimento ocorre em meio ao aumento da demanda por sistemas de HVAC-R em segmentos como data centers, complexos corporativos, shopping centers, hospitais e indústrias. O crescimento do setor também é favorecido pela resolução do Ministério de Minas e Energia que define o Índice Mínimo de Eficiência Energética para novas edificações, medida que deve incentivar práticas mais sustentáveis e a modernização de infraestruturas.

“Os setores público e privado estão cada vez mais empenhados em se adequar a essa nova realidade energética, não apenas para cumprirem suas metas de descarbonização, mas também para se manterem em linha com a tendência pró-conforto que tem sido a tônica no mercado. Essa norma do governo federal deve acelerar ainda mais esse processo”, afirma Adhemar Liza, general manager da Johnson Controls no Brasil.

Em 2025, a Johnson Controls completa 140 anos de atuação global, enquanto a YORK celebra 150 anos de fundação. Para Liza, a consolidação da marca no país está ligada ao fortalecimento da estrutura técnica e ao suporte especializado oferecido aos clientes. “O pós-venda técnico especializado e com suporte contínuo é um diferencial da Johnson Controls no Brasil, fortalecendo o vínculo com nossos clientes e assegurando maior estabilidade operacional com menor custo no longo prazo”, diz.

Carrier apresenta sistema de resfriamento líquido para data centers com IA

Nova CDU da linha QuantumLeap™ é exibida no DCD Connect Brasil 2025, em São Paulo, com foco em eficiência e alto desempenho.

A Midea Carrier apresentou no DCD Connect Brasil 2025, em São Paulo, o sistema de resfriamento líquido CDU (Coolant Distribution Unit) da linha QuantumLeap™, desenvolvido para data centers que processam inteligência artificial.

A tecnologia, já adotada em outros mercados, difere dos modelos tradicionais de climatização ao resfriar diretamente o chip, em vez de reduzir a temperatura do ar de todo o ambiente. Segundo a empresa, essa configuração aumenta a eficiência da operação, reduz o consumo de energia e permite maior capacidade de processamento em espaços físicos menores.

Durante o evento, o gerente comercial da Midea Carrier, Cristiano Brasil, destacou que a companhia está preparada para apoiar a transição dos data centers para soluções híbridas e líquidas de alto desempenho.

Guia Técnico do R-717: dados operacionais e requisitos de segurança

Ficha de referência com informações sobre pressões, lubrificantes, compatibilidade e limites de uso segundo IIAR e ASHRAE.

O R-717, conhecido como amônia, é um refrigerante natural amplamente utilizado em sistemas industriais de refrigeração. Sua composição é 100% natural, sem mistura com outros compostos. O fluido destaca-se por sua alta eficiência energética e impacto ambiental nulo, características que o mantêm como referência técnica no setor HVAC-R.


Condições de operação

Lado de baixa pressão (Low Side): –9,4 °C (15 °F)

  • Pressão: 2,97 bar

  • Ponto de ebulição: –33,3 °C

  • Razão de compressão: 6,66

Lado de alta pressão (High Side): 21,1 °C (70 °F)

  • Pressão: 11,65 bar

  • Razão de compressão: 2,99


Propriedades termodinâmicas
  • Deslizamento (Glide): 0 °C (substância pura).

  • Calor latente de vaporização:

    • 1.294 kJ/kg (a –9,4 °C)

    • 1.147 kJ/kg (a 21,1 °C)

Esses valores demonstram a alta capacidade de absorção de calor da amônia, o que se traduz em excelente eficiência no ciclo de refrigeração.


Segurança e compatibilidade
  • Inflamabilidade: Sim

  • Toxicidade: Alta

  • Classe de segurança (ASHRAE 34): B2L — tóxico e levemente inflamável

  • Compatibilidade de materiais: não utilizar com cobre ou ligas de cobre

  • Lubrificantes recomendados: MO (óleo mineral) e PAO (polialfaolefina)

A amônia requer instalações específicas, com boa ventilação e monitoramento de vazamentos, devido à sua toxicidade e risco de inflamabilidade.


Impacto ambiental
  • Potencial de Aquecimento Global (GWP): 0

  • Potencial de Destruição da Camada de Ozônio (ODP): 0

Essas características fazem do R-717 uma alternativa de longo prazo diante das restrições aos HFCs impostas por acordos internacionais, como o Protocolo de Kigali.


Limites de segurança
  • RCL (limite de concentração): 320 ppm

  • LFL (limite inferior de inflamabilidade): 167.000 ppm

Esses limites definem as concentrações máximas seguras de exposição e os valores mínimos para que o gás possa inflamar.


Compatibilidade de aplicação (SNAP – EPA)

De acordo com a EPA (Environmental Protection Agency) e o programa SNAP (Significant New Alternatives Policy), o R-717 é aprovado para uso em:

  • Armazéns frigoríficos industriais

  • Refrigeração de processos industriais

  • Fábricas de gelo comerciais

  • Refrigeração de alimentos e bebidas

  • Sistemas de ar-condicionado não residenciais

Por outro lado, não é indicado para chillers centrífugos nem para desumidificadores residenciais, devido ao risco de vazamentos em ambientes fechados.


Resumo técnico
Propriedade Valor
Tipo Natural
GWP / ODP 0 / 0
Ponto de ebulição –33,3 °C
Calor latente (–9,4 °C) 1.294 kJ/kg
Pressão de evaporação 2,97 bar
Pressão de condensação 11,65 bar
Lubrificantes MO, PAO
Compatibilidade Não usar com cobre
Classe de segurança B2L
Inflamável Sim
Tóxico Sim
Aplicações principais Refrigeração industrial, processos alimentícios, fábricas de gelo

Conclusão

A amônia continua sendo um dos fluidos refrigerantes mais eficientes e sustentáveis do mercado. Seu uso, no entanto, exige projeto e operação com alto padrão técnico e protocolos de segurança rigorosos, especialmente em ambientes confinados. Quando corretamente aplicada, oferece desempenho térmico superior e custo operacional competitivo, mantendo-se como referência na refrigeração industrial de médio e grande porte.

Indústrias Tosi participa do DCD>Academy Conect 2025

Empresa acompanhou debates sobre eficiência energética e inovação em data centers.

A Indústrias Tosi participou do DCD>Academy Conect 2025, realizado nos dias 4 e 5 de novembro, em São Paulo. O evento reuniu líderes e especialistas do setor de data centers para discutir tendências tecnológicas, eficiência energética e sustentabilidade nas operações críticas.

Representaram a empresa Lucas Tosi, Márcio Tosi, Marcelo Tosi e o engenheiro Marcos Santamaria A. Corrêa. A participação reforçou o compromisso da Tosi em acompanhar as transformações do mercado e desenvolver soluções térmicas voltadas a aplicações de alta performance.

Soluções para a descarbonização pautam encontro do setor HVAC-R em Brasília

ABEMEC-DF realiza 26º #AquiTemTecnologia no CREA-DF para discutir eficiência energética, inovação e crédito de carbono

A Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos do Distrito Federal (ABEMEC-DF) realiza, em 5 de novembro de 2025, o 26º #AquiTemTecnologia – HVAC-R: Soluções para a Descarbonização, no auditório do CREA-DF, em Brasília. O encontro reunirá especialistas, empresas e profissionais dos setores de climatização, refrigeração e ar-condicionado para discutir medidas de redução de impacto ambiental e caminhos para a transição a um modelo de baixo carbono.

Segundo a CLASP, organização internacional sem fins lucrativos voltada à promoção da eficiência energética e políticas sustentáveis, os sistemas de climatização respondem por parte significativa das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O alerta divulgado pela entidade destaca que o uso de fluidos refrigerantes de alto potencial de aquecimento global contribui para esse cenário. Ainda conforme a CLASP, novos padrões inverter de aparelhos de ar-condicionado podem reduzir 72 megatoneladas de CO₂ até 2040, além das 21,5 megatoneladas previstas até 2030 com a revisão da rotulagem de eficiência energética.

Entre os temas do encontro estão a descarbonização do setor HVAC-R, com foco em práticas de redução de emissões e uso de energias renováveis e refrigerantes de baixo impacto ambiental; eficiência energética e sustentabilidade, por meio da otimização de sistemas e aplicação de materiais sustentáveis; e inovação tecnológica, com a integração de automação predial, inteligência artificial e sensores inteligentes para aprimorar o desempenho dos equipamentos.

O evento também abordará o mercado de crédito de carbono, discutindo a inserção do setor HVAC-R em mecanismos de compensação e negociação, e a educação técnica e valorização profissional, com destaque à disseminação de boas práticas sustentáveis.

Voltado a engenheiros, técnicos, gestores, empresários, estudantes e instituições, o encontro alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com ênfase em energia limpa e acessível, inovação industrial, cidades sustentáveis e ação climática.

Refrigeração natural em foco na Colômbia

Seminário em Cali reúne 25 empresas do setor para apresentar soluções eficientes e sustentáveis em 13 e 14 de novembro

O XXIX Seminario Internacional IIAR de Refrigeración Natural para Latinoamérica será realizado nos dias 13 e 14 de novembro de 2025, em Cali, Colômbia. O evento reunirá 25 empresas ligadas ao setor de refrigeração e climatização, que apresentarão produtos e serviços voltados à eficiência energética e à sustentabilidade.

Organizado pelo IIAR (International Institute of Ammonia Refrigeration), em parceria com a Acaire (Asociación Colombiana de Acondicionamiento del Aire y de la Refrigeración), o seminário é um dos principais encontros técnicos da América Latina dedicados à refrigeração natural, tecnologia baseada em fluidos como amônia (NH₃) e dióxido de carbono (CO₂).

Durante os dois dias de programação, representantes de empresas, engenheiros e especialistas do setor terão espaço para trocar experiências, discutir novas normas ambientais e conhecer tendências em sistemas de refrigeração sustentável. As inscrições estão abertas no site da Acaire.

Mercofrio 2026 abre inscrições para congresso em Porto Alegre

Evento será realizado de 15 a 17 de setembro de 2026 e discutirá descarbonização, qualidade do ar e inteligência artificial aplicada ao setor HVAC-R

Estão abertas as inscrições para o Mercofrio 2026, congresso de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração (AVAC-R) que chega à sua 15ª edição consolidado como polo de inovação e conhecimento técnico na América Latina. O evento será realizado de 15 a 17 de setembro de 2026, em Porto Alegre (RS), e terá como tema “AVAC-R Inteligente: IA, Eficiência e Qualidade do Ar para um Planeta Sustentável”.

A programação contará com painéis temáticos sobre Descarbonização e Sustentabilidade, Qualidade do Ar Interno (QAI), Segurança Alimentar e Cadeia do Frio, Normas Técnicas e Legislação, além de Inteligência Artificial aplicada ao AVAC-R. Durante o dia, serão promovidas palestras técnicas, acadêmicas e apresentações de cases, enquanto à noite ocorrerão treinamentos práticos voltados a instaladores e técnicos, como a Resenha do Frio, experiência interativa de capacitação aplicada.

Entre os objetivos centrais do congresso estão o incentivo a tecnologias sustentáveis, a promoção da eficiência energética e o estabelecimento de padrões de excelência em qualidade do ar e segurança em refrigeração, com foco na descarbonização e na transformação digital do setor.

O público-alvo abrange engenheiros, projetistas, gestores, técnicos, professores, pesquisadores, estudantes e representantes de órgãos públicos. A última edição reuniu mais de 650 participantes, consolidando o Mercofrio como referência em conteúdo técnico, inovação e geração de negócios.

Além de palestras e painéis, o congresso oferecerá workshops noturnos, experiências práticas e oportunidades de networking entre indústria, academia e mercado, favorecendo o desenvolvimento de carreira e a colaboração internacional. Pesquisadores poderão apresentar e publicar seus trabalhos, ampliando a visibilidade acadêmica e científica.https://mercofrio.com.br/sobre-o-mercofrio/https://mercofrio.com.br/como-fazer-sua-inscricao/

As inscrições podem ser feitas pelo site oficial mercofrio.com.br.

Setor HVAC-R discute alinhamento climático rumo à COP 30

Evento da ABRAVA reunirá representantes da Clasp, Senai SP, Carrefour e Rede Atacadão para debater metas de sustentabilidade e transição energética no setor de refrigeração e climatização.

No dia 30 de outubro, a ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) realiza o evento “Desafios e Oportunidades para o Setor AVACR rumo à COP 30”, organizado pela Diretoria e pelo Departamento Nacional de Meio Ambiente da entidade. A iniciativa tem como foco o alinhamento do setor de climatização e refrigeração às metas climáticas globais que serão debatidas na COP 30, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

A programação contará com palestras e um painel técnico que abordarão temas como resfriamento sustentável, economia circular, eficiência energética, inovação tecnológica e o papel do setor na promoção da saúde, segurança alimentar e desenvolvimento econômico inclusivo.

Entre os palestrantes estão Thiago Pietrobon, diretor de Meio Ambiente da ABRAVA e representante da Ecosuporte; Filipe Colaço, presidente do DN Meio Ambiente e representante da Recigases; e André Oliveira, presidente do DN Ar Condicionado Automotivo e representante da Mastercool.

O painel técnico reunirá Edilaine Camillo (CLASP Brasil), Cíntia Tiemi Kita (Grupo Carrefour Brasil), Carlos Augusto Monteiro de Barros (Atacadão) e Eduardo Macedo (Escola Senai Oscar Rodrigues Alves). As inscrições são abertas e gratuitas.

A ABRAVA tem mantido uma agenda de articulação voltada à COP 30. Recentemente, a entidade enviou uma Carta de Intenções ao Comitê Nacional de Organização da Conferência, manifestando apoio institucional e apresentando propostas de mitigação e transição justa, com foco na contribuição do setor produtivo para a agenda climática.

Segundo Filipe Colaço, o encontro pretende ser um espaço de diálogo entre representantes do setor, autoridades e especialistas, buscando soluções conjuntas para o cumprimento das metas climáticas. Thiago Pietrobon destacou que o evento deve contribuir para consolidar compromissos, definir rotas e alinhar políticas públicas em favor de um futuro sustentável para o setor HVAC-R.