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Midea anuncia fábrica de refrigeradores em MG

A Midea Carrier vai construir uma fábrica de eletrodomésticos na cidade de Pouso Alegre, no sul de Minas. O anúncio foi feito na quinta-feira (24) em solenidade na cidade mineira. Essa será a terceira unidade da Midea no País, com expectativa de geração de cerca de 500 postos de trabalho diretos na região.

A empresa já fabrica aparelhos de ar-condicionado e micro-ondas em Manaus (AM), além de sistemas de climatização comercial em Canoas (RS). A fábrica de Pouso Alegre será voltada para a produção de refrigeradores da marca. A expectativa do fabricante é ter um faturamento de até R$ 700 milhões na nova planta.

De acordo com o CEO da Midea Carrier, Felipe Costa, nos últimos anos a empresa expandiu de forma significativa sua participação no mercado entrando em várias categorias de eletrodomésticos com produtos importados e agora está na hora de realizar investimentos em manufatura local para continuar se ampliando ainda mais.

O objetivo da empresa de refrigeradores, segundo o executivo, é estar entre os três principais players do setor até 2027.

A Midea é, atualmente, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo, presente em mais de 200 países com aproximadamente 150 mil colaboradores. No Brasil, iniciou suas operações como importadora e fortaleceu sua presença em 2011, por meio de uma joint venture com a Carrier.

Brasil e Argentina decidem cortar tarifa do Mercosul em 10%

Após meses de discussões, o Brasil e a Argentina fecharam um acordo para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul em 10%. A medida foi anunciada na sexta-feira (8) em declaração conjunta à imprensa dos chanceleres Carlos França, do Brasil, e Santiago Cafiero, do país vizinho.

O entendimento deverá ser repassado aos demais membros do Mercosul: Paraguai e Uruguai. A TEC funciona como um imposto de importação uniformizado entre os membros do Mercosul, cobrado para produtos de fora do bloco. Esse mecanismo evita que um produto entre por um país pagando imposto menor e seja enviado a outro país dentro do mesmo bloco econômico sem tarifa.

“O acordo da tarifa externa comum do Mercosul será agora levado aos sócios, tão importantes quanto Brasil e Argentina, Paraguai e Uruguai, que permitirá a diminuição de 10% de um universo muito amplo de produtos. Com liberdade para que os países possam, inclusive, ir além desse universo tarifário desses países para a baixa tarifaria”, disse o ministro Carlos França, após a assinatura do acordo.

Com a medida, um produto que pague 12% para entrar em algum país do Mercosul passará a pagar 10,8%. Segundo o Ministério da Economia, a TEC média do Mercosul está em torno de 13%, contra a média de 4% e 5% observada no resto do mundo.

No início do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pleiteou a redução de 50% das tarifas. Em abril deste ano, a pasta apoiou a proposta do Uruguai de cortar a tarifa em 20% até o fim de 2021.

Em agosto, a equipe econômica tinha concordado em fazer uma diminuição escalonada: 10% neste ano e 10% no próximo. No entanto, a resistência da Argentina, a segunda maior economia do bloco, travava as negociações. O país vizinho aceitava apenas um corte máximo de 10% na TEC.

Com informações da Agência Brasil

Whirlpool anuncia mais de R$ 240 milhões em investimentos no Brasil

A Whirlpool, detentora das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid no Brasil, anuncia a alocação majoritária desse investimento na ampliação e modernização das fábricas de Rio Claro (SP) e Joinville (SC).

Os investimentos fazem parte da estratégia da companhia de reafirmar a liderança do mercado local, ampliar e fortalecer a participação da empresa na região latino-americana. Os recursos são adicionais ao montante do faturamento investido anualmente pela empresa em inovação e desenvolvimento de produtos.

Com isso, a Whirlpool também vai gerar cerca de 3.000 novos empregos diretos e indiretos. O número representa um acréscimo de aproximadamente 25% no número de colaboradores atuais da companhia.

Em linha com o aumento da sua capacidade produtiva, parte desse valor será utilizado na construção de dois novos centros de distribuição física na região Nordeste e Sudeste do País para ampliar sua malha logística e para que os consumidores brasileiros recebam os produtos no menor tempo possível.

A empresa acredita no desenvolvimento do país e tem direcionado esforços para ajudar o governo a enfrentar a crise sanitária gerada pela Covid-19. Ciente do seu compromisso social, nos últimos meses, foram doados mais de R$10 milhões para combater a doença, incluindo doação de máscaras, produtos das marcas Brastemp e Consul, EPIs médicos, cestas básicas, respiradores e oxigênio. Recentemente, a Whirlpool também doou 20 ultra-freezers com capacidade para armazenar mais de 3 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 na temperatura exigida pelas organizações de saúde.

Dentro de suas fábricas, a Whirlpool já implementou mais de 25 protocolos de segurança durante a pandemia, indo além das exigências dos órgãos locais, servindo de referência para os demais onde a Whirlpool atua. Sua sede em São Paulo está em reforma e as equipes ainda não possuem data para retornar ao escritório.

O ambiente também recebeu investimentos para que reflita a transformação cultural da empresa, oferecendo um novo conceito de trabalho, mais ágil, inclusivo, inovador, criativo, com berçário para mães e pais, novos ambientes para refeições, squads entre outras melhorias.

Para o CEO Latam da Whirlpool, João Carlos Brega, a expectativa de expansão e crescimento econômico esperado após a conclusão da vacinação completa da população brasileira deve intensificar uma demanda que ficou reprimida por quase dois anos.

“Com a completa imunização da nossa população e o fim da crise sanitária, poderemos ter algum alívio. A volta do emprego e da renda devem ganhar força no ano que vem. Todos os indicadores apontam para alta do PIB global. Naturalmente, a consequência é a volta da confiança do consumidor e, com isso, a retomada da economia e do crescimento do nosso país.”, afirma o executivo.

Pesquisa propõe uso de energia do solo para climatizar edifícios

Pela primeira vez na história, o Brasil terá um prédio que usa energia do solo para climatizar seus ambientes. O feito inédito é continuidade de uma pesquisa inovadora, realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que avaliou o uso das fundações de edifícios como meio para a troca de energia térmica entre o prédio e o subsolo.

A experiência internacional com o uso dessa tecnologia, baseada em energia geotérmica (do interior da Terra), tem relatado considerável economia no consumo de energia para climatização (aquecimento e resfriamento). Aqui no Brasil, a expectativa com a implementação desse sistema é de que as despesas com o consumo de energia elétrica por aparelhos de ar-condicionado sejam reduzidas. Batizado de CICS Living Lab, a edificação brasileira já começou a ser construída na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.

Foi a pesquisadora Thaise Morais, do Departamento de Geotecnia (SGS) da EESC, que desenvolveu a primeira tese de doutorado brasileira para avaliar o desempenho dessa tecnologia nas condições de clima e solo do Brasil. Ela explica que a energia geotérmica é aquela encontrada dentro da crosta terrestre, seja no solo, rochas ou mesmo na água, sendo identificada pela temperatura.

Esta energia pode ser transferida para a superfície por processos de troca térmica a partir das fundações da edificação. “A temperatura da região que vai desde a camada superficial da crosta terrestre até algumas centenas de metros de profundidade é resultado das interações naturais que ocorrem entre o ambiente externo e o interior da crosta. Assim, o solo funciona como uma espécie de bateria ou reservatório de energia térmica”, descreve a especialista.

O sistema inovador no País capta ou rejeita calor do/no solo por meio das estacas que compõem a própria fundação do edifício. Essas estacas ficam enterradas e, por estarem em contato direto com o subsolo, possuem uma grande área de contato para a troca térmica.

Através de tubos instalados no seu interior e com a ajuda de um fluido, a energia térmica é levada até a superfície, onde uma bomba geotérmica faz a troca de calor entre o subsolo e os ambientes do prédio. “Nos testes, usamos água potável como fluido para a troca de calor entre a fundação e o subsolo. A bomba troca calor com a água a partir de um outro fluido refrigerante que circula em seu interior. Essa troca é feita de forma contínua e repetitiva até que a temperatura desejada para o ambiente seja alcançada”, relata a pesquisadora.

“A experiência internacional tem demonstrado que este tipo de sistema tem sido eficiente e bem-sucedido para aquecer ou resfriar os ambientes e na redução do consumo de energia. O uso destas estruturas tem sido incentivado na Europa pelo governo a fim de reduzir os gastos e a emissão de dióxido de carbono”, lembra Thaise.

No Brasil, a novidade ainda não tem um custo definido, mas a longo prazo, o investimento é compensado pela economia dos gastos com energia elétrica.

Imagem: Thaise Morais

Esquema de funcionamento do sistema de aproveitamento de energia geotérmica para climatizar ambientes.

China promete combater alta do cobre

O governo chinês anunciou, na semana passada, que pretende intervir no mercado de commodities metálicas. Um dos objetivos do principal órgão de planejamento econômico chinês é aprofundar mudanças no mecanismo de precificação delas nos próximos cinco anos.

A Comissão de Reforma e Desenvolvimento da China (NDRC, na sigla em inglês) ressaltou que vai implementar uma política de “tolerância zero” contra qualquer tipo de movimento especulativo ou de retenção de estoques que implique inflacionar os preços de minerais como cobre, ferro ou alumínio.

Fontes da NDRC destacaram que se essa tendência de alta dos preços continuar, a recuperação econômica do país asiático corre sérios riscos.

Elas disseram que “as autoridades reguladoras acompanharão de perto a tendência dos preços das commodities e fortalecerão a supervisão conjunta dos mercados futuros e à vista”, prometendo que “haverá tolerância zero para atividades ilegais”.

“O Ministério da Indústria vai trabalhar com os órgãos competentes para estabilizar os preços, evitar pânico nas compras ou retenção de estoques de produtos, e adotar medidas fortes contra o monopólio e a especulação maliciosa”, acrescentaram.

Impactos no HVAC-R

Segundo fabricantes brasileiros de tubos de cobre, um dos insumos mais utilizados no mercado de refrigeração e ar condicionado, a demanda pela matéria-prima subiu muito nos últimos meses, tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo na China, que hoje é responsável quase 50% da demanda global.

Para as empresa brasileiras, lidar com a alta desenfreadados preços da commodity não tem sido tarefa fácil, na avaliação do coordenador de vendas da Cobresul, Sandro Lopes Reis.

Entretanto, assegura o gestor, não está faltando catodo de cobre na companhia. “Estamos tranquilos quanto a isso”, disse.

Há pouco mais de 10 dias, circulou em grupos de profissionais do setor uma mensagem afirmando que, devido à falta de matéria-prima, a Termomecanica, outro grande player do setor, estaria solicitando prazo 200 dias para entrega de qualquer pedido posto em fábrica a partir de 17 de maio.

O superintende de vendas da empresa, Marcelo Silva, declarou, porém, que “a informação não procede, pois nossos clientes se programam com antecedência e a TM vem atendendo a necessidade de entrega conforme planejamento”.

“Para a linha de tubos utilizada na instalação de ar-condicionado (pancake), possuímos estoques estratégicos para atender de imediato os distribuidores que atuam no segmento de refrigeração e que são nossos parceiros comerciais”, justificou.

Já a Paranapanema, a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, enfrenta percalços para fornecer produtos, embora já esteja renegociando, juntamente com seus principais credores financeiros, seus débitos, cujo montante, até 31 de março,correspondia ao valor de US$ 481,7 milhões.

Em nota, a empresa esclareceu que “a pandemia da covid-19, a alta do cobre e dólar americano e a renegociação das dívidas da companhia, processo esse ainda em curso, naturalmente afetam os ritmos de produção e atendimento aos mercados nacionais e internacionais”.

“Por isso, diversas medidas foram tomadas na forma de atendimento aos clientes e na comercialização dos produtos para poder conciliar as limitações que a Paranapanema enfrenta no curto prazo e para continuar entregando produtos de qualidade aos consumidores”, informou a dona da marca Eluma.

“Hoje, a companhia trabalha fortemente para aumentar o fluxo de produção e vendas para a retomada do fornecimento integral ao mercado”, salientou.

Ministério da Indústria do maior consumidor global da matéria-prima vai trabalhar com órgãos competentes para estabilizar preços de commodities metálicas | Foto: Shutterstock.com

Calor aquece mercado de instalação e manutenção de ar-condicionado

Com os recordes de temperatura registrados no País nas últimas semanas, a procura por aparelhos de ventilação e ar condicionado aumentou expressivamente nas lojas físicas e pela internet. Inclusive, alguns estabelecimentos e instaladores não têm dado conta dessa demanda toda.

As ondas de calor também fizeram a procura por serviços de manutenção aumentar consideravelmente. O site GetNinjas registrou, em setembro, seis mil contratações de serviços, número 142% maior que o registrado em agosto.

Outro segmento que está se dando bem nas últimas semanas é o de climatização automotiva. As oficinas, em geral, estão registrando movimento bem acima da média, segundo profissionais do setor.

Confirmados primeiros apoiadores do Mercofrio 2020

Um dos mais importantes encontros de empresas e profissionais do setor no Brasil conta já com os primeiros patrocinadores confirmados. Sicflux, Trox e Johnson Controls Hitachi fecharam acordo para apoio do evento, que ocorre em setembro na capital gaúcha.

O tema central do Mercofrio 2020 será o HVAC&R e Sustentabilidade: compromissos, desafios e soluções. Será a 12a edição do encontro que promove a qualificação profissional, aprofundamento de debates de temas atuais e oportuniza o networking entre profissionais.

A realização é da ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação. Outras informações podem ser conferidas no site asbrav.org.br/mercofrio-2020/.

Um refrigerista na Presidência da República

Logo após receber a faixa presidencial de Michel Temer nesta tarde, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro propôs a criação de um “movimento para restabelecer padrões éticos e morais que transformarão” o País.

Ele defendeu ainda que “a corrupção, os privilégios, as vantagens, os favores politizados, partidarizados” acabem e fiquem “no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade para a nação”.

“Vamos tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz”, prometeu.

O discurso em praça pública seguiu a mesma linha de sua fala anterior no Congresso Nacional. No parlamento, Bolsonaro anunciou, sem mencionar detalhes, que fará reformas estruturantes e criará um círculo virtuoso de confiança na economia.

Remuneração polêmica

Desde o início da campanha à Presidência República, a maioria da classe refrigerista tem demostrado, nas redes sociais, grande entusiasmo em relação às propostas liberais de Jair Bolsonaro.

Em agosto, ele chegou a dizer que fez um curso de refrigeração doméstica em Madureira, no Rio de Janeiro, quando ainda servia o Exército, ao defender o ensino técnico e profissionalizante como o caminho mais curto para o mercado de trabalho.

Durante entrevista a um canal de TV a cabo, Bolsonaro garantiu que, se não fosse político e quisesse viver como refrigerista, faturaria alto no mercado.

“Há uma certa tara por parte da garotada em ter um diploma [de ensino superior]. Isso é importante? Sim. [Mas quando era tenente do Exército] eu fiz um curso de [manutenção de] máquina de lavar roupa e de geladeira. Te garanto: se hoje em dia eu quiser viver disso, vou ganhar, no mínimo, R$ 12 mil por mês, com um curso técnico”, afirmou.

À época, o assunto gerou calorosas discussões em grupos de profissionais do setor. Para alguns, essa remuneração não passa de um sonho. Para outros, é possível ganhar, inclusive, mais do que R$ 12 mil por mês trabalhando como técnico em refrigeração e ar condicionado, com a devida qualificação.