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Roberto Yi assume a vice-presidência da Daikin Brasil

A Daikin, empresa de origem japonesa, anuncia ao mercado brasileiro de HVAC-R seu novo vice-presidente, Roberto Yi.
Formado em Administração de Empresas pela Sungkyunkwan University, em Seoul (Coreia do Sul), e em Engenharia Mecatrônica pela POLI-USP, Yi ingressou na Daikin em 2018 e ocupava o cargo de Gerente Estratégico Daikin América Latina, assumindo em outubro último, a vice-presidência da empresa no Brasil.

Com vasta experiência nas linhas residencial e comercial de expansão direta, o executivo assume o cargo no Brasil com o objetivo de intensificar ainda mais a liderança nos setores VRV e Multi, provendo soluções cada vez mais inovadoras, de acordo com as necessidades de um mercado tão dinâmico como o do Brasil.

“Além do VRV e Multi, setores que já conquistamos a liderança, também aumentaremos consideravelmente a participação da Daikin nas linhas comercial de um para um, como Cassetes e Dutos, bem como nos Mini Splits para o segmento residencial, onde a Daikin será a pioneira na fabricação nacional de produtos com os novos gases ecológicos de maior eficiência, como o R32”, diz Yi.

Segundo o vice-presidente, com a recente situação da pandemia, o comportamento e as necessidades dos consumidores e investidores sofreram muitas mudanças e a Daikin Global se movimenta no lançamento de produtos e soluções adicionais a essas novas necessidades.
“Uma das estratégias principais será atender e liderar essas mudanças, sendo que a Daikin é a única empresa a possuir as melhores soluções voltadas à qualidade do ar interior, renovação do ar exterior e muitas outras. Outra estratégia importante para a Daikin do Brasil é a sincronização com a Daikin Global, uma vez que domino a língua portuguesa, facilitando e agilizando as tomadas de decisões importantes para a empresa. Além disso, as necessidades reais do mercado brasileiro também serão imputadas melhor e mais rapidamente”.
Yi acrescenta que o mercado brasileiro de HVAC-R é o maior da América Latina e, com certeza, após a pandemia a retomada da economia brasileira permitirá que a demanda de mercado volte aos patamares anteriores em pouco tempo.

De acordo com o presidente da Daikin Brasil, Tomoji Miki, desde a sua fundação no país, a empresa atua no desenvolvimento dos negócios focada em transmitir suas tecnologias e seus valores.

“Mesmo que sejamos bem avaliados pelos profissionais do segmento de ar condicionado, o reconhecimento da marca pelos clientes finais precisa ser intensificado. Hoje, temos um excelente share do mercado comercial, e estamos nos esforçando para conseguir transmitir nossos valores ao mercado residencial. Em julho de 2020, foi definido novos padrões de eficiência energética pelo PBE através do Inmetro, e entendemos que isto traz novos ares e grandes mudanças para nós. Diante deste cenário, nos próximos 5 anos focaremos em elevar a qualidade e a velocidade de comunicação com nossos parceiros (distribuidor, instalador e arquiteto). Com a entrada de Roberto Yi na posição de vice-presidente, que possui vasta experiência em negócios no segmento de ar condicionado na América Latina e domínio da língua portuguesa, temos a certeza de que conseguiremos velocidade nas ações necessárias. Yi ingressou no grupo Daikin há 2 anos e meio e desde então temos observado através da nossa matriz no Japão, as atividades que vem desenvolvendo em vários países e entendemos muito bem quais são seus pontos fortes. Estou muito feliz em tê-lo participando dos negócios como vice-presidente da empresa no Brasil”, conclui Miki.

Smacna Brasil dá adeus a Osmar Gomes da Silva

A Smacna Brasil, associação técnico-científica sem fins lucrativos das empresas do ramo de instalação de sistemas de climatização e refrigeração, comunicou, na tarde de hoje (20), o falecimento do engenheiro químico Osmar Gomes da Silva, ocorrido nesta madrugada. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido no Rio de Janeiro e pai de três filhas, Osmar iniciou seus trabalhos na entidade em 1º de novembro de 1990, como vice-presidente executivo. Foi o coordenador da comitiva brasileira de empresas instaladoras durante a primeira visita à Smacna americana e a empresas locais.

Trabalhou juntamente com a diretoria da Smacna Brasil para a criação do “Programa Smacna de Educação Continuada em Tratamento de Ar” e do prêmio “Destaques do Ano Smacna Brasil”, atuando na associação durante 26 anos.

“Dono de uma inteligência invejável, atraia sempre a atenção com os seus discursos muito bem elaborados e forma gentil e educada de tratar a todos”, ressaltou a nota de pesa publicada pela entidade numa rede social.

Gree lidera mercado de ar-condicionado no Nordeste com mais de 900 lojas

A Gree Electric Appliances, maior fabricante global de ar-condicionado, é líder em vendas no Nordeste brasileiro com destaque nas cidades do litoral. Com uma grande presença na na região, a marca conta com mais de 900 lojas revendedoras que atendem a demanda local e oferece com eficiência todos os seus serviços aos consumidores.

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, além da qualidade, outro grande fator que contribui para o sucesso da marca no Nordeste é a eficiência e resistência dos equipamentos a maresia.

Os produtos Gree são fabricados com Serpentina Goldenfin, elas oferecem proteção anti corrosão e anti oxidação aumentando a durabilidade do condicionador de ar. Essas proteções são capazes de preservar o produto contra ações causadas pelo tempo e pelas condições do ambiente urbano como a alta umidade e as altas taxas de vapor de sais, causados pela maresia do mar.

Outro grande diferencial benéfico para o consumidor é a combinação do uso de chapas de aço galvanizado com a pintura eletrostática, feita com um pó químico que estabelece uma carga elétrica oposta à peça, fazendo com que ele se fixe e fique resistente. Esses procedimentos aumentam a conservação e a eficácia do produto em diferentes ambientes, como a maresia.

“Conquistamos uma sólida reputação no nordeste devido ao nosso constante investimento em alta tecnologia e pela qualidade oferecida através dos nossos produtos. Esse amplo reconhecimento dos clientes e consumidores tornam a marca cada vez mais valorizada e isso é muito importante para nós. Estamos trabalhando para fortalecer nossa marca em todas as regiões do país, oferecendo equipamentos eficientes, com durabilidade de uso e eficiência, produzidos 100% em território nacional”, afirma Alex Chen, diretor comercial da Gree.

Daikin credencia instaladores com foco no crescimento de parceiros

Contar com um instalador credenciado e capacitado é fundamental para garantir a satisfação do usuário. A Daikin, empresa de origem japonesa e maior fabricante de ar condicionado no mundo, oferece para seus instaladores credenciados – um dos principais pilares de negócios da empresa – treinamentos, cursos, eventos, downloads de materiais com manuais e dicas para que eles possam fazer o melhor trabalho e estarem sempre por dentro das melhores e mais avançadas tecnologias.

Para atender os instaladores e distribuidores, a empresa conta com uma vasta equipe de Sell Out espalhada pelo Brasil, buscando juntos os melhores resultados e crescimento no mercado de AVAC-R.

“Nossa equipe está preparada tecnicamente e com toda experiência para qualquer tipo de evento. Temos um setor específico que presta apoio a todos profissionais envolvidos na venda, instalação e especificação dos produtos Daikin. Nossos instaladores credenciados são treinados com a maior tecnologia do mercado afim de levar ao consumidor sua melhor experiência”, informa Gilmar Oliveira, Gerente de Contas da Daikin Brasil.

O instalador credenciado Daikin tem acesso as tecnologias de todos produtos, conta com um Centro de Treinamento e uma equipe de Sell Out focada no crescimento e rentabilidade do instalador, além do acesso ao Clube de Instaladores, proporcionando grande interação, prêmios, e muitas vantagens ao instalador parceiro.

Segundo Oliveira, o baixo índice de qualificação afeta diretamente a indústria, pois alguns casos de garantia estão relacionados a esse fato e não ao defeito ou problema no equipamento. “Com isso, aumenta-se a demanda do pós-venda e, muitas vezes, pode se relacionar esses problemas como sendo defeito de fábrica, denigrindo a imagem da marca. Para minimizar esse problema, a Daikin, que possui um dos menores índices de garantia do mercado, preza pela capacitação dos técnicos através do maior Centro de Treinamento do Brasil, investindo em capacitação profissional, visando a ampliação das redes de instaladores credenciados para mão de obra qualificada”, esclarece.

Para ser um instalador credenciado Daikin, acesse o site www.daikin.com.br. No menu principal, clique em “Seja um Credenciado”. Preencha todos os dados com as informações da sua empresa e anexe os documentos necessários, bem como o tipo de instalação, promotor e distribuidor. Você será direcionado a uma página com um teste de 20 perguntas, faça o teste e, atingindo a nota mínima, sua solicitação de credenciamento está pronta. O credenciamento exige que o instalador tenha uma empresa com CNPJ na área de climatização e conhecimento comprovado na área.

“Novas tecnologias já estão presentes nos equipamentos de ar condicionado aumentando a complexidade dos sistemas e instalação, sendo assim, os profissionais devem estar constantemente recebendo treinamentos e capacitação para fazer um serviço de alta qualidade. Esse fato está norteando o mercado de instalação fazendo com que os instaladores cada dia mais estejam atualizados e capacitados para atender essa demanda”, conclui o Gerente de Contas da Daikin.

LG reforça compromisso social

A LG Business Solutions do Brasil realizou a 4ª edição de seu evento anual, a Expedição.

Em meio ao cenário de pandemia, a empresa adaptou alguns processos e realizou a primeira edição online do evento, que ofereceu treinamentos sobre técnicas de instalação e manutenção de ar-condicionado para profissionais do setor.

O tema central deste ano foi o impacto social positivo que as empresas podem proporcionar. Seguindo esse mote, a LG realizou uma doação de produtos para o Instituto Jô Clemente (antiga APAE), referência nas práticas de inclusão e no apoio às pessoas com deficiência intelectual. A instalação dos produtos foi realizada por 12 influenciadores instaladores.

O evento teve participações especiais de Denilson, ex-jogador de futebol e apresentador, como Mestre de Cerimônia, e de Jackson Follman, ex-jogador de futebol e sobrevivente do acidente da Chapecoense.

Para Luís André Gonçalves Valadão, o céu é o limite!

 Foi em 2010 que Luís André Gonçalves Valadão se aventurou na área de climatização e refrigeração através de um amigo, dividindo seu tempo entre a fábrica de plástico e mexendo com sistemas split, novidade na época.

“Esse foi meu primeiro desafio na carreira profissional! Nesta época, um treinamento adequado para técnico de refrigeração e climatização era muito fechado, priorizando profissionais de grandes empresas que tinham acesso aos cursos, treinamentos e credenciamento pelos grandes fabricantes. E o meu amigo mal tinha ferramenta para trabalhar, somente o básico do básico e sempre faltava alguma coisa, mas como eu sabia pouco dessa área de atuação, ficava quieto. Porém, muitos clientes reclamavam do serviço. Aos poucos entendi que o problema estava na falta de ferramental adequado e conhecimento técnico. Com o passar do tempo me apaixonei pela profissão, busquei aprendizado e realizei meu primeiro curso técnico com Arnoldo Beskon, um tremendo profissional de ponta, e foi a partir daí que investi em ferramentas, conhecimento técnico e na famosa bomba de vácuo”, conta Luís André.

Hoje, aos 42 anos, ele está à frente da LT Climatização e se especializou em alpinismo industrial, modalidade que vem sendo cada vez mais utilizada na instalação de equipamentos de climatização em edificações e tendência no mercado de HVAC-R.

Ele conta que a primeira instalação realizada em altura foi em 2011, e nunca mais parou. “A ideia de escalar edifícios surgiu através da demanda de clientes que queriam instalar o famoso ar condicionado split em edifícios, somente realizado por um profissional certificado para trabalho em altura, e nessa época era muito difícil e praticamente não existia mão de obra qualificada para isso. Enxerguei uma grande oportunidade nesse nicho de mercado, pois tinha experiência e conhecimento técnico quando servi na Tropa de Elite do Exército e na Brigada de Infantaria Paraquedista. Resolvi colocar em prática, adotando o trabalho em altura para instalar equipamentos do tipo split e não parei mais. Fiz treinamentos árduos de alpinismo industrial, no qual hoje sou um profissional certificado pela ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção) em nível nacional, atendendo aos itens da norma regulamentadora NR-35, com certificação de acesso por cordas”.

Casado com a Célia, se considera um homem feliz e realizado

Para Luís André, hoje o alpinismo industrial é visto pelo mercado de HVAC-R como uma tendência, já que a quantidade de edifícios tende a aumentar cada vez mais.

“Muitos clientes ainda não conhecem esse tipo de profissão, mas aqueles que já conhecem sabem o valor desse trabalho, e muitas vezes acham que somos doidos! Alguns morrem de medo e têm pavor de altura, mas sempre reconhecem a importância desse tipo de profissional que arrisca a vida nas alturas e elogiam nosso trabalho”.

Ele ressalta a importância dos treinamentos e certificações para o profissional que deseja ingressar no alpinismo industrial para instalação de equipamentos de ar condicionado: “Na definição da norma, considera-se acesso por corda a técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista. Para isso, o profissional deve executar o trabalho de acordo com procedimentos em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes; por trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas nacionais vigentes de certificação de pessoas; e por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores. E aos que querem ingressar no alpinismo industrial, existem várias associações como a ABENDI, ANEAC e Irata, ótimos centros de treinamentos e com grande referência no mercado de trabalho”. 

Trane amplia catálogo de máquinas VRF

A Trane, líder mundial em climatização para ambientes corporativos e residenciais, acaba de lançar o TVR Pro, equipamento de refrigeração da linha VRF para as mais diversas aplicações. Isso significa que o aparelho pode atender a residências de alto padrão, hotéis, shoppings e edifícios corporativos.

Disponível para 220 V e 380 V, possui módulos de até 30 hp, que podem compor sistemas de até 90 hp, configurando a melhor opção de custo benefício no mercado. As novas soluções com o TVR Pro garantem uma ótima relação entre custo inicial e eficiência energética, além de possibilitar a utilização de diversos sistemas de filtragem. O aparelho possui todas as unidades evaporadoras e controles compatíveis com a linha VRF da marca.

De acordo com André Peixoto, Diretor de Produto da Trane para América Latina, os sistemas VRF estão cada vez mais populares, principalmente no Brasil.

“Em todo o mundo, os aparelhos de ar-condicionado que possuem a tecnologia VRF correspondem a 24% no segmento comercial. No Brasil, esse número já é de 43%. O TVR Pro é uma opção de excelente custo-benefício e tem tudo para ser muito utilizado em grandes e modernos empreendimentos”, aponta.

A sigla VRF significa fluxo de gás refrigerante variável, em tradução livre. É um sistema que funciona com uma única condensadora (unidade externa), que é ligada a outras evaporadoras (unidades internas) por meio de um ciclo único de refrigeração, com sistema de expansão direta onde o fluxo de gás refrigerante pode ser variável de acordo com a demanda por ar condicionado.

O TVR Pro ainda possui o Sistema de gerenciamento de energia (SGE), que permite economia adicional de até 30% da energia elétrica. Para mais informações, basta acessar o site da Trane.

Calor aquece mercado de instalação e manutenção de ar-condicionado

Com os recordes de temperatura registrados no País nas últimas semanas, a procura por aparelhos de ventilação e ar condicionado aumentou expressivamente nas lojas físicas e pela internet. Inclusive, alguns estabelecimentos e instaladores não têm dado conta dessa demanda toda.

As ondas de calor também fizeram a procura por serviços de manutenção aumentar consideravelmente. O site GetNinjas registrou, em setembro, seis mil contratações de serviços, número 142% maior que o registrado em agosto.

Outro segmento que está se dando bem nas últimas semanas é o de climatização automotiva. As oficinas, em geral, estão registrando movimento bem acima da média, segundo profissionais do setor.

Calor impulsiona produção de splits em Manaus

O calor intenso que tem ocorrido em várias partes do Brasil está ajudando a impulsionar a produção de aparelhos de ar condicionado no Polo Industrial do Manaus (PIM), que concentra os grandes fabricantes instalados no País.

Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), a produção de splits cresceu 13% no primeiro semestre. No mesmo período, a produção dos modelos de janela registrou alta de 31%.

Dados da entidade revelam que, entre janeiro e junho deste ano, foram produzidas 2,1 milhões de unidades do modelo split, número significativamente mais expressivo que os 1,9 milhão registrados nos mesmos meses de 2019.

Já os aparelhos de janela alcançaram a marca de 217,5 mil unidades nos primeiros seis meses de 2020, bem mais que as 166,5 mil do mesmo período ano passado.

Compressores exigem boas práticas

O trabalho de técnicos qualificados é muito importante para a instalação e manutenção de compressores, peças essenciais para o funcionamento de qualquer sistema de refrigeração.

Como as tendências tecnológicas estão evoluindo rapidamente nesse segmento, os refrigeristas precisam estar atualizados e capacitados para acompanhar essas mudanças.

É o que dizem os fabricantes desses componentes, cuja principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão na fase gasosa e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura.

Por isso, esses equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração industrial e comercial e em sistemas de transporte frigorificado.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico e na indústria química, entre outros setores.

Atentas a demandas como eficiência energética e sustentabilidade, as indústrias têm apostado em soluções para cargas parciais, como compressores de velocidade variável, de mancais magnéticos e equipamentos de velocidade fixa mais eficientes e aprovados para operação com fluidos refrigerantes inofensivos à camada de ozônio, como amônia (R-717), dióxido de carbono (R-744), hidrocarbonetos (HCs), hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrofluorolefinas (HFOs).

“A tecnologia Inverter gera uma oportunidade de se reduzir o range de equipamentos, pois a amplitude de capacidade em que esses compressores podem atuar facilita a diminuição de complexidade no portfólio, ou seja, isso resulta em menos modelos para atender certas capacidades. Por sua vez, isso leva à diminuição do custo de produção, em uma visão mais simples do negócio, tornando essas soluções viáveis no curto prazo para qualquer tipo de aplicação”, diz o tecnólogo em automação industrial Eduardo de Castro Drigo, gerente de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina.

Redução do consumo de energia está no foco do setor, diz Daniel Fretta, da Embraco

“A tecnologia de velocidade variável é uma tendência que se fortaleceu muito nos últimos anos e deve crescer ainda mais”, afirma o engenheiro Daniel Fretta de Souza, especialista de suporte técnico na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco.

A aplicação de produtos com inversores de frequência “permite manter a temperatura estável no gabinete porque varia a velocidade de rotação do compressor conforme a necessidade para atingir a temperatura interna desejada, e isso resulta em redução do consumo de energia. Isso acontece porque, ao estabilizar a temperatura interna, o compressor reduz a velocidade de rotação e trabalha em regime mais suave”, lembra.

“Outro ponto que justifica a redução do consumo é o fato de que o compressor de velocidade variável realiza a operação de liga e desliga menos vezes durante o dia. Um compressor de velocidade fixa (on-off) tradicional liga e desliga continuamente e cada vez que liga demanda um pico de corrente elétrica, o que, ao longo do dia, resulta em um aumento no consumo de energia”, ressalta.

Qualificação em foco

As tendências tecnológicas do segmento de compressores mostram que, cada vez mais, fabricantes, projetistas, usuários finais e, principalmente, o time de manutenção devem estar antenados nas novidades e updates de produtos e tecnologias, conforme avaliam o gerente técnico de engenharia da Emerson no Brasil, Danilo Gualbino, e o engenheiro sênior de vendas e aplicativos da empresa, Douglas Silva.

Por essa razão, diversos fabricantes oferecem treinamentos presenciais e a distância para o aperfeiçoamento da mão de obra que atua no setor. “Temos verificado um aumento significativo de interessados em treinamentos técnicos, o que é um ótimo sinal para o setor. Em resumo, buscar se atualizar é a chave”, ressaltam.

Os refrigeristas devem ter conhecimento do sistema, da arquitetura e dos limites de cada componente instalado, respeitando o envelope dos compressores aplicados, trabalhando com segurança, verificando os limites de pressão e temperatura de cada componente, lembram os especialistas técnicos da indústria.

“Análises com instrumentos calibrados, mão de obra qualificada/treinada e utilizando as informações e recomendações dos fabricantes (boletins, manuais, aplicativos de celular, vídeos, softwares de simulação ou consulta, guias de boas práticas e tantos outros recursos) auxiliam tanto na vida útil dos equipamentos quanto na economia de energia, além de proporcionarem um ganho de tempo na detecção de problema na máquina, bem como na redução de tempo para solucioná-lo”, dizem.

Para o engenheiro Daniel Fretta, da Embraco, o uso de R-600a na refrigeração doméstica, por exemplo, deve aumentar cada vez mais, principalmente em função da necessidade legal de se extinguir os gases que prejudicam a camada de ozônio ou que agravam o aquecimento global.

“Os técnicos precisam conhecer os cuidados e recomendações para a instalação e manutenção de compressores com este fluido. Mas mesmo com todos os benefícios já constatados, ainda existem muitas dúvidas sobre uso e manutenção de compressores que operam com isobutano”, enfatiza.

“Ao buscarem conhecer e seguir as recomendações de segurança, os técnicos verão que a utilização desse gás é segura e tem muitas vantagens, tanto para o meio ambiente quanto para o consumo de energia”, justifica.

Solucionando falhas

Segundo o especialista da Embraco, o grande vilão das falhas ocorridas em um compressor são as contaminações que derivam, principalmente, de fatores como umidade e sujeira.

“A umidade é a principal causa de falha num compressor e pode gerar outros problemas como acidez, orgânica e hidroclórica, congelamento nos sistemas de dosagem, dispositivo desligando o sistema, bem como rachadura em juntas de brasagem. Essa umidade pode ser proveniente de evacuação inadequada durante o processo de vácuo ou por não purgar o ar das mangueiras de serviço”, explica.

Para retirar a umidade do sistema de refrigeração, a bomba de vácuo deve ser capaz de atingir no mínimo 500 µm e, uma vez atingido tal ponto, deve-se manter o sistema em vácuo por pelo menos 20 minutos para assegurar que o vácuo foi eficiente. Ou seja, não basta apenas atingir o ponto de vácuo, o sistema deve permanecer em vácuo por um tempo mínimo para assegurar que toda umidade foi removida.

“Toda vez que o sistema for aberto para manutenção é de extrema importância a troca do filtro secador por um novo. O filtro secador possui em seu núcleo um agente dessecante, que tem a função de reter possíveis impurezas ou umidade que ainda possam ter ficado durante o processo de vácuo. Esse material dessecante após um tempo irá saturar e não tem mais atuação, ou seja, quando você abre o sistema, aquele filtro que ali se encontra não tem mais capacidade de absorver tais impurezas e umidade”, orienta.

O perfeito funcionamento do compressor está diretamente relacionado à boa prática na instalação à qualidade dos materiais utilizados, como o fluido refrigerante, uma vez que cada substância do gênero possui características únicas conforme o diagrama de Mollier, ou diagrama Ph.

“A utilização de fluidos de procedência duvidosa pode causar sérios danos ao compressor e ao sistema de refrigeração como um todo. Em alguns casos, eles podem ter impurezas em alta concentração, ou gases não condensáveis em sua composição, alterando, assim, suas características termodinâmicas. Isso pode sobrecarregar o mecanismo do compressor, fazendo com que ele trabalhe mais quente, acionando o protetor térmico, não deixando o compressor ligar, entre outros problemas”, alerta.

A alta temperatura também pode ser uma das causas do mau funcionamento do compressor. Quando um sistema é incapaz de rejeitar o calor, o compressor esquenta a ponto de o óleo perder sua viscosidade, causando assim um desgaste extremo.

Existem diversas causas para o superaquecimento do compressor, segundo Fretta. “A mais simples é o bloqueio do condensador, ocasionado pela má manutenção em que o condensador fica enclausurado ou sujo. O acúmulo de equipamentos em áreas apertadas também é outro fator, pois a área para troca térmica e o fluxo de ar são prejudicados, elevando assim as temperaturas de funcionamento. Defeitos nos motores de ventilação do condensador também são muito comuns. Quando o ventilador para de funcionar, o condensador é incapaz de rejeitar as altas temperaturas do sistema, e a pressão e as taxas de compressão se elevam, fazendo com que o compressor opere acima das classificações da carga total. Dessa forma, o compressor tenta operar contra as altas pressões de descarga e pode se sobrecarregar, acarretando possíveis falhas”, detalha.

Outra falha comum é rompimento de juntas, que pode ocorrer por conta de excesso de fluido refrigerante, retorno do líquido, gases não condensáveis ou obstrução na tubulação/capilar.

“Mais uma vez, a utilização de fluido refrigerante de procedência duvidosa pode acarretar esse problema, uma vez que o ponto de operação (pressão x temperatura) pode estar muito acima do tolerado pelo compressor”, diz.

Enfim, as causas mais comuns de quebra de compressores são não seguir as recomendações de instalações dos fabricantes de equipamentos e falta de manutenção adequada no sistema, seja ele residencial, comercial leve ou pesado.

“Os cuidados básicos começam no processo de instalação, que precisa ser adequado, e uma manutenção correta. Nos casos de equipamentos maiores, recomendamos o processo de revisão periódica, no qual o compressor passa por uma manutenção preditiva após certo número de horas pré-definidas de operação, de forma a minimizar seu risco de quebra”, destaca Gerson Robaina, da Johnson Controls-Hitachi.

Motor e componentes elétricos de controle automático dos compressores
sempre devem ser ligados por técnicos
treinados, lembra Silvio Guglielmoni,
diretor comercial Mayekawa do Brasil

Segundo Silvio Guglielmoni, diretor comercial Mayekawa do Brasil, o motor e os componentes elétricos de controle automático dos compressores sempre devem ser ligados por técnicos treinados para isso.

 Outras recomendações, de acordo com executivo, são:

– As partes móveis do compressor devem ser lubrificadas antes de serem ligadas. Verificar também o nível de óleo do cárter;

– O sentido de rotação do eixo do motor deve ser o mesmo que o recomendado para o volante do compressor;

– No caso de se utilizar mais de um compressor, instalá-los de forma a permitir a manutenção dos filtros de admissão, dos resfriadores e dos reservatórios de um compressor, independentemente do funcionamento dos demais;

– Deve-se verificar o alinhamento da polia do motor de acionamento com o volante do compressor;

– As correias devem trabalhar esticadas de acordo com as recomendações do manual do fabricante;

– As correias devem ser ajustadas somente quando o compressor estiver desligado;

– Os parafusos de fixação do compressor devem ser chumbados no piso em sapatas de concreto, respeitando as distâncias recomendadas pelo fabricante.