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TCL treina instaladores e técnicos no Senai-SP

Cursos oferecidos por indústria de ar-condicionado visam fornecer suporte e orientação técnica para os profissionais do setor | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

A TCL, em parceria com a Escola Senai Oscar Rodrigues Alves anunciou a criação de um programa de treinamento para capacitação profissional de instaladores e técnicos do segmento de climatização.

O objetivo é oferecer suporte e orientação técnica para para aprimorar instalações e manutenções corretivas e preventivas em aparelhos de ar condicionado residencial, além de aprofundar o conhecimento dos profissionais sobre as tecnologias dos condicionadores de ar marca.

Segundo a companhia, o programa “TCL Experts” é gratuito e aborda todos os aspectos da instalação, além dos parâmetros de manutenção dos aparelhos on-off e Inverter.

O curso de 24 horas duração se desenvolve em três dias com oito horas diárias, mistas entre teoria e prática, de forma presencial com até 20 pessoas por turma.

Instaladores que têm interesse em participar do curso, mas não são credenciados, podem realizar esse processo pela área de credenciamento do site TCL ou por meio dos parceiros comerciais do fabricante, também indicados no site.

“Com esta iniciativa, buscamos oferecer ainda mais conhecimento a esses profissionais, que são fundamentais para o nosso negócio e o mercado de climatização. Queremos que eles tenham acesso à informação de qualidade sobre nossos produtos, e que otimizem o seu trabalho em campo, agregando valor aos seus clientes,” diz o gerente de produtos da Semp TCL, Níkolas Corbacho.

Os cursos já estão sendo realizados na instituição de ensino paulistana, localizada no bairro do Ipiranga em São Paulo. De acordo com a TCL, informações das próximas turmas serão anunciadas nas redes sociais da empresa.

Semp TCL firmou parceria com Senai Oscar Rodrigues Alves para capacitar mão de obra para o mercado de ar condicionado | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Smacna Brasil realiza o primeiro Smacna Day

A Smacna Brasil (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), realizará a 1ª edição do Smacna Day, dia 15 de setembro de 2022, das 8h00 às 19h00, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP).

O evento será composto por palestras técnicas e mesa redonda com o objetivo de promover uma sinergia diferenciada, aproximando o cliente final como facilities, administradores prediais, gerenciadores de
obras, investidores, entre outros, proporcionando ao mercado de HVAC-R boas oportunidades.

Para Edson Alves, presidente da Smacna Brasil, o objetivo do Smacna Day é orientar o cliente final sobre os impactos das suas decisões ao longo da vida de uma edificação.

“O Smacna Day foi criado com a proposta de estreitar o relacionamento com o cliente final, proporcionando maior conhecimento na tomada de decisões de compra na contratação, incluindo a manutenção dos sistemas, eficiência energética, ou mesmo no retrofit de instalações. Transmitir conhecimento para esse público é essencial para obtermos qualidade e a melhor engenharia nas edificações, seja por meio das recomendações técnicas da Smacna como das boas práticas de engenharia aplicadas no segmento de HVAC-R”, informa Alves.

A programação do Smacna Day traz como tema central “O Ciclo de Vida do HVAC em Um Edifício”, dividido em cinco abordagens: Projeto, Contratação, Instalação, Manutenção e Retrofit.

 

Antonio Castanha: Unindo pessoas com a Turma do Fundão!

Antonio Marcos Castanha, proprietário da JCL AR Condicionado, hoje mais conhecido no setor de HVAC-R como o Castanha da Turma do Fundão, conta como conseguiu unir profissionais de diversas áreas através de lives e grupos de whats app durante a pandemia, criando a chamada “Turma do Fundão”.

“A Turma do Fundão surgiu durante a pandemia, através das lives que participávamos no Instagram da Ciclos Refrigeração. Durante as lives alguns participantes causavam polêmicas e ‘zoavam’ muito, o que nos fez lembrar a época da escola, onde sempre tinha a turma do fundão criando algazarra. Fomos nos conhecendo e acabamos formando um grupo no WhatsApp com diversos profissionais da área de refrigeração, climatização e elétrica, também com professores, representantes de fabricantes, e hoje temos 130 participantes. Na época, o grupo foi criado com o objetivo de auxiliar os profissionais com todo tipo de ajuda, sanar dúvidas, dando indicações de ferramentas, lojas, equipamentos e trocando experiências. Hoje, o grupo consegue até ajudar quem está passando por dificuldades financeiras, ou seja, viramos uma família. Ao criar o ‘zap’, colocamos este nome. E vale lembrar que temos até Instagram com este nome (@fundaodarefrigeracao)”, informa Castanha.

Por orientação do pai, em 1984, ele começou o curso de Refrigeração e Climatização na Escola Senai Oscar Rodrigues Alves. Tomou gosto e em 1986, ingressou no mercado trabalhando com ajudante técnico na Senter Serviços, ganhando experiência e se profissionalizando na área, conquistando o cargo de Mecânico de Ar-Condicionado, em 1989.

“Neste mesmo ano, entrei na Gessy Lever como mecânico de ar-condicionado, atuando também na área de refrigeração comercial e resfriamento de óleo, permanecendo até 1993. Em 1994, surgiu uma oportunidade na RCM Instalações Eletromecânicas, trabalhando na área de refrigeração comercial. Mas foi em 1995, ano da ousadia, que decide abrir meu próprio negócio como autônomo, inaugurando a Marco Zero Ar Condicionado, hoje a JCL AR Condicionado”.

De 1996 até os dias atuais muita coisa mudou para Castanha, principalmente, durante o período inicial da pandemia.

“Foi muito difícil, pois, muitos clientes estavam em home office e não viam a necessidade da manutenção. Foi necessário argumentar a importância de realizar a manutenção e negociar os valores. Assim, mantive os clientes, graças a Deus. Acabei também tendo mais tempo disponível para aperfeiçoar os conhecimentos, descobrir novas ferramentas e conhecer novos profissionais. O maior desafio ao enfrentar a pandemia foi honrar os pagamentos e tomar todos os cuidados para não ser contaminado e não contaminar meus clientes e familiares. E acima de tudo, não perder a fé de que as coisas iriam melhorar”, afirma.

Qualidade e reponsabilidade

“A atualização profissional no mercado, buscando conhecimento dos equipamentos e ferramentas, e o mais importante, ter qualidade e reponsabilidade no serviço prestado, usar de empatia e gentileza, dando assim mais crédito à nossa área, é fundamental para gerar bons negócios e se destacar como profissional, seja presencial ou virtualmente. Ainda utilizo muito o Instagram e o WhatsApp, unindo as pessoas, facilitando e agilizando a comunicação entre clientes e fornecedores, isso contribui para a rapidez na solução de problemas e, também, na prospecção e captação de novos clientes”, diz Castanha

Casado há 24 anos com Eliana, pai de Lucas de 18 anos, ele gosta de ir à igreja, academia e de estar com a família e amigos, desfrutando de uma boa comida.

“Comprar a minha casa própria foi uma das conquistas alcançada e ainda desejo ter uma casa na praia ou até morar fora do Brasil!”.

Ele finaliza com a seguinte mensagem: “Não posso deixar de mencionar o privilégio de ter o Naldo e o Gustavo como amigos e parceiros. Sei que posso contar com eles e com toda a equipe da Revista do Frio e Clube do Frio. E saibam que podem contar comigo e com a Turma do Fundão, sempre que precisarem”.

Em família com a esposa Eliana, e o filho Lucas

Armstrong introduz novos produtos de economia de energia

A Armstrong Fluid Technology revelou soluções de produtos projetados para ajudar os gerentes de edifícios a alcançar economias significativas de custo e energia.

Duas dessas soluções foram os modelos de alta eficiência COMPASS R com tecnologia de motor ECM para uma economia de energia de até 80%.

Apresentando um motor ECM resfriado a ar e tecnologia avançada de velocidade variável do Design Envelope, os novos circuladores COMPASS R20-35 e R40-45 podem substituir muitos modelos concorrentes com capacidade de conexão parafuso por parafuso. Os novos modelos COMPASS R cobrem uma ampla faixa de desempenho e são atualizações de eficiência energética para circuladores de rotor de duas e três peças e para circuladores de rotor úmido.

Outras características dos novos circuladores incluem:

  • Tecnologia Posi-Start para um arranque suave e desbloqueio automático
  • Múltiplas opções de controle, incluindo um modo patenteado ‘Auto’.
  • Hidráulica otimizada com projeto de rotor seco
  • Seleção fácil de fluxo e pressão adequados para atender a demanda do sistema
  • Painel de controle de fácil leitura
  • Caixa de terminais elétricos projetada para instalação rápida

Tecnologia de Motor ECM

Frigelar de Osasco-SP muda de local

A nova loja Frigelar, localizada na mesma Avenida dos Autonomistas (260m da antiga loja), passa a atender agora no número 6230, na cidade de Osasco em São Paulo.

A mudança, segundo a empresa, busca a necessidade de cada cliente para fornecer soluções completas por meio de grande diversidade de marcas e produtos que atendem a todos os tipos de necessidades da refrigeração comercial e doméstica às mais diversas soluções em ar-condicionado, eletros e câmaras frigoríficas.

Mudança e inauguração da nova filial de Osasco ocorreu no dia 08 de agosto.

Aberta as inscrições para o Circuito dos Instaladores etapa João Pessoa-PB

A escola Senai ORC-PB (Odilon Ribeiro Coutinho) vai sediar nos dias 21, 22 e 23 de setembro, das 18h às 21h, a quinta etapa do Circuito dos Instaladores pela Valorização Profissional, um evento itinerante gratuito promovido pela Revista do Frio com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e patrocínio de grandes empresas do mercado de refrigeração e ar condicionado. Durante o encontro, que será transmitido pelo Clube do Frio, especialistas do setor vão compartilhar com os participantes informações sobre as últimas inovações e tendências tecnológicas na indústria de climatização. Além disso, haverá sorteio de prêmios exclusivos para a audiência presente e remota.

Para participar do encontro, os interessados devem preencher o formulário de inscrição disponível no site da Revista do Frio. As vagas disponíveis para o evento presencial são limitadas.

Inscreva-se já!

Jelly Fish lança bomba de calor água/água com produção simultânea 

A Jelly Fish, divisão de água quente da Indústrias Tosi, anuncia a nova linha de bombas de calor água/água WW (Water & Water), disponíveis em 3 modelos: HOT 55 WW 58, HOT 55 WW 52 I (compressor Inverter), ambas para água quente até 55ºC, e a BC 64 WW, para aquecimento de piscina.

A novidade é que o equipamento ao invés de absorver o calor do ar de um ambiente externo, absorve calor de um sistema de água, que pode tanto ser a água gelada de retorno dos fancoils como também água de condensação, seja de um sistema de ar condicionado ou de resfriamento industrial. Todos os modelos utilizam o processo de aproveitamento de calor da água e não do ar, como das bombas de calor tradicionais.

Para Marcos Santamaria Alves Corrêa, engenheiro de aplicação da Indústrias Tosi, diante da crise Europeia envolvendo a utilização de combustíveis fósseis, em especial o gás, com leis restritivas para sistemas de aquecimento em novas instalações, as bombas de calor água/água estão no topo como alternativa sustentável, eficiente e com baixo custo operacional.

“Hoje, a melhor alternativa para aquecimento de água até 75°C é a utilização de bombas de calor, que além de trazerem menor custo operacional também são produtos ambientalmente amigáveis, pois não operam através da queima de combustíveis fósseis e exaustão de gases de combustão, bem como não dependem do transporte através de caminhões como ocorre com o gás GLP e a biomassa. É por este motivo que estão sendo aprovadas leis em países da Europa banindo o uso de combustíveis fósseis para novas instalações de sistemas de aquecimento, como na Áustria (a partir de 2023), Alemanha (a partir de 2024) e Holanda (a partir de 2026)”, informa.

Marcelo Tosi, diretor da Indústrias Tosi, aponta vantagens e um futuro promissor na utilização das novas bombas de calor.

“O mercado brasileiro ainda não tem o hábito de utilizar bombas de calor no aquecimento de água sanitária para uso em chuveiros e torneiras como ocorre nos Estados Unidos, Europa e Ásia. A grande vantagem do uso de bombas de calor é que ao utilizarem o processo do ciclo frigorífico na produção de água quente, estes equipamentos são capazes de multiplicar a energia elétrica, gerando mais energia térmica do que a energia elétrica consumida, pois o calor rejeitado em seus condensadores é a soma do calor absorvido em seus evaporadores com a energia elétrica consumida pelos compressor, de tal forma que, para cada kW de energia elétrica fornecida ao compressor, podemos ter de 3 kW a 9 kW de energia térmica produzida, dependendo das condições operacionais”, aponta.

Segundo a empresa, em termos de economia, a nova linha de bombas de calor água/água proporciona uma redução de custo operacional, podendo chegar até 85% quando comparados com o gás.

Elgin amplia usina solar na fábrica de Mogi das Cruzes

A fábrica da Elgin, localizada na cidade de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, conta com uma usina solar de telhado desde 2019, que acaba de receber uma ampliação para abastecer parte das operações administrativas e de manufatura da companhia. O local é destinado para produção e armazenagem de equipamentos das áreas de climatização, refrigeração e automação, contando com aproximadamente 800 colaboradores.

A usina solar em operação saltou de 1,8 megawatts (MW) para 2,3 megawatts (MW) em julho de 2022. No total, a unidade fabril possui mais de 6,3 mil painéis instalados no telhado, dispostos numa área de cerca de 13 mil metros quadrados.
A energia gerada pela usina pode ser utilizada diretamente na fábrica ou injetada na rede elétrica de distribuição da cidade, para recebimentos de créditos ou abatimentos na conta de energia. Para se ter ideia, a usina solar instalada no telhado da empresa conseguiria abastecer aproximadamente 10 mil casas, considerando um consumo médio de 300 kWh/mês.

Outro benefício da usina solar na fábrica da Elgin é a redução de emissão de gás carbônico na atmosfera. Desde o início de sua operação, a redução estimada é de 5,6 mil toneladas de CO2, os quais deixaram de ser lançados no meio ambiente.

De acordo com Glauco Santos, diretor da divisão de energia solar da Elgin, a ampliação da usina reflete o investimento constante em sustentabilidade e eficiência energética, bem como integra o programa de ESG de todo o grupo. “A aposta em projetos fotovoltaicos dentro da empresa, reforça nossa visão de acreditar na tecnologia que comercializamos para os nossos clientes. Estamos sempre buscando alternativas que garantam uma operação sustentável a partir de fontes limpas de energia”, explica.

WEG adquire o negócio de Motion Control da Companhia Italiana Gefran

A WEG anunciou a aquisição do negócio de Motion Control da Gefran S.p.A (Gefran), empresa italiana fabricante de sensores, componentes e equipamentos de automação industrial, com fábricas na Itália, Alemanha, China e Índia. O valor da aquisição é estimado em € 23,0 milhões.

Fundada em 1960 e listada da bolsa de valores italiana, a Gefran é uma tradicional fabricante de automação e inovação industrial dividida em três unidades de negócios: Motion Control, Automation Components e Sensors.

Pelo acordo, a WEG se tornará a única proprietária do negócio de Motion Control, que envolve todo o desenvolvimento e produção de uma completa linha de inversores de frequência, conversores de corrente contínua e aplicações especiais de servoconversores. A WEG também irá integrar a equipe de 180 colaboradores que operam nas fábricas da Itália, Alemanha, China e Índia. A unidade Motion Control possui clientes e atuação em mais de 70 países e atingiu receita liquida de € 44,8 milhões em 2021.

De acordo com o Diretor Superintendente da WEG Automação, Manfred Peter Johann, esta aquisição colocará a WEG em posição favorável em um mercado estratégico. “Nosso objetivo é oferecer um portfólio de produtos e soluções cada vez mais amplo, aumentar nossa presença em um mercado tão importante quando o mercado Europeu, agora com fabricação local, e com isso acelerar nosso processo de crescimento no exterior dentro de nossa estratégia de motion drives”, explica o executivo.

A transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições e à obtenção da aprovação por parte das autoridades regulatórias europeias.

Mesmo sem grandes inovações, sistemas focam em economia de energia

Nas últimas três décadas, processos de recuperação de calor passaram por desenvolvimentos tecnológicos que aumentaram a eficiência com menor consumo energético.

Em busca de alternativas que ajudem a baixar os valores das contas de luz, edifícios comerciais, hospitais, estabelecimentos de ensino, complexos industriais e varejistas – especialmente redes supermercadistas e shoppings centers – têm investido em uma série de soluções energeticamente eficientes e de aplicação variada. Uma dessas opções são os sistemas de recuperação de calor, cada vez mais difundidos no mercado nacional e rompendo certa resistência que se observava há alguns anos entre o empresariado.

Mesmo com este cenário positivo, os equipamentos hoje disponíveis continuam sendo aqueles já tradicionais e conhecidos, conforme afirma o engenheiro Thiago Boroski, coordenador de eficiência energética e contas corporativas da alemã TROX Technik. “Não há um sistema inovador que tenha conquistado destaque, mas sim, desenvolvimentos tecnológicos que aumentaram a eficiência dos sistemas existentes”, pondera.

Mirando somente para o sistema de ar condicionado, os dispositivos de recuperação de calor mais tradicionais são os tanques de termoacumulação de água gelada, as rodas entálpicas, os recuperadores de calor de fluxo cruzado e os módulos de ciclo entálpico.

Segundo o executivo, é necessário destacar também as pequenas unidades de recuperação de calor para baixas vazões de ar, aplicadas em sistemas VRF, que se tornaram uma solução amplamente difundida. “Temos ainda os chillers com módulos de recuperação de calor, aplicados em sistemas com água quente. No entanto, seus ganhos em eficiência energética e consumo elétrico são extrínsecos ao sistema de ar condicionado e demandam uma análise sistêmica de todas as instalações e utilidades”, comenta.

Os carros-chefes da companhia alemã são as unidades de tratamento de ar modulares (UTA), modelo TKZ, as quais foram introduzidas no mercado nacional há cerca de 30 anos, com foco na aplicação em instalações de laboratórios, salas limpas e hospitais. Desde então, informa a multinacional, elas vêm sendo aprimoradas para ampliar seu leque de aplicações.

Atualmente, em virtude de sua flexibilidade de composição de módulos e amplitude de capacidades, as UTAs da empresa são aplicadas em diversos projetos, desde hospitais e salas limpas até shopping centers e edifícios comerciais.

Boroski detalha que os sistemas permitem grau de filtragem desde G4 até H14 e são utilizados em aplicação de serpentinas de resfriamento e aquecimento com emissores UV-C; módulos de resistências elétricas para reaquecimento; baterias de umidificação; módulos de ventilação com ventiladores centrífugos e plenum fan; aplicação de módulos de recuperação de calor por ciclo entálpico; arranjo dos módulos em dois andares para aplicação de roda entálpica ou recuperador de calor de fluxo cruzado.

“Os gabinetes dos módulos são montados com painéis de tamanhos padronizados e aparafusados entre si, proporcionando rigidez extremamente alta ao gabinete. A superfície interna do gabinete é totalmente lisa, facilitando a limpeza do interior do módulo, o que atende às normas internacionais de recomendações sobre higiene e limpeza, tais como DIN 1946 e VDI 6022, além das normas DIN 24194 e DW 143, quanto à exigência de estanqueidade”, explica.

O executivo salienta que todos os painéis são intercambiáveis, e painéis adicionais podem ser acrescidos em caso de reforma, com ampliação de capacidade da máquina e introdução de novos módulos. Os painéis são do tipo sanduíche, construídos em chapa de aço galvanizado, com espessura de 45 mm e isolamento em poliuretano expandido isento de CFC no próprio painel, o que proporciona isolação termoacústica e elevada rigidez mecânica ao conjunto.

“Justamente pela sua concepção modular, as unidades de tratamento de ar, modelo TKZ, passaram a ser aplicadas como solução em sistemas de recuperação de calor, recebendo módulos recuperadores de calor de fluxo cruzado ou módulos com roda entálpica em arranjos de gabinetes de dois andares, ou ainda introduzindo módulos de ciclo entálpico para controle das vazões de retorno e de bypass a montante do módulo de admissão de ar externo”, ressalta Boroski.

De forma indireta, os sistemas de recuperação de calor diminuem expressivamente o consumo de energia elétrica das instalações, por reduzirem a demanda do sistema de ar condicionado, fazendo com que os equipamentos operem em cargas parciais, energeticamente mais eficientes, ou até mesmo entrem em stand by.

“Os ganhos em eficiência energética dependem diretamente do conceito aplicado ao sistema de recuperação de calor e também do seu correto dimensionamento. No entanto, com base nos cálculos estimativos e no histórico de instalações existentes, é possível afirmar que essa faixa é ampla, podendo variar de 15% até 50% em alguns casos específicos”, complementa o engenheiro da TROX.

Um sistema dedicado para tratamento do ar externo (DOAS), com recuperação de calor por roda entálpica ou fluxo cruzado, pode reduzir o consumo elétrico do sistema de ar condicionado em aproximadamente 20%, em função da redução da carga térmica acoplada ao ar externo.

“Essa redução é proporcionalmente maior à medida que for maior a taxa de ar externo, podendo ser um indicativo de aplicações preferenciais em edificações comerciais ou com alta taxa de ocupação. Levando-se em conta que um sistema de ar condicionado chega a ser responsável por 50% do consumo elétrico de um edifício comercial, pode-se falar em uma redução de até 10% no consumo total de energia elétrica”, enfatiza Boroski.

Termoacumulação

Da mesma forma, locais onde são aplicados sistemas de recuperação de calor, como hospitais, clínicas, laboratórios, indústrias alimentícias e de eletrônicos, entre outros, onde há grande circulação de pessoas, também demandam esses processos, inclusive porque existe hoje uma maior preocupação com o grau de filtragem e renovação do ar interno.

A empresária, Patrice Tosi, diretora das Indústrias Tosi, destaca as características de três ramos da economia que se beneficiam direta e indiretamente do processo de refrigeração e de recuperação de calor – empresas farmacêuticas, que fabricam vacinas, ampolas, seringas, cartuchos etc., e necessitam de baixa temperatura; alimentícias, que demandam alto grau de pureza do ar e operam com baixas temperaturas para a manutenção da qualidade dos produtos, desde o início da cadeia de produção até a embalagem e estoque final; e fabricantes de peças injetadas em borracha ou plástico, que precisam de água gelada para manter suas máquinas em pleno funcionamento.

“Além da necessidade de se ter baixas temperaturas em determinados processos, algumas regiões do Brasil demandam ar condicionado em suas produções para evitar perdas em paradas de linhas por excesso de calor gerado pelo clima externo, aliado ao calor dissipado pelas máquinas internas à produção, além de dar maior conforto térmico para os operários”, comenta.

Para Thiago Boroski, coordenador de eficiência energética e contas corporativas da TROX Technik, um sistema de termoacumulação possui características de implementação e operação que devem ser observadas com atenção para que possa entregar os resultados esperados. Em aplicações de alta capacidade térmica e com demandas sazonais, ele pode trazer ganhos no consumo elétrico que chegam até 40%.

“Uma análise superficial de um sistema de termoacumulação dimensionado apenas para operação nos horários de ponta da tarifação energética já permite identificar uma redução de consumo elétrico da ordem de 15%, mesmo sabendo que na prática o sistema opera também para compensação dos picos de carga térmica e alívio da demanda da central de água gelada ao longo do dia, o que já torna essa redução maior”, completa.

Saiba como funciona um sistema de recuperação de calor

O sistema de recuperação de calor aplicado ao sistema de ar condicionado se baseia no princípio termodinâmico fundamental da conservação da energia armazenada em um fluido, que acaba por ser transferida para outro fluido, através de gradientes de energia térmica estabelecidos por diferenciais de temperatura e umidade absoluta entre eles.

Nas aplicações em que a recuperação de calor é justaposta no lado do ar, em rodas entálpicas e recuperadores de calor por fluxo cruzado, o fluxo de ar exaurido do ambiente carrega uma energia térmica por já ter passado pelo resfriamento no condicionador, garantindo um diferencial de temperatura em relação ao ar exterior que está sendo introduzido no ambiente.

No momento em que esses dois fluxos de ar passam pelo recuperador em sentidos opostos, esse diferencial de temperatura estabelece um gradiente de energia térmica que leva à condição de equilíbrio de entalpias. Em outras palavras, ocorre a troca de calor entre os fluxos de ar de exaustão e ar externo até o máximo de energia térmica permitido pelo diferencial de temperatura inicial. Assim, como resultado, o ar mais quente tem sua temperatura reduzida antes de ser introduzido no condicionador, o que colabora com a redução da demanda térmica intrínseca ao ar externo.

No caso de sistemas de termoacumulação, a recuperação de energia se dá pela utilização de um volume de água gelada que foi carregado de energia térmica em um momento de baixa demanda térmica da instalação e fora do horário de pico da tarifação energética, tendo sido conservado em um tanque termicamente isolado.

Assim, toda essa energia térmica aplicada ao volume de água se mantém até o momento em que é reintroduzida no sistema para trocar calor nas serpentinas dos condicionadores de ar. Neste caso, a conservação da energia térmica se dá não pela transferência entre dois fluxos de fluido, mas pela utilização de um volume de fluido como estoque mantido em condições termicamente isoladas.

Analisando-se de forma mais ampla, de um ponto de vista sistêmico, é possível ainda afirmar que a energia térmica conservada na água gelada acaba, por fim, sendo recuperada pelo volume de ar que passa pelas serpentinas dos condicionadores, quando se efetiva a troca de calor entre os dois fluidos.