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Alta do cobre preocupa distribuidores

O fornecimento de cobre pode estar em risco no curto prazo. Desde o ano passado, a produção do metal vem caindo nos principais países produtores. Para agravar a situação, os estoques da commodity chegaram ao mais baixo nível dos últimos 15 anos, segundo uma análise do Bank of America.

O documento aponta que a expansão da demanda estaria colaborando para a escassez da matéria-prima e o consequente aumento do preço.

O cenário, obviamente, tem preocupado os distribuidores de tubos de cobre para instalação de sistemas de refrigeração e ar condicionado em todo o mundo.

“A queda da oferta do cobre gera um grande impacto negativo em nosso mercado, justamente porque nossa clientela é composta, em sua maioria, por instaladores, empresas de engenharia e construtoras”, diz o coordenador de vendas da Zeon, Aílton César Marcomini.

Mesmo com a alta de quase 100% em seu preço nos últimos 12 meses, “a demanda continua muito grande, pois todas as obras em andamento e novos projetos necessitam desse material”, informa o gestor da distribuidora.

Embora a redução de sua oferta e o aumento de preço pareçam não ter afetado, por enquanto, as instalações de equipamentos de refrigeração e ar condicionado, muitos já se perguntam o que aconteceria se os tubos de cobre deixassem de existir para a realização desse tipo de serviço.

Afinal de contas, o insumo é um dos produtos mais utilizados no setor. David Juan Navarrete, presidente da Associação Espanhola de Atacadistas e Distribuidores de Produtos de Climatização, diz que sua falta seria “muito preocupante”.

Se o produto acabasse, prossegue o executivo, teríamos “depósitos cheios de máquinas, mas que não poderiam ser vendidas, devido à falta de um elemento essencial para a realização de instalações”, alerta.

Preço do cobre, um dos insumos mais utilizados no setor de refrigeração e ar condicionado, subiu quase 100% nos últimos 12 meses | Foto: Shutterstock

Termomecanica tem novo Centro de Distribuição na Carolina do Norte

A Termomecanica está dando mais um passo importante na sua estratégia de expansão para mercados internacionais. A líder no setor de transformação de Cobre e suas ligas e também na fabricação de produtos em Alumínio investiu na abertura de um Centro de Distribuição na Carolina do Norte, estado localizado no sudeste dos EUA. A região foi escolhida pela proximidade com os principais e potenciais clientes da companhia e também com o Porto de Norfolk, importante centro portuário no País. A iniciativa faz parte dos investimentos da ordem de R﹩ 300 milhões previstos para o triênio 2019-2021.

O mercado norte-americano é um dos maiores e mais estáveis do mundo e também um dos mais importantes para as exportações da companhia. Fundamentalmente, a Termomecanica fornece tubos, vergalhões e laminados de Cobre e suas ligas para as indústrias do setor automobilístico, refrigeração, construção civil, vestuário, segurança, telecomunicações, mecânica, entre outras. Além disso, o novo Centro de Distribuição atenderá ao mercado de reposição, que consiste nas empresas e distribuidores que fornecem ao consumidor final, em menores volumes.

“Mesmo durante a crise devido à pandemia, o mercado norte-americano seguiu demandando um alto volume de produtos, sem quedas substanciais, o que inclusive foi fundamental para diminuir os impactos nos nossos resultados nesse período. Afinal, aqui no Brasil, o cenário continua complicado, à medida em que vimos diversas indústrias diminuindo e até mesmo parando sua produção. Sendo assim, estarmos mais próximos desse mercado é muito importante e cria excelentes perspectivas de aumento de vendas, consolidando a marca Termomecanica na região”, explica Luiz Henrique Caveagna, diretor geral da Termomecanica.

Segundo o executivo, embora seja muito difícil estimar o potencial de mercado para esses produtos, o acompanhamento presencial permitirá uma análise e um conhecimento mais preciso do atual cenário e também das demandas do País. Além disso, será crucial para trazer mais agilidade e flexibilidade, bem como aumentar a qualidade do serviço prestado aos clientes. “Estamos, há bastante tempo, nos preparando para isso. Um time de profissionais está dedicado a estudar todas as oportunidades de mercado. Somente desta forma será possível prever o quanto o novo Centro de Distribuição impactará nas vendas, futuramente. “, ressalta.

A previsão é de que o novo Centro de Distribuição inicie sua operação ainda em 2020. A infraestrutura está pronta, apenas aguardando algumas liberações de órgãos reguladores dos Estados Unidos. O atraso nessas burocracias está relacionado à pandemia.

TROX 360 comemora sucesso

O evento “TROX 360 Uma Marca. Uma História.” aconteceu no dia 15 de abril, e conduzido pelo Eng. Fernando Bassegio, gerente Corporativo de Marketing e Customer Service da TROX do Brasil, contou com mais de 1000 expectadores conectados de forma online, que puderam acompanhar os principais acontecimentos da TROX, bem como participarem da celebração.

A área expositiva contou com estandes da TROX Brasil, Argentina e México.

Com uma plataforma interativa, foi possível conhecer os últimos lançamentos de cada TROX,  visitar a sala do expositor e ter o atendimento ao vivo.

O evento também contou com a celebração dos 40 anos do Eng. Celso Simões Alexandre na TROX, que encerrou seu pronunciamento, comunicando a transição do seu  cargo de Presidente da TROX Américas para o Eng. Luiz Moura, que agradeceu pela oportunidade de presidir a companhia que goza de enorme prestígio no mercado de HVAC-R.

Moura destacou que em março de 2021 completou seu primeiro ano de TROX, período que teve o privilégio de conhecer toda a operação da TROX América, sempre apoiado por Eng. Celso Simões. Enfatizou o sucesso de projetos que foram implementados, em meio a um cenário extremamente desafiador motivado pela propagação da COVID-19.

“Investimos em pessoas, produtos e processos, com destaque para a criação da área de serviços. No âmbito de equipamentos e distribuição de ar, trabalhamos melhorias continuas em nossos produtos. Além do lançamento de linhas de expansão direta com compressores do tipo fixo e expansão indireta com os chillers modulares. Para finalizar, desenvolvemos e lançarmos o Purificador de Ar – TROX Blue Life, atendendo as necessidades de muitos de nossos clientes”.

 

 

Nota: O evento seguiu todos os protocolos sanitários locais e os participantes envolvidos no SET de Filmagem foram devidamente testados para a Covid19 e ambos tiveram o resultado negativo.

Caminho sem volta

Fluidos como o R-290 e o R-600a ganham mais espaço no mercado a partir de normas como a ISO 5149.

A Busca por processos cada vez mais seguros e boas práticas em torno do manuseio e da armazenagem de fluidos refrigerantes inflamáveis tem levado fabricantes desses produtos e de equipamentos de climatização e refrigeração comercial a investir em inovações tecnológicas e a adotar normas técnicas para facilitar o dia a dia dos profissionais do setor.

Essa corrida ganhou corpo há aproximadamente cinco anos, quando foram iniciadas novas pesquisas sobre os potenciais de utilização de fluidos com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês). Em 2020, em função da pandemia, houve uma freada brusca na evolução das migrações, conforme atestam gestores do mercado ouvidos pela Revista do Frio.

 Mesmo assim, o trabalho não cessou. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com apoio do Comitê Brasileiro Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (CB-55), por exemplo, publicaram em 2020 três das quatro partes da ABNT NBR ISO 5149. A parte 2 da norma, atualmente em fase conclusiva de elaboração e tradução, deve ser divulgada em breve.

A NBR ISO 5149 especifica os requisitos para aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles.

“Os estudos têm se focado no uso de fluidos inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L). Com iniciativas de parcerias estrangeiras, existem máquinas no mercado com R-290 para refrigeração comercial, e alguns estudos para R-32 ou R-454B para ar condicionado. Mas ainda nada concreto em larga escala de produção”, explica Danilo Gualbino, gerente técnico da Emerson.

Segundo ele, o CB-55 vem trabalhando em algumas normas sobre o assunto, e em breve o mercado terá mais regulamentos sobre manuseio e armazenagem de fluidos inflamáveis, assim como cartilhas sobre boas práticas. “São trabalhos longos que precisam do apoio da indústria e dos profissionais da classe”, salienta.

O gestor acredita que o crescimento do segmento nos próximos anos deve ser influenciado principalmente pela sustentabilidade, redução da emissão de CO2 e no consumo de energia e pelas quebras de paradigmas quanto à operação de sistemas com fluidos inflamáveis.

Para atender às demandas que se apresentarão quando a economia começar a se recuperar, a Emerson oferece compressores das linhas YP e YA, cujo desenvolvimento traz como principais vantagens o uso de menor carga de fluido refrigerante quando comparado com um sistema com R-410A, portanto, com menor GWP.

“Esses equipamentos trazem maior capacidade de resfriamento e, como consequência, melhor eficiência, principalmente quando falamos do R-32 versus R-410A”, complementa Gualbino, enfatizando que o fato de o Brasil ainda não ter ratificado a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal acabou dificultando alguns projetos de saírem do papel.

Segundo o pacto climático, o Brasil faz parte do grupo de países deverá congelar o consumo dos hidrofluorcarbonos (HFCs) em 2024 e iniciar sua redução escalonada a partir de 2029, para em 2045 atingir o consumo máximo de 20% em relação à linha de base (média do consumo antes do congelamento).

Hoje, os carros-chefes da Emerson são os compressores e componentes para uso com o R-410A, conforme pontua o diretor comercial André Stoqui. “Esses produtos estão presentes tanto em ar-condicionado para conforto, como na indústria de processo, e em algumas aplicações de refrigeração comercial”.

A gradual mudança do mercado de fluidos refrigerantes também levou a profundas transformações nos negócios da Embraco, marca que agora faz parte do portfólio da Nidec Global Appliance. Esse processo reforçou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para a fabricação de compressores que utilizam os refrigerantes como o propano (R-290) e o isobutano (R-600A).

“Ambos já são uma parte considerável do nosso portfólio de compressores e unidades condensadoras. Isso porque a migração para refrigerantes naturais é um movimento mundial. Eles são considerados inflamáveis, mas as normas criadas para regulamentar seu uso garantem a segurança dessa utilização”, argumenta Fábio Venâncio, gerente de vendas responsável pelo portfólio Embraco para aplicações comerciais e mercado de reposição na América Latina.

Segundo ele, com a alta demanda do mercado, principalmente no segundo semestre do ano passado, os clientes focaram em entregaras produções e seguraram os novos desenvolvimentos, impactando diretamente nas migrações para os chamados refrigerantes naturais.

“Nossa expectativa, porém, é que os novos desenvolvimentos sejam retomados a partir do segundo trimestre de 2021”, projeta.

O gestor conta que entre os clientes de grande porte da multinacional, tanto do segmento de refrigeração comercial quanto do doméstico, todos já possuem produtos que utilizam R-600a e R-290. “No entanto, todos eles ainda utilizam plataformas para R-134a e R404A, entre outros tipos de HFCs”, preocupa-se.

Atualmente, entre os equipamentos da Embraco para o mercado brasileiro que usam refrigerantes naturais, destacam-se algumas famílias de compressores, como o modelo FMF, voltados à refrigeração comercial de todos os segmentos, desde o varejo de alimentos até a área médica. Já para o segmento residencial, a empresa oferece a família de compressores da linha EM, cujos modelos mais modernos disponíveis no país são o EM2 e o EM3.

“Acreditamos que o uso de refrigerantes naturais são uma parte importante do presente e do futuro da refrigeração. Por isso, direcionamos nossos esforços para desenvolver compressores e unidades condensadoras aptos a utilizar esses tipos de fluidos, que não causam a destruição da camada de ozônio e têm impacto mínimo no aquecimento global, além de contribuírem para a eficiência energética do equipamento”, completa Venâncio.

Gabriel Pardo: aprendizagem passada de pai para filho

Com seu jeito divertido e envolvente, Gabriel Pardo, conhecido como “Mestre da Refrigeração” não poupa esforços para levar aprendizagem aos quatro cantos do país.

Começou sua carreira profissional no mercado de HVAC-R em 2003 junto com seu pai, também da área de refrigeração, e hoje comanda sua empresa, a GP Assessoria, localizada em Sorocaba, interior de São Paulo.

Figura ativa nas redes sociais, desde cedo Gabriel liderou equipes de profissionais em multinacionais e empresas de prestação de serviços, o que considera um de seus grandes desafios.

“Costumo dizer que fui criado com o dinheiro proveniente da refrigeração, uma vez que meu pai também é da área. Desde que entrei para o setor, já atuei no segmento de refrigeração comercial leve, pesada e industrial em plantas de amônia e climatização, liderando grandes equipes de manutenção com profissionais muitas vezes mais velhos e mais experientes tecnicamente, isso foi um dos maiores desafios que tive dentro de multinacionais e empresas de prestação de serviço.

Logo sai da função de mecânico e passei para a função de líder, supervisor e gerente”, diz Gabriel.

Como mecânico, Gabriel aprendeu o que precisava da parte técnica, como líder, a liderar pessoas, como supervisor, a lidar com empresas, e como gerente, todo dia é um novo aprendizado!

Em suas múltiplas funções, Gabriel também é professor, ministrando cursos online e presencial, formando cerca de 10 mil profissionais.

“Dois anos após entrar no segmento, comecei a dar aulas para dividir meu conhecimento com outras pessoas, e foi a melhor sensação de todas. Hoje posso olhar para trás e ver que foram quase 10 mil alunos formados presencialmente e online, não sei se existe recompensa maior do que saber que milhares de famílias são sustentadas pela refrigeração, e muitos desses profissionais deram os primeiros passos através do conhecimento que compartilhei, isso não tem preço”, comemora.

Figura ativa nas redes sociais, Gabriel lidera equipes de profissionais do setor

Para ele o mercado de HVAC-R é primordial para toda a sociedade, desde o pãozinho do café da manhã que comemos, até o smartphone que utilizamos: “No processo de produção, armazenagem e transporte tem espaço para os profissionais do nosso segmento. Faça um teste agora e perceba que em tudo a cadeia do frio é presente, e esse mercado está em crescente evolução, seja na indústria, comércio, conforto e logística, sendo que, alguns desses processos nem podem funcionar sem a refrigeração e climatização”.

Com toda sua expertise, Gabriel se empenha dia a dia em levar conhecimento para milhares de profissionais e destaca a relevância do PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), muitas vezes colocado em segundo plano, além da qualificação da mão de obra.

“O PMOC deixou de ser apenas uma tendência e se tornou uma realidade, a oferta está crescendo a cada dia, e atualmente, a preocupação com saúde tornou-se eminente. Um PMOC bem executado garante qualidade do ar em ambientes climatizados, ou seja, saúde para os ocupantes. Diariamente eu recebo ligações de alunos que estão negociando contratos com grandes empresas, alguns deles nem sabiam que teriam chance de estar disputando com grandes empresas do nosso mercado. Temos muitos técnicos bons, mas vários não conhecem a fundo sobre isso, desta forma, perdem muitas oportunidades de negócios, quanto mais conhecimento aplicado, maior oportunidade dentro do nosso segmento”.

 

Treinamento e qualificação

Para Gabriel, a constante atualização profissional traz inúmeros benefícios na qualificação de colaboradores, pois gestores e equipes trabalharão na tendência de mercado, com estímulo e fortalecimento. Este fato garante aos negócios um diferencial e competitividade no setor.

“Eu e minha equipe de 10 colaboradores ministramos treinamentos para diversas áreas do setor de HVAC-R. Os cursos são voltados para os segmentos técnicos e de gestão. Sabemos que muitos profissionais perecem por falta de conhecimento e a indústria do frio está carente de mão de obra qualificada, mais de 30% dos meus alunos presenciais já saem empregados da escola ou disputando vagas no mercado, em alguns casos, muitos já começam a empreender e trabalhar prestando serviços no setor”.

Com centenas de amigos que fez através da refrigeração, uma grande motivação de Gabriel é sua família! Casado com Lilian, conta com o apoio incondicional também de seus pais, Marcel e Inês. Com o pai, ele mantém um canal no YouTube – Refrigeração na Prática e no seu próprio canal Gabriel Pardo Mestre PMOC, conta com 6 mil inscrições.

 

A família é sua maior motivação e apoio em tempo integral

“Minha família é minha maior motivação, minha esposa, Lilian, me apoia todos os dias, além de meu pai Marcel, que me ajudou e continua me ajudando profissionalmente, como também minha mãe Inês, que todos os dias dobra os joelhos pedindo proteção para minha família. Tenho centenas de amigos que a refrigeração e a internet me trouxeram, entre eles, a equipe da Revista do Frio e todo o corpo operacional, que são inspiração para mim. Gosto de tocar violão, games, e jiu jitsu nas horas vagas. Entre todas as conquistas, a maior delas é conseguir ajudar muitos amigos da refrigeração a crescerem e evoluírem e quero ser sempre lembrado por isso. Fica aqui registrada a minha gratidão a todos que me ajudaram desde do início da minha caminhada profissional, meus familiares, amigos, professores e alunos, e que sempre transborde prosperidade na vida das pessoas”!

Gabriel deixa o seu recado: “Sonhador não é quem dorme o dia todo, e sim, quem perde o sono pelo seu sonho. Faça seu trabalho sempre com amor e o dinheiro se tornará consequência”.

Climatização de máquinas agrícolas poupa componentes de temperaturas extremas

Em alta, vendas de veículos impulsiona utilização de ar-condicionado, que também proporciona bem-estar a seus operadores.

Embora a pandemia da covid-19 tenha praticamente paralisado a economia no ano passado, alguns setores conseguiram crescer, principalmente em função da elevada necessidade de determinados produtos, cuja produção está intimamente atrelada ao seu uso.

Esse foi o caso do setor de máquinas agrícolas, composto sobretudo por tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores e semeadeiras, veículos que se destacam pela tecnologia de última geração, incluindo os equipamentos de climatização das cabines cada vez mais eficientes.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que em 2020, as vendas de máquinas agrícolas para o mercado interno registraram alta de 27%. Em janeiro último, houve alta de 6% nas importações de máquinas e equipamentos.

“O agro não parou e o produtor plantou com dólar baixo e colheu com dólar alto. Isso motivou a maior renovação de frota desde 2011/12/13”, destaca Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Os ganhos de receita no agronegócio acabaram motivando os produtores a buscar máquinas mais modernas, principalmente com sistemas de climatização.

“Por ser um sistema novo no segmento agrícola, não se veem muitas novidades. Mas existem melhorias, as quais só foram possíveis devido às experiências dos processos de manutenção, tais como filtragem do ar com um elemento filtrante interno e outro externo; peças em posição diferente na máquina, como o filtro secador que ficava próximo à turbina onde recebia calor, impactando na pressão do fluido”, explica o professor Sérgio Eugênio da Silva, coordenador da Ilha do Ar Condicionado Automotivo na Febrava, principal feira da cadeia de HVAC-R da América Latina.

Ar-condicionado de máquinas agrícolas exige rotina de manutenção rigorosa, principalmente na entressafra, lembra o professor Sérgio Eugênio

“Para não dizer que não existem novidades, há um ano uma montadora de máquinas me pediu auxílio para a colocação de ar-condicionado em um compartimento interno para a marmita do operador. Achei sensacional”, lembra.

O ar-condicionado, reforça ele, além de proporcionar conforto e segurança ao operador da máquina, que poderá prestar serviços com mais qualidade e eficiência, conserva também os revestimentos internos do veículo, valorizando a revenda.

“No setor automotivo agrícola, além de os sindicatos rurais exigirem a obrigatoriedade do equipamento, o sistema é responsável pela conservação dos muitos componentes eletrônicos que não podem trabalhar com temperaturas altas”, descreve.

Segundo ele, os principais equipamentos e insumos para refrigeração e climatização atualmente disponíveis para o mercado do agronegócio são de excelente qualidade.

“Porém, quase todos utilizam serpentinas tubulares, porque são de fabricantes nacionais, os quais não possuem tecnologia para o microcanal de fluxo paralelo, que utiliza menos fluido refrigerante”, diz Silva.

As lavouras brasileiras são servidas por diversas marcas de máquinas, como John Deere, Valmet, New Holland, Valtra, Iveco, Massey Ferguson, Case.

Atualmente, Italytec e ACA são as marcas de aparelhos de ar condicionado que dominam o campo, além da Red Dot, que aparece na maioria das máquinas importadas. Os fluidos mais usados são R-134a e o óleo PAG.

 

Manutenção

Em que pese o fato das incertezas em torno da recuperação da economia brasileira em 2021 e provavelmente no ano seguinte, muitos são os fatores que deverão influenciar o crescimento do HVAC-R dentro do setor de máquinas agrícolas no curto, médio e longo prazos.

Isso ocorre certamente porque o setor do frio é reconhecido pelo rápido desenvolvimento tecnológico de novos equipamentos, peças e insumos, processo que amplia os negócios com o setor agrícola. Entretanto, em busca de economizar recursos, boa parte dos produtores tem preferido investir em serviços de instalações e manutenções de equipamentos.

“Estamos falando de máquinas que operam 24 horas por dia, com tempo de vida útil a ser respeitado. Elas necessitam de manutenção constantemente na entressafra, e se não for realizada uma revisão geral no aparelho de ar condicionado, certamente o sistema entrará em colapso. Em longo prazo, só será viável um plano de manutenção porque o dono de uma usina, por exemplo, perceberá que irá ter um custo menor”, argumenta o professor.

Entre as tendências do mercado apontadas por Silva como “o futuro” desse segmento estão os evaporadores e os condensadores em microcanal de fluxo paralelo para reduzir a quantidade de fluido no sistema, além de novos fluidos refrigerantes com potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) mais baixo.

Mercado de climatização agrícola é um dos mais prósperos nichos do HVAC-R brasileiro

 

Meio ambiente

Processo que há alguns anos encontra-se na pauta de discussões das nações ricas e dos países em desenvolvimento, o cenário regulatório em torno da gradativa diminuição do consumo e das emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio – como as reativas cloro e bromo – continua a ser debatido.

Essa força-tarefa se baseia no Protocolo de Montreal, um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo, e que em 2019 completou 30 anos de vigência.

“Hoje, a Abrava tem um setor específico para discutir esse assunto, e seus membros estão dando andamento a uma futura norma técnica.

A própria mídia em geral tem tido mais interesse no assunto, visto que este é um setor responsável por gerar mais de R$ 2 bilhões na ponta da cadeia”, argumenta Silva.

Para o professor, o Brasil está antenado com a Emenda de Kigali, a qual determina a produção de aparelhos de ar condicionado e refrigeração que não utilizem gases causadores de efeito estufa, “nos ajudando a definir como será daqui para frente, se vamos seguir o modelo europeu ou o norte-americano sobre o fluido HFO-1234yf”, salienta.

 

Gargalos

 O investimento em tecnologia tem impactado positivamente o mercado do frio, especialmente na área da refrigeração de alimentos, por meio da conservação de produtos em toda a cadeia produtiva – do transporte e armazenamento até a mesa do consumidor.

O professor reconhece que o Brasil tem uma série gargalos logísticos que precisam ser resolvidos, a fim de minimizar prejuízos que chegam a milhões de reais todos os anos. Mas como resolver esse problema?

“Essa pergunta cabe bem aos engenheiros de alimentos, porque eles conhecem quanto calor cada alimento solta no ambiente e qual é a temperatura necessária para armazenamento. Por outro lado, os motoristas desconhecem esses aspectos e circulam com os veículos de transporte longe da temperatura ideal para cada carga”, alerta o especialista.

“O nosso principal problema está na formação de profissionais em toda cadeia produtiva, principalmente dos que cuidam da mobilidade, ou seja, dirigem caminhões, máquinas, carretas e tratores, entre outros veículos. Afinal, de todo o aprendizado voltado à refrigeração no País, desde o Senai até as escolas particulares, menos de 1% dessas pessoas formadas vão atuar nesse segmento”, completa Silva.

Mecalor triplica espaço da fábrica em 2021

Previsão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta para aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4% neste ano, impulsionado pelo crescimento de 4,4% do PIB industrial. A pesquisa está na edição especial do Informe Conjuntural – Economia Brasileira publicada pelo órgão. Esse desempenho ainda está bem abaixo do registrado em 2019 (queda de 3,5%), mas é um alento comparado com 2020, prejudicado pela pandemia da Covid-19.

De olho nas projeções positivas de 2021 , a Mecalor planeja aumentar seu market share e ao mesmo tempo fortalecer a participação em alguns segmentos, como o de HVAC (ar-condicionado de precisão), a empresa prepara uma grande transformação que vai movimentar em 2021 o mercado de equipamentos periféricos voltados para soluções de engenharia térmica.

A empresa anunciou a ampliação da área industrial com o objetivo de triplicar a fabricação de chillers e outras máquinas. O plano é terminar as obras até novembro deste ano. Desde 2017, a direção da empresa pensa nessa expansão da fábrica devido ao rápido crescimento das linhas de produção. “Estamos olhando dez a 15 anos na frente, por isso demos continuidade ao projeto”, ressaltou János Szegö, CEO da Mecalor.

 

LINHA PRESYS-KLIMA

Instalada no Parque Novo Mundo, bairro da zona norte de São Paulo, a fábrica vai ganhar uma área nova para produção de chillers e outras máquinas. A empresa começou a preparar o lançamento da linha Presys-Klima, equipamentos mais sofisticados, voltados para o mercado de ar-condicionado de precisão (HVAC) para Datacenter.

“Contaremos com uma linha completa desses chillers, projetada do zero. Serão cinco famílias de produtos. Já terminamos a reformulação e começamos a oferecer esses novos equipamentos para o segmento de ar-condicionado de precisão”, disse o CEO.

Segundo ele, há boas perspectivas também para a comercialização dos chillers de grande porte. Esses equipamentos são específicos para o mercado de HVAC, usados para aplicações em vários segmentos; como hotéis, shoppings, empresas grandes, supermercados e outras edificações.

Com a expansão da fábrica, a Mecalor  vai construir ainda dois laboratórios de ensaios e estudos. Um será para simular o desempenho dos equipamentos novos. “Poderemos provar para os clientes que nossas máquinas fazem o que falamos”, afirmou Szegö. O outro vai conduzir testes em chillers.

O CEO da Mecalor, János Szegö, na linha de produção de chillers da fábrica da Mecalor, instalada no bairro Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo

Electrolux se une a “retrofit ambiental” em obra de Oscar Niemeyer

A Electrolux anunciou uma parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para a remodelagem de uma das obras mais tradicionais do arquiteto Oscar Niemeyer a fim de torná-la mais sustentável. Com isso, a construção “Casa Niemeyer”, localizada em São José dos Campos, passa a ter móveis, eletrodomésticos e objetos de decoração com menor pegada de carbono e com foco em eficiência energética.

A obra, que faz parte do campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), foi inaugurada em 1940 e recebeu uma nova proposta arquitetônica em fevereiro deste ano. A configuração foi criada pelo HabiTAS, projeto de estudantes do ITA que olha para soluções mais sustentáveis em prédios públicos, como o monitoramento do consumo de água e energia e estações de carregamento para veículos elétricos.

Para equipar a casa, a Electrolux levará geladeira, forno, forno de micro-ondas, cooktop, máquina lava e seca, ar condicionado e lavadora de louças. A expectativa é que haja redução de 5% a 10% do consumo total de energia e 24% menos uso de água. Todos os itens serão controlados via aplicativo, por onde será possível mensurar, em tempo real, os percentuais de consumo de energia poupados.

A parceria servirá para alavancar as metas sustentáveis da Electrolux, como a pretensão de reduzir em até 25% as emissões de carbono dos produtos até 2025. “Essa parceria nos dará importantes insumos para evoluirmos, cada vez mais, em eficiência de água e de energia, assim como eliminação de CO2, já que 80% do total de emissões está concentrado no uso de eletrodomésticos”, diz João Zeni, Diretor de Sustentabilidade da Electrolux América Latina.

A casa agora passará por monitoramento pelos próximos três anos, e será habitada pelo idealizador e coordenador do projeto, professor Wilson Cabral de Sousa Júnior e sua família.

Casa Niemeyer foi inaugurada em 1940 e ganhou novo projeto arquitetônico em 2021Casa Niemeyer – Divulgação

Curso on-line ensina como higienizar split corretamente

Um dos mais renomados profissionais do mercado do frio nacional, o empresário e técnico em administração de empresas Fabrício Cemin Fagundes lançou o curso on-line “Ciclos da Manutenção”, em que profissionais experientes mostram como proporcionar aos clientes serviços de desobstrução, higienização e manutenção de ar-condicionado split.

Em mais de 100 videoaulas, a programação proporciona aos alunos acesso a diversos temas essenciais – Introdução ao treinamento; O que é uma higienização de ar-condicionado?; Tipos de manutenção (preventiva, corretiva, preditiva e substituição de componentes); Porque realizar uma higienização de ar-condicionado split; Preparando o ambiente de trabalho; O que as pessoas não sabem sobre a higienização?

E segue o conteúdo – Tipos de materiais para uma higienização de ar condicionado split; Avaliando o equipamento; EPI; Iniciando o trabalho (evaporadora e condensadora); Boas práticas de elétrica; Sensores; Capacitor; Pressurizando e detectando vazamentos; Limpeza do sistema com Ecomate; Processo de vácuo; Teste de rendimento do equipamento; Atendimento; além de duas matérias-bônus: Corretiva condensadora inverter e Produto químico para limpar ar-condicionado.

“Um dos principais erros cometidos pelos técnicos é pensar que basta passar um bactericida na máquina para realizar um serviço, quando na verdade isso até mesmo o próprio cliente já faz. O técnico é responsável pelo equipamento em suas melhores condições de funcionalidade, por meio de todos os testes de funcionamento, rendimento, baixo consumo de energia e substituição dos devidos componentes”, explica Fagundes, formado em boas práticas de refrigeração no Senai e atualmente estudante cursando o curso técnico em eletrotécnica na mesma instituição.

Para o professor, os técnicos estão preocupados em vender um serviço de higienização, mas não com o rendimento da máquina. “A falta de informação limita a execução de novos serviços”, resume ele, enfatizando que o mercado tem muitos prestadores que acabam realizando esse tipo de serviço sem instrução técnica, sem ferramental adequado e com muito pouco comprometimento do que se faz, inclusive sem noção do que é uma garantia. “Esses profissionais não têm chance no mercado”, arremata o empresário catarinense.

Para mais informações e inscrições, clique aqui.

Curso com mais de 100 videoaulas visa formar mão de obra capacitada para atender clientes com qualidade

Dannenge e TROX do Brasil fecham parceria

A Dannenge International, empresa multinacional americana, representante da RGF Environmental no Brasil e América Latina, anuncia a parceria com a TROX do Brasil.

O acordo foi firmado para a oferta de produtos para purificação do ar interior com tecnologia PHI (foto hidro ionização) visando ampliar o portfólio das empresas e impulsionar seu crescimento, desenvolvendo novos negócios através da divisão de Partes & Peças da TROX do Brasil.

Fernando Abreu, CEO da Dannenge International, destaca que através da parceria no fornecimento dos produtos RGF com tecnologia PHI como acessórios nos equipamentos da TROX do Brasil e na prestação de serviços de partes e peças, ambas trabalharão em prol da melhoria da qualidade do ar de ambientes internos, promovendo, inclusive, o desenvolvimento sustentável do mercado de HVAC-R, além da comercialização de produtos de alta qualidade, permitindo fornecer o mais diversificado portfólio de tecnologia para atender as crescentes demandas de clientes.

“Existe uma relação de transparência da empresa com o mercado na fabricação e divulgação da marca, proporcionado confiabilidade aos clientes parceiros, ou seja, eles sabem o que estão adquirindo. Essa foi a proposta da parceria que fechamos com a TROX do Brasil. A RGF é a única empresa no segmento de purificação ativa do ar que desenvolve e fabrica seus produtos, permitindo que seus parceiros possam conferir, checar e acompanhar a produção e o desenvolvimento de novas tecnologias, passando por testes, homologações e certificações, oferecendo qualidade e excelência com os produtos que representamos”, informa Abreu.

De acordo com Alexandre Cruz, líder de Contas Corporativas e Serviços da TROX do Brasil, as soluções que a Dannenge International oferece através da RGF, atendem um amplo mercado de verticais, proporcionando maior penetração junto a rede hospitalar, indústria farmacêutica, laboratórios e escritórios comerciais de uma forma geral.

“A TROX do Brasil estará ofertando os produtos RGF, com tecnologia PHI, através do seu time comercial do canal corporativo e com as ações lideradas por Joel Santos, responsável pelo desenvolvimento dos negócios de Partes & Peças. Através da parceria com a Dannenge International, manteremos os produtos em estoque para suprir todas as demandas no território nacional, mas com visão de expansão futura no mercado da América Latina, a ser analisada. Contamos com o apoio e suporte técnico da Dannenge, abrangendo interessantes alternativas em termos de soluções juntos aos nossos clientes, oferecendo uma linha completa no segmento de purificação do ar. A TROX é líder na oferta de produtos voltados para tratamento do ar e os sistemas de purificação do ar, e com a tecnologia PHI da RGF completamos o portfólio da empresa, disponibiliz ando soluções completas para o mercado de HVAC”, comemora Cruz.