Um ano difícil e otimismo para 2017

Queda do PIB (Produto Interno Bruto) por seis trimestres consecutivos, crise política, taxa de desemprego acima de 10% e uma dívida bilionária que não para de crescer. Se 2016 foi um ano para ser esquecido por aqui, resta ao HVAC-R e a todos os outros segmentos da economia nacional prejudicados por este cenário comemorar a chegada do final do ano e a perspectiva de leve recuperação em 2017.

A força e a experiência das empresas do frio em superar adversidades, mais uma vez, foram o diferencial para o setor se sustentar diante deste panorama e já começar a projetar melhora para o próximo período, apesar da forte retração registrada pelo segmento este ano.

“Foi um ano difícil pela crise econômica e pela indefinição política. Tivemos momentos sem saber como seria o próximo dia. Aos poucos, as coisas vão se organizando. Em 2017 ainda será difícil, mas não podemos desanimar. Nossos empreendedores não desanimam e estão sendo muito criativos para encarar a crise”, avalia a presidente da Asbrav (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado Aquecimento e Ventilação), Hani Lori Kleber.

“Eu estou otimista que tenhamos um começo de recuperação no primeiro semestre de 2017. Pequeno, mas um crescimento já nos primeiros seis meses. Nosso setor é formado por empreendedores que acreditam no seu negócio. Queremos que o mercado evolua e trabalhamos forte para isso”, ressalta o presidente da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), Arnaldo Basile.

O otimismo é sustentado pelo próprio vigor do HVAC-R, indústria que fatura mais de R$ 32 bilhões por ano, gerando 250 mil empregos diretos e 200 mil indiretos, de acordo com a associação.

Para se adaptar ao momento de crise, muitas empresas lançaram mão de uma série de ações estratégicas. Na Heatcraft, as saídas foram buscar a diversificação nas áreas de atuação e intensificar o investimento em melhorias nos processos produtivos e na inovação, segundo o coordenador de marketing da companhia, Bruno Franco.

“Conseguimos, com isso, mesmo no cenário adverso, apresentar crescimento de vendas, como vem sendo uma constante nos últimos anos. Agora, as perspectivas são positivas, uma vez que a economia parece começar a dar sinais de recuperação. Sabemos das dificuldades que o mercado ainda oferece, mas as oportunidades continuam a existir da mesma maneira”, afirma o executivo.

O cenário negativo também não impediu que a Danfoss crescesse 10% até o terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015. No terceiro trimestre, inclusive, a multinacional de origem dinamarquesa realizou duas importantes operações globais, adquirindo a Sondex Holding S/A e a White Drive Products Inc.

Foco no chamado core business, aumento da presença física nos clientes e o lançamento de produtos e tecnologias foram algumas das iniciativas da empresa para a conquista destes expressivos resultados.

“Mantivemos a tendência positiva e, apesar de uma economia mundial caracterizada por preços baixos das commodities e níveis geralmente baixos da atividade em diversas grandes indústrias globais, vários fatores estão desencadeando um desenvolvimento positivo”, avalia Peter Young, diretor de vendas indiretas de refrigeração e ar condicionado da Danfoss.

“Olhando para o futuro, com a entrada em vigor do acordo climático da COP-21, vemos um grande potencial para a empresa, pois a eficiência energética é fundamental para que cada país atinja os objetivos planejados de redução de emissões de CO2. Consequentemente, esperamos que a demanda por várias de suas tecnologias e soluções de eficiência energética aumente em médio e longo prazo”, complementa.

Acordo de Kigali

No escopo institucional, a emenda ao Protocolo de Montreal estabelecendo um cronograma de eliminação de HFCs foi um importante avanço conquistado neste ano, na avaliação da Abrava.

O acordo – fechado em outubro em Kigali, capital da Ruanda – determinou que os países desenvolvidos limitem a produção e reduzam em 10% o uso desses gases antes do final de 2019, em relação aos níveis de 2011-2013, e 85% antes de 2036.

Um mês antes do anúncio dessa nova medida, a entidade já havia ratificado a sua concordância com a proposta realizada na reunião do Grupo de Trabalho Ozônio. Na ocasião, a associação acatou o congelamento das importações em 2025, tomando como referência a média dos parâmetros dos anos de 2021 a 2023. Durante a reunião de Kigali, porém, ficou definido que a linha base será de 2020 a 2022, com congelamento em 2024.

“O Brasil está seguindo os caminhos do Protocolo de Montreal, cumprindo as metas estabelecidas desde o início com os CFCs e HCFCs, e não vai ser diferente agora, com o acordo de Kigali, em relação aos HFCs”, afirma Arnaldo Basile.

Na avaliação do presidente da entidade, os prazos estabelecidos para o controle de importação dos HFCs – e seu posterior congelamento, para reduções nos anos seguintes – proporcionam tempo hábil para orientar o setor e usuários finais das novas tecnologias que já vêm sendo implantadas no Brasil.

“É importante ressaltar que os HFCs no Brasil são responsáveis por menos de 0,5% do efeito estufa, e que eventos como queimadas e emissões de CO2 por veículos têm peso considerável neste quesito no País”, pondera.

Para o engenheiro, a questão da viabilidade econômica para a substituição dos fluidos refrigerantes nos segmentos de refrigeração e ar-condicionado – responsáveis por vendas da ordem de R$ 4 bilhões, anualmente – deve ser observada não somente com a atenção nos custos das substâncias, mas também na eficiência energética dos equipamentos.

“No Brasil, temos sistemas modernos e compatíveis com os sistemas de outros países, assim como fluidos refrigerantes. Conforme as tecnologias são implementadas em escala maior, automaticamente os custos tendem a ficar mais viáveis”, conclui.

Mais espaço para as câmaras frias

Mais espaço para as câmaras frias Cresce armazenagem frigorificada no mundo e empresas nacionais apostam em novas tecnologias e na retomada econômica para aproveitar as oportunidades no mercado interno Nos últimos dois anos, a capacidade mundial de armazenamento frigorificado cresceu 8,6%, chegando a 600 milhões de metros cúbicos. De acordo com a Aliança Global da Cadeia do Frio (AGAC, na sigla em inglês), que realizou o estudo, essa significativa expansão ocorreu graças ao aumento de instalações em países emergentes.

Os dados, coletados dos escritórios internacionais da entidade em 52 países, revelam o enorme potencial a ser explorado por toda a cadeia do frio, à medida que cresce a preocupação com o armazenamento e o transporte correto dos produtos perecíveis.

Neste sentido, aumentam também as oportunidades para os fabricantes e distribuidores de câmaras frias, portas e acessórios, a partir do lançamento de novas tecnologias e da especialização nos projetos de construção dessas complexas instalações.

Para Marcelo Weber, gerente geral da EOS Termoisolantes – empresa do grupo Frigelar –, o Brasil acompanhou, de certa forma, este crescimento da capacidade de armazenamento frigorificado. Não fosse a redução dos investimentos e das linhas de crédito, bem como a perda de confiança do mercado brasileiro nos últimos anos, ele acredita que o desempenho do mercado interno teria sido ainda melhor.

“Apesar da crise que afeta o País, houve crescimento na capacidade nacional de armazenagem, mas não nestes níveis internacionais”, afirma o engenheiro mecânico.

A mesma visão é compartilhada por Vinícius de Morais, gerente-geral da Capital Refrigeração, para quem a evolução do mercado de câmaras frias acompanha o próprio aumento da população e a consequente necessidade de se estocar mais alimentos.

“Acredito que o segmento que mais vem crescendo é o de alimentação fora do lar. Com a correria do dia a dia, cada vez mais as pessoas passam o dia todo fora de casa, o que as obriga a consumir alimentos em bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência e redes de fast food, entre outros estabelecimentos”, acrescenta.

A falta de conscientização de boa parte da população, porém, ainda é um entrave para o setor ampliar o ritmo de expansão no Brasil, na avaliação de Armando Marinho Bailer, sócio-diretor da Refri-Leste.

“Ainda existem comércios que deveriam ter câmaras específicas para produtos com temperaturas diferentes, mas não têm. Também há condomínios que deixam seus lixos armazenados de forma errada, sem refrigeração, proliferando bactérias, insetos e mau cheiro. Tudo isso é prejudicial”, critica Bailer.

Atenção ao projeto e engenharia

Num ramo repleto de complexidades e necessidades específicas, caprichar no projeto e engenharia desde a escolha dos materiais até o pós-venda é o grande segredo para realizar uma instalação segura e aproveitar as oportunidades geradas ao setor de câmaras frias.

Na Girelli Refrigeração, a principal estratégica é prover um atendimento diferenciado em todas as etapas da venda e oferecer soluções de alto valor.

De acordo com o engenheiro mecânico Edson Girelli, um bom projeto nessa área deve se ater aos detalhes, como a presença de iluminação automática na porta ou a adoção da válvula de expansão termostática correta.

“Já ocorreu de vermos câmaras montadas com compressor rotativo de ar-condicionado e tubo capilar como elemento de expansão. É necessário explicar ao cliente que isso não é uma câmara dentro dos padrões de engenharia da atualidade, e sim apenas um sistema de refrigeração adaptado sem critérios de eficiência e durabilidade”, afirma o empresário.

Para Vinicius de Morais, da Capital Refrigeração, uma informação importante que o cliente precisa compreender e cobrar no detalhamento do projeto é a rotatividade de produtos, que nada mais é do que a quantidade máxima de itens que entra na câmara frigorífica em um determinado tempo de processo.

“Em um projeto de câmara frigorífica com tempo de processo de 24 horas, se o cliente recebe mercadoria três vezes por semana, sendo segunda-feira 1.000 kg, quarta-feira 1.000 kg e sexta-feira 1.300kg, a quantidade de produto que deve ser considerada no cálculo de carga térmica é de 1.300 kg/24h. Essa é a maior carga de produto que entra na câmara frigorífica no tempo de processo, que neste caso é de 24 horas”, exemplifica.

Outro cuidado a se tomar antes de efetuar o investimento em uma nova câmara frigorífica, segundo ele, é analisar as variações de quantidade a serem estocadas pelo cliente ao longo do ano.

Deve-se refletir, por exemplo, sobre quais itens são mais críticos quando seus níveis de estoque estiverem altos em decorrência de períodos de sazonalidade.

“Dessa forma, o cliente já pode prever um aumento do tamanho da câmara mais adequada para a sua estratégia de estocagem ao longo do ano. O distribuidor de açaí numa cidade litorânea precisa pensar no tamanho da sua câmara baseado na quantidade de estoque que precisa fazer durante a época de alta temporada”, explica Morais.

Já Marcelo Weber, da EOS Termoisolantes, alerta para o fato de a competição por preço muitas vezes confundir o cliente no momento de tomar a decisão sobre quais projetos adotar em seu estabelecimento.

“A câmara frigorífica é um produto totalmente customizado, ou seja, cada projeto é desenvolvido para atender a necessidade específica do cliente. Com isso, é comum projetos parecidos, feitos por empresas concorrentes, terem preços muito diferentes. O cliente deve procurar entender o que cada empresa está ofertando para ter a certeza de que ele está comprando a solução correta para sua necessidade, a qualidade do produto que está adquirindo e se o fornecedor e o fabricante são confiáveis”, adverte Weber.

Edson Girelli destaca ainda que é essencial estreitar o relacionamento com o cliente ao fim da obra, apresentando a ele mais soluções capazes de melhorar a experiência com o equipamento e trazer economia de energia.

“É o caso, por exemplo, da cortina em PVC para economizar energia e o ventilador desligado por um minuto para o conforto do operador, alarme de porta aberta, detalhes da limpeza e explanação dos canais para assistência técnica em caso de necessidade”, ressalta.

Tais medidas, segundo ele, podem trazer resultados positivos no futuro, ao superar as expectativas do contratante. “Com isso, o próprio cliente passa a recomendar os nossos serviços e ajuda a ampliar a nossa carteira, mesmo em plena crise”, completa.

Climatização do Salão de Automóvel-SP

Este ano, os participantes do Salão Internacional do Automóvel em São Paulo poderão conhecer todas as novidades do setor automotivo mundial em um ambiente totalmente climatizado, suficiente para abastecer uma cidade com até 15 mil habitantes.

O projeto realizado pela Union Rhac, empresa brasileira que há 25 anos atua em todas as vertentes que envolvem a geração distribuída de energia, climatizará de maneira sustentável os 90 mil m² de área construída do São Paulo Expo, gerando 6.000 kW de energia elétrica por meio de três motogeradores a Gás Natural que funcionarão em paralelo com a concessionária local, totalizando 8.200 kW.

A usina de cogeração instalada fornecerá infra de energia elétrica e 5.520 TR (toneladas de refrigeração) de água gelada para climatização de todo o espaço em um dos maiores projetos desse tipo. Os interessados poderão usufruir a tecnologia de cogeração de energia a partir do dia 10 de novembro, no São Paulo Expo, situado à Rodovia dos Imigrantes, zona sul da cidade.

Fonte: Segs

Nova linha de refrigeradores Liebherr

A Liebherr, empresa alemã fabricante de eletrodomésticos, apresentou uma nova linha de refrigeradores autônomos em parceria com a Embraco, a BluPerformance, equipada com o compressor VESF, o modelo mais avançado da tecnologia Embraco Fullmotion.

A nova linha de refrigeradores da Liehberr escolheu o compressor VESF por sua alta performance com baixo consumo de energia, totalmente adequada à proposta da linha BluPerformance.
O VESF é capaz de reduzir o consumo de energia em refrigeradores em mais de 25%, quando comparado à tecnologia convencional “on-off”. Se comparado aos refrigeradores em uso por mais de 10 anos, a economia pode ser ainda maior, chegando a mais de 45%, possibilitando ao cliente uma redução considerável nos custos da conta de energia.

“Nós acreditamos que a pesquisa contínua de soluções tecnológicas gera um benefício para toda a cadeia de refrigeração, e os compressores VESF Embraco Fullmotion, integrados aos refrigeradores Liebherr BluPerformance, contribuem para deixá-los ultraeficientes”, destaca Guilherme de Almeida, gerente de marketing da Embraco. “Essa parceria permitiu apresentar ao mercado um produto inovador, que ao utilizar um compressor Embraco, cria uma nova classe energética 20% mais eficiente que a chamada classe A+++,” finaliza Almeida.

Fonte: Segs

Armacell adquire a PoliPex

A Armacell adquiriu a empresa PoliPex, líder na fabricação de espumas de isolamento de polietileno extrudado. Com a compra, a companhia fortalece o portfólio de produtos na América Latina, e aumenta a cobertura de vendas regionais e serviços para seus principais mercados, dentre eles o HVAC-R e a construção civil. A partir da aquisição, a Armacell passa a operar a unidade fabril da PoliPex em Florianópolis, além da fábrica de Pindamonhangaba (SP).

“A aquisição representa, também, mais um passo da nossa estratégia de crescimento na América do Sul, que reflete a liderança da Armacell no mercado de isolamento térmico – avalia Marcio Nieble, diretor geral da Armacell Sul América – a recuperação da economia brasileira, e o cenário da construção civil em geral, fazem da PoliPex um investimento atrativo. Historicamente, a empresa apresenta um crescimento sólido e uma cultura alinhada com nossos valores”.

Fundada em 1991 e empregando cerca de 80 funcionários,a companhia catarinense possui centros de distribuição no Sul e Nordeste.

“O know-how dessa nova companhia do grupo Armacell vai contribuir substancialmente para nossa tecnologia de isolamento térmico com polietileno. Estamos ansiosos por integrar à nossa equipe esses profissionais, e para oferecer, para toda América Latina um portfólio mais amplo de serviços”, conclui Nieble.

Países assinam acordo sobre o clima

Representantes de 197 países assinaram este mês um acordo histórico na capital de Ruanda para eliminar a emissão de um tipo de gás que tem um impacto grande sobre o aquecimento do planeta.

O acordo vai banir gradualmente os gases hidrofluorcarbonetos, os quais são até 10 mil vezes mais prejudiciais para o planeta que o dióxido de carbono, produzido pela queima de combustível fóssil.
Por isso, o acordo pode ser ainda mais eficaz para frear as mudanças climáticas que o tratado do clima assinado em Paris no ano passado.

O documento separa os países em três grupos. Os desenvolvidos, como Estados Unidos, países europeus e Japão, terão que suspender a fabricação de novos produtos com o gás a partir de 2019.

Os países em desenvolvimento, como Brasil, China e todos os da África, terão até 2024 para começar a transição. Índia, Paquistão, Irã, Iraque e países do Golfo Pérsico, como o Kuwait, receberam um prazo mais longo, até 2028.

É que eles estão na região mais quente do planeta e ainda tem uma grande parcela da população que só agora está começando a ter acesso a aparelhos de ar-condicionado e geladeiras.

O acordo prevê ainda que os países ricos ajudem a financiar a transição nos países em desenvolvimento.

O secretário de Estado americano, John Kerry, elogiou o acordo e disse que ele vai reduzir o aquecimento do planeta em até meio grau centígrado.

Fonte: Globo.com

Embraco lança aplicativo Toolbox

A Embraco lançou o Embraco Toolbox, que reúne diversas funcionalidades em um único aplicativo. O lançamento oficial da ferramenta ocorreu durante a Chillventa, importante feira de refrigeração, realizada esta semana na Alemanha.

O aplicativo (IOS e Android) tem como objetivo proporcionar agilidade e conveniência aos negócios, e é o mais recente instrumento da companhia para facilitar o trabalho do profissional de refrigeração.

“O conjunto de funcionalidades reafirma nossa liderança tecnológica e permite estreitarmos ainda mais o relacionamento com os técnicos e parceiros”, explica Guilherme de Almeida, gerente de marketing da Embraco.

Neste primeiro momento possui funcionalidades como ferramenta de busca do distribuidor mais próximo, catálogo de produtos, referência cruzada entre produtos, conversor de unidades, régua de refrigerantes e ferramenta para identificar causas dos principais problemas em sistemas de refrigeração são algumas.

2bCapital compra 30% de empresa de AC

Com a esperança no reaquecimento da economia, a 2bCapital, gestora de private equity do Bradesco, comprou uma participação de 30% em uma companhia de vendas de ar-condicionado, a Multi-Ar.
Enquanto a Multi-Ar ganha fôlego para crescer, a gestora busca investir em empresas com rápido potencial de crescimento.

A gestora 2bCapital foi criada em 2009 com uma parceria com o Banco Espírito Santo com capital inicial de R$ 500 milhões. O banco português saiu em 2014.

Depois de comprar a varejista Aramis e a CorpFlex, empresa de soluções em nuvem, o fundo investiu na Multi-Ar, principalmente pelo avanço acelerado da empresa nos últimos anos.

Nos últimos anos, ela multiplicou o faturamento de R$ 20 milhões em 2009 para R$ 300 milhões no ano passado.
Ela começou bem pequena: Tiziano Pravato criou um serviço de manutenção autorizada da Brastemp em Assis, interior de São Paulo em 1978. Ele consertava fogões, geladeiras e outros eletrodomésticos e começou a abrir lojas. Na época, sua empresa se chamava Gelo Som e, em 2005 comprou a Multi-Ar, assumindo a marca.

Quatro anos depois, entrou no mundo on-line, principal motor de crescimento dos últimos anos. Além de abrir um canal de vendas no site, a Multi-Ar também passou a oferecer aparelhos de 14 fabricantes no marketplace de empresas como Casas Bahia e Extra.com.br.

Com as vendas pela internet e uma rede de parceiros para a instalação em todo o Brasil, o faturamento cresceu 50% ao ano, em média.

No intervalo, a empresa abriu 3 centros de distribuição e os filhos, Tiziano Pravato Filho e Bruno Pravato, entraram no negócio como diretor de operações e de serviços, respectivamente. Hoje, mais de 40% das vendas já vêm das regiões nordeste, norte e centro-oeste, onde a empresa não atuava há poucos anos.

A partir de 2013, começaram a buscar um novo salto de crescimento: a chegada de um investidor. A gestora 2bCapital ganhou o processo e trará capital para expandir.

Mais do que isso, ajudará a empresa familiar a profissionalizar a sua gestão. “Queríamos um sócio minoritário com profissionais experientes do mercado para compor o nosso conselho”, afirmou Tiziano Pravato Filho.
“Investir em governança sai caro”, disse o executivo, que espera que o fundo ajude a melhorar processos de governança e auditoria. A empresa ainda quer abrir novas lojas no Nordeste e estuda um modelo de franquias.

O trabalho não será fácil. Apesar de ser um país tropical, o mercado de ar-conducionado no Brasil ainda é incipiente: apenas 15% dos imóveis têm o equipamento. Líder do setor, a Multi-Ar tem apenas 5% de participação.
“Esperamos a volta do calor e o reaquecimento da economia para aumentar nossa participação”, acredita o diretor.

Fonte: EXAME

Refrigerador mantém alimentos frescos

Exclusiva tecnologia da Samsung deixa frutas, legumes e verduras hidratados por um período maior em comparação com os refrigeradores tradicionais.

Os novos modelos possuem dois sistemas de refrigeração independentes que garantem até 70% de umidade no compartimento do refrigerador.

“A Samsung está atenta em atender as necessidades do consumidor brasileiro e, para isso, oferece aos clientes os produtos com a melhor tecnologia, diferenciais em design e economia de consumo energético. Os novos refrigeradores Twin Cooling Plus trazem muita inovação na conservação dos alimentos e é uma facilidade para quem tem uma rotina atarefada e evita ao máximo o desperdício de alimentos” explica Adelson Coelho, Diretor de Vendas da divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Fonte: SEGS

Conexões estratégicas

Aumentar a vida útil dos sistemas de refrigeração e ar condicionado, evitar vazamentos e garantir a segurança dos usuários são algumas das funções que fazem dos tubos, conexões e soldas uma área estratégica no HVAC-R.

A evolução dos equipamentos, aliada à necessidade de oferecer soluções modernas e que permitam reduzir os custos de produção e manutenção, vem obrigando as empresas deste segmento a investir em tecnologia de ponta e mão de obra especializada.

Os resultados disso podem ser vistos no surgimento de novos produtos e metodologias que estão mudando para melhor a cara das indústrias do setor e, consequentemente, as instalações dos mais variados portes.

Mas para ampliar a segurança no manuseio desses materiais e assegurar que operem em sua melhor capacidade, são necessários inúmeros cuidados que nem sempre são tomados nos processos de instalação e manutenção dos equipamentos.

Para o diretor comercial e técnico da Harris-Brastak, Anderson Fernandes, o principal requisito a ser cumprido pelos refrigeristas para evitar surpresas desagradáveis é a limpeza dos tubos. “É essencial remover todo e qualquer resíduo gorduroso, poeira e demais sujidades. O mesmo rigor é necessário também na limpeza das soldas utilizadas. Portanto, deve-se evitar o contato das varetas de solda com óleo, graxa e sua exposição a ambientes empoeirados”, ensina Fernandes.

Sem folgas

Outro aspecto importante, na sua avaliação, é trabalhar para impedir ao máximo as folgas nas juntas, pois isso determinará a quantidade de solda a ser gasta, bem como o surgimento de defeitos no material depositado na junta, a resistência mecânica de sua junção e, consequentemente, a incidência de vazamentos.

Independentemente da liga de solda utilizada, do diâmetro e espessura de parede dos tubos e da posição na qual a soldagem será realizada, ele recomenda que a folga diametral esteja compreendida entre 0,10 e 0,30 mm e que seja paralela em toda sua extensão.

“Folgas maiores aumentam o consumo de solda, a incidência de porosidade e a possibilidade de entupimento, além de exigirem menor aquecimento, incorrendo no risco de realizar uma solda fria. Por outro lado, folgas menores exigem um maior aquecimento para garantir a penetração, incorrendo no risco de queimar elementos da solda que se evaporam, deixando uma junta porosa, frágil e com falta de penetração. Em resumo, folgas incorretas serão causas de vazamentos e novos reparos”, explica o especialista.

Atenção especial também deve ser dada à maneira como o aquecimento dos tubos a serem unidos é realizada. Para isso, é preciso iniciar pelo tubo macho da junta (tubo interno) e manter o aquecimento sobre a bolsa, para garantir que ambos os tubos atinjam a temperatura de brasagem.

“É importante ressaltar que o aquecimento deve ser distribuído de maneira uniforme sobre toda a junta. Portanto, o movimento frequente do maçarico no sentido longitudinal e radial (no caso de juntas de grandes diâmetros) é fundamental. O aquecimento insuficiente irá provocar a ‘solda fria’, que é a falta de aderência do metal de solda aos metais dos tubos. Já o aquecimento exagerado provocará a queima de elementos do metal de solda, fragilizando a junta”, complementa Fernandes.

Na avaliação do gerente comercial da Linha Eluma da Paranapanema, Luís Massucato, o ideal é adquirir tubos e conexões do mesmo fabricante para garantir um sistema com melhor desempenho na instalação. “Outro cuidado é que os produtos atendam às normas técnicas da ABNT–NBRS. Assim, o consumidor irá adquirir um produto de qualidade”, opina.

Novidades e tendências

A evolução dos sistemas de refrigeração e ar condicionado e a busca por um melhor custo/benefício em suas aplicações têm imposto nos últimos anos inúmeros desafios ao processo de soldagem.

Além de se equilibrar entre a necessidade de prover uma convivência harmoniosa entre cobre e alumínio, as indústrias de soldagem, tubos e conexões passaram a enfrentar uma dura rotina para conseguir ganhos significativos de eficiência, qualidade e praticidade nas instalações.

Para isso, precisam constantemente se reinventar e encontrar novas maneiras de modernizar os seus processos a fim de solucionar a sempre complicada equação de produzir soluções melhores e, de preferência, mais econômicas.

Tradicional fornecedora de soldas para uniões de tubulações de alumínio/alumínio e de cobre/alumínio, a Migrare decidiu apostar numa nova maneira de flangear e expandir os tubos. Trata-se do sistema de Flangeamento e Expansão SPIN, cujo método é baseado em aquecimento por atrito para facilitar a modelagem do tubo.

De acordo com o diretor da empresa, Jefferson Anjos, as principais vantagens estão no fato de os flanges serem feitos sempre do mesmo tamanho e terem uma vedação precisa. “Devido ao aquecimento gerado pelo atrito, a extremidade do tubo flangeado mantém-se recozida e isso garante uma perfeita vedação na conexão. No método tradicional o flange fica rígido, o que favorece trincas e rachaduras”, afirma o industrial. “Além disso, o esforço físico do profissional no processo não é necessário, pois a furadeira ou parafusadeira faz o serviço.”

A Vulkan, por sua vez, deposita suas fichas no crescimento dos sistemas VRF e VRV, para os quais suas juntas Lokring proporcionam uma série de vantagens nas diversas etapas do processo de instalação com tubulação de cobre.

Segundo o diretor de vendas da empresa, Mauro Mendonça, o uso do produto permite a redução do custo total por não haver a necessidade de complexos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e a montagem ser feita em praticamente metade do tempo.

“Como não há chamas, é possível o trabalho em horários fora de expediente, sem atestados do Corpo de Bombeiros. Não necessita também de quase nenhuma parafernália de equipamentos para solda e montagem, bastando apenas ter as juntas certas. Elas podem, inclusive, em alguns casos, serem pré-montadas na oficina antes de ir à obra”, argumenta Mendonça.

Outro ponto a se destacar no uso do Lokring, em sua avaliação, é o resgate dos consertos de refrigeradores. A aplicação do produto permite se realizar o reparo completo dentro da própria residência do consumidor, sem chamas e grandes equipamentos, em apenas duas horas.

“Atualmente, no caso de haver necessidade de reparo na oficina, há enormes transtornos logísticos e de custos. É preciso levar o refrigerador quebrado, colocar um refrigerador back-up durante o tempo de reparo, devolver o novo consertado etc., sem falar nos imprevistos, como levar o refrigerador e não achar o dono no local, entre outros”, relata. “Estamos resgatando o conserto a baixo custo.”

Diversificação e aposta no alumínio

Na Harris-Brastak a ordem é diversificar ao máximo o investimento em soluções para suprir as necessidades de um mercado a cada dia mais exigente. Para uniões envolvendo tubos de aço, o destaque é a linha de varetas de solda prata já revestidas de fluxo, que permite reduzir os níveis de resíduos internos nos sistemas de refrigeração, bem como a contaminação, o efeito corrosivo e a perda de propriedades do gás refrigerante.

Já nas uniões de tubos de cobre com cobre, uma das principais armas da empresa são as ligas de fósforo (foscoper e silfoscoper) com gravação do nome da solda na vareta. “Isso é especialmente importante para quem trabalha com refrigeração comercial, em que a presença de prata na liga é fundamental para garantir a qualidade e durabilidade da união sob vibração. Com a gravação na vareta, o refrigerista tem a certeza e a confiança da porcentagem de prata contida na solda”, explica Anderson Fernandes, diretor comercial e técnico da empresa.

O crescente uso do alumínio em aplicações de refrigeração e ar condicionado também motivou a empresa a criar e aprimorar o Alumiflux, fio ou vareta tubular com fluxo não corrosivo e de alta proteção contra pilha galvânica, usado para uniões de cobre com alumínio e alumínio com alumínio.

“O mercado brasileiro ainda está numa curva de aprendizado quanto ao emprego do alumínio. Acreditamos na evolução do uso deste material, tanto que estamos realizando investimentos para nacionalizar a produção de arames tubulares para brasagem de alumínio. Ainda em 2016 iniciaremos a produção local desses arames, que certamente crescerão muito nos próximos anos”, antecipa Fernandes.

Desafios não faltam para as empresas do setor. Seja para facilitar a vida do refrigerista ou atender às necessidades do mercado, as indústrias de tubos e conexões têm hoje um vasto campo de oportunidades a ser explorado. Com olhar atento para dentro e fora do Brasil e uma boa dose de coragem para investir em novidades, é possível crescer e se diferenciar num ramo extremamente competitivo, sem precisar cair na sempre perigosa competição por melhores preços.