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Fluido refrigerante ecológico ganha espaço no mercado de climatização

A preocupação com o meio ambiente é cada vez mais constante no segmento da climatização. Desde o Protocolo de Montreal, que exigiu a diminuição de emissão de cloro na atmosfera, as empresas estão trabalhando para desenvolver fluidos refrigerantes que possam manter o desempenho dos equipamentos, sem prejudicar a camada de ozônio.

Um dos exemplos foi apresentado durante palestra promovida pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) na noite da última quinta-feira (21).

“O fluido refrigerante R-427A foi desenvolvido para ser uma opção ecológica para o R-22, que só poderá ser usado ate 2030. A partir do ano que vem, haverá redução de 35% na importação do R-22. Então, o preço deste produto vai elevar os custos da climatização. Cerca de 90% dos climatizadores ainda utilizam este fluido poluente, que é feito com cloro”, explicou o consultor técnico da Arkema, Paulo Napoli.

Uma das preocupações dos empresários é a troca dos fluidos refrigerantes. Entretanto, segundo Napoli, a opção de retrofit desenvolvida pela indústria química francesa realiza a mudança sem transtornos ou elevação de gastos. Ao contrário disso, consegue diminuir os valores da energia elétrica.

“O retrofit aproveita o equipamento sem modificar o projeto já realizado. Conseguimos modificar o fluido refrigerante sem modificar o produto. Algumas empresas já estão realizando o retrofit e perceberam redução de 6% na energia elétrica. Quando diminuir a importação do R-22, o valor deste produto vai elevar bastante. Assim, o R-427A, que hoje tem o mesmo preço do R-22, vai se tornar mais econômico”, salientou.

A palestra contou com a presença de engenheiros, projetistas, profissionais do setor de instalação e manutenção em climatização e refrigeração, e estudantes das áreas de refrigeração e climatização, segundo a assessoria de comunicação da Asbrav.

O consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, Paulo Napoli, proferindo palestra na sede da Asbrav, em Porto Alegre

Paulo Napoli, consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, durante palestra na Asbrav na última quinta-feira | Foto: Mariana da Rosa/Divulgação

HVAC-R em festa

O Troféu Oswaldo Moreira, premiação mais esperada do ano pelos empresários e profissionais da indústria e do comércio de refrigeração e climatização, foi entregue na noite de 7 de junho, na Casa Itaim, em São Paulo.

O evento, que leva o nome do fundador da Revista do Frio, reuniu mais de 300 convidados e foi, mais uma vez, uma grande oportunidade de confraternização e networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria ocorreu momentos antes da premiação, em computadores instalados na recepção da festa.

Os vencedores deste ano foram Samsung (Indústria de Ar Condicionado), Chemours (Indústria de Refrigeração), Clima Rio (Comércio de Ar Condicionado), Dufrio (Comércio de Refrigeração), Rafael Dias (Personalidade do Comércio) e Priscila Baioco (Personalidade da Indústria).

TOM - 2018 - Profissionais e empresário no evento de refrigeração e ar condicionado

Homenagens especiais

Antes da entrega ao TOM aos vencedores, a Revista do Frio fez uma homenagem póstuma ao advogado Sidney de Oliveira, falecido em 16 de abril, vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca.

Durante seus 58 anos de atuação no setor, ele passou por empresas como Johnson Controls, Tropical, Isopor, Montreal e Girotubo, tendo também atuado como consultor independente de muitas outras grandes companhias e entidades, como a Abrava, a Anprac e a Ordem dos Advogados do Brasil.

“Grande amigo de Oswaldo Moreira, doutor Sidney sempre lutou, com muito afinco, pela profissionalização do setor, com foco na qualidade do ar de interiores”, lembrou Mary Moreira, diretora geral da Revista do Frio.

No fim da cerimônia, a publicação entregou uma homenagem especial a Josenaldo Elias Damacena, colaborador mais antigo da casa. “Obrigado, Naldo, por sua participação ativa em nosso desenvolvimento e, principalmente, por seu companheirismo nestas três décadas”, disse Mary Moreira.

 

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio. 

O troféu que materializou essa ideia foi batizado, inicialmente, como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira –, a premiação ganharia o nome do jornalista que fundou a publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018, completou sua 20ª edição com o nome atual.

Conheça, a seguir, o perfil dos ganhadores do TOM 2018:

Samsung – Indústria/Ar Condicionado

Desde seu surgimento como uma pequena empresa de exportação na Coreia do Sul, a Samsung cresceu e se tornou uma das principais empresas de produtos eletrônicos do mundo. O início da produção de condicionadores de ar se deu em 1980 e, de lá para cá, se consolidou cada vez mais como uma das principais fabricantes do setor. 

Por meio de um processo de constante inovação, está sempre revolucionando os inúmeros mercados em que atua. Não é à toa que a companhia emprega centenas de milhares de pessoas e fatura bilhões de dólares, anualmente.

Até 2020, a empresa pretende alcançar vendas anuais de US$ 400 bilhões e figurar o valor global da sua marca entre os cinco maiores do mundo.

Chemours– Indústria/Refrigeração

A Chemours ajuda a criar um mundo mais colorido, capaz e limpo por meio do poder da química. Líder global em tecnologias de titânio, produtos fluorados e soluções químicas, a companhia oferece aos seus clientes uma ampla variedade de inovações baseadas na química. 

Os ingredientes da empresa norte-americana são encontrados em plásticos e revestimentos, refrigeração e ar condicionado, mineração e na produção industrial em geral. Seus principais produtos incluem marcas de renome, como Teflon, Opteon e Freon.

Atualmente, a Chemours tem cerca de sete mil funcionários em 70 unidades produtivas que atendem a mais de cinco mil clientes nas Américas, na região Ásia-Pacífico e na Europa.

Com uma receita de US$ 6,2 bilhões em 2017, a companhia chegou à 451ª posição do ranking da revista Fortune das 500 maiores empresas dos EUA.

 Clima Rio – Comércio Distribuidor/Ar Condicionado

A Clima Rio está no mercado há mais de 20 anos destacando-se na venda, montagem e manutenção de câmaras frigoríficas e distribuição de peças e insumos para refrigeração. 

Desde 2000, a companhia também atua no ramo de condicionadores de ar, em parceria com a Midea Carrier, o que a possibilitou construir uma infraestrutura de 18 lojas e quatro centros de distribuição.

Notabilizada pela ética e a transparência do empresário Gilson Miranda, a empresa que iniciou suas atividades em 1996, em Niterói, conta hoje com amplo estoque de ar-condicionado, produtos para refrigeração comercial e industrial, cobre, compressores, gases refrigerantes e forçadores de ar para câmaras frigoríficas, dentre outros itens do portfólio da empresa, que também explora o nicho de serviços, por meio do seu departamento de engenharia e projetos.

 Dufrio – Comércio Distribuidor/Refrigeração

Há mais de 20 anos no mercado, a Refrigeração Dufrio oferece soluções completas em refrigeração e ar condicionado. Comprometida em surpreender os clientes e com a qualidade dos mínimos detalhes, a empresa aposta na personalização dos serviços e na transformação de ideias que proporcionam experiências únicas. 

Diferenciada e com espírito jovem, a Dufrio é referência no mercado e reconhecida pela inovação, trabalho sério, atitude e agilidade.

São 16 lojas, quatro centros de distribuição, vendas online e atendimento em todo o Brasil com profissionais altamente capacitados e especializados no segmento. Com mais de 1.200 colaboradores diretos e mais de 100.000 m2 em estoque, a empresa garante aos seus clientes o menor prazo de entrega.

 Rafael Dias – Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado

O primeiro emprego de Rafael Dias foi na própria A.Dias Ar Condicionado. Ele começou a trabalhar lá aos 15 anos de idade, no ano 2000, quando seu pai, Gerson Dias, o convidou para fazer um estágio na empresa, a fim de orientar sua escolha para o ensino superior. 

Assim, ele estudava durante a manhã no colégio e trabalhava no período da tarde. No início, realizava tarefas típicas de office boy: entregas de malotes em bancos e documentos em cartório, contagem de estoque e envio de fax para propostas de vendas. Depois de certo tempo, ele começou a ficar seis meses em cada departamento da empresa, para conhecer melhor cada detalhe da operação.

Um de seus grandes projetos para o negócio da família foi a criação de uma ferramenta de comunicação e venda direta para seu principal cliente: o instalador de ar-condicionado.

Segundo ele, foi preciso promover muitos treinamentos internos e quebrar alguns paradigmas, mas, com o tempo, todos perceberam que aquele era o caminho correto a seguir.

 Priscila Baioco  Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado

Primeira mulher a conquistar o Troféu Oswaldo Moreira, Priscila Baioco iniciou sua carreia na empresa Luftec Hélices, em 1998, aos 16 anos como assistente de vendas na cidade de Itatiba, no interior de São Paulo. Aos 18 anos, ela se mudou para a capital, para estudar e trabalhar na empresa EH Representações onde ficou por dois anos e, então, foi para a Torin Ventiladores, onde permaneceu por quatro anos. 

Em 2006, ela começou a trabalhar na Armacell como vendedora técnica, ficando nesta função até 2010, momento em que teve a oportunidade de vivenciar uma experiência internacional atuando na Trox Latinoamerica como responsável pelo desenvolvimento de mercado em países sul-americanos.

Em 2011, Priscila retornou à Armacell como gerente regional de vendas e, em 2017 assumiu o cargo de gerente nacional de vendas nesta mesma empresa. São 20 anos de atuação na área de vendas no setor HVAC-R, muitas experiências vividas e conquistas alcançadas.

Troféu Oswaldo Moreira homenageia empresas e personalidades do HVAC-R

Chegou o momento mais esperado anualmente pelo setor de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R). Após um ano de trabalho árduo, os profissionais e empresas que se destacaram em 2017 por seus esforços em elevar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado nacional concorrerão ao Troféu Oswaldo Moreira.

Nesta edição, marcada para 7 de junho, a partir das 19h30, o palco do evento será a Casa Itaim, que fica na rua Clodomiro Amazonas, 907, na Vila Olímpia, em São Paulo.

O prêmio, que leva o nome do fundador da Revista do Frio – empreendedor que participou ativamente da história do HVAC-R no Brasil, ajudando a fortalecer parcerias no ramo –, é também uma grande oportunidade de networking.

Conforme ocorre há mais de uma década, a votação nos três finalistas de cada categoria será feita durante o encontro, com os convidados votando– por meio de computadores dispostos no local da cerimônia – nos melhores profissionais e empresas do setor.

Confira a seguir os nomes dos indicados que concorrerão troféu este ano:

 

Indústria – Ar Condicionado
Daikin
Samsung
Trane

Indústria – Refrigeração
Chemours
Full Gauge Controls
Embraco

Comércio Distribuidor – Ar Condicionado
A.Dias
Clima Rio
Friopeças

Comércio Distribuidor – Refrigeração
Dufrio
Refrigeração Marechal
Polipartes

Personalidade do Comércio de Refrigeração e Ar Condicionado
Rafael Dias (A.Dias)
Sidney Tunda (Poloar)
Tiziano Giordano Pravato (Leveros)

Personalidade da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado
Anderson Bruno (LG)
Katsuya Fujii (Fujitsu)
Priscila Baioco (Armacell)

Tradição

A entrega de um prêmio aos mais destacados profissionais e empresas da indústria e comércio dos segmentos de refrigeração, ar condicionado, ventilação, aquecimento e tratamento do ar teve início em 1991, por iniciativa da Revista do Frio.

O troféu que materializou essa ideia foi batizado inicialmente como Urso Branco, mas, em 1998 – dois anos após a morte de Oswaldo Moreira – a premiação ganharia o nome do fundador da publicação.

O prêmio, portanto, existe há 27 anos e, em 2018 chega à sua 20ª edição com o nome atual, e 14 anos com o formato de votação eletrônica, realizada pelos convidados da festa em terminais de computador minutos antes da sua entrega.

Whirlpool concede férias coletivas

A partir de hoje a fabricante de eletrodomésticos Whirlpool dará férias coletivas de cinco dias aos trabalhadores das fábricas Joinville (SC) e Rio Claro (SP). O motivo é a falta de insumos, como aço e resinas, para as linhas de produção.

Com a greve dos caminhoneiros, a entrega desses materiais, que é diária, começou a falhar. A saída de produtos acabados também está prejudicada pela falta de transporte. O estoque de geladeiras e fogões da companhia, por exemplo, é de 20 dias.

 

Fonte: Márcia De Chiara, O Estado de S.Paulo

Elgin assina acordo para comprar Heatcraft do Brasil

A Elgin S.A. anunciou a assinatura de um acordo vinculante para comprar a Heatcraft do Brasil, indústria de condensadores, evaporadores, racks de compressores, condensadores remotos e monoblocos frigoríficos pertencente ao grupo Lennox International.

“Estamos muito confiantes com esta aquisição, cujo maior objetivo é oferecer um crescimento sustentável para esta união entre ambas as empresas”, ressalta Rafael Feder, presidente da Elgin.

Os valores envolvidos na operação não foram divulgados, e a conclusão dela ainda está condicionada à aprovação por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo um comunicado da Elgin, as duas companhias continuarão a conduzir suas atividades de forma independente até obterem este aval.

Em seus mais de 66 anos de história, a empresa 100% nacional que iniciou suas atividades no segmento de máquinas de costura, diversificou sua atuação no mercado brasileiro e internacional.

Hoje, a indústria fabrica uma grande variedade de produtos, incluindo condicionadores de ar, tecnologias de refrigeração e automação comercial, lâmpadas, telefones, calculadoras, pilhas, placas fotovoltaicas e móveis planejados.

Embraco é vendida para empresa japonesa

A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool concordou em vender a Embraco para a japonesa Nidec Corp por US$ 1,08 bilhão, enquanto busca focar em negócios voltados para o consumidor final.

O acordo, que não inclui as instalações da Embraco na Itália, que a empresa planeja fechar, não deverá ter um impacto significativo nos resultados financeiros da Whirlpool em 2018, disse a Whirlpool.

A expectativa é que o negócio seja concluído em 2019.Rac com compressor Embraco

A Whirlpool também disse que espera recomprar até US$ 1 bilhão em ações por meio de uma oferta a um preço antecipado de US$ 150 a US$ 170 dólares. A oferta está prevista para começar em 26 de abril.

A empresa, sediada em Benton Harbor, Michigan, informou também que pretende realizar recompras de ações no mercado aberto ao longo de 2018, após a conclusão da oferta pública.

 

Fonte: Reuters

Supermercados investem em lojas mais eficientes

A rede atacadista Makro investiu, recentemente, R$ 60 milhões na substituição do sistema de iluminação antigo por LED nas áreas internas e externas de todas as suas lojas no País, um projeto realizado pela EDP Brasil.

O resultado, de acordo com a companhia energética, foi uma redução de até 55% – ou 17,5 mil megawatts-hora (MWh) – no consumo de energia.

Segundo a EDP, com a economia de energia, mais de 1.431 toneladas de CO2 deixarão de ser lançadas na atmosfera anualmente, o que correspondente ao plantio de 11 mil árvores.

Além disso, haverá uma redução também nos custos de manutenção, uma vez que a durabilidade da lâmpada LED é de 50 mil horas (de 3 a 4 vezes mais que lâmpadas fluorescentes). A tecnologia ainda gera menos impacto ambiental,  por  não possuir mercúrio e outros componentes nocivos em sua composição.expositor horizontal poupando energia

“A EDP Brasil assumiu o compromisso de reduzir o consumo de 100 gigawatts-hora (GWh) de energia dos seus clientes até 2020 com a expansão do nosso segmento de soluções em energia, e a parceria com o Makro é mais um exemplo de como as corporações podem usufruir das nossas soluções de eficiência energética para reduzir custos e elevar sua contribuição ao meio ambiente, com baixo investimento inicial”, afirma Aldemir Spohr, diretor da EDP.

Antes da implantação, a iluminação representava, em média, 20% da conta de energia elétrica das unidades do Makro, o que deve ser diminuído para cerca de 10%. Por meio do contrato firmado entre as empresas, no modelo de success fee, a economia mensal de energia com a nova iluminação abaterá o investimento inicial.

“Além da economia no consumo de energia, o projeto de eficiência energética trouxe inúmeros benefícios, como o aumento da produtividade dos funcionários, valorização dos produtos trazendo mais conforto visual para os clientes e o compromisso sustentável de evitar desperdício e reduzir a emissão de gases poluentes”, destaca Marcos Ambrosano, presidente do Makro no País.

Segundo Daniel Marcucci, gerente de vendas da Danfoss, os supermercados brasileiros também têm investido em balcões e expositores refrigerados com porta de vidro, na troca de equipamentos antigos por mais modernos e eficientes com corrente contínua (DC), em equipamentos self-contained e na mudança do layout da loja visando o melhor aproveitamento da ventilação, a fim de reduzir o uso do ar-condicionado.

“Nos sistemas de climatização e refrigeração, os supermercados têm utilizado ferramentas de controle e de gestão, o que é fundamental para otimizar o desempenho. Além disso, os varejistas investem na troca de controles mecânicos por eletrônicos e em sistemas com fluidos refrigerantes mais eficientes e ecológicos”, ressalta.

Atualmente, os proprietários destes estabelecimentos podem ter a informação em tempo real dos detalhes de seu consumo de energia. “Com o controle e o gerenciamento sobre seus equipamentos, eles sabem o que está funcionando e podem intervir rapidamente no que não está funcionando adequadamente, fazendo uma gestão inteligente do seu patrimônio”, observa.

“Como exemplo, temos uma loja de porte grande que abre às 7h30 e a condensadora do ar condicionado só liga em torno das 10h30, pois os ventiladores do sistema de ventilação trocam o ar da loja pelo ar externo durante a noite”, diz.

“Em refrigeração, temos um caso que, com um controle eletrônico, possibilita a uma loja programar as pressões de sucção flutuantes, isto é, o sistema trabalha com mais precisão da temperatura do balcão e menos consumo de energia”, acrescenta.

 

Varejo mais competitivo

Reduzir gastos com energia elétrica e aumentar a eficiência dos supermercados são algumas das principais estratégias para tornar o varejo mais competitivo e, ao mesmo tempo, sustentável.

O aumento da demanda por produtos resfriados e congelados, fruto de novos hábitos do consumidor, gera maior necessidade de investimentos em equipamentos de refrigeração, o que, por sua vez, eleva o consumo de energia, cujo custo subiu significativamente nos últimos anos.

Em 2015, este insumo passou a representar a segunda maior despesa dos supermercados, ficando atrás apenas dos gastos com folha de pagamento.

Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso Gonçalves, a refrigeração, a climatização e a iluminação das lojas estão no centro das atenções quando o assunto é energia elétrica.

“Neste contexto, a tecnologia é aliada nestes casos, a partir de sistemas mais eficientes, gerenciáveis, adaptativos e modulares”, ressalta.

“Além da redução de consumo, destacam-se ainda as mudanças com foco na redução de custos para a operação, com o combate à energia reativa e a entrada em mercados de energia mais barata solar e até mesmo a maior atenção às modalidades de contratação no mercado cativo tradicional, de acordo com cada perfil de consumo”, completa.

O empresário ainda destaca que as mudanças no setor supermercadista acompanham a substituição do hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, um fluido refrigerante nocivo à camada de ozônio.

“De um lado, enxergamos o avanço dos motores eletrônicos e moduladores (inversores), gerenciadores e controladores, além de compressores mais eficientes. Enquanto na área de vendas, o que se nota é o fechamento dos expositores e melhor controle da temperatura e tempo dos degelos”, explica.

Outra mudança apontada pelo executivo é a ampliação da diversidade de sistemas – desde racks a equipamentos plug-ins –, sendo que cada um adapta-se a diferentes perfis de loja, trazendo resultados significativos para seu custo de operação.

De acordo com ele, a refrigeração, climatização e iluminação impactam diretamente na experiência de consumo do cliente. “O que se destaca com sistemas refrigerados mais eficientes é a qualidade e segurança dos produtos oferecidos”, afirma.

“O bom resultado pode ser medido, no âmbito da economia, pela redução de perdas e de custos com energia, que pode chegar a 20%. Desta forma, a loja aumenta a competitividade e pode ofertar melhores condições aos consumidores”, acrescenta.

“Graças à necessidade de substituição dos refrigerantes destruidores da camada de ozônio o mercado teve de buscar soluções que, por sua vez, culminaram com opções mais eficientes”, reforça  Pedro Gonçalves, lembrando que o mesmo ocorre com a redução do uso de fluidos com alto potencial de aquecimento global (GWP, em inglês).

“Outros bons exemplos atuais de ações focadas no meio ambiente têm sido os cases de combate ao vazamento de gases refrigerantes e as análises químicas do grau de contaminantes nos gases dos sistemas, que demonstram alto potencial de redução de custos de manutenção e tornam estas ações mais do que viáveis”, salienta.

Em decorrência das mudanças climáticas, a redução das emissões de gases de efeito estufa tem sido pauta de grandes debates internacionais. Inclusive, já existem regulamentações na Europa e nos EUA que limitam o uso de fluidos utilizados pela indústria de refrigeração de acordo com seu GWP.

Recentemente, o Supermercado Jaú Serve, rede varejista com 35 lojas no estado de São Paulo, adotou a hidrofluorolefina (HFO) R-449A em sua nova unidade em Lençóis Paulista.

Com 7,2 mil metros quadrados de área construída, esta loja é a maior da rede na cidade e conta com mais de 13 mil produtos, distribuídos nas seções de mercearia, carnes, frios e laticínios, hortifruti, adega, padaria, confeitaria, pizzaria, rotisseria, restaurante, lanchonete e floricultura.

“A utilização deste novo fluido refrigerante é vantajosa tanto do ponto de vista energético quanto operacional, pois o ele pode ser aplicado sem necessidade de adaptações em projetos originalmente desenhados para operar com o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A, uma substância de alto GWP”, explica o diretor de operações do varejista, Odirlei Salustiano.

De acordo com a Chemours (ex-DuPont Refrigerantes), o R-449 tem um GWP 67% menor que o do R-404A e também pode ser usado na substituição do R-22.

A instalação de sistemas de recuperação de calor para o aquecimento de água, por exemplo, é outra tendência nos supermercados, pois eles também ajudam a reduzir o consumo global de eletricidade.

Além de diminuir a conta de energia, acredita-se que, no futuro, graças a esses sistemas, os estabelecimentos passarão a ser fornecedores de energia, e não mais meros consumidores.

 

Qualidade garantida

Segundo o gerente de engenharia de aplicação da Full Gauge Controls, Anderson Machado, a adoção de equipamentos como válvulas de expansão eletrônica, gases refrigerantes mais eficientes e softwares supervisórios também ajuda a aumentar a vida útil das instalações frigoríficas.

“Hoje, softwares supervisórios como o Sitrad permitem que o supermercadista tenha acesso à performance de todos os equipamentos de sua loja usando apenas um celular ou tablet conectado à internet”, ressalta.

“O sistema ainda alerta os técnicos responsáveis de alguma anomalia que possa surgir. Então, além de ter uma redução de custos com energia elétrica e de quebra de equipamentos, ter o controle total das instalações na palma da mão proporciona agilidade e tranquilidade aos gestores, garantindo a qualidade do que é oferecido aos clientes”, diz.

Um exemplo disso é o caso do Grupo Mig, rede catarinense de supermercados que investiu, há cerca de seis anos, no Sitrad para fazer o gerenciamento remoto das instalações em suas sete lojas e também no centro de distribuição, no qual o sistema da Full Gauge é responsável pelo controle das câmaras frias.

“Certa vez, o cliente relatou que durante a noite ocorreu a queima de uma bobina solenoide em uma ilha de congelados que armazenava peixes. A oscilação na eletricidade fez com que a ferramenta enviasse um alarme para a equipe técnica, que se deslocou imediatamente até o supermercado. O equipamento continha mais de R$ 10 mil em mercadorias, porém nada se perdeu, graças ao aviso do software, que permitiu uma resposta imediata dos técnicos”, exemplifica.

De acordo com o gestor, as possibilidades de redução no consumo energético no setor supermercadista ainda dependem de melhores práticas.

Por isso, prossegue Machado, é preciso manter a temperatura e a pressão dos sistemas de refrigeração reguladas, assim como o degelo ajustado e os drenos desobstruídos, garantir exposição e armazenagem adequadas, monitorar a quantidade correta de produtos por equipamento e deixar as máquinas sempre fora da corrente de vento, sem luz solar direta e com a limpeza em dia.

“A modernização destas instalações é outra aliada muito importante, que pode garantir uma redução considerável do consumo de energia”, arremata.

Eletrofrio participa da Mercosuper 2018

Entre os dias 10 e 12 de abril, a Eletrofrio vai expor a sua linha de equipamentos na Mercosuper – 37ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, realizada no Expotrade Convention Center, em Pinhais, a feira terá como tema principal o combate ao desperdício de alimentos.

Uma das tendências sustentáveis que será apresentada pela Eletrofrio são as portas instaladas nos balcões de congelados e refrigerados, que mantêm os produtos mais bem conservados e reduzem em até 60% a carga térmica, contribuindo para a redução do consumo de energia. Os balcões refrigerados também podem oferecer mais um ponto de sustentabilidade ao trocar o gás R22 pelo Glicol, inofensivo à camada de ozônio e que reduz em até 90% os gases poluentes.

A empresa espera receber os supermercadistas e varejistas em seu estande para explicar sobre as soluções customizadas e projetadas para cada tipo de operação que oferecem.

“Um dos nossos diferenciais é utilizar agentes refrigerantes não poluentes, que contribuíram para que atingíssemos a marca de apenas 10% da quantidade de R22 utilizados há cinco anos”, aponta o diretor comercial da Eletrofrio, Roberto Weidner.

Em seu estande de quase 180 m² os visitantes terão contato com os produtos como expositores para congelados verticais e horizontais de Autosserviço, Expositores de Frios e Lacticínios de Atendimento e de Autosserviço, Expositores de atendimento para Carnes em Corte e Carnes embaladas, além de gôndolas e check out.

“Além de apresentar as novidades e as principais soluções aos supermercadistas e varejistas presentes, acreditamos que a Mercosuper é uma oportunidade de encontrar os parceiros atuais e de fazer novos clientes”, afirma Weidner.

 

Palestra

O engenheiro e gerente SMR da Eletrofrio, Rogério Marson, vai palestrar na Mercosuper, no dia 11 de abril, às 16h30, no auditório B. Marson  onde vai expor as principais mudanças ocorridas no setor nos últimos anos, que propiciaram a redução do consumo de energia nos sistemas de refrigeração aplicados em supermercados, bem como uma abordagem sobre os gases hoje disponíveis e seus efeitos no consumo de energia elétrica.

Novo Chiller da Carrier é eficiente e sustentável

A Carrier acaba de incorporar ao seu portfólio mais uma solução para projetos de climatização:  o chiller centrífugo AquaEdge® 19DV com inteligência Greenspeed®. O equipamento utiliza fluído refrigerante com baixo potencial de aquecimento global e atende às demandas dos clientes que buscam por um excelente desempenho, eficiência energética e responsabilidade ambiental.

O compressor foi projetado e otimizado para operação com o refrigerante R-1233zd(E), que possui baixíssimo GWP de 1.34 e classificação A1 pelo Standard 34 da ASHRAE (sem toxidade e flamabilidade). O compressor de baixa rotação possui um design do tipo “Back-to-Back” que melhora significativamente sua eficiência devido ao balanceamento das forças internas, possibilitando a utilização de mancais de cerâmica que utilizam o próprio refrigerante do equipamento como lubrificante. O novo controle PIC-5 tem interface intuitiva para operação com tela sensível ao toque, proporciona gráficos de tendências e capacidade de acesso remoto, além de poder ser instalado em qualquer um dos extremos do equipamento.

O equipamento permite que proprietários de edifícios e gerentes de instalações possam experimentar um novo nível de soluções de conectividade de equipamentos, incluindo diagnósticos remotos, tendências de desempenho de longo prazo, benchmarking, análise de decisões e notificações avançadas.

Isso significa um desempenho consistente durante as horas fora de horário em prédios de escritórios onde os computadores operam à noite. Além disso, os controles PIC5+ permitem uma rápida retomada de operação em apenas 30 segundos em caso de falha de energia inesperada.

“A Carrier investe em tecnologia e em nossa capacidade de inovar para nossos clientes”, diz Alcorn. “Esta solução foi cuidadosamente planejada para oferecer aos clientes uma operação sem preocupações, com níveis de eficiência ainda maiores e impacto econômico bastante reduzido”.

O chiller possui a função de recuperação de calor (Heat Recovery) como Standard e a operação no modo Free Cooling, como opcional.

 

Como lidar com um compressor ineficiente

Alta pressão de sucção e baixa pressão na linha de líquido podem colocar a qualidade e a segurança do produto em risco.

Ao atender um chamado de manutenção, é comum o refrigerista encontrar um compressor com pressão de sucção acima do normal junto com uma pressão na linha de líquido abaixo da desejável.

Muitas vezes, o equipamento de refrigeração ainda está funcionando, mas a temperatura do produto é muito quente, o que causa deterioração na qualidade e na segurança do produto.

Esse tipo de chamado é difícil de resolver porque o compressor ainda está resfriando, mas não o bastante para atingir sua capacidade máxima. Em casos assim, os produtos de média temperatura irão se desgastar mais rapidamente, ao passo que os de baixa não irão  congelar de maneira tão sólida quanto deveriam.

Há três razões principais para um compressor apresentar pressão de sucção acima do normal e pressão na linha de líquido abaixo da ideal. São elas:

  • Válvulas do compressor ruins (com vazamento)
  • Anéis do compressor desgastados
  • Separador de óleo com vazamento

Válvulas com vazamento

As válvulas do compressor podem se tornar ineficientes ao serem superaquecidas e distorcidas, ou por causa de depósitos de carbono e/ou borra, o que as impede de serem vedadas corretamente. Isso pode ser causado por:refrigerista arrumando compressor de uma geladeira

  • Problemas de migração do refrigerante
  • Problemas de transbordamento do refrigerante
  • Ácidos e/ou borra no sistema
  • Uma válvula de expansão termostática mal instalada, o que resulta em ausência de superaquecimento ou superaquecimento muito elevado
  • Uma carga de refrigerante abaixo do recomendado (alto superaquecimento)
  • Superaquecimento do compressor
  • Escoamentos do tipo slug (golfada) do refrigerante e/ou do óleo
  • Umidade e calor causando acúmulo de borra

Imagine uma situação de manutenção em que as válvulas de um compressor do sistema de refrigeração não estão fechando de modo apropriado. O técnico mede as temperaturas e pressões do sistema e então calcula o split (diferença entre a temperatura ambiente e a do condensador) e o sub-resfriamento do condensador, além dos valores de superaquecimento do compressor e do evaporador. Ambos os valores medidos e calculados seguem abaixo:

Valores medidos

  • Temperatura de descarga do compressor: 280 ºF (138 ºC)
  • Temperatura de saída do condensador: 75 °F (24 ºC)
  • Temperatura de saída do evaporador: 25 °F (-4 ºC)
  • Temperatura de entrada do compressor: 55 °F (13 ºC)
  • Temperatura do espaço refrigerado: 25 ºF (-4 ºC)
  • Amperagem do compressor: baixa
  • Pressão de baixa: 11.6 psig/10 °F
  • Pressão de alta: 95.0 psig/85 °F
  • Temperatura ambiente: 80 ºF (26,5 ºC)

Valores calculados

  • Temperatura split do condensador: 5 ºF (-15 ºC)
  • Sub-resfriamento do condensador: 10 ºF (-12 ºC)
  • Superaquecimento do evaporador: 15 ºF (-9,5 ºC)
  • Superaquecimento no compressor (total): 45 ºF (7 ºC)

Sintomas

  • Temperaturas de descarga acima do normal
  • Baixas temperaturas e pressões de condensação (cabeçote)
  • Sub-resfriamento normal ou elevado
  • Superaquecimentos normais ou elevados
  • Pressões do evaporador elevadas (sucção)
  • Baixa amperagem

Ao analisarmos o sistema no exemplo dado, é importante entender como as temperaturas de descarga superiores ao normal afetam os lubrificantes. A temperatura de descarga é medida a 2 polegadas (5 cm) de distância do compressor. Isso significaria que a temperatura real da válvula de descarga seria de aproximadamente 162 °C (138 °C + 24 °C), visto que a adição de 24 ºC à leitura da temperatura da linha de descarga proporcionará ao técnico uma temperatura aproximada da válvula de descarga.

Os lubrificantes de óleo mineral começam a se decompor a 350 ºF (176 °C) e lubrificantes de poliol éster (POE), a 400 °F (204 ºC). Qualquer aumento de temperatura acima destes pontos provoca uma polimerização de óleo. É na polimerização que as moléculas do lubrificante começam a se combinar em moléculas maiores. O produto final é o óleo grosso e escuro; depois, a borra; e, finalmente, um pó sólido.

Esse processo é conhecido como degradação do lubrificante. A borra de óleo e outros subprodutos de sua decomposição também podem se prender a superfícies internas, inclusive válvulas de sucção e descarga, além de placas de válvulas.

Uma válvula de descarga que não esteja posicionada adequadamente porque foi danificada ou acumulou borra fará com que a pressão na linha de líquido seja baixa. A razão é que o vapor de refrigerante será forçado a sair do cilindro para dentro da linha de descarga durante o movimento ascendente do compressor. No movimento descendente, este mesmo refrigerante que está comprimido na linha de descarga será sugado de volta para o cilindro porque a válvula de descarga não está encaixada corretamente.

Este ciclo curto de refrigerante causará o aquecimento dos gases de descarga repetidamente e causará temperaturas de descarga superiores às normais. Porém, se o problema da válvula progrediu para o ponto onde quase não há fluxo de refrigerante através do sistema, haverá uma temperatura de descarga mais baixa a partir da taxa de fluxo extremamente reduzida.

Pressões de condensação baixas (cabeçote)

Uma vez que as válvulas do compressor começam a vazar e alguns gases de descarga estão sendo encaminhados para dentro e para fora do cilindro do compressor, haverá um baixo fluxo de refrigerante através do condensador. Isso vai resultar em uma redução na carga de rejeição de calor no condensador e nas pressões e temperaturas de condensação (cabeçote).

Sub-resfriamento de condensador normal ou alto

Haverá um fluxo de refrigerante reduzido através do condensador e, portanto, através de todo o sistema, devido ao fato de componentes do sistema estarem em série. A maior parte do refrigerante estará no condensador e no receptor. Isso pode dar ao condensador um sub-resfriamento um pouco maior.

Superaquecimento entre o nível normal ou elevado

Devido ao fluxo reduzido de refrigerante através do sistema, a válvula de expansão termostática (TXV) pode não receber a taxa de fluxo de refrigerante que necessita. O resultado pode ser superaquecimentos elevados; no entanto, os superaquecimentos podem ser normais se o problema da válvula não for severo.

Pressão de evaporação elevada (sucção)

O vapor de refrigerante será retirado da linha de sucção para dentro do cilindro do compressor durante o movimento descendente do compressor. No entanto, durante o movimento ascendente, este mesmo refrigerante pode voltar a entrar na linha de sucção porque a válvula de sucção não está corretamente instalada devido à borra de óleo ou outros subprodutos da degradação de óleo que aderem à sua superfície. Os resultados são altas pressões de sucção. As válvulas de sucção ou de descarga também podem ficar entortadas por causa de um problema de superaquecimento do compressor.

Baixa carga de amperagem

É causada pelo fluxo reduzido de refrigerante através do compressor. Durante o ciclo de compressão, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de sucção e voltar para a linha de sucção, o que reduz o fluxo de fluído refrigerante. Durante o ciclo de sucção, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de descarga por não estar encaixado adequadamente e voltará ao cilindro do compressor. Em ambas as situações, há uma taxa de fluxo de refrigerante reduzida, o que diminui a carga de amperagem.

Anéis do compressor desgastados

Quando os anéis do compressor estão gastos, os gases de descarga do lado superior irão passar por eles durante o ciclo de compressão e darão ao sistema uma pressão mais baixa na linha de líquido. Como os gases de descarga vazaram através dos anéis e entraram no cárter, a pressão de sucção também será maior do que o normal. O sintoma resultante será uma pressão na linha de líquido mais baixa com uma maior pressão de sucção. Os sintomas apresentados em anéis gastos são muito semelhantes às válvulas com vazamento.

Separador de óleo com vazamento

Quando o nível de óleo no separador é alto o suficiente para levantar a boia, uma agulha de retorno de óleo é aberta, e o óleo retorna ao cárter do compressor através de uma pequena linha de retorno.

A diferença de pressão entre as partes alta e baixa do sistema de refrigeração é a força motriz para fazer o óleo viajar do separador de óleo para o cárter do compressor. O separador de óleo está no lado alto do sistema e o cárter do compressor no lado baixo. A válvula de agulha de retorno de óleo operada por boia está localizada em uma altura elevada o suficiente no reservatório de óleo para permitir que o óleo limpo retorne automaticamente ao cárter do compressor. É necessária apenas uma pequena quantidade de óleo para acionar o mecanismo flutuante, o que garante que apenas uma pequena quantidade de óleo esteja sempre ausente do cárter do compressor em qualquer momento.

Quando o nível de óleo no cárter do separador de óleo cai para um certo nível, a boia força a válvula da agulha a fechar. Quando o mecanismo flutuador de um separador de óleo fica ruim, pode acabar desviando o gás de descarga quente diretamente no cárter do compressor. A válvula de agulha também pode ficar presa parcialmente por causa de sujeira no óleo. Isso causará entrada direta de alta pressão no cárter do compressor.

Fabricantes buscam a máxima eficiência

O compressor é a parte mais básica e crucial de um sistema de refrigeração. Sua principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura na fase gasosa. É por isso que a performance de um sistema de refrigeração depende do desempenho do compressor.

Estes equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração comercial e em sistemas frigoríficos utilizados na indústria de transporte.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico, na indústria química, entre outros setores.

Com a evolução da tecnologia, os refrigeradores domésticos estão ficando mais baratos. Este é um dos motivos que levarão o mercado global de compressores a registrar uma taxa de crescimento anual composta de 5% entre 2017 e 2021.

Com o aumento do consumo de alimentos processados e congelados em todo o mundo, espera-se que a indústria de compressores cresça a um ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o varejo global vem crescendo rapidamente. Muitos grandes players do setor varejista estão se expandindo em vários países, especialmente nas economias emergentes.

Enfim, o que se vê é um aumento do número de supermercados e hipermercados que requerem grandes sistemas de refrigeração. Esta tendência também é responsável pelo crescimento do mercado global de compressores.

Com a demanda por alimentos congelados, embalados etc. aumentando rapidamente, o mercado de compressores aplicados em sistemas de transporte está experimentando um rápido crescimento.

A indústria farmacêutica também precisa de sistemas de refrigeração altamente avançados para o processo de resfriamento de certas matérias-primas, produtos acabados e semiacabados. Isso, obviamente, alavanca o setor.

Atualmente, um grande número de fabricantes de compressores se concentra em pesquisar e desenvolver novas tecnologias com níveis cada vez mais aprimorados de eficiência.

“Todas as redes de supermercados, das grandes às pequenas, têm dado uma atenção especial ao consumo de energia elétrica”, lembra Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e inovação da Embraco.

Sediada em Joinville, a indústria de compressores investe de 3% a 4% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, independentemente do cenário econômico.

Além de ser pioneira na utilização de fluidos refrigerantes naturais, a empresa detém 1,7 mil patentes. Por isso, ela está entre as empresas privadas com maior número de patentes depositadas vigentes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, a busca e a necessidade por equipamentos mais eficientes tornam os compressores com tecnologia inverter e válvula intermediária de descarga (IDV) uma tendência.

“Quando falamos de equipamentos inverter, o mercado de ar condicionado está um passo à frente. Agora é o mercado de refrigeração que vem avançando fortemente neste caminho à procura de soluções de eficiência energética para as lojas”, analisa.

“Ainda que timidamente, as legislações internacionais com relação à eficiência energética e ao aquecimento global vêm influenciando o Brasil. Por isso, cada vez mais teremos equipamentos aprovados para novos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Quem também investe fortemente em novas tecnologias é a Elgin. “O objetivo é atender as necessidades do mercado, visando o melhor desempenho com a qualidade e melhor eficiência enérgica”, enfatiza o supervisor de engenharia de aplicação da empresa, Alexandre Rosa da Costa.