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Plano preliminar de vacinação contra a covid-19 prevê quatro fases

O Ministério da Saúde já apresentou as definições preliminares da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra a covid-19. Pontos como grupos prioritários, eixos estratégicos do plano operacional, expectativas de prazos, investimento na rede de frio para armazenamento das doses, processos de aquisição de agulhas e seringas para atendimento da demanda e as fases da vacinação dos grupos prioritários foram tratados durante o encontro.

Durante reunião sobre o tema, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, frisou a importância de viabilizar o Plano de Vacinação e reforçou que o ministério e entidades parceiras possuem ampla base técnica para elaboração das estratégias de forma a atender com excelência a todos os objetivos propostos no plano. “É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas reunidas com vontade de fazer o melhor plano do mundo”, afirmou.

O ministro Pazuello reforçou, ainda, que o SUS tem hoje o maior programa de vacinação do mundo, o que fortalece a estratégia de vacinação contra a covid-19.

O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, por sua vez, salientou que o plano apresentado hoje é preliminar e que sua estrutura final dependerá das vacinas disponibilizadas.

“É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica”, disse. “Todas essas questões serão relevantes, inclusive, para definição final dos grupos prioritários, onde são levados em consideração os critérios de testes realizados por cada laboratório que disponibilizar vacinas”.

Além do Ministério, integram o grupo de discussão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Eles fazem parte da Câmara Técnica para elaboração do plano, implementada a partir de Portaria nº28 de 03 de setembro de 2020.

QUATRO FASES

Durante a reunião, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fontana, detalhou que a vacinação deve ocorrer em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

Na primeira fase, conforme a coordenadora do PNI, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.

Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras). A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.

Ao todo, os quatro momentos da campanha somam 109,5 milhões de doses, sendo que os esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility – preveem esquema vacinal em duas doses. Na reunião, Francieli reforçou que o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases é preliminar e pode sofrer alterações, a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com outras farmacêuticas, após resultados dos estudos das vacinas candidatas e regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

SERINGAS E AGULHAS 

A coordenadora do PNI também detalhou que o Ministério da Saúde negocia aquisições de seringas e agulhas para atender à demanda para vacinação contra o coronavírus. Segundo ela, no momento, encontra-se em andamento processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional. Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana.

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde é o maior programa de vacinação do mundo e atende, atualmente, uma população de 212 milhões de pessoas. Durante a reunião, Francieli lembrou que o programa já possui ampla expertise em vacinação em massa e está preparado – tanto no âmbito técnico quanto no de infraestrutura – para a vacinação contra a Covid-19, sem que a demanda do calendário normal de vacinação da população seja afetada.

Apenas em 2020, mais de R$ 42 milhões foram investidos para estruturação da rede de frio que armazena as doses do PNI, e que hoje atende na faixa de temperatura preconizada de 2 ºC a 8 ºC para todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, com exceção da Vacina Oral Poliomielite, armazenada a -20 ºC na instância nacional. O recurso serviu à compra de câmaras refrigeradas, computadores e novos aparelhos de ar-condicionado.

Em novembro, a pasta realizou um workshop junto às secretarias municipais e estaduais de Saúde a fim de preparar a rede de frio nacional, em suas diversas instâncias, para introdução das doses contra a covid-19. Foram tratados no treinamento temas como as entregas das cargas, investimentos na rede de frio, riscos de armazenamento, as vacinas contra a doença em fase 3 de pesquisa e orientações técnicas sobre qualidade. Atualmente, o Brasil possui 38 mil salas de vacinação espalhadas por todo o país.

Os eixos prioritários que guiam o Plano de Vacinação são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação;  monitoramento, supervisão e avaliação; comunicação; encerramento da campanha.

O Brasil já possui atualmente garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). No mês passado, o Ministério da Saúde sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer BioNTech, Moderna, Bharat Biotech (covaxin) e Instituto Gamaleya (sputinik V), que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística.

O ministro Eduardo Pazuello disse, na reunião, que nenhuma delas está descartada. “Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes”. Ele aproveitou também para frisar a importância do tratamento precoce como aliado contra a covid-19 até que sejam disponibilizadas vacinas para toda a população. “Enquanto a vacina não chega, precisamos focar no diagnóstico clínico do médico, no tratamento precoce e no manejo correto do paciente”, disse.

Resenha de sexta-feira -Bluear

Agora é na Bluear, conheça um pouco mais sobre essa tradicional loja de peças localizada na Alameda Glete em São Paulo.

Danfoss apresenta nova versão do controlador de evaporador EKE 400

A Danfoss anuncia uma nova versão do controlador de evaporador EKE 400 , desenvolvido para operar em sistemas de refrigeração industrial de qualquer porte. Munido das mesmas funcionalidades de controle e otimização operacional no modo de refrigeração e degelo, o controlador de evaporador é projetado para obter grande desempenho em válvulas da Danfoss, mas também funciona com outras válvulas.

O controlador de evaporador EKE 400 gerencia toda a operação no modo de refrigeração e degelo, ajudando a proporcionar uma sequência ideal de degelo em sistemas com amônia, CO2 e HFC/HCFC. A ferramenta é aplicável em sistemas inundados e com expansão direta (DX), além de oferecer suporte a vários métodos de degelo, como gás quente por controle de pressão ou drenagem de líquido, degelo elétrico e degelo com água/brine.

Composto por um Sistema de Controle Distribuído (DCS) e um controle por algoritmos, o EKE 400 apresenta praticidade em suas configurações. Esta combinação, segundo a empresa, ajuda a reduzir o tempo e o custo de sua instalação, além de garantir segurança e eficácia operacional.

O EKE 400 inclui comunicação Modbus, o que permite uma integração de suas atividades a um sistema PLC central. Porém, ele também pode ser utilizado de forma autônoma, caso esta opção seja mais compatível com a dinâmica de funcionamento da instalação.

Evento

Rua Coronel Diogo, 1476 é o novo endereço da Refrigeração Cacique, que acaba de inaugurar uma loja em São Paulo na região do Ipiranga.

Mayekawa torna-se única empresa a oferecer portfólio completo de Refrigeração com CO2

A parceria entre as gigantes da refrigeração atenderá o mercado latino americano, onde filiais da Mayekawa serão responsáveis por distribuir e instalar os produtos TEKO no continente. A partir dessa união, a Mayekawa disponibilizará para o mercado portfólio completo em soluções e equipamentos de Refrigeração com CO2, já que a Mayekawa é uma das poucas empresas fabricantes que entrega soluções de refrigeração com CO2 bombeado (CO2 como fluido secundário), transcrítico e subcrítico para o mercado.

“O Grupo Mayekawa é centenário e detentor de tecnologias patenteadas, que fazem a diferença em instalações industriais promovendo o melhor custo x benefício para a qualidade final do produto. Dessa forma nos unimos com parceiros de ponta, como a TEKO, para oferecer esta concepção as demais áreas da Refrigeração, disponibilizando soluções completas para o setor”, informa o diretor comercial da Mayekawa do Brasil, Silvio Guglielmoni, que acrescenta: “além da tecnologia japonesa presente nos equipamentos Mayekawa, através da TEKO, o mercado brasileiro passa a contar também com a tecnologia alemã para os sistemas transcríticos e subcríticos”.

Transcrítico e Subcrítico – Seguindo as tendências mundiais e com a futura regulamentação da emenda de Kigali do protocolo de Montreal em nosso país, o sistema CO2 transcrítico vem se tornando a aplicação mais viável e eficiente para sistemas de refrigeração em baixas temperaturas em diversos mercados como o varejo de alimentos e centros de distribuição em zonas de clima frio a moderado.

Este sistema permite uma excelente e eficiente recuperação de calor e o consumo de energia está em um nível igual ou melhor em relação aos sistemas com fluidos HFC sendo que o projeto é relativamente simples.

Mesmo sendo um sistema simples, o transcrítico tem as suas particularidades pois trabalha com pressões do CO2 bem acima dos fluidos dos sistemas convencionais de refrigeração, obrigando o mercado e os usuários a uma mudança de paradigmas, exigindo várias medidas para se adequar as estas pressões como treinamento de mão de obra especializada em CO2 e sistemas de segurança adequados a estas pressões envolvidas. “Para amenizar estas mudanças de conceitos no mercado e acostumar os usuários e operadores a trabalhar com o CO2, o sistema subcrítico serve como uma transição neste processo pois, além de ser um sistema também eficiente, ele também trabalha com pressões médias de CO2 e com sistemas convencionais de refrigeração para condensação do mesmo”, conclui Guglielmoni.

Agora com a TEKO, a Mayekawa, que também é distribuidora exclusiva dos compressores Frascold, presentes nestes sistemas, oferece portfólio completo para sistemas de Refrigeração.

Brasil dispõe de logística para transporte de vacinas contra covid-19

O mercado brasileiro de transporte de medicamentos dispõe de infraestrutura logística adequada para transportar as vacinas que combaterão a covid-19. “Os equipamentos são próprios para atender os três padrões de temperatura utilizados usualmente pelos operadores logísticos e que são determinados pela ANVISA”, afirma Marcos Augusto Pordeus de Paula, diretor da Frigo King, empresa que fabrica equipamentos de alta tecnologia para refrigeração de cargas transportadas em baixas temperaturas. “A maior parte das vacinas em estudo já conta com a logística adequada para sua distribuição”, afirma.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que 50% das vacinas chegam comprometidas ao seu destino devido a falhas no controle de temperatura. Por isso é essencial ter esse controle desde o momento em que as vacinas saem dos fabricantes e até se destino final que podem ser os centros de distribuição de farmácias, laboratórios e hospitais.

As normas que regem esse transporte são determinadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 430/20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Os devidos cuidados com a manutenção da temperatura ideal, ao longo de todo o trajeto, e o correto armazenamento da carga são partes fundamentais para garantir o combate à covid-19”, explica Marcos.

A Frigo King fornece equipamentos para atender o maior leque de demandas de transporte de medicamentos. O Titan é utilizável desde baús sobre chassi de caminhão leve até semirreboque. A Linha Flex atende o transporte em caminhão leve com baú e a Farma Basic é destinada a logística que usa veículos comerciais leves com espaço refrigerado para carga.

Os equipamentos da Frigo King permitem o monitoramento e registro dos dados da temperatura durante o transporte com o uso de dataloggers. A segurança e garantia da manutenção da temperatura da carga se completam com o acompanhamento remoto por meio de dispositivos como smartphones.

Os três padrões para transporte são adotados para atender as características próprias dos medicamentos sem que sua qualidade e eficácia sejam afetados. “Estamos tratando de uma carga que salva vidas e por isso todo cuidado é pouco em seu correto manuseio”, diz o executivo.

Padrões de operação

Os padrões de operação de temperatura são parâmetros que permitem a correta armazenagem e transporte de medicamentos. O primeiro deles estabelece temperatura da carga em 18 graus positivos, com variação na faixa de 15º a 25º positivos, e atende a grande maioria dos medicamentos vendidos no Brasil.

O segundo é com temperatura de 5 graus positivos, com variação de 2º a 8º positivos, e é adequado para o transporte da maior parte das vacinas e demais produtos mais delicados e tecnologicamente avançados, como insulina.

O terceiro padrão opera em 18 graus negativos para menos e é adequado para o transporte de outros tipos de vacinas. A maior parte da tecnologia presente nas vacinas em desenvolvimento para combater a Covid-19 pode ser transportada com os equipamentos atuais. “Fora desse padrão será necessário desenvolver algo específico”, diz.

Senai-SP abre inscrições para cursos técnicos gratuitos

As vagas são para áreas tecnológicas demandadas pela indústria, como eletroeletrônica, alimentos, mecatrônica, vestuário, tecnologia da informação e equipamentos biomédicos. Há oportunidades em 52 cidades do Estado de São Paulo. Os cursos possuem duração de 1 ano e meio a 2 anos, com opções nos períodos da manhã, tarde e noite, e são reconhecidos pelo MEC.

Para se inscrever em cursos do período diurno, é preciso ter concluído o 1º ano do Ensino Médio ou estar matriculado em curso que lhes permita concluí-lo até a data de início das aulas. Já para os cursos do período noturno, é preciso ter concluído o Ensino Médio ou estar matriculado em curso que lhes permita concluí-lo até a data de início das aulas. Os candidatos terão até o dia 30 de novembro para realizar a inscrição. Ressalta-se que, de modo preventivo, houve alteração do critério de avaliação dos processos seletivos para o primeiro semestre de 2021, com a substituição da prova de seleção presencial pela avaliação de desempenho escolar por análise do histórico ou boletim escolar.

A participação no processo seletivo possui uma taxa administrativa de R$63,00, que deve ser paga via boleto. A divulgação do resultado estará disponível no site do Senai-SP e também nas escolas, a partir das 14h, no dia 11 de janeiro de 2021.

O período de matrículas vai de 11 a 13 de janeiro de 2021 (1ª chamada), 14 de janeiro de 2021 para a segunda chamada, e no dia 15 de janeiro do ano que vem para classificados em terceira chamada. As aulas começam no dia 18 de fevereiro de 2021.

Refrigeração e Climatização até o dia 30/11/2020

A Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, localizada no bairro do Ipiranga em São Paulo, especializada na área de Refrigeração e Climatização, oferta o Curso Técnico de Refrigeração e Climatização para os períodos da manhã, da tarde e da noite. Consulte os detalhes sobre esse curso em: https://refrigeracao.sp.senai.br/5496/tecnico-de-refrigeracao-e-climatizacao

Para mais informações, acesse: http://sp.senai.br/noticias/27/20800/aberto-processo-seletivo-para-os-cursos-tecnicos-2021.html

Smacna Brasil dá adeus a Osmar Gomes da Silva

A Smacna Brasil, associação técnico-científica sem fins lucrativos das empresas do ramo de instalação de sistemas de climatização e refrigeração, comunicou, na tarde de hoje (20), o falecimento do engenheiro químico Osmar Gomes da Silva, ocorrido nesta madrugada. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido no Rio de Janeiro e pai de três filhas, Osmar iniciou seus trabalhos na entidade em 1º de novembro de 1990, como vice-presidente executivo. Foi o coordenador da comitiva brasileira de empresas instaladoras durante a primeira visita à Smacna americana e a empresas locais.

Trabalhou juntamente com a diretoria da Smacna Brasil para a criação do “Programa Smacna de Educação Continuada em Tratamento de Ar” e do prêmio “Destaques do Ano Smacna Brasil”, atuando na associação durante 26 anos.

“Dono de uma inteligência invejável, atraia sempre a atenção com os seus discursos muito bem elaborados e forma gentil e educada de tratar a todos”, ressaltou a nota de pesa publicada pela entidade numa rede social.

Varejo em busca da sustentabilidade

Sustentabilidade, eficiência energética e conectividade têm ditado os rumos do varejo de alimentos e bebidas, setor para o qual a indústria de refrigeração e ar condicionado não para de desenvolver tecnologias que ajudam a reduzir custos, como compressores de velocidade variável, sistemas de automação e novos fluidos frigoríficos.

Nesse cenário, alguns varejistas também têm colocado em prática medidas para reduzir a carga de refrigerantes e o volume de vazamentos dessas substâncias, o que impulsiona a adoção de uma ampla variedade de arquiteturas de sistemas de refrigeração.

“O vazamento de fluido refrigerante é uma das falhas mais comuns em um sistema de refrigeração comercial. Por ser um circuito fechado, não deveria ser necessário uma nova recarga de gás nos racks de compressores, porém, na prática, estudos comprovam que a média de reposição de carga de gás nos supermercados brasileiros é maior do que uma carga por ano. Os vazamentos ocorrem geralmente por falha na manutenção dos equipamentos, como porcas mal apertadas, flanges de má qualidade, conexões e válvulas com vedações deterioradas, soldas quebradas ou até mesmo pela ruptura da tubulação por excesso de vibração”, explica o coordenador de vendas da Emerson, Denis Ferraz.

“Dentre as principais consequências desse problema, podemos citar perda de mercadorias, devido à parada de expositores, aumento no consumo energético e impacto ambiental, além de custos diretos para reposição do fluido refrigerante e indiretos, como custos administrativos para compra do material, frete e mão de obra para reposição”, diz.

O descaso em relação aos vazamentos também pode acarretar riscos à reputação e à imagem das empresas. Em setembro, grupos de defesa do meio ambiente entregaram abaixo-assinados de mais de 100 mil consumidores pedindo ao Walmart para reduzir as emissões de fluidos refrigerantes usados nos sistemas de refrigeração e ar condicionado em suas 11,5 mil lojas em todo o mundo.

Em seu recém-anunciado plano estratégico, a maior rede varejista do planeta não especificou medidas para solucionar vazamentos de gases refrigerantes, o que revoltou organizações ambientalistas como a Green America e a Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês).

As ONGs também pediram para que o Walmart adote rapidamente fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) em suas lojas.

Ruptura na tubulação prejudica a eficiência energética

Falhas na manutenção podem ocasionar rupturas nas tubulações de sistemas de refrigeração e ar condicionado, alerta especialista


Inovações para o segmento

Pensando na questão dos vazamentos de fluidos refrigerantes, a Emerson desenvolveu o detector MRLDS, uma solução para o monitoramento de ambientes de refrigeração, como supermercados, hipermercados, centros de distribuição e câmaras frigoríficas, que também é aplicável para sistemas de climatização, como chillers e bombas de calor.

“O MRLDS é compatível com refrigerantes fluorados, R-290, R-717 e R-744. Seus sensores possuem ótima precisão e nível de detecção a partir de 30 ppm de concentração de refrigerante no ambiente”, explica Ferraz.

“Com montagem simples, configuração amigável e comunicação com sistema supervisório XWEB, o MRLDS é a solução ideal para gerenciamento remoto do nível de fluidos refrigerantes”, assegura.

O uso de controles cada vez mais sofisticados é tendência na refrigeração comercial, a tecnologia é essencial para o gerenciamento dos ativos e qualidade dos produtos. A integração dos controladores, compressores e componentes de acionamento e de proteção contribuem para o bom funcionamento do sistema, garantindo assim a qualidade do frio alimentar.

Hoje em dia, é possível monitorar remotamente os alarmes e proteções de compressores assim como temperatura de descarga, corrente elétrica e status de operação, contribuindo para o perfeito funcionamento do sistema.

Em relação ao controle de temperatura, há dispositivos que podem gerenciar os ajustes necessários do sistema baseados nas temperaturas reais das câmaras, ilhas e gabinetes, aumentando ou diminuindo o ponto de controle da evaporação com base na capacidade requerida de refrigeração.

“A coleta de dados a partir de dispositivos conectados permite uma análise criteriosa das condições operacionais dos equipamentos de refrigeração. O uso de softwares específicos para análise desses dados gera ações de controle que buscarão a mais alta performance dos equipamentos de um dado projeto, adequando-os às condições do local da instalação e às condições operacionais de cada supermercado”, destaca o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

Embora essas ferramentas proporcionem resultados rápidos e inúmeras vantagens, “o investimento inicial exigido ainda dificulta sua disseminação pelo País, muito pela falta de conhecimento. São poucas as redes supermercadistas que usufruem delas. Em redes europeias e norte-americanas, essa solução é de uso comum”.

Recentemente, a indústria brasileira lançou a linha Compack de sistemas de refrigeração para lojas de pequeno e médio porte, visando “proporcionar o fornecimento de equipamentos que, além de dispor das tecnologias de gerenciamento eletrônico e permitir a análise de dados remotamente, atendam a requisitos de alta eficiência energética, baixa carga de fluido refrigerante e alta qualidade construtiva e de componentes”.

Uma outra solução tecnológica que tem sido adotada por supermercados para reduzir falhas e vazamentos de fluidos refrigerantes, além de otimizar o consumo de energia, são os sistemas de refrigeração acoplados.

“Esses sistemas são soluções conectadas diretamente ao refrigerador e não dependem de uma rede de tubulação como numa solução remota. Em virtude disso, eles têm uma carga menor de refrigerante e diminuem os riscos de vazamento. Além disso, agregam outros ganhos, como rapidez de projeto e instalação, mais espaço nas lojas, pela eliminação da casa de máquinas e tubulação, flexibilidade de layout das lojas, porque permite mudar os equipamentos de lugar facilmente, e custo mais baixo”, diz o gerente de vendas do portfólio Embraco na Nidec Global Appliance, Fábio Venâncio.

“Nessa linha de produtos, temos unidades seladas, como nosso Plug n’ Cool, e as unidades condensadoras, como a UFMFT. Ambas são tipos de sistemas acoplados completos”, informa.

“Os sistemas acoplados da Embraco entregam também um grande ganho de eficiência energética em comparação com a solução remota. Um exemplo é um teste de campo feito com o Plug n’ Cool com uma cadeia de lojas de conveniência na Rússia, que resultou em uma redução do custo de energia de 34% na loja onde o sistema foi instalado, em comparação com o sistema remoto usado em outras lojas da cadeia”, revela.

O Plug n’ Cool é uma unidade selada do tipo plug n’ play, ou seja, pode ser instalada no topo do gabinete sem a necessidade de ser embutida na parte inferior do equipamento de refrigeração, facilitando, dessa maneira, as manutenções, como limpeza de condensador. O equipamento, segundo o gestor, usa um compressor de velocidade variável com R-290, “duas características que proporcionam alta eficiência energética”.

Em se tratando especificamente de novos fluidos refrigerantes, uma solução que tem ajudado o varejo a economizar energia é o R-449A, substância à base de hidroflu-orolefina (HFO).

“Os supermercados realmente estão cada vez mais preocupados em otimizar os seus sistemas e buscar soluções de baixo consumo de energia”, comenta da líder de desenvolvimento de negócios da Chemours, Joana Canozzi, ao destacar que o R-449A proporciona redução de até 12% no consumo de energia dos sistemas de refrigeração comercial.

Esse fluido está sendo utilizado em centenas de supermercados e em estabelecimentos industriais no Brasil, informa a gestora.  “Já realizamos no Brasil diversas experiências que comprovaram o potencial dessa tecnologia, como, por exemplo, o caso da maior rede de supermercados do País, que substituiu o R-404A por R-449A em uma de suas lojas, reduzindo em 67% o GWP do sistema e em 9,5% o consumo de energia do seu sistema de resfriados”, diz.

“Essa experiência foi replicada em diversos outros supermercados que puderam comprovar o benefício energético desse retrofit, como o St. Marché, que registrou redução do consumo de até 11% no sistema de refrigeração de uma de suas lojas. Redes como ABC, Center Box, Jaú Serve e unidades da Mondelez, entre outras, são alguns exemplos de empresas que adotaram a tecnologia com resultados positivos”, ressalta.

 

Impactos da pandemia

Durante a atual pandemia de covid-19, os supermercados foram uma das poucas atividades que não sofreram interferência em seu funcionamento, mantendo assim uma demanda constante, conforme destaca o vice-diretor comercial da Full Gauge Controls, Rodnei Peres Junior,

“Os estabelecimentos da área sabem que a qualidade do produto que oferecem depende, entre outros fatores, da temperatura em que são produzidos e armazenados. Existe uma grande preocupação em seguir os rígidos padrões exigidos por órgãos fiscalizadores, o que só pode acontecer através de um controle muito preciso. Além disso, a manutenção dos níveis de temperatura é uma garantia do correto funcionamento dos equipamentos e sistemas, o que resulta em menos desperdício de tempo e energia, redução de custos e, consequentemente, otimização de lucros”, diz.

“Notamos que houve um crescimento significativo na implantação de softwares de gerenciamento via internet integrados a instrumentos digitais para controle e monitoramento dos equipamentos refrigerados (câmaras frias, balcões de congelados, resfriados, etc.) e até os racks de refrigeração de supermercados”, afirma.

“Hoje, o gerenciamento de instalações de refrigeração, climatização e aquecimento pode ser feito pela internet e celular através de softwares especiais para isso, como é o caso do Sitrad Pro que é desenvolvido e distribuído gratuitamente pela Full Gauge Controls”, acrescenta.

“Nosso software de gerenciamento via internet vem sendo amplamente usado por todos os tamanhos de supermercados, de pequenas lojas a grandes redes, justamente por possibilitar o controle dos equipamentos do supermercado remotamente, via internet, e por ser gratuito. Com ele, é possível administrar todos equipamentos controlados com nossos controladores à distância, gerar e imprimir relatórios gráficos que substituem as velhas planilhas manuais de anotações de temperatura, respeitando todos requisitos de órgãos como Anvisa e FDA”, informa.

Para o engenheiro de aplicação da Carel, Fellipe Dias, “2020 está sendo um ano desafiador para qualquer um por conta da inesperada pandemia do novo coronavírus. Especificamente para o mercado de refrigeração comercial, temos observado que houve de um a dois meses sem novos projetos. Para a nossa positiva surpresa, no meio do ano, o setor retomou os projetos e, desde então, tem se mostrado promissor”, afirma.

“Como um balanço do ano até agora (setembro), eu diria que mercado está indo muito bem. O setor continua aquecido tanto para os prestadores de serviço quanto para os fornecedores e os clientes finais. A explicação para esse cenário é relativamente simples: o mundo parou, porém, precisamos continuar a comer. As classes econômicas que antes costumavam comer sempre em restaurantes passaram a comer em casa. Grupos que antes pediam comida passaram a cozinhar mais. Pessoas que comiam na rua agora comem em casa. Todas as mudanças de hábito trazidas pela pandemia alteraram a rotina do consumidor, mas os alimentos sempre saem das prateleiras dos supermercados”, relata o engenheiro, destacando que “a Carel é uma empresa que investe muito em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e está sempre em destaque quando falamos sobre lançamentos”.

Uma das principais inovações da empresa para o segmento é o sistema Heos, em que o controlador gerencia absolutamente tudo no sistema de refrigeração. “O controlador comanda o compressor, a válvula de expansão eletrônica, os ventiladores, o degelo etc. Essa solução apresenta-se como um modelo mais recente com relação aos racks centralizados e suas vantagens são inúmeras: menor consumo de fluido refrigerante, menor despesa com vazamentos de fluido refrigerante, controle de todas as variáveis do sistema de refrigeração – o que possibilita o supermercadista a ter acesso a absolutamente todo o sistema do balcão – e o mais importante, que é a economia de energia”, explica.

Estação Espacial Internacional ganha geladeiras

A Universidade de Colorado, nos EUA, e a empresa BioServe Space Technologies desenvolveram o FRIDGE (de Freezer Refrigerator Incubator Device for Galley and Experimentation), um refrigerador com as dimensões de um micro-ondas e que já está na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

As duas unidades enviadas na nave Cygnus NG-14 destinam-se a preservar alimentos perecíveis – tanto enviados a partir da Terra, como os produzidos a bordo da estação – e também medicamentos. No entanto, a Nasa encomendou mais seis unidades que servirão para manter materiais de teste sensíveis às diferenças de temperatura.

Eles serão instalados na ISS durante as próximas semanas pelos astronautas. Sobre as unidades em si, elas possuem capacidade de pouco mais de 24 litros, sua temperatura pode ser mantida de -20 graus Celsius a +48 graus Celsius, suportam monitoramento automático de status 24 horas por dia, 7 dias por semana, com supervisão de operadores humanos, e oferecem acesso quase em tempo real aos dados operacionais e aos comandos.

Sobre o FRIDGE, o pesquisador Robby Aaron, um estudante de mestrado aeroespacial que trabalha no projeto dele, diz que “o equipamento não tem peças rotativas, nem ventiladores, o que é realmente ótimo para a confiabilidade”, explica .

“Uma geladeira normal na Terra também é quente na parte de trás. Não podemos ter isso no espaço. O ar quente não sobe na microgravidade; ele fica parado e pode fazer com que as coisas superaqueçam, então você deve se livrar do calor de outra maneira. A ISS tem um sistema de resfriamento líquido que será aproveitado para dissipar o calor gerado e manter o sistema frio”.