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Sistema híbrido de refrigeração para transporte completa 18 anos

Em 2006, o Engenheiro de Alimentos Eduardo Castello Branco Dória, formado pela UNICAMP patenteou o “Sistema Híbrido de Refrigeração para Transporte com Uso Combinado de Ar Forçado e Placa Eutética” (MU 8602648-8).

A tecnologia, que combina refrigeração por ar forçado e placas eutéticas congeladas, continua relevante devido à sua eficiência energética e seus benefícios ambientais.

O Sistema foi implementado em carrocerias frigoríficas de caminhões de médio porte de um grande embarcador, como um modelo com 6,5 metros de comprimento e capacidade de carga entre 5 e 8,6 toneladas (PBT 16 t).

Segundo Dória, o sistema reduz em até 55% o consumo de diesel e emite 44 toneladas a menos de CO₂ em cinco anos de operação. Além disso, permite maior capacidade de carga e menores custos de manutenção, resultando em um rápido retorno sobre o investimento.

Há época, embora a homologação do sistema pela indústria tenha encontrado obstáculos iniciais, devido à falta de infraestrutura elétrica nos centros de distribuição, o cenário atual é mais favorável. A recarga elétrica de caminhões e equipamentos frigoríficos tornou-se uma prática comum, evidenciando que a tecnologia estava à frente do seu tempo.

Com a crescente demanda por soluções sustentáveis, a tecnologia criada há 18 anos é ainda mais valorizada devido à sua capacidade de reduzir emissões e maximizar a eficiência operacional no transporte refrigerado.

A termo-acumulação combinada do híbrido

SMACNA Day 2024 reúne 450 profissionais

Nos dias 4 e 5 de setembro de 2024, foi realizada a segunda edição do SMACNA Day, promovido pela SMACNA Brasil (The Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), no Espaço Millenium, em São Paulo. O evento, que nesta edição foi ampliado para dois dias, contou com a participação de cerca de 450 profissionais e teve como foco a climatização em setores como farmacêutico, hospitalar, corporativo e de serviços.

A abertura do SMACNA Day foi conduzida por Edson Alves, presidente da SMACNA Brasil, que apresentou as ações da associação no mercado de HVAC e destacou o objetivo de orientar o cliente final sobre os impactos de suas decisões na escolha e manutenção dos sistemas de climatização, visando prolongar a vida útil das edificações.

No primeiro dia, dedicado aos setores farmacêutico e hospitalar, Edson Alves deu as boas-vindas aos participantes. Clóvis Policastri, da Haskell Company, apresentou uma palestra sobre “Life Science Parks”, enquanto Luiz Roque Neto, da Takeda, compartilhou o case de sucesso da farmacêutica. A manhã foi encerrada com uma mesa redonda que discutiu a contaminação biológica, conduzida por Marco Antonio Stephano, professor da USP.

Durante a tarde, o foco foi o setor hospitalar. Felipe Salvador Ligório, vice-presidente da Rede Mater Dei, falou sobre a importância dos sistemas de climatização em hospitais, seguido por Douglas Cury, da Grau Engenharia, que abordou as mudanças na Norma NBR 7256. Raymond Khoe, da MHA Engenharia, destacou as soluções de eficiência energética para hospitais. O dia encerrou-se com uma mesa redonda, mediada por Katia Fugazza, da ABDEH.

O segundo dia foi dedicado aos segmentos corporativo e de serviços. Fabio Morais, da Brookfield, discutiu a climatização em edifícios corporativos, enquanto Raul Almeida, da Teknika Projetos, abordou a escolha de sistemas de ar condicionado nesses espaços. Thiago Portes, da COMIS Engenharia, falou sobre os desafios enfrentados por edifícios verdes. No período da tarde, Stefano Bassanello, da Leroy Merlin, tratou da gestão de facilities, seguido por Leonardo Cozac, da Conforlab, que discutiu a nova legislação brasileira para ambientes climatizados. O evento foi finalizado com uma mesa redonda mediada por Lea Lobo, da INFRA FM.

O SMACNA Day 2024 contou ainda com exposições de produtos e serviços de empresas patrocinadoras, como Belimo, Best Clima, Climapress, e Midea Carrier.

Ambiente universitário em HVAC-R

A pesquisa universitária desempenha um papel significativos no avanço e inovação de tecnologias para HVAC-R, mas ainda falta investimentos por meio de parcerias entre universidades, indústrias e órgãos governamentais.

As universidades desempenham um papel importante na inovação e desenvolvimento de tecnologias de HVAC-R. Através de cursos especializados, laboratórios bem equipados e projetos de pesquisa colaborativa, os estudantes são capacitados a contribuir para avanços significativos nesse campo, fundamental para o desenvolvimento de novas tecnologias, aprimoramento de sistemas existentes e melhoria da eficiência energética. Ela abrange diversas áreas, incluindo engenharia mecânica, engenharia civil, arquitetura, e ciência dos materiais.

“Quando os alunos participam de trabalhos de pesquisas, eles deixam de ver somente o processo operacional dos equipamentos e passam a perceber as questões que podem trazer gargalos aos sistemas completos. Também passam a perceber as diversas possibilidades de melhoria nos equipamentos e conseguem entender o porquê da técnica e dos componentes de uma máquina, podendo sugerir mudanças tanto na inclusão de novas peças, quanto na melhoria delas, além de pensarem no processo de gerenciamento do equipamento. A pesquisa abre os olhos e a criatividade para desenvolvimento de inovação e melhorias em diversas áreas” afirma Anna Cristina Dias, Prof. Dra. e diretora da FATEC Itaquera.

Ela aponta algumas áreas que merecem atenção no que tange as pesquisas acadêmicas, “A refrigeração e ar condicionado são áreas importantes devido as mudanças climáticas e o aquecimento global. Uma outra questão importante é o desenvolvimento de sistemas que tornem os equipamentos mais econômicos, além do trabalho de economia circular com os materiais descartados e os gases. A automação desses sistemas também é objeto de vários estudos; a área de ventilação também contribui para o conforto térmico e para a economia de energia, por isso é necessário pesquisas na área de dimensionamento de dutos, isolamento, limpeza e automação e controle dessas áreas; já na área comercial é importante a relação alimentos x conservação x eficiência energética.

Anna Cristina Dias, Prof. Dra. da FATEC Itaquera

A área comercial também precisa de um trabalho específico de PMOC. Os equipamentos são usados em grande quantidade e necessitam de entendimento de como usar melhor o equipamento e reduzir os custos de energia, bem como a pesquisa para reduzir o desperdício de alimentos, equipamentos mais seguros e automatizados. Os grandes data centers possuem equipamentos de grande porte que precisam consumir menos água e energia, por isso a importância de pesquisas no desenvolvimento de sensores, válvulas e sistemas mais eficientes. Também existe a necessidade de desenvolvimentos de metodologias de treinamentos e gestão mais eficiente desses equipamentos; e por fim e não menos importante, são as pesquisas na área de projeto, pois traz toda a estrutura de pesquisa, inovação e desenvolvimento. Nos projetos é possível identificar melhorias que o operacional não consegue ver. Provoca inovação na forma de criar produtos e na interdisciplinaridade existente”.

Atualmente, as pesquisas em HVAC-R nas universidades são diversificadas e focam em resolver problemas práticos e avançar o conhecimento técnico. As principais áreas de pesquisa incluem o desenvolvimento de tecnologias e métodos para reduzir o consumo de energia em sistemas HVAC-R, pesquisa de novos fluidos refrigerantes que sejam eficientes e tenham baixo potencial de aquecimento global, inovação em sistemas de controle para otimizar o desempenho e a eficiência dos sistemas e a integração de tecnologias sustentáveis e renováveis em HVAC-R.

Alberto Hernandez Neto, Prof. Dr. da POLI-USP

“Considero como promissoras pesquisas acadêmicas que envolvem controles inteligentes que otimizem o uso de sistemas HVAC-R com base em dados de ocupação, clima e outras variáveis, sistemas de refrigeração que utilizem fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental e que sejam mais eficientes em termos de consumo energético como o uso de geotermia e superfícies termicamente ativas, e pesquisa de novas tecnologias de filtragem e purificação do ar para melhorar a qualidade do ar interior em ambientes residenciais, comerciais e industriais. Baseado nesses dados, os futuros profissionais do mercado, a partir de pesquisas, os alunos desenvolvem habilidades práticas e teóricas, o aprimoramento de competências transversais (resolução de problemas, trabalho em equipe, gestão de projetos), além de contribuir para a inovação, criatividade, criar conexão com o mercado de trabalho e na formação de líderes e especialistas, o que se traduz em estímulo ao aprendizado contínuo”, enfatiza o Prof. Dr. Alberto Hernandez Neto, da POLI-USP.

Estrutura para estudos e pesquisas em HVAC-R

A estrutura acadêmica e as pesquisas no campo de HVAC-R para o desenvolvimento de soluções tecnológicas avançadas e sustentáveis necessitam de uma sólida formação teórica, experiência prática em laboratórios e projetos de pesquisa inovadores para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades no setor. As colaborações entre universidades e a indústria são fundamentais para a transferência de tecnologia e a implementação de inovações no mercado. Porém, ainda faltam investimentos através de parcerias no tripé universidade, indústria e órgãos governamentais.

“A universidade prove o espaço físico e respectiva infraestrutura para o desenvolvimento das pesquisas. O financiamento das pesquisas vem geralmente de órgãos de fomento como a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), entre outros, que fornece fundos para compra de equipamentos, retrofit de instalações e bolsas de estudo. Aqui na POLI-USP, por exemplo, os alunos de graduação podem participar dos projetos por meio de bolsas de iniciação científica ou desenvolvendo os trabalhos de conclusão de cursos. Na pós-graduação, os alunos podem desenvolver as suas teses e dissertações com o apoio da infraestrutura adequada. Mas ainda estamos longe de um panorama ideal”, informa Hernandez.

Atualmente, está sendo desenvolvida pesquisa sobre diferentes configurações de sistema de resfriamento geotérmico pela Escola Politécnica da USP, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de Leeds (Inglaterra) e Universidade de Dundee (Escócia). Nesse projeto, estão sendo testadas diferentes configurações de sistemas de resfriamento geotérmico para avaliar a eficiência destas configurações para aplicações de sistema de climatização em edifícios comerciais e residenciais no Brasil e no Reino Unido. A equipe do projeto é formada por cinco professores, dois mestrandos, dois doutorandos e dois bolsistas de iniciação científica.

Na opinião de Anna Cristina, o suporte da FATEC para estudos e pesquisas em HVAC-R ainda é insuficiente: “Trabalha-se nas áreas térmicas, mas as especificidades não são vistas. Tanto é que, só engenharia mecânica se preocupa com as pesquisas em HVAC-R. Mas essa é uma área multidisciplinar que precisaria de eletricidade, automação, eletrônica, fabricação, soldagem, projeto, alimentos, arquitetos, ambientalistas, sanitaristas, produção e outras áreas que fazem como que a área seja mais completa e ofereça soluções mais eficientes para as pessoas e para o meio ambiente. A UNICAMP, por exemplo, tem algumas pesquisas na área térmica e de alimentos; a USP tem algumas pesquisas na área térmica, eficiência energética, uso da água, conforto térmico; porém faltam professores nessa área que conheçam além da mecânica. É necessário envolver outras áreas para trabalhar novas pesquisas. Acho que as empresas poderiam usar a Lei do Bem (concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica) para trabalhar junto as Universidades, SENAI e FATEC. Assim, seria possível ter mestrado e doutorado para pesquisarem problemas específicos e desenvolvimento de inovações. As pós-graduações são importantes para desenvolver pessoas que possuam outra graduação e não conheçam a área da forma necessária. A interrelação entre os laboratórios que já existem é importante, pois é possível gastar menos e desenvolver treinamentos de uma forma mais integrada. Acho que temos alguns lugares que possuem bons laboratórios, mas eles são subutilizados. Poderia haver programas com uma integração maior desses laboratórios. A Lei do Bem é uma lei pouco usada pelas empresas que atuam no mercado nacional e poderiam ser melhores”, destaca Anna.

Ela cita a pesquisa desenvolvida sobre o controle do ar condicionado através de voz. O objetivo era otimizar o uso do aparelho de uma forma automatizada: “Existem muitos profissionais que apresentam propostas interessantes em congressos como no CONBRAVA (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e que estão em várias regiões do país. Interessante é identificar esses locais e não os perder de vista. Importante a integração entre as empresas e a universidades em diversas atividades. Os Estados Unidos, Alemanha e outros países fazem isso e conseguem ter bons resultados. Outro exemplo muito interessante é a China. Eles têm investido pesado em educação e pesquisas aplicadas. Acho que dessa forma é possível ter uma melhoria do uso dos recursos e de pessoas que precisariam ser treinadas pelas empresas”, conclui.

Exemplo de caso

Em 2019, a POLI-USP anunciou a construção do CICS Living Lab, o edifício-laboratório do Centro de Inovação em Construção Sustentável, sediado no Campus da Cidade Universitária, com investimento total de cerca de R$ 3 milhões para os próximos cinco anos. Um dos estudos desenvolvidos é sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes com potencial de reduzir significativamente os gastos com o uso de sistemas de ar-condicionado em edifícios comerciais, apartamentos e residências. O CICS Living Lab tem como objetivo acelerar a inovação e a sustentabilidade da construção, reunindo academia, empresas, entidades governamentais e sociedade civil, em uma iniciativa inovadora. Na área científica, o centro reúne pesquisadores da Poli, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) e Laboratório de Eficiência Energética em Edifícios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e será o único no país projetado, construído e operado para demonstrar e testar, em condições reais de uso, as soluções inovadoras necessárias para superar os desafios ambientais. O edifício deverá incorporar uma série de soluções para uso sustentável da água, geração descentralizada de energias renováveis, internet das coisas (IoT), novos materiais, componentes e soluções construtivas industrializadas e ecoeficientes. Os resultados serão medidos e avaliados tanto em termos de bem-estar dos usuários quanto por meio de modernos conceitos de ecologia da indústria e economia circular. Para tanto, usuários e os sistemas serão monitorados de forma constante, gerando um fluxo de dados para fomentar pesquisa. O desempenho dessa tecnologia geotérmica nas condições de clima e solo foi avaliado na tese de doutorado da pesquisadora Thaise Morais, da Escola de Engenharia de São Carlos-USP por meio de um projeto apoiado pela FAPESP e coordenado pela professora Cristina de Hollanda Cavalcanti Tsuha. Com previsão para ser inaugurado em 2023, as obras ainda não têm data para conclusão, pois foram interrompidas na pandemia.

Em obras, o CICS Living Lab da POLI-USP estudará sobre o aproveitamento da energia térmica presente no subsolo para climatizar ambientes

Refrigeração residencial dá show de tecnologia

As geladeiras estão entre os eletrodomésticos que mais agregam inovações e novas tecnologias em nome da economia, praticidade e funcionalidade.

O mercado de refrigeração residencial, especificamente as geladeiras, tem passado por uma série de inovações
significativas nos últimos anos que visam não apenas melhorar a eficiência energética dos aparelhos, mas também incorporar tecnologias inteligentes e designs que atendem às novas expectativas dos consumidores.

As novas geladeiras estão cada vez mais eficientes em termos de consumo de energia, em resposta às crescentes preocupações ambientais e aos custos. Tecnologias como compressores inverter, que ajustam a velocidade do compressor às necessidades de refrigeração, ajudam a reduzir o consumo de energia. Além disso, há uma tendência crescente no uso de refrigerantes ecologicamente corretos, como o R-600a, que têm um impacto menor sobre o aquecimento global em comparação aos refrigerantes tradicionais.

Uma das maiores inovações é a integração das geladeiras com a Internet das Coisas (IoT), as conhecidas geladeiras inteligentes que podem se conectar à internet e a dispositivos móveis, permitindo que os usuários controlem funções, verifiquem o conteúdo e recebam alertas de manutenção ou problemas de funcionamento de qualquer lugar. Algumas até incorporam assistentes de voz para facilitar ainda mais a interação. Alguns modelos avançados incluem telas sensíveis ao toque integradas que não apenas exibem informações úteis, como calendários e listas de compras, mas também podem se conectar a outros dispositivos inteligentes da casa, controlar playlist de música, ou até mesmo exibir conteúdo de vídeo, como receitas ou notícias.

As novas tecnologias também permitem que as geladeiras mantenham alimentos frescos por mais tempo e de maneira mais eficaz. Isso inclui compartimentos com controle específico de temperatura e umidade, sistemas de purificação de ar para evitar odores e a proliferação de bactérias, e até mesmo zonas modulares que podem ser configuradas para diferentes tipos de armazenamento de alimento, além de recursos adicionais como fabricadores de gelo com formas personalizadas, sistemas de infusão de água com sabores, e compartimentos específicos para rápida refrigeração de bebidas ou rápido congelamento.

O design também tem evoluído. Além de estilos modernos e elegantes que se integram perfeitamente aos ambientes de cozinha contemporâneos, algumas marcas estão oferecendo personalização no design, como portas intercambiáveis com diferentes cores e acabamentos. Isso permite que os consumidores personalizem suas geladeiras para combinar ou destacar-se na decoração da cozinha.

Geladeiras inteligentes

O consumidor pode optar hoje por diversos modelos e marcas de geladeiras inteligentes, conhecidas como geladeiras Smart, com recursos tecnológicos, como conexão WiFi e até compatibilidade com inteligência artificial, controlado à distância pelo smartphone.

Destacamos alguns modelos oferecidos pelos principais fabricantes:

– A LG oferece a Geladeira Smart LG GC-X257CSH com organização interna otimizada e 598 litros de capacidade, distribuídos em 406 litros para o refrigerador e 192 litros para o freezer. Com controle total através do app ThinQ, é possível ajustar as funções da geladeira com tablet ou smartphone, conta com sistema SmartAnalysis, que notifica pelo celular se a porta do eletro ficou aberta. A LG GC-X257CSH possui ainda, porta Instaview Door-in-Door, para visualizar o interior do aparelho sem precisar abrir a porta, tecnologia Inverter e selo Procel A, com consumo médio mensal de 57.5 kWh.

– Já a Electrolux desenvolveu a Smart Electrolux DM91X com prateleiras reversíveis, sendo possível adaptar o espaço interno para as diferentes embalagens e tipos de alimentos. Ela também conta com a Gaveta FlexiSpace, um compartimento extra que amplia o espaço do freezer ou da geladeira e pode ser configurado também pelo App Electrolux Home+. Com os ajustes personalizados, é possível configurar a temperatura mínima de -23°C para o freezer e até 7°C para geladeira. Conta com as funções TasteGuard, para eliminar os odores causados por bactérias e o TasteLock, com vedação e controle de umidade. assim, mantém os alimentos frescos por mais tempo. Possui capacidade total de 540 litros e 56.3 kWh de consumo de energia.

– A Samsung através da linha Family Hub, traz a Smart Side by Side RS58T5561B1. Em sua divisão interna, conta com a tecnologia SpaceMax, ou seja, suas paredes são mais finas e, portanto, liberam mais espaço interno. Além disso, possui diferentes compartimentos para organização, o que facilita e mantém a arrumação ao longo dos dias. Conta também com compressor Digital Inverter, tecnologia View Inside, sistema que usa a câmera interna para que você consiga ver o que tem dentro do eletrodoméstico de qualquer lugar pelo smartphone ou pela tela inicial da geladeira, permite criar lista de compras e indica o tempo restante da validade dos alimentos, com capacidade total de 585 litros.

– O modelo BRE57AK é o grande destaque da Brastemp. Com capacidade de 443 litros, sendo 308 no refrigerador e 135 no congelador, é classificada pelo Procel com selo A+ em consumo energético. Possui modo Turbo Ice, que consegue produzir gelo em até três horas. Ou ainda o sistema Twist Ice Advanced, que abastece o compartimento de gelo sem derramar água, além da tecnologia Cooling Control, que mantém a temperatura da geladeira em níveis homogêneos, mantendo os alimentos frescos por mais tempo.

– Por fim, a Panasonic desenvolveu a linha de geladeiras ultra econômicas, graças às tecnologias Econavi e Inverter, classificação A+++ e A++ de acordo com o Inmetro. O uso do refrigerador é monitorado no dia a dia a partir de sensores de acordo com a rotina da casa. A função Vitamin Power potencializa os nutrientes dos alimentos através da gaveta Fresh Zone que intensifica as vitaminas C e D por meio de luzes LED especiais. Outra função é o Freshfreezer que mantém diferentes tipos de alimentos na temperatura ideal, independentes do restante da geladeira, proporcionando o armazenamento de uma grande variedade de produtos.

Nova classificação

Com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica dos brasileiros e retardar uma possível crise energética no país, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), lançou recentemente uma atualização no programa de etiquetagem de refrigeradores. A mudança traz subclassificações que permitirão ao consumidor identificar mais facilmente, por meio da já conhecida Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, produtos que consomem menos energia. As fabricantes precisarão adotar uma nova categorização nas etiquetas, que passará a incluir níveis mais exigentes. Até então, as geladeiras vêm sendo classificadas por letras numa escala de A a E. As de melhor eficiência energética eram enquadradas na categoria A e é justamente nela que se dará o principal ajuste. A letra será dividida em quatro patamares: A+++, A++, A+ e A.

Além das subclasses indicando a diferença de consumo entre os produtos mais eficientes, a nova etiqueta chega ao mercado com a introdução de um QR Code que remete o consumidor ao status do registro do refrigerador – ativo, inativo, suspenso ou cancelado. Segundo o Inmetro, o QR Code se torna uma ferramenta cada vez mais importante na interação do consumidor com a etiqueta, dando a ele uma série de informações que podem ajudá-lo na decisão de compra do equipamento mais eficiente energeticamente e obviamente mais barato em termos de consumo. Com isso, o Inmetro pretende destacar para o consumidor qual o produto que realmente gasta menos energia e incentivar que a indústria adote novas tecnologias em seus produtos para que se tornem mais eficientes.

Eficiência energética e desafios são destaques no V Seminário de Refrigeração

Nos dias 25 e 26 de junho, o Departamento Nacional de Refrigeração Comercial e Industrial da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento realizará o V Seminário de Refrigeração Comercial e Industrial que abordará o tema “Eficiência Energética e os Desafios da Refrigeração”. Para o evento foram convidados especialistas que estarão reunidos acerca do tema, entre eles, representantes da ABRABE, ENBPAR, FIESP e BRF. O Seminário está acontecendo no auditório da FIESP – Federação das Indústrias de São Paulo.

O objetivo do evento é disseminar informações dos setores de refrigeração nos segmentos comercial e industrial, contribuir com o aprimoramento tecnológico para desenvolvimento e fortalecimento do setor. Para o evento são esperados profissionais que atuam direto ou indiretamente nos setores representados e setores clientes como supermercados, restaurantes, frigoríficos, bares, entre outros.

A programação do V Seminário conta com 16 palestras, divididas em dois dias de evento, quatro painéis que serão encerrados com mesas-redondas.

O evento conta com a correalização do SINDRATAR SP, e apoio de diversas entidades dos setores representados, entre elas: ABIMAQ, ABNT, ABRABE, ABRAFAC, ABRAINC, ABRAMAN, ABRAVA Exporta, ABRINSTAL, ANAMACO, ANPRAC, ASBRAV, ASHRAE, BRASINDOOR, FEBRAVA, FEI, IBAPE, IBF, Instituto de Engenharia, e SMACNA.

 

Dia Mundial da Refrigeração: relevância global e boas práticas ambientais

26 de junho, o mundo celebra e destaca a importância do HVAC-R na vida moderna. A data chama atenção para práticas sustentáveis que melhoram a qualidade ambiental e a eficiência energética, mitigando impactos climáticos.

O Dia Mundial da Refrigeração, comemorado oficialmente em 26 de junho, destaca a importância dos setores de climatização e refrigeração na vida das pessoas e no desenvolvimento sustentável. O setor vai muito além da conservação de alimentos em geladeiras ou do conforto térmico proporcionado pelo ar condicionado. Empresas de diferentes escalas fabricam e prestam serviços essenciais nesse mercado.

Criada em 2019, a efeméride foi impulsionada por associações comerciais da indústria de ar-condicionado e refrigeração global, com destaque para a contribuição do consultor Stephen Gill, ex-presidente da ASHRAE (Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado). A data escolhida, 26 de junho, homenageia o nascimento do físico britânico Lord Kelvin, pioneiro nos estudos sobre calor e gases.

Com o apoio oficial da ONU e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Dia Mundial da Refrigeração visa aumentar a visibilidade do setor e destacar seu papel crucial na sociedade moderna. O tema da celebração de 2024, “Temperature Matters”, algo como “A temperatura é importante” em tradução literal, explora os impactos do setor além do controle de temperatura, incluindo a qualidade ambiental interior, eficiência energética e mitigação dos impactos climáticos.

Desde sua criação, o Dia Mundial da Refrigeração tem sido uma plataforma para promover práticas sustentáveis no setor, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o aumento da eficiência energética no ambiente construído.

Fusão entre energia solar e sistemas de climatização oferece potencial significativo

A busca por soluções sustentáveis para enfrentar os desafios energéticos e ambientais tem levado a uma convergência cada vez maior entre a energia solar e os sistemas de climatização. Esta fusão não só promete reduzir a pegada de carbono das edificações, mas também aumentar a eficiência energética, trazendo benefícios tanto ambientais quanto econômicos.

Vale destacar que no Brasil, a energia solar foi regulamentada em 2012, por meio de uma Resolução Normativa nº 486 através da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que dizia que os consumidores das classes residencial, comercial ou industrial conectados ao sistema elétrico brasileiro através desse processo de energia poderiam fazer a sua própria geração de energia. Cinco anos mais tarde, a ANEEL revisou a Resolução 486, instituindo a Resolução nº 687. Em 2022, foi sancionada a Lei 14.300, conhecida como o Novo Marco Legal de Geração Distribuída e que trouxe algumas mudanças para a mini e microgeração de energia solar, uma vez que instalação de projetos de geração solar distribuída cresceu de forma significativa, somando 2 milhões de sistemas solares instalados em 2023, segundo a Agência Brasil. Em fevereiro de 2023, após pouco mais de um ano de debates e discussões entre agentes do setor de energia solar, a Agência Nacional de Energia Elétrica regulamentou a Lei 14.300/2022, trazendo as regras atualizadas sobre sistemas solares, produção de energia e compensação de créditos junto a concessionárias.

Diante deste cenário, o setor de HVAC-R tem observado esse crescimento significativo na adoção de energias renováveis, especialmente a energia solar, impulsionado pela busca por eficiência energética e redução de custos operacionais, apresentando um potencial considerável para a integração da energia solar em sistemas de climatização.

Segundo Vinicius Suppion, especialista técnico-regulatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os benefícios da convergência das duas tecnologias (energia solar e sistemas de climatização) são diversos, como a redução do gasto com energia elétrica, principalmente em períodos em que bandeiras tarifárias encarecem ainda mais o valor do kWh.

“Também podemos citar a possibilidade de utilização do sistema de climatização em sua plena capacidade, sem restrições de tempo ou intensidade de uso. A utilização do sistema fotovoltaico, local ou remoto, é uma forma de garantir que a energia consumida seja realmente produzida por uma fonte limpa e renovável, sem qualquer parcela de geração térmica, que além de poluente, também onera o consumidor de eletricidade pelo seu alto custo de operação. Outro ponto interessante que vale ser ressaltado é que o pico de geração solar ocorre no pico da carga térmica, geralmente às 14 horas, o que contribui para um uso eficiente dos sistemas solares fotovoltaicos em sistemas de climatização”, informa Suppion.

Ele explica que sistema solar fotovoltaico é usualmente integrado à instalação elétrica da residência, comércio ou indústria, sendo os módulos fotovoltaicos instalados no telhado ou em áreas livres de sombreamento. Porém, esta não é a única alternativa, a unidade geradora pode ser instalada em local diferente da unidade consumidora, utilizando-se do sistema de distribuição para a circulação da energia. Neste caso, a energia entregue à concessionária de energia, pela unidade geradora solar, será abatida do consumo da unidade consumidora.

Tecnologias de armazenamento de energia solar podem ser aplicadas tanto na eficiência do sistema de climatização, como na gestão de consumo e qualidade de energia

Vinicius Suppion, especialista técnico-regulatório da ABSOLAR

“O consumidor não precisa ser proprietário de um sistema de geração individual. Ele pode fazer parte de consórcio, cooperativa ou outras formas associativas previstas em Lei que permitam integrar empreendimento de geração de energia solar fotovoltaica, com a disponibilização da energia gerada às unidades consumidoras indicadas pelos integrantes. A instalação para abastecimento de estabelecimentos sem acesso ao sistema elétrico também é possível a partir do uso de baterias. Sabemos que sistemas de climatização costumam estar entre as maiores cargas das unidades consumidoras que os utilizam, se tornando onerosos quanto ao consumo de eletricidade. Esta é, em muitos casos, a principal limitação para que o sistema de climatização possa ser livremente utilizado e para que se atinja o resultado esperado pelo usuário. A energia solar fotovoltaica é uma solução para que se tenha disponibilidade de energia elétrica com custo inferior a consumir eletricidade da rede, trazendo, como vantagem adicional, independência dos constantes aumentos de tarifa de energia elétrica. O sistema solar fotovoltaico irá trabalhar como uma fonte de energia de baixo custo para o sistema de climatização e outras cargas que demandem alto consumo de energia elétrica. Muitas vezes, o que limita um projeto de climatização é o consumo energético. Desta forma, a energia solar permite a utilização de um sistema adequado à necessidade do cliente em termos de ambiente, não visando obter o melhor resultado possível dentro de um limite de gasto de energia. Por exemplo, instalações que se utilizam de sistemas de climatização menos demandantes em termos de energia, como climatizadores evaporativos, ventiladores de baixa pressão ou sistemas de microaspersão, poderiam migrar para sistemas de ar-condicionado, sejam eles de expansão direta ou indireta, o que permitirá uma maior faixa de controle da temperatura e de outras características do ambiente”, explica Suppion.

Bruno Herbert, presidente da ABESCO

Na visão de Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), uma das grandes vantagens de utilizar energia solar é a questão do benefício financeiro. “Projetos com energia solar tem um payback de, mais ou menos, quatro anos. Obviamente, uma empresa capacitada vai dimensionar o consumo da unidade, seja ela residencial, comercial ou industrial, e desenvolver um projeto para aquele consumo específico. Tanto para o sistema de climatização como para refrigeração, qualquer uso que se faça da energia elétrica, a geração distribuída permite que você possa gerar sua própria energia num ponto de consumo ou de forma remota, e utilizar o sistema de compensação. É desta forma que está funcionando atualmente a energia solar no Brasil. Em outras palavras, eu posso ter uma propriedade rural e criar a minha fazenda solar compensando os créditos, ou seja, posso gerar 1.000 kWh, que é a unidade de energia, consumir apenas 500 e ficar esses créditos de 500 kWh, que podem ser utilizados em até 60 meses. Para integrar a energia solar e sistema de climatização em edifícios comerciais e residenciais, por exemplo, a limitação muitas vezes é o espaço. Então, esses edifícios precisam ter uma estrutura, além da sua carga leve em consideração a carga de itens como telhado etc. Já existem edifícios com arquitetura pensada para suportar em sua cobertura um projeto de energia solar, levando em consideração a sobrecarga no peso”, explica.

Considerações de projeto

Integração da energia solar e sistemas de climatização requer planejamento, levando em consideração as características específicas do local, as necessidades de energia do edifício e as condições climáticas.

Aurélio Souza, conselheiro da ABGD

De acordo com Aurélio Souza, conselheiro da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), todos os sistemas de climatização podem ser combinados com a energia solar. “Sistemas de climatização são consumidores de energia elétrica, e a energia solar é um produtor de energia elétrica, então não existe distinção. Qualquer tamanho, qualquer porte, obviamente quanto maior o sistema, maior seria a usina solar. Ressalto também que estamos falando de sistema de refrigeração tradicionais. Existe a possibilidade de fazer o frio com calor e nesse caso você poderia usar a energia solar térmica para a produção de calor e usar, por exemplo, chillers de adsorção. Com isso, você produz energia térmica e produção de frio usando, não somente a eletricidade, mas a fração de energia térmica do sol ou a energia do espectro infravermelho, que gera calor. As considerações de projeto são os mesmos requisitos de conexão de um sistema solar com a rede de energia, então são definidos por normas técnicas e regulatórias que foram consolidadas pelas concessionárias de energia, então cada concessionário tem uma especificação, mas basicamente pelos sistemas de climatização serem uma carga elétrica, ao se conectar a energia solar na própria rede do prédio, do comércio ou da indústria, não tem que se mexer em quase nada na rede interna, basicamente é um projeto de conexão à rede da concessionária de energia como definido nas Resoluções 482 e 687 e suas atualizações, e por fim, a Lei 14.300 e cada concessionária tem o seu padrão técnico a ser seguido que pode diferenciar um do outro”.

Souza acrescenta que, a tecnologia de armazenamento de energia solar pode ser aplicada de diversas formas, tanto na eficiência do sistema de climatização, como na gestão de consumo e qualidade de energia. O armazenamento também garante uma melhor qualidade da rede interna de energia e permite o despacho da energia solar. Então, nos horários que a energia solar é mais barata ela é armazenada nas baterias, e no horário em que a energia consumida é mais cara, você pode usar a energia das baterias que foi gerada pelo sol. Isso pode ser aplicado, por exemplo, em sistemas de climatização que operam no horário da ponta, se beneficiando de uma energia mais barata, gerada ao longo do dia e armazenada e consumida quando ela é mais cara.

Painéis solares cada vez mais eficientes, inversores híbridos, geração de energia remota e sistemas de climatização mais eficientes e sustentáveis com o uso de inversores com controle inteligente são itens apontados por Sergio Martins de Oliveira, diretor técnico da ABESCO.

“O sistema de climatização, estando instalado na rede de distribuição elétrica do cliente, poderá se utilizar da energia solar gerada. Utilizando-se das proteções, monitoramento e supervisão adequada, todo kWh necessário poderá ser suprido pela geração solar. Há muitos benefícios nessa conversão, os principais são a redução de demanda do sistema distribuidor de energia, redução dos custos na conta de energia, baixo custo com manutenção e longa vida útil. Inicialmente, desenvolver o projeto e aprovar junto à concessionária, viabilizar o investimento, seja financiado, seja com recursos próprios, é o grande desafio para estes clientes, além da disponibilidade de áreas para implantação da captação da energia solar, bem como a infraestrutura para interligar ao sistema elétrico existente. O desafio de armazenar se depara com a qualidade e vida útil de baterias atualmente em uso, que pode ser suprimida com novas tecnologias recentes. A geração de energia limpa combinada com o uso inteligente, controlado e automatizado especificados em projeto dos sistemas de climatização, contribuem diretamente na redução das emissões de carbono e redução das mudanças climáticas. Novas regras para sistemas solares foram implantadas em 2023. Com isso, cobranças incidentes nas contas de energia foram introduzidas para compensar o uso do ‘’fio’’ da concessionária.  Essa compensação aumentou no tempo de amortização do investimento necessário, incentivando o uso da energia solar no setor de HVAC-R”, aponta Oliveira.

Levando em consideração as premissas de projeto, é importante entender a demanda por energia elétrica do cliente para que se possa dimensionar corretamente o sistema solar fotovoltaico. Ainda, caso se opte pela geração local, é necessário estar atento à disponibilidade de área sem sombreamento para a instalação dos módulos fotovoltaicos, lembrando que se pode também optar pela geração remota.

“A regulamentação define os requisitos técnicos para a implementação e utilização das tecnologias. Atualmente, no país, até onde conhecemos, não há requisitos técnicos específicos para a implementação de um sistema solar fotovoltaico para atendimento de instalações com sistemas de climatização, que sejam diferentes de requisitos para sistemas para atendimento de outros tipos de cargas. Porém, a energia solar fotovoltaica conta com diversos benefícios que permitem a redução do custo dos equipamentos e o uso da rede para a injeção e compensação de energia. A principal tendência é que a partir de estudos específicos possam se estabelecer padrões que permitam a otimização do resultado da associação de ambos os sistemas e a garantia da segurança e da qualidade da instalação. Garantir que cargas com ampla demanda de energia sejam abastecidas com eletricidade gerada por meio de fontes renováveis e limpas é essencial para a redução das emissões de carbono, visto que a energia elétrica da rede também provém de fontes fósseis. Para o atendimento das metas de mitigação da mudança climática, é essencial que não apenas a descarbonização do setor elétrico seja feita, mas também uma grande ampliação do setor elétrico por meio de fontes limpa e renováveis, se tornando possível a transição de setores que ainda hoje se utilizam amplamente de combustíveis fósseis, como é o caso do setor de transportes, para a energia elétrica limpa”, revela o especialista da ABSOLAR.

Ele acrescenta que existe uma variedade de artigos acadêmicos que demonstram os benefícios da associação de sistemas solares fotovoltaicos à sistemas de climatização. A International Energy Agency (IEA) tem um grupo de estudos focado neste tema, com diversas publicações disponíveis, o projeto se chama Solar Heating & Cooling Programme (SHC). O SHC também trabalha para o desenvolvimento de padrões para a utilização destes sistemas de forma conjunta.

Desafios e oportunidades

Apesar do potencial e do crescimento observado, o setor enfrenta desafios. A alta carga tributária, a burocracia para a implementação de projetos de energia renovável e a necessidade de maior conscientização e capacitação técnica são algumas das barreiras que ainda precisam ser superadas. No entanto, as oportunidades superam esses desafios, especialmente quando consideramos a economia gerada a longo prazo e os benefícios ambientais associados ao uso de energia solar.

Existem vários casos de sucesso no Brasil de integração da energia solar em sistemas de HVAC-R, tanto em ambientes comerciais quanto industriais. Empresas estão investindo em sistemas fotovoltaicos para alimentar suas operações de refrigeração e ar-condicionado, reduzindo significativamente seus custos com energia elétrica e minimizando sua pegada de carbono.

Além disso, a tendência é que tecnologias como o armazenamento de energia solar avancem, permitindo que sistemas de HVAC-R operem com ainda mais eficiência e independência da rede elétrica. A inovação em painéis solares mais eficientes e em sistemas de HVAC-R otimizados para o uso com energia renovável também é uma tendência forte no mercado brasileiro.

Segundo Suppion, o valor dos sistemas solares fotovoltaicos reduziu muito nos últimos anos, mas ainda pode ser um valor considerável caso o consumidor queira pagá-lo com recursos próprios e de uma única vez. Para contornar o problema do custo dos equipamentos, hoje existem várias linhas de financiamento para sistemas solares fotovoltaicos que permitem um desembolso gradual, amenizado pela redução da conta de energia elétrica pela operação do sistema.

Com a criação de normas técnicas, resoluções e a própria Lei incentivando a energia solar, entre outras políticas governamentais, como os programas de eficiência energética criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, aplicações da energia solar fotovoltaica nos projetos de eficiência energética são impulsionadas.

“Existe o marco regulatório, existe financiamento, existe a lei, então basicamente é uma decisão econômica do consumidor de energia ou do sistema de refrigeração ser alimentado com energia solar. Uma boa fonte de informação e estudos de caso são os projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e do PEE, que é o Programa de Eficiência Energética da ANEEL, onde existe especificamente uma classificação para projetos que prevê a utilização de energia solar, com projetos comerciais e industriais, e preparos para utilizar a energia solar, seja num shopping ou num supermercado, e certamente esse sistema de energia solar que estiver conectado está abastecendo esses sistemas de refrigeração. O Brasil possui uma matriz energética bastante limpa do ponto de vista de geração de energia. Então, as emissões associadas à geração de energia do Brasil são maiores que a média quando se partem as usinas termoelétricas a gás ou a carvão. E essas usinas têm partido principalmente para suprir demandas do pico de energia e baixo nível de água nos reservatórios das hidroelétricas. Hoje, esse pico de energia está muito associado à refrigeração como um todo. É evidente que nos últimos anos, a refrigeração passou a ter uma participação maior no consumo de energia no horário da ponta que ocorre à tarde por conta das ondas de calores extremos associados à mudança climática. Então, usando energia solar para abastecer os sistemas de climatização e refrigeração, você diminui a necessidade de se valer de termoelétricas a gás e a carvão, economiza água nos reservatórios, e com isso, diminui as emissões associadas à geração de energia no setor elétrico brasileiro. Acho que é um casamento perfeito e isso vai ser cada vez mais uma questão primordial para as empresas, comércios e indústrias, principalmente quando eles olham a redução de emissões associadas ao seu escopo 1 em 2 de emissões de gás e efeito estufa”, conclui o conselheiro da ABDG

Inovações e tendências em vitrines refrigeradas

Setor de refrigeração comercial acompanha mudanças que visam aprimorar a eficiência energética e funcionalidade dos equipamentos, além de atender às crescentes demandas dos consumidores por experiências de compra mais atraentes e sustentáveis.

À medida que avançamos para o futuro, as vitrines refrigeradas continuam a evoluir para atender às necessidades do mercado alimentar. A eficiência energética, sustentabilidade, conectividade dos equipamentos, autosserviço e uma abordagem centrada no consumidor, impulsionam as inovações neste setor. Estas tendências não apenas transformam a maneira como os produtos são exibidos, mas também garantem melhor conservação dos alimentos, evitando o desperdício, e aprimoram a experiência de compra, criando um ambiente mais eficiente e atraente para consumidores e varejistas.

Trata-se de um setor gigante! Segundo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados, cada vez mais as empresas de autosserviço do Brasil e do mundo, estão se organizando em ecossistemas, agregando à sua atividade produtos e serviços complementares que trazem novas possibilidades de negócios e de benefícios aos consumidores. 17 das 20 maiores redes do Ranking Abras 2023 contam com operações de atacarejo e autosserviço.

“O varejo de alimentos hoje é híbrido, trazendo uma nova proposta de valor para os consumidores, que têm ampliado a frequência de compras. O atacarejo tem procurado ganhar força em categorias como açougue e FLV (abreviação usada para a categoria de frutas, legumes e vegetais dentro do varejo), que impactam o custo operacional. Esse é o grande desafio para o setor continuar a crescer com rentabilidade”, afirma Roberto Butragueño, diretor de varejo da NielsenIQ Brasil.

A Research and Markets divulgou recentemente um relatório apontando que o mercado global de vitrines refrigeradas atingirá US$ 13,4 bilhões até 2030. Estimado em US$ 8,2 bilhões no ano de 2022, deverá atingir um tamanho revisado de US$ 13,4 bilhões até 2030, crescendo 6,3% durante o período de análise 2022-2030.

O relatório examina os expositores refrigerados (RDCs) e oferece insights sobre a participação percentual de mercado dos principais concorrentes globais em 2023, categorizando sua presença competitiva no mercado como forte e ativa, considerando o crescimento no segmento de operação remota em 5,6% para o próximo período de 8 anos. O estudo aponta também o impacto da pandemia no varejo alimentar e a emergência do “novo normal”, destacando o papel das alternativas digitais de delivery na condução do crescimento deste setor em 2020.

Autosserviço e design apontam tendências dos equipamentos

Mas você deve estar se perguntando qual o papel do setor de HVAC-R neste contexto! Um dos pontos destacados pelos fabricantes de vitrines refrigeradas, além da eficiência energética e conectividade, é o autosserviço aliado ao design dos expositores, se tornando cada vez mais importante para atrair os consumidores. Equipamentos com design moderno, iluminação LED atraente e opções de personalização para se alinhar à identidade da marca são tendências crescentes.

A Metalfrio, por exemplo, acaba de lançar a linha de refrigeradores Porta Dupla com mais capacidade de armazenamento otimizado e maior oferta de bebidas na temperatura ideal de consumo. Comporta diferentes embalagens com uso das prateleiras reguláveis e independentes, além de maior área para promoção e exposição de produtos refrigerados, iluminação em LED, porta de vidro antiembaçante e termostato frontal que possibilita selecionar as funções: Congelados para alimentos, e Refrigerados para bebidas. Seu sistema de refrigeração cold wall, garante baixo consumo de energia e opera com fluido refrigerante de baixo impacto ambiental. As prateleiras contam com precificadores, garantindo flexibilidade na exposição de produtos de acordo com o estoque ou necessidade. São ideias para utilização em conveniências, fastfoods, restaurantes, padarias, supermercados, grandes redes varejistas e lojas de autosserviço.

Já a Eletrofrio, entre outros equipamentos, disponibiliza uma linha completa de vitrines refrigeradas Autosserviço abertas para hortifrútis em diversos tamanhos e capacidades.

A solução alia as vantagens da simplicidade, do baixo custo no consumo de energia e da segurança operacional, além da baixa carga de refrigerante. Integradas aos sistemas com HighPack, proporcionam redução de mais de 90% da carga de gás quando comparados a sistemas de expansão direta para projetos com a mesma capacidade de refrigeração. Os equipamentos destinados a essas instalações atendem às diversas especificidades de cada unidade, embora haja sempre uma padronização dos espaços. Alguns modelos possuem umidificadores para a conservação dos alimentos frescos e são utilizados em supermercados de grande e médio porte, além das redes de hortifrútis.

Unindo vitrines verticais e horizontais, a Arneg fornece balcões de serviço refrigerados, desenvolvidos pensando na apresentação para o consumidor. Os expositores combinados incorporam dois compartimentos refrigerados separados com otimização de espaço. Combinam a facilidade de recolha de produtos típica de uma ilha com a visibilidade de um armário vertical.

São personalizáveis com diversos tipos de acabamentos, bases lineares ou moldadas e vidro reto ou curvo. Os expositores para congelados são fechados, evitando a perda do frio, mirando a eficiência energética.

A fabricante IMF Lince tem modelos de vitrines abertas e fechadas, desenvolvidas especialmente para se adequarem a cada necessidade do consumidor, tanto na questão de itens para a venda, quanto em equipamentos para a manutenção do estabelecimento. Entre os benefícios oferecidos, o destaque é a economia no consumo de energia elétrica. A empresa aposta na comercialização de expositores fechados passando a ideia de mais segurança aos consumidores.

Funcionalidade e desempenho

As tendências em vitrines refrigeradas para supermercados e estabelecimentos comerciais acompanham as inovações tecnológicas, as demandas dos consumidores e as preocupações ambientais. A conscientização ambiental está levando muitas empresas a adotar práticas mais sustentáveis, desenvolvendo equipamentos com melhor desempenho das máquinas e reduzindo os custos operacionais para os clientes, sistemas de refrigeração que utilizam refrigerantes naturais, centrais frigoríficas dotadas de compressores de velocidade variável, motoventiladores eletronicamente comutados, válvulas de expansão eletrônicas e sistemas de automação e monitoramento remoto.

No quesito eficiência energética, a utilização de compressores mais eficientes, isolamento térmico de última geração e sistemas de gerenciamento de energia inteligentes são algumas das características que têm se destacado. Sensores conectados à internet permitem monitorar o desempenho de um sistema de refrigeração em tempo real, ao fornecer dados precisos que podem ser usados para otimizar sua operação com monitoramento de parâmetros como temperatura, umidade e consumo de energia. Isso também possibilita prever e identificar rapidamente qualquer problema, o que ajuda a evitar gastos significativos em manutenções corretivas.

O processo de monitoramento remoto integra, hoje, todos os componentes e equipamentos de um sistema de refrigeração, permitindo que plataformas de gerenciamento de dados façam análise precisas da operação e do comportamento do sistema. Por meio da automação, realizam-se também a programação de horários de funcionamento e os ajustes automáticos com base nas condições ambientais e de demanda. Durante os períodos de baixa ocupação, por exemplo, os sistemas podem ser configurados para reduzir a capacidade de refrigeração ou ajustar a ventilação de acordo com a necessidade, resultando em considerável economia de energia.

Assim, abre-se caminho para que decisões sejam tomadas automaticamente, em busca da melhor performance e qualidade do frio. Ao atingir tal patamar, a automação dos equipamentos beneficia grandemente o varejo de alimentação.

Sobre os fluidos refrigerantes, os fabricantes de equipamentos têm buscado soluções alternativas aos compostos fluorados nocivos à camada de ozônio e/ou de alto impacto para o clima, acelerando a adoção de substâncias naturais. O fato é que essa transição será incentivada pelo setor de HVAC-R na adoção de práticas mais sustentáveis, a fim de cumprir compromissos corporativos e metas estabelecidas globalmente.

Nos quesitos design e layout, os sistemas de refrigeração estão sendo projetados para atender as necessidades de forma personalizada, inclusive no que tange à modularidade dos equipamentos, aspecto que permite escalabilidade e flexibilidade para acompanhar o crescimento das lojas. As unidades de refrigeração podem ser adicionadas ou removidas conforme a estratégia de vendas, adaptando-se às mudanças nas demandas de resfriamento.

A estética das vitrines refrigeradas também é uma consideração importante. Os fabricantes estão projetando produtos com design mais moderno e atraente para atrair os consumidores e melhorar a experiência de compra.

Soluções de exibição interativas nas vitrines refrigeradas já são realidade em alguns estabelecimentos comerciais e grandes redes do atacarejo, com a incorporação de tecnologias interativas, como telas sensíveis ao toque ou realidade aumentada, para fornecer informações adicionais sobre os produtos, promoções ou receitas aos consumidores, com designs modernos, linhas elegantes e opções personalizadas mais atraente nas lojas.

Para melhorar a visibilidade dos produtos e proporcionar uma experiência de compra mais agradável, expositores incorporam sistemas antiembaçamento para manter as superfícies de vidro transparentes.

Alguns modelos oferecem, ainda, controle preciso de umidade, garantindo que produtos sensíveis permaneçam frescos por mais tempo.

Também a utilização de iluminação LED nas vitrines refrigeradas não é apenas uma opção econômica, mas também destaca os produtos de maneira mais eficaz, além de ser mais duradoura e eficiente em comparação com outras formas de iluminação.

Integração do ESG às demandas do setor de HVAC-R

Práticas estão alinhadas com o desenvolvimento mais sustentável e resiliente, traduzido em benefícios como redução de custos operacionais, maior eficiência energética e impacto nos negócios.

As discussões sobre ESG (Environmental, Social and Governance), que corresponde às práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ASG), estão em amplo crescimento e se tornou um conceito fundamental para o meio ambiente, à sociedade e à ética nos negócios. Seus critérios estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global, iniciativa mundial que envolve a ONU (Organização das Nações Unidas) e várias entidades internacionais.

De acordo com dados da Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, existem hoje no Brasil cerca de R$ 10,5 bilhões alocados em 59 fundos de investimento sustentável (IS) e 30 fundos que integram em suas estratégias fatores ESG.

Apesar do seu início focar no mercado de investimentos, o conceito de ESG foi, ao longo dos anos, ganhando notoriedade em outros setores. A evolução em direção a práticas mais sustentáveis integradas ao setor HVAC-R, não apenas atende às demandas crescentes por responsabilidade ambiental, social e de governança, mas também oferece benefícios como redução de custos operacionais, maior eficiência energética e equipamentos operando com fluidos de baixo impacto ambiental, alinhados com a busca por um desenvolvimento mais sustentável e resiliente.

No quesito ambiental, questões sobre clima, esgotamento de recursos naturais e impacto dos negócios deixam clara a urgência de enfrentarmos as graves questões que afetam o planeta. Por isso, práticas ESG passaram a ter importância central na captação de recursos e investimentos. Conceitos como adequação das mudanças climáticas, precificação de carbono, sustentabilidade ambiental, gestão de resíduos e políticas de saúde ocupacional, já fazem parte do dia a dia empresarial e precisam ser compreendidos pelos gestores empresariais.

As ações envolvem toda a cadeia do frio, desde fabricantes, distribuidores, importadores, comerciantes, consumidores e outras partes interessadas, desde cuidar do meio ambiente, ter preocupação social e adotar melhores práticas de governança, gerando resultado para as empresas, incluindo fatores como emissão de carbono e outros gases poluentes, aquecimento global, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água, entre outros.

A Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), através de seus Comitês de NR+ESG, Eficiência Energética (E.E.) e Qualindoor, vem orientando as empresas do segmento sobre estratégias de internalização do Programa de ESG, com objetivo de auxiliar a compreensão e implantação de práticas ESG no setor de HVAC-R.

Segundo Paulo Reis, presidente do Comitê de NR+ESG, a fim de construir a base no setor de HVAC-R para o atendimento das metas nacionais do desenvolvimento sustentável do Brasil e das metas de ESG da Agenda 2030, é de suma relevância que as empresas compreendam o papel que o setor tem para esta Agenda, a começar pelos quesitos ambientais na condução do programa ESG brasileiro. Ele salienta a preocupação do setor através do Qualindoor, que trata a qualidade do ar interior, e do Comitê de Eficiência Energética junto ao Procel Edifica, além medidas de tratamento e/ou reciclagem dos resíduos gerados nos processos de fabricação dos produtos e na utilização de gases de refrigeração com baixo ou nenhum impacto ambiental. A utilização de energia de fonte renovável também é importante, bem como a não utilização de materiais e utensílios descartáveis.

Evolução do setor

O setor de HVAC-R tem no meio ambiente uma de suas principais demandas com a redução de consumo de energia e redução da utilização de gases que contribuem para o efeito estufa, e hoje, conta com tecnologias de sistemas com maior automação que permitem melhor eficiência energética com menor custo total de propriedade, adoção de fluidos refrigerantes de baixo impacto ambiental que não degradam a camada de ozônio e possuem baixo potencial de aquecimento global por equipamentos e processos cada vez mais eficientes, além de tecnologias para a redução do consumo de água.

Indicadores apontam essa evolução através do desenvolvimento de equipamentos mais eficientes e o uso de tecnologias avançadas para otimizar o consumo de energia; integração de sensores inteligentes, sistemas de automação e tecnologias de comunicação para otimizar o desempenho dos sistemas; incorporação de fontes de energia renovável, como energia solar, eólica e fotovoltaica; refrigerantes com menor potencial de impacto ambiental, em conformidade com regulamentações globais, como o Protocolo de Montreal e o Acordo de Kigali; adoção de práticas de design e construção sustentáveis, considerando não apenas a eficiência operacional, mas também o impacto social e ambiental durante a construção e ao longo do ciclo de vida do edifício; iniciativas de treinamento, desenvolvimento e cursos de capacitação implementados para garantir que os profissionais do setor estejam atualizados com as práticas mais recentes; e gestão responsável de resíduos, tanto durante a fabricação quanto no final da vida útil dos equipamentos.

“O segmento de HVAC-R possui um grande potencial de colaboração dentro dos princípios do ESG por atuar diretamente com práticas que são naturalmente de impacto socioambiental. Um ponto de destaque é justamente o caráter interdisciplinar dos projetos, que acabam por impactar diversos aspectos dentro dos princípios e práticas do ESG. Todas as questões envolvendo conforto térmico dos ambientes e qualidade do ar interior são de responsabilidade deste segmento e demandam práticas especificas para garantir indicadores positivos. Além disso, pela necessidade cada vez maior da presença de sistemas de ar condicionado e ventilação mecânica nos edifícios, aliada à parcela significativa que os sistemas de HVAC-R representam no consumo de energia elétrica de uma edificação, a busca do setor pelo aumento da eficiência energética dos equipamentos e sistemas também é uma prática de impacto bastante positivo para todos os envolvidos.

Olhando especificamente para o E do ESG, environmental ou ambiente, é notória a importância do segmento e as práticas que podem ser adotadas em consonância com o conceito. De maneira geral, os fabricantes têm trabalhado com bastante dedicação no desenvolvimento de equipamentos cada vez mais eficientes, com ganhos de performance em cargas parciais, redução no consumo elétrico, menores níveis de ruído e a aplicação das novas famílias de fluidos refrigerantes ecológicos com baixos potenciais de aquecimento global e destruição da camada de ozônio.

Seguindo esse movimento, os projetos também têm se destacado pela sofisticação das soluções apresentadas na busca por instalações mais eficientes e com menores pegadas de carbono, ou seja, reduzidas emissões de CO2 – é crescente o número de projetos que utilizam recuperadores de calor, vigas frias e ciclos entálpicos para aumento da eficiência energética dos sistemas.

Muitos deles, principalmente em aplicações industriais e de processos, também têm olhado para o tema dos fluidos refrigerantes naturais e ecológicos, como é o caso da Amônia (R-717), do Dióxido de Carbono (R-744) e do Propano (R-290)”, informa Thiago Boroski, coordenador de eficiência energética e contas corporativas da Trox Brasil.

A maioria dos fabricantes de equipamentos e componentes são multinacionais com filiais no Brasil e já adotam mundialmente padrões razoavelmente satisfatórios.  Já as empresas que complementam a cadeia do frio, como as pequenas e médias, devem (ou poderiam, quando possível) investir mais em Certificações como ISO 14.000, ISO 9001, ISO 14001 e SA 8000, entre outras, que normatizam e direcionam questões prioritariamente ambientais.

“Uma boa prática na governança corporativa é, ademais, o ponto de partida para o estabelecimento de uma agenda ESG em qualquer empresa e vai refletir a visão da empresa na construção de uma operação sustentável e de baixo risco socioambiental.

O caminho natural da implementação da agenda ESG passa pelo planejamento inicial das ações e práticas sociais e ambientais que se deseja adotar e pela análise dos impactos positivos que podem proporcionar. O ponto crucial apontado pelos especialistas é que essas práticas e ações precisam ser medidas de forma bastante criteriosa, o que demanda a definição de indicadores-chave de desempenho (KPI).

São esses indicadores que serão divulgados para o mercado e que evidenciarão o baixo risco socioambiental da empresa, dentro dos princípios do ESG. Para que esse planejamento resulte em ações efetivas e indicadores positivos, a empresa deve contar com uma liderança engajada nas questões socioambientais e que estimule uma mudança cultural no ambiente corporativo, apontando sempre para as práticas sustentáveis, e isso independe do tamanho da empresa”, aponta Boroski.

Exemplos de implementação

Entre vários exemplos de empresas no Brasil que implementaram e investem em ESG estão a Trox, que atua globalmente de forma integrada para implementar a agenda ESG, dentro de uma série de ações alinhadas com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: “Além disso, estabeleceu a meta de zerar globalmente as suas emissões de carbono até 2040, através de um plano de ação que envolve o mapeamento completo das emissões em todas as suas fábricas e escritórios comerciais para adoção de medidas mitigatórias e compensatórias.

Em paralelo, há um plano de metas a serem alcançadas até 2025 que serve como um guia para o plano de zerar as emissões de carbono. Dentre elas, estão o crescimento sólido em faturamento e EBIT, redução das emissões de carbono relativas a cada produto fabricado e aumento do ciclo de vida dos produtos, redução proporcional do consumo elétrico dos equipamentos e sistemas pelo aprimoramento e desenvolvimento contínuo, implementação do sistema de gerenciamento de resíduos com aumento da taxa de reciclagem, homologação e gestão de fornecedores alinhados com as práticas sustentáveis e programas de treinamento para os colaboradores”, comenta o engenheiro da Trox.

A Chemours possui a Agenda ESG que inclui metas de equidade de gênero, diversidade étnica e redução de emissões de gases de efeito estufa, entre outras ações alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Já a Danfoss, celebra a redução de 28 mil toneladas de CO2 anualmente, correspondendo a uma queda de 23% nas suas emissões totais, visando ser líder em descarbonização, circularidade, diversidade e inclusão.

Para Ariel Gandelman, as empresas da Smacna Brasil (The Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association) são parceiras de seus clientes e contribuem fortemente para a adoção de práticas ESG, buscando proteção ao meio ambiente, qualidade de vida dos usuários, impactos positivos na economia, redução nos gastos com energia e maior eficiência energética, sendo um resultado a ser alcançado por toda a cadeia do HVAC-R.

“Práticas mais sustentáveis como a mudança nos fluidos refrigerantes utilizados, especialmente para atender aos Protocolos de Montreal e Kyoto, sendo necessário em curto-médio prazo passar a utilizar aqueles com baixo GWP e zero ODP.  Inclusive, sistemas já existentes podem ser objeto de retrofit para operar com esses novos fluídos refrigerantes.

Dentro desse contexto, os usuários também precisam se atualizar para entender essas demandas, com tecnologias que atendam ao ciclo de vida do empreendimento. Para isso, projetistas, instaladores, mantenedores e fabricantes do setor estão em constate atualização e treinamento nas suas operações. Clientes também têm se atentado cada vez mais para adquirir sistemas de HVAC-R que garantam além da sustentabilidade, maior eficiência energética, ou seja, menor custo operacional, solicitando e investindo em soluções que incorporem essas questões.

Da mesma forma, toda a cadeia do setor tem sido bastante propositiva, apresentando e viabilizando novas soluções que atendam a essas demandas”, informa Gandelman.

Na questão social, o setor é bastante amplo e está em quase todas as partes do país. Onde tem uma padaria ou um supermercado, tem alguém do setor para prestar serviços de instalação e manutenção. Dada esta abrangência, cabe aos líderes trabalharem na capacitação profissional, segurança do trabalho e diversidade, dando oportunidades a todos os grupos de pessoas que fazem parte da sociedade brasileira.

O caminho é a conscientização da alta direção, que começará a difundir essa nova cultura, permeando a organização com novas normativas e procedimentos que irão estabelecer os novos parâmetros de comportamento, com a participação de gerentes por supervisores e um programa de treinamento para toda a equipe.

Como iniciar um processo ESG

Mas, como incorporar ações práticas de ESG na sua empresa? Para que as ações que envolvam questões ambientais, sociais e de governança deixem de ser um projeto e passem a ser efetivamente executadas, é preciso mudanças ou transformações no ambiente empresarial.

Um primeiro passo para iniciar uma estratégia de implementação ESG no seu negócio é conhecer os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável instituídos pela ONU e analisar quais os impactos positivos e negativos que podem ser gerados a partir da realidade da sua empresa. Todas as metas e estratégias devem estar condicionadas às questões financeiras e humanas da sua empresa.

Um ponto desafiador nessa transformação é, justamente, o alto custo para implementação de ações ESG. Pode ser preciso mobilizar e contratar pessoas e profissionais, mudar ou criar processos, adequar produtos e estruturas, dentre outros. Por isso, é importante manter a responsabilidade e o controle financeiro.

Um outro ponto importante para a implementação é o envolvimento das lideranças e de todos os colaboradores. Como trata-se de uma mudança na cultura organizacional, o engajamento de todos é primordial para que os processos de ESG sejam implantados de forma eficiente na empresa.

Compreender aspectos centrais e teóricos do ESG é importante para a construção de estratégias e para a implementação de uma política dentro do ambiente empresarial. No entanto, não basta a teoria. Vale ressaltar que é preciso mudanças, tanto nos processos internos quanto externos da empresa, para que haja uma consolidação da política ESG que não seja meramente conceitual.

O Sebrae desenvolveu uma ferramenta gratuita para que as empresas pudessem avaliar seu desempenho e identificar os pontos de melhoria na aplicação das melhores práticas relacionadas às diretrizes de ESG, buscando assim potencializar o seu impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.

O objetivo deste diagnóstico é oferecer uma ferramenta para medir e acompanhar o desempenho do seu negócio, analisando as esferas econômica, social e ambiental. Com esse diagnóstico, você poderá rever a estratégia da sua empresa, construir uma cultura sustentável, tornando-a mais transparente, consciente e atuante.

Adotar práticas sustentáveis implicará em um melhor posicionamento de mercado, já que a empresa estará engajada em iniciativas sociais e ambientais para reduzir ao máximo seus possíveis impactos negativos no meio ambiente e na sociedade.

Pilares do ESG

Ambiental (Environmental)

O primeiro pilar, o “E,” se refere à preocupação com o meio ambiente. Isso inclui questões como a pegada de carbono, conservação de recursos naturais e a atitude da empresa em relação às mudanças climáticas. Empresas comprometidas com o ESG buscam minimizar seu impacto ambiental, reduzir emissões de carbono e adotar práticas sustentáveis em sua cadeia de suprimentos.

Social

O “S” aborda a relação entre a empresa e a sociedade. Isso envolve preocupações com a diversidade, equidade e inclusão, bem como questões trabalhistas, direitos humanos e responsabilidade com a comunidade local. Empresas ESG estão comprometidas em promover ambientes de trabalho justos, respeitar os direitos humanos em toda a cadeia de suprimentos e contribuir para o bem-estar das comunidades em que operam.

Governança (Governance)

O último pilar, “G,” diz respeito à governança corporativa. Isso envolve a estrutura de tomada de decisões, a transparência, a ética empresarial e o tratamento justo de acionistas e partes interessadas. Empresas ESG buscam uma governança sólida e ética, evitando conflitos de interesse e assegurando que as vozes de todos os acionistas sejam ouvidas.

Amônia em instalações frigoríficas: cuidados essenciais e boas práticas

Parte do Sistema de Refrigeração da Mayekawa do Brasil instalado no Complexo Industrial Avícola da São Salvador Alimentos

 

Mesmo com tantos bons requisitos como alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

A  opção por equipamentos de refrigeração aplicados com fluido refrigerante amônia (NH3) continua com muita força nos projetos de refrigeração, principalmente industrial de alta capacidade, pois, além de ser uma opção de alta eficiência energética e baixo custo de aquisição, apresenta a  sustentabilidade como um de seus pilares mais fortes, com um GWP (Potencial de Aquecimento Global) e um ODP (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio) próximos de zero, cumprindo os requisitos de restrições atuais e futuras das agendas climáticas dos principais blocos de países signatários do Protocolo de Montreal e emendas subsequentes.

Mesmo com tantos bons requisitos, existem riscos vinculados às atividades industriais e comerciais que trabalham com amônia em seus processos de refrigeração.

Segundo Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer, de acordo com a classificação ASHRAE, a amônia (NH3) é fluido de classe de segurança B2L, ou seja, é tóxico e apresenta grau baixo de flamabilidade, o que requer conhecimento específico para o equipamento de refrigeração, em suas fases de projeto, operação e manutenção.

Portanto, é de suma importância que se desenvolva um projeto de gestão de riscos e treinamentos contínuos aos envolvidos nesta aplicação.

“O aumento dos requisitos de segurança (regulamentação) em plantas de refrigeração com amônia vem colocando enorme pressão sobre os proprietários devido ao aumento do custo da conformidade (compliance). Em todo o mundo, usuários de instalações frigoríficas estão à procura de soluções de refrigeração com baixa carga de amônia.

E nós, fabricantes, estamos buscando desenvolver soluções cada vez mais sustentáveis com carga mínima de refrigerante – seja ele qual for. Tudo em busca de sistemas mais econômicos, ecológicos, eficientes e seguros”, informa Euzébio.

Marcos Euzébio, Gerente de Engenharia de Aplicação da Bitzer

Cuidados e boas práticas

As boas práticas e cuidados desenvolvidos e utilizadas nos sistemas existentes de refrigeração por amônia no Brasil, baseiam-se na documentação internacional disponível, como por exemplo a ANSI/ASHRAE Standaard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration; ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigeration Systems e EN 378 Part 1-4-2008: Refrigerating systems  and  heat  pumps -Safety and environmental requirements – European Committee for Standardisation, entre outras (veja Box Normas Brasileiras e Internacionais).

“Há também uma excelente literatura disponível pelo Ministério do Meio Ambiente do Brasil – Recomendações de Projeto para Operação Segura de Sistemas de Refrigeração por Amônia , edição em 3 volumes, redigida por Leonilton Tomaz Cleto, uhttps:/ /www.protocolodemontreal.org.brm ícone no assunto.

Como exemplo, para tratamento do assunto de segurança, relaciono alguns cuidados básicos com relação ao cotidiano de um operador”, acrescenta Euzébio.

– O sistema completo deve ser protegido contra queda de objetos;

– As tubulações devem ser identificadas quanto ao estado físico do fluido em circulação interna, sentido de fluxo e faixa de pressão de trabalho;

– Válvulas de segurança devem ser previstas com alívio para tubulação coletora e direcionadas para meio externo com elevação avaliada;

– Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico;

– Os cilindros de NH3 devem ser manuseados e transportados apenas por pessoas e equipamentos especializados para evitar danos;

– Empilhadeiras, carrinhos de mão e outros veículos de manutenção podem causar danos, portanto deve-se prever proteção física aos equipamentos. É uma boa prática fornecer barreiras ou estabelecer zonas de segurança;

– Devido à sua leve flamabilidade, a amônia deve ser mantida longe de fontes de ignição (superfícies quentes, faíscas, interruptores elétricos);

– Equipamento de ventilação deve ser instalado, quando aplicável, em todas as áreas onde a amônia possa vazar. Isto evita que o refrigerante atinja uma concentração perigosa no ar. A ventilação e as aberturas de exaustão devem ser posicionadas de maneira correta para que o fluxo de ar não prejudique a saúde humana. Como são mais leves que o ar, as aberturas de ventilação devem ser colocadas perto do teto;

– Capacitação contínua e programada aos envolvidos na operação do equipamento, bem como informação disseminada a nível corporativo a todos os colaboradores que atuam na planta, incluindo administrativos e serviços diversos.

– Prever todos os pontos de manobra das válvulas em operação, além de verificar os selos mecânicos onde o vazamento do fluido é mais suscetível.

Compressores e bombas de circulação de NH3 também merecem atenção especial no que se refere a manutenções preventivas conforme indicação nos manuais dos fabricantes. Lembrando que manutenções preditivas e preventivas permitem o afastamento de ocorrências de manutenção corretiva.

Há também a necessidade da periodicidade da calibração das válvulas de segurança e de acordo com o tempo de vida do equipamento em uso a análise mecânica dos vasos de pressão, separadores de líquido e tubulações. Equipamentos de purga de ar e água também devem ser previstos, bem como análises periódicas do óleo.

“Atualmente, tem-se observado um crescimento considerável em sistemas híbridos onde a amônia é aplicada em conjunto com o CO2, chamados sistema em cascata do tipo baixa carga, ou “low charge”, onde se aplica a amônia em sua melhor eficiência termodinâmica (média temperatura de evaporação) em conjunto com CO2 em sua excelente aplicação termodinâmica que é a baixa temperatura de evaporação.

Esse conjunto entrega a solução de alta sustentabilidade, alta eficiência energética, baixa carga de NH3. Para se ter uma ideia, um compressor de 30 HPs a pistão aplicado com CO2 entrega capacidade de 125 KW de refrigeração sob temperatura de evaporação de -30C.

Um exemplo abaixo apresenta uma aplicação clássica de projeto tipo ‘low-charge’ de amônia com CO2, onde a amônia resfria propileno glicol, este atendendo a todas as cargas MT e AT da instalação, bem como condensando o CO2, que por sua vez é o fluido responsável pela retirada da carga de congelados da planta frigorífica”, informa o gerente de aplicação da Bitzer.

Ele salienta que o fundamental deve ser a capacitação técnica e treinamentos periódicos aos envolvidos com sistemas de refrigeração por amônia.

Devem ser previstos sensores de concentração de amônia e respectivas ações de automação em caso de alcance de nível crítico

Medidas de proteção

Sobre as medidas de proteção, pontos essenciais em relação à prevenção coletiva da exposição a amônia incluem a manutenção das concentrações ambientais a níveis os mais baixos possíveis e sempre abaixo do nível de ação (NR-9), por meio de ventilação adequada e implantação de mecanismos para a detecção precoce de vazamentos.

O uso de sistema fixo de detecção de amônia com instalação de detectores dentro da sala de máquinas e ambientes indústrias é recomendado para proteção do sistema de refrigeração industrial como um todo (operadores colaboradores e maquinários).

O IIAR (Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia) recomenda ainda a instalação de caixa de controle do sistema de refrigeração de emergência, que desligue todos os equipamentos elétricos e acione a ventilação mecânica exaustora fixa ou portátil sempre que necessário. Através do monitoramento contínuo da concentração de amônia na sala de máquinas, quando atingidos determinados níveis, serão acionados alarmes para tomadas de ações do controle de proteção.

A amônia oferece riscos, mas seguindo todas as boas práticas de operação e buscar empresas que sejam referência no setor, oferecendo sistemas que se diferenciaram pelo comprometimento, desempenho, segurança e eficiência energética, os riscos serão totalmente minimizados.

Normas Brasileiras e Internacionais

– NR-13 – 2008 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Normas Regulamentadoras da Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho – Ministério do Trabalho – Lei nr. 6514 – 22/12/1977;

– P4.261 – Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análise de Riscos – CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – 13/08/2003;

– NBR 13598 – Vasos de Pressão para Refrigeração – ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – 04/1996;

– NR-9 – Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes para a Segurança do Trabalho em três frentes: física, química e biológica – Ministério do Trabalho.

Standards Internacionais

– ANSI/ASHRAE Standard 15-2007 – Safety Code for Mechanical Refrigeration – American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers;

– ANSI/IIAR 2-2008 – Equipment, Design & Installation of Ammonia Mechanical Refrigerating Systems – International Institute of Ammonia Refrigeration;

– EN 378 Part 1-4 – 2008: Refrigerating systems and heat pumps – Safety and environmental requirements – European Comittee for Standardisation. Part 1: Basic requirements, definitions, classification and selection criteria – Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation – Part 3: Installation site and personal protection – Part 4: Operation, maintenance, repair and recovery;

– ISO 5149:1993 – Mechanical Refrigerating Systems used for Cooling and Heating – Safety Requirements – International Organization for Standardization;

– ANSI/ASME B31.5 – 2006 – Refrigeration Piping and Heat Transfer Components – American Society of Mechanical Engineers;

– ANSI/IIAR Standard 3-2005: Ammonia Refrigeration Valves. Código ASME para Dimensionamento de Vasos de Pressão;

– ASME – Pressure Vessel Code – 2007 – Section VIII;

O IIAR – International Institute of Ammonia Refrigeration, possui atualmente Boletins/ Guias de Referência relacionados à aplicação de Amônia em sistemas de refrigeração entre suas publicações.