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Gree lança ar condicionado exclusivo em parceria com a Clima Rio

A Gree Electric Appliances lançou no Brasil o G-Clima, modelo exclusivo, distribuído apenas nas lojas Clima Rio.

Desenvolvido com a tecnologia Goldenfin, segundo o fabricante, o novo modelo oferece proteção anti corrosão e anti oxidação que aumentam a durabilidade do condicionador de ar, além de proporcionar maior resistência contra efeitos climáticos. Segundo Nicolaus Cheng, Diretor Comercial da Gree Brasil, essa proteção é capaz de preservar o produto contra ações causadas pelo tempo e pelas condições do ambiente urbano, como a alta umidade e as altas taxas de vapor de sais, causados pela maresia.

Disponível nas versões 9.000 e 12.000 BTU/h, o G-Clima possui selo de certificação classe A de eficiência energética aprovado pela Inmetro.

“Além de todos esses benefícios e diferenciais, o G-Clima é uma ótima opção para pequenas casas e apartamentos. Ele possui uma área técnica reduzida, com uma condensadora menor, isso ajuda a otimizar espaços, facilitar o transporte e a instalação”, ressalta.

Essa parceria, visa cada vez mais oferecer opções acessíveis e de qualidade aos consumidores. “É de grande importância para a Gree reforçar laços com nossos distribuidores. Montar um projeto dessa proporção, com um dos nossos parceiros mais antigos, como a Clima Rio, só nos mostra o quanto estamos no caminho certo”, reforça Nicolaus Cheng.

Seminário aprofunda tema sobre baixa carga de amônia

sistema de refrigeração com baixa carga de amônia

Agendado para os dias 15 a 17 de março,  o Congresso Latino-americano de Refrigeração por Amônia voltado para a Cadeia do Frio e segurança no uso na refrigeração industrial trará uma programação robusta, conectando gestores de frigoríficos, engenheiros de projetos, acadêmicos, técnicos e profissionais do setor.

Serão três dias de palestras com destaque para o tema: “Sistemas com Baixa Carga de Amônia”, proferida pelo gerente da Mayekawa do Brasil, Ricardo César dos Santos.

“Esta palestra apresenta soluções modernas de refrigeração com baixa carga de amônia para aplicações de resfriamento e baixa temperatura, o que a torna acessível aos usuários de refrigerantes sintéticos; além de auxiliar os usuários de instalações industriais a reduzir a quantidade desse refrigerante nos sistemas, mas, contudo, mantendo sua eficiência energética e agregando segurança operacional e ambiental. Sem dúvida, a amônia de baixa carga é o futuro da refrigeração”, explica Ricardo.

O Congresso Latino-americano de Refrigeração por Amônia é uma iniciativa do IIAR – Instituto Internacional de Refrigeração por Amônia – Capítulo Brasil e é um evento que ocorre simultâneo à III Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal, a Expomeat 2022, que acontecerá em São Paulo (SP).

Serviço:

  • Palestra: Sistemas com Baixa Carga de Amônia
  • 17 de março de 2022
  • 15h00
  • Auditório João Barion
  • Evento Simultâneo da Expomeat 2022
  • Participação gratuita
  • Inscrição: https://www.expomeat.com.br/programacao-pt
  • VAGAS LIMITADAS

Trane lança campanha de conscientização sobre uso de energia

A Trane lançou em novembro a campanha “Eficiência e Sustentabilidade, nós sabemos por onde começar”, cujo objetivo é a conscientização sobre uso adequado de energia elétrica nos empreendimentos. Boa parte da eficiência energética depende da escolha de equipamentos de alto desempenho que atendam à demanda necessária de resfriamento para o ambiente e da configuração adequada.

“Pensar formas de redução do consumo, gerar maior entendimento do ciclo de vida dos edifícios e, consequentemente, garantir o funcionamento eficiente do sistema de climatização dos empreendimentos é o nosso foco nesse trabalho”, afirma Adriana Pineda, coordenadora de Marketing da empresa.

A campanha, com duração aproximada de três meses, contempla envio de mensagens para colaboradores, clientes e demais parceiros comerciais, além de uma série nas redes sociais da empresa chamada “Superando a crise hídrica” e vídeos informativos da liderança. Uma das postagens mostra que o ar-condicionado é responsável pelo consumo de 50% da energia de um prédio e que equipamentos eficientes têm vida útil mais longa e menor impacto sobre o meio ambiente.

Diante da maior crise hídrica no País em 91 anos, empresas de todos os setores da economia estão buscando novas opções para redução do consumo de energia e água em suas instalações.

Midea lança novo refrigerador

Apostando em qualidade e economia de energia, a Midea destaca seu novo modelo de refrigerador Frost Free SmartSensor 347L. O modelo se destaca em sua categoria pela eficiência energética, atingindo classificação A+++ (220V) e A++ (127V) na nova norma do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro.

O modelo possui paredes mais finas que aumentam a capacidade interna sem precisar aumentar as medidas externas, ajudando a otimizar o espaço na cozinha, também conta com a tecnologia Smartsensor, que regula a temperatura interna.

“Estamos atentos as novas necessidades do consumidor. Toda linha de produtos que lançamos recentemente foi pensada, além do design moderno, em sustentabilidade ambiental. Nossos produtos são mais econômicos, modernos, com diferenciais que realmente fazem diferença no dia a dia. Com paredes mais finais esse modelo é ideal para quem busca alimentos mais frescos e muita capacidade de armazenagem” relata André Kliemann, Gerente de Produtos Home Appliance.

 

Termoisolantes ganham preferência nas novas obras

Fabricantes e revendedores apostam em tubos e mantas cada vez mais eficientes para coibir ruídos entre paredes e lajes, um investimento considerado inteligente que se paga com o tempo.

Embora os tubos e mantas isolantes possam aumentar entre 5% e 7% o custo final de uma obra, especialmente aquelas consideradas “verdes” e sustentáveis, o investimento nesses componentes compensa, devido à economia na conta de energia elétrica no médio e longo prazo, que ocorrem em função do menor uso de climatização, segundo especialistas da área.

Para atender à crescente demanda do mercado, os fabricantes estão investindo em novos materiais, mais eficientes e acessíveis, processo que tem beneficiado fortemente as revendas, incluindo o reposicionamento de marcas e a diversidade de opções de apresentações para venda no balcão.

Tamanha mudança de visão pode ser contemplada por uma engenharia hoje mais preocupada em resolver problemas geralmente camuflados entre lajes e paredes – os excessivos ruídos no sistema hidrossanitário, que tiram o sono de quem mora em casa ou apartamento, se hospeda em hotéis ou trabalha em conjuntos comerciais.

Atualmente em construção na região central de São Paulo e orçado em R$ 2,7 bilhões, o Cidade Matarazzo – complexo multifuncional destinado à hospitalidade, cultura, gastronomia, moda e entretenimento – enquadra-se no rol de projetos que busca solucionar esse problema, uma vez que está investindo em isolamentos termoacústicos.

Escolhida como fornecedora desses componentes para a Torre Mata Atlântica – projeto assinado pelo francês Jean Nouvel –, a multinacional Armacell abastece a obra com o FonoBlock Hidro 20 mm, isolamento à base de espuma elastomérica que revestirá todas as tubulações de esgoto, águas pluviais e ventilação.

Outro cuidado acústico, cada vez mais valorizado em empreendimentos como este, é a atenuação de ruídos entre os andares, incluindo aqueles causados por passos mais fortes e arrastamento de móveis. Para isso, o piso de cada dormitório receberá a aplicação de outro produto, o FonoBlock Laje 8 mm, manta especial produzida a partir de multicamadas de polietileno.

Para o isolamento térmico dos tubos e dutos do sistema de condicionamento de ar, foram escolhidos os isolantes à base de espuma elastomérica AF/Armaflex. Aplicados com o uso do adesivo 520 S, tubos e mantas também envolverão todos os condutores de ar-condicionado do Hotel Rosewood São Paulo, que compõe o projeto do Cidade Matarazzo.

“Além da qualidade comprovada, o fato de a Armacell possuir fábrica no Brasil, em São José (SC), nos tranquiliza quanto à disponibilidade do produto”, afirma Ricardo Murakami, gerente de suprimentos da Prodac, empresa que vem executando a instalação do isolamento térmico em consórcio com a Climapress.

Para Fernando Ricardo Sayão, assistente de engenharia da RFM Construtora, empresa responsável pelo Cidade Matarazzo, mais do que o cumprimento de requisitos técnicos, as tecnologias de isolamento visam atender ao rigor das obras de alto padrão. Afinal, seria frustrante para quem investe milhões em um imóvel ter de ouvir, especialmente de madrugada, a descarga dada pelo condômino do andar de cima.

“Por sermos especializados nesse perfil de edificação, produtos como os da Armacell nos permitem agradar aos clientes mais exigentes e detalhistas. Neste caso, a instalação desde o início tem corrido tranquilamente, atendendo às expectativas”, enfatiza.

Com três mil funcionários e 23 unidades de produção em 15 países, a empresa opera em dois negócios principais –isolamento avançado e espumas de engenharia.

Com operações no Brasil desde 1995, a Armacell transferiu a sua planta fabril em Pindamonhangaba (SP) para São José (SC), a partir de 2018. A empresa fornece uma ampla gama de produtos para grandes projetos de construção naquela região, incluindo isolantes térmicos para sistemas de refrigeração e ar condicionado. A multinacional alemã acredita tanto nesta tendência que em 2018 adquiriu a chinesa De Xu, fabricante de espuma elastomérica flexível Sinoflex, que tem instalações em Yingde, província de Guangdong.

Eficiência

A evolução de produtos é igualmente uma das características da Epex, indústria com sede em Blumenau (SC) que oferece ao mercado produtos e soluções em termoplásticos expandidos e espuma elastomérica.

Um exemplo está na linha Tubex Inverter, produzida com uma tecnologia que permite o uso de um material com maior número de células por centímetro quadrado, tornando o isolamento mais eficaz, com baixa condutividade térmica, além de promover melhorias no revestimento do tubo, com maior resistência à radiação ultravioleta (UV) e à difusão do vapor de água.

Além do desenvolvimento de um produto mais eficiente, a empresa pensou em facilitar o trabalho da cadeia de consumo, a partir das revendas até o consumidor final. A ideia foi colocá-lo em embalagem slim, contendo 20 barras (40 metros), precisando o varejista somente entregar múltiplos de 20 barras para o instalador. Assim, evita-se o trabalho de contar as peças no balcão.

“Todos são beneficiados, pois reduz-se o tempo de espera no atendimento da loja e agrega-se valor ao serviço, chegando na obra com o produto bem embalado e apresentável para o cliente final”, justifica a administradora Jucimara Crispim, diretora comercial da Epex.

A indústria brasileira é distribuidora exclusiva para a América Latina da espuma elastomérica Wincell, isolamento de alta performance fabricado na China. Na planta em Blumenau, fabrica a linha Tubex e outros produtos do gênero. E em Pernambuco conta com um depósito de 800 m2, com o objetivo de auxiliar e agilizar as entregas para os estados do Nordeste.

A gestora afirma que a Epex atua em alguns negócios B2B, mas o principal canal de comercialização é formado pelas revendas voltadas HVAC-R em todo Brasil. Ao olhar o movimento do mercado, ela diz trabalhar com as melhores perspectivas para o segundo semestre deste ano e para 2022. “Estamos investindo em tecnologia de fabricação, desenvolvimento de novos insumos e matérias-primas, além de fechar parcerias com profissionais que representam o setor, tudo para fomentar e atender da melhor forma à demanda que, com certeza, está por vir”, complementa Jucimara.

Governo limita ar-condicionado em repartições públicas a 24ºC

O Governo editou um decreto (24/08) no Diário Oficial em edição extra, que recomenda que o resfriamento do ar-condicionado em repartições federais seja de até 24ºC.

O texto estabelece medidas para redução do consumo de energia elétrica na administração pública federal.

Segundo o site do Ministério de Minas e Energia, “[a] administração pública direta e indireta dispõe hoje de mais de 22 mil edificações próprias e cerca de 1.400 imóveis alugados, como escritórios, escolas, hospitais e universidades, representando uma parcela significativa do consumo total de eletricidade no País.”

Espera-se, com a medida, que o poder público reduza entre 10% e 20% o consumo de eletricidade, quando comparado com o consumo anterior à pandemia”.

As medidas entram em vigor dia 01 de setembro.

 

Fonte: O Antagonista

Emerson lança eletroválvulas bidirecionais e tridirecionais

A Emerson lançou uma gama de eletroválvulas bidirecionais e tridirecionais que apoiam a necessidade dos fabricantes de ativos originais (OEMs) de desenvolver máquinas e ativos mais compactos sem comprometer o desempenho do controle de fluidos.

A pegada global reduzida das Séries 256/356 ajuda os OEMs a otimizar o layout interno de seus ativos, permitindo que mais opções de controle de fluido de alto desempenho sejam integradas em um produto final menor e mais elegante. Isso é especialmente importante para os fabricantes de máquinas de café e outros distribuidores de bebidas, de aquecimento, ventilação e ar condicionado, de bombas e compressores, de ativos de soldagem e de dispositivos analíticos e médicos.

Alcançar faixas de pressão comparativas em uma válvula menor normalmente resulta em aumento do consumo de energia, mas as Séries 256/356 reduzem o uso de energia em até 40%. Isso permite que os OEMs apliquem uma válvula menor enquanto combinam ou melhoram o desempenho de controle de fluido da versão anterior e fazem economias significativas de energia.

A faixa de pressão de algumas versões das Séries 256/356 redesenhadas aumentaram em até 30% em comparação com as versões anteriores, permitindo que elas sejam usadas em aplicações mais exigentes, como lavadoras de alta pressão e distribuidores de combustível de hidrogênio. O desempenho da versão de tensão CC é agora semelhante ao da versão de tensão CA, permitindo que os custos gerais do sistema sejam reduzidos, eliminando a necessidade de conversão em energia CA para maximizar o desempenho da eletroválvula.

“A Emerson projetou as Séries 256/356 do zero, criando uma gama de eletroválvulas que define uma nova referência em tecnologia de controle de fluidos, diminuindo a pegada global e o consumo de energia, além de aumentar as faixas de pressão”, disse Erik VanLaningham, vice-presidente de marketing global para o negócio de automação industrial da Emerson. “Essas melhorias de desempenho são complementadas por uma ampla escolha de materiais da estrutura e opções de conexão. Isso fornece aos OEMs a mais ampla gama de opções de um fornecedor de fonte única confiável para atender de forma confiável às suas diversas demandas de aplicações”.

As Séries 256/356 oferecem uma seleção de materiais da estrutura, incluindo latão sem chumbo, aço inoxidável e um compósito projetado que é 20% mais leve que o latão e atende aos padrões globais de saúde e segurança para aplicações em alimentos e bebidas. Segundo a empresa, as válvulas são estanques à poeira, com classificação IP67 e submersíveis em até um metro de água, tornando-as adequadas para ambientes agressivos, aumentando a confiabilidade e prolongando a vida útil das máquinas. As aprovações de terceiros para uma ampla variedade de padrões da indústria, como NSF 169 e EC 1934 para aplicações em alimentos e bebidas, ajudam os OEMs a reduzir o tempo de colocação no mercado de novos produtos.

Aperfeiçoamento do PBE beneficia indústria, consumidores e meio ambiente

As mudanças trazidas pela legislação de eficiência energética tornarão mais rigorosos os critérios para homologar um equipamento como “Classe A” – aqueles que consomem menos energia elétrica – e evidenciarão a economia dos aparelhos com compressor de velocidade variável e inversor de frequência.

A partir de 31 de dezembro de 2022, fabricantes e importadores deverão fornecer para o mercado nacional somente aparelhos de ar condicionado em consonância com as mudanças previstas na Portaria Inmetro 234, publicada em 29 de junho.

Esse grupo de empresas terá, ainda, mais seis meses para escoar todo o estoque fabricado antes da data-limite. Já o varejo terá até 30 de junho de 2024 para comercializar o estoque antigo. Depois disso, esse processo será possível apenas com a nova etiqueta.

De um lado, os novos critérios de avaliação do nível de eficiência energética atendem à necessidade do mercado, passando a considerar também a carga parcial e não somente a plena carga. De outro, vão ajudar o consumidor final, leigo em questões técnicas, que necessita de informação de qualidade para tomar a melhor decisão de compra.

“A nova metodologia de testes e etiquetagem se aproxima muito mais da situação real de uso de um condicionador de ar, uma vez que a carga térmica do ambiente climatizado e a temperatura externa variam bastante não somente ao longo do ano, mas também de um mesmo dia”, explica Luciano Marcatto, diretor de eficiência energética da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Além disso, exemplifica o dirigente, “o Brasil, devido à sua extensão e diferença de hábitos e diversidade de culturas, tem um mercado muito focado em equipamentos quente-frio no Sul e em parte do Sudeste, e em aparelhos somente frio nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste”.

Marcatto entende que a chegada das novas regras do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) foi um passo importante para o mercado nacional, pois durante muitos anos o antigo formato da etiqueta e os padrões de testes podem ter levado consumidores menos esclarecidos sobre os benefícios da compra de produtos de climatização com tecnologia mais avançada a não terem tomado a melhor decisão de compra.

“Como a maioria dos produtos até então era classificada como ‘Classe A’, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) não vinha cumprindo seus principais objetivos, que são apoiar o consumidor na decisão de compra e incentivar o desenvolvimento tecnológico. A nova portaria faz com que o PBE recupere sua importância neste sentido”, complementa.

O diretor da Abrava lembra ainda que a Portaria 234 foi construída em conjunto com associações, universidades, ONGs, fabricantes, laboratórios, entre outros participantes.

Segundo o Inmetro, esses agentes contribuíram para um intenso estudo técnico de produto, processo e mercado, que incluiu a discussão com as partes interessadas, ensaio de equipamentos e consulta pública realizada entre fevereiro e março deste ano, que contou com 158 contribuições de 20 diferentes entidades do setor produtivo.

Indústria
Os novos critérios estabelecidos pela portaria do Inmetro são um incentivo para a indústria investir em produtos mais tecnológicos e energeticamente mais eficientes.

Para Marcatto, tal mudança de rumo ajudará o mercado a ser capaz de identificar os benefícios obtidos com investimentos em tecnologia, acelerando a introdução de produtos alinhados com plataformas globais dos principais fabricantes, inclusive ambientalmente mais seguros, ao gerar menos emissões de carbono.

“Isso poderá trazer ganhos de escala com tecnologia mais atual, que facilita a transferência de menores custos para as subsidiárias no Brasil. Ao mesmo tempo, as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) vão conseguir trabalhar com a exportação desses produtos, não ficando ‘amarradas’ ao sistema de etiquetagem que visava critérios só válidos no mercado brasileiro”, projeta.

De acordo com o dirigente, no caso da infraestrutura elétrica das edificações, a instalação de equipamentos com maior eficiência em cargas parciais levará, naturalmente, a uma maior migração para os sistemas inverter

“Devido às caraterísticas de funcionamento mais suave e sem picos elétricos na partida, o Inverter evita que ocorram picos durante o liga e desliga, problemas comuns aos equipamentos convencionais de velocidade fixa. Paralelamente, proporciona o aumento do conforto dos usuários, tais como menor nível de ruído e vibração e maior capacidade de adaptação a mudanças bruscas das condições de ocupação e carga térmica, com maior velocidade de resposta”, explica Marcatto.

Entenda as mudanças
O PBE é um programa pelo qual se atesta o desempenho dos produtos considerando critérios de eficiência energética, ruído, utilização de recursos naturais, entre outros.

Nova classificação é fundamental para que os consumidores possam diferenciar os aparelhos de ar condicionado, diz Danielle Assafin, do Inmetro

No caso dos aparelhos de ar condicionado, o principal item de ensaio é a eficiência energética para a refrigeração do ar, sendo o equipamento classificado de A, para os que consomem menos energia, a D, para os que consomem mais energia.

A Etiqueta Nacional de Consumo de Energia (ENCE) é o selo de conformidade que evidencia o atendimento pelo produto aos requisitos estabelecidos no PBE e informa ao consumidor aspectos relevantes para a tomada de decisão de compra, incluindo o consumo energético ou a classificação quanto ao desempenho.

Pelas regras ainda em vigor, os aparelhos de ar condicionado do tipo Inverter e não Inverter são ensaiados da mesma forma e classificados com os mesmos critérios, com os aparelhos configurados em carga total. Assim, numa mesma “Classe A”, por exemplo, convivem aparelhos com e sem inversores de frequência, ainda que os primeiros sejam, em geral, mais econômicos.

Ocorre, porém, que a característica dos condicionadores de ar Inverter é justamente regular o fluxo de energia do sistema, alterando a velocidade do compressor e reduzindo o consumo de energia quando se detecta que o ambiente precisa de menos refrigeração ou aquecimento.

Com o aperfeiçoamento, os aparelhos Inverter serão submetidos ao método de carga parcial, o que evidenciará o ganho de eficiência que se tem com a utilização dessa tecnologia.

“Assim, quando configuramos o aparelho em carga parcial, simulamos melhor o funcionamento do Inverter e, com isso, obtemos um indicador de eficiência energética mais fidedigno”, explica Danielle Assafin, pesquisadora do Inmetro e responsável pelo PBE para condicionadores de ar.

Segundo a especialista, essa nova classificação de eficiência energética é fundamental para que os consumidores possam realmente diferenciar os produtos que atualmente são comercializados. Estudos apresentados pelos fabricantes revelam que um condicionador de ar Inverter pode economizar até 47% de energia elétrica, em relação aos equipamentos com compressores de velocidade fixa.

Outro dado importante é a adoção da métrica sazonal para o cálculo da eficiência energética do condicionador de ar, que considera os cálculos baseados nas temperaturas que ocorrem ao longo do ano e na frequência de utilização do aparelho para cada temperatura.

A introdução dessa métrica considerará os resultados do estudo coordenado pelo Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel), gerenciado pela Eletrobras, que determinou a curva média de temperatura para o Brasil e, com base nos resultados da Pesquisa de Posses e Hábitos de 2020, que estimou a frequência de utilização dos condicionadores de ar pelos brasileiros.

“Dessa forma, o cálculo do índice de desempenho e do consumo energético anual será realizado com base nas características médias do clima do Brasil e do uso do condicionador de ar pela população brasileira”, ressalta Danielle.

 

Varejo em busca da sustentabilidade

Sustentabilidade, eficiência energética e conectividade têm ditado os rumos do varejo de alimentos e bebidas, setor para o qual a indústria de refrigeração e ar condicionado não para de desenvolver tecnologias que ajudam a reduzir custos, como compressores de velocidade variável, sistemas de automação e novos fluidos frigoríficos.

Nesse cenário, alguns varejistas também têm colocado em prática medidas para reduzir a carga de refrigerantes e o volume de vazamentos dessas substâncias, o que impulsiona a adoção de uma ampla variedade de arquiteturas de sistemas de refrigeração.

“O vazamento de fluido refrigerante é uma das falhas mais comuns em um sistema de refrigeração comercial. Por ser um circuito fechado, não deveria ser necessário uma nova recarga de gás nos racks de compressores, porém, na prática, estudos comprovam que a média de reposição de carga de gás nos supermercados brasileiros é maior do que uma carga por ano. Os vazamentos ocorrem geralmente por falha na manutenção dos equipamentos, como porcas mal apertadas, flanges de má qualidade, conexões e válvulas com vedações deterioradas, soldas quebradas ou até mesmo pela ruptura da tubulação por excesso de vibração”, explica o coordenador de vendas da Emerson, Denis Ferraz.

“Dentre as principais consequências desse problema, podemos citar perda de mercadorias, devido à parada de expositores, aumento no consumo energético e impacto ambiental, além de custos diretos para reposição do fluido refrigerante e indiretos, como custos administrativos para compra do material, frete e mão de obra para reposição”, diz.

O descaso em relação aos vazamentos também pode acarretar riscos à reputação e à imagem das empresas. Em setembro, grupos de defesa do meio ambiente entregaram abaixo-assinados de mais de 100 mil consumidores pedindo ao Walmart para reduzir as emissões de fluidos refrigerantes usados nos sistemas de refrigeração e ar condicionado em suas 11,5 mil lojas em todo o mundo.

Em seu recém-anunciado plano estratégico, a maior rede varejista do planeta não especificou medidas para solucionar vazamentos de gases refrigerantes, o que revoltou organizações ambientalistas como a Green America e a Agência de Investigação Ambiental (EIA, na sigla em inglês).

As ONGs também pediram para que o Walmart adote rapidamente fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) em suas lojas.

Ruptura na tubulação prejudica a eficiência energética

Falhas na manutenção podem ocasionar rupturas nas tubulações de sistemas de refrigeração e ar condicionado, alerta especialista


Inovações para o segmento

Pensando na questão dos vazamentos de fluidos refrigerantes, a Emerson desenvolveu o detector MRLDS, uma solução para o monitoramento de ambientes de refrigeração, como supermercados, hipermercados, centros de distribuição e câmaras frigoríficas, que também é aplicável para sistemas de climatização, como chillers e bombas de calor.

“O MRLDS é compatível com refrigerantes fluorados, R-290, R-717 e R-744. Seus sensores possuem ótima precisão e nível de detecção a partir de 30 ppm de concentração de refrigerante no ambiente”, explica Ferraz.

“Com montagem simples, configuração amigável e comunicação com sistema supervisório XWEB, o MRLDS é a solução ideal para gerenciamento remoto do nível de fluidos refrigerantes”, assegura.

O uso de controles cada vez mais sofisticados é tendência na refrigeração comercial, a tecnologia é essencial para o gerenciamento dos ativos e qualidade dos produtos. A integração dos controladores, compressores e componentes de acionamento e de proteção contribuem para o bom funcionamento do sistema, garantindo assim a qualidade do frio alimentar.

Hoje em dia, é possível monitorar remotamente os alarmes e proteções de compressores assim como temperatura de descarga, corrente elétrica e status de operação, contribuindo para o perfeito funcionamento do sistema.

Em relação ao controle de temperatura, há dispositivos que podem gerenciar os ajustes necessários do sistema baseados nas temperaturas reais das câmaras, ilhas e gabinetes, aumentando ou diminuindo o ponto de controle da evaporação com base na capacidade requerida de refrigeração.

“A coleta de dados a partir de dispositivos conectados permite uma análise criteriosa das condições operacionais dos equipamentos de refrigeração. O uso de softwares específicos para análise desses dados gera ações de controle que buscarão a mais alta performance dos equipamentos de um dado projeto, adequando-os às condições do local da instalação e às condições operacionais de cada supermercado”, destaca o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

Embora essas ferramentas proporcionem resultados rápidos e inúmeras vantagens, “o investimento inicial exigido ainda dificulta sua disseminação pelo País, muito pela falta de conhecimento. São poucas as redes supermercadistas que usufruem delas. Em redes europeias e norte-americanas, essa solução é de uso comum”.

Recentemente, a indústria brasileira lançou a linha Compack de sistemas de refrigeração para lojas de pequeno e médio porte, visando “proporcionar o fornecimento de equipamentos que, além de dispor das tecnologias de gerenciamento eletrônico e permitir a análise de dados remotamente, atendam a requisitos de alta eficiência energética, baixa carga de fluido refrigerante e alta qualidade construtiva e de componentes”.

Uma outra solução tecnológica que tem sido adotada por supermercados para reduzir falhas e vazamentos de fluidos refrigerantes, além de otimizar o consumo de energia, são os sistemas de refrigeração acoplados.

“Esses sistemas são soluções conectadas diretamente ao refrigerador e não dependem de uma rede de tubulação como numa solução remota. Em virtude disso, eles têm uma carga menor de refrigerante e diminuem os riscos de vazamento. Além disso, agregam outros ganhos, como rapidez de projeto e instalação, mais espaço nas lojas, pela eliminação da casa de máquinas e tubulação, flexibilidade de layout das lojas, porque permite mudar os equipamentos de lugar facilmente, e custo mais baixo”, diz o gerente de vendas do portfólio Embraco na Nidec Global Appliance, Fábio Venâncio.

“Nessa linha de produtos, temos unidades seladas, como nosso Plug n’ Cool, e as unidades condensadoras, como a UFMFT. Ambas são tipos de sistemas acoplados completos”, informa.

“Os sistemas acoplados da Embraco entregam também um grande ganho de eficiência energética em comparação com a solução remota. Um exemplo é um teste de campo feito com o Plug n’ Cool com uma cadeia de lojas de conveniência na Rússia, que resultou em uma redução do custo de energia de 34% na loja onde o sistema foi instalado, em comparação com o sistema remoto usado em outras lojas da cadeia”, revela.

O Plug n’ Cool é uma unidade selada do tipo plug n’ play, ou seja, pode ser instalada no topo do gabinete sem a necessidade de ser embutida na parte inferior do equipamento de refrigeração, facilitando, dessa maneira, as manutenções, como limpeza de condensador. O equipamento, segundo o gestor, usa um compressor de velocidade variável com R-290, “duas características que proporcionam alta eficiência energética”.

Em se tratando especificamente de novos fluidos refrigerantes, uma solução que tem ajudado o varejo a economizar energia é o R-449A, substância à base de hidroflu-orolefina (HFO).

“Os supermercados realmente estão cada vez mais preocupados em otimizar os seus sistemas e buscar soluções de baixo consumo de energia”, comenta da líder de desenvolvimento de negócios da Chemours, Joana Canozzi, ao destacar que o R-449A proporciona redução de até 12% no consumo de energia dos sistemas de refrigeração comercial.

Esse fluido está sendo utilizado em centenas de supermercados e em estabelecimentos industriais no Brasil, informa a gestora.  “Já realizamos no Brasil diversas experiências que comprovaram o potencial dessa tecnologia, como, por exemplo, o caso da maior rede de supermercados do País, que substituiu o R-404A por R-449A em uma de suas lojas, reduzindo em 67% o GWP do sistema e em 9,5% o consumo de energia do seu sistema de resfriados”, diz.

“Essa experiência foi replicada em diversos outros supermercados que puderam comprovar o benefício energético desse retrofit, como o St. Marché, que registrou redução do consumo de até 11% no sistema de refrigeração de uma de suas lojas. Redes como ABC, Center Box, Jaú Serve e unidades da Mondelez, entre outras, são alguns exemplos de empresas que adotaram a tecnologia com resultados positivos”, ressalta.

 

Impactos da pandemia

Durante a atual pandemia de covid-19, os supermercados foram uma das poucas atividades que não sofreram interferência em seu funcionamento, mantendo assim uma demanda constante, conforme destaca o vice-diretor comercial da Full Gauge Controls, Rodnei Peres Junior,

“Os estabelecimentos da área sabem que a qualidade do produto que oferecem depende, entre outros fatores, da temperatura em que são produzidos e armazenados. Existe uma grande preocupação em seguir os rígidos padrões exigidos por órgãos fiscalizadores, o que só pode acontecer através de um controle muito preciso. Além disso, a manutenção dos níveis de temperatura é uma garantia do correto funcionamento dos equipamentos e sistemas, o que resulta em menos desperdício de tempo e energia, redução de custos e, consequentemente, otimização de lucros”, diz.

“Notamos que houve um crescimento significativo na implantação de softwares de gerenciamento via internet integrados a instrumentos digitais para controle e monitoramento dos equipamentos refrigerados (câmaras frias, balcões de congelados, resfriados, etc.) e até os racks de refrigeração de supermercados”, afirma.

“Hoje, o gerenciamento de instalações de refrigeração, climatização e aquecimento pode ser feito pela internet e celular através de softwares especiais para isso, como é o caso do Sitrad Pro que é desenvolvido e distribuído gratuitamente pela Full Gauge Controls”, acrescenta.

“Nosso software de gerenciamento via internet vem sendo amplamente usado por todos os tamanhos de supermercados, de pequenas lojas a grandes redes, justamente por possibilitar o controle dos equipamentos do supermercado remotamente, via internet, e por ser gratuito. Com ele, é possível administrar todos equipamentos controlados com nossos controladores à distância, gerar e imprimir relatórios gráficos que substituem as velhas planilhas manuais de anotações de temperatura, respeitando todos requisitos de órgãos como Anvisa e FDA”, informa.

Para o engenheiro de aplicação da Carel, Fellipe Dias, “2020 está sendo um ano desafiador para qualquer um por conta da inesperada pandemia do novo coronavírus. Especificamente para o mercado de refrigeração comercial, temos observado que houve de um a dois meses sem novos projetos. Para a nossa positiva surpresa, no meio do ano, o setor retomou os projetos e, desde então, tem se mostrado promissor”, afirma.

“Como um balanço do ano até agora (setembro), eu diria que mercado está indo muito bem. O setor continua aquecido tanto para os prestadores de serviço quanto para os fornecedores e os clientes finais. A explicação para esse cenário é relativamente simples: o mundo parou, porém, precisamos continuar a comer. As classes econômicas que antes costumavam comer sempre em restaurantes passaram a comer em casa. Grupos que antes pediam comida passaram a cozinhar mais. Pessoas que comiam na rua agora comem em casa. Todas as mudanças de hábito trazidas pela pandemia alteraram a rotina do consumidor, mas os alimentos sempre saem das prateleiras dos supermercados”, relata o engenheiro, destacando que “a Carel é uma empresa que investe muito em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e está sempre em destaque quando falamos sobre lançamentos”.

Uma das principais inovações da empresa para o segmento é o sistema Heos, em que o controlador gerencia absolutamente tudo no sistema de refrigeração. “O controlador comanda o compressor, a válvula de expansão eletrônica, os ventiladores, o degelo etc. Essa solução apresenta-se como um modelo mais recente com relação aos racks centralizados e suas vantagens são inúmeras: menor consumo de fluido refrigerante, menor despesa com vazamentos de fluido refrigerante, controle de todas as variáveis do sistema de refrigeração – o que possibilita o supermercadista a ter acesso a absolutamente todo o sistema do balcão – e o mais importante, que é a economia de energia”, explica.

Daikin ultrapassa nível de eficiência energética no PBE

A Daikin, empresa de origem japonesa e maior fabricante de ar condicionado no mundo, se antecipa e, a partir de outubro de 2020, oferece ao mercado de HVAC-R toda linha de produtos residenciais com a nova etiqueta de classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para aparelhos de ar condicionado.

Os novos critérios publicados pelo Inmetro em julho último, por meio da Portaria nº 234, evidenciam a economia dos equipamentos com compressor de velocidade variável (Inverter), que passa a ser feita pelo método de carga parcial e métrica sazonal, obtendo um Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS), indicador mais fidedigno e fundamental para que os consumidores possam diferenciar os produtos que atualmente são comercializados.

Tomoji Miki, presidente da Daikin, entende que a atualização dos critérios de classificação anunciada pelo Inmetro fará com que o Brasil finalmente fique alinhado à tendência global.

“Essa mudança será bem-vinda para os consumidores finais na aquisição de equipamentos de fabricantes com a mais alta tecnologia, como a Daikin, obtendo mais informações para a tomada de decisão. Na classificação anterior, segundo a tabela que constava no site antes da mudança na classificação, mais de 90% dos equipamentos inverter no mercado eram classificados como Classe ‘A’, sendo que na realidade, a eficiência energética desses produtos é totalmente diferente. A superioridade da tecnologia inverter depende das condições de temperatura externa e do tempo de operação do equipamento, avaliados nesta atualização. Especialmente durante a pandemia da COVID-19, a tendência é o aumento do tempo que ficamos em casa, o que torna os benefícios do inverter ainda maiores”, informa Miki.

A atualização tem como foco o aumento dos níveis de eficiência energética para que o aparelho possa receber a ENCE (Etiqueta Nacional de Consumo de Energia) e o Selo Procel de Economia de Energia. Entre as mudanças, a nova Classe ‘A’ deverá apresentar eficiência de 5,5 W/W, contra os 3,24 aceitos anteriormente.

Os produtos da Daikin com tecnologia inverter se enquadram em diferentes níveis de eficiência, a depender da linha, mas todos com Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal (IDRS) superiores a 6,0. As linhas Split Hi Wall Advance (Só Frio e Quente/Frio) possuem IDRS de 6,20; e a linha Split Hi Wall Exclusive com IDRS na faixa de 6,70.

Já o Split Hi Wall 32.000 BTU/h, o primeiro do Brasil a utilizar o fluido refrigerante R32, apresenta IDRS de 7,50. Seria um produto Classe ‘A’, mesmo quando os critérios ficarem mais rígidos, o que deve acontecer a partir de 2026.

Para Leandro Lourenço, gerente de engenharia de produto da Daikin, a mudança na avaliação do nível de eficiência, considerando a carga parcial e não somente a plena carga, se aproxima muito mais da situação real de uso de um condicionador de ar, uma vez que a carga térmica do ambiente climatizado e a temperatura externa variam bastante, não somente ao longo do ano, mas também de um mesmo dia.

“Isso demonstra o real benefício em economia de energia proporcionado por produtos que empregam tecnologias mais modernas, como é o caso de equipamentos do tipo Inverter. O consumidor é quem mais se beneficiará com a nova classificação, sabendo de forma mais clara, porque um produto com preço mais elevado pode ser atrativo, proporcionando maior economia de energia durante sua operação. Isso embasará a sua decisão de compra. Se ele busca o menor custo e não se importa com o consumo de energia, poderá optar por produtos mais baratos e de classificação mais baixa, enquanto que, se deseja investir em produtos de maior tecnologia, poderá mensurar os benefícios desta decisão em termos de economia. O mais importante é que a informação necessária para a tomada de decisão estará clara”, enfatiza.

Acompanhando as mudanças, a Daikin está desenvolvendo ações para informar os distribuidores e consumidores sobre os produtos que se encontram no mercado e atendem aos novos critérios. Inclusive, a partir de outubro de 2020, toda a produção utilizará a etiquetagem com a nova classificação.

“Como os produtos que a Daikin fabrica e comercializa no Brasil foram concebidos para entregar desempenho e eficiência elevados nas condições reais de uso, eles já estão prontos para a nova etiquetagem. Nada precisa ser alterado”, informa Lourenço.

Critérios avaliados e impactos no mercado de HVAC-R

Para que fosse possível a avaliação com a nova abordagem, as seguintes mudanças foram implantadas pelo Inmetro:

– Utilização de mais de um ponto de teste, em diferentes condições de funcionamento;

– Avaliação da quantidade de horas de funcionamento e condições climáticas mais próximas das condições reais de uso;

–  Utilização do IDRS (Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal) como critério de classificação, ao invés do CEE (Coeficiente de Eficiência Energética) até então utilizado, também conhecido como EER ou COP.

“Para o mercado de HVAC-R, especificamente os residenciais e comerciais leves (com capacidade até 60.000 BTU/h), o impacto da nova classificação será principalmente sobre a redistribuição dos produtos na gama de classificações possíveis. Enquanto que, ainda sob a regra antiga, quase todos os aparelhos de ar condicionado no mercado se apresentam como Classe ‘A’, mesmo os do tipo velocidade fixa. Sob a nova regra isso deve mudar. Produtos de velocidade fixa tenderão a ser classificados como Classe ‘E’ ou ‘F’, e produtos do tipo inverter de tecnologia inferior, deverão ser classificados como ‘D’, ‘C’ ou ‘B’. A Daikin, como foi a primeira empresa a apresentar ao mercado uma linha completa de produtos já aprovados com elevados índices de eficiência no novo critério do Inmetro, poderá se benefici ar com e sta mudança”, diz o gerente de engenharia de produtos.

Ele acrescenta que o potencial de economia proporcionado pela tecnologia inverter pode variar bastante. “Isso depende não somente de quão elaborada é a tecnologia inverter empregada, mas também da região, do período de utilização, época do ano, dentre outros fatores, podendo chegar até 70% de economia, como comprovamos em testes de campo feitos na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, PUC-RJ e Mauá, em relação a um produto de velocidade fixa utilizado nas mesmas condições. Isto ocorre porque o produto modula sua capacidade à necessidade do ambiente, podendo manter o compressor em funcionamento em rotações bastante baixas, evitando o tradicional liga/desliga”.

As novas classificações dos produtos Daikin estão disponíveis no site do Inmetro: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/condicionadores-de-ar-indices-novos-idrs.pdf.

Além da atualização dos critérios, a Portaria também traz um cronograma de adequação para as novas regras. Dividido em fases, estabelece o período que será proibida a fabricação, importação e comercialização dos produtos fora das novas especificações determinadas pelo Inmetro, assim, os fabricantes terão até dezembro de 2022 para se ajustarem aos novos critérios, mas já será possível utilizar a nova etiqueta a partir da publicação da Portaria.