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Comissão Europeia aprova, com restrições, compra da Embraco pela Nidec

A compra da Embraco pela Nidec por US$ 1,08 bilhão foi aprovada pela Comissão Europeia (CE) na sexta-feira (12). Contudo, a indústria japonesa deverá se desfazer de seus negócios na área de compressores de refrigeração doméstica e comercial leve.

Preocupada com a possibilidade de a aquisição anunciada em 24 de abril de 2018 reduzir a concorrência no segmento, a CE abriu, em novembro passado, uma investigação profunda sobre a transação, que já obteve o aval de autoridades antitruste nos EUA, Brasil e China.

A Nidec decidiu abordar as preocupações dos reguladores europeus propondo um conjunto de compromissos, incluindo a venda de fábricas na Áustria, Eslováquia e China, o que remove toda a sobreposição comercial entre a Nidec e a Embraco nos mercados onde foram identificados problemas de ordem concorrencial.

As três plantas em questão foram adquiridas junto com o negócio de compressores da Secop, fabricante austríaco comprado pela multinacional asiática em 2017.

A Nidec também se comprometeu a disponibilizar ao comprador financiamento significativo para futuros investimentos nas instalações da Áustria e da Eslováquia.

O montante disponibilizado é igual ao dispêndio de capital que a Nidec teria destinado às duas fábricas sem a transação envolvendo a Embraco.

A CE considera que isso garantirá a viabilidade e a competitividade das fábricas austríacas e eslovacas no futuro.

Enfim, o órgão executivo da União Europeia concluiu que a operação proposta, alterada pelos compromissos, deixa de suscitar preocupações em matéria de concorrência no bloco econômico e em todo o mundo.

Segundo um comunicado distribuído à imprensa, a decisão da CE está condicionada ao cumprimento integral das obrigações assumidas pela Nidec.

“As condições sob as quais aprovamos a compra da Embraco pela Nidec garantem que a concorrência efetiva continuará nesse setor, para que os clientes industriais e consumidores finais não sejam prejudicados com preços mais altos ou menos opções. Também trabalhamos para garantir a viabilidade [econômica] das plantas a serem vendidas pela Nidec”, disse a comissária Margrethe Vestager, responsável pela política antitruste da UE.

“A maioria das pessoas tem pelo menos um compressor de refrigeração em casa, em uma geladeira ou freezer. Eles também são usados em restaurantes ou lojas, em refrigeradores de bebidas ou sorvetes”, justificou.

A decisão da CE segue uma análise detalhada da transação que une os dois dos principais produtores globais de compressores de refrigeração usados em eletrodomésticos e aparelhos comerciais leves.

Sediada em Joinville (SC), a Embraco tem plantas de compressores no Brasil, Eslováquia, México e China. Atualmente, a companhia é controlada pela norte americana Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul.

Com o aval das autoridades europeias, o negócio com a Nidec deverá ser concluído, provavelmente, até o próximo dia 24 de abril, conforme prevê o acordo de compra de ações (SPA, na sigla em inglês) assinado entre as partes.

Danfoss lança compressores scroll inverter para refrigeração comercial

Danfoss apresenta o novo compressor scroll de velocidade variável VLZ, dedicado para aplicação na refrigeração comercial.

Disponível em três modelos, o VLZ tem range de capacidade de 3 a 7,5HP e motor de 220V e 380V. A novidade da Danfoss é aprovada para os fluidos refrigerantes R404A, R448A e R449A, todos com potencial zero de esgotamento da camada de ozônio (ODP = 0). Com nível de proteção IP 20, o compressor VLZ é equipado com visor de óleo com conexão para controle do nível de óleo e cabo conector elétrico que facilita a instalação.

Os modelos da linha VLZ vêm equipado com conversor de frequência VLT® de 7,5 kw, ou seja, apenas um device para três tipos de compressor. O novo compressor scroll de velocidade variável VLZ tem motor de imã permanente, que permite variar a velocidade de 30-100rps, e é de fácil integração à linha de controladores MCX, da Danfoss.

Como lidar com um compressor ineficiente

Alta pressão de sucção e baixa pressão na linha de líquido podem colocar a qualidade e a segurança do produto em risco.

Ao atender um chamado de manutenção, é comum o refrigerista encontrar um compressor com pressão de sucção acima do normal junto com uma pressão na linha de líquido abaixo da desejável.

Muitas vezes, o equipamento de refrigeração ainda está funcionando, mas a temperatura do produto é muito quente, o que causa deterioração na qualidade e na segurança do produto.

Esse tipo de chamado é difícil de resolver porque o compressor ainda está resfriando, mas não o bastante para atingir sua capacidade máxima. Em casos assim, os produtos de média temperatura irão se desgastar mais rapidamente, ao passo que os de baixa não irão  congelar de maneira tão sólida quanto deveriam.

Há três razões principais para um compressor apresentar pressão de sucção acima do normal e pressão na linha de líquido abaixo da ideal. São elas:

  • Válvulas do compressor ruins (com vazamento)
  • Anéis do compressor desgastados
  • Separador de óleo com vazamento

Válvulas com vazamento

As válvulas do compressor podem se tornar ineficientes ao serem superaquecidas e distorcidas, ou por causa de depósitos de carbono e/ou borra, o que as impede de serem vedadas corretamente. Isso pode ser causado por:refrigerista arrumando compressor de uma geladeira

  • Problemas de migração do refrigerante
  • Problemas de transbordamento do refrigerante
  • Ácidos e/ou borra no sistema
  • Uma válvula de expansão termostática mal instalada, o que resulta em ausência de superaquecimento ou superaquecimento muito elevado
  • Uma carga de refrigerante abaixo do recomendado (alto superaquecimento)
  • Superaquecimento do compressor
  • Escoamentos do tipo slug (golfada) do refrigerante e/ou do óleo
  • Umidade e calor causando acúmulo de borra

Imagine uma situação de manutenção em que as válvulas de um compressor do sistema de refrigeração não estão fechando de modo apropriado. O técnico mede as temperaturas e pressões do sistema e então calcula o split (diferença entre a temperatura ambiente e a do condensador) e o sub-resfriamento do condensador, além dos valores de superaquecimento do compressor e do evaporador. Ambos os valores medidos e calculados seguem abaixo:

Valores medidos

  • Temperatura de descarga do compressor: 280 ºF (138 ºC)
  • Temperatura de saída do condensador: 75 °F (24 ºC)
  • Temperatura de saída do evaporador: 25 °F (-4 ºC)
  • Temperatura de entrada do compressor: 55 °F (13 ºC)
  • Temperatura do espaço refrigerado: 25 ºF (-4 ºC)
  • Amperagem do compressor: baixa
  • Pressão de baixa: 11.6 psig/10 °F
  • Pressão de alta: 95.0 psig/85 °F
  • Temperatura ambiente: 80 ºF (26,5 ºC)

Valores calculados

  • Temperatura split do condensador: 5 ºF (-15 ºC)
  • Sub-resfriamento do condensador: 10 ºF (-12 ºC)
  • Superaquecimento do evaporador: 15 ºF (-9,5 ºC)
  • Superaquecimento no compressor (total): 45 ºF (7 ºC)

Sintomas

  • Temperaturas de descarga acima do normal
  • Baixas temperaturas e pressões de condensação (cabeçote)
  • Sub-resfriamento normal ou elevado
  • Superaquecimentos normais ou elevados
  • Pressões do evaporador elevadas (sucção)
  • Baixa amperagem

Ao analisarmos o sistema no exemplo dado, é importante entender como as temperaturas de descarga superiores ao normal afetam os lubrificantes. A temperatura de descarga é medida a 2 polegadas (5 cm) de distância do compressor. Isso significaria que a temperatura real da válvula de descarga seria de aproximadamente 162 °C (138 °C + 24 °C), visto que a adição de 24 ºC à leitura da temperatura da linha de descarga proporcionará ao técnico uma temperatura aproximada da válvula de descarga.

Os lubrificantes de óleo mineral começam a se decompor a 350 ºF (176 °C) e lubrificantes de poliol éster (POE), a 400 °F (204 ºC). Qualquer aumento de temperatura acima destes pontos provoca uma polimerização de óleo. É na polimerização que as moléculas do lubrificante começam a se combinar em moléculas maiores. O produto final é o óleo grosso e escuro; depois, a borra; e, finalmente, um pó sólido.

Esse processo é conhecido como degradação do lubrificante. A borra de óleo e outros subprodutos de sua decomposição também podem se prender a superfícies internas, inclusive válvulas de sucção e descarga, além de placas de válvulas.

Uma válvula de descarga que não esteja posicionada adequadamente porque foi danificada ou acumulou borra fará com que a pressão na linha de líquido seja baixa. A razão é que o vapor de refrigerante será forçado a sair do cilindro para dentro da linha de descarga durante o movimento ascendente do compressor. No movimento descendente, este mesmo refrigerante que está comprimido na linha de descarga será sugado de volta para o cilindro porque a válvula de descarga não está encaixada corretamente.

Este ciclo curto de refrigerante causará o aquecimento dos gases de descarga repetidamente e causará temperaturas de descarga superiores às normais. Porém, se o problema da válvula progrediu para o ponto onde quase não há fluxo de refrigerante através do sistema, haverá uma temperatura de descarga mais baixa a partir da taxa de fluxo extremamente reduzida.

Pressões de condensação baixas (cabeçote)

Uma vez que as válvulas do compressor começam a vazar e alguns gases de descarga estão sendo encaminhados para dentro e para fora do cilindro do compressor, haverá um baixo fluxo de refrigerante através do condensador. Isso vai resultar em uma redução na carga de rejeição de calor no condensador e nas pressões e temperaturas de condensação (cabeçote).

Sub-resfriamento de condensador normal ou alto

Haverá um fluxo de refrigerante reduzido através do condensador e, portanto, através de todo o sistema, devido ao fato de componentes do sistema estarem em série. A maior parte do refrigerante estará no condensador e no receptor. Isso pode dar ao condensador um sub-resfriamento um pouco maior.

Superaquecimento entre o nível normal ou elevado

Devido ao fluxo reduzido de refrigerante através do sistema, a válvula de expansão termostática (TXV) pode não receber a taxa de fluxo de refrigerante que necessita. O resultado pode ser superaquecimentos elevados; no entanto, os superaquecimentos podem ser normais se o problema da válvula não for severo.

Pressão de evaporação elevada (sucção)

O vapor de refrigerante será retirado da linha de sucção para dentro do cilindro do compressor durante o movimento descendente do compressor. No entanto, durante o movimento ascendente, este mesmo refrigerante pode voltar a entrar na linha de sucção porque a válvula de sucção não está corretamente instalada devido à borra de óleo ou outros subprodutos da degradação de óleo que aderem à sua superfície. Os resultados são altas pressões de sucção. As válvulas de sucção ou de descarga também podem ficar entortadas por causa de um problema de superaquecimento do compressor.

Baixa carga de amperagem

É causada pelo fluxo reduzido de refrigerante através do compressor. Durante o ciclo de compressão, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de sucção e voltar para a linha de sucção, o que reduz o fluxo de fluído refrigerante. Durante o ciclo de sucção, parte do refrigerante irá escorrer através da válvula de descarga por não estar encaixado adequadamente e voltará ao cilindro do compressor. Em ambas as situações, há uma taxa de fluxo de refrigerante reduzida, o que diminui a carga de amperagem.

Anéis do compressor desgastados

Quando os anéis do compressor estão gastos, os gases de descarga do lado superior irão passar por eles durante o ciclo de compressão e darão ao sistema uma pressão mais baixa na linha de líquido. Como os gases de descarga vazaram através dos anéis e entraram no cárter, a pressão de sucção também será maior do que o normal. O sintoma resultante será uma pressão na linha de líquido mais baixa com uma maior pressão de sucção. Os sintomas apresentados em anéis gastos são muito semelhantes às válvulas com vazamento.

Separador de óleo com vazamento

Quando o nível de óleo no separador é alto o suficiente para levantar a boia, uma agulha de retorno de óleo é aberta, e o óleo retorna ao cárter do compressor através de uma pequena linha de retorno.

A diferença de pressão entre as partes alta e baixa do sistema de refrigeração é a força motriz para fazer o óleo viajar do separador de óleo para o cárter do compressor. O separador de óleo está no lado alto do sistema e o cárter do compressor no lado baixo. A válvula de agulha de retorno de óleo operada por boia está localizada em uma altura elevada o suficiente no reservatório de óleo para permitir que o óleo limpo retorne automaticamente ao cárter do compressor. É necessária apenas uma pequena quantidade de óleo para acionar o mecanismo flutuante, o que garante que apenas uma pequena quantidade de óleo esteja sempre ausente do cárter do compressor em qualquer momento.

Quando o nível de óleo no cárter do separador de óleo cai para um certo nível, a boia força a válvula da agulha a fechar. Quando o mecanismo flutuador de um separador de óleo fica ruim, pode acabar desviando o gás de descarga quente diretamente no cárter do compressor. A válvula de agulha também pode ficar presa parcialmente por causa de sujeira no óleo. Isso causará entrada direta de alta pressão no cárter do compressor.

Fabricantes buscam a máxima eficiência

O compressor é a parte mais básica e crucial de um sistema de refrigeração. Sua principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura na fase gasosa. É por isso que a performance de um sistema de refrigeração depende do desempenho do compressor.

Estes equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração comercial e em sistemas frigoríficos utilizados na indústria de transporte.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico, na indústria química, entre outros setores.

Com a evolução da tecnologia, os refrigeradores domésticos estão ficando mais baratos. Este é um dos motivos que levarão o mercado global de compressores a registrar uma taxa de crescimento anual composta de 5% entre 2017 e 2021.

Com o aumento do consumo de alimentos processados e congelados em todo o mundo, espera-se que a indústria de compressores cresça a um ritmo acelerado.

Nos últimos anos, o varejo global vem crescendo rapidamente. Muitos grandes players do setor varejista estão se expandindo em vários países, especialmente nas economias emergentes.

Enfim, o que se vê é um aumento do número de supermercados e hipermercados que requerem grandes sistemas de refrigeração. Esta tendência também é responsável pelo crescimento do mercado global de compressores.

Com a demanda por alimentos congelados, embalados etc. aumentando rapidamente, o mercado de compressores aplicados em sistemas de transporte está experimentando um rápido crescimento.

A indústria farmacêutica também precisa de sistemas de refrigeração altamente avançados para o processo de resfriamento de certas matérias-primas, produtos acabados e semiacabados. Isso, obviamente, alavanca o setor.

Atualmente, um grande número de fabricantes de compressores se concentra em pesquisar e desenvolver novas tecnologias com níveis cada vez mais aprimorados de eficiência.

“Todas as redes de supermercados, das grandes às pequenas, têm dado uma atenção especial ao consumo de energia elétrica”, lembra Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e inovação da Embraco.

Sediada em Joinville, a indústria de compressores investe de 3% a 4% de sua receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, independentemente do cenário econômico.

Além de ser pioneira na utilização de fluidos refrigerantes naturais, a empresa detém 1,7 mil patentes. Por isso, ela está entre as empresas privadas com maior número de patentes depositadas vigentes no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Gustavo Asquino, a busca e a necessidade por equipamentos mais eficientes tornam os compressores com tecnologia inverter e válvula intermediária de descarga (IDV) uma tendência.

“Quando falamos de equipamentos inverter, o mercado de ar condicionado está um passo à frente. Agora é o mercado de refrigeração que vem avançando fortemente neste caminho à procura de soluções de eficiência energética para as lojas”, analisa.

“Ainda que timidamente, as legislações internacionais com relação à eficiência energética e ao aquecimento global vêm influenciando o Brasil. Por isso, cada vez mais teremos equipamentos aprovados para novos fluidos refrigerantes”, acrescenta.

Quem também investe fortemente em novas tecnologias é a Elgin. “O objetivo é atender as necessidades do mercado, visando o melhor desempenho com a qualidade e melhor eficiência enérgica”, enfatiza o supervisor de engenharia de aplicação da empresa, Alexandre Rosa da Costa.

Gestão inteligente aumenta performance dos racks de compressores

Compressores interligados em paralelo chegam a economizar 50% de energia elétrica em relação aos sistemas de refrigeração tradicionais. Contudo, a decisão sobre utilizar num supermercado um rack instalado numa casa de máquinas ou equipamentos frigoríficos autônomos depende do tamanho e do conceito da loja.

“Para estabelecimentos menores ou supermercados de bairro, a opção por sistemas self-contained acaba sendo a melhor escolha, em função de fatores como menor capacidade de refrigeração requerida, facilidade de instalação, custo e espaço disponível no prédio”, diz o gerente de novos negócios da Embraco, Fernando Fischer.

“Em contrapartida, para grandes supermercados, onde a necessidade de carga térmica é muito maior, a opção pelo rack continua sendo a melhor, pois consegue suprir diversos equipamentos e expositores em corredores refrigerados de forma centralizada”, ressalta. coop-supermercado

Uma das grandes vantagens dos racks de compressores é a possibilidade de operar o sistema de refrigeração conforme a demanda. Afinal de contas, há situações em que apenas 70% da carga instalada é utilizada no mesmo instante, uma vez que sempre há evaporadores em degelo ou câmaras frias sem necessidade de trocar calor, por já terem atingindo sua temperatura programada.

Segundo profissionais da área de engenharia térmica, um projeto do gênero sempre tem de considerar aspectos como eficiência energética, robustez dos compressores e facilidade de operação e manutenção.

Os cálculos de carga térmica também devem ser precisos e levar em conta as flutuações que ocorrem no período de operação da loja, que, no caso de sistemas de supermercados, têm uma variação muito grande.

“Isso obriga o projetista a criar uma central com várias etapas de capacidade, para que o sistema tenha sempre um equilíbrio entre capacidade de refrigeração e carga de calor absorvida nas câmaras e salão de vendas”, explica o consultor técnico sênior da Danfoss, Marcos Bernardi, lembrando que gerenciamento eletrônico é essencial para garantir a performance do conjunto.

Atualmente, são utilizados conversores de frequência nos compressores e nos ventiladores dos condensadores – ou ventiladores EC, com eletrônica embutida para variação de velocidade –, para que o equilíbrio entre capacidade de refrigeração do sistema e demanda térmica seja ainda mais eficiente.

“Essas tecnologias integradas – gerenciamento eletrônico e variação de rotação em motores – diminuem o número de partidas de equipamentos, o que gera conservação dos componentes e economia de energia”, informa.

A performance dos compressores e condensadores também depende de trocadores de calor bem dimensionados e modernos, que podem diminuir a diferença de temperatura entre a evaporação/condensação do fluido refrigerante e o meio. Isso possibilita que os compressores trabalhem com pressões de sucção mais altas, aumentando sua eficiência.

“Os sistemas de gerenciamento de óleo com reguladores de nível eletrônicos agora equipam a maioria dos racks, melhorando muito a qualidade e vida útil dos equipamentos. Quanto aos expositores frigoríficos, a indústria vem oferecendo, nos últimos anos, novos modelos que possuem portas ou fechamento na parte superior, o que contribui para a diminuição da carga térmica e, consequentemente, do porte dos equipamentos nas casas de máquinas”, enfatiza.

Fluidos refrigerantes

Em matéria de fluidos frigoríficos, o mercado de refrigeração comercial está passando por um momento de profundas transformações. Substâncias capazes de afetar a camada de ozônio e contribuir com o aquecimento global estão sendo substituídas, em função de exigências legais e preocupações de ordem ambiental.

A seleção dos refrigerantes a serem utilizados em racks de compressores, portanto, sempre deve considerar o custo de provável reposição ou complemento da carga em

Supermercados apostam em fluidos refrigerantes mais ecológicos

serviços de manutenção, além da sua disponibilidade para obtenção no mercado.

Sistemas com o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22 já não são mais fabricados, embora esse gás, utilizado tanto nos circuitos de média temperatura quanto nos de baixa, ainda seja predominante no mercado brasileiro, pelo preço ainda viável e boa disponibilidade no comércio.

Hoje, a maioria dos novos sistemas utilizam os hidrofluorcarbonos (HFCs) R-134a e R-404A, mas esses fluidos estão sendo cada vez mais substituídos por outras substâncias, como o propano (R-290), o dióxido de carbono (R-744) e as hidrofluorolefinas (HFOs).

O R-134a tem sido utilizado para resfriamento de sistemas de fluido secundário com propileno glicol, que é bombeado para os trocadores de calor de média temperatura da planta. “Ele tem a vantagem de ser um fluido puro, e pode ser usado em aplicações de médias e altas temperaturas ou para resfriamento do CO2 em sistemas do tipo cascata (subcríticos)”, diz Bernardi.

Por ser um HFC eficiente em baixas temperaturas e não gerar calor demasiado na descarga dos compressores, o R-404A é muito utilizado na refrigeração comercial. Sistemas com CO2 também estão ficando mais comuns, mas, por enquanto, a maior parte é do tipo subcrítico.

Contudo, já existem no Brasil estabelecimentos utilizando CO2 em ciclo transcrítico. “Em 2016, foram inauguradas duas lojas assim com nossos componentes. Em 2017, serão construídas pelo menos mais três lojas desse tipo, e a Danfoss também vai fornecer todo o sistema de gerenciamento eletrônico”, destaca.

Segundo o gerente comercial da Mayekawa, Silvio José Guglielmoni, existe uma tendência mundial quanto ao uso de refrigerantes naturais, como a amônia (R-717), que está sendo empregada como fluido frigorífico primário em baixa quantidade, ficando restrita à casa de máquinas.

“Como fluido refrigerante secundário, a tendência é utilizar soluções eutéticas para as linhas de congelados e resfriados”, informa o gestor, ao ressaltar que a indústria japonesa está entregando um rack para uma loja do supermercado Guanabara, em Duque de Caxias (RJ), com um projeto desse tipo.

“Esse sistema é composto por um compressor robusto parafuso aberto para toda a carga das linhas de resfriados, um compressor para toda a linha de congelados e um compressor reserva. O sistema ainda conta com resfriadores das soluções eutéticas junto com as bombas para as linhas”, revela.

Outra indústria que espera crescer significativamente no segmento de racks para refrigerantes naturais, principalmente CO2, é a Embraco. Desde 2015, a companhia está atuando no ramo de compressores semi-herméticos para refrigeração comercial em parceria com a italiana Officine Mario Dorin, um dos principais players do segmento da Europa.

Desde então, o fabricante conquistou diversos clientes no mercado de refrigeração comercial de grande porte, e já está presente em algumas das maiores redes de supermercado do País. “A expectativa das duas empresas é de que a participação dos compressores Dorin aumente significativamente no mercado de racks para refrigeração no Brasil”, salienta Fernando Fischer, da Embraco.

Outra tendência forte no segmento de racks são as HFOs. “Esses fluidos são ideais para quem precisa instalar novos equipamentos ou deseja realizar retrofit, uma vez que contribuem para melhorar a eficiência energética do sistema de refrigeração”, diz o presidente da Chemours no Brasil, Maurício Xavier, referindo-se aos blends da linha Opteon fabricados pela companhia.

Diversos supermercados europeus e norte-americanos já realizaram a substituição dos fluidos R-507, R-404A e R-22 pelo Opteon XP40 (R-449A), como a Ball Food Stores, rede que opera em torno de 30 lojas no entorno de Kansas City, no Missouri.

Segundo o instalador Derek Hileman, o retrofit “não poderia ter sido mais simples”. “A conversão real do sistema levou apenas algumas horas e os racks funcionaram bem desde o início desse processo. Além disso, a temperatura de descarga do compressor com R-449A é muito menor que a do R-22”, diz.

De acordo com Xavier, também há casos de sucesso semelhantes no Brasil. “Na mudança dos HFCs para as HFOs, a redução do consumo energético foi da ordem 3% a 12%, com necessidade mínima de ajustes no sistema”, afirma.

Refrigeração 4.0

Para uma operação confiável dos racks por muitos anos, é importante que sempre haja óleo em quantidade suficiente – não em excesso – nos compressores. A falta de lubrificante acelera o desgaste mecânico e causa sobreaquecimento. Óleo demais pode levar à compressão de líquido, o que também pode danificar o equipamento gravemente.

A gestão adequada do lubrificante está cada vez mais desafiadora, em função da crescente utilização de inversores de frequência, o que causa oscilações consideravelmente mais fortes nas taxas de arrastamento de óleo, e pela utilização cada vez maior de sistemas com CO2, cujas faixas de pressão, tanto na pressão absoluta quanto na pressão diferencial, são substancialmente mais largas.

A formação de espuma também se alterou por causa dos novos agentes de refrigeração e das novas faixas de pressão. Por isso, torna-se importante poder adaptar e ajustar o regulador de nível de óleo com mais precisão para cada aplicação.

“Além desses desafios mais recentes, também há temas bastante conhecidos na gestão de óleo que carecem de aprimoramento”, diz o vice-presidente de negócios internacionais da Kriwan, Michael Neidhöfer, mencionando que a contaminação do lubrificante é uma causa de muitos problemas.

Seguindo a onda da Internet das Coisas, a indústria alemã desenvolveu um regulador inteligente do nível de óleo, o INT280 Diagnose, que começou a ser introduzido no Brasil recentemente.

Além da função básica de medir o nível de óleo e completá-lo, a inovação se destaca, principalmente, pelo fato de detectar os dados que usa na sua própria operação e compartilhá-los.

O valor de medição mais importante, naturalmente, é o nível de óleo no compressor. “Todo mundo sabe que nessa área existem diferentes sensores, sondas óticas e interruptores boia em especial. A célula de medição ótica da Kriwan oferece uma vantagem essencial na era da Indústria 4.0: ela possui um diodo transmissor ativo e um diodo receptor passivo. Um raio de luz infravermelha é emitido pelo diodo transmissor através de um prisma de vidro e, de acordo com o nível de óleo, é transmitido com maior ou menor força ao diodo receptor”, explica.

“Na nova geração do produto, usamos a vantagem de o diodo transmissor ser um componente ativo, ou seja, ele pode ser modulado na sua atuação e, assim, medir dados adicionais”, acrescenta.

Um possível acúmulo de sujeira no circuito de refrigeração que se deposita no prisma de vidro pode ser detectado mediante essa alteração da potência de transmissão. Pela primeira vez, é possível ler uma informação sobre as interferências do óleo no sensor em smartphone ou no regulador do circuito de refrigeração.

O INT280 também se automonitora. “Cada sistema técnico e qualquer sensor podem sofrer danos, contaminação e envelhecimento. Só agora, com esse automonitoramento ativo, torna-se possível detectar tais estados de forma precoce”, ressalta.

Mas as vantagens da tecnologia vão além. Pela interface de dados ligada ao regulador de refrigeração/climatização, é possível transferir ainda outras informações, como a taxa de arrastamento de óleo. Isso se torna mais fácil se não for necessário calcular o valor exato em m³/h, mas apenas a proporção dos compressores entre si em um rack. “Por exemplo, o compressor 1 arrasta o dobro de óleo que o compressor 2”.

Nesse caso, a densidade do óleo é um parâmetro em comum e com uma boa tubulação simétrica também é possível pressupor que a pressão diferencial seja aproximadamente igual em todos os reguladores de nível de óleo.

Nessa avaliação da taxa de arrastamento de óleo, apenas é necessário comparar os tempos de abertura diferentes das válvulas nos reguladores individuais, e esses tempos são transmitidos pelo INT280 Diagnose aos reguladores, pela interface de dados.

Enfim, o componente estabelece novos padrões em relação à segurança na gestão de óleo. “A aplicação concreta dos conceitos da Indústria 4.0 em compressores torna possível operá-los com muito mais segurança”, arremata o executivo.

Indústria aposta em compressores para gases de baixo GWP

A indústria global de compressores segue atualizando suas linhas de equipamentos, a fim de permitir o uso mais irrestrito de fluidos frigoríficos alternativos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) no mercado de refrigeração e ar condicionado.

Para amenizar os efeitos das mudanças climáticas, cerca de 200 países concordaram, em outubro do ano passado, com uma proposta de emenda ao Protocolo de Montreal visando diminuir gradualmente, até a metade deste século, o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs) em sistemas do gênero.

Há tempos, diversos fabricantes têm anunciado a ampliação da oferta de compressores homologados para operar com hidrofluorolefinas (HFOs), hidrocarbonetos (HCs) e dióxido de carbono (CO2), entre outros gases.

“Mas o caminho adiante vai envolver escolhas conflitantes”, analisa Mark McLinden, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST).

“As diretrizes de segurança podem ser revisadas para permitir o uso de refrigerantes levemente inflamáveis. Misturas de dois ou mais fluidos podem gerar um refrigerante não inflamável, mas com alto GWP. O CO2 não é inflamável, mas demanda uma completa remodelação dos equipamentos”, exemplifica.

Indústria desenvolve equipamentos para refrigerantes à base de HCs

Para os grandes players do setor, essa é uma grande oportunidade. “Novos regulamentos exigem um forte investimento para resolver problemas complexos”,  sustenta Carlos Obella, vice-presidente de serviços de engenharia e gestão de produtos comerciais e residenciais da Emerson na América Latina.

Enquanto essa indústria está no meio de uma transição para refrigerantes mais sustentáveis, a verdade é que não existe uma única solução que atenda a todas as aplicações com o mínimo efeito sobre o meio ambiente.

“A melhor avaliação do refrigerante requer uma abordagem holística, envolvendo segurança, impacto ambiental, desempenho do sistema e economia”, diz.

Atualmente, a Emerson possui uma linha completa de compressores com diversas tecnologias, como scroll, pistão e de parafuso, utilizando refrigerantes sintéticos de baixo GWP, como misturas de R-32 e HFO, além de fluidos naturais, como amônia, CO2 e HCs.

Novos rumos

Segundo os fabricantes, o Brasil tem liderado a aplicação de refrigerantes naturais, como o CO2, na América Latina, particularmente nos supermercados. Mais recentemente, o propano (R-290) chegou com força ao mercado de refrigeração comercial leve e, há muitos anos, o isobutano (R-600a) está presente no segmento de refrigeração doméstica.

Dióxido de carbono é uma das tendências no setor

“Em 2016, 50% dos nossos lançamentos foram feitos com oferta de fluidos refrigerantes de baixo GWP”, informa o engenheiro mecânico Homero Cremm Busnello, diretor de marketing da Tecumseh na América Latina.

O R-290 continua sendo a opção preferida da companhia para equipamentos de refrigeração comercial autônomos com capacidade inferior a ½ cavalo de potência (hp).

No entanto, a empresa ressalta que, em função de sua alta inflamabilidade, as limitações de carga e os requisitos de segurança devem ser sempre levados em consideração. Aplicações típicas para o R-290 incluem refrigeradores de bebidas, máquinas de venda automática e freezers comerciais.

“A indústria tem se adaptado aos novos fluidos nos últimos anos e, agora, chegou a vez do mercado de reposição prestar seu tradicional suporte à substituição correta e segura de componentes por outros originais”, salienta.

Para o engenheiro Wilson José de Carvalho, gerente de engenharia de produto de refrigeração da Elgin, os novos desenvolvimentos demandam mão de obra mais qualificada.

“O uso do R-134a e do R-404A já está se difundido no mercado, mas, quanto aos fluidos naturais, tanto os usuários quanto os técnicos de refrigeração terão de se preparar melhor, por causa da periculosidade e de outras características dessas substâncias”, ressalta.

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“Empresas precisam investir em treinamentos dos operadores de novos equipamentos”, diz Silvio Guglielmoni, da Mayekawa

“As empresas precisam investir em treinamentos para os operadores desses novos equipamentos”, concorda o engenheiro Silvio Guglielmoni, gerente comercial da Mayekawa no Brasil.

Segundo o gestor, a indústria japonesa tem desenvolvido soluções de engenharia utilizando refrigerantes naturais para uma extensa faixa de temperaturas em sistemas de aquecimento e resfriamento.

“Chamamos essas soluções de Natural Five, pois englobam cinco refrigerantes desse tipo: amônia (NH3), CO2, água (H2O), HC e ar”, diz.

Tais substâncias são usadas em instalações de aquecimento, secagem, fornecimento de água quente, ar condicionado, resfriamento, refrigeração e congelamento em um range de temperaturas variando de 200 ºC a -100 ºC.

“A aplicação desses fluidos naturais e as soluções de engenharia em eficiência energética visam apoiar o desenvolvimento sustentável, não afetando a camada de ozônio e diminuindo drasticamente o aquecimento global”, reforça.

Nos últimos meses, a Danfoss tem trabalhado forte no desenvolvimento de equipamentos para gases de baixo GWP, incluindo unidades condensadoras. Uma das prioridades da empresa é validar o portfólio atual de compressores para os novos fluidos alternativos.

“Quando falamos de soluções ambientalmente amigáveis, o mercado brasileiro tem sido influenciado externamente, mas o que mais pesa na hora da escolha dessas tecnologias ainda é o custo da energia”, lembra o gerente de contas de compressores comerciais da companhia, Gustavo Asquino.

Mayekawa também aposta nos chamados fluidos naturais

Em busca do substituto ideal para os HFCs

Pesquisadores do Instituto Nacional de Padrões Tecnológicos dos EUA (NIST) finalizaram, em fevereiro, um estudo de vários anos para identificar os “melhores” candidatos entre os fluidos refrigerantes que, no futuro, terão o menor impacto sobre o clima.

Infelizmente, todos os 27 gases que o NIST identificou como os melhores a partir de uma análise de desempenho são, no mínimo, levemente inflamáveis, o que não é permitido pelas diretrizes de segurança dos EUA e de outros países para a maioria das aplicações. E diversas substâncias da lista são altamente inflamáveis, como o R-290.

Em outras palavras, o estudo não encontrou nenhum refrigerante ideal que combinasse baixo GWP  – uma medida da quantidade de calor que um gás retém quando liberado na atmosfera – com outras características desejáveis de performance e segurança, como não ser inflamável e nem tóxico.

“A conclusão é de que não há um substituto fácil e perfeito para os refrigerantes atuais”, diz Mark McLinden, engenheiro químico do NIST. “Durante o estudo, pensávamos que encontraríamos algo mais. Acontece que não há muita coisa. Então, o resultado foi um pouco inesperado, um pouco decepcionante.”

Órgãos reguladores norte-americanos já admitiram a dificuldade de escolher novos refrigerantes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) ainda não estipulou limites específicos de GWP, mas tem, em vez disso, conduzido análises de risco comparativo para cada fluido e finalidade. Os critérios incluem efeitos atmosféricos e os impactos correlatos no meio ambiente e na saúde, riscos ao ecossistema, riscos ao consumidor, inflamabilidade, custo e disponibilidade.

Com o intuito de ajudar a indústria e os formuladores de políticas públicas dos EUA a compreenderem os limites e as escolhas intrincadas que envolvem a redução gradual dos HFCs, o NIST realizou, durante quatro anos, uma pesquisa abrangente para achar os melhores fluidos alternativos com baixo GWP e apenas um componente em sua fórmula.

O estudo do NIST focou em possíveis fluidos substitutos para os sistemas de ar condicionado pequenos, que são comuns em residências e pequenas empresas. Uma mescla de HFCs chamada R-410A é agora o refrigerante mais popular em tais sistemas.

Essas unidades são lacradas, o que significa que elas não devem liberar HFCs na atmosfera. Entretanto, os sistemas podem ter vazamentos, e quando eles recebem manutenção ou são descartados, o refrigerante tem o risco de escapar e não pode ser recuperado e reciclado, disse McLinden.

O estudo fez uma triagem em um banco de dados de mais de 60 milhões de substâncias químicas, estimando as propriedades unicamente com base na estrutura molecular. Isso foi feito com a ajuda de um método computacional desenvolvido anteriormente no NIST.

Visto que todos os refrigerantes atuais são pequenas moléculas, a pesquisa do NIST ficou limitada a moléculas com 18 ou menos átomos e a apenas oito elementos que formam compostos voláteis o suficiente para servirem como refrigerantes. Esta seleção inicial resultou em 184 mil moléculas que seriam melhor analisadas depois.

A triagem por propriedades energéticas que correspondem aos fluidos utilizados em pequenos sistemas de ar condicionado e a um GWP menor que 1.000 (entende-se por convenção que representa os efeitos por um período de 100 anos) rendeu 138 fluidos.

Os pesquisadores, então, simularam o desempenho destes 138 compostos em ares-condicionados. Um parceiro dentro da Universidade Católica dos Estados Unidos, em Washington, ajudou a desenvolver o modelo de simulação e a avaliar os resultados. Seleções adicionais para descartar compostos quimicamente instáveis ou muito tóxicos ou aqueles com baixa eficiência energética culminaram na lista final de 27 fluidos com baixo GWP.

Uma das prioridades da Danfoss é validar o portfólio atual de compressores para novos fluidos alternativos

O R-290, por exemplo, tem um GWP de 3, muito menor que o valor do R-410A, de 1.924. Entre os potenciais refrigerantes com os menores índices de GWP, encontra-se a amônia, geralmente utilizada em grandes sistemas de refrigeração industriais. Contudo, ela tóxica e levemente inflamável.

Além disso, há o dimetil éter, um propelente e potencial combustível que é um pouco menos inflamável do que o R-290. O CO2 possui um GWP de 1 e não é inflamável, porém necessitaria de um tipo diferente de ciclo de refrigeração para operar sob pressões muito altas. Outros compostos de baixo GWP são as HFOs, atual foco de pesquisa da indústria química global, mas elas são ligeiramente inflamáveis.

Embora não haja um limite específico de GWP nos EUA, datas de redução em fases foram estipuladas para os HFCs com maior GWP. (Na União Europeia, refrigerantes com GWP abaixo de 750 são permitidos em sistemas de pequeno porte.)

A lista do NIST pode oferecer novas ideias, porque inclui muitos refrigerantes que ainda não estão na lista da EPA de substitutos aceitáveis. “A indústria de refrigeração vem desenvolvendo ativamente novos fluidos levemente inflamáveis, e os resultados do atual estudo sustentam esse caminho”, afirma McLinden.

“Olhando adiante, as conclusões do estudo do NIST indicam a necessidade de reconhecer e lidar com escolhas conflitantes no planejamento para o futuro”, completa.

Mas como as diretrizes de segurança deveriam ser alteradas para garantir que os compostos inflamáveis sejam usados seguramente? “Misturas de diferentes refrigerantes podem oferecer um equilíbrio entre segurança e baixo impacto climático. Por exemplo, um fluido com baixo GWP, mas inflamável, mesclado com um fluido não inflamável, porém de alto GWP, pode resultar num fluido não inflamável com um valor moderado de GWP”, explica McLinden.

Bitzer abre Green Point na Tunísia

A Bitzer abriu sua 47ª unidade da sua franquia Green Point de revisões, reparos e remanufatura de compressores, desta vez na Tunísia.

A equipe técnica da oficina foi treinada no Centro de Competência Green Point da França e oferece serviços de campo, como assistência técnica, reposição de compressores e substituição de óleo, além de consertos de equipamentos.

Em 2006, o parceiro local da Bitzer começou a reparar compressores pela primeira vez no país norte-africano. Desde então, vários milhares de compressores da marca passaram pela oficina. Só em 2016,  a empresa conseguiu reparar mais de 400 equipamentos Bitzer, incluindo 50 compressores de parafuso.

Panasonic muda sede de compressores para Singapura

A Panasonic decidiu transferir para Singapura sua sede de negócios de compressores de refrigeração, criada em 1972 para fabricar equipamentos inverter aplicados em refrigeradores, bebedouros e máquinas de venda automática.

A empresa diz que a decisão de mudar de cidade de Kusatsu, no Japão, para o coração da Ásia permitirá atender mais eficazmente às crescentes demandas dos clientes nos mercados asiáticos, assim como construir uma estrutura de gestão local.

A sede da unidade estará localizada dentro da Panasonic Appliances Refrigeration Devices Singapore (PAPRDSG). O empreendimento também irá reunir outras áreas, como pesquisa e desenvolvimento, vendas e marketing, recursos humanos, contabilidade, planejamento corporativo, gestão empresarial, inovação de fabricação, inovação de qualidade e compras.

As funções de desenvolvimento para a produção em massa, que são principalmente tratadas no Japão, também serão transferidas para Singapura.

A nova sede atenderá todas as fábricas da Ásia, especificamente Singapura, Malásia, China e Japão. Espera-se que a fábrica atual seja totalmente renovada com os processos de fabricação inteligente nos próximos cinco anos. Isto incluirá a introdução de veículos guiados automaticamente, rotas de suprimento otimizadas, estabelecimento de armazenagem centralizada, implementação de big data e automação.