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Nidec investe R$ 100 milhões na unidade de compressores de Joinville

A Nidec Global Appliance implementará uma nova linha de produção com capacidade instalada de fabricação de 2,5 milhões de compressores/ano e geração de até 200 novos empregos em Joinville. Serão investidos 100 milhões de reais.

A expectativa é que a produção inicie no segundo semestre deste ano. Com a nova linha, a produção vai aumentar em 17%; hoje a fábrica de Joinville tem capacidade para aproximadamente 17 milhões de compressores/ano, saltando, então, para 20 milhões de compressores/ano.

Joinville sedia a maior planta de compressores da Nidec Global Appliance, onde nasceu a marca Embraco, que completou 50 anos no dia 10 de março. Sem considerar este novo investimento, desde 2019 o grupo japonês já aplicou R$ 200 milhões nas três unidades em Santa Catarina.

Além do investimento de R$ 100 milhões, agora anunciado, e geração de emprego direto, há ainda o impacto positivo em toda a cadeia industrial: serão mais de 40 parceiros externos trabalhando nesta obra de expansão, sendo 80% deles nacionais.

Novo diretor de vendas na Bitzer Alemanha

ALEMANHA – A Bitzer nomeou o novo diretor de vendas e marketing, após a decisão de Gianni Parlanti de retornar ao seu país de origem como diretor administrativo da Bitzer Itália.

A mudança, a pedido do próprio Parlanti, ocorre após seis anos no cargo e uma carreira de 15 anos na fabricante alemã de compressores.

A partir de 1º de abril, ele será substituído como diretor de vendas e marketing por Martin Büchsel, vice-presidente de vendas e marketing da EagleBurgmann, empresa alemã de tecnologia de vedação industrial. Büchsel também se tornará membro do conselho executivo da Bitzer.

Martin Büchsel ocupou cargos de liderança em várias empresas pertencentes ao Grupo Freudenberg (proprietário da EagleBurgmann) na Alemanha, França e EUA desde 2003. Ele começou a trabalhar para a EagleBurgmann Germany em 2012.

Gianni Parlanti sucede a Andrea Zocche, que se aposentou no final do ano passado.

Nidec Global lança sua nova apresentação corporativa

Há um ano e meio, a Nidec Corporation adquiriu a Embraco, provedora global de tecnologia de refrigeração para toda a cadeia do frio desde 1971. Desde a aquisição, a Embraco foi então integrada à Nidec Global Appliance, divisão do grupo Nidec, dedicada à fabricação e comercialização de produtos para aplicações comerciais e residenciais, que atualmente conta com 14 plantas fabris e mais de 15.000 funcionários distribuídos em 9 países.

Preparada para dar continuidade ao crescimento em escala global, a Nidec Global Appliance, com matriz em Joinville, no Brasil, e em Pordenone, na Itália, compartilha sua apresentação corporativa dividida em três unidades de negócios (UN): Home Appliances, Commercial Appliances e HVAC (Heating, Ventilation and Air Conditioning, ou seja, aquecimento, ventilação e ar-condicionado). A mudança foi implantada ao longo do último ano como passo seguinte à aquisição da Embraco, com o objetivo de ter uma atuação mais direcionada aos segmentos específicos de mercado em que a companhia está presente, ganhando em velocidade e foco no cliente.

A unidade de negócios para Commercial Appliances é direcionada à fabricação de compressores e unidades condensadoras para as mais diversas aplicações comerciais, que estão presentes em supermercados, lojas de conveniência, padarias, restaurantes, laboratórios, hospitais, entre outros. Com uma carteira diversificada de segmentos atendidos, a unidade se destaca pela capacidade de oferecer soluções de alta eficiência energética, confiabilidade e inovação.

Já a unidade de negócios para Home Appliances é dedicada ao desenvolvimento e fabricação de motores para máquinas de lavar, secadoras e lavadoras de louça, assim como compressores para refrigeradores, em ambos os casos exclusivamente para aplicações domésticas. Ela conta com times de especialistas em cada tipo de produto, com profundo know how em tecnologias, especificidades técnicas regionais e regulamentações de eficiência energética, prontos para atender às diferentes demandas dos maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo.

A unidade de negócios para HVAC (sigla para Heating, Ventilation and Air Conditioning) fabrica motores e componentes para sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado de uso residencial e comercial, que atende o mercado da América do Norte.

“Essa reorganização em três unidades de negócios foi fundamental para maximizar nossa atuação, com um olhar totalmente dedicado aos nossos clientes e seus segmentos de mercado. Nossa visão é ser o principal parceiro das indústrias de eletrodomésticos e aplicações comerciais e de provedores sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado”, diz Valter Taranzano, CEO da Nidec Global Appliance.

Além da marca Embraco, a Nidec Global Appliance fabrica e comercializa motores Nidec para lava-louças e máquinas de lavar e secar roupas, e as marcas U.S. Motors e Rescue de motores e componentes para sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado (HVAC).

“A diferenciação de mercado da Nidec Global Appliance e de suas marcas tem como base nossa competência de acelerar a inovação e antecipar as tendências de mercado no que diz respeito à eficiência energética e miniaturização. Para isso, contamos com cerca de 600 engenheiros e nove centros de Pesquisa & Desenvolvimento pelo mundo, trabalhando em parceria com universidades e co-desenvolvimento constante com nossos clientes”, enfatiza o CEO.

Reorganização da Nidec, cujo Embraco faz parte do grupo

O futuro da refrigeração: economia de energia e redução de impacto ambiental

Compressores e sistemas de refrigeração gradualmente ficam mais eficientes, menores e silenciosos, tudo graças à pesquisa e inovação.

Do conforto de ter alimentos sempre frescos em casa à preservação de amostras para propósitos científicos, passando pelo transporte e armazenamento de alimentos, e tantas outras situações, a refrigeração tem gerado avanços, conveniência e qualidade de vida para a sociedade.

No centro disso está o compressor. Uma grande parte da evolução na refrigeração vem da tecnologia e ciência envolvidas em desenvolver compressores, que passaram por grandes mudanças ao longo dos anos. Os primeiros sistemas de refrigeração tinham compressores grandes com capacidade de refrigeração equivalente à de um atual modelo sub-mini, por exemplo.

No início, a principal preocupação era com confiabilidade, mas com o tempo outros temas emergiram, acionados por diferentes razões: regulamentações governamentais e sustentabilidade, competitividade e satisfação do consumidor. As principais frentes de mudança seguiram em quatro direções: eficiência energética, mudança de gases refrigerantes, redução de tamanho e melhor percepção acústica.

Eficiência energética

De acordo com o Instituto Internacional da Refrigeração (da sigla em inglês IIR), os produtos de refrigeração (incluindo ar-condicionado) respondem por 17% do consumo de energia elétrica no mundo. Depois de confiabilidade, a maior onda de evolução de compressores tem sido a eficiência energética, o que significa prover a maior capacidade de refrigeração com o menor consumo de energia possível. Ela é medida pelo coeficiente de desempenho, que é o efeito de refrigerar dividido pela energia utilizada para gerar este efeito.

Ao lado da eficiência energética, veio a redução de tamanho. Um compressor menor tem um conjunto de ganhos, como menos uso de matérias-primas, melhor desempenho em acústica, redução da carga de fluído refrigerante, e mais espaço dentro do gabinete.

Mas a eficiência não vem como resultado natural da redução de tamanho. Ao reduzir o tamanho, a eficiência energética poderia, em teoria, reduzir, mas em função de novas tecnologias envolvendo o design do produto, os materiais e processos produtivos, é possível atingir um novo patamar em eficiência energética. Para se ter um exemplo, os compressores de velocidade fixa da Embraco tiveram uma redução de tamanho de 30% nos últimos anos e os de velocidade variável, 40%.

formatos de compressores de refrigeração

Refrigerantes naturais

Em paralelo ao aumento da eficiência energética e à redução de tamanho, regulamentações de gases refrigerantes têm um papel muito importante nas mudanças em compressores ao longo do tempo, desde os anos 1980. Com o Protocolo de Montreal, em 1987, houve um acordo entre os países participantes de que o mundo precisa proteger a camada de ozônio, que estava sendo prejudicada pelos gases CFCs (clorofluorcarbonos), usados como refrigerantes pela indústria da refrigeração até então. De 1989 em diante, quando o protocolo entrou em vigor, os CFCs passaram por uma agenda de eliminação gradativa, sendo substituídos pelos HFCs (hidrofluorcarbonos). Porém, anos mais tarde, estudos demonstraram que os HFCs contribuem para o aquecimento global. Então, em 2016, na 28ª reunião dos integrantes do Protocolo de Montreal, em Kigali, as partes adotaram a Emenda de Kigali, na qual concordam em reduzir o uso também dos HFCs dentro do Protocolo de Montreal, com uma janela de tempo que vai até 2047.

Desde então a indústria tem procurado por soluções ambientalmente sustentáveis. Os refrigerantes naturais têm baixíssimo impacto no aquecimento global e contribuem para a eficiência energética. O refrigerante natural sozinho, como o R290, gera algo em torno de 10% de melhora na eficiência energética.

 

Percepção acústica

Mas não apenas o tamanho, a eficiência energética e a sustentabilidade foram parte dessa revolução em compressores: melhoras na percepção acústica também ocorreram. Desde o primeiro compressor vendido pela Embraco, que era o PW, em comparação com as plataformas de compressores lançadas atualmente, o ruído gerado pelo compressor teve reduções que chegam até 10 decibéis (compressores de velocidade variável têm redução de ruído ainda maiores). Para uma melhor noção do que representa tal redução nos níveis de ruído, um aumento ou redução de 10 decibéis é percebido pelo ouvido humano como duas vezes mais alto ou mais baixo.

 

Preparando-se para o futuro

Duas tendências que seguem fortes para o futuro da refrigeração são os fluídos refrigerantes com menor impacto ambiental, como os naturais, e a tecnologia de velocidade variável.

A adoção dos refrigerantes com menor impacto ambiental não é um processo rápido, mas está evoluindo. A comunidade global tem dado pequenos passos em direção a reduzir o impacto da indústria da refrigeração no meio ambiente, não apenas usando refrigerantes com menos impacto, mas também aumentando a eficiência dos sistemas de refrigeração. Felizmente, refrigerantes naturais como os hidrocarbonetos são mais eficientes por si só, então ao se usar refrigerantes naturais há uma combinação vencedora: ao mesmo tempo, mais eficiência energética e menor impacto ambiental.

Outra tendência é a tecnologia de velocidade variável (também conhecida como inverter ou VCC). Em alguns setores ela já não é mais uma tendência, é a realidade, como em aparelhos de ar-condicionado. Na refrigeração comercial é uma tendência que está ganhando força. Por exemplo, grandes supermercados entenderam que um refrigerador menos eficiente dentro da loja significa mais aparelhos de ar-condicionado para resfriar o local, além do impacto na conta de luz, um dos maiores vilões na estrutura de custos de um supermercado.

 

Compressores de velocidade variável

 Compressores de velocidade variável contam com um aparato de eletrônica embarcada que permite ao compressor controlar sua velocidade de funcionamento, diminuindo-a quando a temperatura desejada é atingida e também aumentando-a quando é necessário baixar a temperatura dentro do gabinete mais rapidamente. A velocidade variável proporciona um melhor controle da temperatura, menor ruído e mais eficiência energética e pode reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores convencionais de velocidade fixa. Isso porque o compressor convencional desliga quando a temperatura necessária é atingida e liga novamente quando há necessidade de baixar a temperatura – o que consome elevada quantidade de energia.

Um estudo de caso com um cliente da Nidec Global Appliance do Brasil exemplifica o nível de economia de energia que pode derivar da combinação de refrigerantes naturais e compressores de velocidade variável. No início do processo, houve a troca de um compressor da marca Embraco de velocidade fixa que usava refrigerante HFC R134a (compressor NT) por outro de velocidade fixa usando refrigerante natural R290 (compressor NEU). A economia de energia foi de 36%. Num segundo momento, houve a troca do compressor de velocidade fixa por um de velocidade variável (FMF), também usando R290. E a economia total de energia em todo o processo chegou a 53%.

VCCs têm ainda outro benefício adicionado à eficiência energética: ótimo comportamento em situações de baixa tensão. Em vários países, é normal que a tensão caia abaixo do padrão nominal. Se você tem um compressor on-off padrão, ele pode nem ligar, mas um de velocidade variável, sim, em função da ampla faixa de tensão da tecnologia inverter.

 

Eletrônica

 Como tudo no mundo hoje, os compressores também entraram na tendência da transformação digital. A eletrônica permite a conexão a dispositivos móveis e tenha seu desempenho monitorado remotamente.

Há também a eletrônica embarcada no compressor de velocidade variável, que controla seu funcionamento.

 

Sistemas completos

 O processo produtivo da indústria de refrigeração também tem novos caminhos. Tem sido  cada vez mais comum os fabricantes de refrigeradores comerciais comprarem sistemas completos, como as unidades condensadoras e unidades seladas, para inserir em seus produtos, em vez de comprar apenas o compressor e montar o restante do sistema. A compra do sistema completo otimiza o processo produtivo de toda a cadeia e permite ao fabricante focar no design e tecnologia do gabinete.

É uma opção acessível e modular tanto para aplicações remotas quanto acopladas, como câmaras frias, tanques de leite, refrigeradores, freezers comerciais, etc.

 

Gestão integrada da energia

Outra das próximas fronteiras é ter gestão integrada da energia, visando a otimização do seu aproveitamento. Por exemplo: na Europa, estão se tornando mais conhecidos os sistemas de circulação de água (waterloop), nos quais em vez de usar-se ar para remover calor do condensador, usa-se um trocador de calor a água, gerando assim água quente, que pode ser usada para outras finalidades no processo. Usada em larga escala, essa gestão integrada de energia pode economizar muitos recursos.

 

 

Por: Daniel Fretta, Especialista de Suporte Técnico na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco, e Fábio Venâncio, gerente de Vendas na Nidec Global Appliance, onde é responsável pelo portfólio Embraco para a América Latina.

Com a colaboração de: Marek Zgliczynski, Peter Nuksar e Jozef Seliak, do time de Pesquisa e Desenvolvimento da Nidec Global Appliance.

 

Compressores exigem boas práticas

O trabalho de técnicos qualificados é muito importante para a instalação e manutenção de compressores, peças essenciais para o funcionamento de qualquer sistema de refrigeração.

Como as tendências tecnológicas estão evoluindo rapidamente nesse segmento, os refrigeristas precisam estar atualizados e capacitados para acompanhar essas mudanças.

É o que dizem os fabricantes desses componentes, cuja principal função é succionar o fluido refrigerante a baixa pressão na fase gasosa e comprimi-lo em direção ao condensador a alta pressão e temperatura.

Por isso, esses equipamentos são utilizados numa grande quantidade de aplicações, como refrigeração doméstica, refrigeração industrial e comercial e em sistemas de transporte frigorificado.

O principal uso dos compressores está no processo de preservação de alimentos, mas eles também são largamente utilizados em sistemas de conforto térmico e na indústria química, entre outros setores.

Atentas a demandas como eficiência energética e sustentabilidade, as indústrias têm apostado em soluções para cargas parciais, como compressores de velocidade variável, de mancais magnéticos e equipamentos de velocidade fixa mais eficientes e aprovados para operação com fluidos refrigerantes inofensivos à camada de ozônio, como amônia (R-717), dióxido de carbono (R-744), hidrocarbonetos (HCs), hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrofluorolefinas (HFOs).

“A tecnologia Inverter gera uma oportunidade de se reduzir o range de equipamentos, pois a amplitude de capacidade em que esses compressores podem atuar facilita a diminuição de complexidade no portfólio, ou seja, isso resulta em menos modelos para atender certas capacidades. Por sua vez, isso leva à diminuição do custo de produção, em uma visão mais simples do negócio, tornando essas soluções viáveis no curto prazo para qualquer tipo de aplicação”, diz o tecnólogo em automação industrial Eduardo de Castro Drigo, gerente de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina.

Redução do consumo de energia está no foco do setor, diz Daniel Fretta, da Embraco

“A tecnologia de velocidade variável é uma tendência que se fortaleceu muito nos últimos anos e deve crescer ainda mais”, afirma o engenheiro Daniel Fretta de Souza, especialista de suporte técnico na Nidec Global Appliance, onde atua com o portfólio Embraco.

A aplicação de produtos com inversores de frequência “permite manter a temperatura estável no gabinete porque varia a velocidade de rotação do compressor conforme a necessidade para atingir a temperatura interna desejada, e isso resulta em redução do consumo de energia. Isso acontece porque, ao estabilizar a temperatura interna, o compressor reduz a velocidade de rotação e trabalha em regime mais suave”, lembra.

“Outro ponto que justifica a redução do consumo é o fato de que o compressor de velocidade variável realiza a operação de liga e desliga menos vezes durante o dia. Um compressor de velocidade fixa (on-off) tradicional liga e desliga continuamente e cada vez que liga demanda um pico de corrente elétrica, o que, ao longo do dia, resulta em um aumento no consumo de energia”, ressalta.

Qualificação em foco

As tendências tecnológicas do segmento de compressores mostram que, cada vez mais, fabricantes, projetistas, usuários finais e, principalmente, o time de manutenção devem estar antenados nas novidades e updates de produtos e tecnologias, conforme avaliam o gerente técnico de engenharia da Emerson no Brasil, Danilo Gualbino, e o engenheiro sênior de vendas e aplicativos da empresa, Douglas Silva.

Por essa razão, diversos fabricantes oferecem treinamentos presenciais e a distância para o aperfeiçoamento da mão de obra que atua no setor. “Temos verificado um aumento significativo de interessados em treinamentos técnicos, o que é um ótimo sinal para o setor. Em resumo, buscar se atualizar é a chave”, ressaltam.

Os refrigeristas devem ter conhecimento do sistema, da arquitetura e dos limites de cada componente instalado, respeitando o envelope dos compressores aplicados, trabalhando com segurança, verificando os limites de pressão e temperatura de cada componente, lembram os especialistas técnicos da indústria.

“Análises com instrumentos calibrados, mão de obra qualificada/treinada e utilizando as informações e recomendações dos fabricantes (boletins, manuais, aplicativos de celular, vídeos, softwares de simulação ou consulta, guias de boas práticas e tantos outros recursos) auxiliam tanto na vida útil dos equipamentos quanto na economia de energia, além de proporcionarem um ganho de tempo na detecção de problema na máquina, bem como na redução de tempo para solucioná-lo”, dizem.

Para o engenheiro Daniel Fretta, da Embraco, o uso de R-600a na refrigeração doméstica, por exemplo, deve aumentar cada vez mais, principalmente em função da necessidade legal de se extinguir os gases que prejudicam a camada de ozônio ou que agravam o aquecimento global.

“Os técnicos precisam conhecer os cuidados e recomendações para a instalação e manutenção de compressores com este fluido. Mas mesmo com todos os benefícios já constatados, ainda existem muitas dúvidas sobre uso e manutenção de compressores que operam com isobutano”, enfatiza.

“Ao buscarem conhecer e seguir as recomendações de segurança, os técnicos verão que a utilização desse gás é segura e tem muitas vantagens, tanto para o meio ambiente quanto para o consumo de energia”, justifica.

Solucionando falhas

Segundo o especialista da Embraco, o grande vilão das falhas ocorridas em um compressor são as contaminações que derivam, principalmente, de fatores como umidade e sujeira.

“A umidade é a principal causa de falha num compressor e pode gerar outros problemas como acidez, orgânica e hidroclórica, congelamento nos sistemas de dosagem, dispositivo desligando o sistema, bem como rachadura em juntas de brasagem. Essa umidade pode ser proveniente de evacuação inadequada durante o processo de vácuo ou por não purgar o ar das mangueiras de serviço”, explica.

Para retirar a umidade do sistema de refrigeração, a bomba de vácuo deve ser capaz de atingir no mínimo 500 µm e, uma vez atingido tal ponto, deve-se manter o sistema em vácuo por pelo menos 20 minutos para assegurar que o vácuo foi eficiente. Ou seja, não basta apenas atingir o ponto de vácuo, o sistema deve permanecer em vácuo por um tempo mínimo para assegurar que toda umidade foi removida.

“Toda vez que o sistema for aberto para manutenção é de extrema importância a troca do filtro secador por um novo. O filtro secador possui em seu núcleo um agente dessecante, que tem a função de reter possíveis impurezas ou umidade que ainda possam ter ficado durante o processo de vácuo. Esse material dessecante após um tempo irá saturar e não tem mais atuação, ou seja, quando você abre o sistema, aquele filtro que ali se encontra não tem mais capacidade de absorver tais impurezas e umidade”, orienta.

O perfeito funcionamento do compressor está diretamente relacionado à boa prática na instalação à qualidade dos materiais utilizados, como o fluido refrigerante, uma vez que cada substância do gênero possui características únicas conforme o diagrama de Mollier, ou diagrama Ph.

“A utilização de fluidos de procedência duvidosa pode causar sérios danos ao compressor e ao sistema de refrigeração como um todo. Em alguns casos, eles podem ter impurezas em alta concentração, ou gases não condensáveis em sua composição, alterando, assim, suas características termodinâmicas. Isso pode sobrecarregar o mecanismo do compressor, fazendo com que ele trabalhe mais quente, acionando o protetor térmico, não deixando o compressor ligar, entre outros problemas”, alerta.

A alta temperatura também pode ser uma das causas do mau funcionamento do compressor. Quando um sistema é incapaz de rejeitar o calor, o compressor esquenta a ponto de o óleo perder sua viscosidade, causando assim um desgaste extremo.

Existem diversas causas para o superaquecimento do compressor, segundo Fretta. “A mais simples é o bloqueio do condensador, ocasionado pela má manutenção em que o condensador fica enclausurado ou sujo. O acúmulo de equipamentos em áreas apertadas também é outro fator, pois a área para troca térmica e o fluxo de ar são prejudicados, elevando assim as temperaturas de funcionamento. Defeitos nos motores de ventilação do condensador também são muito comuns. Quando o ventilador para de funcionar, o condensador é incapaz de rejeitar as altas temperaturas do sistema, e a pressão e as taxas de compressão se elevam, fazendo com que o compressor opere acima das classificações da carga total. Dessa forma, o compressor tenta operar contra as altas pressões de descarga e pode se sobrecarregar, acarretando possíveis falhas”, detalha.

Outra falha comum é rompimento de juntas, que pode ocorrer por conta de excesso de fluido refrigerante, retorno do líquido, gases não condensáveis ou obstrução na tubulação/capilar.

“Mais uma vez, a utilização de fluido refrigerante de procedência duvidosa pode acarretar esse problema, uma vez que o ponto de operação (pressão x temperatura) pode estar muito acima do tolerado pelo compressor”, diz.

Enfim, as causas mais comuns de quebra de compressores são não seguir as recomendações de instalações dos fabricantes de equipamentos e falta de manutenção adequada no sistema, seja ele residencial, comercial leve ou pesado.

“Os cuidados básicos começam no processo de instalação, que precisa ser adequado, e uma manutenção correta. Nos casos de equipamentos maiores, recomendamos o processo de revisão periódica, no qual o compressor passa por uma manutenção preditiva após certo número de horas pré-definidas de operação, de forma a minimizar seu risco de quebra”, destaca Gerson Robaina, da Johnson Controls-Hitachi.

Motor e componentes elétricos de controle automático dos compressores
sempre devem ser ligados por técnicos
treinados, lembra Silvio Guglielmoni,
diretor comercial Mayekawa do Brasil

Segundo Silvio Guglielmoni, diretor comercial Mayekawa do Brasil, o motor e os componentes elétricos de controle automático dos compressores sempre devem ser ligados por técnicos treinados para isso.

 Outras recomendações, de acordo com executivo, são:

– As partes móveis do compressor devem ser lubrificadas antes de serem ligadas. Verificar também o nível de óleo do cárter;

– O sentido de rotação do eixo do motor deve ser o mesmo que o recomendado para o volante do compressor;

– No caso de se utilizar mais de um compressor, instalá-los de forma a permitir a manutenção dos filtros de admissão, dos resfriadores e dos reservatórios de um compressor, independentemente do funcionamento dos demais;

– Deve-se verificar o alinhamento da polia do motor de acionamento com o volante do compressor;

– As correias devem trabalhar esticadas de acordo com as recomendações do manual do fabricante;

– As correias devem ser ajustadas somente quando o compressor estiver desligado;

– Os parafusos de fixação do compressor devem ser chumbados no piso em sapatas de concreto, respeitando as distâncias recomendadas pelo fabricante.

Samsung e Carrier celebram parceria global

A coreana Samsung assinou um acordo estratégico global de longo prazo com a Carrier para fornecer compressores e inversores de frequência para uso em todo o portfólio de climatização residencial da companhia norte-americana.

Com a adesão ao programa Carrier Alliance, a Samsung também passará a fornecer compressores para o mercado de reposição, um benefício para os empreiteiros que necessitam dessas peças.

O programa Carrier Alliance foi lançado no mês passado com a intenção de otimizar a cadeia de suprimentos da empresa, fortalecendo e ampliando relacionamentos estratégicos com fornecedores.

A Carrier afirma que o programa proporcionará certeza, segurança e oportunidades de crescimento para a Carrier e seus principais fornecedores.

“Estamos entusiasmados em expandir nosso relacionamento estratégico com a Samsung e temos o prazer de recebê-los como um dos mais novos fornecedores da Carrier Alliance”, disse Ed Dunn, vice-presidente da cadeia de suprimentos da Carrier.

“Por meio desse programa, estamos identificando o melhor dos melhores, um seleto grupo de fornecedores que compartilham nosso amplo alcance geográfico, amplitude de oferta, foco na qualidade e excelência de custos e compromisso com a diversidade e sustentabilidade”, acrescentou.

As duas empresas trabalharam juntas no passado e os engenheiros da Samsung trabalharam em estreita colaboração com a Carrier para integrar compressores Inverter da Samsung em produtos da linha Carrier Infinity com a tecnologia Greenspeed.

O controle do inversor da Samsung se integra ao compressor e se conecta perfeitamente à tecnologia bluetooth para simplificar o trabalho dos técnicos de serviço e ajudar a garantir que o cliente sempre tenha o software operacional mais atualizado.

Segundo o comunicado distribuído, o contrato de longo prazo expandirá o relacionamento entre ambas as empresas.

Schulz lança compressores mais eficientes

A Schulz, empresa que oferece ao mercado residencial, profissional e industrial uma linha completa na geração, tratamento e armazenamento de ar comprimido, lançou uma linha de compressores para ar condicionado que reduz consumo energético em até 50%.

Projetado para trabalhar 24 horas por dia, sem limites de partida ou picos de corrente, os compressores de parafuso SRP 5000 Flex possuem o motor de ímã permanente (de eficiência IE4), tecnologia que permite a redução de 50% do consumo energético.

Segundo a empresa, o produto tem como grande diferencial o baixo custo de manutenção devido ao sistema Smartfan que controla a temperatura do óleo aumentando a vida útil dos componentes e ao uso de sensores inteligentes que indicam o momento certo para troca de filtros.

Desenvolvido para regiões quentes

O secador de ar integrado foi dimensionado para o mercado brasileiro e projetado para assegurar a eficiência em ambientes com as condições climáticas do Brasil, principalmente, onde as temperaturas chegam aos 45°C.

A empresa conta que eliminou todos os possíveis problemas comuns a operações em ambientes com temperaturas elevadas. E ainda destacam outros dois atributos importantes da nova linha são confiabilidade e segurança.

Usabilidade em destaque

Ainda para descomplicar o uso, o compressor SRP 5000 Flex possui o Control-E, um interface colorida e touch screen de 7”, que oferece uma nova experiência e facilidade no controle, gerenciamento e parametrização da máquina.

Segundo a Schulz, o produto atende às mais variadas indústrias do mercado nacional e internacional, cada vez mais exigentes em relação ao nível de eficiência e atentos à questão de produtividade e sustentabilidade. Está disponível em toda a rede de distribuidores Schulz e já no lançamento atingiu a marca de 46 unidades comercializadas.

Em nota oficial, a Schulz afirmou que esse resultado mostra a demanda da indústria por soluções inovadoras que agregam competitividade, mesmo em um cenário econômico desafiador que vivenciamos no mercado brasileiro.


Fonte: Automação Industrial

Emerson demitirá 2,9 mil funcionários

A Emerson anunciou que não vai desmembrar seus negócios de automação industrial e de ar condicionado para criar duas empresas distintas.

Em vez disso, a companhia implementará um plano de corte de custos de US$ 425 milhões, o que resultará na demissão de 2,9 mil funcionários e fechamento de 145 instalações.

A decisão foi tomada após uma revisão abrangente das operações da multinacional norte-americana feita no ano passado, quando o crescimento da sua receita começou a estagnar.

Diante dessa situação, um de seus acionistas, a empresa de fundos de hedge D E Shaw & Co, começou a atuar para que houvesse o desmembramento de seus negócios de automação industrial e de tecnologia climática. Essa última área fabrica os compressores Copeland e os controles Alco para o mercado de refrigeração e ar condicionado.

Durante uma apresentação para investidores em Nova York, o CEO da Emerson, David Farr, disse que, além das demissões, outros mil funcionários poderão ser remanejados.

Compressor sem óleo compatível com HFO ganha prêmio de inovação

O compressor centrífugo Danfoss Turbocor TG490, primeiro equipamento de velocidade variável com mancal magnético e sem óleo do mundo compatível com as hidrofluorolefinas (HFOs) R-1234ze e R-515B, foi uma das 10 inovações tecnológicas vencedoras do AHR Expo Innovation Awards 2020, prêmio concedido pela organização da principal mostra global da indústria de refrigeração e ar condicionado.

Classificado como atóxico e não inflamável (A1) pela Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae, na sigla em inglês), o R-515B possui um potencial de aquecimento global (GWP) de apenas 299, segundo o Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

“Sua não inflamabilidade, combinada com seu baixo impacto climático, tornou essa solução uma escolha natural para os compressores da série Turbocor TG”, disse Frank Ford, diretor de produtos da multinacional dinamarquesa.

O R-515B é uma mistura azeotrópica de R-1234ze (91,1%) e R-227ea (8,9%) desenvolvida pela Honeywell para substituir o hidrofluorcarbono (HFC) R-134a em novos sistemas de refrigeração comercial de média temperatura, chillers e bombas de calor.

A substância, que será comercializada sob a marca Solstice N15, também foi lançada na AHR Expo. Segundo o fabricante, o novo fluido frigorífico possui glide zero e baixas temperaturas de descarga com uma eficiência similar à do R-134a.

“Ao inovar e colocar o Solstice N15 no mercado junto a fornecedores de componentes como a Danfoss, estamos fornecendo aos fabricantes de equipamentos uma solução tecnológica de longo prazo para seus negócios”, ressaltou Chris LaPietra, vice-presidente e gerente geral da área de fluidos refrigerantes estacionários da Honeywell.

Já o R-1234ze é uma HFO pura classificada como levemente inflamável (A2L) pela Ashrae e comercializada como Solstice ze. Entretanto, o R-1234ze é inflamável apenas acima de 30 °C, conforme destaca a Honeywell, indústria química norte-americana cujos produtos são distribuídos no Brasil exclusivamente pela Frigelar.

Com um GWP inferior a 1, o Solstice ze foi desenvolvido para chillers de média pressão projetados para aplicações em grandes edifícios, projetos de infraestrutura, processos industriais, refrigeração distrital, ciclo Rankine, bombas de calor de alta temperatura e sistemas de refrigeração comercial independentes (self-contained) de média temperatura.

O R-1234ze deve “ajudar a indústria a reduzir emissões nocivas [ao clima do planeta], o que pode minimizar o impacto ambiental decorrente do uso de equipamentos de climatização”, declarou Eddie Rodriguez, gerente de marketing estratégico da Danfoss Turbocor.

Com capacidade nominal de 125 toneladas de refrigeração (TR), o Turbocor TG490 pode ser usado em chillers resfriados a ar ou a água para fornecer água gelada para processos industriais ou aplicações de conforto térmico.

Estamos entusiasmados por termos sido reconhecidos mais uma vez pela Ashrae e pela AHR Expo por nosso compromisso de desenvolver novas tecnologias para ajudar a desacelerar e, finalmente, reverter o processo de aquecimento global [de origem antropogênica]”, observou Jose Alvares, vice-presidente de vendas e marketing da Danfoss Turbocor.

Comissão Europeia aprova, com restrições, compra da Embraco pela Nidec

A compra da Embraco pela Nidec por US$ 1,08 bilhão foi aprovada pela Comissão Europeia (CE) na sexta-feira (12). Contudo, a indústria japonesa deverá se desfazer de seus negócios na área de compressores de refrigeração doméstica e comercial leve.

Preocupada com a possibilidade de a aquisição anunciada em 24 de abril de 2018 reduzir a concorrência no segmento, a CE abriu, em novembro passado, uma investigação profunda sobre a transação, que já obteve o aval de autoridades antitruste nos EUA, Brasil e China.

A Nidec decidiu abordar as preocupações dos reguladores europeus propondo um conjunto de compromissos, incluindo a venda de fábricas na Áustria, Eslováquia e China, o que remove toda a sobreposição comercial entre a Nidec e a Embraco nos mercados onde foram identificados problemas de ordem concorrencial.

As três plantas em questão foram adquiridas junto com o negócio de compressores da Secop, fabricante austríaco comprado pela multinacional asiática em 2017.

A Nidec também se comprometeu a disponibilizar ao comprador financiamento significativo para futuros investimentos nas instalações da Áustria e da Eslováquia.

O montante disponibilizado é igual ao dispêndio de capital que a Nidec teria destinado às duas fábricas sem a transação envolvendo a Embraco.

A CE considera que isso garantirá a viabilidade e a competitividade das fábricas austríacas e eslovacas no futuro.

Enfim, o órgão executivo da União Europeia concluiu que a operação proposta, alterada pelos compromissos, deixa de suscitar preocupações em matéria de concorrência no bloco econômico e em todo o mundo.

Segundo um comunicado distribuído à imprensa, a decisão da CE está condicionada ao cumprimento integral das obrigações assumidas pela Nidec.

“As condições sob as quais aprovamos a compra da Embraco pela Nidec garantem que a concorrência efetiva continuará nesse setor, para que os clientes industriais e consumidores finais não sejam prejudicados com preços mais altos ou menos opções. Também trabalhamos para garantir a viabilidade [econômica] das plantas a serem vendidas pela Nidec”, disse a comissária Margrethe Vestager, responsável pela política antitruste da UE.

“A maioria das pessoas tem pelo menos um compressor de refrigeração em casa, em uma geladeira ou freezer. Eles também são usados em restaurantes ou lojas, em refrigeradores de bebidas ou sorvetes”, justificou.

A decisão da CE segue uma análise detalhada da transação que une os dois dos principais produtores globais de compressores de refrigeração usados em eletrodomésticos e aparelhos comerciais leves.

Sediada em Joinville (SC), a Embraco tem plantas de compressores no Brasil, Eslováquia, México e China. Atualmente, a companhia é controlada pela norte americana Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul.

Com o aval das autoridades europeias, o negócio com a Nidec deverá ser concluído, provavelmente, até o próximo dia 24 de abril, conforme prevê o acordo de compra de ações (SPA, na sigla em inglês) assinado entre as partes.