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Tecumseh planeja investir R$ 75 milhões até 2025

Fábrica da Tecumseh em São Carlos | Foto: Divulgação

A Tecumseh do Brasil, uma das maiores fabricantes de compressores herméticos do mundo, completa 50 anos de atuação no país neste ano, com planos de investir mais de R$ 75 milhões até 2025.

Localizada em São Carlos, no interior de São Paulo, a empresa possui um moderno parque fabril com duas plantas integradas, e seus produtos estão dentro de refrigeradores, freezers, expositores comerciais, bebedouros, condicionadores de ar, no segmento automotivo, entre outros.

A Tecumseh é um enorme ativo para o estado de São Paulo e para o país, uma vez que já investiu cerca de US$ 330 milhões em suas operações no Brasil e tem capacidade de produção de 9 milhões de compressores por ano.

Os compressores e as unidades condensadoras fabricados nas instalações da Tecumseh em São Carlos não atendem apenas o mercado brasileiro de ar-condicionado e refrigeração, mas também são exportados para mais de 40 países em todo o mundo. A produção da Tecumseh é altamente integrada verticalmente, operando com duas plantas e uma unidade de P&D e testes na cidade de São Carlos.

A companhia também realiza investimentos significativos, cerca de 4% de seu faturamento anual, em P&D no Brasil, criando empregos de qualidade e gerando inovação e patentes locais de nível nacional e internacional. Nos últimos quatro anos, a Tecumseh investiu mais de R$ 40 milhões em desenvolvimento e testes de produtos, e sua equipe de P&D conta com cerca de 100 profissionais altamente qualificados, entre PhDs, mestres e engenheiros.

Este departamento tem um sucesso marcante, sendo responsável por dez das doze patentes totais geradas pela empresa. Um dos resultados destes investimentos foi o desenvolvimento do compressor inverter VR2, altamente eficiente energeticamente e pronto para atender aos padrões de eficiência do Inmetro que entrarão em vigor a partir de 31 de dezembro de 2022.

Nos próximos três anos, a Tecumseh também tem planos de investir mais R$ 75 milhões para aumentar a capacidade de produção destes produtos e desenvolver a próxima geração de compressores de alta eficiência para atender aos padrões de 2025 do Inmetro.

A empresa também tem um papel crucial na economia de toda a região. Compra produtos de aproximadamente 350 produtores locais (83% de seu total de suprimentos), apoiando indiretamente outros 10.000 empregos em toda a sua cadeia de fornecimento no Brasil. Além disso, a Tecumseh é a única fabricante de compressores rotativos de sua escala em todo o Hemisfério Ocidental.

A Tecumseh é hoje uma das maiores empregadoras da região, com 2.100 funcionários envolvidos no projeto, lançamento e fabricação de compressores e unidades condensadoras que reduzem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa.

A empresa tem sua história intimamente ligada à história da cidade de São Carlos, ocupando um lugar especial na vida de seus habitantes. É só perguntar: toda família de São Carlos pode contar uma história ou tem um ente querido que trabalha ou trabalhou na Tecumseh.

“Nosso pessoal na Tecumseh do Brasil é trabalhador por natureza e assume a cada dia a missão de sustentar suas famílias e ajudar nossa empresa a ser a melhor no que fazemos para nossos clientes. Eles vêm de diferentes origens educacionais e geográficas, mas compartilham uma verdadeira paixão pelos 50 anos de história da Tecumseh e um profundo compromisso com nosso futuro aqui no Brasil.  Liderar esta empresa significa abrir caminho para seu crescimento profissional e ajudá-los a construir suas vidas aqui mesmo nesta região. Eles são a cara e o coração do nosso negócio; temos imenso orgulho deles e mal podemos esperar para que o Brasil conheça suas histórias”, disse Ricardo Ferreira, diretor presidente da Tecumseh Brasil.

Para ajudar nas comemorações do 50º aniversário de operações bem-sucedidas no Brasil, a empresa anunciou o lançamento de uma série de vídeos com histórias em primeira pessoa contadas por funcionários reais, cujas vidas e carreiras foram impactadas positivamente pelo trabalho na moderna fábrica da empresa em São Carlos.

No primeiro vídeo são apresentadas Jucélia e Natália. Jucélia é uma operadora multifuncional, que trabalha na Tecumseh há 23 anos. Natália é sua filha, que cresceu participando de eventos na empresa com a mãe e hoje atua como analista de qualidade de produto. O vídeo pode ser encontrado aqui.

Os colaboradores da Tecumseh “são a cara e o coração do nosso negócio”, diz o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Ferreira | Foto: Divulgação

Emerson participa da Refriamericas com resultados positivos

A Emerson participou da Refriamericas Expo & Congresso, com resultados positivos! Realizada entre os dias 20 e 21 de julho de 2022, em Miami – EUA, a feira foi oportunidade para a empresa reafirmar seu compromisso no desenvolvimento de produtos com baixo impacto ambiental e máxima eficiência.

Em seu estande, a Emerson destacou a Unidade Condensadora de Modulação Digital ZXD e a Unidade FFAP, entre outros produtos da marca Copeland.

Nos dois dia de evento, a empresa recebeu visitantes de diversos países latino-americanos como Venezuela, México, Guatemala, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Ilhas Caribenhas e Brasil.

“Tivemos a oportunidade de compartilhar com muitos clientes importantes da região da América Latina nossa ‘expertise’ no desenvolvimento de produtos compatíveis com as demandas ambientais. Recebemos em nosso estande muitos revendedores, projetistas, empreiteiros e fabricantes. Outros visitantes também estiveram presentes, ávidos por informações sobre as vantagens de nossas unidades condensadoras, com um balanço muito positivo de nossa participação em divulgar a marca, com muito networking”, informa Carolina Africano, Gerente de Marketing Digital, América Latina.

Para Enrique Martin, Gerente Geral México e América Central, “foi a primeira vez que participo da Refriamericas e estou muito satisfeito pelos resultados obtidos. Tivemos a oportunidade de expor um pouco de nossa tecnologia e cumprimentar dezenas de clientes e amigos de diversos países. Espero vê-los novamente em Porto Rico 2023”.

Congresso

A Emerson também participou do Congresso no dia 20 de julho, trazendo o tema “Guia Completo de Refrigeração Comercial para Abordar a Emenda Kigali na América Latina, apresentado por Misael Gonzales, Engenheiro de Aplicações para Refrigeração – México.

“Apresentamos aos participantes do Congresso um estudo de emissões totais equivalentes de CO2 para diferentes arquiteturas de refrigeração usando tipos de refrigerantes e tecnologias de modulação para três tamanhos de aplicação e em 3 perfis climáticos específicos. Abordei também alguns pontos essenciais sobre as alterações da Emenda Kigali, mitigação de risco de refrigerantes A2L e alguns detalhes sobre o uso de refrigerantes naturais. Por fim, a apresentação concentrou-se em destacar as qualidades das arquiteturas distribuídas usando unidades condensadoras de ponta e o uso de refrigerantes de baixo GWP para reduzir a pegada de carbono das instalações de refrigeração comercial na América Latina”, informa Gonzales.

Equipe Emerson na Refriamericas Expo & Congresso

Senado aprova adesão do Brasil à Emenda de Kigali

O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o projeto de decreto legislativo que ratifica acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), que provocam aquecimento global. O gás é usado como fluido refrigerante no setor de refrigeração e climatização e também em alguns produtos aerossóis.

No Senado, o projeto tramitou na forma do PDL 179/2022. Antes, na Câmara, havia tramitado na forma do PDL 1100/2018. Agora a matéria segue para promulgação.

O texto ratifica a Emenda de Kigali, assinada em 2016 com o objetivo de alterar o Protocolo de Montreal. Seguido pelo Brasil desde 1990, esse protocolo é o único tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal.

De acordo com o Protocolo de Montreal, os países se comprometem a substituir as substâncias responsáveis pela destruição do ozônio, como os clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs). No entanto, sua redação original não tratava dos hidrofluorcarbonos (HFCs), que são utilizados há décadas como alternativa aos CFCs e aos HCFCs. A Emenda de Kigali incluiu os HFCs no protocolo.

Apesar de não causarem danos à camada de ozônio, os hidrofluorcarbonos apresentam elevado impacto no sistema climático global — o HFC é milhares de vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono (CO2), o principal responsável pelo aquecimento global.

Atraso

O texto desse acordo, enviado pelo Executivo ao Congresso em 2018, já havia sido aprovado pela Câmara dos Deptutados em maio deste ano. Durante a votação do projeto no Senado, nesta quarta-feira, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), relatora da matéria, lembrou que dos 144 países em desenvolvimento somente Brasil e Iêmen ainda não tinham ratificado a Emenda de Kigali nem enviado carta-compromisso sobre o assunto à Organização das Nações Unidas (ONU).

Mara também observou que a adesão da China ao acordo, em 2021, aumentou a pressão para que o Brasil se posicionasse quanto à questão.

— Com a ratificação pela China, provavelmente haverá uma revolução em termos de tecnologia. E como a Emenda [de Kigali] está atrelada ao Protocolo [de Montreal], os países que a ratificam passam a ter acesso aos recursos do protocolo para adaptação dos processos industriais e capacitação técnica da mão de obra — ressaltou a senadora, que também afirmou que a estimativa é de recursos da ordem de US$ 100 milhões para o Brasil, para que as indústrias de capital possam adaptar seus processos produtivos.

Cronograma

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo dos hidrofluorcarbonos (os HFCs). Segundo o texto, países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão “congelar” seu consumo do gás HFC até 2024; reduzir seu consumo em 10% até 2029; e reduzir em 85% até 2045.

Já os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir seu consumo de HFCs em 10% em 2019 até alcançar menos de 85% em 2036.

As emissões dos HFCs vêm aumentando globalmente em torno de 8% ao ano, podendo responder por até 19% das emissões de gases de efeito estufa em 2053, de acordo com dados da ONU. Essa entidade estima que, sem a Emenda de Kigali, a contribuição do HFC para o aquecimento global poderia por si só provocar um aumento médio da temperatura de aproximadamente 0,5 °C.

Com informações da Agência Câmara

Fonte: Agência Senado

Indústria brasileira comemora ratificação da Emenda de Kigali

A Câmara dos Deputados aprovou, na última quinta-feira (26), o texto do decreto legislativo que ratifica a Emenda de Kigali, tratado climático cujo objetivo é reduzir a produção de hidrofluorcarbonos (HFCs) utilizados em sistemas de refrigeração, aerossóis e solventes. O projeto segue agora para votação no Senado.

A Abrava, o Sindratar-SP e a Rede Kigali mobilizaram-se entre os parlamentares para que aprovassem a ratificação do adendo ao Protocolo de Montreal. De acordo com o presidente da Abrava, Arnaldo Basile, a decisão dos deputados alinha o Brasil com os mais de 130 países que já aderiram ao acordo.

“Embora ela ainda tenha que ser aprovada pelo Senado, existe o entendimento que não haverá motivos para obstruções, haja vista que a sociedade já entendeu que a partir de agora, a cadeia de valor do setor AVAC-R caminhará mais rapidamente e assertivamente para atualizar as evoluções tecnológicas e as melhores práticas operacionais. A sociedade brasileira ganha com essas evoluções”, avaliou.

Segundo Basile, há consenso na indústria e na sociedade civil quanto à importância e urgência da ratificação da Emenda de Kigali pelo Brasil. Entidades empresariais como a Abrava, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e o Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) apoiam a adesão do Brasil ao acordo.

Governo aprova novas metas de consumo de energia para aparelhos de ar condicionado

Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Resolução nº 1/2022, que aprova o novo Programa de Metas para Condicionadores de Ar. O programa tem o objetivo de estabelecer novos índices mínimos de eficiência energética para os aparelhos de ar condicionado do Brasil.

A regulamentação trata de aparelhos que incluem, além de refrigeração, a capacidade de aquecimento do ambiente. O documento também estabelece a data limite para fabricação, importação e comercialização dos equipamentos no Brasil.

A resolução adota nova metodologia para o cálculo do índice de eficiência energética. Essa nova metodologia, baseada na norma ISO 16358-1, permite um maior número de ensaios, em diferentes configurações de operação. A adoção dessa norma permite pela primeira vez a diferenciação dos equipamentos que utilizam a tecnologia de rotação variável – os equipamentos inverter – que chegam a consumir 30% menos que equipamentos de rotação fixa, que é a tecnologia mais comum no mercado.

Segundo estudo realizado pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), com metodologia desenvolvida pela Universidade Federal do ABC, a adoção dos novos índices mínimos pode gerar uma economia de 67 TWh e uma economia de recursos de R$ 12 bilhões até 2040. Essa energia serviria para abastecer cerca de 1,9 milhão de residências por ano até 2040. Além disso, 40 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidos na atmosfera.

De acordo com a resolução, os equipamentos são destinados à operação em corrente alternada de 60Hz e tensões nominais de 127V, 222V, 380V, e 440V, ou faixas de tensão mencionadas nos Sistemas Monofásico e Trifásico.

A resolução é fruto do trabalho realizado pela Coordenação de Eficiência Energética da Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), que foi responsável por conduzir o processo de coleta de subsídios e sistematizar as informações do programa.

Essa é a primeira resolução emitida pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), órgão coordenado pelo MME. Entre outubro de dezembro de 2021, a proposta de resolução passou por consulta pública com a sociedade. Em janeiro de 2022, o MME realizou audiência pública sobre o programa para colher contribuições das partes interessadas. A análise das contribuições foi realizada, posteriormente, pelo CGIEE.

Acesse aqui as diretrizes do CGIEE.

Acesse aqui a Resolução nº 1, de 29 de abril de 2022.

Whirlpool investe em energia limpa para neutralizar emissões de carbono

Dona das marcas Brastemp e Consul, a Whirlpool está caminhando para atingir suas metas de sustentabilidade. A empresa agora conta com mais uma certificação internacional, que atesta 100% do uso de energia renovável, como eólica, hidrelétrica e solar em duas de suas três unidades fabris no Brasil, reduzindo muito mais as emissões de CO2, quesito em que a mesma deseja ser neutra até a próxima década.

Dessa forma, a empresa evitará a emissão de 6,5 mil toneladas de CO2 apenas este ano, o que equivale a uma redução superior a 30% em relação ao último ano.

A iniciativa está dentro da meta global da empresa de atingir a neutralização das emissões de CO2 até 2030. A nova certificação após investimentos em energia renovável passou a valer no início do ano para as unidades de Rio Claro (SP) e Manaus (AM).

Já a unidade de Joinville (SC) tem expectativa de alcançar a marca de 100% de energia renovável em 2024. Atualmente, o índice é de 85% no escritório da dona da Brastemp e da Consul em São Paulo, que já havia sido certificado em novembro do último ano.

De acordo com Cristiano Félix, gerente sênior de Meio Ambiente, Segurança do Trabalho e Saúde para a América Latina, em Joinville a empresa já conta com acordos firmados para o uso de energia renovável.

Já o vice-presidente de Assuntos Jurídicos de Compreensão e Corporativos da Whirlpool para América Latina, Bernardo Gallina, afirma que a decisão de comprar energia apenas de fontes renováveis é mais uma questão de valor para empresa do que apenas redução de custos e economia, tanto que a empresa passou a gastar 10% a mais com a mudança.

A ideia é consumir menos eletricidade e reutilizar os recursos dentro da empresa para que seja mais sustentável. A redução de 31% das emissões de CO2 é o equivalente a plantar cerca de 43 mil árvores, informa a companhia.

Midea anuncia fábrica de refrigeradores em MG

A Midea Carrier vai construir uma fábrica de eletrodomésticos na cidade de Pouso Alegre, no sul de Minas. O anúncio foi feito na quinta-feira (24) em solenidade na cidade mineira. Essa será a terceira unidade da Midea no País, com expectativa de geração de cerca de 500 postos de trabalho diretos na região.

A empresa já fabrica aparelhos de ar-condicionado e micro-ondas em Manaus (AM), além de sistemas de climatização comercial em Canoas (RS). A fábrica de Pouso Alegre será voltada para a produção de refrigeradores da marca. A expectativa do fabricante é ter um faturamento de até R$ 700 milhões na nova planta.

De acordo com o CEO da Midea Carrier, Felipe Costa, nos últimos anos a empresa expandiu de forma significativa sua participação no mercado entrando em várias categorias de eletrodomésticos com produtos importados e agora está na hora de realizar investimentos em manufatura local para continuar se ampliando ainda mais.

O objetivo da empresa de refrigeradores, segundo o executivo, é estar entre os três principais players do setor até 2027.

A Midea é, atualmente, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo, presente em mais de 200 países com aproximadamente 150 mil colaboradores. No Brasil, iniciou suas operações como importadora e fortaleceu sua presença em 2011, por meio de uma joint venture com a Carrier.

Brasil e Argentina decidem cortar tarifa do Mercosul em 10%

Após meses de discussões, o Brasil e a Argentina fecharam um acordo para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul em 10%. A medida foi anunciada na sexta-feira (8) em declaração conjunta à imprensa dos chanceleres Carlos França, do Brasil, e Santiago Cafiero, do país vizinho.

O entendimento deverá ser repassado aos demais membros do Mercosul: Paraguai e Uruguai. A TEC funciona como um imposto de importação uniformizado entre os membros do Mercosul, cobrado para produtos de fora do bloco. Esse mecanismo evita que um produto entre por um país pagando imposto menor e seja enviado a outro país dentro do mesmo bloco econômico sem tarifa.

“O acordo da tarifa externa comum do Mercosul será agora levado aos sócios, tão importantes quanto Brasil e Argentina, Paraguai e Uruguai, que permitirá a diminuição de 10% de um universo muito amplo de produtos. Com liberdade para que os países possam, inclusive, ir além desse universo tarifário desses países para a baixa tarifaria”, disse o ministro Carlos França, após a assinatura do acordo.

Com a medida, um produto que pague 12% para entrar em algum país do Mercosul passará a pagar 10,8%. Segundo o Ministério da Economia, a TEC média do Mercosul está em torno de 13%, contra a média de 4% e 5% observada no resto do mundo.

No início do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pleiteou a redução de 50% das tarifas. Em abril deste ano, a pasta apoiou a proposta do Uruguai de cortar a tarifa em 20% até o fim de 2021.

Em agosto, a equipe econômica tinha concordado em fazer uma diminuição escalonada: 10% neste ano e 10% no próximo. No entanto, a resistência da Argentina, a segunda maior economia do bloco, travava as negociações. O país vizinho aceitava apenas um corte máximo de 10% na TEC.

Com informações da Agência Brasil

Whirlpool anuncia mais de R$ 240 milhões em investimentos no Brasil

A Whirlpool, detentora das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid no Brasil, anuncia a alocação majoritária desse investimento na ampliação e modernização das fábricas de Rio Claro (SP) e Joinville (SC).

Os investimentos fazem parte da estratégia da companhia de reafirmar a liderança do mercado local, ampliar e fortalecer a participação da empresa na região latino-americana. Os recursos são adicionais ao montante do faturamento investido anualmente pela empresa em inovação e desenvolvimento de produtos.

Com isso, a Whirlpool também vai gerar cerca de 3.000 novos empregos diretos e indiretos. O número representa um acréscimo de aproximadamente 25% no número de colaboradores atuais da companhia.

Em linha com o aumento da sua capacidade produtiva, parte desse valor será utilizado na construção de dois novos centros de distribuição física na região Nordeste e Sudeste do País para ampliar sua malha logística e para que os consumidores brasileiros recebam os produtos no menor tempo possível.

A empresa acredita no desenvolvimento do país e tem direcionado esforços para ajudar o governo a enfrentar a crise sanitária gerada pela Covid-19. Ciente do seu compromisso social, nos últimos meses, foram doados mais de R$10 milhões para combater a doença, incluindo doação de máscaras, produtos das marcas Brastemp e Consul, EPIs médicos, cestas básicas, respiradores e oxigênio. Recentemente, a Whirlpool também doou 20 ultra-freezers com capacidade para armazenar mais de 3 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 na temperatura exigida pelas organizações de saúde.

Dentro de suas fábricas, a Whirlpool já implementou mais de 25 protocolos de segurança durante a pandemia, indo além das exigências dos órgãos locais, servindo de referência para os demais onde a Whirlpool atua. Sua sede em São Paulo está em reforma e as equipes ainda não possuem data para retornar ao escritório.

O ambiente também recebeu investimentos para que reflita a transformação cultural da empresa, oferecendo um novo conceito de trabalho, mais ágil, inclusivo, inovador, criativo, com berçário para mães e pais, novos ambientes para refeições, squads entre outras melhorias.

Para o CEO Latam da Whirlpool, João Carlos Brega, a expectativa de expansão e crescimento econômico esperado após a conclusão da vacinação completa da população brasileira deve intensificar uma demanda que ficou reprimida por quase dois anos.

“Com a completa imunização da nossa população e o fim da crise sanitária, poderemos ter algum alívio. A volta do emprego e da renda devem ganhar força no ano que vem. Todos os indicadores apontam para alta do PIB global. Naturalmente, a consequência é a volta da confiança do consumidor e, com isso, a retomada da economia e do crescimento do nosso país.”, afirma o executivo.

Pesquisa propõe uso de energia do solo para climatizar edifícios

Pela primeira vez na história, o Brasil terá um prédio que usa energia do solo para climatizar seus ambientes. O feito inédito é continuidade de uma pesquisa inovadora, realizada na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que avaliou o uso das fundações de edifícios como meio para a troca de energia térmica entre o prédio e o subsolo.

A experiência internacional com o uso dessa tecnologia, baseada em energia geotérmica (do interior da Terra), tem relatado considerável economia no consumo de energia para climatização (aquecimento e resfriamento). Aqui no Brasil, a expectativa com a implementação desse sistema é de que as despesas com o consumo de energia elétrica por aparelhos de ar-condicionado sejam reduzidas. Batizado de CICS Living Lab, a edificação brasileira já começou a ser construída na Escola Politécnica da USP, em São Paulo.

Foi a pesquisadora Thaise Morais, do Departamento de Geotecnia (SGS) da EESC, que desenvolveu a primeira tese de doutorado brasileira para avaliar o desempenho dessa tecnologia nas condições de clima e solo do Brasil. Ela explica que a energia geotérmica é aquela encontrada dentro da crosta terrestre, seja no solo, rochas ou mesmo na água, sendo identificada pela temperatura.

Esta energia pode ser transferida para a superfície por processos de troca térmica a partir das fundações da edificação. “A temperatura da região que vai desde a camada superficial da crosta terrestre até algumas centenas de metros de profundidade é resultado das interações naturais que ocorrem entre o ambiente externo e o interior da crosta. Assim, o solo funciona como uma espécie de bateria ou reservatório de energia térmica”, descreve a especialista.

O sistema inovador no País capta ou rejeita calor do/no solo por meio das estacas que compõem a própria fundação do edifício. Essas estacas ficam enterradas e, por estarem em contato direto com o subsolo, possuem uma grande área de contato para a troca térmica.

Através de tubos instalados no seu interior e com a ajuda de um fluido, a energia térmica é levada até a superfície, onde uma bomba geotérmica faz a troca de calor entre o subsolo e os ambientes do prédio. “Nos testes, usamos água potável como fluido para a troca de calor entre a fundação e o subsolo. A bomba troca calor com a água a partir de um outro fluido refrigerante que circula em seu interior. Essa troca é feita de forma contínua e repetitiva até que a temperatura desejada para o ambiente seja alcançada”, relata a pesquisadora.

“A experiência internacional tem demonstrado que este tipo de sistema tem sido eficiente e bem-sucedido para aquecer ou resfriar os ambientes e na redução do consumo de energia. O uso destas estruturas tem sido incentivado na Europa pelo governo a fim de reduzir os gastos e a emissão de dióxido de carbono”, lembra Thaise.

No Brasil, a novidade ainda não tem um custo definido, mas a longo prazo, o investimento é compensado pela economia dos gastos com energia elétrica.

Imagem: Thaise Morais

Esquema de funcionamento do sistema de aproveitamento de energia geotérmica para climatizar ambientes.