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Magno Silva: Da automação naval à refrigeração e climatização
Carioca, tecnólogo em mecatrônica, eletrotécnica e automação, cursando engenharia mecânica, Magno Pereira da Silva é proprietário da Engetech Ilha Climatização e Elétrica, empresa dedicada a manutenção e instalação de sistemas de climatização e refrigeração. Mas nem sempre foi assim! “Minha atuação profissional sempre foi na área de elétrica e automação naval. Até 2015, estava trabalhando para Odebrecht e, devido ao término de alguns contratos, toda equipe foi dispensada. Na época, a indústria naval estava em baixa, e as propostas de trabalho eram fora do Brasil. Não poderia ir e deixar minha família aqui, então, resolvi oferecer meus serviços de elétrica como autônomo. A maioria dos clientes precisava de indicação de algum profissional na área de climatização e me acendeu uma luz: porque não me especializar nesta área e passar a absorver essa demanda! E foi assim que nasceu no fundo de uma garagem, a Engetech Ilha Climatização e Elétrica. Tive alguns desafios, entre eles, o alto investimento em ferramentas, fator que dificultou bastante o início, incluindo a captação dos clientes. Para aumentar o volume de trabalho, passei a usar as redes sociais como aliada, gerando conteúdo técnico para auxiliar os amigos que estavam chegando na área, e mostrar também nossos trabalhos, conquistando assim clientes e parcerias com fabricantes”, conta Magno.
Ele acrescenta que a mudança permitiu um crescimento rápido e uma alta demanda de trabalhos: “Tive que contratar mão de obra para me auxiliar nas atividades, alugar um espaço maior. Agregamos o nicho de serviço e manutenção para empresas e instituições, migrando do cliente residencial ao comercial, fator que contribuiu muito com o crescimento técnico e profissional, diversificando ainda mais nossa cartela de clientes. Isso foi graças a busca por oferecer um serviço diferenciado, de qualidade, com qualificação técnica, permitindo assim, trabalhar com equipamentos de maior capacidade e complexidade. O mercado de HVAC-R mudou muito desde que começamos, e para melhor. A pandemia trouxe algo ruim, mas também, a possibilidade de interação com pessoas do Brasil e do mundo através das redes sociais, isso causou um movimento de união entre os refrigeristas, de conhecer e admirar o trabalho do companheiro, de não olhar para eles como concorrente somente, mas como um parceiro, pois o mercado é muito grande e tem espaço para todos, assim, muitas parcerias foram formadas. Hoje, temos grandes influenciadores oferecendo conteúdo de qualidade, ajudando a melhorar ainda mais o nível da mão de obra, qualificando os profissionais. Tornando nossa classe mais forte, todos nós ganhamos”.
Magno mantém os canais digitais no Instagram e no Youtube da Engetech Ilha, mostrando seu dia a dia e transmitindo conteúdo técnico. O objetivo é contribuir para qualificação de mão de obra especializada, além de outras possibilidades de atuação profissional. “Por exemplo, hoje trabalho com manutenção em navios e plataformas de petróleo, e poucos sabiam que essa área é carente de bons profissionais de HVAC, e quem sem esses técnicos, nada funciona. Imagina uma plataforma com mais de 400 pessoas sem um ar condicionado, ou sem uma câmara frigorifica? Até mesmo para os processos internos de produção e operação, temos o HVAC presente”.
Ele acrescenta ainda que o mercado está em plena expansão, com grandes possibilidades de crescimento e que o mundo valorizou os profissionais essenciais dos setores do frio, pois a pandemia mostrou que não dá para viver sem ar condicionado em casa, que as vacinas, remédios, alimentos, indústria em geral dependem de mão de obra qualificada na área de HVAC para manter seus processos funcionando, e o bom profissional cada vez mais terá um papel importante e será melhor reconhecido.
É preciso mudar o estigma do “pendurador”
“Percebemos ultimamente um crescimento no cuidado com os serviços prestados e uma grande busca por qualificação. Existe uma regra de ouro da área que se chama ‘Boas Práticas’, que todo profissional deve seguir, pois garantem um serviço correto, como determinam os fabricantes, proporcionando maior vida útil ao equipamento. Nossa mão de obra ainda é bem carente de bons profissionais, mas a tendência é isso mudar, uma vez que os fabricantes enxergaram que precisam qualificar não somente as suas autorizadas, mas os técnicos de forma geral. Hoje, os grandes fabricantes oferecem cursos presenciais e on-line, capacitando justamente esse tipo de mão de obra, acabando assim com a figura do ‘pendurador’, que seria aquela pessoa que não executa os serviços da maneira que deveria, manchando a imagem da nossa classe”, explica.
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Nas horas que não está envolvido com trabalho, Magno gosta de viajar e tem como principal hobby, o motociclismo.
“Gosto de mexer e viajar de moto, é o que tira meu estresse das semanas duras de trabalho, além de ouvir um bom rock, reunir os amigos para um passeio ou viagem. Amigos e família são parte importante em minha vida, sou filho único por parte de mãe e tenho um irmão por parte de pai. Minha mãe é minha inspiração, a pessoa mais importante em minha vida, por tudo que ela fez e faz por mim, uma verdadeira guerreira. Nesses anos de caminhada, acredito que uma das minhas maiores conquistas é a estabilidade financeira que tenho hoje. Sou grato a Deus, pois em um momento crítico no qual estamos passando, ter condições de trabalhar com o que amo e conseguir ser bem remunerado e, principalmente, reconhecido é uma grande realização. Tenho alguns sonhos ainda, mas o maior deles será ver a Engetech Ilha como uma grande empresa, que faça diferença na área de atuação e que possamos ajudar muitos profissionais que estão buscando se qualificar e fazer parte da nossa grande família do HVAC-R nacional”, revela Magno.
E conclui: “Não desanimem, estamos passando por momentos difíceis, todos nós. Cada um tem sua guerra diária para vencer, e essa pandemia chegou piorando muitos as coisas, mas existe sim uma luz no fim do túnel. No início, tudo é difícil, mas vale a pena insistir! Buscar qualificação, parcerias e focar em qualidade. O mercado ainda é carente de bons profissionais, existem espaço para todos, e com garra e determinação, é possível ser vencedor. Nunca desista”.

O motociclismo é seu hobby preferido, fazendo passeios ao lado de amigos
Por que o preço do fluido refrigerante disparou?

O mercado mundial de fluidos refrigerantes está passando por um momento de alta instabilidade no que tange ao abastecimento. A China, maior produtora mundial dessa commodity, enfrenta a escassez de matérias-primas em diversos segmentos.
Aliado a isso, questões de saúde pública, por conta da covid-19, e de logística têm causado atrasos e aumentos no custo de transporte, segundo empresas da área de refrigeração e ar condicionado.
Dentro de todo esse contexto, os preços dos produtos, dispararam nos últimos dias e seguem aumentando. A alta do dólar também influencia o preço dos fluorquímicos.
Segundo o diretor de comunicação e marketing da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Paulo Neulaender, diversos fatores têm pressionado os preços dos fluidos refrigerantes.
“Em meio a crise sanitária, o Brasil diminuiu suas importações em 2020, usando muito o estoque local”, explica o especialista. “O mercado voltou a se aquecer a partir de junho, e isso fez aumentar o consumo dos fluidos refrigerantes”, acrescenta.
Para piorar a situação, o frete marítimo internacional subiu mais de 500% nos últimos 15 meses. A demora dos EUA em aderir a Emenda de Kigali, pacto climático que visa reduzir a produção e o consumo de HFCs, também pressiona os preços desses compostos.
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“Os EUA vêm comprando fluidos refrigerante da China para aumentar seu estoque local. Para os chineses, compensa mais vender para os clientes de lá do que para os brasileiros, pois os norte-americanos pagam melhor”, diz.
“Devemos continuar sofrendo com esta questão dos fluidos refrigerantes até janeiro do ano que vem. E não somente em relação a fluidos. Também estamos percebendo falta de outros insumos para a manutenção do setor de HVAC-R”, ressalta.
Chemours apresenta webinar gratuito sobre fluidos refrigerantes
Na próxima quinta-feira, 23 de setembro, das 19h às 20h30, a Chemours realizará um webinar gratuito sobre fluidos refrigerantes, voltado para profissionais e estudantes dos setores de refrigeração, climatização, ar-condicionado automotivo e transporte refrigerado.
O webinar será apresentado por Amaral Gurgel, consultor técnico da Chemours no Brasil, que possui mais de 40 anos de experiência no setor HVAC-R, e abordará as tendências e novas tecnologias do setor, como realizar o manuseio seguro dos fluidos, dicas de boas práticas na refrigeração e como selecionar o fluido refrigerantes adequado para cada segmento de aplicação.
A palestra será transmitida ao vivo por meio da plataforma GoToWebinar e será emitido um certificado de participação para todos que assistirem.
Para participar do evento é necessário realizar a inscrição previamente por meio deste link: https://lnkd.in/gpmxqtbe.
Samsung realiza evento online de ar-condicionado
No dia 21 de setembro, às 18h30, acontece o Encontro Climatiza 2021, evento online organizado pela Samsung para anunciar os lançamentos e novidades da área de ar-condicionado para o ano.
Com vagas limitadas e entrega de prêmios que podem chegar a R$ 1.000,00 em vale-compras, o evento terá a participação de profissionais especializados em instalação e manutenção de aparelhos de ar-condicionado que se destacaram nas redes sociais ao gerar discussões sobre o setor, como William Portela, Rogério Lima, Daniel Bessa e Gisiele e Luis Severo, e terá o apresentador e humorista Marco Gonçalves como mestre de cerimônia.
Transmitido do Centro de Treinamento de Santana, em São Paulo, e seguindo todos os protocolos sanitários, a programação do Encontro Climatiza 2021 prevê a apresentação dos modelos de aparelhos de ar-condicionado em operação, além de treinamentos e dinâmicas especiais ao longo da transmissão, exibida no YouTube pelo link https://www.youtube.com/watch?v=-61yK8KGG8E. Saiba mais no site Samsung.com.br/climatiza e se inscreva.
Comércio amplia investimentos em lojas virtuais

Pandemia de covid-19 acelerou investimentos em plataformas de e-commerce para dar conta do aumento da demanda por peças e equipamentos.
A costumados à interação feita no balcão, momento em que vendedores – e em muitos casos, até mesmo o dono do estabelecimento – esclarecem dúvidas de técnicos e instaladores sobre seus produtos, os varejistas especializados em equipamentos e peças para refrigeração e climatização já entenderam o tamanho deste modelo de comercialização. Enquanto algumas empresas já contam com anos de experiência no e-commerce, outras ampliaram os investimentos em plataformas on-line e a variedade de SKUs (unidade que designa os diferentes itens do estoque, estando normalmente associada a um código identificador), especialmente após o início da pandemia do novo coronavírus.
Reconhecido case de sucesso no HVAC-R nacional, a varejista niteroiense Eletrofrigor sentiu o impacto da pandemia nos negócios, com uma queda significativa nas vendas a partir do começo da crise sanitária no ano passado.
Com isso, foram três meses de incertezas, mas quando este elo da cadeia do frio também foi declarado serviço essencial, as coisas foram voltando aos eixos. A retomada se deu a partir de outubro do ano passado e foi crescendo gradualmente até abril deste ano, quando a entrada do outono trouxe a natural retração das vendas. “As vendas estão muito pulverizadas, temos mais de cinco mil itens disponíveis no site, e vamos acrescentar outros mil itens até o fim de 2021, a fim de oferecer todos os tipos de solução para o profissional de instalação e manutenção”, acrescenta a CEO da Eletrofrigor, Graciele Davince Pereira.
Para elevar as vendas on-line, especialmente de ferramentas e peças para ar-condicionado, eletrodomésticos e refrigeração doméstica e comercial, a empresária informa promover estratégias para aumentar o fluxo de acesso do site, como presença nas redes sociais e Google Ads, além do trabalho de branding que está sendo implementado.
Em junho, em comemoração aos dez anos de fundação da Eletrofrigor, a empresária inaugurou a expansão de sua loja física no centro de Niterói (RJ), praticamente triplicando o espaço útil de 125 m² para 350 m², após a locação do imóvel vizinho. Graciele estima que a ampliação vai elevar em torno de 30% o faturamento nos próximos 12 meses, considerando a maior oferta de produtos, o atendimento simultâneo de mais clientes e o incremento das vendas por impulso com o autosserviço.
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Além da matriz em Niterói, a Eletrofrigor tem uma unidade em São Gonçalo (RJ), um centro de distribuição em Cariacica (ES) e três pontos de retirada – no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro; em Vila Nova, na cidade de Cabo Frio (RJ); e na Barra Funda, zona oeste da Capital paulista.
Outra varejista de renome, a Refrigeração Cacique, de São José do Rio Preto (SP), passou por processo similar. Com a pandemia, se viu obrigada a fortalecer seu setor de e-commerce. Afinal, com menos gente na rua, observou a demanda por produtos on-line fazer uma curva de crescimento considerável.
“Em função dessa nova realidade, nossas perspectivas são muito otimistas para os próximos anos. Temos um mix de produtos que sempre está em alta, mas atualmente a linha comercial é a que mais vende”, explica o analista de comunicação e marketing da Cacique, Danilo de Morais.
Embora não revele o número de SKUs disponíveis para venda on-line, o executivo frisa que o planejamento da companhia rio-pretense é investir cada vez mais no mercado digital, com o objetivo de proporcionar experiências cada vez mais positivas para os clientes.
“Sempre tivemos uma forte influência digital, e continuamos fortalecendo esse modelo, por exemplo, realizando ações em parceria com influenciadores digitais e postando conteúdo de alta relevância nas redes sociais”, salienta Danilo, reforçando que a Refrigeração Cacique conta com uma equipe especializada que cuida de toda a produção de suas campanhas.
Há 23 anos no mercado, a loja oferece peças, componentes e equipamentos para refrigeração doméstica, comercial e industrial, além de câmaras frigoríficas e aparelhos de ar-condicionado. Atualmente, conta com três lojas e dois centros de distribuição. Além da matriz, em São José do Rio Preto, tem uma unidade em Franca (SP) e outra no bairro do Ipiranga, na capital paulista. Dos seus 60 colaboradores, quatro são responsáveis pelo e-commerce. Planos
As vendas em plataforma de e-commerce estão nos planos da paulistana Zeon, que sempre investiu no atendimento de balcão, em sua loja da tradicional Alameda Glete. Desde 2018, o mesmo ocorre na loja de Mogi-Guaçu (SP).
“Nossa empresa, antes e durante a pandemia, não aderiu ao sistema de vendas on-line, pois nosso forte sempre foram as vendas ‘frente a frente’, com os clientes sendo abordados até por telefone pela nossa equipe de telemarketing, além do nosso atendimento presencial”, afirma o gerente comercial da empresa, Luiz Henrique Cardoso Thimoteo.
Fundada oito anos atrás, a varejista conta com cerca de três mil itens disponíveis nas lojas, tendo como carros-chefes o cano de cobre e o gás refrigerante.
“Nosso marketing é feito no dia a dia, venda após venda, cara a cara com o nosso cliente. Nossa filosofia é fazer de tudo para que o nosso cliente não fique muito tempo dentro da loja, pois assim ele sempre acaba retornando”, enfatiza Luiz Henrique.
Evento em Florianópolis reúne engenheiros e projetistas

A Revista do Frio é uma das apoiadoras e estará presente na 1ª Edição do Global Meeting Dannenge 2021, que acontece de 16 a 18 de Setembro de 2021, no Jurerê Internacional, em Florianópolis – SC – Brasil.
O Global Meeting Dannenge, realizado pela Dannenge International, é um evento multidisciplinar que reunirá engenheiros, projetistas, instaladores do mercado de HVAC e outros profissionais de setores clientes para compartilhar suas percepções, ideias e inovações! Além das palestras técnicas, acontecem eventos paralelos com entretenimento, intercâmbio de culturas, networking e outras atrações.
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Serão 3 dias de evento com palestras técnicas dedicadas ao setor de HVAC com enfoque na Qualidade do Ar Interior, Eficiência Energética e Sustentabilidade das Edificações. Contaremos com a presença de profissionais nacionais e internacionais, entre eles, Sebastián Brain e Alejandro Rodas (Oxigena Chile), Carlos Lima (JCI-Hitachi), Rafael de Moura (Mercato Automação), Matheus Lemes (Trane Brasil), Celso Simões Alexandre (Trox Americas), Luis Claudio Almeida (Trox Brasil), Ricardo Cherem de Abreu (RGF Environmental/ Dannenge International), Fernando Abreu (Dannenge International), Eduardo Prado (Tecno Serviços), Eduardo Hugo Muller (Muller Engenharia- ASBRAV), Arnaldo Basile (ABRAVA), Edson Alves (SMACNA BRASIL) e Carlos Trombini (ANPRAC).
Termoisolantes ganham preferência nas novas obras

Fabricantes e revendedores apostam em tubos e mantas cada vez mais eficientes para coibir ruídos entre paredes e lajes, um investimento considerado inteligente que se paga com o tempo.
Embora os tubos e mantas isolantes possam aumentar entre 5% e 7% o custo final de uma obra, especialmente aquelas consideradas “verdes” e sustentáveis, o investimento nesses componentes compensa, devido à economia na conta de energia elétrica no médio e longo prazo, que ocorrem em função do menor uso de climatização, segundo especialistas da área.
Para atender à crescente demanda do mercado, os fabricantes estão investindo em novos materiais, mais eficientes e acessíveis, processo que tem beneficiado fortemente as revendas, incluindo o reposicionamento de marcas e a diversidade de opções de apresentações para venda no balcão.
Tamanha mudança de visão pode ser contemplada por uma engenharia hoje mais preocupada em resolver problemas geralmente camuflados entre lajes e paredes – os excessivos ruídos no sistema hidrossanitário, que tiram o sono de quem mora em casa ou apartamento, se hospeda em hotéis ou trabalha em conjuntos comerciais.
Atualmente em construção na região central de São Paulo e orçado em R$ 2,7 bilhões, o Cidade Matarazzo – complexo multifuncional destinado à hospitalidade, cultura, gastronomia, moda e entretenimento – enquadra-se no rol de projetos que busca solucionar esse problema, uma vez que está investindo em isolamentos termoacústicos.
Escolhida como fornecedora desses componentes para a Torre Mata Atlântica – projeto assinado pelo francês Jean Nouvel –, a multinacional Armacell abastece a obra com o FonoBlock Hidro 20 mm, isolamento à base de espuma elastomérica que revestirá todas as tubulações de esgoto, águas pluviais e ventilação.
Outro cuidado acústico, cada vez mais valorizado em empreendimentos como este, é a atenuação de ruídos entre os andares, incluindo aqueles causados por passos mais fortes e arrastamento de móveis. Para isso, o piso de cada dormitório receberá a aplicação de outro produto, o FonoBlock Laje 8 mm, manta especial produzida a partir de multicamadas de polietileno.
Para o isolamento térmico dos tubos e dutos do sistema de condicionamento de ar, foram escolhidos os isolantes à base de espuma elastomérica AF/Armaflex. Aplicados com o uso do adesivo 520 S, tubos e mantas também envolverão todos os condutores de ar-condicionado do Hotel Rosewood São Paulo, que compõe o projeto do Cidade Matarazzo.
“Além da qualidade comprovada, o fato de a Armacell possuir fábrica no Brasil, em São José (SC), nos tranquiliza quanto à disponibilidade do produto”, afirma Ricardo Murakami, gerente de suprimentos da Prodac, empresa que vem executando a instalação do isolamento térmico em consórcio com a Climapress.
Para Fernando Ricardo Sayão, assistente de engenharia da RFM Construtora, empresa responsável pelo Cidade Matarazzo, mais do que o cumprimento de requisitos técnicos, as tecnologias de isolamento visam atender ao rigor das obras de alto padrão. Afinal, seria frustrante para quem investe milhões em um imóvel ter de ouvir, especialmente de madrugada, a descarga dada pelo condômino do andar de cima.
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“Por sermos especializados nesse perfil de edificação, produtos como os da Armacell nos permitem agradar aos clientes mais exigentes e detalhistas. Neste caso, a instalação desde o início tem corrido tranquilamente, atendendo às expectativas”, enfatiza.
Com três mil funcionários e 23 unidades de produção em 15 países, a empresa opera em dois negócios principais –isolamento avançado e espumas de engenharia.
Com operações no Brasil desde 1995, a Armacell transferiu a sua planta fabril em Pindamonhangaba (SP) para São José (SC), a partir de 2018. A empresa fornece uma ampla gama de produtos para grandes projetos de construção naquela região, incluindo isolantes térmicos para sistemas de refrigeração e ar condicionado. A multinacional alemã acredita tanto nesta tendência que em 2018 adquiriu a chinesa De Xu, fabricante de espuma elastomérica flexível Sinoflex, que tem instalações em Yingde, província de Guangdong.
Eficiência
A evolução de produtos é igualmente uma das características da Epex, indústria com sede em Blumenau (SC) que oferece ao mercado produtos e soluções em termoplásticos expandidos e espuma elastomérica.
Um exemplo está na linha Tubex Inverter, produzida com uma tecnologia que permite o uso de um material com maior número de células por centímetro quadrado, tornando o isolamento mais eficaz, com baixa condutividade térmica, além de promover melhorias no revestimento do tubo, com maior resistência à radiação ultravioleta (UV) e à difusão do vapor de água.
Além do desenvolvimento de um produto mais eficiente, a empresa pensou em facilitar o trabalho da cadeia de consumo, a partir das revendas até o consumidor final. A ideia foi colocá-lo em embalagem slim, contendo 20 barras (40 metros), precisando o varejista somente entregar múltiplos de 20 barras para o instalador. Assim, evita-se o trabalho de contar as peças no balcão.
“Todos são beneficiados, pois reduz-se o tempo de espera no atendimento da loja e agrega-se valor ao serviço, chegando na obra com o produto bem embalado e apresentável para o cliente final”, justifica a administradora Jucimara Crispim, diretora comercial da Epex.
A indústria brasileira é distribuidora exclusiva para a América Latina da espuma elastomérica Wincell, isolamento de alta performance fabricado na China. Na planta em Blumenau, fabrica a linha Tubex e outros produtos do gênero. E em Pernambuco conta com um depósito de 800 m2, com o objetivo de auxiliar e agilizar as entregas para os estados do Nordeste.
A gestora afirma que a Epex atua em alguns negócios B2B, mas o principal canal de comercialização é formado pelas revendas voltadas HVAC-R em todo Brasil. Ao olhar o movimento do mercado, ela diz trabalhar com as melhores perspectivas para o segundo semestre deste ano e para 2022. “Estamos investindo em tecnologia de fabricação, desenvolvimento de novos insumos e matérias-primas, além de fechar parcerias com profissionais que representam o setor, tudo para fomentar e atender da melhor forma à demanda que, com certeza, está por vir”, complementa Jucimara.
Splits com R-290 na Europa
Segundo a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido, na sigla em inglês), a primeira remessa dos aparelhos chegou recentemente à sede europeia da empresa, na Alemanha.
A agência da ONU avalia que “a disponibilidade dos splits com R-290 da Midea deve agitar o mercado europeu, conduzindo a uma transição que ajudará a reduzir o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa [GEE] no continente”.
Fonte: Blog do Frio
Indústrias Tosi fornece equipamentos para o Hospital Tacchini
Fundado em 1924, o Hospital Tacchini, localizado em Bento Gonçalves (RS), surgiu da necessidade de uma estrutura que pudesse abrigar equipamentos e remédios que dessem ao médico italiano, Bartholomeu Tacchini, as condições de trabalho para atender a população. Resultado da união da comunidade, o primeiro prédio hospitalar foi concluído em 1927.
Nestes 96 anos, o Hospital Tacchini passou por várias ampliações e modernizações em seu complexo hospitalar. Em 2013, através da parceria com as Indústrias Tosi, o Hospital passou por um retrofit e adquiriu chillers de 90 TR e de 180 TR de condensação a água, fornecidos pela empresa. Em 2019, o complexo hospitalar passou por uma ampliação de área construída, concluída em 2021, optando pela instalação de um novo chiller de 120 TR da Multistack, parceira da Tosi, alcançando um COP (Coeficiente de Performance) de aproximadamente 0,6475 kW/TR (5,43 kW/kW), monitorado remotamente da fábrica, localizada em Cabreúva, interior de São Paulo.
De acordo com Lucas Tosi, engenheiro da Indústrias Tosi, novas construções têm adotado equipamentos que proporcionam maior economia de energia, como o Turbocor, compressor centrífugo com mancais magnéticos de última geração da Multistack, que contribui para a diminuição do consumo de energia graças à sua alta eficiência.

Equipamento possui monitoramento remoto
“Ao invés da lubrificação a óleo, o Turbocor utiliza mancais magnéticos permanentes. Isto reduz as perdas por fricção, tornando o compressor mais eficiente. A operação sem óleo também reduz a complexidade ao mesmo tempo em que diminui os custos. As principais características dos compressores Turbocor com mancais magnéticos são, além do fato de não utilizarem óleo para lubrificação de seus mancais, operando por levitação magnética, o uso de duplo estágio de compressão que, além de melhorar a eficiência, permite que se atinjam diferenciais de pressão suficientes para o uso em chillers de condensação à ar e a incorporação da variação da velocidade de rotação, garantindo a excepcional performance em cargas parciais, que repre sentam mais de 90% do tempo de uso dos chillers”, explica.
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Marcos Santamaria, engenheiro da Tosi, destaca que o principal desafio foi apresentar o menor consumo médio de energia. “A plena carga, os compressores Turbocor de capacidades equivalentes a de compressores parafuso apresentam eficiência semelhantes a dos melhores compressores centrífugos de capacidades superiores, com COP na faixa de 0,5 kW/TR a 0,6 kW/TR na condensação a água e 0,9 kW/TR a 1,0 kW/TR na condensação à ar. Mas é nas operações em cargas parciais, especialmente em condições onde as temperaturas de condensação são mais baixas e que representam a maior parte do tempo de operação dos equipamentos, é que estes compressores atingem índices de eficiência mais impressionantes, com IPLV (Valor Integrado de Carga Parcial) na faixa de 0,30 kW/TR a 0,35 kW/TR na condensação à água e 0,50 kW/TR a 0, 60kW/TR na condensação à ar”, comenta.
Santamaria acrescenta que chillers com compressores centrífugos com mancais magnéticos Turbocor são especialmente indicados para instalações que operam 24 horas, como é o caso do Hospital Tacchini, em 3 turnos: “Durante a noite, temos temperaturas mais baixas e é nesta condição operacional que estes compressores ampliam sua vantagem em termos de eficiência energética em relação aos demais tipos de compressores, como também o prazo para o retorno do investimento adicional em chillers de alta eficiência energética com esta tecnologia embarcada”.
Outra característica do sistema de velocidade variável com mancais magnéticos sem óleo, segundo o engenheiro, é o seu tamanho, reduzindo o espaço necessário para instalação. Seu baixo ruído (72 dB) e sem vibração elimina a necessidade de equipamentos de isolamento e facilita a construção da unidade, bem como reduz os custos de instalação do sistema. Por sua vez, o fato de não conter óleo economiza no custo de manutenção no pós-venda.

Chiller -120 TR
Central de Água Gelada otimizada
De acordo com Santamaria, a composição da CAG (Central de Água Gelada) influência a eficiência na aplicação de qualquer chiller, como é o caso de chillers em série ao invés de em paralelo, diferenças que se acentuam ainda mais com compressores Turbocor, capazes de tirar proveito ainda maior da redução nos diferenciais de pressão de evaporação e condensação em relação aos chillers com outros tipos de compressores.
“Exemplificando, qualquer compressor apresenta maior eficiência energética quando o diferencial entre as temperaturas de evaporação e condensação do fluido refrigerante são menores, mas, são os compressores centrífugos com mancais magnéticos isentos de óleo que podem trabalhar com os menores diferenciais de pressão provenientes das temperaturas de condensação mais baixas. Compressores que utilizam óleo como lubrificante de seus mancais não podem operar com pressões de condensação abaixo de um determinado limite, pois passam a apresentar problemas de lubrificação que podem levar a quebra destes compressores, impedindo que atinjam melhores índices de eficiência energética em condições operacionais de temperaturas de condensação mais baixas”, informa.
Ele diz ainda que o payback para o usuário é em geral muito rápido, já que 99% da operação dos equipamentos é em condições de carga parcial, onde a eficiência energética dos compressores com mancais magnéticos é muito elevada, além da baixa manutenção, adequação da carga térmica desejada e controle preciso do sistema, o que se traduz em conforto térmico com economia de energia e rapidez de resposta.
A Indústrias Tosi foi pioneira na introdução de chillers com esta tecnologia no Brasil, e equipamentos operando há mais de 10 anos em diversos tipos de instalações.


