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Johnson Controls-Hitachi realiza três treinamentos para instaladores em janeiro

Em janeiro, a Johnson Controls–Hitachi Ar Condicionado dará início à sua programação de treinamentos para instaladores prevista para 2023 com a realização de três cursos para interessados em conhecer mais sobre seus produtos e como fazer uma melhor instalação, operação e manutenção deles. No total, a multinacional oferece seis cursos regularmente com o objetivo de colaborar com a qualificação de profissionais do segmento de climatização e ar condicionado.

Entre os dias 17 e 20, as aulas serão sobre VRF – SET FREE SIGMA, Side Smart, Mini VRF e Sig Splitão no formato presencial. Nos dias 23 e 24 o curso será sobre Chiller Scroll Inverter e Fixo também presencial, enquanto no dia 26 será Chiller Scroll Inverter e Fixo na modalidade on-line.

Prof. Neto: Capacitação é sua missão

Adalberto Bezerra da Rocha Neto, conhecido como “Prof. Neto Climatização”, ingressou como profissional de HVAC através da Arclima Engenharia, em Recife (PE). O ano era 2004, começando sua carreira como estagiário. Após seis meses, foi contratado como auxiliar técnico. Ao concluir o curso, foi destacado para compor uma equipe em Caruaru, interior de Pernambuco, supervisionando contratos de manutenção. Desde então, nesses 12 anos, Prof. Neto adotou Caruaru como sua cidade.

Natural de Recife (PE), hoje ele está à frente da RN Cursos Profissionalizantes, como diretor e instrutor do Cursos de Refrigeração e Climatização. Formado em Técnico de Refrigeração e Climatização, Técnico em Eletrotécnica e Graduado em Engenharia Mecânica, ele conta como se tornou professor.

“Sou da área de manutenção de sistemas de climatização de grande porte, atuando em sistemas para shopping center, entre outros. Em 2016, cai de paraquedas em salas de aulas, em cursos profissionalizantes, onde tive uma passagem de 5 anos por uma instituição conhecida nacionalmente. Me apaixonei pela sala de aula por repassar conhecimento, mas o que me motivou e que me motiva até agora é mudar a vida de pessoas através do conhecimento. Escutar relatos de ex-alunos e famílias que tiveram outro rumo após nos conhecermos em sala de aula é gratificante, motivador. Foi no período de pandemia que tive a oportunidade de ingressar nas redes sociais, ficando com mais evidência, onde surgiu para os que me acompanhavam o apelido Prof. Neto Climatização. Nesta época, conheci pessoas incríveis e juntos, conseguimos levar conhecimento a milhares de profissionais no Brasil”.

Seu maior desafio foi deixar a empresa que trabalhava e acreditar no sonho de ter um Centro de Treinamento, onde poderia fazer a diferença na vida de outras pessoas ensinando a profissão.

“Foi quando surgiu a RN Cursos Profissionalizantes. Hoje, somos o melhor Centro de Treinamento em sistema Inverter em Pernambuco e já temos planos para crescimento. Tenho vários canais nas redes sociais dedicados a ministrar conhecimento através do Instagram, Youtube e TikTok.  Acredito que a indústria do frio encontrou um atalho para levar novidades técnicas e comerciais de forma fácil e rápida. Fazer parte disso é uma experiência singular. Creio que, quanto mais capacitados os técnicos em campo estiverem, será melhor para todos, principalmente para o cliente final. Não esqueçamos que a refrigeração e climatização é parte da engenharia e não há possibilidade de trabalhar com excelência sem estudo e treinamento específico, por isso, não importa o quanto você acha que sabe, sempre existirá algo que você não domina ou ainda não conhece. Estude, torne-se especialista na sua área de atuação, seja o melhor, fique próximo dos melhores. Uma frase do filme Arremessando Alto pode resumir o que levo comigo ‘A obsessão ganha do talento todas as vezes. Mergulhe, saia do óbvio, a busca incessante pelo conhecimento também é uma forma de idolatria, um tipo de adoração fanática, a um deus que jamais se deixará ser achado por nenhum mortal’”.

A arte da refrigeração

Ao longo desses anos, Prof. Neto construiu uma carreira sólida e acalenta seu maior sonho, entre todos, o de construir um super CT no Nordeste.

“Confesso que os amigos mais próximos estão ligados a refrigeração. E graças a Deus e a essa profissão, já fiz até uma viagem internacional, entre tantas outras coisas que conquistei. Ainda tenho um sonho, o de construir um super Centro de Treinamento aqui no Nordeste e através dele alcançar pessoas e levar a mudança de vida para muitas delas, ensinando arte da refrigeração”.

Pai de Anna Beatryz, com 13 anos, e de Analice, 10 anos, suas filhas são o maior tesouro, as meninas de seus olhos.

“Tenho duas filhas queridas e estamos sempre juntos. Elas são incríveis! Compartilho com elas um dos meus hobbies favoritos, tocar instrumentos musicais, a música me traz momentos relaxantes e de paz”.

Ele deixa uma mensagem a todos os profissionais do mercado de HVAC-R: “Agradeço a Deus por minha existência, a todos que direta e indiretamente me ajudaram a chegar aonde estou! Não sou rico, nem o mais inteligente, nem muito menos o melhor, mais faço o melhor que posso para atender meus clientes e superar as expectativas dos meus alunos. Tenho ciência que devo continuar em busca de conhecimento e acima de tudo, levar o que já domino para mais e mais pessoas e fazer a diferença na vida delas. Agradeço também a indústria da refrigeração e climatização pela iniciativa de aproximar o fabricante e o instalador, que tem sido de fundamental importância para os técnicos em campo, para a própria indústria e principalmente, aos clientes. A toda equipe da Revista do Frio, minha eterna gratidão por essa oportunidade e pelo incrível trabalho realizado por vocês, que tem ajudado aos nobres colegas do mundo HVAC-R”, conclui.

 

Com Anna Beatryz e Analice, as meninas de seus olhos

Descarbonização da economia passa pelo isolamento térmico

Tecnologia garante conforto, bem-estar e redução de consumo de energia nas construções.

Agora que a economia de energia deixou de ser uma questão puramente técnica para estar na boca de todo mundo, é hora de falar com clareza sobre quais são os elementos que mais podem resultar em consumo menor de energia em edifícios e instalações de refrigeração e ar condicionado. Para atingir isso, uma das chaves é o isolamento térmico.

Atualmente, o mercado dispõe de uma vasta gama de fontes limpas e renováveis – solar, eólica, geotérmica e biomassa – para tornar o consumo energético menos intensivo em carbono. No entanto, sistemas eficientes e mais ecológicos só serão úteis se forem instalados em edifícios bem isolados, uma vez que grande parte da energia gerada é perdida em construções sem isolamento adequado.

Nos ambientes construídos, para se obter um correto isolamento térmico, é preciso dar especial atenção às paredes e ao teto. Ao investir no isolamento de ambos, não se obtém apenas economias significativas de energia, como também se agrega mais conforto e bem-estar para os ocupantes de casas, escritórios e fábricas.

Atualmente, existem muitos materiais que podem ser utilizados para isolar internamente uma construção, como poliuretano (PUR), fibra de vidro, lã mineral, placa de lã de madeira etc.

Segundo os especialistas da área, esses materiais são muito fáceis de serem instalados e podem ser implantados facilmente, gerando benefícios diretos para o bolso e o planeta – afinal de contas, as cidades, onde ficam a maioria absoluta das construções, são responsáveis pelo consumo de 78% da energia mundial e por 60% das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

É por isso que a descarbonização dos edifícios passa pelo isolamento térmico. “A melhor energia é aquela que não é produzida porque não é necessária a sua utilização. Isso significa que a redução da demanda energética através do isolamento térmico também deve ser priorizada”, explica Luis Mateo, diretor da associação espanhola de fabricantes do setor.

Segundo ele, um edifício com um nível ótimo de isolamento “sempre” reduzirá suas necessidades energéticas e, consequentemente, emitirá menos dióxido de carbono ao longo de sua vida útil.

“Dessa forma, o isolamento térmico torna os edifícios mais sustentáveis, melhora a qualidade de vida das pessoas e valoriza as construções”, conclui.

 Qualidade acústica

Com o aumento do trabalho remoto, o isolamento termoacústico também provou-se essencial para a produtividade.

Segundo o engenheiro Gilmar Luiz Pacheco Roth, membro da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), embora não existam dados concretos, é possível observar que, desde julho de 2013, quando a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais (NBR 15575) entrou em vigor, o setor de incorporação passou a pensar na qualidade acústica de seus prédios.

“Um bom isolamento acústico pode servir tanto para residências como ambientes de trabalho e estudo, além de locais corporativos para apresentações e reuniões”, diz.

“A indústria, prontamente, passou a investir no desenvolvimento de materiais acústicos, elementos e sistemas tanto de isolamento, como mantas, quanto na melhor performance de esquadrias e elementos de vedação”, afirma.

Já os construtores, segundo ele, passaram a investir em medições acústicas em obras, para certificação do desempenho das opções escolhidas. Paralelo às ações citadas, consultorias especializadas e ensaios laboratoriais específicos para produzir parâmetros na qualidade acústica dos prédios tiveram um crescimento considerável por solicitação dos construtores.

O especialista explica que o isolamento acústico está diretamente relacionado ao controle de ruído, seja por via estrutural de um prédio ocasionado por vibrações de algum equipamento mecânico, ou ruído aéreo, produzido por inúmeras fontes, móveis ou fixas. Já o conforto acústico é o resultado obtido através do isolamento acústico de um ambiente, e pode ser combinado com o condicionamento acústico, que se refere à qualidade dos sons produzidos num ambiente interno e sua propagação no recinto e cuida do controle do tempo de reverberação (eco).

“A acústica bem projetada de um ambiente para desempenho de atividades laborais é fundamental para a produtividade e bem-estar dos usuários. Acústica e saúde andam juntas, pois uma das vantagens de um ambiente bem projetado acusticamente é a contribuição para melhorar a concentração e a diminuição do estresse, geralmente causado por ruídos excessivos, conversas paralelas, equipamentos ruidosos e outras situações conflitantes de trabalho, muito comuns nos meios corporativos”, acrescenta.

 Cadeia do frio

Muitos produtos, como alimentos e produtos fármacos, por exemplo, precisam ser acondicionados em ambientes refrigerados. O objetivo é que, armazenados por um certo período em um ambiente de temperatura controlada, de acordo com suas necessidades específicas individuais, os itens tenham sua vida útil garantida.

Para isso, atacadistas e varejistas utilizam câmaras frias, que são consideradas um dos equipamentos mais importantes para garantir o isolamento térmico e manter a conservação dos produtos estocados.

Fazer o controle de temperatura das câmaras frias, no entanto, não é tarefa fácil. Formadas por uma série de equipamentos que auxiliam no isolamento do ambiente e impedem a entrada de calor no espaço interno, elas exigem uma verdadeira barreira protetora dos insumos.

“Quando o local sofre com a entrada de calor, é possível que a câmara frigorífica tenha infiltrações que podem causar instabilidades climáticas, por exemplo. Além disso, a falta de vedação das paredes ou portas isolantes e a abertura delas por longos períodos ocasiona a entrada de calor no espaço e pode resultar em um problema sério, como perda dos produtos e aumento de custos. Por essa razão, é importante contar com equipamentos que permitam máxima vedação e o isolamento térmico industrial, como é o caso de uma porta rápida”, comenta Giordania Tavares, diretora-executiva da Rayflex.

Ela explica que, para a montagem de uma câmara frigorífica para estocagem de produtos já resfriados ou congelados, é importante definir o fluxo e o nível de rigorosidade.

“As movimentações que acontecem em uma câmara fria industrial precisam de agilidade. O principal desafio encontrado em locais voltados para o isolamento térmico e que necessitam de uma alta taxa de movimentação é justamente preservar essa temperatura com a abertura e fechamento das portas”, diz a executiva.

E são as portas um dos principais equipamentos dessas câmaras frias. “Geralmente, o acesso a esses locais é feito com o uso de uma empilhadeira ou paleteira. O recomendado é que as portas tenham abertura e fechamento muito rápido ou que não precisem de intervenção humana direta, podendo ser acionadas também por botoeira, puxador, controle remoto e laço de indução. Sem isso, um operador precisará descer da paleteira para fechar a porta”, completa.

No mercado brasileiro, dois tipos de painéis isotérmicos vêm se destacando na utilização em câmaras frias, sendo eles o com núcleo em poliisocianurato (PIR) e o poliestireno expandido (EPS), conforme ressalta o CEO da Dufrio, Guillermo Zanon.

“O PIR é um plástico termofixo, obtido da mesma forma que o PUR, com alguns diferenciais químicos e de composição e que apresenta também excelentes propriedades termoisolantes e mecânicas. Tecnicamente, se diferencia do PUR por apresentar melhor resistência térmica a altas temperaturas. As placas de PIR são compostas de 95% de células fechadas e o restante de abertas”, explica.

“Por conta disso, o PIR não absorve água. Entre as vantagens, apresenta baixo índice de condutibilidade térmica, o que, comparado a outros produtos voltados ao isolamento térmico, é bastante interessante, necessitando de uma espessura menor para ter o mesmo nível de isolamento de outros, ou seja, ele é mais eficiente”, detalha.

Por não ser necessária a utilização de água na sua instalação e nem na produção, é considerado uma construção seca. “Ambas as opções – PIR e EPS – são painéis que chegam prontos para instalação, o que proporciona um canteiro de obras limpo, alta produtividade, livre de entulhos e de desperdício de materiais. Trabalham tanto como revestimento de vedação, quanto estrutural, e, por isso, dispensam chapisco e reboco, diminuindo o peso próprio das edificações”, salienta o executivo, lembrando que a Dufrio fornece essas tecnologias para “vários segmentos, como frigoríficos, abatedouros, logística de alimentos e medicamentos, supermercados, agronegócio e lojas de conveniência, entre outros”.

Outro grande player nacional, a Frigelar também se mantém atenta à evolução e às demandas do segmento. “O isolamento térmico está completamente ligado à eficiência energética, assunto que é pauta e desafio para o mercado brasileiro”, diz o gerente de vendas da divisão industrial da companhia, Eduardo Machado.

“Painéis termoisolantes de alto rendimento são bem-vistos pelos clientes que buscam a excelência em suas operações. A EOS/Frigelar tem fornecido ao setor painéis e portas frigoríficas de altíssima qualidade. As densidades implicam diretamente na barreira de troca de calor e, por esse motivo, temos investido muito nos controles internos. Os encaixes dos painéis, a injeção de portas, a densidade do EPS são requisitos básicos para um maior isolamento”, acrescenta.

Para o gestor, o mercado, principalmente os nichos de armazenagem, transporte e estocagem frigorificados, está em alta. “Indústrias, varejos e comércios estão sendo desafiados a evitarem o desperdício, uma vez que os custos estão cada vez mais altos.

O desperdício por armazenagens inadequadas, por exemplo, ocasiona uma diminuição direta das margens de lucro, muitas vezes impedindo o crescimento dos negócios.”

 Expectativas para 2023

De maneira geral, a indústria brasileira de isolantes termoacústicos está relativamente confiante com relação às perspectivas de negócios para o ano que vem, apesar do cenário bastante recessivo previsto em algumas regiões do mundo.

“O Brasil pode aparecer como uma boa alternativa de investimento estrangeiro, podendo acelerar negócios em 2023, inclusive no segmento da construção, e, por consequência, afetando positivamente o segmento de isolantes térmicos no próximo ano”, avalia o diretor-geral da Armacell, Mansur Haddad.

“É claro que isso dependerá também das definições do próximo governo, e na condição que ele estabeleça uma agenda de responsabilidade fiscal, assim como uma boa base de segurança jurídica aos investidores externos. Acreditamos também que uma parte do bom crescimento encontrado no nosso segmento nos últimos dois anos seguirá ocorrendo em 2023 devido às dinâmicas inércias naturais dos mercados do HVAC-R”, completa.

Segundo o executivo, a Armacell vem trabalhando e investindo constantemente na qualidade de seus produtos, “para oferecer aos nossos clientes soluções de alta performance”.

“Este ano, inauguramos o Centro Tecnológico Armacell (CTA), projetado para realização de testes, concepção e aperfeiçoamento de produtos e materiais, aprimoramento de tecnologias de instalação, desenvolvimento de peças de isolamento pré-fabricadas (fittings), além de possuir infraestrutura para treinamentos on-line e presenciais”, revela.

“O CTA será o eixo central de inovação na América do Sul, ou seja, referência no mercado em isolamentos térmicos na tecnologia de elastoméricos e polietilenos, através da implementação de conceitos como o de joint innovation ou mesmo de inovação aberta”, enfatiza.

A Epex – outro grande nome do setor – pretende se manter firme em seu “propósito de levar produtos de qualidade ao mercado, visando sempre facilitar o dia a dia de revendas e instaladores, mesmo diante do incêndio de grandes proporções que atingiu a empresa em julho”, conforme esclarece a diretora comercial companhia, Juci Crsipim.

“Pensando nisso, seguiremos fornecendo nosso isolamento Tubex Inverter na embalagem Slim (20 barras por pacote), isolamento Tubex Dreno também na embalagem Slim (15 barras por pacote), além da nossa manta protetora de superfícies Protepiso. Cabe igualmente ressaltar a parceria Epex Wincell estará ainda mais forte no próximo ano para o mercado de espuma elastomérica na América Latina”, diz a executiva, ressaltando que as expectativas da empresa para 2023 estão elevadas e agradecendo “imensamente ao mercado de climatização e refrigeração por todo apoio dado à epex” após o incêndio em sua planta.

Quem também está otimista em relação ao desempenho do setor no próximo ano é a Rocktec. “Em 2021, falando em números reais de produtividade, nós tivemos um crescimento de 48% em relação a 2020. Enfim, foi um ano incrível e, por essa razão, difícil de ser superado, mas fomos surpreendidos em 2022, para o qual temos um crescimento previsto de 11,5% sobre 2021. Isso é fantástico”, explica o diretor comercial da empresa, Elias Barbosa.

“A Rocktec vem, nos últimos anos, se destacando no segmento de sistemas de ar condicionado com sua linha de pré-isolados AluPir, referência no Brasil e em outros sete países com bastante força, tanto que ainda no primeiro semestre de 2023 estaremos inaugurando nossa nova sede”, diz.

“Nesse novo local, teremos mais uma máquina de linha contínua e, até final do segundo semestre de 2024, estaremos com três máquinas desse tipo em operação. Com isso, teremos preços ainda mais competitivos para oferecer ao mercado nacional e em alguns outros mais países onde estamos buscando novas parcerias”, antecipa o executivo.

Monitoramento remoto, a pedra angular do supermercado moderno

Visto anteriormente como um complemento dispensável, os sistemas de monitoramento dos equipamentos do frio se tornaram ferramentas essenciais para varejistas que buscam maximizar a eficiência de seus sistemas e minimizar as perdas por paradas inesperadas, principalmente por mau funcionamento de componentes.

Ao procurar sistemas supervisórios, os supermercadistas entendem que a telegestão dos equipamentos nas lojas, o gerenciamento remoto de alarmes e a otimização dos parâmetros são hoje demandas inegociáveis, dada a grande importância que estes aspectos ganharam no HVAC-R.

Antes da chegada das tecnologias de monitoramento a distância, uma falha comum, a exemplo de um evaporador bloqueado por gelo, gerava altos custos de manutenção, visto que nesses casos havia a necessidade de deslocamento de uma equipe de serviço ao local para que fosse possível forçar um degelo manualmente.

“Hoje, algumas plataformas como o RED possuem algoritmos otimizados que conseguem prever uma possível perda de rendimento de um evaporador em um supermercado e gerar uma notificação para as equipes de monitoramento remoto para que uma revisão na configuração de degelo possa ser realizada a partir de uma central única de supervisão. Mesmo que esteja a centenas de quilômetros de distância não há necessidade de deslocar equipes técnicas ao local”, afirma o gerente técnico da Carel na América Latina, Marcel Nishimori.

As tecnologias de monitoramento atualmente disponíveis no mercado se refletem fortemente para minimizar os efeitos negativos de paradas para manutenção. “Ao visualizar os sistemas de supervisão e os gráficos com diversas informações termodinâmicas, as equipes de supervisão remotas conseguem realizar uma análise mais precisa e deslocar ao campo o tipo de profissional mais adequado para a realização da manutenção de forma mais assertiva e rápida”, explica o gestor.

Um dos principais produtos da Carel nesta linha específica da cadeia do frio é o Sistema Boss de monitoramento local. O componente supervisório permite conectar todos os dispositivos eletrônicos instalados nos equipamentos de frio alimentar, iluminação, ar-condicionado e outros que possam comunicar-se por meio de protocolos abertos, tais como ModBus, Bacnet, SNMP, entre outros.

“Esses dispositivos são essenciais para o armazenamento de informações de operação dos equipamentos, gestão de alarmes e a possibilidade de otimizar os sistemas pela integração entre os controles da casa de máquina (racks) e os evaporadores instalados nas câmaras frias e expositores. Funções como sucção flutuante, modulação de resistência de orvalho, entre outras, só podem ser executadas ao interligar todos os dispositivos através de um sistema supervisório”, detalha Nishimori.

Já a plataforma RED, ilustra o executivo, é a ferramenta, em nível corporativo, que permite a gestão de múltiplas lojas por meio de um painel de controle único, no qual todas as informações coletadas de centenas de equipamentos de cada estabelecimento são apresentadas em forma de indicadores de fácil compreensão, até para gestores que não são especializados em sistemas de refrigeração.

“A customização da forma em que as informações são apresentadas, além da expertise da nossa empresa em correlacionar os dados termodinâmicos de forma a utilizar algoritmos de machine learning (inteligência das máquinas) para predição de desvios de operação e falhas, são algumas das principais características dessa plataforma revolucionária”, complementa o gerente técnico da Carel.

Para o engenheiro de vendas da Danfoss, Alex Pagiato, os clientes supermercadistas geralmente buscam soluções tecnológicas para minimizar impactos de perdas em sua cadeia.

“Entretanto, podemos constatar que eles não desejam fazer simplesmente o monitoramento, mas, sim, aproveitar os benefícios que ele proporciona. Monitorar não significa dizer que todos os problemas vão desaparecer, mas sim vão ser evidenciados, e para isso ações terão de ser tomadas para alcançar mais performance. As tecnologias atuais proporcionam aos clientes desde o controle de temperatura em balcões e geladeiras até a garantia da qualidade de produtos comercializados, suscitando alarmes que reduzem tempos de paradas”, destaca o executivo.

Segundo ele, outro ponto a se levar em consideração neste cenário é o consumo de energia, um dos grandes vilões dos altos gastos no setor. “Muito precisa ser feito, mas um dos desafios e soluções propostas pela Danfoss é integrar todo o monitoramento de uma loja, incluindo iluminação, ar-condicionado, temperatura, alarmes e energia, garantindo, assim, a melhor gestão do negócio dos nossos clientes”, propõe Pagiato.

O gestor esclarece que o monitoramento de alarmes dos pontos críticos tem um impacto bem positivo, pois o operador recebe a informação, em tempo real, e pode tomar as ações necessárias, remota ou fisicamente.

“Embora cada loja tenha as suas particularidades, o monitoramento pode prever as manutenções preventivas antes que ocorra a manutenção corretiva. Estamos falando de 30% a 60% menos paradas para manutenções corretivas quando se tem o correto monitoramento. Para gerar economia de energia, é necessário realizar os ajustes nos parâmetros da sala de máquinas e no controle de cada ponto refrigerado. Assim, dá para economizar até 26% de energia”, completa Pagiato.

Outro importante player do HVAC-R, a Eletrofrio espera, para os próximos anos, um grande avanço na prestação de serviços de monitoramento remoto para gerenciamento do frio e da energia elétrica para os sistemas de refrigeração comercial.

Na visão do gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues, toda base de hardwares e softwares já está desenvolvida e em operação em uma pequena parcela do varejo brasileiro, a qual já colhe excelentes resultados operacionais – da redução de quebras e de perdas de perecíveis à economia no consumo de energia elétrica.

“Tais avanços rapidamente serão transmitidos ao mercado e muitos outros varejistas procurarão por estes serviços”, projeta o executivo, para quem o monitoramento e gerenciamento de dados são ferramentas poderosas para as rotinas de manutenção, prevalecendo as preditivas e preventivas às corretivas.

“A redução do custo de substituição de peças e de mão de obra é perceptível já no primeiro ano de trabalho, porém nada supera a diminuição das quebras e da perda de produtos perecíveis e o melhor atendimento do consumidor final, aumentando a percepção de qualidade da marca do varejista que se utiliza desses recursos tecnológicos”, constata.

Conhecida pelos expositores frigoríficos presentes nas principais redes de supermercados do País, a Eletrofrio também é fabricante de equipamentos de refrigeração e painéis frigoríficos, não só para a refrigeração comercial, mas também para a industrial, novo mercado de atuação da companhia, que neste ano completou 76 anos de existência.

“Todos os sistemas de refrigeração projetados pela nossa empresa estão aptos a receber controladores eletrônicos interligados a um supervisório que permite acesso remoto, gerenciamento e análise de dados que resultam em uma programação de manutenção preditiva e preventiva, reduzindo as ações corretivas. Esse processo pode diminuir em até 50% as perdas de perecíveis em um supermercado”, enfatiza Marson.

Nessa mesma pegada, o vice-diretor da Full Gauge Controls, Rodnei Peres, entende que a busca por soluções em eficiência energética passa por componentes como controladores digitais inteligentes com funções de set point econômico, controladores para centrais de racks, válvulas de expansão eletrônica, softwares e aplicativos de gerenciamento via internet e equipamentos com compressores de velocidade variável.

“São investimentos que se pagam, na maioria das vezes, no médio prazo. O uso de válvulas de expansão eletrônicas, controladores para racks e software de gerenciamento representa uma economia que pode chegar a 20% logo nas primeiras semanas”, exemplifica o gestor.

A Full Gauge Controls também é famosa pelo software de gerenciamento remoto Sitrad Pro, reconhecido pela facilidade de programação, suporte técnico oferecido e economia de energia gerada.

De acordo com a companhia, um de seus carros-chefes é a linha Valex para controle de válvulas de expansão eletrônica, modelos VX-1025E plus e VX-1050E plus, que garantem economia de cerca de 20% na aquisição de equipamentos que complementam a instalação, já que estes podem ser mais compactos e de menor capacidade.

“Ao realizar o gerenciamento e monitoramento pelo Sitrad Pro, o instalador, o usuário responsável pela manutenção e o proprietário do negócio acessam as informações em tempo real, evitando perdas geradas por uma série de problemas, como a existência de uma porta de uma câmara fria aberta, por exemplo”, justifica Peres.

O monitoramento a partir de sensores sem fio e de alarmes inteligentes também é o foco da Syos, startup parceira da Coel. A empresa tem como clientes supermercadistas que necessitam acompanhar o desempenho de refrigeradores, balcões, freezers e câmaras frias.

“A qualquer sinal de não conformidade, seja por causa de um problema do próprio equipamento, de uma porta de câmara fria aberta, do armazenamento de produtos em excesso em um refrigerador ou algum problema de temperatura, enviamos alertas via WhatsApp indicando qual equipamento está com problema para que o gestor ou seu time possa resolvê-lo de forma rápida e eficiente”, explica o CEO da companhia, Paulo Lerner.

O executivo diz que a inteligência artificial, que capta dados e entende os padrões de temperatura de cada equipamento, consegue identificar e prever falhas antes mesmo de elas acontecerem, fazendo com que a perda de produtos perecíveis seja reduzida significativamente.

“A tecnologia e a gestão inteligente dos nossos sistemas permitem ao supermercadista monitorar sua área refrigerada com segurança e tranquilidade, reduzir o comprometimento dos produtos, garantir mais qualidade e diminuir os custos, principalmente com manutenções emergenciais”, conclui Lerner.

Especializada em projetos de refrigeração comercial e na prestação de serviços de assistência técnica, manutenção preventiva, corretiva, projetos, vendas, retrofits e planejamento de novas obras, a Superfrio também aposta em centrais frigoríficas dotadas de inversores de frequência, válvulas de expansão eletrônicas, condensadores de microcanal e fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global.

Segundo o analista de marketing do fabricante, Eduardo Seraphim, a empresa dispõe de produtos de série e customizados que combinam componentes de última geração desenvolvidos para garantir sua durabilidade, melhorar a qualidade do frio alimentar, economizar energia e reduzir emissões de gases de efeito estufa.

“Com a tecnologia de monitoramento remoto, podemos identificar um problema muito mais rápido, conseguindo assim resolvê-lo em menor tempo. Consequentemente, as perdas se tornam cada vez menores, por conta de paradas em equipamentos do frio alimentar”, diz.

 Compressores

Fabricante das soluções de refrigeração Embraco, a gigante Nidec Global Appliance tem se focado em desenvolver e lançar produtos que respondam às principais demandas dos supermercadistas, como economia de energia e equipamentos tão eficientes que reduzem drasticamente as paradas para manutenção.

Uma das principais tendências tecnológicas oferecidas pela empresa está nos compressores de velocidade variável, que podem entregar até 40% de economia de energia, dependendo da aplicação, em comparação com a tecnologia tradicional de velocidade fixa.

Esses equipamentos oferecem também melhor desempenho na preservação dos alimentos, pois mantêm a temperatura interna dos gabinetes mais estável, bem como promovem a redução de ruído. Com esta tecnologia, o inversor (placa eletrônica) interpreta as necessidades de temperatura do refrigerador e regula a velocidade de rotação do compressor para atender essa demanda.

“O uso de compressores de velocidade variável eleva as possibilidades de aplicação da Internet das Coisas (IoT), pois os inversores que controlam os compressores permitem agregar novos recursos e controles entre o refrigerador e o compressor, os quais permitem, por exemplo, o monitoramento e a atuação remotos”, salienta o diretor de vendas e engenharia de aplicação para América Latina da Nidec, Sander Malutta, também responsável pelo portfólio da Embraco.

O executivo frisa que a companhia tem acompanhado a tendência tecnológica da redução de tamanho dos compressores. De acordo com ele, a miniaturização, por meio do uso de muita tecnologia embarcada, visa à fabricação de compressores menores, mas com a mesma capacidade de refrigeração e geralmente com maior eficiência energética do que seus antecessores.

“Há vários ganhos nisso, como o melhor aproveitamento do espaço interno do gabinete para armazenamento de produtos, a redução do consumo de recursos naturais para fabricação dos compressores e a otimização do transporte, com mais compressores por caminhão ou container”, afirma o diretor.

No Brasil, os carros-chefes para a refrigeração comercial da Nidec são os compressores de velocidade variável, como as linhas VEM e FMF. O VEMT404U foi desenvolvido para aplicações comerciais, como merchandisers e equipamentos de refrigeração para cozinhas profissionais ou outros serviços de alimentação.

O modelo FMF faz parte de uma família de compressores de velocidade variável para aplicações comerciais que apresenta os melhores níveis de eficiência energética do mercado na sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração, segundo a multinacional.

A tecnologia permite controlar melhor o funcionamento do equipamento de refrigeração. O compressor de velocidade variável, por exemplo, funciona acoplado a uma placa eletrônica (inversor).

“Nossos compressores, com essa tecnologia, utilizam um software de controle lógico chamado Smart Drop In, desenvolvido para ajustar a velocidade de rotação do compressor em situações de operações reais para o segmento comercial leve, como o degelo a gás quente ou resistência elétrica, abertura intensiva de porta e rápida recuperação de temperatura, sempre buscando um ponto adequado de consumo de energia”, finaliza Malutta.

RP Refrigeração comemora 2 anos de sucesso no Rio

O empresário Ângelo Amorim, fundador da RP Refrigeração | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Embora tenha somente 41 anos de idade, o refrigerista maranhense Ângelo Amorim, fundador da RP Refrigeração, em Rio das Pedras, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, já dedicou ao HVAC-R mais da metade de sua vida.

Formado pelo Senai de Benfica 22 anos, o empresário é do tipo “raiz”, daquele que trata os clientes pelo nome e conhece profundamente o público que busca peças e componentes em sua loja, compreendendo por quais motivos compram ou deixam de comprar determinados itens.

Essa característica, de sentir as “dores” do cliente e entender suas demandas, além de outros aspectos, como a diversidade de produtos e marcas disponíveis e o atendimento personalizado ao público, tem sido a razão do sucesso da loja, inaugurada em 2020 na Avenida Engenheiro Sousa Filho, 1.162.

Com pouco mais de 200 metros quadrados e 20 colaboradores, atualmente a unidade conta com um portfólio forte, composto por 5.100 itens, proporcionando ao cliente a facilidade de encontrar o que precisa.

Desse amplo catálogo, gás e cobre historicamente são os produtos com mais rotatividade no balcão, como a maioria das lojas do setor. E compressores e placas para máquina de lavar e geladeiras também são os artigos com grande rotatividade.

As demandas principais da varejista atendem linha branca – principalmente refrigeradores, máquinas de lavar e ares-condicionados – e balcões frigoríficos, itens que posiciona a empresa como importante fornecedor na área comercial naquela região.

O cenário favorável para o setor do frio levou Ângelo a também abrir, no início de novembro, uma unidade na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio, onde atualmente moram em torno de 100 mil habitantes, segundo o Censo das Favelas, realizado pelo governo fluminense.

A estratégia de marcar presença em uma localidade populosa como a Rocinha está intimamente ligada ao segmento de refrigeração residencial, que tem se expandido cada vez mais no País.

O estabelecimento de uma unidade na Rocinha se deu porque muitos clientes daquela comunidade, por falta de opções locais, acabavam se deslocando até aqui. E perguntavam por que não montávamos uma loja lá. Então, aguardamos surgir uma oportunidade, porque a procura de um imóvel no local é bastante concorrida e, quando apareceu a chance, alugamos um”, detalha Ângelo.

Balcão da RP Refrigeração | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

O empreendedor explica que comercializa de tudo na loja da Rocinha, como gás botija e gás fracionado, sendo que este último vende bastante, para abastecer cilindros retornáveis. “Lá, se você não tiver isso disponível, nem precisa abrir, porque não vai vender”, comenta.

As repetidas compras de balcão, realizadas várias vezes ao dia pelo mesmo cliente, é outro aspecto relacionado ao atendimento mais exclusivo a este público, composto não só por técnicos mas também por pessoas com algum conhecimento que preferem, elas mesmas, fazer uma instalação ou trocar uma peça, ao invés de pagar R$ 150 ou R$ 200 para um profissional.

Isso é comum em qualquer comunidade do Rio de Janeiro. Tanto que pelo menos 30% do nosso público têm este perfil, e esta situação gera um problema com a validade da garantia do produto. Acontece muito. O cliente não chama o técnico para o serviço, quebra a peça e quer usar a garantia. E quando isso ocorre, não tem jeito, é preciso dizer não”, argumenta Ângelo.

Em dois anos de história, a RP Refrigeração enfrentou muitos desafios, mas a inadimplência sempre esteve entre os maiores. “Apesar de ainda sermos pequenos, temos alguns clientes selecionados para quem fornecemos crédito, e mesmo assim precisamos lidar com o problema da inadimplência. Entretanto, conseguimos negociar bem”, pondera Ângelo.

Segundo o empreendedor, mesmo com todos processos, futuramente o plano é se transformar em uma rede integrada para o setor do frio, uma vez que atualmente já conta com duas prestadoras de serviços e duas lojas. Mesmo crescendo, a ideia é jamais perder a essência.

Pois, no fim, podemos oferecer aos nossos clientes uma ótima infraestrutura de loja, com bom atendimento, preço justo, rapidez de entrega, conforto e acolhimento”, complementa Ângelo, ao reiterar o convite para uma visita à loja, onde será possível se refrescar com o ar-condicionado ou água gelada, ou ainda, degustar um cafezinho e, quem sabe, puxar uma boa prosa.

Equipe da RP Refrigeração com o Clube do Frio na festa de 2 anos da loja carioca | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Estádios climatizados refrescam jogadores e torcida no Catar

Sete das oito arenas da Copa do Mundo do Catar dispõem de sistema de ar condicionado que funciona ao ar livre | Foto: Divulgação/Fifa

Com arenas dotadas de sistema de ar condicionado que refrescam jogadores e torcedores, a Copa do Mundo do Catar está marcando a inauguração de uma nova era tecnológica em termos de conforto térmico ao ar livre.

A tecnologia aplicada em sete das oito arenas cataris foi desenvolvida por uma equipe chefiada pelo engenheiro Saud Abdul-Ghani, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Catar.

O especialista, conhecido como Dr. Cool (algo como Dr. Fresco, em tradução livre), diz que o sistema de climatização cria uma espécie de “bolha microclimática controlada” que envolve cada espectador (são colocados saídas de ar sob os assentos) e cobre o campo (são colocadas saídas de ar ao seu redor), a uma altura que não ultrapassa dois metros em nenhum ponto do recinto.

Além dessa “refrigeração direcionada” e dos esforços de isolamento (fachadas e telhados refletivos projetados para não deixar entrar muito ar externo), há uma operação de circuito quase fechado: o ar quente é aspirado até a metade das arquibancadas e enviado de volta para as plantas de resfriamento subterrâneas. Isso permite um “armazenamento térmico” que evita picos de consumo durante o dia.

O sistema otimiza a injeção de ar resfriado, que foi desumidificado e purificado, resfria apenas algumas áreas se necessário e só é ligado duas horas antes do início de cada partida.

Os projetistas tentaram agilizar o processo. As unidades de ar condicionado podem ser ligadas a equipamentos ou edifícios vizinhos. Esse “resfriamento distrital”, adotado em larga escala nos bairros de West Bay e The Pearl, em Doha, usa entre 40% e 80% menos eletricidade do que os aparelhos de ar condicionado individuais.

Segundo os organizadores do torneio da Fifa, o ar condicionado representará apenas 20% do consumo anual de eletricidade dos estádios. “Os estádios poderão ser usados 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano”, diz Ghani. Embora hipotético, esse uso intensivo justifica a existência dos estádios, mas também promete gastos consideráveis com energia.

Embora as autoridades do Catar não tenham especificado o custo desses sistemas, Ghani admitiu ao The Guardian em 2019 que dobrou ou triplicou o orçamento de construção. No entanto, o engenheiro quer acreditar que sua tecnologia, que não é patenteada, permitirá que outros países quentes sigam na mesma direção.

Trane apresenta novo sistema de chiller RTAG refrigerado a ar

A Trane acaba de criar a linha de chillers RTAG resfriados a ar. Segundo a empresa, a nova linha surgiu para atender aos exigentes padrões de qualidade, onde a capacidade foi levada a condições de extrema exigência em instalações de ambientes críticos, como data centers e armazéns.

“Esta linha de produtos permite que nossos clientes escolham o nível de eficiência desejado em cada modelo, de acordo com suas necessidades, para que tenham controle do consumo energético. Os benefícios para quaisquer negócios são claros: menor consumo de energia, maior economia”, disse Diogo Prado, Diretor Geral da Trane Brasil.

Os chillers RTAG possuem interface touch screen e conectividade por meio de software especializado – Controlador Tracer™ UC800 – o que proporciona uma visualização clara das informações, tendências, geração de relatórios e monitoramento do espaço interno.

“O design acústico da unidade RTAG garante baixa vibração e mínima propagação do som, por isso oferecemos opções para atender às necessidades de sensibilidade acústica do edifício e de seus ocupantes, com testes de potência sonora que atendem aos requisitos da norma ISO 3744”, compartilhou Jorge Ordoñez, Líder de Portfolio Aplicado Trane para a América Latina.

Compressores parafuso duplo, serpentina do condensador em tubo de cobre e aletas de alumínio são alguns dos elementos que integram as unidades RTAG.

2º Café com Conteúdo para mulheres do setor AVACR

O Comitê Nacional de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) realizará no dia 6 de dezembro, das 8 às 13 horas, o “2º Café com Conteúdo: um encontro com as mulheres do AVAC-R”. Homens também são bem-vindos.

Gratuito, o evento será híbrido (simultaneamente presencial e online) e acontecerá na sede da entidade, em São Paulo, com vagas limitadas.

A programação contará com três palestrantes especiais, que farão desta segunda edição um fórum de troca de informações e networking – Bianca Alves, professora do Senai Oscar Rodrigues Alves (“Ensino profissional e suas oportunidades para as mulheres no AVAC-R”); Regina Nogueira, CEO da Re-branding Treinamento (“Rebranding”); e Raimundo Silva, educador executivo e atual diretor da Armstrong do Brasil (“Você no Controle”).

“Organizar a 2ª edição deste encontro com mulheres do setor AVACR,  nos deu uma enorme satisfação. A cada ação que realizamos, vemos como mais um passo dado diante do compromisso que firmamos, que é de contribuir com o desenvolvimento profissional e pessoal das mulheres dos setores que representamos. Acreditamos que, os diferentes perfis dos palestrantes convidados para este Café com Conteúdo nos apresentarão um novo olhar para novas perspectivas e possibilidades”, afirma Priscila Baioco, presidente do Comitê e gerente nacional de vendas e marketing da Armacell.

Danfoss anuncia a intenção de adquirir fabricante alemã de compressores BOCK

A Danfoss anuncia a intenção de adquirir a fabricante de compressores BOCK GmbH da NORD Holding GmbH, com sede em Frickenhausen, Baden-Württemberg, Alemanha.

Com mais de 50 anos de história e ativos de cerca de € 2,5 bilhões, a NORD Holding é uma das principais empresas de gestão de ativos de private equity na Alemanha.

De acordo com o Instituto Internacional de Refrigeração, a tecnologia de refrigeração e ar condicionado representa cerca de 15% do consumo de energia elétrica mundial, tornando cada vez mais relevante a busca por soluções energeticamente eficientes. Soluções inteligentes, combinando alta eficiência energética e refrigerantes de baixo GWP (sigla em inglês para baixo potencial de aquecimento global), tanto naturais quanto sintéticos, são o caminho para refrigeração e ar condicionado sustentáveis.

Ao adquirir a BOCK, a Danfoss adota uma abordagem proativa para promover o desenvolvimento e uso de fluidos refrigerantes de baixo GWP para ajudar a reduzir o aquecimento global e garantir a competitividade da indústria.

De acordo com Jürgen Fischer, Presidente da Divisão de Climate Solutions da Danfoss, a aquisição visa contribuir com a transição verde e ajudar os clientes da companhia em realizar a descarbonização. “Nunca foi tão relevante acelerar a transição verde, e compressores eficientes que funcionam com refrigerantes de baixo GWP são fundamentais para atingir essa meta. Ao expandir nosso portfólio com a linha BOCK de compressores semi-herméticos, cumprimos nossa promessa de ajudar nossos clientes a descarbonizar. O potencial para reduzir as emissões de CO2 é enorme”, afirma Fischer.

Com a aquisição, a Danfoss adiciona o maior portfólio do mundo de compressores semi-herméticos para refrigerantes naturais como CO2 (R744), hidrocarbonetos e outros refrigerantes de baixo GWP ao seu já forte portfólio de compressores centrífugos livres de óleo, inverter-scroll, compressores do tipo parafuso e unidades condensadoras.

“A aquisição criará uma posição única no mercado para os negócios de Compressores Comerciais da Danfoss, e nossos clientes se beneficiarão de um portfólio completo de compressores, incluindo compressores semi-herméticos para CO2, que ajudarão na transição para refrigerantes alternativos e maior eficiência energética”, explica Kristian Strand, Presidente da divisão de Compressores Comerciais da Danfoss.

Com uma força de trabalho existente de cerca de 350 especialistas em compressores em todo o mundo e quatro fábricas em Frickenhausen – Alemanha, Stribo – República Tcheca, Bangalore – Índia e Suzhou, China, a BOCK construiu uma forte reputação como fabricante de compressores que atende sistemas de refrigeração móveis e estacionários sendo destinado para os segmentos de transporte, varejo, logística, armazenamento e processamento de alimentos.

“Este é realmente um momento emocionante para todos nós. Após nosso forte e bem-sucedido crescimento nos últimos 2 anos, agora se tornar parte da família Danfoss abrirá novas oportunidades de negócios para a BOCK. Com base em nossa estreita parceria, podemos afirmar que juntos estamos alinhados para nos tornarmos um dos players mais fortes no negócio de compressores em todo o mundo. Não apenas compartilhamos as mesmas ideias de como desenvolver o negócio, mas também temos os mesmos valores quando se trata de nosso pessoal e como impulsionar o crescimento”, afirma Marcus Albrecht, CEO da BOCK.

Encontro de projetistas discute qualidade do ar e eficiência energética

Mais de 200 profissionais, entre projetistas, engenheiros, varejistas, gestores de facility management e arquitetos, marcaram presença no “XXI Encontro Nacional de Empresas Projetistas e Consultores (ENPC), realizado nos dias 17 e 18 de novembro, em Curitiba (PR).

Foram dois dias de palestras técnicas dedicados à troca de experiências, atualização profissional, difusão de novas tecnologias e networking, por meio de palestras com renomados especialistas e profissionais dos segmentos voltados à concepção de novos empreendimentos e de retrofit de sistemas de climatização instalados.

Organizado pelo DNPC – Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento, o evento teve como tema fundamental para o HVAC-R – “Qualidade do Ar & Eficiência Energética – O importante diálogo a cargo do Engenheiro de Ar-Condicionado e Refrigeração”.

Para Francisco Pimenta, “O ENPC de 2022 consolidou a importância que um projeto tem na implementação de um sistema HVAC. Somente com ele bem concebido e contratado no início do processo é que poderemos prover dois itens fundamentais na climatização de ambientes, Qualidade do Ar e Eficiência Energética.”

A comissão organizadora do XXI ENPC teve como desafio realizar o Encontro em Curitiba com uma proposta diferenciada, considerando equipamentos de climatização e ventilação natural.

A programação foi preparada considerando palestras sobre qualidade do ar e eficiência energética, com a participação de empresas do setor HVAC-R, professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade de Brasília (UnB), além do presidente do Comitê Nacional de Tratamento de Águas, que apresentou um novo olhar para o tema.

O ENPC reuniu, em um mesmo fórum, profissionais multidisciplinares que estimularam importante discussão entre engenheiros e profissionais que atuam em áreas relacionadas, proporcionando atualização de conhecimentos, trocas de informações e acesso às novas tecnologias, tudo sob a ótica de projetos dedicados à climatização e refrigeração.

 

Fonte: Abrava