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20 de junho, Dia da Refrigeração

Hoje (20/6) comemora-se o Dia da Refrigeração, uma efeméride dedicada a celebrar a importância da tecnologia de refrigeração em nossa sociedade moderna.

A data, que tem como um de seus idealizadores o fundador da Revista do Frio, o jornalista Oswaldo Moreira (in memoriam), busca conscientizar e promover o conhecimento sobre os avanços e benefícios proporcionados pela refrigeração.

“A refrigeração desempenha um papel fundamental em diversas áreas de nossas vidas, desde a conservação de alimentos até o conforto em ambientes climatizados”, ressalta o diretor comercial da publicação, Gustavo Moreira.

Com o advento da refrigeração, tornou-se possível armazenar alimentos por períodos mais longos, minimizando o desperdício e garantindo a disponibilidade de produtos frescos em qualquer época do ano. Além disso, a refrigeração também é essencial em setores como a indústria farmacêutica, saúde, transporte de alimentos e muitos outros.

O Dia da Refrigeração é uma oportunidade para destacar as contribuições significativas dessa tecnologia para o desenvolvimento socioeconômico, além de proporcionar um espaço de diálogo e aprendizado sobre as práticas inovadoras que podem tornar a refrigeração mais amigável ao meio ambiente.

A celebração também inclui a premiação de empresas e personalidades do setor, o que deve ocorrer na próxima quinta-feira (22), com a entrega do Troféu Oswaldo Moreira 2023.

O Dia da Refrigeração é um lembrete de que a inovação e a sustentabilidade caminham juntas para construir um futuro melhor.

Escassez de semicondutores impulsiona manutenção de placas eletrônicas

Brutalmente afetada pela covid-19, a partir de 2020, a indústria mundial de microchips agora corre para pelo menos retomar o patamar de produção pré-pandemia.

Usadas largamente em todo mundo – do setor de eletro-portáteis ao automobilístico e das fabricantes de mísseis às do HVAC-R, as placas eletrônicas, compostas por semicondutores, ainda continuam fazendo falta para atender à demanda por produtos novos.

Especialmente na China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul, onde se concentra grande parte da produção desses itens de alta tecnologia, a pandemia trouxe consigo uma série de desafios para fábricas e fornecedores.

Restrições de trabalho, fechamento temporário de fábricas e interrupções na cadeia de suprimentos levaram a uma diminuição brutal – ou mesmo, paralisação total – na produção desses componentes essenciais para o dia o dia das pessoas. Além disso, o aumento da demanda por dispositivos eletrônicos durante o período de lockdown, com mais pessoas trabalhando e estudando em casa, agravou ainda mais a situação.

“Antigamente, a produção dos chips era planejada para computadores, celulares e outros dispositivos de tecnologia da informação, e hoje há geladeiras com algum tipo de inteligência, carros conectados e processos ligados à Internet das Coisas, com várias máquinas conectadas digitalmente”, comenta Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria e devices consumer da consultoria IDC, para quem o crescimento do uso de chips em larga escala passou a exigir um total replanejamento das linhas de produção.

De acordo com a IDC, o mercado global de semicondutores deve fechar 2023 com 6% de aumento em relação ao ano anterior, perfazendo uma receita de US$ 676,3 bilhões, chegando a US$ 745,5 bilhões ao final de 2027. “Estados Unidos e Europa estão recebendo investimentos altíssimos em fábricas de semicondutores, que levam anos para serem construídas. Projetos iniciados em 2021 devem começar a produzir em 2024. São necessários bilhões de dólares para desenvolver uma fábrica dessas e pelo menos de quatro a cinco anos para entrar em produção”, explica Sakis, indicando que a oferta desses produtos tende a demorar um pouco para se estabilizar.

Conhecido por seu dinamismo, o mercado do frio se adaptou a este complexo e inédito processo gerado pela falta de semicondutores, a partir do desenvolvimento de técnicas avançadas para a recuperação de componentes. Assim, foi impulsionado principalmente o segmento formado por empresas e profissionais especializados em manutenção, reparo e recondicionamento de componentes danificados ou defeituosos em placas eletrônicas de equipamentos comerciais e residenciais.

O conserto de placas eletrônicas em vez de sua substituição total configurou-se em uma marcante mudança de abordagem, que não apenas contribui para uma utilização mais eficiente dos recursos, mas também reduz o impacto ambiental da indústria de eletrônicos, especialmente pelo prolongamento da vida útil dessas placas, evitando a produção desnecessária de novos dispositivos.

“Outra razão para esta alteração é o elevado custo das placas para reposição, muitas das quais podendo chegar a até 80% do valor do equipamento, inviabilizando o conserto. O reparo deixa essas placas funcionando perfeitamente a um baixo custo, não precisando descartar prematuramente o equipamento, além de ter a mesma garantia de uma nova, ou seja, três meses”, afirma o eletrotécnico Rogério Lima, fundador da Refrigeração Lima e do e-commerce Split Peças e sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

O especialista entende que o avanço da tecnologia Inverter, nos equipamentos de ar condicionado, é extremamente positivo, inclusive porque o reparo dessas placas é mais fácil e rápido. O funcionamento da placas Inverter tem uma importância enorme, porque elas – uma na unidade interna e outra na externa – se comunicam para que haja a execução de funções solicitadas pelo consumidor.

Primeira coisa a ser feita, comenta o Lima, é identificar o defeito que o equipamento está mostrando, e se ele indica o problema na unidade externa, não tem sentido ver a interna. Sabendo disso, é necessário verificar todas as conexões, tanto nas placas como nos seus periféricos, motor, ventilador, compressor, sensores e válvulas. Só depois parte-se para a identificação de defeito nas placas.

Limpeza preventiva

Nos aparelhos de ar condicionado Inverter e convencionais, a limpeza preventiva tem papel fundamental para um melhor funcionamento e rendimento do equipamento, além do aumento da vida útil.

A higiene das placas é feita igual a qualquer outra, apenas diferenciando que elas geralmente acabam sujando mais devido à função de ventilação presente nos equipamentos. A limpeza das placas deve ser realizada com álcool isopropílico, que é de rápida evaporação.

“Outra forma de prevenir principalmente a queima da placa da unidade externa é a troca da pasta térmica, principalmente em locais muito quentes, porque ela acaba ressecando e diminuindo a vida útil da sua função, que é retirar calor dos componentes da placa”, enfatiza Lima.

Quanto ao ferramental utilizado, não é tão extenso, sendo formado por ferros de solda, pinças, alicates de bico, multímetros digital e analógico, suporte para placas, sugador de solda, lupa, solda para placa eletrônica, fluxo para solda e uma pequena bancada de teste.

“É ideal utilizar, para o teste de placas, uma lâmpada em série para teste de curto, luvas antiestáticas e emborrachadas. Além de um bom disjuntor para proteção da sua rede elétrica”, recomenda o professor Roberto Messias, sócio-diretor da Inverter na Prática Treinamentos.

Segundo ele, sempre deve-se identificar qual o erro indicado, por meio de códigos ou leds piscando, e com esta informação, eliminar todas as possibilidades que podem estar nos periféricos, para só depois avaliar a placa.

“Um dos defeitos mais comuns é a ‘placa morta’, em que o ar não liga ou não aciona o led da placa, após energizada. Este defeito pode ocorrer na entrada de tensão da placa, e quando ela é convertida de AC para DC, os principais componentes são os osciladores de tensão, ou TOP”, detalha Messias.

O professor salienta que já existem no mercado testes prontos disponibilizados por empresas que os construíram e testes dos próprios fabricantes, usados especificamente nos seus equipamentos.

Para facilitar as manutenções dessas placas, ele lembra do Método Inverter na Prática criou diversos testadores Inverter, como teste do motor BLDC; de compressor Inverter; de comunicação; de IPM; e de osciladores, compondo um rol com mais de 20 testes na plataforma de estudo.

“As placas eletrônicas estão ficando menores e mais eficientes, diminuindo componentes e centralizando algumas funções em partes mais inteligentes. Outra mudança para se produzir equipamentos mais econômicos e eficientes e de baixo consumo, está nos compressores Inverter, que gradualmente vêm melhorando sua tecnologia. Consequentemente, as placas precisam ser atualizadas para o perfeito funcionamento dos compressores”, complementa Messias.

Carros elétricos aquecem indústria de compressores

A indústria global de compressores de refrigeração e ar condicionado está recebendo um impulso significativo com o crescimento dos veículos elétricos (EVs). Os EVs exigem sistemas de refrigeração mais sofisticados para controlar a temperatura das baterias e garantir a autonomia do veículo. Além disso, a busca por maior conforto e qualidade do ar interno impulsiona a demanda por sistemas de ar condicionado de alta qualidade.

A Tecumseh do Brasil está na vanguarda dessa transição, fabricando compressores para EVs, como o Sierra e o Cascade. A empresa anunciou investimentos significativos e está focada no desenvolvimento de novas plataformas de compressores, visando principalmente o segmento de refrigeração de veículos elétricos. Os compressores produzidos no Brasil serão destinados tanto ao mercado externo quanto ao mercado nacional, contribuindo para a eficiência energética e a durabilidade dos veículos elétricos.

Mercado global de HVAC-R projeta crescimento de 6,4% até 2030

A participação no mercado global de sistemas HVAC-R está prevista para apresentar um crescimento anual composto (CAGR) de 6,4% até 2030, de acordo com um relatório publicado pela Facts & Factors. O mercado global de sistemas HVAC foi avaliado em US$ 137 bilhões em 2022 e espera-se que represente US$ 235 bilhões até o final de 2030.

O relatório fornece insights globais e regionais da indústria de HVAC-R, abrangendo análises de crescimento por produto (aquecimento, ventilação e refrigeração), por uso final (residencial, industrial e comercial) e por região. Ele oferece uma visão geral abrangente, análise detalhada, tendências, pesquisa estatística, inteligência de mercado, dados históricos e previsão para o período de 2023 a 2030.

A demanda por conservação de energia é um dos principais impulsionadores do crescimento da indústria global de sistemas HVAC-R. As mudanças climáticas e a necessidade de manter ambientes controlados em diversos edifícios têm impulsionado a demanda por esses sistemas. Além disso, o mercado tem sido impulsionado pelo aumento da demanda por construções responsáveis ​​e pela preferência por residências inteligentes. A popularidade crescente de sistemas HVAC-R ecologicamente corretos, que refletem as emissões de gases de efeito estufa, também está impulsionando o mercado. A automação predial, impulsionada pela adoção de sistemas HVAC-R inteligentes, é outro fator que contribui significativamente para o crescimento do mercado.

No entanto, a indústria do frio enfrenta desafios, como altos custos de manutenção e implantação, bem como despesas crescentes com reparos. A falta de mão de obra qualificada também pode limitar o crescimento da indústria.

Em termos de segmentação, o mercado é dividido por produto (aquecimento, ventilação e refrigeração), uso final (residencial, industrial e comercial) e região. O segmento de automóveis representa a maior parcela do mercado global, sendo responsável por mais de 55% da participação em 2022. Prevê-se que o segmento residencial seja uma parte importante do mercado global durante o período de 2023 a 2030.

Regionalmente, a Ásia-Pacífico é esperada para ter uma maior participação no mercado global durante o período de previsão. A região representou mais de 42% da receita global em 2022, impulsionada pelo aumento da população, aumento da capacidade de gasto per capita e urbanização. A América do Norte também apresenta perspectivas de crescimento, com um CAGR rápido previsto durante o período de previsão. A renovação de infraestruturas antigas e a presença de grandes players nos EUA e Canadá contribuirão para o crescimento da indústria na região.

Em resumo, o mercado global de sistemas HVAC-R está projetado para apresentar um crescimento significativo nos próximos anos, impulsionado pela demanda por conservação de energia, mudanças climáticas e preferência por construções sustentáveis.

Fonte: Facts & Factors

Frigga celebra 2º aniversário com arraiá na Alameda Glete

Loja paulistana também fará promoções especiais para refrigeristas na próxima 3ª-feira (13/6)

Em comemoração ao seu segundo aniversário, a Frigga Refrigeração e Ar Condicionado convida a todos os profissionais do setor para seu arraial junino. A festa ocorrerá na próxima terça-feira (13/6), das 8h às 18h, na loja situada na Alameda Glete, 663, no centro da capital paulista.

Segundo o empresário Paulo Neuelander, o evento celebra, além dos dois anos do comércio paulistano, o reconhecimento da contribuição dos refrigeristas para a indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (AVAC-R).

“A Frigga acredita firmemente no valor desses profissionais que trabalham incansavelmente para manter a saúde, o conforto, a segurança alimentar e a qualidade de vida da nossa sociedade”, afirma.

O Arraiá da Frigga contará com ampla variedade de pratos típicos, como pipoca, cachorro-quente, canjica, bolo, paçoquinha e chocolate quente. “Também faremos promoções imperdíveis de ferramentas e outros insumos durante o dia”, informa Neulaender.

“Em nosso segundo aniversário, continuamos a consolidar nossa reputação como uma das principais lojas do setor na cidade de São Paulo, contribuindo de forma significativa para o crescimento e a excelência do AVAC-R”, acrescenta a diretora administrativa da empresa, Silvana Cintra, ressaltando que “o sucesso da loja é um reflexo do compromisso e esforço de uma equipe apaixonada pelo que faz”.

Gree anuncia novo Gerente Executivo

A Gree Electric Appliances anuncia a chegada de Carlos Murano como o novo Gerente Executivo da empresa. Responsável pela equipe de vendas de ar-condicionado, o profissional terá como foco a estratégia dos canais e o planejamento e a execução do sell in e sell out, buscando a satisfação do cliente, garantindo a rentabilidade da operação e o posicionamento de mercado.

Graduado em Engenharia Elétrica e Eletrônica, e pós-graduado em Administração para Engenheiros, o profissional conta com mais de 15 anos de experiência no mercado, com passagens no setor de refrigeração e ar condicionado, e eletroeletrônicos. “Estou muito honrado em fazer parte da maior fabricante de ar-condicionado do mundo. Meu objetivo é dar continuidade a essa jornada já consolidada, agregando e incrementando valor significativo ao nosso negócio”, comenta.

 

Hisense busca se tornar um grande player no Brasil

A Hisense está iniciando suas operações no Brasil com o objetivo de desafiar a concorrência no mercado. A empresa ainda é pouco conhecida pela maioria dos brasileiros, mas está lançando produtos premium fabricados na Europa e na China. No entanto, a intenção da Hisense é começar a produção local em breve, esperando fabricar TVs até o final deste ano.

De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, a Hisense escolheu as lojas físicas da Via, proprietária da Casa Bahia e do Ponto, como seu ponto de entrada no mercado brasileiro. Desde março, a empresa está comercializando refrigeradores, cooktops, fornos elétricos, lavadoras e aparelhos de ar condicionado em 38 lojas da Via no estado de São Paulo.

A meta da Hisense é ambiciosa: se tornar uma das cinco maiores fabricantes de eletroeletrônicos no Brasil o mais rápido possível e fazer do país o segundo maior mercado do grupo nas Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Para alcançar esse objetivo, a empresa reconhece que precisa investir em esforços dinâmicos. A Hisense já está presente em 160 países e possui diversas marcas, como Toshiba, Hitachi, ASKO, Gorenje, York VRF e Sand.

Inicialmente, os eletrodomésticos da Hisense serão importados, alguns da China e outros da Europa. No entanto, a empresa planeja começar a fabricar eletrodomésticos mais populares no Brasil a médio prazo. Embora os planos para a produção local de produtos da linha branca ainda não tenham sido divulgados, a fabricação local de TVs com a marca Hisense está prevista para começar até o final deste ano.

A Hisense terá que enfrentar concorrentes já consolidados no Brasil, tanto na área de televisores quanto na linha branca de eletrodomésticos. Para ganhar vitória e conquistar o mercado brasileiro, a empresa adotará uma estratégia que inclui o patrocínio de eventos esportivos e times de futebol, como a Copa do Mundo da Fifa, o Paris Saint-Germain e a NBA. Através dessas parcerias, a Hisense busca aumentar o reconhecimento da marca no país.

Apesar da complexidade tributária, o diretor de varejo da GfK no Brasil, Fernando Baialuna, acredita que o país está bem posicionado para a entrada de novas empresas nos segmentos de linha branca e televisores. Ele destaca que o ambiente econômico atual é favorável para a produção e venda de televisores no Brasil.

Em apenas meia década, PMOC acelera mudanças no setor de climatização

Em apenas cinco anos, a legislação do Plano de Manutenção, Operação e Controle foi responsável por promover uma importante diferença positiva no setor, principalmente porque tornou a adoção do PMOC obrigatória para estabelecimentos que possuem sistemas de climatização central.

Especialistas no tema concordam que o PMOC teve importante papel durante pandemia de covid-19 no País. Quando os primeiros casos da doença foram detectados por aqui, no final de fevereiro de 2020, a Lei 13.589/2018 já estava em vigor há dois anos.

Porém, sua história começou muito antes, a partir da criação da Norma ABNT NBR 13.971/1997. No início dos anos 2000, a trajetória ganhou mais robustez, quando a Anvisa começou a identificar os riscos à saúde associados aos sistemas de climatização central sem a devida manutenção. Em 2003, a agência publicou a Resolução 9/2003, estabelecendo requisitos mínimos para o controle da qualidade do ar interior (QAI) em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, a exemplo de prédios públicos, shoppings centers, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios, clínicas, drogarias e hospitais, entre outros estabelecimentos.

Desde então, o mercado passou a se adaptar às novas exigências, realizando a instalação de equipamentos e sistemas de filtragem de ar, bem como a elaboração e implementação de planos de manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização.

Este fator, aliado à Lei 13.589/2018, aos conhecimentos sobre a importância da qualidade do ar de interiores e às medidas de proteção, foi decisivo para minimizar o impacto das contaminações nos estabelecimentos que até aquele momento tinham cumprido as regras.

“Nestes cinco anos, as principais mudanças ocorreram para as empresas de menor porte, pois as maiores ou multinacionais já estavam se regularizando, uma vez que o PMOC já era exigido. A observação das diretrizes ESG também determina o cumprimento de todas as normas, regras e leis para garantia das melhores condições ambientais, o que necessariamente remete ao PMOC”, pondera o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

De acordo com o Regulamento Técnico do PMOC (Portaria 3.523/1998), para estabelecimentos com equipamentos de climatização instalados acima de 60.000 BTU/h, há a exigência de se manter um responsável técnico legalmente habilitado, cujas atribuições são determinadas em seu sexto artigo.

Segundo esta mesma Portaria, cabe ao responsável técnico elaborar o PMOC com base nas normas ABNT, tais como a NBR 13971, NBR 16401, NBR 16655, NBR 14518, entre outras, bem como considerar as especificações dos fabricantes.

“Com essas informações e com sua imprescindível experiência na área, o RT montará o quadro de atividades, de forma a atender às necessidades locais e às exigências legais, visando garantir a segurança, o bem-estar e a saúde dos ocupantes dos ambientes climatizados, proporcionando as melhores condições da qualidade do ar de interiores”, salienta Parra.

Por ser uma exigência legal, a falta ou o descumprimento do PMOC, total ou parcialmente, pode ensejar multas por infração sanitária em diversas instâncias, tais como as estabelecidas pelo código sanitário de cada município, assim como por meio do art. 9º da Portaria 3.523/1998. Este trecho aponta o descumprimento do PMOC com penalidades previstas na Lei nº 6.437/1977, a qual estabelece multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, considerando gravidade da infração e porte do estabelecimento.

“Existem vários casos de interdição de estabelecimentos que reiteradamente descumprem as determinações legais, visto que em episódios mais graves haverá riscos aos ocupantes dos ambientes em condições de forte contaminação”, alerta o dirigente da Abrava.

Parra entende que, após meia década, se faz necessária a revisão dos parâmetros da qualidade do ar de interiores, que atualmente são regidos pela Resolução 9/2003, da Anvisa.

“As condições climáticas atuais, principalmente a concentração de CO2 na atmosfera, mudaram desde 1998, assim como a realização de ajustes para outros poluentes, inclusão para análise (tal como a concentração de radônio), podem melhorar a avaliação dos espaços internos. Existe ampla discussão, no momento, para estabelecermos novos limites, para modernização e revisão de valores e métodos”, ressalta o engenheiro.

Mudanças no mercado desde o início da implementação de projetos baseados na legislação de 2018 também foram notadas pela diretora da Indústrias Tosi, Patrice Tosi.

“Se antes era algo mais voltado para as centrais de água gelada, hoje em dia já serve para qualquer ar-condicionado ou obra acima de 5 TRs. Cada vez mais, as pessoas buscam o PMOC, então as empresas que querem atender corretamente têm de se adaptar e obedecer às normas. Afinal, as fiscalizações estão mais rigorosas desde sua implementação”, argumenta.

Assim como qualquer outra legislação, o PMOC ainda precisa lidar com alguns desafios, como a falta de conscientização e informação das empresas, carência de uma fiscalização mais rigorosa e efetiva e deficiência na capacitação técnica – muitas empresas não contam com esses profissionais –, que acabam tendo um custo mais elevado quando o PMOC é implementado. “Estes são alguns pontos que sabemos que precisam ser melhorados, para serem efetivos em todos os tipos de obras”, complementa Patrice.

Partindo da mesma visão, o diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, afirma que os principais resultados da Lei do PMOC foram, em grande parte, a estruturação e o acompanhamento dos serviços de manutenção dos ativos incluídos nos sistemas de climatização prediais, ou seja, equipamentos, infraestrutura, desempenho energético, conforto e saúde das pessoas.

“Para aqueles que adotaram o PMOC para valer, não apenas para constar, o ganho passou a ser mensurável, na medida em que se permitiram a documentação das ações de prevenção e a correção nos sistemas implementados. Em empresas com gestão de mais de um sistema, tanto para as de serviço quanto para os operadores de utilidades, o ganho ficou evidente, o que permitiu o aumento da adesão à implementação e prática do PMOC”, explica.

O empresário entende que, para fortalecer ainda mais a adoção do PMOC no mercado nacional, a fiscalização por parte dos órgãos de controle sanitário deveria ser ampliada, com a obrigatoriedade da submissão dos relatórios de avaliação para a adequada análise pelas entidades responsáveis.

“Com a obrigatoriedade da realização do PMOC, sistemas e edificações têm melhorado em qualidade, limpeza e funcionamento, melhorando os ambientes que as pessoas ocupam”, afirma o engenheiro Walter Lenzi, presidente da Ashrae Brasil.

O dirigente argumenta que entre os principais desafios para o PMOC está o fato de que todos os proprietários de edificações que possuam um sistema de ventilação e ar condicionado devem fiscalizar e manter os sistemas operando da maneira como foram projetados. “Tudo deve funcionar da forma que foram entregues, testados e comissionados no início da sua existência”, completa.

 

PMOC digital

Realidade no HVAC-R, o uso da tecnologia no trabalho com o PMOC tem sido uma importante ferramenta de trabalho para mecânicos, empresários e gerentes de serviços, a partir de aplicativos que reúnem a parte da formalização do PMOC, tal como check-list das atividades, coleta de assinaturas do cliente, executor, fotos do “antes e depois”, tudo criado na nuvem e transformado automaticamente no relatório mensal.

“Além desta parte, aplicativos sofisticados permitem controle de estoque da empresa e do carro-oficina, controle de frota, tempo dispendido em trânsito e nas atividades, incluindo geolocalização. É um grande avanço para a administração dos negócios, e permite corrigir desvios de maneira fácil e transparente”, pontua o engenheiro Arnaldo Lopes Parra.

Para o diretor técnico da Dannenge International, Ricardo Cherem de Abreu, a execução de um PMOC não requer tecnologia de ponta, nem estudo técnico suplementar, mas apenas conhecimento básico sobre os aspectos construtivos e operacionais do sistema-alvo e informações acessadas ou geradas na própria elaboração do plano. “Por esse motivo, é uma excelente oportunidade para envolver no processo as equipes de manutenção e operação do sistema”, detalha.

Nesta mesma linha, o CTO da Cadclima Engenharia, Francisco José de Abreu, entende que executar o planejado, avaliar continuamente as dificuldades encontradas e os resultados obtidos devem ter foco na busca pela melhoria de todo o processo que compõe o PMOC.

“Para isso, são fundamentais as avaliações semestrais da qualidade do ar prevista na mesma lei. Considerando as facilidades oferecidas por estas ferramentas não há desculpas para não adotá-las, uma vez que elas facilitam o trabalho dos clientes, prestadores de serviços, usuários e fiscais do processo”, completa o executivo.

Após cinco anos da implementação do PMOC, certamente ainda há muitos desafios a serem enfrentados, concordam especialistas ouvidos pela Revista do Frio. E no centro dessa nova realidade está a conscientização dos proprietários e gestores de facilities sobre a importância da manutenção adequada dos sistemas de climatização.

Clima Brasil 2023 acontece em junho no Rio de Janeiro

De 14 a 16 de junho, profissionais e empresas terão a oportunidade de participar da Clima Brasil 2023.

O destaque do evento será o salão de exposições, onde empresas do setor terão a chance de exibir seus produtos e serviços mais recentes.

Além disso, a Clima Brasil 2023 será palco do fórum SINDRATAR-RJ de Climatização, Refrigeração e Qualidade do Ar. Evento pago, no qual especialistas e líderes do setor irão se reunir para discutir as últimas tendências e inovações em soluções climáticas, compartilhar conhecimentos e debater questões importantes relacionadas ao setor.

Para mais informações sobre o Clima Brasil 2023 e para se inscrever, visite o site oficial do evento em www.climabrasil2023.com.br.

FEBRAVA confirma grandes marcas na edição de 2023

Principal feira da América Latina na área de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação, Aquecimento (HVAC-R), Tratamento do Ar e de Águas, a FEBRAVA, chega a sua 22ª edição neste ano e anuncia a presença de grandes marcas expositoras entre empresas nacionais e multinacionais, que apresentarão lançamentos, produtos e serviços que pautarão as próximas tendências do mercado. O evento acontece de 12 a 15 de setembro, no São Paulo Expo.

Expositores

Entre as empresas que já confirmaram participação, estão: Midea Carrier, líder em soluções de climatização; Gree, maior fabricante de ar-condicionado do mundo; Emerson Electric Co, referência em sistemas de automação e em soluções comerciais e residenciais com produtos de aquecimento, refrigeração e ar condicionado; Embraco, marca da Nidec Global Appliance, especializada em refrigeração de ar; Armacell, com soluções acústicas, térmicas e mecânicas para diferentes segmentos; e  Chemours, líder global em tecnologia de titânio, soluções térmicas, químicas e materiais de desempenho avançado, com soluções em refrigeração e condicionadores de ar.

Compõem o grupo, ainda,  a Bitzer, que tem no portfólio soluções em refrigeração e climatização para ambientes internos e meios de transporte; a Trox, também referência no setor na fabricação e comercialização de sistemas de ar condicionado; a Danfoss que possui soluções de energia, conversores de frequência, aquecimento, refrigeração, para diversos mercados, do automotivo aos edifícios residenciais; a Full Gauge, com ferramentas de indicação e controle de temperatura, pressão, umidade, e tempo; a Fujitsu General do Brasil, com novidades em ar condicionado e sistemas de refrigeração; a SEMP TCL, referência na fabricação de eletroeletrônicos incluindo aparelhos de ar-condicionado nas categorias convencional e inverter; e a Elgin, também com produtos e soluções em HVAC-R.

Visando reforçar a vitrine de negócios, a divulgação de lançamentos e apresentação de soluções de mercado, a RX, empresa responsável pela organização da FEBRAVA tem atuado para alcançar neste ano uma marca histórica de público qualificado e de marcas expositoras, já que o evento volta a acontecer presencialmente, após as restrições sanitárias. A edição mais recente foi em 2019.

“O mercado reconhece que o evento é estratégico para realização de negócios e parcerias e também para o acompanhamento das novidades que vão pautar o setor de HVAC-R nos próximos anos, por conta da diversidade de marcas e produtos. Tanto expositores quanto o público qualificado estão ansiosos para o encontro, porque sabem do diferencial que a participação traz para o desenvolvimento do setor”, afirma Ivan Romão, gerente da FEBRAVA.

Na edição de 2023, a FEBRAVA contará com mais de 3oo marcas e cerca de 25 mil visitantes qualificados, incluindo gestores, tomadores de decisão, profissionais de engenharia, projetos, instalação, e áreas técnicas, para apresentar as inovações tecnológicas e tendências para sistemas, projetos e área de manutenção.