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Qualidade do ar interno é tema de seminário em SP

A necessidade de gestão da Qualidade do Ar de Interiores – QAI tem se tornado cada vez mais evidente ao se publicar estudos com comprovação científica, que demonstram impactos positivos na saúde e qualidade de vida das pessoas pela adoção de medidas para tratamento do ar que respiramos nos mais diversos ambientes. Fato este que vem ganhando ainda maior notoriedade durante o momento em que enfrentamos de pandemia do Sars-CoV2 – Coronavirus. Estas providências têm se refletido em diretivas por meio de legislações praticadas em vários países, norteando as ações dos gestores para garantia de sua aplicação e tornando a temática imprescindível para os profissionais do setor.

Diante deste contexto, no dia 27 de abril, acontecerá o 11° Seminário Internacional de Qualidade do Ar de Interiores que será realizado sob a ótica da qualidade do ar interno como o novo paradigma em gestão de ambientes. O evento conta com a organização da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação sob coordenação do Qualindoor – Departamento de Qualidade do Ar Interno, e com  a correalização do Chapter Brasil ASHRAE – Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração, Ar-Condicionado e da Escola politécnica da Universidade de São Paulo – POLI-USP. O Seminário acontecerá no auditório da Francisco Romeu Landi da POLI/USP, será híbrido e está com as inscrições abertas.

A comissão organizadora do 11° QAI preparou uma programação especial para um dia com muitos conteúdos a serem disseminados por renomados profissionais, com previsão de atualização, novos conhecimentos, e networking. Para o evento são esperados Engenheiros, Arquitetos, Técnicos, Projetistas e Consultores que atuam nas áreas de climatização, profissionais da área da saúde e segurança do trabalho, meio ambiente, facility management, administradores prediais, entre outros profissionais.

Para o presidente do Qualindoor, Marcelo Munhoz, “A realização deste seminário é uma excelente oportunidade para trocas de experiências e ampliação de conhecimentos a respeito da temática da qualidade do ar em ambientes internos,  por meio de informações  a serem disseminadas pelos principais líderes globais que revolucionam a forma como gerenciamos os ambientes internos’.

O evento contará com a participação de renomados especialistas locais e internacionais para troca de experiências e debate sobre o avanço de suas iniciativas em QAI, a exemplo do projeto de popularização de equipamentos para purificação do ar pelo especialista norte americano Jim Rosenthal; iniciativa Finlandesa de qualidade do ar interno a ser apresentado pela Kati Huttunen; o Projeto de Qualidade do ar Salvador/ BA pela Sra. Nelzair Vianna da Fiocruz; e as Condições para Qualidade do Ar Interno em Regiões Tropicais, pelo Fabio Clavijo da ASHRAE; assim como, a apresentação do PNQAI – Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno, de iniciativa da ABRAVA a ser apresentada por seu Presidente Leonardo Cozac. O Seminário será encerrado com a realização de uma mesa-redonda a ser comandada pelo Prof. Antonio Luiz de Campos Mariani, USP.

O evento contará com a implantação do Projeto “Qualidade do Ar Segurança e Saúde em Eventos”, de iniciativa da ABRAVA,  que possui como objetivo manter a qualidade do ar em seus parâmetros ideais realizando os procedimentos necessários para garantir que todos os presentes estejam em ambiente seguro através da: análise de projetos e sua aderência às normativas; verificação dos planos de manutenção, operação e controle- PMOC e sua correspondência prática; análises laboratoriais físicas, químicas e biológicas de amostras coletadas no recinto; monitoração de parâmetros de qualidade do ar durante o encontro, dentre outras ações.

Indústria do frio prevê bons negócios com supermercados em 2022

Monitoramento remoto, eficiência energética e novos fluidos refrigerantes ditam rumos no varejo de alimentos e bebidas.

A demanda por equipamentos de refrigeração comercial continua em alta no Brasil. Com o retorno das atividades econômicas, o setor varejista deve continuar priorizando investimentos com foco em sustentabilidade e eficiência energética, a fim reduzir o consumo de energia e, de quebra, diminuir a pegada de carbono de suas operações.

É o que afirmam especialistas ouvidos pela   salientando que esse é um conjunto de fatores que impulsiona o fornecimento de bombas e compressores de velocidade variável, ventiladores controlados eletronicamente, condensadores a ar do tipo microcanal, sistema de expansão eletrônica, incluindo válvulas, controladores e sistemas supervisórios, além de fluidos refrigerantes alternativos ao hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22.

“A tendência para o nosso mercado é cada vez mais termos tecnologias voltadas para sustentabilidade e digitalização. Muito em breve esses dois pilares serão uma necessidade, e não mais opção ou diferencial. Quem não estiver preparado para as mudanças ficará de fora do mercado”, conforme avalia Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no Brasil.

“Acreditamos que as tendências e fatores que vêm influenciando o setor de refrigeração comercial nos últimos anos no Brasil devem se manter em 2022. Em consequência disso, nossa expectativa é que tenhamos neste ano um cenário semelhante ao que tivemos em 2021, que foi marcado por movimentos como busca por eficiência energética, devido ao impacto do consumo de energia elétrica nos custos totais dos supermercados, lojas de conveniência, padarias e outros; aumento das instalações de pequenos mercados de bairro para as compras rápidas do dia a dia; aumento das instalações de atacarejos para as compras em maior volume; e retomada do desempenho do setor de serviços de alimentação”, ressalta o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da Embraco na América Latina.

“Também acreditamos que ano a ano deve aumentar no Brasil a preocupação em seguir as tendências mundiais com relação ao uso de fluidos refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês)”, acrescenta o executivo.

“Neste momento, o varejo tem trabalhado mais a compra de equipamentos novos carregados com hidrofluorcarbonos (HFCs) e hidrocarbonetos (HCs)”, diz o empresário Paulo Neulaender, diretor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“Já o parque atual com R-22 ainda não vem adotando novos fluidos refrigerantes no ritmo em que deveria, o que, na minha opinião, é um erro, pois o limite de importação de R-22 sofrerá um corte de 67% em 2025, ou seja, teremos falta do fluido daqui a dois anos, e o mercado, como sempre, vai deixar para última hora para avaliar o que fazer com os equipamentos existentes”, alerta.

Além da eficiência energética e da mudança de fluidos refrigerantes, os fabricantes apostam na miniaturização de componentes e na redução do nível de ruído como forma de elevar a competitividade de seus produtos.

Confira, a seguir, o que alguns dos principais players do setor têm fornecido para o mercado de refrigeração comercial nos últimos tempos:

Carel

A italiana Carel têm sido uma das maiores influenciadoras do uso de refrigerantes “naturais” no segmento de refrigeração comercial nos últimos anos. “Temos um portfólio bem vasto com soluções completas para diversos segmentos, e atualmente os principais produtos para o mercado de refrigeração comercial são as unidades condensadoras plug-in e semi plug-in da família DC Solution”, diz o engenheiro de aplicação da companhia no Brasil, Vitor Donini Degrossoli.

Segundo o gestor, “esta linha de produtos conta com um grande range de capacidade, podendo ser utilizada em aplicações de baixa e média temperatura, como balcões verticais, chest freezers e câmaras frias, além de ter como diferencial a compatibilidade com R-744 e R-290”.

“Além das unidades condensadoras plug-in e semi plug-in, ainda possuímos soluções para racks centralizados para utilização em aplicações de CO2 transcrítico”, esclarece.

“O pRack300T, por exemplo, oferece a possibilidade de gerenciar todo o sistema transcrítico, como gas cooler, HPV, RPRV (Flash Valve) e compressor paralelo. Em sua maior configuração, o sistema de controle para centrais frigoríficas pode gerenciar até 12 compressores e 16 ventiladores”, informa.

Coel

O controlador para câmaras frias E34B, controlador para expositores verticais P03/B05 e o controlador para sistemas com compressores de capacidade variável X35P são alguns dos principais produtos do portfólio da indústria brasileira para o mercado de refrigeração comercial.

Segundo a Coel, o controlador E34B possui um exclusivo sistema de pré aquecimento para o dreno, que atua um pouco antes da realização do degelo, evitando entupimentos e garantindo um bom escoamento para a água do degelo.

Já linha de controladores P03/B05 possui um sistema exclusivo de degelo dinâmico que, aliado aos modos de controle Eco e Turbo permitem reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica.

E a linha de controladores X35P foi projetada para sistemas com compressores de velocidade variável, e permite um controle preciso, adequando a potência do compressor à demanda de carga térmica requisitada.

“Esse sistema reduz consideravelmente o número de partidas do compressor, consequentemente reduzindo o consumo de energia elétrica e aumentando a vida útil do sistema”, afirma Fernando Tominaga, vendedor do segmento de refrigeração.

Chemours

Os principais fluidos refrigerantes que a indústria química americana oferece para o segmento de refrigeração comercial são o Freon 404A, Freon 134a e o Opteon XP40 (R-449A).

O Freon 404A e Freon 134a são os fluidos refrigerantes tradicionais do segmento que oferecem qualidade, segurança, performance e confiabilidade para manter a excelência dos sistemas de refrigeração, segundo a companhia.

“Além dos atributos já presentes na linha Freon, o Opteon XP40 é o fluido refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) que combina sustentabilidade com eficiência energética, apresentando baixo GWP e excelente performance para sistemas de refrigeração comercial”, salienta Lucas Fugita, especialista em serviços técnicos, estratégia e desenvolvimento de negócios da Chemours.

“O Opteon XP40 é o fluido refrigerante da família HFO mais utilizado nas aplicações de refrigeração comercial. Nos retrofits de R-404A, esta HFO apresenta GWP 67% menor e possibilita até 12% de redução do consumo de energia. Para o dono do supermercado, isso se reflete na redução da conta de luz ao final do mês e em sustentabilidade com baixo impacto ambiental em suas operações”, enfatiza o gestor.

“A linha Opteon foi desenvolvida para atender as mais exigentes normas ambientais, como a Emenda de Kigali, sendo uma solução de longo prazo para todo o ramo de refrigeração comercial”, acrescenta.

Danfoss

A indústria dinamarquesa é reconhecida no mercado pela sua ampla gama de produtos que visa atender as diversas demandas do mercado de refrigeração, desde componentes mecânicos, como válvulas, compressores e unidades condensadoras completas até componentes eletrônicos, como controladores e sensores.

“Nos últimos anos, estamos introduzindo também em nosso portfólio softwares e soluções em nuvem que visam trazer a melhor tecnologia e inovação aos nossos clientes que buscam eficiência operacional e energética”, salienta Ricardo Alexandre Konda, engenheiro de vendas da Danfoss no País.

“O foco da sustentabilidade é um dos pilares atuais da Danfoss no mercado global e, nesse sentido, podemos citar como principais soluções os nossos compressores de velocidade variável, que tem potencial de economia de energia de até 30% quando comparados aos compressores fixos; a nossa ampla variedade de componentes já preparados para trabalhar em sistemas que funcionam com fluidos refrigerantes naturais, como o CO2; e também nossas novas plataformas digitais como, por exemplo, o Danfoss Alsense, que permite ao cliente monitorar remotamente seus sistemas, criando potencial de redução de perdas e eficiência operacional”, ressalta.

Eletrofrio

A indústria brasileira atua há 75 anos no segmento da refrigeração comercial com um vasto portfólio de produtos, atendendo a demandas dos pequenos aos grandes pontos de venda, sempre com vendas diretas ao usuário final.

“Fabricamos expositores frigoríficos com máquinas acopladas ou remotas, equipamentos para casa de máquinas – de unidades condensadoras a grandes racks com compressores em paralelo – e painéis e portas frigoríficas para câmaras frias e áreas de preparação de alimentos”, conforme destaca o gerente de engenharia da companhia, Rogério Marson Rodrigues.

“A Eletrofrio tem forte presença no mercado da refrigeração comercial no Brasil e América do Sul. Os resultados vêm sendo muito positivos, principalmente pelo atendimento às demandas dos nossos clientes por apresentarmos produtos com design inovador, elevada qualidade e alta eficiência energética. Este último, associado a fluidos de baixo impacto ambiental, atende aos projetos de sustentabilidade que muitos dos nossos clientes buscam”, assegura o gestor.

Embraco

Marca da Nidec Global Appliance e provedora global de tecnologia de refrigeração, a Embraco possui um portfólio completo de produtos para aplicação no segmento de refrigeração comercial, que inclui compressores de velocidade fixa e velocidade variável e unidades condensadoras, para os segmentos de varejo de alimentos, serviços de alimentação, merchandisers e aplicações médicas e científicas.

“Dentre eles, destacamos o novo compressor VEMT404U, a família de compressores FMF, e a família de unidades condensadoras compactas recém-lançada EDP”, diz o engenheiro Sander Malutta, diretor de vendas e engenharia de aplicação da empresa na América Latina.

“O VEMT404U é um compressor de velocidade variável (inverter), lançado em 2021, que adicionou à já conhecida família VEM a opção de modelos com refrigerante natural R-290. Entre suas principais aplicações estão exibidores de bebidas e sorvetes (também conhecidos como merchandisers) e equipamentos de refrigeração para serviços de alimentação, com restaurantes, padarias e outros”, informa o executivo.

A família de compressores FMF também é composta por compressores que unem a velocidade variável com o uso de R-290, atingindo os mais altos níveis de eficiência energética do segmento comercial em sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração.

Segundo Sander, eles podem reduzir o consumo de energia em até 40% em comparação com compressores de velocidade fixa, dependendo da aplicação. “Temos seis modelos disponíveis para o Brasil, com dupla voltagem (110 V e 220 V / 50 e 60 Hz)”, revela.

“E a nossa unidade condensadora EDP (sigla para Evaporative Drain Pan), lançada em 2022, é uma das mais compactas do mercado (começando em 26,4 cm de altura) e foi desenvolvida para refrigeradores comerciais de duas ou mais portas e balcões refrigeradores, usados tanto no varejo de alimentos quanto em cozinhas profissionais e outros ambientes do setor de alimentação”, completa.

Full Gauge Controls

A missão da renomada indústria brasileira “é fornecer o que o mercado exige de maior tecnologia para que os equipamentos trabalhem sob a melhor maneira possível, atualmente os controladores RCK-862 plus, o tradicional TC-900E LOG e os drivers para válvulas de expansão eletrônicas VX-1025E plus e VX-1050E plus são o estado da arte dos controladores. Além, é claro, do nosso analisador de redes elétricas PhaseLog E plus”, conforme ressalta o vice-diretor da companhia, Rodnei Peres Jr.

Segundo o executivo, a demanda segue em linha ascendente no setor. “A cada dias temos mais redes de supermercados nos buscando como solução, tanto para troca de sistemas defasados quanto para novas instalações. Cada vez mais escritórios de consultores do frio se acercam de nós para receberem treinamentos técnicos voltados a retrofits e para conhecerem melhor nossa linha de produtos”, revela.

“A principal razão disso ainda segue sendo nossa matriz energética que não comporta toda capacidade necessária, além dos altos custos de energia elétrica”, avalia.

Pandemia impulsiona processos de tratamento de ar

Nos últimos 2 anos, mercado viu crescer como nunca a preocupação com a qualidade do ar de interiores

Processos antes deixados em segundo plano por parcela considerável das empresas brasileiras, as boas práticas envolvendo filtragem, descontaminação e renovação de ar ganharam força durante a pandemia do novo coronavírus.

Neste período estimulou-se o desenvolvimento de novos projetos, impulsionando a indústria, o varejo e a prestação de serviços na cadeia do frio. Nunca houve tantos holofotes sobre a qualidade do ar de interiores como nos últimos dois anos.

Para muitos especialistas na área de saúde, já podemos dizer que o País entrou em uma fase pós-covid-19, por haver mais de 74% da população completamente vacinada, situação que levou ao relaxamento das medidas sanitárias, como a desobrigação do uso de máscaras, inclusive em locais fechados, anunciadas por vários estados e cidades, a partir da primeira quinzena de março.

“Houve mudanças muito positivas no HVAC-R, que passou a dar mais atenção às boas práticas em todos os aspectos, como melhor renovação de ar, aumento do grau de filtragem, bem como a realização de um maior volume de análises de qualidade do ar”, contextualiza o engenheiro Marcelo Munhoz, diretor comercial e sócio da Sicflux e presidente do Departamento de Qualidade do Ar Interno da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Qualindoor/Abrava).

O dirigente argumenta que antes da pandemia era difícil convencer os empresários sobre a importância das boas práticas. “Mas, com a pandemia estampando óbitos e a sociedade sendo massacrada com informações, hoje é muito mais fácil exemplificar e provar que cuidar da qualidade do ar é essencial”, pontua.

Nestes últimos dois anos, em que a pandemia esteve 100% do tempo no centro do noticiário em todo mundo, o mercado do frio não parou de buscar soluções tecnológicas para tornar os ambientes mais seguros contra contaminações.

Para o dirigente, os grandes destaques do período pandêmico foram as caixas de ventilação mais evoluídas, que circulam o ar interno com filtragem Hepa e células de descontaminação que inativam vírus; recuperadores de calor com inativação de vírus; algumas soluções em nanotecnologia, além de um movimento de inventores com o propósito de criar produtos que filtram o ar, voltados para as pessoas de baixa renda.

Os atuais sistemas de filtragem, descontaminação e renovação de ar disponíveis no mercado têm dado conta do desafio. Enquanto sistemas de filtragem diminuem consideravelmente os particulados que ficam pelo ar, os sistemas de descontaminação inativam vírus e fungos. “Já os sistemas de renovação atuam para trocar o ar do ambiente fechado, diminuindo a concentração de CO2, o que impacta diretamente na produtividade e aprendizagem das pessoas”, explica Munhoz.

O presidente do Qualindoor afirma que instalações malfeitas e ausência de medidas preventivas podem gerar vários tipos de contaminações por bactérias, vírus e fungos (bolor e mofo) nos sistemas de condicionamento de ar.

“Processos com problemas de execução, no caso da qualidade do ar de interiores, são pródigos em desencadear doenças respiratórias, principalmente no inverno. Levantamento feito pelo SUS mostra claramente que junho, julho e agosto são os meses com a maior taxa de pessoas com doenças respiratórias, pois é justamente no inverno quando as elas ficam mais enclausuradas em ambientes fechados, evidenciando que precisamos tratar do ar que respiramos”, exemplifica.

PMOC

Estabelecido pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle é o conjunto de documentos onde constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Nestes quatro anos em vigor, o PMOC trouxe avanços práticos para o HVAC-R nacional, em termos de QAI. “No meu ponto de vista, avançou-se ao obrigar todos os estabelecimentos comerciais a fazer o certo, isto é, ter sempre em dia a manutenção e a limpeza dos sistemas, bem como manter uma renovação de ar adequada e obrigar a existência de um responsável técnico pelas instalações de HVAC-R”, salienta Munhoz.

De outro lado, conclama o engenheiro, o setor precisa unir esforços, inclusive com todas as associações de classe, de modo que se aprovem leis sobre QAI e punições mais severas de profissionais e consumidores que queiram agir de má-fé.

Em 2020, por exemplo, a Abrava idealizou o Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), iniciativa com a participação de mais de 30 entidades multidisciplinares, que se reúnem e desenvolvem ações de forma colaborativa para mobilização da sociedade e à adoção de medidas capazes de promover a qualidade do ar em ambientes internos.

“Nosso mercado está no modo ‘pode tudo’, e os maus profissionais continuam fazendo o que querem sem serem barrados de alguma forma. Além disso, precisamos ter mais voz nos meios de comunicação para explicar, de forma clara, os riscos de uma má QAI, bem como o que pode ou não se fazer neste processo”, complementa.

ABRAVA inaugura Centro de Treinamento para Refrigeração

ABRAVA inaugurou no dia 10 de março o novo espaço CTA – Centro de Cursos e Treinamento da ABRAVA Refrigeração, um ambiente dedicado à formação e qualificação de profissionais do segmento HVAC-R.

O presidente do Conselho Administrativo da ABRAVA Pedro Evangelinos e o Presidente Executivo Arnaldo Basile participaram da cerimônia de inauguração do CTA junto a diretores da associação, representantes de empresas patrocinadora e convidados, entre eles, o Prof. Eduardo Macedo da Escola Senai Rodrigues Alves.

O CTA  Refrigeração é um espaço para treinamento e desenvolvimento prático dedicado à área de refrigeração.  A sala de treinamento foi projetada com equipamentos doados por diversas empresas do setor HVAC-R,  e montada sob supervisão dos professores do curso de Refrigeração Comercial da ABRAVA, Anthony Lins e João Gonçalves.

O laboratório de refrigeração comercial conta com 03 sistemas funcionais, são eles:

– Uma câmara fria com montagem idêntica as instaladas em campo, assemelhando-se muito com a maioria das instalações, constituída por uma unidade condensadora Danfoss, uma unidade evaporadora Mipal, válvula de expansão eletrônica RAC, isopaineis e porta São Rafael, e com temperatura de trabalho de -25°C

– Uma unidade compacta 100% didática, onde todos os componentes ficam no mesmo ambiente, separando a unidade evaporadora com uma caixa de policarbonato transparente, com visores de líquido em todos os trechos da unidade e entre componentes para gerar a percepção da condição do fluído dentro do sistema e após cada processo. Conta também, com uma unidade condensadora Bitzer com compressor semi-hermético, uma unidade evaporadora da Mipal, controladores e válvula de expansão eletrônica Full Gauge e possibilidade de seleção para válvula de expansão termostática, com temperatura de trabalho de -5°C.

-Unidade didática doada pela Emerson, também com opcional de seleção de válvula de expansão eletrônica ou termostática, onde será montada a primeira unidade com degelo a gás quente.

Além das unidades montadas, o laboratório conta com todos os componentes de linha comumente utilizados, além de alguns modelos de forçadores diferenciados. Destaque para um evaporador de expositor e um de centro com dupla deflexão ambos Serraff,  um grande forçador de alto perfil da Guentner, além de, compressores scroll e alternativo, hermético e semi-hermético, gerando para o aluno a segurança de que terá uma estrutura apta para inicialização ou mudança de patamar no mercado de refrigeração comercial.

Automação ajuda HVAC-R a virar o jogo contra o desperdício de energia

Irreversível, processo é aplicado em equipamentos, componentes e ferramentas, gerando ganho de tempo na execução de serviços e maior velocidade e precisão em ações de coleta, guarda, gerenciamento e análise de dados.

Presente em praticamente em todos os aspectos da nossa vida cotidiana – automóveis, residências, aviões e bancos, por exemplo –, a automação historicamente é um dos personagens centrais para o desenvolvimento da sociedade, e pelo menos nos últimos 10 a 15 anos tem sido decisiva para a expansão do HVAC-R, especialmente pela utilização disseminada por comunicação remota via internet, wi-fi e bluetooth.

Este processo agora começa a ganhar ainda mais corpo, em função da chegada da rede 5G para transmissão de dados, que vai ampliar a velocidade de tráfego de dados e, consequentemente, a interação dos técnicos com a interface dos produtos com esta tecnologia embarcada.

Os sistemas de refrigeração comerciais com centrais frigoríficas e multievaporadores foram os primeiros, há algum tempo, a receber automação. Segundo a gerente de marketing da brasileira Full Gauge Controls, Valéria Sales, as principais tendências na área “são os produtos que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica em instalações e equipamentos, mas ainda pouco usados por aqui. Talvez pela falta de conhecimento técnico ou pelo mito que se criou de serem ‘equipamentos caros’, mas que na verdade representam um custo mínimo dentro de projetos de médio/grande porte e que se pagam em poucos meses com todos benefícios e segurança que oferecem”.

A gestora salienta que “a todo momento são disponibilizadas melhorias nos sistemas e nos controles. Atualmente, o uso de compressores e ventiladores variáveis superam os 40% de economia de energia, além das válvulas de expansão eletrônicas que permitem utilizar 100% da carga de um evaporador, evitando o coeficiente de erro no dimensionamento dos trocadores de calor. O monitoramento e o gerenciamento remoto de instalações e equipamentos, que há tantos anos divulgamos, estão cada vez mais populares também”.

“Dentro de nossa linha, oferecemos soluções voltadas para eficiência energética, como por exemplo, válvulas de expansão eletrônica (linha Valex), controladores inteligentes (linha Rackontrol), controladores para compressores de velocidade variável (linha +ECO), softwares para gerenciamento de instalações (Sitrad PRO) e outros”, acrescenta.

“Neste segmento, percebe-se que novas tendências, incluindo aplicações com fluidos naturais como demanda do mercado, estão gerando um controle muito maior para garantir que os sistemas mantenham os equipamentos dentro de uma zona de maior performance energética e de capacidade, além do balance entre a real demanda (compressores, degelo e capacidade) e a capacidade acionada”, argumenta o gerente regional de aplicação e serviços da Danfoss na América Latina, Eduardo de Castro Drigo.

Segundo ele, isso só é possível com a utilização de componentes como inversores de frequência nos compressores e bombas, ventiladores que também variam sua capacidade, sensores e algoritmos cada vez mais sofisticados.

Para o executivo da multinacional dinamarquesa, outras áreas que antes não utilizavam controles passaram a fazê-lo. Com o aumento do preço da energia e para reduzir perdas e diminuir custos operacionais, os players do HVAC-R, como os dos segmentos de refrigeração industrial e de câmaras frias, estão investindo pesado em desenvolvimento em uma área do mercado que sempre foi de baixo custo e que, gradualmente, vem demandando cada vez mais esta solução.

“Uma tendência forte é o controle mais preciso dos compressores e condensadores – entrega por demanda e não por controles fixos – e evaporadores – controle de injeção e refrigerante e Delta T para otimizar os degelos”, ressalta Drigo.

A Danfoss, por exemplo, oferece automação para todos os segmentos em que atua, como refrigeração comercial, ar condicionado e refrigeração industrial. No caso da refrigeração comercial, oferece a linha ERC, formada por controladores para geladeiras de bebidas, freezers horizontais e aplicações similares, que entre as várias funções de controle, têm como a principal a economia de energia sobre o controle de abertura de portas e da frequência com que clientes passam em frente ao expositor.

“Além disso, esses equipamentos dispõem de uma função específica que indica se há algum problema com o sistema, o que tem reduzido a quebra de compressores neste segmento, garantindo a qualidade dos produtos expostos para o consumidor. Há alguns modelos para centrais frigoríficas”, explica o executivo.

Para fluidos refrigerantes em geral, a Danfoss tem o AK-PC 551, cujo software de controle tem algoritmos específicos para compressores do mercado que demandam controles específicos e tradicionais. Voltado para todas as aplicações do mercado de refrigeração comercial, ele possibilita controlar um chiller de acordo com a demanda de sistemas com glicol, otimizando a condensação de acordo com o Delta T do condensador.

Para sistemas com CO2, a empresa oferece o controlador AK-PC783, que, além de controlar todo o sistema do frio, é capaz de analisar o balance de carga do sistema e entrega o melhor desempenho possível de acordo com as leituras. Ele também controla os periféricos, como por exemplo bomba e aquecimento de água, caso seja necessário usar a alta energia gerada pela descarga dos compressores.

Já para o controle de evaporadores, a Danfoss lançou recentemente o AK-CC55, controlador que é capaz de pilotar qualquer tipo de válvula de expansão eletrônica (AKVP-Pulso ou a ETS-Motorizada) e traz uma interface bluetooth para comunicação com o smartphone, para facilitar a configuração, o comissionamento e a manutenção.

“Além disso, em uma instalação com muitos evaporadores, essa interface facilita a programação em massa, pois pode ser usada como um arquivo eletrônico armazenando as configurações e compartilhando a programação com outros controladores”, detalha Drigo.

Para o controle de evaporadores aplicados com amônia, a multinacional tem o EKE400, controlador desenvolvido para todos os tipos de aplicação em evaporadores para sistemas com amônia, incluindo configurações bem específicas do nosso mercado.

“Por fim, o Alsense é uma solução de IoT para varejo alimentar, e o mais recente lançamento em nuvem da Danfoss para supermercados e aplicações de varejo de alimentos. A oferta de serviços inclui um portal escalonável e seguro para otimizar o desempenho das operações de varejo de alimentos, a partir de uma tecnologia que pode ajudar a alcançar as eficiências necessárias.”

“A solução permite rastrear facilmente o desempenho dos equipamentos de refrigeração que estão conectados ao gerenciador AK-SM800A, responder a alarmes, integrar monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, reduzir o consumo de energia e muito mais, tudo em uma plataforma integrada”, complementa.

Segundo o gestor, a chegada da tecnologia 5G vai melhorar a integração entre os controladores e as soluções em nuvem, pensando em compartilhamento de informações.

“Como o acesso à internet será muito maior e a capacidade de interagir com outras plataformas online também, os hardwares terão menos responsabilidade direta sobre o controle e mais em compartilhar com a nuvem os dados do equipamento/instalação e os algoritmos ou as inteligências artificiais ficarão em nuvem enviando comandos para os hardwares nas plantas”, conclui Drigo.

O mercado de automação se beneficiou muito da evolução das redes móveis, nos últimos dez anos, com milhões de reais em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A introdução da tecnologia 4G, por exemplo, impactou naquele momento e abriu as portas para o que se tem hoje no HVAC-R.

“O 4G possibilitou, na União Europeia, sistemas de automação para o consumo energético e promoveu uma redução média de 37% em 2007 sobre o consumo que se tinha em 1998, isso só com a implantação do sistema de gestão técnica de edifícios”, descreve o engenheiro Paulo Américo dos Reis, presidente do Departamento Nacional de Automação da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A meta com o 5G é atingir um consumo de 2.000 W/mês por habitante na Europa, e outros 1.000 W/mês por habitante, sendo possível apenas pela autogeração alternativa, como foto solar, eólica ou geotérmica”, frisa.

De acordo com o especialista, no Brasil, infelizmente só a área financeira (bancos) vem utilizando em grande escala os produtos ofertados pelas empresas de tecnologia e automação. No varejo, somente os grandes grupos têm utilizados, e em nível pouco perceptível, vinculado só ao controle de logística e financeiro.

“Se pensarmos, por exemplo, que nos países de origem germânica (Alemanha, Áustria, Dinamarca, Holanda e Suíça) possuem desde um pequeno comércio até grandes redes de supermercados sistemas de automação, na verdade gestão totalmente automatizada e remota, em supermercados existe um número porcentual de caixas sem operador, tudo feito pelo cliente em um sistema completo de gestão”, compara.

Sensoreamento

Otimista com a transformação promovida pela expansão da automação no mercado do frio, a Johnson Controls também aposta em tecnologia. Para o diretor de soluções digitais da empresa para América Latina, João Paulo Oliveira, com o sensoreamento espalhado, é possível identificar como está o consumo de energia e frio, e quão eficiente está a planta em determinado instante.

“Assim, a partir desses dados, adotar estratégias, seja o retrofit dos equipamentos, a troca por equipamentos novos, a adoção de novas lógicas de controles ou o uso de soluções que hoje a nossa empresa já tem disponíveis, as quais permitem enviar os dados para a nuvem. A partir da análise dos dados e de diferentes simulações, com machine learning, inteligência artificial, é possível definir uma lógica ótima que irá gerar a economia de energia que o cliente busca”, enfatiza.

O executivo afirma que outra tendência do segmento é a troca da manutenção preventiva para uma mais preditiva, ou até mesmo para aquela que o mercado chama de prescritiva. “Muitas plantas seguem fazendo a manutenção sugerida pelo catálogo do equipamento. A partir do momento em que temos uma conectividade mais rápida e sensores disponíveis em protocolos abertos, passamos a ter a oportunidade de mandar esses dados também para nuvem, para entender como está o comportamento daquele equipamento, e, ao invés de fazer a manutenção baseada em horas de operação, passamos a ter a possibilidade de agir quando alguma coisa está mal”, especifica Oliveira

Na nuvem, enfatiza ele, tem-se a oportunidade não só de detectar um problema, mas descrevê-lo e listar as tarefas que têm de ser seguidas para resolve-lo. “Isso dá mais agilidade e aumenta a disponibilidade da planta, influenciando também na eficiência”, emenda.

Atualmente, a Johnson Controls tem um portfólio bem amplo de produtos dentro da categoria de automação e controle. Fabrica e vende desde sistemas de automação e controle para edificações, controles para todos os aspectos dos espaços refrigerados, para fluxo de ar, painéis de controle e termostatos, além do OpenBlue, plataforma agnóstica, totalmente aberta e conectada, que possui um conjunto de serviços sob medida, estruturadas com inteligência artificial, como diagnósticos remotos, manutenção preditiva, monitoramento de conformidade, avaliações avançadas de riscos, entre outras funcionalidades, que atende a diversos setores.

Nas próximas semanas, revela Oliveira, a Johnson Controls lançará um sensor próprio de qualidade do ar para oferecer monitoramento, mandando os dados colhidos para a nuvem. “Assim, conseguimos identificar para o cliente qual a lógica de controle ótima, ou qual a estratégia que pode ser implementada para melhorar a qualidade do ar em um espaço específico”, completa.

A mesma visão tem a Coel, fabricante de uma linha completa de instrumentos para toda a cadeia do frio, desde a casa de máquinas ao PDV, de termostatos eletrônicos a PLCs, interfaces de comunicação sem fio e softwares de monitoramento.

Para o gerente da engenharia de aplicações da companhia, Silvio Barbelli, com a diminuição dos custos, devido ao aumento de demanda, os dispositivos de automação, como inversores de frequência e válvulas eletrônicas estão sendo mais utilizados na cadeia do frio.

Sobre a rede 5G, o executivo reforça que as interfaces de comunicação 3G e 4G também atenderão ao 5G. A Coel, afirma ele, investe continuamente em desenvolvimento de softwares e hardwares em parceria com instituições de pesquisa e desenvolvimento de Manaus.

“O monitoramento do HVAC-R em nuvem já é uma realidade e a tendência é que todos os dispositivos de conservação e controle sejam conectáveis. Em curto prazo, o 5G possibilitará o monitoramento e controle da cadeia do frio a distância, garantindo a qualidade na fabricação, transporte e armazenamento dos produtos”, projeta.

Outro player que investe pesado em automação, a Elitech apresenta ao mercado sistemas de controle de temperatura em equipamentos de refrigeração e ferramentas digitais para uso em instalação e manutenção de equipamentos.

Além disso, possui uma vasta linha de dataloggers, que registram leituras de temperatura e/ou umidade relativa do ar, e esses dados são usados principalmente em aplicações nas áreas farmacêutica, alimentícia, laboratoriais e de transporte de produtos sensíveis à variação de temperatura.

“Nossas soluções auxiliam os profissionais do setor do frio, principalmente no ganho de tempo para executar tarefas”, destaca o diretor da multinacional no Brasil, Antonio Nascimento Junior.

“Cada vez mais a tecnologia se desenvolve para ajudar os profissionais a ganhar um precioso tempo na coleta e análise de informações geradas por instrumentos de automação, realidade que será cada vez mais explorada pela Elitech”, acrescenta.

A força feminina do HVAC-R

A REVISTA DO FRIO parabeniza todas as mulheres do setor de HVAC-R, que com muita luta, garra, posicionamento e determinação, conquistaram espaço e se destacam cada vez mais, mostrando que vieram para somar!

Em 05 de março último, o Comitê de Mulheres da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), realizou o “III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R”, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente dia 8 de março.

O evento aconteceu no Sebrae SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), presencial e on-line, e contou com a presença de mulheres com grande expressão no mercado de ar condicionado e refrigeração.

A programação foi dividida em palestras técnicas e um painel sobre empreendedorismo.

Comitê de Mulheres da Abrava

Priscila Baioco, presidente do Comitê de Mulheres da Abrava.

Priscila Baioco, presidente do Comitê de Mulheres, durante a abertura enfatizou a presença feminina do setor, com histórias inspiradoras e, juntas, apoiando e incentivando umas às outras. “Nos orgulhamos do que vem sendo construído pelas mulheres do mercado de HVAC-R”.

O presidente executivo da Abrava, Arnaldo Basile, também ressaltou a importância do Comitê de Mulheres da Abrava e o trabalho realizado durante esses três anos, através de um movimento em prol de todas as mulheres deste mercado, reunindo engenheiras, técnicas, mecânicas, vendedoras, prestadoras de serviços, jornalistas, administradoras e empresárias.

Mulheres, liderança, equidade e inclusão

Painel discutiu empreendedorismo, liderança, equidade e inclusão

A primeira parte do programa contou com palestras técnicas dirigidas ao papel da mulher no setor de HVAC-R e atualização profissional.

Anna Cristina Dias, professora da Fatec Itaquera, apresentou “A Importância das Mulheres na Engenharia”; Thamyres Almeida, analista de aplicação de produto da Johnson Controls- Hitachi, palestrou sobre “Passado e Futuro da Tecnologia VRF”; Joana Canozzi, diretora de engenharia da Emerson, tratou o tema “Soluções Emerson para um Mundo mais Sustentável”; e Simone Pimenta, diretora de recursos Humanos da Danfoss, encerrou a primeira parte do programa expondo sobre “Catalisador de Mudança: A Covid-19 Revolucionando Competências de Liderança no Mundo Corporativo”.

A segunda parte da programação contou com um painel sobre “Desafios do Empresário” com a participação de Angela Farias, do Sebrae; Graciele Davince, diretora da Eletrofrigor; e Paula Souza como moderadora.

ABRAVA realiza o III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R

Marcado para acontecer no dia 05 de março, o III Encontro Nacional de Mulheres do Setor AVAC-R será realizado pelo Comitê de Mulheres da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento. O Encontro tem por objetivo ser uma referência para as mulheres do setor HVAC-R, que buscam equidade de gênero e transformação de valor da presença feminina no setor. O evento acontecerá de forma híbrida, em São Paulo no auditório do SEBRAE, e de forma online. As inscrições estão abertas e são gratuitas.

Antecipando o Dia Internacional das Mulheres, a escolha do dia 05 de março, um sábado, foi decidida pelo Comitê para que todas as mulheres que atuam no setor HVAC-R possam participar. Neste sentido, a programação também foi considerada de acordo com temas relevantes e o público esperado para o Encontro.

A programação do evento contará com renomadas profissionais que abordarão alguns aspectos da presença feminina no mercado de trabalho, entre elas: a Prof. Anna Cristina Dias – docente da FATEC Itaquera e uma das gestoras do Comitê de Mulheres da ABRAVA,  que abordará o tema A Importância das Mulheres na Engenharia”; e Simone Pimenta – Diretora de Recursos Humanos da Danfoss, que destacará a temática “Catalisador de mudanças: a COVID-19 revolucionando competências de liderança no mundo corporativo”.

Na grade do Encontro, a realização do painel “Desafios do Empresário”, mediado por Paula Souza, Gerente de Projetos de Customer Experience da Danfoss, e também uma das gestoras do Comitê, terá como convidadas Angela Faria, representante do SEBRAE, e Graciele Davince, sócia diretora da Eletrofrigor.

O conhecimento técnico também não poderia ter ficado de fora deste Encontro, duas palestras técnicas comerciais serão ministradas: Soluções Emerson para um mundo mais sustentável, com Joana Canozzi, da Emerson; e uma segunda palestra da Johnson Controls, com tema e palestrante a ser confirmados.

PMOC mantém padrões operacionais de sistemas VRF e multi-split

Técnico aplicando o PMOC em VRF

Instituído pela Lei Federal nº 13.589/2018, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) é o conjunto de documentos em que constam todos os dados da edificação, do sistema de climatização e responsável técnico, bem como procedimentos e rotinas de manutenção comprovando sua execução.

Deve ser executado nos sistemas de climatização de equipamentos, de qualquer capacidade, de edifícios de uso público e coletivo, como repartições, prédios comerciais, hospitais, shoppings, indústrias, supermercados, restaurantes, entre outros estabelecimentos. Nesses locais, ficam a maioria dos equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) e multi-splits vendidos no Brasil.

O VRF é mais robusto, permitindo tubulações mais longas e acoplamento de até 64 unidades evaporadoras. Cada unidade interna opera de forma individual e conta com uma válvula de expansão exclusiva. É ideal para locais de grande circulação. Já o multi-split permite acoplar até oito unidades evaporadoras em uma só condensadora, sendo mais indicado para instalações menores e residências.

Quatro tipos de evaporadoras podem ser usados em sistemas VRF – hi-wall, cassete, dutadas para baixa/média/alta pressão (para pequenos e grandes ambientes) e piso-teto. No caso da condensadora, opta-se ou por condensação a água (utilizada onde há pouco espaço para montagem e sem área de ventilação), ou por condensação a ar (indicada para área livre para montagem e com boa ventilação).

No caso de sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h), os proprietários, locatários e prepostos deverão manter um responsável técnico habilitado. Esta obrigação está descrita no artigo 6º da Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde.

“O PMOC é fundamental para aplicações de VRF, como forma de adequadamente manter os sistemas operacionais dentro de seu envelope de funcionamento, sob regime definido pelos fabricantes. Isto irá gerar um ambiente seguro – especialmente durante a pandemia –, econômico e de grande retorno de investimento e satisfação dos usuários”, afirma o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Especialista em PMOC, ele salienta que a boa manutenção assegura a longevidade e performance dos equipamentos, economizando energia, água e protege o investimento, além de propiciar um ambiente agradável, incrementando a produtividade e combatendo o absenteísmo.

“As técnicas corretas de manutenção ainda diminuem substancialmente os custos com reposição de peças, pois os equipamentos irão operar com maior eficiência dentro dos parâmetros de fábrica”, completa.

Como exemplo, Parra lembra que um equipamento operando perto do seu ponto de “desarme por alta pressão”, está consumindo cerca de 40% a mais de energia, o que já justifica totalmente as intervenções de conservação. “Se considerarmos que para um edifício comercial médio, o gasto de energia elétrica com ar-condicionado se situa em 40%, podemos estimar o tamanho da economia”, pondera.

A falta de atenção à qualidade do ar interior e/ou a não observação dos requisitos do PMOC podem influenciar diretamente na saúde das pessoas de modo geral.

Segundo o diretor da Abrava, estas situações inevitavelmente levarão ao acúmulo de impurezas nos diversos componentes dos climatizadores, tais como excesso de pós e cargas de micro-organismos em filtros, bandejas, serpentinas, ventiladores e dutos, entre outras peças.

“O excesso de pó e outros poluentes proporciona crescimento de colônias de fungos, servindo inclusive para a propagação de cargas virais, de forma descontrolada. Quando um prédio chega a estas condições, dizemos que ele tem a chamada Síndrome do Edifício Doente”, ressalta Parra.

Negligência

Além dos problemas relacionados à saúde, o não atendimento às regras estabelecidas pelo PMOC traz reflexos legais, segundo a Lei Federal nº 13.589/2018, a Portaria nº 3.523/1998 e Resolução RE-09 (Anvisa), prevendo punições para eventual negligência.

O descumprimento total ou parcial do PMOC expõe o proprietário do estabelecimento às penalidades previstas na Lei nº 6.437/1977, com multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, com base na gravidade e porte do estabelecimento, sendo dobrado na reincidência, além de sanções civis.

“Se também ocasionar níveis de poluição para os ambientes climatizados acima dos estabelecidos na RE-09 da Anvisa, acaba por infringir também a Lei Federal nº 6.938/1981 e a Resolução 491 (Conama), gerando crime de poluição, passível de punição conforme estabelece a Lei Federal nº 9.605/1998 (de um a quatro anos de detenção), o Decreto Federal nº 6.514/2008, com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil, além de outras sanções”, esclarece Parra.

O especialista explica que a falta do PMOC, ou mesmo a exposição de trabalhadores a níveis de poluentes acima do estabelecido na Resolução RE-09 Anvisa, pode ensejar também demanda trabalhista por trabalho em ambientes insalubres de grau médio a máximo, de acordo com as normas regulamentadoras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

O engenheiro enfatiza que há uma preocupação crescente das autoridades em relação ao PMOC da climatização, especialmente neste momento de pandemia. “Entretanto, ainda temos uma grande missão a desempenhar para bem da população em geral”, considera.

Em passado recente, a Abrava desenvolveu um grande programa de treinamento para os agentes sanitários, objetivando que as fiscalizações ocorressem de modo técnico e justo, evitando incongruências.

“Colhemos bons resultados até aqui, e mais recentemente por conta do surto pandêmico, temos outras autoridades adquirindo consciência e preocupação com os aspectos da saúde dos trabalhadores e população em geral”, complementa.

A Fase III do CT RAC Bitzer triplica a área de laboratório e treinamento prático em refrigeração comercial 

A RAC Brasil descerrou em janeiro a placa de inauguração da Fase III do Centro de Treinamento RAC Bitzer, acrescentando amplo espaço e novos recursos técnicos ao CT existente, permitindo à RAC e a Bitzer a possibilidade de treinamentos práticos, intensivos e avançados, em seus cursos de refrigeração comercial e economia energética.

A Fase III do CT RAC Bitzer acrescenta uma central de frio operacional usando CO2 subcrítico, câmara fria educacional de congelados usando válvula de expansão eletrônica, laboratório de compressor duplo estágio, válvulas de pistão motorizado e condensação flutuante, unidade condensadora a água, unidade condensadora montável no local e rack montável com 3 compressores semi-herméticos.

Os treinamentos e cursos da RAC são intensivos e para públicos variados, de diferentes perfis. Eles recebem de iniciantes a profissionais experientes, de mecânicos praticantes a engenheiros de projeto, de gerentes de manutenção a donos de empresas usuárias finais da refrigeração comercial. Os treinamentos da RAC programados para 2022, em um total de 28 turmas aproximadamente, disponíveis no site da RAC, incluem um curso geral em Refrigeração Comercial e outros 3 cursos direcionados a tópicos específicos: Válvulas de expansão e Unidades Condensadoras, Centrais de Frio CO2 Subcrítico e Compressores Duplo Estágio & Válvulas de Pistão Motorizado, com ênfase em economia energética.

O evento de descerramento da placa contou com a participação de personalidades tais como Arnaldo Basile, Presidente Executivo da ABRAVA, Pedro Evangelinos, Presidente do Conselho da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves e Presidente do SINDRATAR, Fernando Bueno, CEO da Bitzer Compressores Ltda, Marcos Burin, Diretor e sócio da Refrio Coils & Coolers, Osvaldo Bueno, Presidente do Instituto Brasileiro do Frio e Presidente do Comitê ABNT/CB-055, bem como online Augusto Dalma Boccia, Diretor da São Rafael Câmaras Frigoríficas e Eduardo Macedo, Diretor da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, entre outros ilustres presentes e participantes.

A RAC teve todo o apoio de seus parceiros Bitzer Compressores, Refrio Coils & Coolers e São Rafael Câmaras Frigoríficas para a Fase III do CT.

Fonte: RAC Brasil

Programa ABRAVA Exporta convida empresas para rodada de negócio

Empresas da Argentina, Chile, Colômbia, México e Paraguai, participarão entre os dias 14 e 18 de fevereiro de 2022, da Rodada de Negócios Virtual Mercado Latino-americano 2022 promovida pelo Programa Abrava Exporta, projeto de parceria entre a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O evento tem como objetivo fomentar negócios através de reuniões virtuais entre potenciais compradores internacionais, demandantes dos produtos do setor HVAC-R e empresas nacionais, para o conhecimento do potencial tecnológico das empresas brasileiras e estreitamento de relações para futuras transações comerciais.

Segundo a gestora do Programa Abrava Exporta, Leila Vasconcellos, “as rodadas de negócios realizadas pelo Programa têm trazido importantes negócios para as empresas brasileiras dos setores que a Abrava representa, além da internacionalização destas, contribuindo para o aumento das exportações e inserção de seus produtos no mercado internacional”.

Para esta Rodada 2022, o Programa convidará 10 empresas, representadas por potenciais compradores internacionais, incluindo-se importadores, empresas de engenharia e distribuidores.

Para a arregimentação dos compradores, o Programa Abrava Exporta fará uma análise dos produtos das empresas brasileiras inscritas no evento, visando convidar compradores específicos que potencializem suas exportações e gerem novos relacionamentos comerciais.

As reuniões serão realizadas virtualmente em salas individuais, com horários pré-agendados e com o suporte técnico da equipe do Programa Abrava Exporta e empresa de arregimentação contratada que acompanhará as agendas de cada empresa.