Ar-condicionado e refrigeradores eficientes podem cortar 460 bilhões de emissões de CO2

Um relatório sobre emissões de dióxido de carbono, gases que causam o efeito estufa, sugere que o equivalente a oito anos de produção de CO2 na atmosfera poderiam ser eliminados apenas com a utilização de aparelhos de refrigeração eficientes.

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O documento, compilado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Agência Internacional de Energia (AIE) revela que 460 bilhões de emissões de CO2 podem ser anuladas por ares-condicionados e refrigeradores econômicos.

Especialistas acreditam que a redução poderia ocorrer nas próximas quatro décadas com a fabricação de aparelhos duas vezes mais eficientes que os padrões atuais.

A mudança levaria a uma economia de cerca de US$ 2,9 trilhões até 2050. O número equivale à quantidade de eletricidade de todas as usinas de carvão na China e na Índia.

O Pnuma diz que a iniciativa pode ainda ajudar a limitar o aumento global da temperatura em 1.5 grau Celsius, o que é fundamental para minimizar os impactos desastrosos da mudança climática.

A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, disse que as nações também podem abraçar a mudança à medida que se recuperam das consequências econômicas da covid-19.

Pandemia

Para ela, os países têm agora uma oportunidade de usar os recursos de forma inteligente para reduzir a mudança climática, proteger a natureza e eliminar riscos de uma nova pandemia.

O documento ressalta que muitos países já têm várias opções a seu dispor para fazer a conversão para matrizes limpas de energia.

Os signatários da emenda de Kigali no Protocolo de Montreal sobre Substâncias Nocivas à Camada de Ozônio concordaram em reduzir o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs).

Além disso, os planos de ação nacionais podem acelerar a transição para refrigerações sustentáveis através de chances e formas de cumprimento do Acordo de Paris de combate à mudança climática.