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Cadeia do frio minimiza desperdício de alimentos

Ao garantir condições ideais de temperatura desde a produção até o consumo, refrigeração minimiza perdas e promove sustentabilidade na indústria alimentícia.

Embora o Brasil seja um dos principais produtores globais de alimentos, é também um dos países com alto índice de desperdício, chegando a 30% da produção, equivalente a 46 milhões de toneladas anuais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este processo resulta em perdas econômicas significativas, estimadas em R$ 61,3 bilhões por ano.

Além disso, ocupamos a décima posição no ranking de desperdício alimentar no mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Mundialmente, a entidade revela que 54% do desperdício ocorre na colheita, enquanto 46% das perdas são registradas em armazenamento, transporte e consumo. No contexto brasileiro, 10% ocorrem no campo, 30% na distribuição e armazenamento e 50% no transporte, com os consumidores respondendo por 10% do desperdício total.

A situação poderia ser ainda pior, não fossem os fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento que a cadeia do frio sempre realizou em busca de aprimoramento da eficiência dos equipamentos usados para conservação de alimentos, em todas as etapas entre a lavoura e a mesa do consumidor.

O frio é utilizado para a preservação da qualidade do produto, retardando a atividade enzimática e a consequente oxidação. A diminuição da temperatura e da atividade de água no alimento inibe a possível ação bacteriana e prolonga o tempo de prateleira.

Portanto, o HVAC-R há muito entendeu que é um dos protagonistas na redução do desperdício alimentar, e a refrigeração desempenha um papel crucial na logística de transporte de alimentos perecíveis, evitando perdas significativas ao longo do caminho.

O processo de conservação dos alimentos começa nas vastas extensões agrícolas, onde a colheita é o ponto de partida da jornada dos alimentos para todas as regiões do país. Neste estágio, a tecnologia pós-colheita é aplicada em galpões, silos, estufas e câmaras refrigeradas, promovendo, nesses ambientes, o controle meticuloso de temperatura e umidade, de modo a preservar a vida útil e os atributos nutricionais de grãos, sementes, lácteos, frutas e legumes.

O mesmo processo ocorre com o abate de bovinos, suínos, aves, pescados e frutos do mar, entre outros itens, que essencialmente precisam, logo de início, ser armazenados, conservados e beneficiados em ambientes de baixas temperaturas, como se vê nas linhas de produção dos frigoríficos.

“O desperdício de alimentos acontece principalmente em situações como variações de temperatura no transporte, avarias em embalagens durante o manuseio, expiração do prazo de validade”, afirma Isabela Perazza, diretora regional da Global Cold Chain Alliance (GCCA), associação representante da indústria de armazenamento com temperatura controlada que promove as melhores práticas no setor de armazenamento e logística com temperatura controlada por meio de pesquisas, benchmarking, networking e educação.

A executiva comenta não existir um indicador que mostre a quantidade exata de produtos desperdiçados. “Porém, sabemos que é uma pequena porcentagem, se levarmos em conta o volume do que é produzido no Brasil hoje. Existe um cuidado muito grande para que tais perdas não aconteçam. De qualquer forma, mesmo essa pequena porcentagem significa toneladas de alimentos que poderiam ter tido um melhor destino”, complementa.

Transporte refrigerado

Considerada um dos grandes gargalos do agronegócio brasileiro, a logística envolvendo os produtos agrícolas deve ser precedida de toda uma estratégia de transporte e armazenamento, afinal caminhões e contêineres frigoríficos percorrem longas distâncias até chegar aos pontos de venda.

É neste ponto que a logística refrigerada desempenha papel vital. Veículos equipados com sistemas de refrigeração avançados garantem que a temperatura adequada seja mantida durante todo o trajeto. Seja por estradas, ferrovias, rios ou oceanos, a integridade dos alimentos é preservada, evitando o desgaste precoce e assegurando que cheguem aos destinos em condições ideais.

“A adequada refrigeração no transporte, em todo caminho percorrido, é um fator crítico para que os alimentos cheguem ao seu destino dentro da temperatura e com as propriedades nutricionais intactas, sem que haja perdas. O transporte pode ser um grande gargalo, caso não esteja com o equipamento de refrigeração adequado ou com a manutenção em dia”, argumenta Isabela.

Atualmente, o processo logístico utiliza o rastreamento da temperatura dentro do veículo e das caixas dos produtos, por meio de sensores.  Com este recurso de monitoramento a distância, é possível mapear os desvios e, com base nesta informação, corrigi-los.

“A área de antecâmara, onde ocorre o trânsito dos produtos, tem temperatura controlada, ou seja, sofre climatização. E dentro dos nossos registros de qualidade, há um acompanhamento constante da temperatura das câmaras para que elas estejam de acordo com a rotulagem dos produtos”, explica Vivianne Moreira Leite, responsável técnica e diretora de operações da Cap Logística Frigorificada.

Para minimizar perdas durante o transporte e o armazenamento, a empresa adota estratégias focadas em gestão de estoque com FIFOs (primeiro que entra, primeiro que sai) e relatórios de não conformidade em descargas e carregamentos. “É fundamental a observação de boas práticas em armazenagem e transporte para evitar avarias em embalagens primárias e secundárias”, finaliza.

Varejo

Assim como nas demais etapas do percurso entre a lavoura e a casa do consumidor, a cadeia do frio também desempenha papel decisivo na prevenção de perdas de alimentos no varejo, desencadeando uma série de processos interligados que garantem a qualidade e a segurança dos produtos no armazenamento e nas prateleiras.

Nos estabelecimentos, câmaras frigoríficas, expositores de bebidas e ilhas e balcões refrigerados mantêm a temperatura ideal para produtos perecíveis, prolongando a validade e permitindo que os consumidores tenham acesso a alimentos frescos por períodos mais longos. Esse elo da corrente compreende manipulação, armazenamento e conservação adequados a fim de preservar as características sensoriais e nutricionais. A importância desse sistema vai além da mera conservação, impactando diretamente na redução do desperdício alimentar.

“Deixar de manter o produto nas temperaturas corretas pode resultar em degradação da textura, descoloração e crescimento microbiano. Além disso, um produto de qualidade leva a um cliente satisfeito e à proteção global da saúde pública”, argumenta Isabela Perazza, da GCCA.

Consumidor e meio ambiente

O final do ciclo, na casa do consumidor, também demanda a continuidade da refrigeração adequada. Equipamentos como geladeiras e freezers garantem que os produtos mantenham a qualidade mesmo após a compra, incentivando um consumo consciente e reduzindo o descarte de alimentos.

O mínimo de desperdício também significa redução do impacto ambiental. Quando produtos perecíveis são descartados devido à falta de controle na temperatura, não apenas recursos preciosos são perdidos, mas também ocorre a emissão desnecessária de gases de efeito estufa relacionados à produção e decomposição dos alimentos.

O combate às perdas de alimentos tem arregimentado pessoas e organizações dispostas a fazer a diferença. Um exemplo deste movimento vem da GCCA Brasil, que tem parceria com o Mesa Brasil Sesc, o principal banco de alimentos do País.

O convênio visa a doação de produtos dentro da validade e próprios para consumo, mas que por algum motivo – como avaria na embalagem secundária – não podem ser comercializados. “Dessa forma, as empresas conseguem destinar produtos de alto valor nutricional a pessoas em situação de vulnerabilidade social”, arremata Isabela.

HVAC-R assume protagonismo na descarbonização de edifícios

Levantamento do Green Building Council Brasil revela que 37% das emissões de carbono são oriundas dos edifícios, e estão divididas entre as fases de construção (10%) e de operação (27%).

Longe de um acordo sobre ações para conter – ou mesmo minimizar – os efeitos das mudanças climáticas nos próximos anos, os governantes em todo mundo continuam perdendo a já desgastada credibilidade nesse tema, conforme ficou patente na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), realizada em novembro de 2022, em Sharm el-Sheikh (Egito).

A ausência de uma convenção estatal sobre a busca por soluções para o problema ambiental está abrindo caminho para o protagonismo da iniciativa privada. Nesse contexto, a indústria do frio e da construção civil têm investido em pesquisa e tecnologia para tornar os novos imóveis cada vez mais “verdes” – é a chamada descarbonização.

Globalmente, segundo o Green Building Council Brasil, 37% das emissões de carbono são oriundas dos edifícios, e estão divididas entre as fases de construção (10%) e de operação (27%), especialmente pelo alto consumo de energia.

“A tendência é haver avanços, e devemos aproveitar a oportunidade para assumirmos o compromisso de fazer parte desse processo. Hoje, a principal ação para mitigação das emissões operacionais são os projetos de eficiência energética”, argumenta o CEO do GBC Brasil, Felipe Faria, que em 2021 foi reeleito para um novo mandato no World Green Building Council.

O Green Building Council Brasil ajudou a construção civil nacional a se tornar um dos cinco principais mercados do mundo para a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), voltada para construções sustentáveis.

“Além de ser destaque em matéria de edificações com certificação, o Brasil tem aumentado o percentual de projetos certificados que atingem o nível Platinum da certificação, ou seja, o mais alto nível de desempenho em eficiência. Enquanto no mundo, apenas 8% dos projetos são Platinum, aqui no País é de 11%”, menciona Faria.

O gestor explica que em torno de 40% das certificações Platinum emitidas no Brasil ocorreram nos últimos três anos, e o percentual, medido até o final de outubro de 2022, chegou a 26%, o maior do mundo. A Índia ficou com 24% e a Itália, com 23%.

“A principal ação para mitigação das emissões operacionais são os projetos de eficiência energética. Acompanhando o resto do mundo, e por vezes possuindo edificações que se destacam, vemos uma maior receptividade para o investimento em inteligência de engenharia e arquitetura de modo a buscar as melhores escolhas visando maximizar a eficiência e a redução da carga térmica da edificação”, complementa Faria, ao também se referir ao importante papel desempenhado pelo HVAC-R no processo de descarbonização.

De acordo com o Comitê de Artigos Técnicos da Smacna Brasil, em uma edificação com sistema de climatização operante, o ar-condicionado representa, em média, de 40% a 80% da demanda energética.

“Assim, diversas políticas públicas, normas e diretrizes estão sendo desenvolvidas para estimular a descarbonização de edificações, seja para edifícios novos ou para o retrofit daqueles já construídos”, enfatiza a associação técnico-científica.

Ainda segundo a Smacna Brasil, “a descarbonização de edifícios deve considerar o projeto, a construção, o retrofit e a operação das edificações, sendo alguns exemplos a redução das emissões de carbono nas operações e durante a construção; diminuir a demanda de energia, preservando a qualidade e funcionalidade dos ambientes internos; adotar fontes de energia renovável; e reduzir o carbono incorporado nos materiais estruturais, do envelope e dos sistemas dos edifícios”.

O engenheiro Walter Lenzi, presidente do Ashrae Brasil Chapter e sócio-diretor da W&R Lenzi, reforça que o processo de descarbonização de edifícios abrange todo o ciclo de vida do empreendimento, incluindo projeto, construção, operação, ocupação e fim de vida.

“Construção civil, uso de energia, vazamento de metano e refrigerantes são as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa. A avaliação do ciclo de vida do edifício envolve a consideração de emissões operacionais, geralmente provenientes do uso de energia, e incorporadas, as quais abarcam as emissões de GEE associadas à construção de edifícios, incluindo extração, fabricação, transporte e instalação de materiais de construção, bem como as emissões geradas por manutenção, reparo, substituição, reforma e atividades de fim de vida. As emissões incorporadas também incluem perdas de refrigerante ao longo do ciclo de vida do edifício”, detalha o especialista.

Segundo Lenzi, os principais meios para reduzir as emissões de GEE dos edifícios são diminuir o uso de energia do edifício por meio da eficiência energética; reduzir o carbono incorporado na construção; adotar a eletrificação energeticamente eficiente das necessidades de energia do edifício; projetar prédios para otimizar a flexibilidade da rede; fornecer energia renovável no local; e descarbonizar a rede elétrica.

Há diferenças importantes entre o processo de descarbonização de um edifício comercial e de um residencial novo e usado. Enquanto o empreendimento novo pode ser comparado com uma simulação computacional de consumo de energia com referência ao projeto, o edifício já existente passa por estudo de eficiência energética, análise do consumo de energia do edifício e sistemas prediais (chamado de walkthrough análises 01, 02, 03), além de posterior implantação das possíveis melhorias. Com isso, pode ser verificada a economia de energia alcançada com os novos sistemas comparando-se com os últimos 12 meses de consumo.

 

HVAC-R na dianteira

Especificamente, a indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e e refrigeração pode colaborar promovendo uma série de intervenções nos modelos de gestão de sistemas de refrigeração e climatização, principalmente quando participa de projetos.

A Smacna Brasil, por exemplo, visualiza diversas oportunidades interessantes surgindo para o HVAC-R, que vem despontando no atendimento das demandas de sustentabilidade e maior eficiência energética, inclusive estimulando o respeito às normas internacionais.

A organização entende que o HVAC-R desempenha um papel decisivo para a redução das emissões de carbono nos edifícios, pois a cadeia produtiva do frio tem se desenvolvido tecnologicamente para atender às demandas de sustentabilidade e eficiência energética, incluindo as normas internacionais.

Para começar, a entidade entende ser fundamental eliminar liberações de refrigerante, minimizando vazamentos e usando produtos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês); adotar válvulas eletrônicas, parâmetros de automação e setpoints de sistemas mais inteligentes; instalar variadores de frequência e sistemas de bombeamentos mais eficientes, além de equipamentos energeticamente que consomem menos energia.

Na fase da construção, há emissão direta com a atividade construtiva de canteiro de obra, toda a logística dos fornecedores e funcionários que emitem gases de efeito estufa com o transporte e o carbono incorporado – emitido no processo industrial de cada material e produto utilizado na construção, como aço, cimento, concreto, alumínio, cerâmica, madeira, vidro.

“O carbono incorporado é um assunto que gera muita discussão porque faltam dados e informações da indústria. Precisamos que o setor da construção civil faça estudos de avaliação de ciclo de vida dos seus produtos. Deve-se analisar o desempenho ambiental desde a extração da matéria-prima até o produto estar pronto”, propõe Felipe Faria, do Green Building Council Brasil.

A boa notícia, ressalta o executivo, é que o Ministério de Minas e Energia criou, em 2022, o Sistema de Informação de Desempenho Ambiental da Construção (Sidac), plataforma gratuita para a indústria realizar sua avaliação de ciclo de vida com foco em intensidade energética e carbono incorporado.

Diretor-adjunto do Departamento Nacional de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e presidente da Câmara Ambiental do Setor de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação da Cetesb, Thiago Pietrobon, fundador da Ecosuporte, também entende que a área de refrigeração e climatização é uma das protagonistas das iniciativas de redução das emissões de carbono em edifícios.

“Nesse tipo de levantamento, aspectos como refrigeração, climatização conforto térmico e renovação de ar são indicadores fundamentais para a estruturação de processos de descarbonização. Um bom projeto busca o equilíbrio entre cada um desses itens e a harmonia com bons projetos arquitetônicos. Dessa forma, permite-se extrair da natureza tudo o que ela pode fornecer em termos de qualidade ambiental e beleza estética, sem agredir o meio ambiente”, completa o dirigente.

 

Estudo mostra drywall mais “verde” que blocos cerâmicos

Líder global em construção leve e sustentável, a francesa Saint-Gobain promoveu no Brasil estudos comparativos entre dois perfis de parede interna e descobriu que as peças desse tipo produziam uma série de benefícios ambientais.

O processo pode ser otimizado também com uso de materiais leves. As análises, feitas com dois perfis de parede interna (drywall e blocos cerâmicos de 140 milímetros rebocados com cimento), com um metro quadrado, descobriram que as peças do primeiro tipo produziam uma série de benefícios ambientais.

Bem mais leve, o drywall causaria uma queda de 63% no potencial de aquecimento global. Segundo o estudo da multinacional, os ganhos envolvem ainda uma redução de 49% no uso de energia primária, de 80% no peso do sistema de paredes e de 36% no consumo de água.

Ainda de acordo com a empresa, “a reutilização ou reciclagem de materiais é outra opção pela descarbonização da construção civil. Reutilizar o vidro, por exemplo, torna o item ‘descarbonado’, podendo diminuir o uso de energia em 3% para cada 10% de vidro adotado na construção”.

A partir deste conhecimento, detalha a empresa, o uso de uma tonelada de vidro reciclado reduz as emissões de carbono em 300 quilos, devido à diminuição do consumo de energia.

 

CECarbon

Por confiar no processo de descarbonização, a Saint-Gobain se tornou a primeira patrocinadora da CECarbon, calculadora de consumo energético e emissões de carbono para edificações desenvolvida pelo Comitê de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Comasp), composto por diversas entidades, como o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ, na sigla em alemão) e a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional.

A ferramenta é de acesso aberto e visa mensurar impactos e contribuir para a identificação de riscos e oportunidades para a cadeia produtiva da construção civil. A CECarbon leva em consideração o ciclo de vida dos insumos empregados na obra, desde a sua exploração e beneficiamento até o momento do uso na fase construtiva. Assim, pode-se optar por construções de menor impacto.

Lançada em 2020, a CECarbon permite a inserção de dados em momentos distintos de uma obra, com a possibilidade de produzir três edições. Dessa forma, é possível comparar dados de projeto com o efetivamente realizado. Os resultados permitem compreender os comportamentos dos indicadores de acordo com as escolhas realizadas ao longo do processo, abrindo caminho para uma melhor gestão de impactos da edificação.

Danfoss anuncia a intenção de adquirir fabricante alemã de compressores BOCK

A Danfoss anuncia a intenção de adquirir a fabricante de compressores BOCK GmbH da NORD Holding GmbH, com sede em Frickenhausen, Baden-Württemberg, Alemanha.

Com mais de 50 anos de história e ativos de cerca de € 2,5 bilhões, a NORD Holding é uma das principais empresas de gestão de ativos de private equity na Alemanha.

De acordo com o Instituto Internacional de Refrigeração, a tecnologia de refrigeração e ar condicionado representa cerca de 15% do consumo de energia elétrica mundial, tornando cada vez mais relevante a busca por soluções energeticamente eficientes. Soluções inteligentes, combinando alta eficiência energética e refrigerantes de baixo GWP (sigla em inglês para baixo potencial de aquecimento global), tanto naturais quanto sintéticos, são o caminho para refrigeração e ar condicionado sustentáveis.

Ao adquirir a BOCK, a Danfoss adota uma abordagem proativa para promover o desenvolvimento e uso de fluidos refrigerantes de baixo GWP para ajudar a reduzir o aquecimento global e garantir a competitividade da indústria.

De acordo com Jürgen Fischer, Presidente da Divisão de Climate Solutions da Danfoss, a aquisição visa contribuir com a transição verde e ajudar os clientes da companhia em realizar a descarbonização. “Nunca foi tão relevante acelerar a transição verde, e compressores eficientes que funcionam com refrigerantes de baixo GWP são fundamentais para atingir essa meta. Ao expandir nosso portfólio com a linha BOCK de compressores semi-herméticos, cumprimos nossa promessa de ajudar nossos clientes a descarbonizar. O potencial para reduzir as emissões de CO2 é enorme”, afirma Fischer.

Com a aquisição, a Danfoss adiciona o maior portfólio do mundo de compressores semi-herméticos para refrigerantes naturais como CO2 (R744), hidrocarbonetos e outros refrigerantes de baixo GWP ao seu já forte portfólio de compressores centrífugos livres de óleo, inverter-scroll, compressores do tipo parafuso e unidades condensadoras.

“A aquisição criará uma posição única no mercado para os negócios de Compressores Comerciais da Danfoss, e nossos clientes se beneficiarão de um portfólio completo de compressores, incluindo compressores semi-herméticos para CO2, que ajudarão na transição para refrigerantes alternativos e maior eficiência energética”, explica Kristian Strand, Presidente da divisão de Compressores Comerciais da Danfoss.

Com uma força de trabalho existente de cerca de 350 especialistas em compressores em todo o mundo e quatro fábricas em Frickenhausen – Alemanha, Stribo – República Tcheca, Bangalore – Índia e Suzhou, China, a BOCK construiu uma forte reputação como fabricante de compressores que atende sistemas de refrigeração móveis e estacionários sendo destinado para os segmentos de transporte, varejo, logística, armazenamento e processamento de alimentos.

“Este é realmente um momento emocionante para todos nós. Após nosso forte e bem-sucedido crescimento nos últimos 2 anos, agora se tornar parte da família Danfoss abrirá novas oportunidades de negócios para a BOCK. Com base em nossa estreita parceria, podemos afirmar que juntos estamos alinhados para nos tornarmos um dos players mais fortes no negócio de compressores em todo o mundo. Não apenas compartilhamos as mesmas ideias de como desenvolver o negócio, mas também temos os mesmos valores quando se trata de nosso pessoal e como impulsionar o crescimento”, afirma Marcus Albrecht, CEO da BOCK.

Qual a importância da refrigeração no agronegócio?

O agronegócio, ligado à indústria alimentícia, exige uma logística que permita manusear, conservar e transportar os alimentos de acordo com as normas de agências reguladoras e exigências internacionais, quando exportados.

Um dos principias elementos dessa cadeia é a refrigeração, que atende a um amplo segmento da indústria alimentícia, levando os produtores a investirem em processos e equipamentos para garantir a qualidade dos produtos. As oportunidades residem em aplicar, ampliar e melhorar o controle de temperatura nas várias etapas das cadeias produtivas.

Versatilidade

Os equipamentos de refrigeração devem ser flexíveis e atender as características da agricultura rotativa para absorver várias safras de diferentes produtos. Cada grão/semente tem características próprias de conservação, controle de desenvolvimento de fungos, perda de água e controle de germinação, o que determina a necessidade específica de refrigeração.

A principal característica é a busca pela preservação do produto na sua forma original, com a menor perda possível da qualidade e quantidade. As sementes, em contato com um ambiente que tem oscilações de umidade, têm a propriedade de absorver ou liberar água para o ar que as envolve, ou seja, mesmo depois de secas, ao entrarem em contato com um ambiente úmido, absorverão água novamente.

Portanto, se as sementes ficarem armazenadas em um ambiente onde a umidade oscila, estarão sujeitas a estragar com mais facilidade. Assim, um sistema de refrigeração bem projetado é que vai garantir o sucesso do processo.

Modernização na conservação de alimentos

A manutenção da cadeia do frio e o controle de qualidade são fundamentais para assegurar as boas condições dos produtos, proporcionando segurança ao consumidor. A instalação de modernos sistemas de refrigeração, além de atuar na conservação do alimento, permite a otimização do uso da energia.

Os equipamentos que funcionam próximos aos ambientes do agronegócio necessitam de algumas características adicionais, como robustez, durabilidade, confiabilidade técnica, reserva de capacidade frigorífica e flexibilidade operacional frente à constante variação de demanda de carga térmica. Isto não elimina a necessidade de serem simples de operar, seguros e de fácil manutenção.

 

Por: Genivaldo O. J. – Coordenador e consultor de Marketing Estratégico – JetFrio

Danfoss participa do Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio

No próximo dia 2, a GCCA Brasil – Global Cold Chain Alliance – promoverá o Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio, no Hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. O evento, com programação formada por palestras e painéis de discussão, terá a Danfoss como uma das participantes do debate sobre o tema “ESG na Refrigeração Industrial”, representada por Renato Majarão, Diretor Senior de Vendas e Marketing da Danfoss Climate Solutions América Latina.

A edição deste ano do Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio está prevista para ser realizada das 8h30 às 17h30 e é voltada para o setor de Operadores de Logística Frigorificada e dispõe de uma programação educacional planejada para executivos e líderes das empresas associadas e não associadas ligadas ao setor. Além do debate sobre ESG, serão abordados assuntos como “Momento da Indústria Global”, “Rodovias, Ferrovias e Mar na Cadeia do Frio Brasileira”, “Perspectivas dos Clientes” e “Logística Refrigerada no Corredor Bioceânico: Realidade e Perspectivas Regionais Brasileiras”, entre outros. O intuito é reunir palestrantes, professores e especialistas de alto nível para interagirem e trocarem experiências sobre tendências futuras e desafios atuais da cadeia do frio, bem como empresas fornecedoras de soluções para este mercado.

Para Renato Majarão, o debate sobre ESG na Refrigeração Industrial é extremamente oportuno e pode agregar muito para o setor. “Hoje, podemos dizer que a agenda ESG está pelo menos em vista para todo o setor produtivo e em muitos deles é uma das principais prioridades. O setor de refrigeração não poderia ser diferente e é muito importante que discutamos esse assunto de forma mais específica, pois já existem soluções nesse segmento que visam a reduzir os impactos ambientais como as que proporcionam economia de eletricidade com mais eficiência energética ou com o uso de fluídos refrigerantes que não são prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, como a redução dos impactos ambientais e melhor uso dos recursos são questões que sempre marcaram a trajetória da Danfoss, participarmos desse debate sem dúvida será muito positivo e totalmente em linha com a nossa atuação”, comenta ele.

Logística e armazenamento corretos evitam perdas de imunizantes

Ainda cercada de dúvidas e incertezas sobre importação de insumos e fabricação de vacinas em solo nacional, governos ainda buscam maneiras eficazes de transportar e armazenar imunizantes.

Embora os fabricantes de ultracongeladores tenham começado, ainda em novembro de 2020, uma corrida para atender à inédita demanda em torno do armazenamento e preservação de vacinas contra a covid-19, ao menos aqui no Brasil parece que não haverá tantos negócios com esse tipo de equipamento, ao menos em um futuro próximo.

Isto porque o país não optou por adquirir os imunizantes das farmacêuticas norte-americanas Moderna e Pfizer/BioNTech, produtos que necessitam de temperaturas muito baixas, somente atingidas por equipamentos especiais – (-20 ºC e -70 ºC, respectivamente).

Ao firmar contratos de compra dos imunizantes do consórcio britânico formado entre a universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca (governo federal a partir de parceria com a Fiocruz) e da chinesa Sinovac  (CoronaVac), pelo governo paulista via Instituto Butantan, o poder público acabou escolhendo imunizantes que podem ser armazenados em geladeiras com variação de 2 ºC a 8 ºC.

“Ambas trabalham com temperaturas ‘elevadas’ em termos de refrigeração encontrada em todo e qualquer equipamento de resfriados e de congelados. Dadas às dificuldades de distribuição e conservação com temperaturas de -70 ºC para a vacina da Pfizer, não acredito que a mesma venha a ser usadas no Brasil, talvez em centros de excelência com tempo limitado de armazenagem”, prevê o presidente do Instituto Brasileiro do Frio (IBF), Oswaldo Bueno.

Coordenador do Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/CB-055) e consultor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), o engenheiro enfatiza que o “Brasil não está preparado para distribuir vacinas com temperaturas de conservação de -70ºC”.

Poder público

Ainda sem um plano específico para a compra desses congeladores, o Ministério da Saúde cogita buscar auxílio nos equipamentos do Ministério da Agricultura, isto se a pasta julgar conveniente.

Mais decididos sobre suas estratégias em relação à armazenagem dos imunizantes, os governos estaduais estão se mobilizando a partir de iniciativas pontuais.

Ainda na segunda quinzena de janeiro, a Bahia, por exemplo, finalizou a licitação para contratar até 100 freezers, com capacidade de 368 litros cada, e temperatura de até -86 ºC, por pouco mais de R$ 30 mil a unidade. Até o final de janeiro, o governo do Paraná estava concluindo a compra de dez congeladores com capacidade para operar a até -80 ºC.

O fornecimento dos equipamentos deve ficar a cargo de reconhecidos players do mercado, como a Indrel Scientific (Londrina/PR), a Coldlab (Piracicaba/SP) e a importadora paulista Lobov Cientifica, que representa a fabricante PHC no Brasil.

Mas qual seria o equipamento de refrigeração ideal para preservar vacinas a temperaturas tão baixas? “É o sistema em cascata, que deve ser montado, ou seja, reduzindo primeiramente a temperatura menor e depois para a temperatura de projeto”, esclarece o sócio-diretor da Setfrio Engenharia de Ar Condicionado e Refrigeração, Vandic Rocha.

Segundo ele, as câmaras devem ser construídas com placas de 200 mm para temperatura de até -70 ºC. Devem ter isolamento duplo para reter a carga térmica externa.

“O ideal seria colocar câmaras frias de grande porte em locais estratégicos, como as capitais, e promover uma distribuição por caminhões com monitoramento remoto, durante todo o percurso em toda a cadeia do frio”, pontua o especialista.

Para tanto, a Pfizer desenvolveu embalagens e armazenamento adequados para essa demanda global. A multinacional criou os chamados “remetentes térmicos”, projetados com temperatura controlada, utilizando gelo seco para manter as condições de temperatura recomendadas por até 10 dias sem abrir.

Ainda que não haja qualquer sinal de uma possível negociação entre o SUS e a Pfizer, sabe-se, entretanto, que a temperatura ultrabaixa de armazenamento do imunizante não é mais barreira. Afinal, conforme esclarece Oswaldo Bueno, do IBF, os remetentes térmicos da Pfizer podem ser usados como unidades de armazenamento temporário, com gelo seco, para até 15 dias de armazenamento.

Além disso, qualquer posto de vacinação minimamente equipado com geladeira poderá acondicionar o imunizante por até cinco dias em condições refrigeradas de 2 ºC a 8 ºC.

Praticamente impossível

O fato de o Brasil ter esnobado a empresa, logo no começo da pandemia, aliado ao desabastecimento do mercado de vacinas, jogou o País para o fim da fila, tornando a vacinação em massa da população praticamente impossível.

O remetente térmico da Pfizer possibilita, aliado ao uso de freezers de temperatura ultrabaixa de -70 ºC disponíveis comercialmente, estender a vida útil do imunizante por até seis meses. Ao serem utilizadas como unidades de armazenamento temporário, as “caixas” podem ser recarregadas com gelo seco para até 15 dias de armazenamento.

Mesmo se as duas opções já mencionadas forem inatingíveis, ainda é possível operar com unidades de refrigeração normalmente disponíveis em hospitais.

Má refrigeração

De acordo com a Abrava, a má refrigeração pode acarretar uma série de problemas em medicamentos e vacinas/imunizantes, processo que requer equipamentos confiáveis e equipe treinada para minimizar os riscos de perda de produtos.

No caso de medicamentos termolábeis, que derivam de ativos biológicos e normalmente exigem temperaturas de armazenagem entre 2 ºC e 8 ºC, alterações durante toda a cadeia do frio elevam o risco de tornar as substâncias inativas e, consequentemente, sem efeito.

Já os medicamentos termoestáveis, fabricados a partir de substâncias que podem se manter ativas na temperatura ambiente, são eficazes durante um determinado período fora de refrigeração ou, até mesmo, dispensam totalmente a conservação refrigerada.

“Para assegurar o efeito de vacinas termolábeis, é necessário manter a temperatura recomendada em ambiente refrigerado, seja ele de 5 ºC, -20 ºC, ou mesmo -70 ºC, ao longo da rede de frio”, arremata Bueno.

Logística

O transporte das vacinas é outro fator preponderante para que elas cheguem bem até os destinos, sendo especialmente levadas em caixas térmicas com gelo seco em caminhões refrigerados.

No estado de São Paulo, parte da colaboração veio Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp), que se comprometeu a realizar, gratuitamente, essa operação por meio de dez caminhões com capacidade de cinco toneladas, em um raio de até 150 quilômetros da capital paulista.

O presidente da entidade, Tayguara Helou, anunciou a inciativa para o transporte de 50 toneladas da vacina contra o vírus, equivalentes a quase 60 milhões de doses do imunizante.

Mercado do frio busca diminuir perdas na conservação de alimentos

Fundamental para um país de clima tropical como o nosso, a correta conservação de alimentos perecíveis – do fabricante ou produtor, passando pelo distribuidor e transporte até o ponto de venda – tem sido um desafio grandioso para o mercado do frio.

Este gargalo promove um dos maiores desperdícios do mundo, com o Brasil jogando fora 1,3 bilhão de toneladas ao ano – um terço dos alimentos produzidos –, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A partir desta rápida análise, conclui-se que a redução dessas enormes perdas econômicas geradas pelo desperdício de alimentos perecíveis no país pode ser obtida com a integração dos elos produtivos por meio de uma rede frigorífica bem estruturada.

Transporte refrigerado
aumenta segurança
alimentar

“Quanto mais adequado for o transporte, armazenamento e manuseio, da produção à venda, melhor será a qualidade do alimento e sua vida de prateleira. Isso permitiria ao consumidor ser mais atraído  para a compra de produtos hortifruti pela melhor apresentação desses produtos em mercados, feiras ou sacolões, gerando um consumo maior e refletindo em melhores aspectos nutricionais da alimentação. Com isso, diminuiríamos o desperdício, algo inaceitável para o mundo de hoje”, comenta Roberto Hira, coordenador de planejamento de vendas e operações da Thermo King no Brasil.

A demanda é tão complexa que passa, primeiramente, na opinião do executivo, por um rearranjo de nossas legislações tributárias, trabalhistas e previdenciárias e da infraestrutura logística do país.

Este segundo item é formado por malhas rodoviária, ferroviária e de navegação de cabotagem sucateadas e subaproveitadas, além de uma frota de caminhões, que tem, em média, 18 anos de idade (motoristas autônomos) e 10,2 anos (transportadoras), segundo pesquisa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Temos de nos organizar melhor para diminuir o custo dos produtos para o consumidor, a fim de melhorar a capacidade de investimento dos transportadores. Por exemplo, a chamada ‘lei do motorista’ estipula as horas trabalhadas, porém a estrutura nas rodovias dificulta o planejamento das paradas do caminhão para cumprimento desta lei. Outro fator estrutural são as condições das rodovias, que impactam diretamente no custo do transporte por conta de acidentes, baixa velocidade média, seguros de carga”, reforça Hira.

Frutas congeladas para serem distribuídas no mercado

Frutas, legumes e outros
alimentos congelados são
cada vez mais populares

Segundo ele, no aspecto operacional, é fundamental capacitar todas as operações da cadeia do frio, desde quem carrega, transporta, recebe e vende até a conscientização do consumidor.

“Em uma cadeia do frio perfeita, o carregamento é feito de forma adequada com embalagem correta, o transportador configura a unidade de refrigeração para manter a temperatura ideal, quem armazena mantém em condições adequadas e o consumidor mantém ao máximo os cuidados devidos para que o produto esteja em boas condições até o consumo”, idealiza.

O diretor de marketing de poliuretanos da Dow, Marcelo Fiszner, reforça esta tese ao ponderar que os processos de deterioração dos alimentos ao longo da cadeia estão diretamente relacionados à temperatura ambiente do produto.

“Os problemas se concentram em duas etapas importantes: durante o transporte, com uma refrigeração que poderia ser melhor controlada no decorrer de todo o percurso, e nos diversos meios de transporte utilizados, para não gerar perdas de calor; e durante o armazenamento, com câmaras frias inadequadas que não utilizam os melhores isolantes do mercado ou não estão na temperatura correta. É essencial que o produto mantenha a mesma temperatura ao sair do setor de armazenagem, ser transportado e depois armazenado no seu destino final”, salienta.

Inovações

Pródigo em apresentar soluções inovadoras, o HVAC-R tem buscado incessantemente ferramentas contra o desperdício, seja de alimentos, seja de energia elétrica. Tendência no mercado, a interação entre o equipamento e dados on-line tem se mostrado eficiente para a preservação de alimentos.

A Thermo King, por exemplo, tem investido na chamada Internet das Coisas, que permite a verificação on-line das condições em que a carga está sendo transportada, de modo que o problema possa ser identificado no momento em que ocorre, permitindo a manutenção ou ajuste, evitando assim a perda dos produtos.

Cadeia do frio estruturada evita perdas de alimentos

“Além disso, a tecnologia de monitoração da Thermo King é a garantia de que a carga está sendo mantida dentro da temperatura acordada, para todos os envolvidos na operação. Além da tecnologia da informação, temos avançado nas questões ambientais, desenvolvendo sistemas e serviços e atendendo o mercado brasileiro com equipamentos que consomem cada vez menos combustível e que atendem às exigências de emissões da Europa e Estados Unidos”, exemplifica Hira.

Paralelamente, o mercado de isolantes também tem se beneficiado com a maior consciência dos players, como gestores e operadores logísticos, sobre a importância de se combater o desperdício.

“A Dow procura incentivar os clientes a utilizar os melhores materiais isolantes. Temos produtos para isolamento para as diferentes necessidades do mercado, como os sistemas de poliuretano Voracor e Voratherm, que oferecem excelente isolamento, são estruturalmente sólidos e resistentes ao fogo e proporcionam leveza aos painéis de isolamento”, afirma Fiszner.

Os produtos podem ser utilizados em painéis para máquinas de refrigerantes e grandes eletrodomésticos, veículos e tanques refrigerados, além de paredes e painéis para telhados. As propriedades finais da espuma rígida garantem o preenchimento total das cavidades, bem como evitam o desperdício de energia.

A companhia também leva ao mercado o Pascal Pro, sistema e processo de poliuretano que aumenta significativamente o desempenho da eficiência energética nas aplicações da cadeia fria profissional, sem afetar negativamente o design e melhorando substancialmente a produtividade.

“As formulações de poliuretano são desenvolvidas sob medida e o sistema de processos de injeção sob pressão reduzida fazem com que o enchimento da cavidade de isolamento do painel seja mais eficaz e consistente”, explica o executivo da Dow.

 Expectativas para 2018

O Brasil sempre foi um mercado promissor para a cadeia produtiva do frio, e as expectativas têm crescido, visto que o País já começou a se recuperar. Tanto a Thermo King quanto a Dow esperam um 2018 positivo.

“O mercado brasileiro é um grande desafio, pois requer experiência para entender as necessidades das diferentes regiões e operações logísticas, e a responsabilidade de atendê-las com eficiência, ética e transparência. Temos, há alguns anos, um grande foco no atendimento prestado por nossos representantes ao longo do país, pois entendemos que nosso trabalho não se encerra após a venda”, disse Hira, da Thermo King.

Já Marcelo Fiszner, da Dow, acredita que os investimentos em infraestrutura voltarão, e em 2018 a cadeia do frio para alimentos também sairá ganhando, “pois estimamos que o volume de perdas tende a diminuir”, acrescenta.

“Isso porque o segmento de transporte refrigerado tem como principal desafio a falta de infraestrutura nas rodovias. Problemas desde falta de qualidade do asfalto à segurança nas rodovias impactam os resultados. Atualmente, apenas 15% das vias do nosso país são pavimentadas. Por isso, melhorar a infraestrutura das estradas de um território com dimensões continentais como o nosso é essencial”, reforça.