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Inovações e tendências em vitrines refrigeradas

Setor de refrigeração comercial acompanha mudanças que visam aprimorar a eficiência energética e funcionalidade dos equipamentos, além de atender às crescentes demandas dos consumidores por experiências de compra mais atraentes e sustentáveis.

À medida que avançamos para o futuro, as vitrines refrigeradas continuam a evoluir para atender às necessidades do mercado alimentar. A eficiência energética, sustentabilidade, conectividade dos equipamentos, autosserviço e uma abordagem centrada no consumidor, impulsionam as inovações neste setor. Estas tendências não apenas transformam a maneira como os produtos são exibidos, mas também garantem melhor conservação dos alimentos, evitando o desperdício, e aprimoram a experiência de compra, criando um ambiente mais eficiente e atraente para consumidores e varejistas.

Trata-se de um setor gigante! Segundo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados, cada vez mais as empresas de autosserviço do Brasil e do mundo, estão se organizando em ecossistemas, agregando à sua atividade produtos e serviços complementares que trazem novas possibilidades de negócios e de benefícios aos consumidores. 17 das 20 maiores redes do Ranking Abras 2023 contam com operações de atacarejo e autosserviço.

“O varejo de alimentos hoje é híbrido, trazendo uma nova proposta de valor para os consumidores, que têm ampliado a frequência de compras. O atacarejo tem procurado ganhar força em categorias como açougue e FLV (abreviação usada para a categoria de frutas, legumes e vegetais dentro do varejo), que impactam o custo operacional. Esse é o grande desafio para o setor continuar a crescer com rentabilidade”, afirma Roberto Butragueño, diretor de varejo da NielsenIQ Brasil.

A Research and Markets divulgou recentemente um relatório apontando que o mercado global de vitrines refrigeradas atingirá US$ 13,4 bilhões até 2030. Estimado em US$ 8,2 bilhões no ano de 2022, deverá atingir um tamanho revisado de US$ 13,4 bilhões até 2030, crescendo 6,3% durante o período de análise 2022-2030.

O relatório examina os expositores refrigerados (RDCs) e oferece insights sobre a participação percentual de mercado dos principais concorrentes globais em 2023, categorizando sua presença competitiva no mercado como forte e ativa, considerando o crescimento no segmento de operação remota em 5,6% para o próximo período de 8 anos. O estudo aponta também o impacto da pandemia no varejo alimentar e a emergência do “novo normal”, destacando o papel das alternativas digitais de delivery na condução do crescimento deste setor em 2020.

Autosserviço e design apontam tendências dos equipamentos

Mas você deve estar se perguntando qual o papel do setor de HVAC-R neste contexto! Um dos pontos destacados pelos fabricantes de vitrines refrigeradas, além da eficiência energética e conectividade, é o autosserviço aliado ao design dos expositores, se tornando cada vez mais importante para atrair os consumidores. Equipamentos com design moderno, iluminação LED atraente e opções de personalização para se alinhar à identidade da marca são tendências crescentes.

A Metalfrio, por exemplo, acaba de lançar a linha de refrigeradores Porta Dupla com mais capacidade de armazenamento otimizado e maior oferta de bebidas na temperatura ideal de consumo. Comporta diferentes embalagens com uso das prateleiras reguláveis e independentes, além de maior área para promoção e exposição de produtos refrigerados, iluminação em LED, porta de vidro antiembaçante e termostato frontal que possibilita selecionar as funções: Congelados para alimentos, e Refrigerados para bebidas. Seu sistema de refrigeração cold wall, garante baixo consumo de energia e opera com fluido refrigerante de baixo impacto ambiental. As prateleiras contam com precificadores, garantindo flexibilidade na exposição de produtos de acordo com o estoque ou necessidade. São ideias para utilização em conveniências, fastfoods, restaurantes, padarias, supermercados, grandes redes varejistas e lojas de autosserviço.

Já a Eletrofrio, entre outros equipamentos, disponibiliza uma linha completa de vitrines refrigeradas Autosserviço abertas para hortifrútis em diversos tamanhos e capacidades.

A solução alia as vantagens da simplicidade, do baixo custo no consumo de energia e da segurança operacional, além da baixa carga de refrigerante. Integradas aos sistemas com HighPack, proporcionam redução de mais de 90% da carga de gás quando comparados a sistemas de expansão direta para projetos com a mesma capacidade de refrigeração. Os equipamentos destinados a essas instalações atendem às diversas especificidades de cada unidade, embora haja sempre uma padronização dos espaços. Alguns modelos possuem umidificadores para a conservação dos alimentos frescos e são utilizados em supermercados de grande e médio porte, além das redes de hortifrútis.

Unindo vitrines verticais e horizontais, a Arneg fornece balcões de serviço refrigerados, desenvolvidos pensando na apresentação para o consumidor. Os expositores combinados incorporam dois compartimentos refrigerados separados com otimização de espaço. Combinam a facilidade de recolha de produtos típica de uma ilha com a visibilidade de um armário vertical.

São personalizáveis com diversos tipos de acabamentos, bases lineares ou moldadas e vidro reto ou curvo. Os expositores para congelados são fechados, evitando a perda do frio, mirando a eficiência energética.

A fabricante IMF Lince tem modelos de vitrines abertas e fechadas, desenvolvidas especialmente para se adequarem a cada necessidade do consumidor, tanto na questão de itens para a venda, quanto em equipamentos para a manutenção do estabelecimento. Entre os benefícios oferecidos, o destaque é a economia no consumo de energia elétrica. A empresa aposta na comercialização de expositores fechados passando a ideia de mais segurança aos consumidores.

Funcionalidade e desempenho

As tendências em vitrines refrigeradas para supermercados e estabelecimentos comerciais acompanham as inovações tecnológicas, as demandas dos consumidores e as preocupações ambientais. A conscientização ambiental está levando muitas empresas a adotar práticas mais sustentáveis, desenvolvendo equipamentos com melhor desempenho das máquinas e reduzindo os custos operacionais para os clientes, sistemas de refrigeração que utilizam refrigerantes naturais, centrais frigoríficas dotadas de compressores de velocidade variável, motoventiladores eletronicamente comutados, válvulas de expansão eletrônicas e sistemas de automação e monitoramento remoto.

No quesito eficiência energética, a utilização de compressores mais eficientes, isolamento térmico de última geração e sistemas de gerenciamento de energia inteligentes são algumas das características que têm se destacado. Sensores conectados à internet permitem monitorar o desempenho de um sistema de refrigeração em tempo real, ao fornecer dados precisos que podem ser usados para otimizar sua operação com monitoramento de parâmetros como temperatura, umidade e consumo de energia. Isso também possibilita prever e identificar rapidamente qualquer problema, o que ajuda a evitar gastos significativos em manutenções corretivas.

O processo de monitoramento remoto integra, hoje, todos os componentes e equipamentos de um sistema de refrigeração, permitindo que plataformas de gerenciamento de dados façam análise precisas da operação e do comportamento do sistema. Por meio da automação, realizam-se também a programação de horários de funcionamento e os ajustes automáticos com base nas condições ambientais e de demanda. Durante os períodos de baixa ocupação, por exemplo, os sistemas podem ser configurados para reduzir a capacidade de refrigeração ou ajustar a ventilação de acordo com a necessidade, resultando em considerável economia de energia.

Assim, abre-se caminho para que decisões sejam tomadas automaticamente, em busca da melhor performance e qualidade do frio. Ao atingir tal patamar, a automação dos equipamentos beneficia grandemente o varejo de alimentação.

Sobre os fluidos refrigerantes, os fabricantes de equipamentos têm buscado soluções alternativas aos compostos fluorados nocivos à camada de ozônio e/ou de alto impacto para o clima, acelerando a adoção de substâncias naturais. O fato é que essa transição será incentivada pelo setor de HVAC-R na adoção de práticas mais sustentáveis, a fim de cumprir compromissos corporativos e metas estabelecidas globalmente.

Nos quesitos design e layout, os sistemas de refrigeração estão sendo projetados para atender as necessidades de forma personalizada, inclusive no que tange à modularidade dos equipamentos, aspecto que permite escalabilidade e flexibilidade para acompanhar o crescimento das lojas. As unidades de refrigeração podem ser adicionadas ou removidas conforme a estratégia de vendas, adaptando-se às mudanças nas demandas de resfriamento.

A estética das vitrines refrigeradas também é uma consideração importante. Os fabricantes estão projetando produtos com design mais moderno e atraente para atrair os consumidores e melhorar a experiência de compra.

Soluções de exibição interativas nas vitrines refrigeradas já são realidade em alguns estabelecimentos comerciais e grandes redes do atacarejo, com a incorporação de tecnologias interativas, como telas sensíveis ao toque ou realidade aumentada, para fornecer informações adicionais sobre os produtos, promoções ou receitas aos consumidores, com designs modernos, linhas elegantes e opções personalizadas mais atraente nas lojas.

Para melhorar a visibilidade dos produtos e proporcionar uma experiência de compra mais agradável, expositores incorporam sistemas antiembaçamento para manter as superfícies de vidro transparentes.

Alguns modelos oferecem, ainda, controle preciso de umidade, garantindo que produtos sensíveis permaneçam frescos por mais tempo.

Também a utilização de iluminação LED nas vitrines refrigeradas não é apenas uma opção econômica, mas também destaca os produtos de maneira mais eficaz, além de ser mais duradoura e eficiente em comparação com outras formas de iluminação.

Atacarejo acelera investimentos em sistemas de refrigeração e climatização inteligentes

Em forte expansão, segmento responsável pela comercialização de 40% dos alimentos no País aposta em equipamentos mais compactos e modulares, buscando otimização de espaços, aumento de eficiência energética, menores níveis de ruído e vibração e integração de sistemas remotos de monitoramento e controle.

O mercado de atacarejo tem experimentado uma evolução notável nos últimos anos, impulsionado principalmente pela crescente demanda de micro e pequenos negócios. O bolo é enorme e tem capacidade para receber ainda mais fermento nos próximos anos, incluindo investimentos em novas unidades e na remodelação da infraestrutura das já existentes.

Ranking divulgado em abril pela Associação Brasileira dos Atacarejos (Abaas) mostrou que, em 2022, as 20 maiores empresas desse mercado movimentaram, juntas, R$ 239 bilhões. Somente os líderes Atacadão e Assaí responderam por mais da metade dessa cifra, com R$ 74,473 bilhões e R$ 59,7 bilhões, respectivamente.

De olho nesses números e nas projeções futuras, o HVAC-R naturalmente também vem adotando mudanças significativas de estratégia para fornecer soluções em refrigeração e climatização mais compactas e eficientes para esses estabelecimentos, afinal, são mais de duas mil lojas em todo Brasil, as quais atualmente respondem por 40% dos alimentos vendidos no País, segundo a consultoria McKinsey.

Especialistas do mercado ouvidos pela Revista do Frio entendem que, atualmente, as principais tendências em refrigeração e climatização no varejo de alimentos são relacionadas à compactação e modularização dos equipamentos e ao aumento da sua eficiência energética, à conversão para fluidos refrigerantes mais sustentáveis, à busca por menores níveis de ruído e vibração e à integração dos sistemas remotos de monitoramento e controle.

Nesse contexto, um dos principais benefícios trazidos pelas novas instalações nos atacarejos é a ênfase na eficiência energética, acompanhando uma tendência mundial, visto que os gastos com energia cada vez se elevam mais, assim como a conscientização ambiental de consumidores e empresas. A busca por soluções que reduzam o consumo de eletricidade e água e os custos operacionais dos estabelecimentos perdurarão por tempo indeterminado.

No que diz respeito aos sistemas de exaustão, ventilação, refrigeração e climatização, os equipamentos mais compactos e eficientes estão desempenhando um papel fundamental. Tecnologias avançadas de refrigeração para câmaras frias, por exemplo, permitem não somente o rápido resfriamento dos espaços, mas a sustentação de uma temperatura confortável para os funcionários.

Além disso, diversificados sistemas de exaustão e ventilação estão sendo projetados de forma a maximizar a circulação de ar fresco, contribuindo para um ambiente interno saudável e livre de poluentes. Em outra ponta, a introdução de processos de recuperação de calor também permite o reaproveitamento da energia térmica, proporcionando economia adicional de energia.

Outra tendência significativa nas novas instalações dos atacarejos é a procura pela otimização dos espaços internos. Com as lojas ficando cada vez maiores para acomodar uma grande variedade de produtos, especialistas no tema argumentam ser essencial utilizar o ambiente de forma eficiente.

Como os sistemas HVAC-R tradicionais sempre ocuparam muito espaço, a indústria tem investido em uma nova geração de equipamentos projetada para se adaptar a locais reduzidos sem comprometer o desempenho.

A otimização do espaço ainda inclui a redução do nível de ruído gerado por hélices, motores e compressores, evitando desconforto e distrações e proporcionando um ambiente de compra mais agradável para os clientes.

 

Indústria em expansão

O cenário favorável ao crescimento do mercado de atacarejos no Brasil deixa o HVAC-R otimista e confiante, caso da Danfoss, indústria que conta com clientes como Carrefour, Assaí e Grupo Pão de Açúcar e fornece a essas companhias unidades condensadoras para uso interno ou externo, racks e chillers compactos, destacando-se ainda o chamado one-stop-shop (balcão único de vendas).

Para esses sistemas, busca-se constantemente o emprego das tendências tecnológicas, com incrementos de produtos e soluções que aumentam a eficiência como um todo, como os trocadores de calor microcanal. ‘‘Eles proporcionam maior robustez aos equipamentos, menos uso de refrigerante e melhor eficiência energética”, afirma Leandro da Silva, vendedor externo da multinacional.

“Mais e mais o atacarejo brasileiro tem conhecimento dos resultados dessas novas tecnologias e vem solicitando aos fabricantes o uso de tais recursos para melhorar a eficiência e reduzir os custos operacionais’’, emenda.

A inovação também é um importante trunfo da Eletrofrio, que aposta no HighPack, componente voltado para o resfriamento de glicol, aparecendo como um dos mais vendidos no mercado da refrigeração comercial brasileira.

‘‘A solução alia as vantagens da simplicidade, do baixo custo e da segurança operacional, além da baixa carga de refrigerante. Sistemas com HighPack proporcionam redução de mais de 90% da carga de gás quando comparados a sistemas de expansão direta para projetos com a mesma capacidade de refrigeração’’, detalha o gerente de engenharia do fabricante, Rogério Marson Rodrigues.

O executivo da Eletrofrio enfatiza que, no contexto do segmento de atacarejo, os equipamentos destinados a essas instalações precisam atender às diversas especificidades de cada unidade, embora haja sempre uma padronização dos espaços.

‘‘Simplicidade, confiabilidade, baixo custo, segurança operacional e reduzida carga de gás são características que tornaram o HighPack o principal produto comercializado na refrigeração comercial nacional’’, salienta Rodrigues, comentando que a Eletrofrio lançou em maio, na Apas 2023 – maior feira de alimentos e bebidas das Américas –, o HighPack Pro, com as mesmas vantagens do HighPack tradicional, porém com propano (R-290).

Um dos principais conceitos de um atacarejo é uma operação com baixo custo, e a ele está diretamente ligada a definição e aplicação de equipamentos de refrigeração com elevada eficiência energética, que resultará em contas de energia mais baixas, já que a refrigeração é comprovadamente a maior consumidora de energia neste tipo de empreendimento.

Na mesma trilha, a Copeland (ex-Emerson) aposta nas soluções que permitem aos fabricantes desenvolver equipamentos menores, tais como compressores da linha scroll, que possuem formato mais compacto que os usuais compressores semi-herméticos, com uma ampla gama de capacidade e aplicações para os tradicionais hidrofluorcarbonos (HFCs), misturas à base de hidroflurolefinas (HFOs) – tanto da classe de segurança A1 (não inflamáveis) quanto A2L (levemente inflamáveis) – e fluidos refrigerantes “naturais”.

“Os compressores scroll oferecem ótimo custo aplicado, tamanho, peso e nível de ruído menores quando comparados aos compressores semi-herméticos tradicionais, sendo ideal para instalações compactas. Da mesma forma, as unidades condensadoras da linha ZX, além de contar com compressores da linha scroll incorporados, são dotadas de controle com algoritmo dedicado e maiores proteções do sistema se comparadas às unidades condensadoras convencionais”, exemplifica Lucas Penalva, da área de engenharia de aplicação da companhia.

Para as instalações dos atacarejos, a Copeland destaca a tecnologia EVI (Enhanced Vapour Injection) embarcada em seus compressores, a qual aumenta a capacidade frigorífica de um compressor em até 40%, com um consumo energético 15% menor comparado aos equipamentos do tipo standard.

“A linha ZX, com seu design compacto, se destaca devido ao algoritmo de controle dedicado, controle de velocidade dos ventiladores da condensação (EC) e modulação digital, resultando em um consumo energético 20% menor em comparação às unidades que utilizam compressores recíprocos. Além disso, as nossas unidades utilizam condensadores com minicanal de cinco mm têm carga de refrigerante até 40% menor e são aprovadas para uso com fluidos A2L”, explica o coordenador de vendas para usuários finais da empresa, Denis Ferraz.

Marca do portfólio da Nidec Global Appliance, a Embraco oferece um rol de compressores e unidades condensadoras ou seladas, e seus componentes chegam aos atacarejos e demais estabelecimentos do varejo embarcados em equipamentos de refrigeração fabricados por diversos players do HVAC-R.

Especificamente para os atacarejos, a companhia chega por meio das unidades seladas Plug n’ Cool e dos compressores FMFT. “A Plug n’ Cool é entregue completa e fechada para ser acoplada ao equipamento de refrigeração fabricado pelo cliente, como refrigeradores comerciais e pequenas câmaras frias”, ressalta o gerente sênior do segmento de varejo de alimentos para América Latina, Fábio Venâncio.

O executivo da Nidec explica que o componente é instalado na parte superior do gabinete dos refrigeradores, “e uma característica marcante da unidade Plug n’ Cool, como o nome indica, é que ela fornece um conceito ‘plug and play’, que acelera o processo de instalação em até 70% em comparação a uma unidade condensadora tradicional. Ela vem equipada com o compressor de velocidade variável FMFT, que a faz também ter alta eficiência energética”, frisa.

Para equipamentos usados em atacarejos, os compressores mais indicados da marca Embraco são os da linha FMFT – subfamília do portfólio FMF –, considerados ideais para aparelhos que exigem alta capacidade de refrigeração, como freezers acima de mil litros, ilhas congeladas de supermercados com até três metros de comprimento, máquinas de preparação de sorvetes e aplicações na área médica.

“Nosso compressor de velocidade variável pode atingir uma redução de até 40% do consumo de energia em comparação com compressores tradicionais de velocidade fixa, além de oferecer redução do nível de ruído e vibração, e mais estabilidade de temperatura, contribuindo para a preservação de alimentos. Tanto a Plug n’ Cool quanto o FMFT utilizam o R-290″, afirma Fábio.

Segundo o executivo, ambas as soluções oferecem a vantagem de conferir mais flexibilidade de leiaute à loja. “Isso ocorre porque são produtos instalados diretamente no refrigerador comercial ou na câmara fria, diferentemente das soluções remotas, em que o sistema de refrigeração fica em casas de máquinas, locais que exigem a passagem de tubos por debaixo do piso para levar o fluído refrigerante até os equipamentos de refrigeração, impedindo que se possam mudá-los de lugar com facilidade”, completa.

 

Tendências

O processo de monitoramento remoto integra, hoje, todos os componentes e equipamentos de um sistema de refrigeração, permitindo que plataformas de gerenciamento de dados façam análise precisas da operação e do comportamento do sistema. Assim, abre-se caminho para que decisões sejam tomadas automaticamente, em busca da melhor performance e qualidade do frio.

Ao atingir tal patamar, a automação dos equipamentos fabricados pelo HVAC-R beneficiou grandemente o varejo de alimentação. A nova geração de equipamentos apresenta recursos de tecnologia inteligente, com monitoramento em tempo real de parâmetros como temperatura, umidade e consumo de energia.

Isso oferece aos profissionais do setor uma visão abrangente do desempenho dos sistemas, permitindo identificar rapidamente quaisquer problemas ou necessidades de manutenção. Esse processo até agora foi o “fiel da balança” tanto para instaladores quanto para grandes varejistas.

Por meio da automação, realizam-se também a programação de horários de funcionamento e os ajustes automáticos com base nas condições ambientais e de demanda. Durante os períodos de baixa ocupação, por exemplo, os sistemas podem ser configurados para reduzir a capacidade de refrigeração ou ajustar a ventilação de acordo com a necessidade, resultando em considerável economia de energia.

A conectividade também é um ponto-chave nos equipamentos HVAC-R modernos. Por meio de redes de comunicação, esses sistemas podem se integrar a outros relacionados a gerenciamento predial, como controle de iluminação e segurança, tornando o ambiente de operação mais inteligente e eficiente.

A automação já se mostrou essencial para os grandes varejistas da alimentação, porque ela inclui a capacidade de resfriar grandes espaços de forma mais rápida e eficiente, de garantir a qualidade e a segurança dos produtos perecíveis, assim como a de manter a temperatura adequada em áreas de armazenamento refrigerado.

Os sistemas HVAC-R estão sendo projetados para atender a essas necessidades de forma personalizada, inclusive no que tange à modularidade dos equipamentos, aspecto que permite escalabilidade e flexibilidade para acompanhar o crescimento das lojas. As unidades de refrigeração podem ser adicionadas ou removidas conforme a estratégia de vendas, adaptando-se às mudanças nas demandas de resfriamento.

Com baixo GWP, CO2 ganha terreno no varejo

A aplicação da substância pode ser realizada utilizando diferentes modelos de arquitetura de sistemas e até mesmo combinada com outros tipos de fluidos refrigerantes, com vistas a atingir a melhor eficiência possível.

Cada vez mais utilizado pela indústria do frio mundial, o CO2 (R-744) também vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Esta mudança de rota se dá por uma série de motivos positivos para o HVAC-R, a começar pelo pouco impacto ambiental deste elemento, pois possui o mais baixo possível potencial de aquecimento global (GWP = 1).

O CO2 permite ainda o uso de compressores de menor tamanho físico com deslocamento volumétrico até cinco vezes menor e instalações com tubulações de diâmetros menores, quando comparado com compressores utilizando R-404A.

Da mesma forma, a aplicação da substância pode ser realizada utilizando diferentes modelos de arquitetura de sistemas e até mesmo combinada com outros tipos de fluidos refrigerantes, para atingir a melhor eficiência possível. Os benefícios são muitos, e o varejo já entendeu que o uso do CO2 é mais do que uma tendência, mas uma necessidade mercadológica.

“A aplicação de automação em sistemas de CO2 vem tornando seu emprego mais atrativo do ponto de vista de eficiência. Entretanto, novas alternativas em equipamentos estão sendo estudadas e desenvolvidas pelas empresas, de modo a oferecer soluções pautadas em baixo impacto ambiental e maior eficiência energética”, analisam especialistas do Departamento Nacional de Refrigeração da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Segundo eles, considerando as características termodinâmicas puras do CO2 em relação a alternativas como R-404A, R-507 e até mesmo HFOs da nova geração, “o CO2 apresenta menor eficiência, o que pode ser contornado por meio da aplicação de tecnologia ao sistema, a partir de componentes mais eficientes e inteligência em controle e automação”.

Os especialistas apontam como desvantagens o fato de os sistemas montados com CO2 serem mais complexos do que os convencionais, necessitando de controles adicionais bem como componentes próprios e devidamente dimensionados, devido às altas pressões de trabalho. “Isso, naturalmente, acaba refletido em maior nível de investimento, e na aplicação demanda mão de obra especializada para manutenção das instalações”, complementam.

No mercado do frio brasileiro, a Eletrofrio se destaca pelo uso do CO2 como fluido refrigerante em sistemas de refrigeração comercial e industrial, aplicando-o em expositores e câmaras frigoríficas. Quando usado na condição denominada transcrítica, onde o CO2 é o único fluido refrigerante, ele atende altas, médias e baixas temperaturas. Por outro lado, ao ser aplicado na condição subcrítica, quando a pressão de condensação do CO2 é controlada a partir da troca de calor com outro fluido refrigerante, atende unicamente ambientes de baixa temperatura.

“A maioria dos sistemas de refrigeração com CO2 instalados no Brasil utiliza equipamentos que operam na condição subcrítica, tendo a condensação controlada por um sistema de expansão direta com R-134a ou por um fluido secundário, como o propilenoglicol. Os supermercados são os grandes usuários, apesar de existirem aplicações na área industrial”, explica o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues.

A companhia participou de projetos em supermercados nos estados do Paraná e São Paulo, com eficiência energética muito superior a quaisquer outras opções de fluidos refrigerantes comumente aplicados neste tipo de sistema de refrigeração.

Recentemente, a Eletrofrio, em parceria com a Carel, instalou cinco unidades BLDC de CO2 operando em regime subcrítico no Supermercado PagueMenos, inaugurado na cidade de Valinhos (SP). Até o momento, as empresas registraram resultados extremamente satisfatórios em termos de economia de energia, estabilidade de temperatura e confiabilidade do sistema.

“A escolha deste formato, unidades de baixa temperatura operando em ‘low condensing’ condensadas pelo glicol, permite o uso do CO2 em qualquer localização. A utilização do R-744, somada à tecnologia DC Technology da Carel, traz para o supermercadista o que há de mais inovador no mercado hoje em questão de frio alimentar”, salienta o engenheiro de aplicação da Carel, Vitor Degrossoli.

O executivo reforça que este conjunto, comparado com as soluções convencionais de mercado, a exemplo da utilização de refrigerantes HFCs, como R-134a e R-404A, juntamente com compressores de velocidade fixa (on/off), pode trazer uma economia de energia entre 20% e 35% anualmente.

“Assim como o R-744, temos soluções de alta eficiência que utilizam o gás natural R-290 (propano), também com a tecnologia DC Technology com compressores BLDC. Nosso range de produtos vai desde soluções para unidades condensadoras plug-in para chest freezers e balcões refrigerados de baixa e média temperatura até chillers de glicol/água de alta capacidade frigorífica”, detalha Degrossoli.

Com mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de componentes para sistema de CO2 subcríticos e transcríticos, a Danfoss, outro grande player do segmento, oferece uma ampla linha  para essas aplicações, como válvulas reguladoras de pressão, solenoides, esfera, termostática, eletrônica; componentes de linha; blocos de válvula completos; filtros secadores; sensores de temperatura, pressão, nível e detectores de gás; controles eletrônicos/automação de rack, temperatura, gerenciamento e monitoramento; e compressores semi-herméticos.

“Todos os sistemas existentes com CO2 até agora tiveram um desempenho superior aos refrigerantes halogenados, como R-22, R-404A, R-507A, entre outros, principalmente na questão energética”, diz o vendedor externo do departamento Food Retail da Danfoss, Alex Pagiato, lembrando que a empresa dispõe de um software em que é possível comparar sistemas com fluidos halogenados versus CO2.

Regulação e cuidados

As normas, regulamentações e instruções técnicas possuem papel importante quando se opta por adotar um novo fluido frigorífico, principalmente em relação ao quesito segurança. No caso do CO2, o principal cuidado ao se projetar ou executar algum tipo de serviço em um equipamento são as pressões do sistema, que são bastante elevadas.

A Abrava esclarece que hoje em dia não há uma regulação vigente específica para nortear o uso de CO2 em sistemas de refrigeração. Por outro lado, para a aplicação de outros fluidos refrigerantes como, HFCs, HFOs e R-290, existem normas internacionais que pautam este uso considerando as melhores práticas, como ISO 5149 e Ashrae 15.

Adaptações nacionais dessas normas podem ser encontradas em língua portuguesa como a ABNT ISO NBR 5149 e usadas como referência para a aplicação segura e eficiente de CO2 em sistemas de refrigeração.

Entretanto, existem normas que pautam a reutilização, recuperação, regeneração e reciclagem de fluidos refrigerantes, incluindo o CO2, como a própria ABNT NBR ISO 5149 e a norma de manufatura reversa ABNT NBR ISO 15833.

“Este tipo de processo de recuperação e reciclagem é recomendado e pode ser realizado por empresas certificadas pelo Ibama. É importante salientar que descartar fluidos refrigerantes diretamente no meio ambiente é considerado crime ambiental, independentemente do nível de GWP da substância”, frisa o DN Refrigeração da Abrava.

Aplicado em refrigeração da mesma forma que qualquer outro tipo de fluido, o CO2 é um produto químico industrial e seu transporte deve seguir a legislação vigente para produtos químicos – o transporte deve ser realizado em veículo próprio, aberto, que permita o posicionamento dos cilindros em pé e fixos para proteção da válvula e dispositivo de segurança. A legislação exige ainda que o motorista tenha treinamento MOPP (curso especializado para transporte de produtos perigosos).

“Em relação ao armazenamento, alguns cuidados também devem ser assumidos, pois o produto é armazenado em cilindros sob pressão. Logo, o local escolhido para deixá-los deve ser definido de acordo com requisitos de ventilação e riscos existentes na área, tais como fontes de calor, ignição, poeira, circulação de pessoas, entre outros. É recomendado que esta análise seja feita por técnico de segurança capacitado”, completam os especialistas da Abrava.

Qualificação profissional

Assim como ocorre com os outros fluidos refrigerantes, a qualificação profissional é crucial para garantir a segurança e eficiência na utilização de sistemas de refrigeração com o R-744.

A falta de preparo pode acarretar problemas graves e prejuízos financeiros, sendo fundamental que profissionais busquem capacitação adequada para o trabalho com a substância.

Nesse contexto, a RAC Brasil já ministrou quatro cursos práticos de CO2 em seu centro de treinamento (CT) em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

“Temos nos posicionado cada vez mais para sermos um fornecedor deste segmento, e não só de componentes, mas de qualificação profissional também”, ressalta o engenheiro de aplicação da empresa brasileira, Luiz Villaça.

“Hoje nós temos uma central de CO2 subcrítica operacional justamente para nos permitir fazer treinamentos com o sistema em funcionamento”, revela.

Segundo Villaça, o equipamento foi instalado no CT da RAC Brasil em janeiro do ano passado. “A migração para CO2 é, de alguma forma, inexorável, em virtude da legislação europeia, principalmente. Muitas empresas estão exigindo que toda a cadeia do frio esteja em conformidade com os regulamentos europeus. Isso significa, na maioria das vezes, fluidos naturais, cenário em que o CO2 é uma alternativa”, explica.

As apostas da refrigeração comercial

Segmento investe cada vez mais em tecnologias como conversores de frequência, condensadores de microcanal, fluidos refrigerantes de baixo impacto climático, trocadores de calor a placas e válvulas de expansão.

Capitaneado principalmente pelas vendas de ilhas e expositores frigoríficos, o segmento de refrigeração comercial cresceu sem parar na última década no Brasil, com resultados muito positivos alcançados pela indústria e pelo varejo mesmo durante a pandemia.

Para chegar ao atual cenário, esse mercado – que historicamente é um dos primeiros a sentir o impacto das crises econômicas – só saiu fortalecido dessa situação porque vem há algum tempo baseando sua evolução em três pilares – eficiência energética, miniaturização e uso de refrigerantes de baixo impacto ambiental.

Essas três tendências juntas também causam um enorme impacto nas metas de redução dos efeitos da refrigeração no meio ambiente, ajudando a preservar recursos, diminuir as emissões de CO2 e combater o aquecimento global.

Uma das tendências do varejo brasileiro, a busca por equipamentos energeticamente mais eficientes se intensificou especialmente em função do absurdo encarecimento da energia elétrica, item que pesa cada vez mais nos custos do negócio. Partindo dessa premissa, avançam as tecnologias capazes de mitigar essa e outras despesas, além de diminuir os gastos com manutenção e proporcionar uma gestão mais inteligente dos equipamentos.

“Como fabricantes de compressores e unidades condensadoras, nosso foco é desenvolver e lançar produtos que respondam a essas demandas. Uma das principais tecnologias para isso está nos compressores de velocidade variável, que podem resultar em até 40% de economia de energia, dependendo da aplicação, em comparação à tradicional tecnologia de velocidade fixa. Esses compressores oferecem ainda melhor desempenho na preservação dos alimentos e redução de ruído”, afirma o diretor de vendas e engenharia de aplicação para América Latina da Nidec Global Appliance, Sander Malutta.

Similarmente, o HVAC-R mundial tem apostado no avanço dos compressores com motor de ímã permanente, também conhecidos como BLDC, que estão ficando cada vez mais populares no segmento de refrigeração. Trata-se de um tipo de motor que vai dentro de um compressor de velocidade variável.

“Em testes reais, sistemas contando com compressores BLDC, válvulas de expansão eletrônicas e controle adaptativo conseguem entregar mais de 24% de economia de energia na comparação com as soluções tradicionais do mercado. Essa redução de consumo já é notada pelos supermercadistas que, uma vez em contato com esse tipo de tecnologia, dificilmente voltam a aceitar sistemas menos eficientes”, comenta o gerente técnico para a América Latina da Carel, Marcel Nishimori.

Desenvolvido para trabalhar em várias velocidades, o motor de ímã permanente permite que o compressor adapte seu funcionamento às necessidades do equipamento de refrigeração.

“Em um ambiente de constante abertura de portas, como um supermercado, por exemplo, ele recupera a temperatura ideal muito mais rapidamente do que um compressor de velocidade fixa (liga-desliga). Esse motor tem causado um impacto muito positivo no setor, visto que os modelos mais recentes podem economizar até 40% de energia elétrica, em comparação com os compressores de velocidade fixa”, concorda Malutta, da Nidec.

O executivo aponta também como tendência o uso do glicol como fluido secundário em aplicações de média temperatura, processo que já está consolidado em todos os tamanhos de supermercado no Brasil. Segundo ele, atualmente é muito comum encontrar unidades condensadoras dentro das lojas do tipo low condensing para expositores verticais e câmaras frias que operam em baixa temperatura.

“As unidades low condensing são pensadas para aproveitar as linhas de glicol que passam pelo estabelecimento e utilizar esse fluido como agente de condensação em vez de se instalar uma central de compressores na casa de máquinas e ter tubulações de cobre até os pontos de frio em toda loja. Essa nova modalidade de instalação aumenta a área de vendas, pois se faz necessário o uso de uma central de compressores para os evaporadores de congelados”, detalha Nishimori, da Carel.

Outro fator que colaborou decisivamente para os ganhos em refrigeração comercial são os projetos envolvendo o fechamento de expositores e ilhas com portas de vidro, que até então eram abertos, se configurou em outra tendência adotada pelos varejistas.

“Somente esse ajuste diminuiu significativamente a carga térmica dos expositores, proporcionando redução de carga frigorífica e dando espaço nos racks de frio alimentar à linha de compressores com tecnologia scroll e herméticos, em substituição aos tradicionais semi-herméticos, cuja eficiência é menor”, explica o coordenador de vendas na Danfoss, Oswaldo Maestrelli Junior.

Juntamente com a eficiência energética, o mercado do frio tem acompanhado a tendência tecnológica de redução de tamanho dos compressores, a chamada miniaturização.

A partir do uso de muita tecnologia embarcada, esse processo visa à fabricação de compressores menores, mas com a mesma capacidade de refrigeração e até mais eficiência energética do que seus antecessores.

“Há vários ganhos nisso, como a otimização do espaço interno do gabinete, liberando mais área para armazenamento de produtos e reduzindo o consumo de recursos naturais para fabricação dos compressores”, salienta o executivo da Nidec, fabricante da marca Embraco.

Baixo impacto

Outra forte tendência na refrigeração comercial, que utiliza anualmente toneladas de gases refrigerantes, é a busca por substâncias de baixo impacto ambiental, a exemplo do propano (R-290).

“Em 2021, 65% de nossos compressores, comercializados globalmente, tanto em setores residenciais quanto comerciais, já contavam com fluidos refrigerantes naturais”, descreve Sander Malutta.

A aplicação de fluidos refrigerantes de baixo GWP, especialmente o propano, o dióxido de carbono e misturas à base de hidrofluorolefinas (HFOs), tornaram-se outra alternativa aos refrigerantes que encontram-se em gradual processo de retirada do mercado.

“O desenvolvimento de novas tecnologias visa atender às demandas da Emenda de Kigali e procura, com isso, minimizar o consumo de energia elétrica. Fluidos refrigerantes de baixo GWP e controle de capacidade nos compressores são ações efetivas que trouxeram novas perspectivas para o futuro próximo”, complementa o gerente de engenharia da Eletrofrio, Rogério Marson Rodrigues, lembrando que são diversos os projetos em operação que já usufruem daquilo que será regra muito em breve.

De acordo com o executivo, a fabricante curitibana tem em seu portfólio equipamentos resfriadores de glicol (HighPack), considerados a vedete da refrigeração comercial brasileira no momento.

“São máquinas simples, de baixo custo, boa eficiência energética e reduzida carga de fluido refrigerante, ou seja, um conjunto de características consideradas estratégicas na análise de viabilidade de um projeto que busca atender às demandas atuais e futuras de um sistema de refrigeração para supermercados”, avalia Rodrigues.

Para o vendedor técnico da Danfoss Alex Pagiato, que atua nos segmentos de OEM e usuários finais, “a tecnologia de condensadores microcanal mostrou-se a mais favorável, pois reduz a carga de refrigerante em até 30%, atendendo aos requisitos e às normas que restringem o volume a 150 gramas, no caso do propano”, argumenta.

O representante da multinacional dinamarquesa informa que entre seus carros-chefes estão os compressores scroll homologados para os principais fluidos refrigerantes; inversores de frequência; válvulas de expansão eletrônicas do tipo passo e pulso; condensadores microcanal; trocadores de calor a placas; válvulas de balanceamento para fluido secundário; controladores eletrônicos e gerenciadores de sistema com acesso remoto. Todos estes produtos são importados das plantas globais da Danfoss localizadas na Europa, Ásia e América do Norte.

A japonesa Nidec, por sua vez, tem um rol bem diversificado de produtos voltados à refrigeração comercial, no caso dos compressores de velocidade variável, como as linhas FMF e VEM.

A linha FMF é uma família de compressores para aplicações comerciais que apresenta os melhores níveis de eficiência energética do mercado na sua categoria de tamanho e capacidade de refrigeração. Com deslocamento máximo de 6 a 15 cc, a versatilidade deste portfólio o torna indicado para equipamentos de qualquer segmento, como varejo de alimentos, cozinhas profissionais, aplicações médicas e científicas e expositores (merchandisers). Conta com tecnologia de velocidade variável (inverter) e utiliza refrigerante R-290.

A linha VEM tem como destaque o modelo VEMT404U – compressor para aplicações comerciais como merchandisers e equipamentos de refrigeração de cozinhas profissionais ou outros serviços de alimentação. Funciona com R290 e é até 10% mais eficiente do que os modelos competidores equivalentes (inverters).

Entre as unidades condensadoras, alguns dos principais modelos vendidos para uso no varejo brasileiro são as UFMF, projetadas para refrigeração comercial e reconhecida por sua eficiência energética, o que as tornam ideais para aplicações que exigem alta estabilidade de temperatura, confiabilidade e baixo ruído.

Bivolts e de bifrequências, operam nas tensões nominais de 110 V e 220 V e nas frequências de 50 e 60 Hz, além de trabalharem em ampla faixa de rotações por minuto (RPM). São dotadas de um compressor de velocidade variável FMF que, por meio de gerenciamento eletrônico, mantém a temperatura estável, independente da demanda, e opera com R290.

Já na linha de compressores de velocidade fixa com alta eficiência energética, o destaque vai para o compressor NEX, voltado para aplicações no varejo de alimentos, como expositores refrigerados, e para serviços de alimentação, como máquinas de gelo, refrigeradores de cozinhas profissionais e refrigeradores de bebidas.

“Trata-se da quarta geração da família de compressores Embraco NE. Em comparação com as gerações anteriores, fornece entre 7% e 10% mais eficiência energética, menores ruído e vibração, e opera com refrigerante natural R290”, informa Sander Malutta, da Nidec.

Além do já citado conjunto de compressor BLDC, do tipo variável, a multinacional norte-americana Carel aposta no variador de velocidade Power+, na válvula de expansão eletrônica e no controle completo que possibilita a integração de todos os componentes em um sistema adaptativo para diversos tipos de aplicação.

O gerente técnico para a América Latina da Carel, Marcel Nishimori, comenta que a recém-lançada família de controles iJ tem como principal característica a conectividade, tanto de interface com o usuário quanto de troca de informações, em tempo real, com o módulo inversor do principal compressor VCC disponível no Brasil.

“Esta integração entre controle e inversor permite obter o máximo rendimento frigorífico, proporcionando maior estabilidade de temperatura ao produto e aumentando sua qualidade sensorial e vida de prateleira”, completa.

Principais tendências do mercado brasileiro

Conversores de frequência. São conhecidos também como inversores de frequência, ou inverters. Trata-se do dispositivo eletrônico que é acoplado ao compressor e controla a velocidade de funcionamento do motor de ímã permanente, que fica dentro do compressor. Juntos, eles compõem o chamado compressor de velocidade variável.

Condensadores de microcanal. Tecnologia que utiliza canais mais finos no condensador, aumentando a pressão exercida sobre o fluido refrigerante, permitindo o uso de uma quantidade menor de material.

Fluidos refrigerantes de baixo impacto climático. Nas últimas décadas, um esforço global tem sido para substituir os HFCs refrigerantes com alto potencial de aquecimento global, por fluidos de menor impacto ambiental. Os refrigerantes naturais estão entre as melhores e mais viáveis alternativas no campo da refrigeração comercial leve.

 

Refrigeração comercial em destaque na APAS

Após um hiato de dois anos, começou ontem (16) em São Paulo a APAS Show (maior evento supermercadista do mundo), considerada uma das principais feiras de alimentos, bebidas, mercearia, FLV, higiene e limpeza do mundo.

Segundo os organizadores, a edição deste ano reafirma o posicionamento da mostra com um evento que também inclui tecnologia, inovação, logística, finanças, infraestrutura, equipamentos, startups e muito mais.

Ao todo, serão quatro dias reunindo os principais tomadores de decisão da cadeia produtiva nacional e promovendo relacionamento, experiências, conhecimento e grandes negócios entre empresários e executivos do setor.

A área de exposição, de mais de 75 mil m², contará com mais de 800 expositores nacionais e internacionais e está preparada para receber mais de 100 mil visitas, número estimado baseado no alcance da edição 2019, que teve quase 60 mil visitantes únicos.

Grandes nomes da indústria de refrigeração e ar condicionado estão presentes da feira, entre os quais Carel, Full Gauge Elgin, Superfrio e Eletrofrio.

Expositores frigoríficos mais eficientes conquistam espaço no varejo

Eficiência energética tem ditado rumos no mercado de expositores refrigerados, segundo fabricantes

Equipamentos compactos e menos ruidosos, com a capacidade de aguentar a instabilidade e os picos nas redes elétricas, ajudam a economizar na conta de luz pesado no desenvolvimento de equipamentos cada vez mais eficientes energeticamente.

Com a energia elétrica cada vez mais cara, é essencial que projetos e tecnologias possam ajudar os varejistas a reduzir o consumo, afinal as máquinas precisam ficar ligadas 24 horas por dia – e na faixa correta de temperatura – para impedir que bebidas e alimentos sofram alterações de qualidade e sabor, ou estraguem. Os lançamentos que periodicamente chegam ao mercado são resultado de muita pesquisa, pois a arquitetura por trás de cada conjunto de componentes leva em consideração não apenas motores e compressores mais compactos e eficientes, que demandem menos óleos lubrificantes e gases refrigerantes, mas também designs inteligentes.

Inovações mais recentes, como os vidros em curva e as portas deslizantes para balcões refrigerados, facilitam a operação de abre/fecha pelo consumidor, ao mesmo tempo em que agrega mobilidade para a montagem do leiaute no estabelecimento. Com isso, acabam ocupando menos espaço nos corredores, proporcionando aos varejistas a exposição de mais itens na loja.

Os vidros curvados atuam na retenção da temperatura do interior dos refrigeradores, reduzindo o consumo de energia em até 60%. A economia se torna ainda maior para o varejista, uma vez que o sistema ajuda a reduzir o desperdício de alimentos, a exemplo das carnes embaladas.

Com esta simples alteração no design, a estimativa é que o percentual de descarte de produtos seja até 50% menor do que o registrado em balcões refrigerados tradicionais. No Brasil, o lançamento do Sistema EcoFit –que conta com consultoria e representação do JPG Group – trouxe esta tendência para o mercado.

A economia de energia obtida com esses novos equipamentos também advém dos chamados vidros low-e. Desenvolvidos inicialmente para aplicação em edifícios de países de clima frio, que precisam manter o seu interior aquecido, esses componentes são de baixa emissividade e impedem a transferência térmica entre dois ambientes.

A eficiência é proporcionada por uma fina camada de óxido metálico aplicada em uma das faces do vidro. Essa película filtra os raios solares, intensificando o controle da transferência de temperaturas entre ambientes, sem impedir a transmissão luminosa. De acordo com JPG Group, a tecnologia oferece desempenho energético, ao refletir, principalmente para fora, as radiações no espectro do infravermelho próximo e distante. Sua refletividade externa fica entre 8% e 10%e sua transmissão luminosa, entre 70% e 80%. Além de curvo, o vidro também pode ser insulado, temperado e laminado.

Outra gigante do segmento de refrigeração comercial, a Eletrofrio investiu R$ 50 milhões no desenvolvimento da linha Vittrine, que chega a economizar, em média, 20% de energia elétrica em comparação com sua tradicional linha para sistemas com expansão direta.

“A eficiência energética desses equipamentos é possível graças a melhorias implantadas na iluminação, nas resistências de orvalho e degelo, nos evaporadores de alta eficiência e no fluxo de ar. A utilização de novos evaporadores mais eficientes gera uma economia direta no consumo dos compressores”, explica o presidente da empresa, José Antonio Paulatti.

O portfólio de produtos da companhia conta com expositores compactos, com profundidade de tanque de 740 mm e prateleiras de 400 mm, que privilegiam o espaço de corredores melhorando o tráfego nas lojas.

“As prateleiras slim, por exemplo, têm perfil frontal 40% mais fino, o que permite maior espaço útil entre elas. A frente mais baixa e maior abertura frontal possibilitam a inserção de mais um nível de prateleiras nos expositores verticais”, salienta o executivo.

Inovações como vidros em curva e portas deslizantes facilitam operação de abre/fecha pelo consumidor

Parceria

Ao longo dos anos, o setor também tem se movimentado por meio de parcerias para desenvolver equipamentos cada vez mais eficientes. Uma dessas junções comerciais, entre as fabricantes Embraco – pertencente à Nidec Global Appliance –, e Fricon –especializada em refrigeração de alimentos e bebidas – desaguou em uma nova linha de aplicações para refrigeração comercial desenvolvida por ambas.

A ideia focou-se em projetos que reduzem em até 55% o consumo energético quando comparados com sistemas similares. A Embraco forneceu à Fricon soluções com tecnologias Inverter (velocidade variável) e bivolt, a exemplo de um freezer horizontal, para produtos congelados, e um display vertical para refrigeração de cervejas e energéticos.

Eficiente e emissora de menos ruído, a tecnologia funciona a partir da combinação do compressor FMF com o refrigerante R-290 (propano). O compressor bivolt tem a capacidade de operar com uma maior amplitude de tensão, o dobro de um modelo convencional.

Esta característica é fundamental para prevenir a queima dos equipamentos, visto que consegue estabilidade mesmo enfrentando picos de tensão e linhas de energia instáveis, problemas que ocorrem em todo Brasil e geram milhões de reais em prejuízos anualmente aos varejistas.

Ministério do Meio Ambiente divulga estudo de caso sobre retrofit do R-22

O relatório técnico do Terceiro Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercados, criado no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), já está disponível para download gratuito.

O relatório traz resultados significativos de ganhos sociais, ambientais e econômicos, obtidos durante estudo de caso realizado no supermercado Angeloni, localizado na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, por cerca de dois anos.

No estudo são detalhados todos os procedimentos para a troca do antigo sistema de refrigeração comercial da loja, com fluido refrigerante HCFC-22, pelo atual sistema subcrítico de dióxido de carbono (CO₂) em cascata com o HFC-134a.

 “Este estudo é resultado de um trabalho muito complexo, porque a instalação de um sistema de refrigeração que originalmente foi projetado e dimensionado para uma outra loja foi um desafio, mas conseguimos alcançar plenamente o objetivo graças ao apoio dos nossos parceiros: o Grupo Angeloni, a Eletrofrio e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras)”, diz Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da GIZ-Proklima no Brasil, responsável pelas ações do Projeto paro o Setor de Serviços do PBH, coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

“Nesta empreitada, contamos também com o conhecimento de consultores técnicos com experiência internacional, como por exemplo o próprio autor do relatório, o engenheiro Miquel Pitarch.  Devido a esse esforço conjunto,  os varejistas e suas equipes técnicas têm agora acesso a um estudo inédito no País, que traz informações valiosas e bem embasadas para poderem optar por fluidos refrigerantes alternativos de baixo GWP, como por exemplo os fluidos naturais, na futura troca de seus sistemas de refrigeração”, explica

Os ganhos demonstrados ressaltam a relevância do tema. O Projeto foi criado com objetivo de promover conhecimento técnico aos supermercadistas, tendo em vista que o HCFC-22, fluido refrigerante mais utilizado na refrigeração comercial no Brasil, deve ter seu uso eliminado até 2040, seguindo os cronogramas estabelecidos pelo Protocolo de Montreal  — para 2025 está prevista redução das importações de HCFC em 67,5%.

Cumprindo esse objetivo, o estudo de caso destaca ações para redução dos vazamentos de fluidos refrigerantes para a atmosfera, por meio da aplicação das boas práticas durante a instalação, operação, reparo e manutenção de equipamentos de refrigeração e ar condicionado.

“É um estudo muito importante, que vale a pena ser conferido por outros supermercadistas, que ainda utilizam o R-22. Estimo que mais de 85% dos supermercados brasileiros ainda utilizam R-22, que vai ser eliminado, e, portanto, esses varejistas precisam de alternativas, como a demonstrada no estudo. Os resultados alcançados são muito relevantes”, afirma Rogério Marson Rodrigues, gerente de engenharia da Eletrofrio.

A publicação deste terceiro estudo completa o escopo do Projeto Demonstrativo de Melhor Contenção de HCFC-22 em Supermercado. Destaca-se que nos dois primeiros estudos do Projeto publicados (Yamada Nazaré, em Belém, e Hortifruti do Campo, em São Paulo) foram realizadas intervenções completas (incluindo troca de peças e equipamentos) para redução dos vazamentos de HCFC- 22, sem troca de fluido refrigerante.

Portanto, totalizam três publicações técnicas de estudos de caso, totalmente gratuitas, à disposição dos varejistas brasileiros (empresários e profissionais da área de refrigeração comercial) que procuram estratégias para redução de vazamentos de fluidos refrigerantes e/ou opções para substituição do HCFC-22.

Confira o relatório técnico sobre a mudança de sistemas no Angeloni. Baixe o pdf em: http://www.boaspraticasrefrigeracao.com.br/publicacoes

Eletrofrio lança sistema frigorífico com R-290 na Apas Show

Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a Eletrofrio está apresentando na Apas Show deste ano um sistema de refrigeração comercial que utiliza o propano (R-290) como fluido refrigerante.

Além do baixíssimo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) da substância, o fabricante destaca que “a novidade representa um marco na evolução sustentável do Brasil e contribui para que o País atinja a meta do Protocolo de Montreal de eliminar a utilização de gases nocivos [à camada de ozônio] até 2040”.

Atualmente, o Brasil é o nono maior consumidor mundial de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e o quinto entre os países em desenvolvimento. O objetivo do governo brasileiro é eliminá-los em 35% até 2020 e 67,5% até 2025.

Como a solução faz parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFC (PBH), ela será de domínio público e ficará disponível para ser utilizada por toda a cadeia de refrigeração comercial do País, informa a Eletrofrio.

Inédita na América do Sul, a tecnologia acaba de ser implantada no hipermercado Condor Wenceslau Braz, em Curitiba (PR), inaugurado no dia 3 de abril.

“Estamos à disposição dos supermercadistas que desejam dar um passo à frente em termos de sustentabilidade. Além disso, também estamos recebendo em nosso estande as empresas da concorrência para apresentar a inovação e, juntos, caminharmos para a construção de um Brasil mais moderno e sustentável”, ressalta o diretor de marketing e vendas do fabricante, Roberto Weidner.

A principal feira mundial do setor supermercadista, que começou ontem (6) em São Paulo, prossegue até a próxima quinta (9), no Expo Center Norte. Além da Eletrofrio, outros grandes nomes do setor – entre os quais Arneg, Bitzer, Chemours, Danfoss, Full Gauge, Superfrio e Thermo Industrial – estão presentes na mostra.

Eletrofrio lança linha Vittrine com investimento de R$ 50 milhões

Com um investimento de R$ 50 milhões, a linha Vittrine, da Eletrofrio chega ao mercado com a promessa de economizar em média 20% de energia elétrica em comparação com a atual linha da empresa (para sistemas com expansão direta).

“Investimos em pesquisas nacionais e internacionais para que todos os setores estratégicos da empresa pudessem trabalhar em algo inovador, eficiente e acessível a todos os empresários varejistas. Assim, a Eletrofrio dá um salto em tecnologia à frente da concorrência e eleva ainda mais nossa posição de liderança de mercado”, afirma o presidente da empresa, José Antonio Paulatti. Leia mais

Heos Sistema reduz consumo de energia no varejo

Experimento inédito testou os benefícios da mais alta tecnologia de compressores com velocidade variável, o Heos Sistema, nas questões de economia de energia e preservação de alimentos. O projeto, que envolveu a parceria de um varejista com as empresas Carel e Eletrofrio, foi realizado em maio de 2017, em São Paulo.

Para isso, duas lojas diferentes foram selecionadas: uma de conveniência, localizada na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, que opera com a solução Heos, e outra convencional e próxima ao endereço, com o tradicional sistema On/Off. O ponto na Berrini foi inaugurado justamente para este fim.

Ambas as lojas possuem o mesmo tamanho e a mesma capacidade de resfriamento. As condições ambientais externas também podem ser consideradas iguais. Durante 30 dias, o consumo de energia foi monitorado toda semana.

O tradicional sistema On/Off registrou um consumo total de 9.638 kWh no período, enquanto o Heos gastou apenas 5.861 kWh. Ou seja, houve economia de 39%.

O conceito fundamental por trás do Heos é representado pela modulação contínua. A sinergia entre o compressor DC (de corrente contínua) com velocidade variável e a válvula de expansão eletrônica, gerenciada por um controle avançado, permite um controle estável da temperatura, garantindo máxima qualidade de preservação de alimentos. Um compressor estilo On/Off está sempre funcionando em sua condição nominal, o que não permite essa economia.

De acordo com a Eletrofrio, outras vantagens do Heos Sistema são: baixo ruído, baixo consumo de energia em operação de estado estável e temperatura estável. Além disso, todos componentes chegam revisados de fábrica.

Como consequência da modulação contínua que o Heos Sistema oferece, a temperatura de evaporação aumenta, assim como o COP (Coeficiente de Performance). Este fato fica mais evidente durante o modo noturno, quando a carga de resfriamento diminui, tendo um impacto direto na temperatura de evaporação.

Porém, o Heos sistema tem um custo de capital de 20% a 25% maior do que o waterloop On/Off. O período de retorno de investimento é de 24 meses.

Soluções inovadoras e sustentáveis como o Heos, assim como a parceria da Carel e a Eletrofrio, dão apoio ao varejista para alcançar o comprometimento com a sustentabilidade.

A Carel compartilha do mesmo princípio e reconhece que os temas ambientais têm prioridade corporativa alta, colaborando para preservar a biodiversidade do planeta. E a Eletrofrio tem mais de 70 anos de experiência na concepção, montagem e instalação de sistemas de refrigeração para uso comercial.

Como reconhecimento pelos resultados do Heos, a comissão técnica da Febrava 2017, em parceria com a Abrava, concedeu ao produto o “Selo Destaque Inovação”, prêmio conferido a soluções que promovem criatividade e inovação.