Governo amplia lista de serviços essenciais e inclui HVAC-R

Governo ampliou a lista de serviços essenciais que podem funcionar durante pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O decreto Nº 10.329, afirma que o rol de atividades essenciais acrescido pelo novo decreto “foi objeto de discussão e avaliação multidisciplinar por colegiado composto por representantes das áreas da vigilância sanitária, da saúde, do abastecimento de produtos alimentícios e de logística”.

O texto frisa que sua edição considera medida cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF) que referendou a interpretação de que o presidente da República poderá dispor, desde que preservada a atribuição de cada esfera de governo, sobre serviços públicos e atividades essenciais.

Veja serviços que podem funcionar a partir de agora:

Atividades de produção, distribuição, comercialização, manutenção, reposição, assistência técnica, monitoramento e inspeção de equipamentos de infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos em geral, incluídos elevadores, escadas rolantes e equipamentos de refrigeração e climatização;

Transporte, armazenamento, entrega e logística de cargas em geral;

Serviços de comercialização, reparo e manutenção de partes e peças novas e usadas e de pneumáticos novos e remoldados;

Serviços de radiodifusão de sons e imagens;

Atividades exercidas por empresas start-ups;

Comércio de bens e serviços, incluídas aquelas de alimentação, repouso, limpeza, higiene;

Manutenção e assistência técnica automotivas, de conveniência e congêneres;

Locação de veículos;

Atendimento ao público em agências bancárias;

Trânsito e transporte interestadual e internacional de passageiros;

Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,

Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, limpeza, alimentos, bebidas e materiais de construção;

Guarda, uso e controle de substâncias, materiais e equipamentos com elementos tóxicos, inflamáveis, radioativos ou de alto risco;

Fiscalização tributária e aduaneira federal;

Produção de petróleo e produção, distribuição e comercialização de combustíveis, biocombustíveis, gás liquefeito de petróleo e demais derivados de petróleo;

Atividades de representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas

Atividades de processamento do benefício do seguro-desemprego e de outros benefícios relacionados, por meio de atendimento presencial ou eletrônico;

Atividades de produção, exportação, importação e transporte de insumos e produtos químicos, petroquímicos e plásticos em geral.

Atividades siderúrgicas e cadeias de produção do alumínio, da cerâmica e do vidro;

Atividades de lavra, beneficiamento, produção, comercialização, escoamento e suprimento de bens minerais;

Produção, transporte e distribuição de gás natural;

Funcionamento de indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas.

Prosperando em meio à crise

A pandemia de covid-19, infecção respiratória provocada pelo novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2), deve causar prejuízo de R$ 320 bilhões a empresas e corte de 6,5 milhões de empregos no País, revela um estudo encomendado pela Confederação Nacional de Serviços (CNS).

Segundo a pesquisa, os prestadores de serviços fazem parte do segmento que deve ser justamente o mais castigado pela paralisação da economia, que também afeta gravemente a indústria e o comércio, logicamente.

“O cenário é preocupante”, afirma o diretor geral da Zeon, Marcos Machado. Devido à crise, o empresário diz que as vendas das lojas de refrigeração e ar condicionado localizadas na região central da capital paulista caíram mais de 50%.

“A situação não está fácil para as empresas do ramo”, lamenta o vendedor técnico Francisco Ribeiro dos Santos, da Disparcon.

Em Curitiba, as vendas da Girelli Refrigeração chegaram a desabar 80% após as medidas de isolamento adotadas na capital paranaense. “A inadimplência também atingiu níveis insuportáveis”, informa o comerciante Edson Girelli.

“Mas, de uma forma geral, nossa empresa continua saudável. Temos conhecimento, estoque organizado e uma boa carteira de clientes. Uma hora essa tempestade vai passar”, acrescenta.

Engenheiro mecânico Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Engenheiro Edson Girelli, da Girelli Refrigeração | Foto: Divulgação

Os instaladores também sentem os impactos da pandemia em seus negócios. “Eu estava no Mato Grosso para realizar a instalação de 24 máquinas piso-teto numa academia e tive de voltar para São Paulo”, revela o refrigerista Dáurio Almeida, da instaladora Climar, de São Caetano do Sul (SP).

“Mas isso é coisa passageira. Se todo mundo obedecer [às medidas de distanciamento social], sairemos dessa situação sem muita sequela”, ameniza.

Na tentativa de conter a disseminação do novo coronavírus, “muitos condomínios paulistanos já estão impedindo a entrada de prestadores de serviços”, diz o instalador autônomo Carlos Djones.

“Muitas obras estão paradas por completo, até mesmo porque boa parte dos moradores está em home office e não quer barulho em seus apartamentos”, completa o refrigerista.

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Instalador Carlos Djones | Foto: Arquivo pessoal

Vencendo a crise

Apesar da brusca redução da atividade econômica provocada pela pandemia, uma parte da indústria está produzindo mais agora, como os fabricantes de materiais hospitalares e de produtos de higiene.

Com tanta gente cozinhando em casa, o setor de supermercados tem assistido a um aumento significativo da demanda.

O estudo encomendado pela CNS mostra que os segmentos de tecnologia da informação, de saúde pública e privada e os serviços públicos, ao contrário, devem ter manutenção ou aumento de renda e de postos de trabalho nos próximos meses.

Somente as empresas do ramo de saúde e assistência social devem ter um incremento de quase R$ 7 bilhões em seu faturamento em 2020.

Mesmo no meio da crise, enfim, alguns setores da economia seguem até prosperando. Particularmente, a área de saúde ainda tem gerado postos de trabalho em segmentos ligados à operação de clínicas e hospitais, como manutenção predial e instalação de ar-condicionado.

Por sinal, negócios fechados com esse segmento têm salvado muita gente. Esse é o caso do instalador fluminense Daniel Suiço, que diz ter dado “a sorte de pegar uma obra de emergência numa base do Samu” no Rio de Janeiro.

Em função do contrato de instalação de splits e manutenção mensal de equipamentos com fluxo de refrigerante variável (VRF) na unidade, o lucro da sua empresa mais que dobrou. “Já vou ter de mudar de MEI para Ltda”, comemora.

Quem também deixará de ser microempreendedor individual para ser dono de uma empresa limitada – ou seja, com limite de faturamento maior – é Fernando Câmara, outro profissional fluminense.

No atual período de quarentena, “assinei cinco contratos de manutenção de splits com academias e escolas particulares”, revela.

Os negócios da Circuito Climatização, de Belo Horizonte, também seguem crescendo. “Estamos entregando as instalações de splits e sistemas VRF que já estavam em andamento e pegando novas obras, incluindo tribunais, clínicas e hospitais. Até o fim do ano, vamos contratar mais pessoas para nossa equipe de campo”, afirma a empresária Leylla Lisboa.

Mantenedores de sistemas de ar condicionado de data centers e de agências bancárias também não pararam. “Estamos trabalhando normalmente”, informa o refrigerista Dener Mafra, que presta serviços a um grande banco e dá aulas de climatização e refrigeração na Escola Piping, em Santo André, na Grande São Paulo.

“Não paramos um dia sequer durante a pandemia”, diz o empresário Wanderson Barros, que possui uma empresa de vendas de equipamentos de ar condicionado e outra de projeto, instalação e manutenção em Sorocaba (SP).

O segredo, segundo o empreendedor, foi ter adaptado seus negócios à nova realidade, oferecendo aos clientes contratos de manutenção com preços mais atrativos e parcelamento dos valores dos serviços.

“Estamos ligando para todos os clientes para os quais fizemos instalações nos últimos anos e informando sobre a necessidade da manutenção preventiva em seus ares-condicionados”, relata.

E para “obras com orçamento em fase de aprovação, também passamos a oferecer descontos”, diz.

Em São Bento do Sul (SC), o empresário Odenir Marcelo de Oliveira diz que sua empresa ficou parada durante sete dias no início da quarentena, mas, “após muitas solicitações e com autorização do comando da Polícia Militar, começamos a realizar, inicialmente, serviços emergenciais”.

Logo após a liberação das atividades da construção civil no estado, também retomamos a prestação de serviços de climatização e conseguimos pegar mais 12 obras novas”, ressalta o refrigerista, salientando que como empreendedores, temos de nos reinventar todos os dias”.

Para superar o cenário econômico adverso, Oliveira investiu na divulgação de seus serviços em redes sociais – Instagram, principalmente –, a fim de disseminar informações sobre saúde, com foco na higienização de equipamentos, além de reorganizar a logística da sua empresa, contratando motoboys para a entrega de peças e acessórios a clientes finais e técnicos.

Refrigerista Odenir Marcelo de Oliveira

Odenir Marcelo de Oliveira | Foto: Arquivo pessoal

O volume de consertos de linha branca e de equipamentos de climatização cresceu 50%, o que também nos levou a contratar mais profissionais de refrigeração”, completa.

Mas não é só em Santa Catarina que o segmento de reparos de eletrodomésticos da linha branca tem crescido. “Nesse período de quarentena estou fazendo muitos serviços de limpeza e higienização de aparelhos de ar condicionado e lavadoras”, informa Hadriano Araújo Pio, da oficina ADR Refrigeração, de Teresina (PI).

Muitos profissionais de arquitetura também continuam trabalhando normalmente, segundo Bruno Moura, do escritório paulistano Blaia e Moura Arquitetos.

Ainda que remotamente, prosseguimos realizando os projetos iniciados antes da crise e fazendo orçamentos para apresentar aos clientes”, destaca o arquiteto.

Pandemia aumenta procura por serviços de manutenção doméstica

A demanda por serviços de manutenção doméstica, principalmente de aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e freezers, está aumentando no País por causa da pandemia de covid-19.

Desde que as medidas de isolamento social foram impostas por governos estaduais e municipais, a busca por assistência técnica no aplicativo GetNinjas têm aumentado.

Para o CEO da plataforma, Eduardo H’otellier, condicionadores de ar e refrigeradores estão entre os “itens indispensáveis para o momento de quarentena”, conforme explicou recentemente à reportagem do Agora São Paulo, jornal do grupo Folha.

Antes da crise do coronavírus, porém, o mercado de reparos em eletrodomésticos da linha branca já estava aquecido, segundo o refrigerista André dos Santos, da oficina Consertolândia, em Ourinhos (SP).

“Em 2019, houve crescimento desse setor e, para os bons profissionais, o nicho de manutenção está sempre em alta. Enfim, o cenário continua favorável para os técnicos que buscam estar sempre se aprimorando e adquirindo conhecimento”, diz.O técnico André dos Santos diz que setor de manutenção está aquecido

“O setor de reparos em linha branca no Brasil tem crescido ano a ano, principalmente em épocas de crise, em que o conserto passa a ser a primeira opção do consumidor, que tende a adiar a compra de um produto novo”, acrescenta.

Mas nem tudo são flores. Apesar da modernização dos equipamentos, “os fabricantes do segmento deixaram a qualidade um pouco de lado”, avalia.

“A tubulação interna dos refrigeradores e freezers é um problema sério a se pensar e resolver com urgência. Hoje, se o consumidor precisar deixar um refrigerador ou um freezer parado por por um certo tempo, o risco de o equipamento não gelar mais é grande, pois toda a tubulação interna fica corroída, uma situação que não ocorria nos eletrodomésticos fabricados antigamente”, explica.

“As fábricas desenvolvem os produtos e fazem testes repetitivos, mas é no dia a dia que o bicho pega”, diz o empresário, lembrando que, atualmente, “a maioria das indústrias não tem o controle de qualidade como antigamente”.

“Muitas escondem recalls. Nós lidamos todo o tempo com esta realidade. Além disso, o consumidor não lê manual e, quando o produto apresenta defeito, procura um serviço barato ou informações no YouTube. Embora haja grandes profissionais postando vídeos úteis na plataforma, tem muito picareta que só busca likes e prejudica o trabalho de quem trabalha corretamente”, relata.

As empresas e profissionais de assistência técnica também enfrentam dificuldades para encontrar peças no mercado, tanto em lojas grandes como em pequenos estabelecimentos, revela o refrigerista.

Sem citar nomes, André dos Santos alerta que há fabricantes fornecendo peças somente para cinco ou dez fornecedores no Brasil todo. “Isso nada mais é do que um tiro no pé, pois os profissionais acabam não indicando essas marcas a seus clientes”, afirma.

 

Do Recife para o Brasil, Saulo Maia Vieira é referência no Nordeste

Carismático e com visão de futuro, Saulo Maia Vieira, nascido no Recife (PE), aos 38 anos conquistou o respeito e a admiração de muitos profissionais do mercado de climatização e refrigeração. Fissurado em ferramentas, hoje está à frente da SMV Climatização e Elétrica, empresa de referência na Região Nordeste e conhecida em todo o Brasil. Ganhou visibilidade através das redes sociais fazendo vídeos dos seus serviços e tutoriais para o uso de ferramentas, ensinando seus seguidores a prática correta de instalação, o uso de ferramentas adequadas, tirando dúvidas e ajudando quem está iniciando na profissão.

Técnico em eletrônica, eletrotécnico eletricista predial, e mecânico em refrigeração, ele investiu em conhecimento e se diz um apaixonado por ferramentas, tanto que, sua oficina é de encher os olhos. Há quem diga que ele é “o homem das ferramentas”, adquirindo o que tem de mais moderno no mercado, considerado campeão na demonstração de como utilizá-las por meio de seus vídeos pela internet.

 

Venceu muitos desafios, atraiu os olhares de grandes fabricantes do setor, e hoje faz parte do Esquadrão do Clima LG, percorrendo o Brasil, ministrando cursos e treinamentos.

Após 29 anos trabalhando numa empresa, buscou conhecimento, mudou de profissão e abriu seu próprio negócio. Saulo conta que foi um grande desafio abrir sua empresa no ramo e ganhar espaço num mercado tão concorrido.

“Antes de trabalhar com ar condicionado, até 2014 atuava como eletrotécnico, eletricista predial na Play Toy, empresa de equipamentos para diversões eletrônicas. Por essa firma, participei de várias obras, adquirindo uma ótima base de eletroeletrônica, graças aos setores de manutenção nos equipamentos.

Um certo dia, o ar condicionado da minha residência deu problema e precisei chamar um técnico de manutenção para sanar um gotejamento. Após a primeira visita, o problema continuou e ele teve que retornar várias vezes, pois o serviço não tinha sido executado de forma correta. Foi aí que calculei o tempo de serviço que ele havia me cobrado e a execução do mesmo, e percebi que era vantajoso atuar nessa área. Comecei a fazer cursos profissionalizantes nível A como mecânico em refrigeração e me especializar em serviços de manutenção para ar condicionado. Em 2015, ingressei no Centro de Estudos Freudianos do Recife – CEF, cursando mecânica em refrigeração e especialização em inverter. Paralelamente, busquei me atualizar em cursos específicos de grandes fabricantes como LG, Daikin, Midea Carrier, Trane, Elgin, entre outros. Participei de muitos treinamentos dedicados oferecidos por essas empresas e como sempre gostei muito de ferramentas, com uma ótima base em eletrônica, fiz especialização na ETP – Escola Técnica Pernambucana, e comecei a atuar como prestador de serviços em equipamentos de ar condicionado na área de climatização. Me dediquei a fazer diversos cursos de inverter em São Paulo (SP), e o primeiro foi na Academia LG de Ar Condicionado. Lá, fiz cinco cursos e vários treinamentos; na Daikin, fiz o de credenciador; e na Trane participei de diversos treinamentos. Fui me especializando cada vez mais e adquirindo grande conhecimento, integrando as áreas complementares da climatização, como comandos elétricos, elétrica predial, drywall, e assim, me aperfeiçoando cada vez mais. Me destaquei com postagens nas redes sociais e o mercado passou a me ver com outros olhos, além de um simples instalador, mas como profissional que ensinava as boas práticas para uma instalação correta, agregando o ar condicionado a outras utilidades prediais. As redes sociais me ajudaram muito a divulgar meu trabalho. Hoje tenho centenas de seguidores no Instagram que me contratam por meio dessa rede. Como sempre gostei de ferramentas, investi nessa área. As ferramentas, além de facilitar o trabalho, proporciona agilidade e perfeição à instalação”, diz Saulo.

Em 2019, através das mídias, o Esquadrão do Clima da LG começou a acompanhar seu trabalho e fez o convite para integrar o grupo.

“Hoje faço parte do Esquadrão do Clima LG, me tornando uma das referências no Recife e em várias cidades do Brasil. Ganhei maior visibilidade no mercado de HVAC. Isso me possibilitou fazer muitas viagens, como para o Panamá, onde fiz um treinamento pela Academia da LG daquele país. Depois dessa viagem, começamos a viajar por todo o Brasil através da Expedição do Clima LG, realizando treinamentos nas principais capitais. O Esquadrão do Clima tem por missão ajudar ao próximo, e assim, levamos conhecimento a várias pessoas, contribuindo para a melhoria da mão de obra qualificada. Também estamos à disposição para tirar dúvidas e auxiliar os técnicos do setor através da internet”, revela.

Saulo faz questão de trabalhar com ferramentas modernas em sua oficina

Mercado exigente

“Em 2016, dei um grande passo, criando minha marca, a SMV, tornando-se referência no mercado de climatização em Recife (PE). A SMV é dedicada a instalação, manutenção, projetos e infraestrutura para linhas residencial e comercial leve. Hoje, o mercado de climatização é promissor e exigente, por isso, estamos preparados e atualizados para atender as expectativas dos nossos clientes. Com a chegada da tecnologia Inverter, o mercado tornou-se mais exigente na questão da mão de obra qualificada, e o grande desafio atualmente é manter um preço justo, com instalação padrão, usando as melhores ferramentas que há no setor de climatização e refrigeração, porém, ainda é muito comum a política de preços bem abaixo do mercado”, enfatiza o diretor da SMV.

Nos quatro anos à frente da SMV, ele cita várias obras que participou instalando equipamentos de climatização de linhas residencial e comercial leve no Recife, como a Ruplastic – Indústria de Embalagens, instalando 26 equipamentos; Nipoflex Linhas de Crédito, 15 equipamentos; em diversos condomínios residenciais; e se destacando em 2018 e 2019 como instalador oficial LG na CasaCor Recife.

“Além de instalar os equipamentos, também faço o PMOC para algumas instalações e estamos prospectando novos contratos, uma vez que o plano de manutenção, operação e controle dos sistemas de climatização passou a ser obrigatório por lei. O mercado de ar condicionado em Pernambuco ainda está se adaptando a essa nova lei e acredito que esse mercado irá crescer muito, não só em Recife, mas na região Nordeste em geral”, comenta Saulo.

Ele acrescenta que, ainda neste semestre, serão realizados vários treinamentos dedicados às novas tecnologias como o VRF, uma área mais qualificada nível A, voltado a linha empresarial, e oferecer mais um tipo de serviço ao mercado.

“Hoje, muitos fabricantes necessitam de mão de obra qualificada e estamos buscando conhecimento e qualificação, proporcionando aos nossos clientes um serviço de qualidade através de boas práticas de instalação, com manutenções preventivas, garantindo maior vida útil dos equipamentos, além de contribuir para a eficiência energética das edificações”.

Cristão, torcedor fanático do Sport Clube Recife, casado com Fabiane há 20 anos, pai do Saulo Junior, com 19 anos; de Selton, com 17 anos; e de Samara, com 15 anos; Saulo deixa um recado para os profissionais que estão ingressando no mercado: “Procure sempre investir em conhecimentos, ferramentas e ajudar o próximo. Siga com confiança, faça um trabalho bem feito, com qualidade e perfeição. Só assim você criará um leque de clientes bem sólido, ganhando credibilidade e fidelidade. A maior propaganda ainda é o boca-a-boca, e se fizer um serviço perfeito, não faltarão indicações e recomendações”, finaliza.

Midea Carrier doa condicionadores de ar para centro de combate à covid-19

A Midea Carrier, líder em equipamentos de climatização e maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, doou 56 aparelhos de ar condicionadores para o novo centro de tratamento de combate à covid-19. A unidade hospitalar está sendo construída em anexo ao Hospital M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, na zona sul da capital paulista.
A prefeitura de São Paulo, em parceria com a Ambev, Gerdau e o Hospital Albert Einstein, anunciaram a construção do novo centro hospitalar que deve criar mais 100 leitos para o tratamento doença respiratória, exclusivamente para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em um espaço erguido em menos de 30 dias.
A entrega do novo centro de tratamento está prevista para o dia 30 de abril. Pelo menos 40 leitos serão entregues nos primeiros 20 dias de construção. Os 56 aparelhos de ar condicionado Springer Midea Inverter doados pela Midea Carrier foram destinados à unidade semi-intensiva e à unidade de terapia intensiva.
“A Midea Carrier está empenhada em colaborar para o combate à doença no Brasil. Com essa doação, esperamos contribuir para o rápido restabelecimento dos pacientes, principalmente, para o controle da temperatura e umidade, ajudando a garantir o conforto da equipe médica e das pessoas internadas, além de minimizar a proliferação de infecções”, afirma Simone Camargo, diretora de marketing da Midea Carrier.

Senai-SP lidera rede de manutenção de ventiladores pulmonares

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo está consertando ventiladores pulmonares e ensinando a técnica a montadoras de automóveis e caminhões, para que elas também possa reparar esses aparelhos essenciais para o tratamento de casos mais graves de covid-19.

O presidente da Fiesp e do Senai-SP, Paulo Skaf, declarou que “nosso objetivo é fazer uma rede de recuperação de respiradores artificiais”. A força tarefa pretende consertar 100% desses equipamentos.

Antes do conserto, os ventiladores pulmonares danificados passam por um processo que inclui uma triagem inicial, desinfecção e, se necessário, quarentena.

Produção de máscaras

O Senai-SP também intensificou a fabricação de máscaras respiratórias. De acordo com a instituição, em três meses a previsão é a de que sejam fabricadas 600 mil máscaras.

O Senai do Ceará (Senai-CE) também está engajado no fornecimento de máscaras protetoras para os profissionais da área de saúde da rede pública estadual, juntamente com a Esmaltec.

O fabricante de freezers e refrigeradores encontrou outra forma de usar sua capacidade industrial em decorrência da pandemia de coronavírus, utilizando sua linha de produção para fabricação de peças para protetores faciais.

Governo de SP libera reabertura de lojas e oficinas de refrigeração

Com base num parecer do Comitê Administrativo Extraordinário da Covid-19 em São Paulo, as lojas e prestadoras de serviços de refrigeração e ar condicionado instaladas no estado podem voltar a reabrir suas portas aos clientes nos próximos dias.

O grupo responsável por tomar as medidas emergenciais durante a pandemia da doença respiratória salientou, em resposta a uma solicitação da Abrava, “que estabelecimentos comerciais de assistência técnica de produtos eletroeletrônicos não estão atingidos pela quarentena” decretada pelo governador João Dória (PSDB).

O comitê esclareceu que as atividades do segmento de refrigeração e ar condicionado  “são congêneres às atividades de assistência técnica de produtos eletroeletrônicos, estando liberadas para funcionamento, observadas as normas sanitárias no contexto da covid-19”.

Do ponto de vista jurídico, “nossa interpretação é de que essa autorização de abertura é válida somente para as empresas associadas à Abrava”, ressalta o presidente executivo da entidade, Arnaldo Basile.

Portas abertas

A unidade de São Paulo da Zeon, localizada na Alameda Glete, voltou a prestar atendimento presencial no balcão hoje (3/4), tomando todos os cuidados necessários, como disponibilização de álcool em gel, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e distanciamento entre as pessoas, de forma a evitar aglomerações nas dependências da loja e prevenir a proliferação do novo agente do coronavírus (Sars-CoV-2).

“Esclarecemos que os pedidos de peças, acessórios, equipamentos e insumos de refrigeração e ar condicionado também podem ser feitos aos nossos vendedores por telefone ou WhatsApp, ou por meio da nossa central de televendas”, diz um comunicado do varejista.

“Dispomos de caminhões, carros e motos para a realização imediata das entregas na Grande São Paulo. As mercadorias compradas remotamente também poderão ser retiradas em nossa loja, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h”, informa o comunicado do comércio.

Em tempos de coronavírus, loja de refrigeração aposta em delivery

A disparada de casos de covid-19 no Brasil tem levado o poder público a impor restrições ao comércio em geral. Assim como a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), a Frigelar entende que os serviços prestados pelo setor são essenciais para o combate à pandemia causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“Hospitais, farmácias, supermercados e outras atividades vitais dependem de empresas e profissionais de refrigeração”, diz um comunicado da rede, destacando que a empresa reconhece e apoia o trabalho dos empreiteiros e técnicos do segmento.

“Pensando na saúde e bem-estar de todos, a Frigelar está preparada para atender seus clientes através de seus telefones e ramais diretos das equipes de vendas”, afirma a empresa.

“Nossas filiais possuem uma estrutura de delivery pronta para que você receba os produtos na sua casa e empresa com todo conforto e segurança”, informa.

“E para mantermos nossos parceiros ativos e cheios de conhecimento, criamos a websérie #FiqueEmSeuLar, apresentando vídeos explicativos, para instruí-lo no mundo da refrigeração e do ar-condicionado. Além disso, estamos mantendo nossos canais de relacionamento à sua disposição para esclarecimento de eventuais dúvidas”, ressalta o comunicado.

Os profissionais do setor podem entrar em contato com a Frigelar por meio dos telefones 4007-2808 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-008-8999 (outras regiões). “Estamos operando com pagamento faturado com prazo de até 60 dias para pagar”, salienta o varejista.

Indústria do frio pede medidas econômicas contra efeitos da covid-19

O agravamento da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), cenário que deve aumentar o número de desempregados no País, levou o Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR) a solicitar ao governo federal a tomada de medidas econômicas, trabalhistas e tributárias específicas para o setor do frio.

Endereçada ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), a carta assinada pelo presidente da entidade, Newton Victor, expõe a preocupação com a presente e futura situação de fabricantes, importadores, distribuidores, mantenedores, projetistas e instaladores.

O conselho procura demonstrar aos dirigentes que o HVAC-R nacional, já achatado por uma carga tributária de 44,8% – 16,7 pontos percentuais acima do total da economia –, certamente contribuirá para elevar ainda mais as perdas do setor, visto que, mesmo antes da covid-19, a competitividade da indústria já estava se deteriorando frente ao mercado internacional.

A carta reforça que, na esfera federal, as contribuições previdenciárias e PIS/Cofins respondem, aproximadamente, por um terço do total de impostos.

Desta forma, a organização pediu ao governo a suspensão imediata do pagamento dos impostos e encargos sociais pela indústria de transformação e seus prestadores de serviços desde já, até por, no mínimo, 180 dias, contados do anúncio oficial do término da pandemia causada pelo coronavírus.

Para os contribuintes optantes pelo lucro real, por apuração anual, foi solicitada a suspensão das estimativas mensais. Neste caso, o montante total seria recolhido quando do ajuste anual, após o término do estado de calamidade pública.

No caso do ICMS, o conselho pediu que haja entendimento do governo federal com os governos estaduais para a prorrogação imediata e até por, no mínimo, 180 dias, contados do anúncio oficial do término da pandemia.

“Nosso pedido tem o objetivo de nos ajudar a enfrentar a atual situação causada pela covid-19 e assegurar milhares de empregos que nossa cadeia produtiva propõe”, salientou Newton Victor.

Assinaram a carta a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração e Ar Condicionado (Anprac), Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos – Ceará (Rede Sindicar), Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Florianópolis (SIMMMEF), Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC), além dos Sindicatos das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar nos Estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Todas essas entidades signatárias representam um mercado que movimenta em torno de R$ 37 bilhões e emprega direta e indiretamente mais de 250 mil pessoas.

Teletrabalho

Modalidade de trabalho que já estava em evolução em todo mundo, o home office está sendo adotado pelas empresas para não parar, mas no caso dos fabricantes, essa facilidade tem mais o perfil de quem atua nas áreas administrativa, comercial e de vendas. No caso de colaboradores do suporte técnico, poderá ser usado para atendimento a clientes a distância.

“O empregador pode pedir ao seu empregado trabalhar em casa, caracterizando, assim, a modalidade do teletrabalho ou home office, sendo aplicadas as regras dos artigos. 75-A e seguintes da CLT. Deverá ser feito um aditamento no contrato com todas as atuais condições, como horário, controle, atividades”, explica a advogada Tânia Gurgel, professora de pós-graduação e sócia da TAF Consultoria Empresarial.

Conselhos de engenheiros e de técnicos publicam decisões conflitantes

Dois anos após a saída dos técnicos industriais da base representativa do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), continua saindo faísca no relacionamento entre a quase centenária entidade e o Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), criado em 2018.

A mais recente rusga entre as duas entidades se deu após o Confea publicar, no Diário Oficial da União de 19 de dezembro do ano passado, a Decisão Normativa nº 114, assinada pelo presidente Joel Krüger, que dispõe sobre a fiscalização das atividades relacionadas a sistemas de refrigeração e de ar-condicionado.

Em resposta ao ato, o CFT publicou, em 11 de março último, a Decisão Normativa nº 1, assinada pelo presidente Wilson Wanderlei Vieira, com texto praticamente igual ao do Confea, diferenciando-se no final do Art. 1º, que aborda a obrigatoriedade de registro no respectivo conselho para toda pessoa jurídica que atue com sistemas de refrigeração e de ar-condicionado.

E no caso do Art. 3° de ambas as decisões normativas, diferencia-se este trecho por estabelecer a sujeição de qualquer contrato, escrito ou verbal, à emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para engenheiros e ao Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) para técnicos industriais.

“Esta Decisão Normativa do CFT é fundamental para o a nossa categoria, porque foi emitida para se contrapor à decisão semelhante do Confea, que certamente prejudicaria os técnicos”, explica o professor Alexandre Fernandes Santos, diretor de fiscalização e normas do Conselho Regional dos Técnicos Industriais da Quarta Região (CRT-04 – Paraná e Santa Catarina).