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Danfoss busca neutralidade de CO₂ até 2030

O Grupo Danfoss reduziu consideravelmente sua intensidade energética global nos últimos anos. Atualmente, atividades adicionais são iniciadas para reduzir ainda mais o consumo de energia e fazer a transição para energia renovável da demanda restante em todas as operações da Danfoss. Além disso, a empresa compromete-se a mudar sua frota de carros para se tornar elétrica até 2030. Essas são as iniciativas para se tornar neutra em CO2 em todas as operações globais o mais tardar em 2030. A multinacional atualizará continuamente os planos para permanecer alinhados com a ciência.

Para enfatizar ainda mais seu compromisso em combater o aquecimento global, a Danfoss está participando da campanha do Pacto Global da ONU “Business Ambition for 1.5°C – Our Only Future” e se compromete a estabelecer metas baseadas na ciência. A Danfoss se une ao movimento global de empresas líderes, alinhando seus negócios com o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris, para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

“O foco em eficiência energética, acoplamento setorial e eletrificação são as principais etapas para um futuro sustentável. Esse é o núcleo do nosso negócio e as soluções que oferecemos aos nossos clientes. A descarbonização de nossos negócios, por exemplo, usando energia excedente do nosso calor de processo na produção e nos datacenters, são etapas naturais. Impulsionar a eletrificação e integrar as energias renováveis é como tomamos as medidas climáticas e atingimos nossas metas. Estamos bem encaminhados e continuaremos avançando para mostrar que o crescimento verde é realmente possível”, diz Kim Fausing, Presidente e CEO do Grupo Danfoss.

A Danfoss está trabalhando em planos detalhados sobre como atingir as metas, incluindo como equilibrar o potencial impacto de CO2, termos comerciais e considerações de footprint de fábrica a longo prazo. A abordagem geral é a “eficiência energética em primeiro lugar”, que também suporta uma alta parcela de fontes renováveis. Menos energia verde necessária significa que são necessários menos investimentos em extensão da rede, armazenamento de energia, capacidades de backup e importações de energia. Por fim, a eletrificação, alimentada por fontes renováveis, é uma ferramenta que permitirá à Danfoss descarbonizar o negócio.

“Sustentabilidade é um bom negócio para nossos clientes, ao planeta e às pessoas. Como empresa líder, provamos que é possível cumprir metas climáticas ambiciosas descarbonizando nosso próprio negócio e fornecendo as soluções necessárias para dissociar o crescimento econômico do consumo de energia, reduzindo a energia necessária em primeiro lugar”, finaliza Kim Fausing.

Coronavírus reduz número de visitantes da EuroShop 2020

Os organizadores da EuroShop, feira trienal de soluções para o varejo promovida entre 16 e 20 de fevereiro em Düsseldorf, na Alemanha, culparam o novo coronavírus (Covid-19) pela redução de 17% no número de vistantes da última edição da mostra.

A feira deste ano atraiu 94 mil visitantes, uma queda significativa em relação à participação recorde de mais de 113 mil pessoas registrada em 2017.

Apesar disso, os organizadores dizem que os expositores ficaram satisfeitos com o evento, especialmente por causa da alta participação internacional.

Segundo a organização, 70% do público da EuroShop 2020 viajou para Düsseldorf do exterior. Grandes delegações do Brasil, Austrália e Nova Zelândia visitaram a exposição, informaram os organizadores, salientando que os 2,3 mil expositores de 57 países – incluindo Embraco, LG, Carrier e Carel – atraíram visitantes de um total de 142 países.

Emerson demitirá 2,9 mil funcionários

A Emerson anunciou que não vai desmembrar seus negócios de automação industrial e de ar condicionado para criar duas empresas distintas.

Em vez disso, a companhia implementará um plano de corte de custos de US$ 425 milhões, o que resultará na demissão de 2,9 mil funcionários e fechamento de 145 instalações.

A decisão foi tomada após uma revisão abrangente das operações da multinacional norte-americana feita no ano passado, quando o crescimento da sua receita começou a estagnar.

Diante dessa situação, um de seus acionistas, a empresa de fundos de hedge D E Shaw & Co, começou a atuar para que houvesse o desmembramento de seus negócios de automação industrial e de tecnologia climática. Essa última área fabrica os compressores Copeland e os controles Alco para o mercado de refrigeração e ar condicionado.

Durante uma apresentação para investidores em Nova York, o CEO da Emerson, David Farr, disse que, além das demissões, outros mil funcionários poderão ser remanejados.

A influência das redes sociais no setor do frio

Embora tenha trabalhado como mecânico de máquinas operatrizes, foi no HVAC-R que o gaúcho Deivi Teixeira Homem encontrou seu verdadeiro caminho profissional, onde vislumbrou as oportunidades deste mercado quando ainda atuava segundo as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Na nossa região, havia uma grande necessidade de um serviço com atendimento eficiente, cumprindo todas as exigências técnicas, de saúde e segurança, e que fugisse dos valores cobrados por empresas de refrigeração contratadas pelas companhias de engenharia”, lembra.

Formado técnico em mecânica em 2003 pela Escola Técnica Estadual Parobé, em Porto Alegre (RS), o profissional definitivamente entrou no mercado de refrigeração e climatização a partir de 2013, quando viu a chance de se capacitar em cursos de instalação de split e de refrigeração comercial e industrial, promovidos pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), em Porto Alegre.

“Nunca parei de estudar, sempre estou me capacitando”, orgulha-se Deivi, lembrando dos cursos que fez na Escola Senai Oscar Rodrigues Alves (refrigeração comercial no laboratório da Elgin); no Senai Visconde de Mauá, em Porto Alegre (refrigeração comercial aplicada Danfoss); na Bitzer, em Cotia (refrigeração comercial avançada); na Academia da LG, em Porto Alegre (VRF); e na Academia LG, em São Paulo (capacitação VIP).

Também em 2013 fundou em Viamão, região metropolitana da capital gaúcha, a Viatec Service, empresa focada em indústrias metalúrgicas, prestando principalmente serviços de instalação, reparo e manutenção de resfriadores de painel de comandos elétricos, resfriadores de água para processos industriais, climatização e aquecedores de piscina por halogenados tipo bombas de calor, entre outros.

“Um dos nossos primeiros grandes clientes foi a Associação Cristã de Moços, entidade com a qual firmamos contrato de suporte técnico para as bombas de calor que fazem o aquecimento de suas piscinas, processo também muito utilizado na Europa e América do Norte”, explica.

Segundo ele, o sucesso neste nicho de mercado foi essencial para que, no ano passado, fechasse uma grande parceria com a LG, quando montou toda a linha de climatização da Casacor Porto Alegre. Logo em seguida, alinhavou contratos com vários escritórios de arquitetura do Rio Grande do Sul.

Para 2020, o empresário salienta que a expectativa geral do mercado do frio é de pleno crescimento, com o aquecimento da economia. “O Brasil vem despontando como um alvo de investimentos e, definitivamente, nada mais funciona sem controle de temperatura, seja para conforto térmico, seja para processos empresariais e industriais”, analisa.

Grupo Refrigeração

Criado no Facebook com o objetivo de ser um grande fórum para a troca de conhecimento e networking dos profissionais do HVAC-R e da linha branca, o grupo Refrigeração é um sucesso. Não somente por já ter ultrapassado 53 mil membros, mas por estimular o debate de ideias.

“Este foi o primeiro grupo técnico no Facebook focado na cadeia do frio, servindo de inspiração para o surgimento de quase todos os demais grupos. A maioria dos criadores fazia parte do nosso, ou ainda faz, mas decidiu por divergir das nossas ideias, entre as quais não vender anúncios, aceitar todos os perfis de usuários na plataforma – técnicos, mecânicos, instaladores, hobbystas, clientes – e iniciou grupos com suas próprias regras”, conta.

A força do grupo Refrigeração é tamanha que, em 2015, membros começaram a se reunir na Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar (Febrava), com camisetas personalizadas.

A exposição chamou a atenção de algumas empresas. Na edição seguinte da feira, em 2017, a Full Gauge Controls saiu na frente e ofereceu 200 camisetas ao grupo. A campanha levou mais de 100 membros a se reunir diariamente em frente ao estande da companhia. No ano passado, a mesma ação, dessa vez com uma camiseta dividida entre a Full Gauge e a alemã Bitzer, levou o dobro de pessoas a se encontrar em frente aos estandes.

Ainda que atue dando suporte ao grupo de profissionais no Facebook, Deivi, hoje aos 42 anos de idade, se recusa a ser chamado de “influenciador”, pois não se vê como tal.

“Costumo expressar minhas opiniões em algumas situações peculiares. Evito, mas acabo me posicionando. Procuro não falar mal de produtos que não gosto, mas não divulgo algo em que não acredito. Critico muito em particular quando produtos de parceiros estão tendo problemas, sugerindo melhorias”, salienta.

A influência do grupo Refrigeração ganhou ainda mais força nos últimos anos, quando empresas do porte de Armacell, Eluma e Mastercool, além das já citadas LG, Full Gauge e Bitzer, passaram a acompanhar e ouvir as demandas postadas pelos profissionais.

A exposição nas redes sociais se consolidou a tal ponto que recentemente Deivi viajou aos Estados Unidos a convite da Full Gauge Controls, onde participou da International Air-Conditioning, Heating, Refrigerating Exposition (AHR Expo) maior evento do HVAC-R mundial, realizado entre os dias 3 e 5 de fevereiro em Orlando, Flórida.

“Até há alguns anos essas empresas eram quase inacessíveis, mas hoje estão escutando mais os técnicos, e acabo sendo uma espécie de porta-voz, sem a intenção de influenciar a opinião de qualquer um dos membros do grupo”, celebra o também fundador do canal HVAC Tools, que hoje tem 6 mil inscritos no YouTube.

Retomada do consumo reaquece varejo

O otimismo do varejo alimentar voltou a contagiar a indústria de refrigeração comercial, que espera aumento no volume de negócios envolvendo soluções inteligentes, em função, principalmente, da demanda por sistemas mais eficientes e capazes de serem monitorados remotamente.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os rumos tomados pela economia no ano passado têm proporcionado melhores resultados neste verão, estação que, aliás, é a principal sazonalidade do segmento.

“Esse movimento maior é reflexo do desempenho do varejo em 2019, que foi o melhor ano para o setor desde 2014, porque não registramos nenhum número negativo”, diz o presidente da entidade, João Sanzovo Neto.

“A recuperação do setor tem acontecido de forma gradual e começou a ser sentida mais no segundo semestre, com melhora do nível de emprego, aumento da confiança de empresários e consumidores e reação positiva da indústria”, ressalta.

Para ele, “o governo federal tem mantido a tendência liberal e cumprido a promessa de preparar o Brasil para ser um país mais empreendedor”, uma vez que “conseguiu aprovar demandas de incentivo ao empresariado, como a MP 881, da Liberdade Econômica, que irá simplificar e desburocratizar as negociações, e a MP 905, do Programa Verde e Amarelo, de estimulo à criação de emprego”.

“Avançamos nas reformas estruturais, principalmente com a aprovação da esperada Nova Previdência, que irá diminuir o crescente deficit fiscal que tanto tem impedido o desenvolvimento do Brasil. Além disso, as reformas tributária e administrativa já estão sendo debatidas no Congresso.”

Enfim, a sensação dos supermercadistas é de que “entramos em 2020 com o pé direito”. Dessa forma, todos os fabricantes, fornecedores e empreiteiros que atuam no segmento devem estar preparados para atender a novos pedidos, conforme avaliam os players do HVAC-R consultados pela Revista do Frio.

 

Tendências

Como sempre, consumo em alta nos supermercados favorece os investimentos em novas lojas ou em modernização de estabelecimentos existentes, o que, consequentemente, impulsiona o mercado de refrigeração comercial.

“Atualmente, o varejo brasileiro está segmentado em duas frentes: uma é a dos atacarejos, na qual cada vez lojas maiores são vistas, e as câmaras frias adentram o espaço do consumidor disfarçadas de walk-in-coller e step-in, entre outros nomes comerciais utilizados. Nessas lojas, temos quase sempre sistemas grandes com dióxido de carbono (CO2) e glicol”, explica o diretor comercial da Girelli Refrigeração, Edson Girelli.

“Na outra frente ocorre justamente o oposto, ou seja, temos as lojas menores, estabelecimentos em que o uso de unidades condensadoras individuais, pequenas câmaras frigoríficas e expositores com máquinas acopladas são a melhor opção, principalmente em regiões frias do País”, acrescenta.

“Os grandes supermercados vêm aumentando, cada vez mais, a utilização de equipamentos de refrigeração com fluido refrigerante secundário por meio da aplicação de chillers compactos ou não”, revela o gerente de desenvolvimento da Eletrofrio, Rogério Marson.

“As instalações que utilizam glicol trazem vantagens como simplicidade da instalação e baixa carga de gás, o que muito agrada aos supermercadistas. No último ano, mais de 60% dos supermercados novos montados no Brasil tinham o glicol como solução de sistema de refrigeração”, completa.

Assim como outros setores da economia, os supermercados, independentemente do seu porte, têm primado por investimentos em tecnologias que otimizam o consumo de energia elétrica, como compressores de velocidade variável, equipamentos que chegam a consumir até 35% menos eletricidade que os modelos de velocidade fixa.

O cenário também estimula a adoção de portas transparentes nos expositores frigoríficos, isolamento térmico das tubulações, controle inteligente de degelo, iluminação com lâmpadas de LED, utilização de válvula de expansão eletrônica, uso de fluidos refrigerantes de melhor performance e atualização de motores e ventiladores, entre outras tecnologias.

“Vemos forte a tendência de automação e controle do processo de refrigeração, além da refrigeração sob demanda,

Automação e
controle ditam
tendências no
segmento de
refrigeração
comercial, avalia
Eládio Pereira, da
Danfoss

com a variação de velocidade dos compressores para produção de frio de acordo com a capacidade exigida em cada momento da instalação”, confirma o gerente de desenvolvimento de negócios da Danfoss, Eládio Pereira.

Durante o funcionamento dos sistemas de refrigeração, “há uma variação grande da carga térmica quando levamos em conta a carga máxima projetada. Estima-se que entre 2% e 5% do tempo em um ano as instalações frigoríficas trabalhem na sua carga máxima; no restante do tempo, elas operam em cargas parciais”, explica.

No campo da automação, a Internet das Coisas (IoT) hoje dá as cartas. “Cada vez mais, controladores e sistemas de automação que trabalham com base em dados de comportamento de cada instalação são empregados. Trazem, assim, inúmeras possibilidades de controles, previsibilidade e melhorias de processo que resultam em eficiência em todos os sentidos”, afirma.

Segundo o gestor, outra tendência forte no segmento de refrigeração comercial é o uso de trocadores de calor de microcanal, que trazem maior robustez aos equipamentos, usam menor quantidade de fluido refrigerante e também são mais eficientes.

“Progressivamente, o varejo brasileiro adquire mais conhecimento das vantagens dessas novas tecnologias e vem solicitando aos fabricantes o uso de tais recursos para melhorar sua eficiência e reduzir os custos em suas operações”, ressalta.

De acordo com o diretor executivo da Mipal, Cláudio Palma, nem sempre a adoção de uma nova tecnologia mais eficiente está atrelada a um custo maior, “porém, o quesito eficiência foi deixado de lado durante a fase mais aguda da crise econômica, quando várias instalações foram feitas com produtos de segunda linha”.

“Agora, no cenário pós-crise e com a retomada do crescimento da economia, os profissionais do setor, como os instaladores e mecânicos que primam por um trabalho bem-feito, seguro e confiável, têm nova oportunidade de priorizar as tecnologias que fornecem resultados operacionais mais satisfatórios e, simultaneamente, melhoram a qualidade de seus trabalhos.”

“Por isso, motoventiladores eletrônicos voltam à tendência no mercado de refrigeração comercial, devido a fatores como durabilidade maior, qualidade e consumo operacional menor”, salienta.

 

Tecnologias para lojas menores

O mercado brasileiro de refrigeração comercial tem se direcionado bastante para aplicações localizadas (self-contained), que podem ser instaladas diretamente nos refrigeradores, sem necessidade de construção de casa de máquina e dezenas de metros de tubulações de cobre.

“As arquiteturas de sistema descentralizadas aplicam menor carga de refrigerante, com menos tubulação, o que significa menor risco de vazamentos e potencial para aplicar refrigerantes inflamáveis (A3) e levemente inflamáveis (A2L)”, destaca o gerente técnico da Emerson, Danilo Gualbino.

Essa tendência – de sistema completo de refrigeração – acompanha a inclinação do varejo para lojas pequenas, com restrição de espaço. “Com sistemas self-contained, além de contribuir para a economia de energia, é possível facilitar a instalação e a manutenção”, diz o gerente sênior de vendas para distribuição e pós-venda da Embraco, Lucas Santos Sell.

“E com compressores individuais instalados nas aplicações, a falha de um deles não impacta outros equipamentos, diminuindo o risco de perda generalizada da carga na aplicação. Além disso, o técnico pode utilizar uma solução substituta enquanto realiza a manutenção no equipamento”, lembra.

“Produtos como nosso Plug n’ Cool respondem a tais necessidades. No caso de câmaras frias, o mercado espera por produtos que estejam preparados para resistir ao clima brasileiro, por ficarem diretamente expostos ao ambiente. Para essa necessidade, temos a condensadora Falcon, lançada no último ano”, acrescenta.

Fabricantes
controladores já
notaram a
tendência de
descentralização
no varejo, diz
Flávio Conceição,
da Coel

Fabricantes de controladores também já notaram a tendência de descentralização dos sistemas de refrigeração no varejo. “Isso pode ser atribuído à redução dos custos iniciais, facilidade de manutenção e maior eficiência dos equipamentos modernos”, avalia o engenheiro de vendas da linha de refrigeração da Coel, Flávio Conceição.

Recentemente, a empresa lançou a linha nanoPAC NP4 Chiller para chillers compactos. Totalmente preparados para a era da Indústria 4.0, “esses controladores controlam todo o processo de refrigeração e podem ser monitorados pela internet. Isso garante que desvios no processo sejam rapidamente detectados e corrigidos”.

 

Retrofits de sucesso

Recentemente, a Embraco teve ótimos resultados em um cliente, ao substituir um compressor de velocidade fixa por um de velocidade variável. Segundo a empresa, o produto FMFT411U foi instalado em um expositor de bebidas de uma loja de conveniência.

Com a troca, o equipamento teve um ganho de mais de 20% no consumo total de energia e redução de quatro horas no pull-down (tempo para atingir a temperatura ideal para consumo).

“Além disso, outra vantagem dos compressores de velocidade variável é a versatilidade, uma vez que eles podem substituir vários tamanhos de compressores de velocidade fixa, além de serem bi-volt e bi-frequência”, diz o gerente sênior de vendas para refrigeração comercial da empresa, Sander Socrepa Malutta.

Com a adoção de soluções propostas pela Danfoss, WM Engenharia e Perfil Refrigeração, a modernização das instalações frigoríficas de uma unidade do Compre Bem – bandeira do GPA para operar com o formato regional e em contato mais próximo de seus consumidores – reduziu o consumo de energia em torno de 15%.

A retromontagem consistiu na mudança do layout e na troca dos expositores e forçadores de ar das câmaras de resfriados, preparo e congelados. Com consultoria da WM Engenharia, a atualização tecnológica dos equipamentos de frio alimentar ficou a cargo da Perfil Refrigeração.

“Como o cliente estava procurando eficiência energética com um custo competitivo e gastos de manutenção otimizados, foi proposta a utilização de um chiller para média temperatura operando com R-410A e glicol”, explica o diretor geral da Perfil Refrigeração, José Leite Neto.

A Danfoss equipou o chiller com um compressor scroll Inverter VZH como mestre e mais três compressores SH como escravos. “Nessa modalidade de chiller de média temperatura, temos um baixo consumo de energia em função dos compressores Inverter e de toda eletrônica embarcada no sistema”, diz Neto.

O executivo informa que no rack de baixa temperatura foram utilizados compressores scroll LLZ dotados de conversor de frequência VLT HVAC Basic Drive FC 101, sendo um mestre com inversor de frequência e dois satélites sem variação de velocidade.

“Para esse sistema, optamos por expansão direta com o fluido R-404A. Para controle de temperatura e pressões do sistema, novamente adotamos as válvulas eletrônicas da Danfoss para o controle e o monitoramento de todo o sistema.”

 

Reduzindo emissões de CO2

O mercado brasileiro ainda possui um enorme parque instalado operando com fluidos refrigerantes à base de hidroclorofluorcarbono (HCFC), substância nociva à camada de ozônio.

Estima-se que mais de 40% dos sistemas de refrigeração comercial ainda operem com o R-22. Sistemas novos já estão saindo de fábrica com hidrofluorcarbonos (HFCs), como o R-404A e o R-134a, gases que aquecem o planeta. Hidrocarbonetos (HCs), como o R-290, têm sido adotados em sistemas de pequeno porte com limitações de carga, devido à inflamabilidade. E há um volume menor e proporcionalmente ainda insignificante de sistemas à base de CO2.

Particularmente, a modernização de equipamentos por meio da adoção de um fluido mais ecológico apresenta várias vantagens, tais como economia de energia, redução de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa e custo menor em relação à compra e à instalação de novos sistemas, além do menor tempo de inatividade do estabelecimento requerido pelo retrofit, segundo o vice-presidente de regulamentação e pesquisa do Instituto de Ar Condicionado, Aquecimento e Refrigeração dos EUA (AHRI), Karim Amrane.

“Talvez a maneira mais rápida e econômica de reduzir as emissões totais de carbono desses equipamentos seja a conversão dos sistemas existentes com R-404A e R-22 para operação com refrigerantes alternativos de baixo potencial de aquecimento global [GWP, em inglês]”, escreve o especialista num artigo publicado recentemente no site do Fórum Global de Tecnologias Climáticas Avançadas (GlobalFACT).

“Tais substituições podem reduzir as emissões diretas de carbono em cerca de 70% e também reduzir o consumo de energia em cerca de 10%”, afirma Amrane, salientando que vários compostos halogenados de menor impacto ambiental foram desenvolvidos nos últimos anos para retrofits em supermercados, incluindo HFCs e misturas entre HFCs e hidrofluorolefinas (HFOs).

“Outros refrigerantes de baixo GWP, como o CO2, a amônia ou os HCs, não são adequados para a atualização de equipamentos existentes, devido a problemas de alta pressão, compatibilidade de material, toxicidade ou inflamabilidade”, lembra.

Segundo o gerente de desenvolvimento e marketing da Chemours na América Latina, Arthur Ngai, sistemas de refrigeração com CO2 têm performance e consumo energético bastante limitados e requerem altos investimentos, exigindo a troca de todo o sistema, além de um período maior para configuração e instalação.

“Sabemos que a competitividade do setor varejista depende muito da redução de custos operacionais e da produtividade do capital investido, e hoje já existem soluções no mercado que permitem melhor eficiência energética com rápido retorno sobre o investimento, sem deixar de lado a importância da sustentabilidade e menor impacto ambiental”, ressalta.

 

Frigelar inaugura mais uma loja em Santa Catarina

A Frigelar inaugurou sua segunda unidade em Santa Catarina. Localizada em Itajaí, a loja oferece aos clientes da região uma gama completa de equipamentos, peças, acessórios e insumos para instalação e manutenção de sistemas de refrigeração e ar condicionado.

Com uma trajetória de mais de 50 anos no mercado brasileiro, a nova loja do grupo pretende ampliar sua atuação e atingir novo público no litoral norte estado sulista, trazendo variedade, agilidade, bom atendimento, grande estoque e preço acessível.

A nova loja da Frigelar em Santa Catarina fica na rua Heitor Liberato, 2.031, no centro de Itajaí.

Sindratar-SP inicia comemorações dos 50 anos

No dia 4 de dezembro o Sindratar-SP celebrará os 50 anos de fundação da Entidade. Em comemoração o Sindicato oferecerá novos produtos e serviços para seus associados, além de promover diversos eventos exclusivos.

Os eventos terão início a partir de março, com mais uma edição do “Agora é que são elas”. No total serão oito eventos, sendo um deles um Hackathon e uma Rodada de Negócios, além de palestras técnicas.

Toda a programação foi apresentada aos diretores em um jantar, no último dia 10 de fevereiro. Na oportunidade todos receberam um brinde elaborado exclusivamente para comemorar os 50 anos, criado pelo artista plástico Cildo Oliveira.

Para o presidente do Sindratar-SP, Carlos Eduardo Trombini, a data é uma marca histórica, que merece ser celebrada. “Vamos reunir todos os ex-presidentes, pois a longevidade do Sindicato é retrato do trabalho conjunto de todos aqueles que passaram por aqui.”

Parceria entre Embraco e Fricon estabelece um novo patamar em eficiência energética

Dos dias 16 a 20 de fevereiro, na EuroShop (Dusseldorf, Alemanha), a maior feira de retail do mundo, as soluções Embraco serão o coração da nova linha de aplicações para refrigeração comercial da Fricon.

Por meio dessa parceria foi possível criar produtos que reduzem em até 55% o consumo energético quando comparados com sistemas similares. A Embraco, agora parte da Nidec Global Appliance, é uma das maiores especialistas em refrigeração do mundo, e forneceu à Fricon, indústria para refrigeração de alimentos e bebidas, soluções inovadoras com as tecnologias inverter (velocidade variável) e bivolt.

As aplicações, codesenvolvidas com a Fricon, incluem um freezer horizontal, para produtos congelados, e um display vertical para refrigeração de cervejas e energéticos. As soluções usam o compressor FMF, que apresenta os benefícios do inverter e da tecnologia bivolt e os combina com o refrigerante natural R290 (propano), fazendo com que ele seja não apenas sustentável, mas também o compressor comercial mais eficiente do mercado.

Segundo a empresa, a tecnologia Bivolt permite que o compressor trabalhe com uma maior amplitude de tensão, o dobro de um modelo convencional, o que significa que esses produtos podem ser usados praticamente em qualquer lugar do mundo sem a necessidade de adaptações. Tal tecnologia também garante que a aplicação seguirá funcionando mesmo com picos de tensão e linhas de energia instáveis.

Em paralelo, a tecnologia inverter (velocidade variável) faz com que o compressor controle sua velocidade de funcionamento: reduz quando a temperatura ideal é alcançada e aumenta quando há necessidade de mais frio. Ela apresenta um melhor controle de temperatura, menor ruído, e aumento da eficiência energética, reduzindo em até 40% o consumo em comparação com o compressor de velocidade fixa tradicional. Isso porque compressores convencionais desligam quando a temperatura ideal é atingida e ligam novamente quando é necessário mais frio – o que requer alta quantidade de energia.

O uso do refrigerante natural R290 também ajuda na redução do consumo, trazendo outros 15% de economia e fazendo a redução total atingir até 55%. Ele traz ainda ganhos expressivos à sustentabilidade da aplicação, uma vez que o R290 não prejudica a camada de ozônio e tem um valor muito baixo de GWP (potencial de aquecimento global).

HVAC-R lamenta morte de organizador da Febrava

A indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (HVAC-R) deu adeus hoje (12) a Nelson Baptista, presidente da comissão organizadora da Febrava e coordenador dos departamentos nacionais da Abrava.

Após árdua luta contra um câncer nos últimos dois anos, o executivo faleceu nesta madrugada na capital paulista. Seu corpo foi cremado hoje no Cemitério da Vila Alpina.

Mesmo enfrentando esse grave problema de saúde, Baptista não deixou de participar ativamente da organização da principal mostra do HVAC-R latino-americano, promovida em setembro, em São Paulo.

Ao longo de sua carreira na indústria, trabalhou em importantes empresas do segmento, como Coldex, Carrier, Servitec e York.

Em nota, a Abrava salientou que ele “não poupou esforços para o fortalecimento e engrandecimento” da entidade máxima do HVAC-R brasileiro.

“Sua perda é irreparável. Nosso setor perdeu um dos seus mais brilhantes interlocutores”, disse o presidente executivo da Abrava, Arnaldo Basile.

Para Basile, Baptista “foi um exemplo de dedicação, profissionalismo e comprometimento com tudo o que realizou em sua carreira”.

Também consternado com a perda do colega, o presidente do conselho de administração da Abrava, Pedro Evangelinos, declarou que “Nelson foi um grande amigo, um exemplo de homem de entidade de classe, que coloca em primeiro lugar os interesses do setor e de seus associados antes de seu interesse pessoal”.

“Ele era um lutador, batalhador e otimista. Enfim, ele deixa para nós boas memórias e excelentes exemplos”, afirmou.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), Carlos Trombini, Nelson Baptista era um “grande amigo, dono de uma motivação enorme para os trabalhos associativos, incansável na busca da conciliação”.

“Ele detestava intrigas e trabalhava sempre para que o mercado se unisse e encontrasse os melhores caminhos para o crescimento. Deixará saudade”, disse.

Danfoss promove treinamento de refrigeração exclusivo para mulheres

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais que a masculina. A tendência é resultado das mudanças culturais, da conquista de direitos e de um maior investimento em educação. Como resultado, as mulheres vêm se tornando mão de obra mais qualificada.

Um dos segmentos fortemente dominados por homens que tem notado a presença cada vez maior de técnicas mulheres é o de refrigeração e climatização. Ciente da importância de incentivar e valorizar a presença feminina no mundo do HVAC-R, a Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu relatos de profissionais da área contando sobre sua experiência no segmento no livreto “As mulheres na indústria de refrigeração e ar condicionado: experiências e realizações pessoais”.

A obra traz histórias de 108 mulheres de 50 países que trabalham na indústria de HVAC-R, entre elas cinco são brasileiras: Carmosinda Santos, Natália Borges, Gabriela Giacomini, Jossineide Oliveira e Leylla Lisboa. Ações como essa têm o objetivo de não apenas aumentar a participação das mulheres no HVAC-R, mas também de conscientizar o direito da mulher de estar presente em todos os setores do mercado de trabalho.

Nesse movimento do segmento de climatização e refrigeração para valorizar a mulher refrigerista está a Danfoss, que dedicará seu treinamento de refrigeração aplicada de março às mulheres que estão mudando o mercado no País. As refrigeristas terão a oportunidade de fazer gratuitamente o aclamado treinamento da Danfoss, que promove conhecimento teórico e prático sobre a área de refrigeração aplicada, formando, reciclando e certificando profissionais.

“Apesar de não termos estatísticas que identifiquem a presença de mulheres refrigeristas no mercado brasileiro, é visível que temos muito mercado de trabalho a ser conquistado. A Danfoss tem uma força feminina muito forte globalmente e enxerga na qualificação da mão de obra o caminho para ter cada vez mais mulheres atuantes no mercado de climatização e refrigeração. Por isso, reuniremos as refrigeristas para participarem gratuitamente de nosso treinamento”, destaca Paula Regina Faria de Souza, gerente de comunicação e marketing da Danfoss para a América Latina.