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Metalúrgica paulista comemora bons resultados no ramo de suportes

A diretora administrativa da TSantos, Ana Miriam Tozzi, e o diretor-geral da empresa, Maurício Pereira | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

A metalúrgica paulista TSantos está celebrando resultados positivos no setor de suportes para instalação de sistemas de ar condicionado. Com uma capacidade produtiva de 40 mil peças por mês, a fábrica, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo, relata um “salto expressivo” no mercado de climatização e sua diretoria informa estar “muito otimista” em relação ao potencial de crescimento das vendas para o atacado e varejo neste e nos próximos anos.

Embora opere há apenas dois anos no segmento de manufatura de mão francesa para fixação de splits, a TSantos tem cinco anos de experiência no ramo. Inicialmente, a indústria prestava serviços de pintura eletrostática para outros fabricantes, “mas agora estamos 100% focados na fabricação de produtos da nossa própria marca”, conforme salienta seu diretor-geral, Maurício Pereira.

“Acreditamos que estamos no caminho certo para o sucesso e esperamos o interesse de mais compradores. Enquanto isso, continuaremos a nos envolver cada vez mais com nossos fornecedores e clientes, sempre com o apoio fundamental da nossa equipe e dos nossos parceiros”, diz.

“Com a expansão expressiva que registramos nos últimos 24 meses, a TSantos se posiciona como uma indústria promissora no mercado de suportes para ar-condicionado e espera continuar mantendo ou superando o atual ritmo de crescimento nos próximos anos”, acrescenta.

A razão de tanto otimismo, prossegue a diretora administrativa da fábrica, Ana Miriam Tozzi, é simples: “Oferecemos aos instaladores uma ampla gama de opções para atender às suas necessidades específicas, de 400 mm a 900 mm. Ademais, contamos com uma equipe altamente qualificada e experiente, capaz de produzir suportes com acabamento de alta qualidade, durabilidade e resistência”.

“Nossa empresa também é reconhecida por sua dedicação em fornecer aos clientes um excelente atendimento. Nossa equipe está sempre pronta para ajudar a identificar as necessidades de cada cliente e fornecer soluções específicas para atender às suas demandas”, explica a executiva.

Ziehl-Abegg inicia construção de nova fábrica nos EUA

A Ziehl-Abegg, fabricante alemã de sistemas de ventilação, comemorou no último dia 08/02/2023, um marco importante em sua história de sucesso na América do Norte – dando início às obras de sua nova fábrica nos Estados Unidos.

A empresa informa que está investindo mais de US$ 100 milhões no novo estabelecimento, e se orgulha do fato que não estarão apenas investindo em prédios e máquina.  Junto com a nova fábrica, está previsto a expansão de sua força de trabalho através de 600 novos empregos que serão criados nos próximos anos, continuando o excelente crescimento da ZIEHL-ABEGG na América do Norte.

A partir de 2024, serão produzidos motores ECblue de alto desempenho, inovadores e energeticamente eficientes nesta nova fábrica. Esta instalação de última geração incluirá um armazém de prateleiras altas, um moderno edifício de escritórios e um centro de pesquisas e desenvolvimento inovador com laboratório.

A Ziehl-Abegg tem uma força de trabalho global de mais de 5.000 pessoas espalhadas entre 16 plantas de produção, 29 empresas e 113 locais de vendas. Os produtos, aproximadamente 30.000 ao todo, são vendidos em mais de 100 países. Sua unidade no Brasil é localizada em Cajamar, SP, e abriga o escritório central da empresa para os negócios na América do Sul, salas de treinamento, showroom, área de serviços, além de fábrica com capacidade para manutenção, montagem, balanceamento e fabricação de ventiladores axiais e centrífugos.

Da esquerda para a direita: Thomas Brommer (vice-presidente de vendas globais), Jimmy Mitchell (vice-presidente de operações, ZA EUA), Dr. Marc Wucherer (CEO do grupo ZA), Joachim Ley (diretor de operações, ZA grupo) e Mirco Herrmann (MD/presidente, ZA EUA).

Mecalor investe na triplicação da fábrica em São Paulo

A Mecalor anunciou um investimento de R$ 25 milhões na triplicação de sua fábrica na cidade de São Paulo, com a geração de 100 empregos diretos e mais 500 indiretos. O projeto de expansão contou com assessoria da InvestSP, a agência de promoção de investimentos do Governo do Estado, e a expectativa da empresa é que ele abra caminho para a produção de novas linhas de produtos desenvolvidas em 2022, além de ajudar a atender à crescente demanda de exportação, principalmente para a América Latina, e aos novos pedidos da filial do México.

A empresa desenvolve soluções para indústrias do Brasil e outros países das Américas, principalmente nos segmentos plástico, hospitalar, alimentício, farmacêutico e automotivo, além de possuir uma divisão de negócios exclusiva para o mercado de ar-condicionado, atendido pela marca Klimatix.

Com o investimento, a Mecalor avalia que, agora, está preparada para atender às metas estratégicas de crescimento e diversificação até 2030.

“A nova linha de produção que implementamos em nossa unidade do Parque Novo Mundo, em São Paulo, faz parte de um planejamento de longo prazo, estamos olhando para daqui 10 anos. Desta fábrica sairão novas famílias de produtos, projetadas para atender às necessidades atuais e futuras do mercado”, diz o CEO da Mecalor, János Szegö.

AHR Expo recebe empresas e profissionais brasileiros nos EUA

Refrigeristas do Brasil no estande da Chemours na AHR Expo 2023 | Foto: Divulgação

As principais indústrias do mercado global de climatização e refrigeração estão apresentando nesta semana as últimas novidades do setor na AHR Expo 2023, feira que começou ontem (6) e prossegue até amanhã (8) em Atlanta, EUA.

Entre as soluções em destaque na mostra, estão tecnologias para a qualidade do ar interno, produtos para automação residencial e comercial, compressores, bombas de calor, sistemas de ar condicionado com fluxo de refrigerante variável (VRF), multi-splits, chillers e fluidos refrigerantes à base de hidrofluorolefinas (HFOs).

“Nos últimos anos, o HVAC-R conquistou um público mais amplo, fora do leque de negócios setor. É revigorante perceber a compreensão do valor que nossa indústria traz ao mundo em praticamente todos os aspectos da vida diária. Nesse sentido, nossos expositores são desafiados a inovar e se adaptar continuamente, à medida que o ambiente construído ao nosso redor evolui”, diz o gerente da feira, Mark Stevens.

Diversas empresas brasileiras também estão entre os expositores, entre as quais Elitech, Termomecanica, Sicflux, Frigoking, Full Gauge Controls e Mecalor. Profissionais brasileiros do setor também estão participando do evento.

“Consideramos muito importante visitar uma feira como a AHR Expo, pois aqui temos a oportunidade de ver as inovações e os avanços tecnológicos que impactam diretamente nosso setor, tudo em um só lugar”, avalia o técnico em mecânica gaúcho Deivi Homem, um dos administradores do grupo Refrigeração.

“A AHR Expo é um ponto de conexão essencial para engenheiros, projetistas, empreiteiros e técnicos, pois atrai fabricantes e fornecedores de todos os tamanhos e especialidades que se reúnem para compartilhar ideias e mostrar as principais tendências da área”, acrescenta.

Cientistas desenvolvem novo método de refrigeração

A tecnologia de refrigeração por compressão de vapor vem dominando nossos refrigeradores e ares-condicionados desde o século passado.

O funcionamento desse tipo de sistema é bastante simples: quando um gás é comprimido, ele é aquecido e passa para o estado líquido. Ao reduzir a pressão, o líquido se evapora e resfria o ambiente.

No entanto, há um problema com a maioria dos refrigerantes utilizados para esse fim, especialmente os hidrofluorcarbonos (HFCs). Eles são potentes gases de efeito estufa, com um potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) até milhares de vezes maior que o do dióxido de carbono.

Com o aumento da população, a demanda global por refrigeração e, consequentemente, por HFCs deve triplicar até 2050.

Por isso, cientistas estão buscando métodos de refrigeração mais ecológicos, utilizando materiais de estado sólido. Agora, um estudante de doutorado e seu orientador propõem um novo processo calórico chamado efeito ionocalórico.

Eles adicionam sal de iodeto de sódio ao solvente carbonato de etileno e aplicam uma voltagem para produzir resfriamento. O processo funciona porque os íons no sal introduzem um campo eletroquímico.

A dessalinização é feita por meio de eletrodiálise e o ciclo pode ser reiniciado. O protótipo construído pelos pesquisadores mostrou entropia de 500 J/K/kg, quase tão grande quanto muitos refrigerantes comuns.

O efeito ionocalórico aumentou a temperatura do protótipo em 25 °C com apenas 0,22 V. Mas o preço dessa alta entropia e eficiência é a velocidade. Por enquanto, cada ciclo ainda leva vários minutos.

Esta animação mostra o ciclo ionocalórico em ação. Quando uma corrente é adicionada, os íons fluem e mudam o material de sólido para líquido, fazendo com que o material absorva calor do ambiente. Quando o processo é revertido e os íons são removidos, o material cristaliza em um sólido, liberando calor. Crédito: Jenny Nuss/Berkeley Lab

 

Mercado de cursos para HVAC-R busca equilíbrio entre presencial e a distância

O mercado de cursos na área de refrigeração e climatização vai voltar com força total em 2023, projetam diversos gestores da área educacional ouvidos pela Revista do Frio. Basicamente, esta nova fase do setor se dará principalmente por três aspectos.

Em primeiro lugar, a volta gradual dos treinamentos presenciais, iniciada em 2022, foi acelerada durante todo o ano passado, pelo fato de o Brasil ter ultrapassado a marca de 80% da população com o esquema vacinal completo contra a covid-19. Esta realidade trouxe um clima de mais segurança para docentes e estudantes.

O segundo ponto a se considerar, segundo pessoas ligadas ao segmento educacional, é o crescimento da oferta de cursos técnicos, profissionalizantes e de nível superior, com uma variedade de temas, horários, datas e valores. Neste caso, destacam-se treinamentos sobre sistemas inverter e VRF (fluxo de refrigerante variável) e refrigeração comercial.

Por fim, a maioria das instituições de ensino especializadas em refrigeração e climatização passou a investir em grades de treinamentos com um mix mais equilibrado entre presenciais, online e semipresenciais. A ideia foi dar mais opções aos alunos, uma vez que boa parte trabalha em horário comercial, tendo tempo limitado para estudar.

A estratégia de investir em aulas online, por exemplo, já se mostrou positiva, uma vez que este mercado ganhou força no país durante a pandemia, conforme evidenciou o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Em 2021, auge da crise sanitária, os cursos EaD na graduação representavam 52% das matrículas quando comparados com os presenciais. Traduzindo: a aderência ao ensino a distância passou a ser tão fundamental para aprendizado quanto o presencial.

Mesmo assim, os treinamentos presenciais continuam a ser o carro-chefe dos estabelecimentos de ensino, uma vez que a parte prática é fundamental para o aprendizado. “No segundo semestre deste ano, a Fatec São Paulo vai dar início ao seu novo curso de refrigeração e sistemas de ar condicionado e climatização, nos mesmos moldes da unidade de Itaquera”, adianta o professor Cléber Vieira, membro do Departamento de Mecânica da Fatec.

O curso de tecnologia em projetos e processos destaca-se porque tem, em sua grade horária, um semestre da disciplina de sistemas mecânicos 3, onde entra a matéria de refrigeração e ar-condicionado. Enquanto Cleber cuida da parte prática nos laboratórios, o professor José Ernesto Furlan fica com o ensino da teoria.

A parte teórica, por exemplo, desafia os alunos a calcular a carga térmica de uma biblioteca ou um anfiteatro. A prática, no laboratório, é realizada a partir de experimentos nas bancadas de refrigeração e ar condicionado, onde são estudadas as peças dos componentes do evaporador, condensador, motor e compressor, inclusive em cortes, além de fluidos refrigerante e da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Os cursos na Fatec são gratuitos e têm duração de três anos.

Igualmente gratuitos, os concorridos cursos da Escola Senai Oscar Rodrigues Alves estão em consonância com as demandas do mercado do frio, que cada vez mais dá prioridade à mão de obra especializada. Reconhecido como um dos mais fortes estabelecimentos de ensino na área de HVAC-R, o Senai atualmente dispõe de diversos cursos, como “Mecânico de manutenção de aparelhos da linha branca”, “Mecânico de climatização residencial”, “Instalação de condicionador de ar tipo split”, “Mecânico de manutenção em sistemas VRF”, “Mecânico de manutenção em centrais de climatização”, “Técnicas de brasagem em tubulação de cobre” e “Instalação de isolamento térmico em tubulações frigoríficas”.

A Intac Cursos também compartilha de uma visão mais equilibrada da adoção das modalidades (presencial, semipresencial e online) disponíveis no setor de treinamentos em HVAC-R. Afinal, se o mercado de ensino superior, com características superexigentes, já aprova a aplicação do ensino a distância, nos cursos profissionalizantes em HVAC-R não poderia ser diferente.

“Nós buscamos sempre desenvolver cursos que atendam às demandas atuais do mercado do frio. Neste ano, teremos treinamentos práticos por meio do uso da tecnologia de simulação em 3D e realidade virtual. Esse método de ensino é inédito para o HVAC-R no Brasil”, afirma o professor e tecnólogo em refrigeração e climatização Anderson Oliveira.

A grade 2003 da Intac é formada por cursos sobre refrigeração comercial, câmaras frigoríficas, ar-condicionado residencial e centrais de climatização (chiller e torres de resfriamento). “Todos os cursos serão ministrados online, com encontros presenciais aos sábados para utilização dos óculos 3D para imersão no Metaverso”, complementa o docente.

Mercado em alta

Outros importantes players do mercado de cursos estão crescendo no setor do frio, e por isso vêm investindo pesado para atrair cada vez mais alunos, inclusive abrindo novas turmas em períodos antes não explorados.

Duas das mais importantes instituições de ensino do setor, a Escola Técnica Profissional (ETP) e a Fapro, ambas sediadas em Curitiba (PR), também estão recebendo grandes investimentos. Atualmente, é possível escolher entre cursos de “Refrige-ração comercial”, “PMOC – legislação e prática”, “Técnico em refrigeração e ar condicionado”, “Mecânico de refrigeração e ar-condicionado”, “Pós-graduação em engenharia da climatização” e “Tecnologia em refrigeração e climatização” (curso superior).

“Este é o ano em que o nosso Laboratório, em parceria com a GIZ Brasil e o Ministério do Meio Ambiente, começara a funcionar, e assim poderemos ofertar o treinamento em fluídos refrigerantes naturais. Além disso, os múltiplos racks e expositores já estão em nossas dependências, e a obra se encontra bem adiantada”, salienta o professor Alexandre Fernandes Santos, CEO do Grupo de Educação ETP, lembran-do que o curso “Tecnólogo em refrigeração e ar-condicionado”, de nível superior, obteve nota 4 no MEC.

Em Belo Horizonte (MG), a Treinatec também tem se destacado no segmento, colocando à disposição, em 2023, os cursos “Refrigeração doméstica + split + ACJ”, “Refrigeração doméstica”, “Split” e “Refrigeração comercial”.

Sediada em Santo André (SP), a Samacursos é outro player que tem investido em treinamentos para o setor, a exemplo dos cursos de “Refrigeração residencial”, “Refrigeração residencial avançado”, “Refrigeração comercial câmara fria”, “Ar-condicionado mini split”, “Lavadoras de roupa – top load”, “Lava e seca – front load” e “Micro-ondas”.

“Pela previsibilidade de mercado, haverá neste ano um crescimento significativo em vendas e manutenção de equipamentos de refrigeração residencial e comercial, passando pela linha de comercial leve, câmara fria e linha branca, além de ar-condicionado”, explica a proprietária da escola, Renata Arcipretti, destacando que a constante expansão do setor tem levado a uma situação curiosa.

Somente na cidade de São Paulo, há mais de 4 mil vagas para refrigeristas, mas não são encontrados profissionais para suprir essa demanda. São pequenos comércios voltados à refrigeração comercial, conhecidos como comercial leve, como balcões frigoríficos, expositores, entre outros, que estão presentes em padarias, açougues e supermercados, sem falar do segmento de refrigeração residencial”, completa o diretor e coordenador da Samacursos, Adriano de Oliveira Gomes.

Localizada na cidade de São José do Rio Preto (SP), onde as temperaturas facilmente ultrapassam os 35ºC no verão, a Thermo Cursos se posicionou como uma reconhecida formadora de mão de obra qualificada, conforme deixa claro o diretor técnico Américo Martins Junior.

A grade de cursos para este ano inclui “Split até 30.000 BTUs – manutenção e insta-lação”, “”Refrigeração comercial (balcão refrigerado, cervejeiras, minicâmaras e câmara fria)”, “Inverter – manutenção e instalação”, “Chiller – manutenção – scroll e parafuso” e “Rack (supermercado)”.

“O fato de os nossos treinamentos terem 50% de pura prática, faz com que os alunos aprendam a trabalhar de forma correta, e este aspecto traz a garantia de uma excelente prestação de serviços, sem retrabalhos, e com satisfação plena do cliente”, enfatiza Américo.

Quimital lança o Total Flush aerossol

Em Janeiro a Quimital anunciou o lançamento do novo Total Flush, agora na versão aerossol. Segundo a empresa, o produto se destaca pela praticidade no uso, eficácia nos resultados e facilidade no transporte, podendo ser utilizado tanto em splits como também em geladeiras em linhas de ar-condicionado automotivo.

O produto foi desenvolvido para lavagem, sendo expressamente formulado para a limpeza de linhas de HVAC-R, eliminando todos os resíduos de gordura, pó e lubrificantes.

CONBRAVA 2023 recebe resumos de trabalho até o dia 02 de fevereiro

Entre os dias 13 e 15 de setembro de 2023, acontecerá o XVIII CONBRAVA – Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar.

O congresso, que acontece no São Paulo Expo, se encontra na fase de chamada de trabalho para submissão do resumo até o dia 02 de fevereiro.

Para esta edição, além do tema “AVACR rumo ao um futuro sustentável e saudável”, os subtemas também já foram definidos. A novidade desta edição é que eles estão classificados em 4 categorias, são elas:

Ar Condicionado

  • Qualidade, segurança e saúde nos ambientes internos
  • Legado da COVID-19 para o AVACR – Aprendizado para eventuais pandemias e/ou crises sanitárias
  • Salas limpas e ambientes controlados (Clean Room)

Aplicações

  • AVAC-R inserido na geração distribuída e cogeração
  • Aquecimento e Refrigeração a gás natural, biogás ou recuperação de calor
  • Ar-condicionado e Refrigeração no setor de transportes
  • Ventilação e aplicações: pressurização, extração de fumaça e cozinhas industriais
  • Ar Condicionado em estabelecimentos assistenciais de saúde
  • Ar Condicionado para Centro de processamentos de dados (Data Centers)

Refrigeração

  • Fluidos refrigerantes (aplicação, uso, manuseio, segurança, qualidade e novas tecnologias)
  • Refrigeração comercial e industrial: manufatura, estocagem, transporte, comércio e segurança alimentar
  • Refrigeração em supermercados e indústrias alimentícias

Geral

  • Etiquetagem e Certificação, Ecoeficiência, zero balance – projetos e instalações
  • Fontes alternativas de energia: geotermia, fotovoltaica e aquecimento solar
  • Sustentabilidade – soluções para minimizar o impacto no aquecimento global
  • ESG – Conexões com o setor AVACR
  • Inovação tecnológica em AVACR
  • Simulação de sistemas e processos de AVACR
  • Comissionamento, Qualificação e Validação
  • Automação de sistemas, Indústria 4.0 e Inteligência Artificial

Equipamentos e Sistemas

  • Eficiência energética e retrofit de equipamentos e instalações
  • PMOC e o gerenciamento da manutenção, operação e boas práticas
  • Tratamento de águas para sistemas de AVACR
  • Segurança na instalação, operação e manutenção de sistemas AVACR

Helena Bento: de olhar doce, sorriso alegre e espírito humilde

Nascida no interior de Minas Gerais, a quarta filha de uma família de cinco irmãos, Helena Maria Bento é uma mulher cativante! Incansável na sua luta em fazer a diferença na vida das pessoas e no setor de HVAC-R, desde pequena era curiosa e gostava de aprender. Vinda de uma família humilde, começou a trabalhar ainda adolescente para ajudar nas despesas da casa, sem abandonar seus estudos, graças ao incentivo de sua mãe e irmãs.

“Como minha família era humilde, começamos a trabalhar na adolescência para ajudar nas despesas de casa, estudei até o ensino médio, fiz curso técnico em administração de empresas, entre outros. Naquela época, a faculdade era muito distante de onde morávamos, ficando inviável para nós. Porém, continuei fazendo cursos complementares profissionalizantes, proporcionando acesso para trabalhar em lugares melhores. Nesta caminhada profissional, trabalhei em fábricas de jeans, escritório de contabilidade, vendedora, secretária, e por aí vai. Carregava comigo um sonho de morar fora do Brasil, daí comecei a juntar algum dinheiro e com a ajuda de algumas pessoas importantes na minha vida, em 18 de março de 1990, embarquei para Lisboa/Portugal em busca da concretização desse sonho”, conta Helena.

Logo na primeira semana ela consegui um trabalho em Lisboa, próximo de onde estava morando, na Hipertécnica, loja do saudoso “Sr. Souza”, um português maravilhoso que lhe deu a oportunidade de aprender muito. A empresa realizava vendas e consertos de condicionadores de ar Mitsubishi, balcões frigoríficos, geladeiras, máquinas de lavar e secar, aquecimento de passagem, entre outros.

“Sempre fui curiosa no sentido de saber como solucionar os problemas, aprendi muito mesmo, daí foram passando os anos, me casei, fui mãe e um certo dia, devido a saudade da família e, também, por querer que nosso filho conhecesse os avós, primos e ter uma referência familiar, resolvemos voltar para o Brasil. Quando chegamos no Brasil, a realidade era totalmente diferente daquela que vivíamos em Portugal. Investi no ramo de cosméticos, porém, foi na climatização que realmente tivemos sucesso. Eu e meu marido tínhamos trabalhado alguns anos na Mitsubishi Electric em Portugal, porém sem experiência como empresários do ramo da climatização. Aos poucos fomos fazendo cursos e nos aperfeiçoando, comprando as ferramentas e, em 1999, abrimos a Instala-Ar. No início, a empresa era apenas prestadora de serviços, fomos crescendo e, em 2004, conseguimos oficialmente nosso CNPJ como prestação de serviços e comércio. Sempre focamos em estudar e estreitar o relacionamento com os fabricantes, aprendendo e crescendo como profissionais”.

Além de cuidar da parte administrativa, Helena também ia para trabalhos em campo aprender e ajudar nas obras, somando mais de 7 mil aparelhos instalados por todo o Brasil. Em 2019, ela encerrou a sociedade e abriu sua própria empresa com o mesmo nome.

“Como tínhamos muitos clientes, resolvi abrir uma MEI e continuar trabalhando com parcerias, que tem durado até hoje! Nossas obras são sempre acompanhadas por um técnico ou engenheiro habilitado, pois sabemos da importância de ter um profissional habilitado para fiscalizar e podermos exercer as funções de acordo com a lei”.

 

Encorajando mulheres

Foi em 2019, que Helena conheceu o grupo Elas no AVAC-R, transformando sua vida!

“Quando conheci o grupo Elas no AVAC-R através da Carmosinda Santos, me apaixonei vendo todas aquelas mulheres que faziam a mesma coisa que eu! A partir daquele momento, meu uniforme virou a camiseta rosa do Elas, desde então, venha participando e encorajando as mulheres. Neste ano, fui convidada pela Carmosinda para participar da diretoria do Elas no AVAC-R e estou muito honrada com o propósito do Elas em ajudar as mulheres pelo Brasil afora, para que consigam entrar nesta nossa profissão”.

À frente da Instala-Ar, Helena desenvolve alguns projetos junto com as meninas do Elas e com grupos de refrigeristas que conheceu ao longo da pandemia, integrando o site “Expertise Refrigeração”, com o intuito de ajudar e facilitar a divulgação de trabalhos, desenvolvimento de um sistema de gestão de refrigeristas, entre outros.

“Eu sempre pensei que minha passagem por esta vida precisava fazer sentido, por isso, sigo engajada em tudo que possa fazer a diferença na vida das pessoas, para que elas estudem, aprendam, pois somos muito capazes de fazer o nosso melhor, sempre com fé, foco, dedicação, comprometimento e responsabilidade. A toda equipe Revista do Frio, registro aqui meu carinho e gratidão! Vocês moram no meu coração. Amo vocês”.

“Sigo engajada em tudo que possa fazer a diferença na vida das pessoas”

 

 

HVAC-R assume protagonismo na descarbonização de edifícios

Levantamento do Green Building Council Brasil revela que 37% das emissões de carbono são oriundas dos edifícios, e estão divididas entre as fases de construção (10%) e de operação (27%).

Longe de um acordo sobre ações para conter – ou mesmo minimizar – os efeitos das mudanças climáticas nos próximos anos, os governantes em todo mundo continuam perdendo a já desgastada credibilidade nesse tema, conforme ficou patente na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), realizada em novembro de 2022, em Sharm el-Sheikh (Egito).

A ausência de uma convenção estatal sobre a busca por soluções para o problema ambiental está abrindo caminho para o protagonismo da iniciativa privada. Nesse contexto, a indústria do frio e da construção civil têm investido em pesquisa e tecnologia para tornar os novos imóveis cada vez mais “verdes” – é a chamada descarbonização.

Globalmente, segundo o Green Building Council Brasil, 37% das emissões de carbono são oriundas dos edifícios, e estão divididas entre as fases de construção (10%) e de operação (27%), especialmente pelo alto consumo de energia.

“A tendência é haver avanços, e devemos aproveitar a oportunidade para assumirmos o compromisso de fazer parte desse processo. Hoje, a principal ação para mitigação das emissões operacionais são os projetos de eficiência energética”, argumenta o CEO do GBC Brasil, Felipe Faria, que em 2021 foi reeleito para um novo mandato no World Green Building Council.

O Green Building Council Brasil ajudou a construção civil nacional a se tornar um dos cinco principais mercados do mundo para a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), voltada para construções sustentáveis.

“Além de ser destaque em matéria de edificações com certificação, o Brasil tem aumentado o percentual de projetos certificados que atingem o nível Platinum da certificação, ou seja, o mais alto nível de desempenho em eficiência. Enquanto no mundo, apenas 8% dos projetos são Platinum, aqui no País é de 11%”, menciona Faria.

O gestor explica que em torno de 40% das certificações Platinum emitidas no Brasil ocorreram nos últimos três anos, e o percentual, medido até o final de outubro de 2022, chegou a 26%, o maior do mundo. A Índia ficou com 24% e a Itália, com 23%.

“A principal ação para mitigação das emissões operacionais são os projetos de eficiência energética. Acompanhando o resto do mundo, e por vezes possuindo edificações que se destacam, vemos uma maior receptividade para o investimento em inteligência de engenharia e arquitetura de modo a buscar as melhores escolhas visando maximizar a eficiência e a redução da carga térmica da edificação”, complementa Faria, ao também se referir ao importante papel desempenhado pelo HVAC-R no processo de descarbonização.

De acordo com o Comitê de Artigos Técnicos da Smacna Brasil, em uma edificação com sistema de climatização operante, o ar-condicionado representa, em média, de 40% a 80% da demanda energética.

“Assim, diversas políticas públicas, normas e diretrizes estão sendo desenvolvidas para estimular a descarbonização de edificações, seja para edifícios novos ou para o retrofit daqueles já construídos”, enfatiza a associação técnico-científica.

Ainda segundo a Smacna Brasil, “a descarbonização de edifícios deve considerar o projeto, a construção, o retrofit e a operação das edificações, sendo alguns exemplos a redução das emissões de carbono nas operações e durante a construção; diminuir a demanda de energia, preservando a qualidade e funcionalidade dos ambientes internos; adotar fontes de energia renovável; e reduzir o carbono incorporado nos materiais estruturais, do envelope e dos sistemas dos edifícios”.

O engenheiro Walter Lenzi, presidente do Ashrae Brasil Chapter e sócio-diretor da W&R Lenzi, reforça que o processo de descarbonização de edifícios abrange todo o ciclo de vida do empreendimento, incluindo projeto, construção, operação, ocupação e fim de vida.

“Construção civil, uso de energia, vazamento de metano e refrigerantes são as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa. A avaliação do ciclo de vida do edifício envolve a consideração de emissões operacionais, geralmente provenientes do uso de energia, e incorporadas, as quais abarcam as emissões de GEE associadas à construção de edifícios, incluindo extração, fabricação, transporte e instalação de materiais de construção, bem como as emissões geradas por manutenção, reparo, substituição, reforma e atividades de fim de vida. As emissões incorporadas também incluem perdas de refrigerante ao longo do ciclo de vida do edifício”, detalha o especialista.

Segundo Lenzi, os principais meios para reduzir as emissões de GEE dos edifícios são diminuir o uso de energia do edifício por meio da eficiência energética; reduzir o carbono incorporado na construção; adotar a eletrificação energeticamente eficiente das necessidades de energia do edifício; projetar prédios para otimizar a flexibilidade da rede; fornecer energia renovável no local; e descarbonizar a rede elétrica.

Há diferenças importantes entre o processo de descarbonização de um edifício comercial e de um residencial novo e usado. Enquanto o empreendimento novo pode ser comparado com uma simulação computacional de consumo de energia com referência ao projeto, o edifício já existente passa por estudo de eficiência energética, análise do consumo de energia do edifício e sistemas prediais (chamado de walkthrough análises 01, 02, 03), além de posterior implantação das possíveis melhorias. Com isso, pode ser verificada a economia de energia alcançada com os novos sistemas comparando-se com os últimos 12 meses de consumo.

 

HVAC-R na dianteira

Especificamente, a indústria de aquecimento, ventilação, ar condicionado e e refrigeração pode colaborar promovendo uma série de intervenções nos modelos de gestão de sistemas de refrigeração e climatização, principalmente quando participa de projetos.

A Smacna Brasil, por exemplo, visualiza diversas oportunidades interessantes surgindo para o HVAC-R, que vem despontando no atendimento das demandas de sustentabilidade e maior eficiência energética, inclusive estimulando o respeito às normas internacionais.

A organização entende que o HVAC-R desempenha um papel decisivo para a redução das emissões de carbono nos edifícios, pois a cadeia produtiva do frio tem se desenvolvido tecnologicamente para atender às demandas de sustentabilidade e eficiência energética, incluindo as normas internacionais.

Para começar, a entidade entende ser fundamental eliminar liberações de refrigerante, minimizando vazamentos e usando produtos de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês); adotar válvulas eletrônicas, parâmetros de automação e setpoints de sistemas mais inteligentes; instalar variadores de frequência e sistemas de bombeamentos mais eficientes, além de equipamentos energeticamente que consomem menos energia.

Na fase da construção, há emissão direta com a atividade construtiva de canteiro de obra, toda a logística dos fornecedores e funcionários que emitem gases de efeito estufa com o transporte e o carbono incorporado – emitido no processo industrial de cada material e produto utilizado na construção, como aço, cimento, concreto, alumínio, cerâmica, madeira, vidro.

“O carbono incorporado é um assunto que gera muita discussão porque faltam dados e informações da indústria. Precisamos que o setor da construção civil faça estudos de avaliação de ciclo de vida dos seus produtos. Deve-se analisar o desempenho ambiental desde a extração da matéria-prima até o produto estar pronto”, propõe Felipe Faria, do Green Building Council Brasil.

A boa notícia, ressalta o executivo, é que o Ministério de Minas e Energia criou, em 2022, o Sistema de Informação de Desempenho Ambiental da Construção (Sidac), plataforma gratuita para a indústria realizar sua avaliação de ciclo de vida com foco em intensidade energética e carbono incorporado.

Diretor-adjunto do Departamento Nacional de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e presidente da Câmara Ambiental do Setor de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação da Cetesb, Thiago Pietrobon, fundador da Ecosuporte, também entende que a área de refrigeração e climatização é uma das protagonistas das iniciativas de redução das emissões de carbono em edifícios.

“Nesse tipo de levantamento, aspectos como refrigeração, climatização conforto térmico e renovação de ar são indicadores fundamentais para a estruturação de processos de descarbonização. Um bom projeto busca o equilíbrio entre cada um desses itens e a harmonia com bons projetos arquitetônicos. Dessa forma, permite-se extrair da natureza tudo o que ela pode fornecer em termos de qualidade ambiental e beleza estética, sem agredir o meio ambiente”, completa o dirigente.

 

Estudo mostra drywall mais “verde” que blocos cerâmicos

Líder global em construção leve e sustentável, a francesa Saint-Gobain promoveu no Brasil estudos comparativos entre dois perfis de parede interna e descobriu que as peças desse tipo produziam uma série de benefícios ambientais.

O processo pode ser otimizado também com uso de materiais leves. As análises, feitas com dois perfis de parede interna (drywall e blocos cerâmicos de 140 milímetros rebocados com cimento), com um metro quadrado, descobriram que as peças do primeiro tipo produziam uma série de benefícios ambientais.

Bem mais leve, o drywall causaria uma queda de 63% no potencial de aquecimento global. Segundo o estudo da multinacional, os ganhos envolvem ainda uma redução de 49% no uso de energia primária, de 80% no peso do sistema de paredes e de 36% no consumo de água.

Ainda de acordo com a empresa, “a reutilização ou reciclagem de materiais é outra opção pela descarbonização da construção civil. Reutilizar o vidro, por exemplo, torna o item ‘descarbonado’, podendo diminuir o uso de energia em 3% para cada 10% de vidro adotado na construção”.

A partir deste conhecimento, detalha a empresa, o uso de uma tonelada de vidro reciclado reduz as emissões de carbono em 300 quilos, devido à diminuição do consumo de energia.

 

CECarbon

Por confiar no processo de descarbonização, a Saint-Gobain se tornou a primeira patrocinadora da CECarbon, calculadora de consumo energético e emissões de carbono para edificações desenvolvida pelo Comitê de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Comasp), composto por diversas entidades, como o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a Agência de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ, na sigla em alemão) e a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional.

A ferramenta é de acesso aberto e visa mensurar impactos e contribuir para a identificação de riscos e oportunidades para a cadeia produtiva da construção civil. A CECarbon leva em consideração o ciclo de vida dos insumos empregados na obra, desde a sua exploração e beneficiamento até o momento do uso na fase construtiva. Assim, pode-se optar por construções de menor impacto.

Lançada em 2020, a CECarbon permite a inserção de dados em momentos distintos de uma obra, com a possibilidade de produzir três edições. Dessa forma, é possível comparar dados de projeto com o efetivamente realizado. Os resultados permitem compreender os comportamentos dos indicadores de acordo com as escolhas realizadas ao longo do processo, abrindo caminho para uma melhor gestão de impactos da edificação.