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Armacell promove mudanças no setor de vendas e marketing

A Armacell está promovendo mudanças no seu setor de Vendas e Marketing. O departamento que tinha status de gerência passou a ser diretoria, e para dirigi-la, a empresa convidou o engenheiro Marcelo Lemes, profissional com cerca de 30 anos de experiência em carreira desenvolvida em sistema HVAC.

O agora diretor Comercial para a América do Sul (setor de Isolamento Avançado) afirma que sua principal meta é ampliar o market share da Armacell no Brasil, “uma empresa que já é muito bem-posicionada no mercado”, afirma. Lemes assume no lugar de Priscila Baioco, que ficou à frente da gerência de Vendas da Armacell por quase 20 anos.

“Tenho o desafio de aumentar nosso market share, fortalecendo nossa rede de distribuidores, trabalhando fortemente com formadores de opinião e aprimorar ainda mais o treinamento para os instaladores que utilizam nossos produtos”, resume o novo diretor.

Para Marcelo Lemes, sua diretoria tem a missão de aprimorar os meios pelos quais a Armacell possa oferecer seu diferencial para o mercado, principalmente com a chegada de vários produtos importados e inovadores para o setor.

“Temos que mostrar qualidade superior dos nossos produtos, o suporte da nossa engenharia, do pós-venda e atendimento, evidenciando que somos os melhores do mercado”.

Com cerca de 30 anos de experiência profissional, Marcelo Lemes é formado em engenharia elétrica, com especialização em gerenciamento pela ESPM e MBA Executivo pelo Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante quase sete anos foi gerente comercial da Fujitsu General do Brasil. Antes passou pela FAM da Amazônia – Mitsubishi Electric ,Trane do Brasil e Springer Carrier.

Chemours suspende venda de fluido de alto GWP nos EUA

EUA – A Chemours anunciou o encerramento das vendas dos refrigerantes R404A e R507A nos Estados Unidos. Esta decisão está alinhada com os regulamentos de redução gradual do HFC sob a Lei Americana de Inovação e Fabricação (AIM). Ambos os refrigerantes têm sido amplamente utilizados em sistemas de refrigeração comercial, incluindo em supermercados.

Introduzido na década de 1990 como substituto para refrigerantes CFC que prejudicam a camada de ozônio, o R404A e o R507A foram pressionados por seus altos GWPs. Com as proibições regulatórias na Europa em 2020, a Chemours interrompeu o fornecimento desses refrigerantes no continente.

Nos Estados Unidos, a Lei AIM exige uma redução gradual de 40% nas vendas e consumo de HFC até 2024, impulsionando a decisão da empresa em cessar as vendas desses produtos e oferecer substituições de GWP mais baixas desde 2015 para auxiliar os clientes na busca por metas de sustentabilidade.

Daikin inaugura centro de treinamento em Salvador

Como parte das comemorações de seu centenário, a fabricante japonesa de equipamentos de ar-condicionado Daikin inaugurou, em 25 de abril, na capital baiana, seu terceiro centro de treinamento e Showroom, sendo o primeiro dessa magnitude na Região Nordeste. O evento contou com a presença de cerca de 80 convidados.

Durante o evento, porta-vozes da Daikin apresentaram o panorama atual da fabricante no mundo e no Brasil. Os participantes puderam conferir novidades e tendências de soluções para climatização, destacando a alta eficiência energética, baixo impacto ambiental e requisitos que garantem qualidade do ar interno e conforto.

O presidente da Daikin Brasil, Roberto Yi, ressaltou o compromisso da empresa com a saúde e o meio ambiente, enfatizando a importância dos esforços dos colaboradores brasileiros para a expansão da companhia no país.

O centro de treinamento de Salvador possui dois ambientes: um showroom de soluções para linhas residenciais e comerciais, focado em atividades de apoio a vendas, qualidade do ar interno e soluções de controle; e um espaço dedicado a treinamentos técnicos, composto por duas salas com capacidade para 20 pessoas cada, além de contar com equipamentos modernos, incluindo sistemas VRV, Chillers Modulares e equipamentos split e multisplit.

Metalfrio lança nova linha de freezers

A Metalfrio Solutions, empresa do setor de refrigeração comercial, apresentou sua mais recente inovação: a Linha Chest Freezer Tech. Equipada com componentes de última geração, incluindo a tecnologia Inverter, os freezers da nova linha prometem eficiência energética, baixo ruído e alto desempenho.

O destaque da Linha Tech é a sua versatilidade, oferecendo modelos Bivolt (127V e 220V) , uma solução inédita no mercado brasileiro. Além disso, os freezers permitem alternar facilmente entre as funções de freezer e refrigerador, proporcionando maior comodidade aos usuários.

Utilizando o gás ecológico R290, a linha também reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade. Luiz Eduardo Moreira Caio, CEO da Metalfrio, expressou sua satisfação com o lançamento, destacando o pioneirismo da empresa e seu papel de líder na indústria.

A nova linha promete ser a escolha ideal para estabelecimentos comerciais que buscam tecnologia avançada, eficiência energética e durabilidade. Seja para restaurantes, cozinhas industriais ou bares.

Frascold lança compressores com refrigerante natural

ITÁLIA – A Frascold apresentou sua mais recente linha de compressores, que utilizam refrigerante CO2 na fase transcrítica. Estes compressores, conhecidos como série TK HD, foram desenvolvidos com foco em oferecer desempenho contínuo e confiável.

Adequados para diversas aplicações, desde refrigeração simples até bombas de calor de alta temperatura, chegando a até 100°, os compressores são projetados para operar em condições adversas, suportando cargas de trabalho constantes em altas temperaturas e com alto delta P, mantendo um compromisso total com a preservação do meio ambiente.

Com duas versões de motores e quatro tamanhos diferentes, totalizando 34 modelos, a linha oferece uma ampla gama de opções, com potências que variam de 3 a 50 cv e cilindradas volumétricas de 1,9 a 37,9 m3/h a 50 Hz.

Além de suportar pressões de até 100 bar, os compressores garantem máxima flexibilidade e compatibilidade com sistemas existentes, permitindo adaptações futuras.

SMACNA Brasil reúne profissionais e empresas de HVAC-R

A SMACNA Brasil promoveu seu coquetel anual no Terraço Itália, em São Paulo, no dia 24 de abril de 2024. O evento reuniu membros e associados para networking e divulgação das novidades para o ano. Destaque para a ampliação do SMACNA Day para dois dias.

Durante o evento, o presidente da SMACNA Brasil, Edson Alves, enfatizou a importância da colaboração entre profissionais do setor de HVAC-R. Além disso, destacou o compromisso da entidade em fornecer informações relevantes aos clientes finais, visando a melhoria da eficiência energética e sustentabilidade das edificações.

Para abril, está previsto o lançamento do caderno com recomendações técnicas, consolidando o compromisso da SMACNA Brasil em promover o desenvolvimento sustentável do setor de HVAC-R e fortalecer os laços entre os profissionais da indústria.

Edson Alves, presidente da SMACNA Brasil, ressalta os esforços com foco no cliente final

2º dia do Circuito dos Instaladores – Brasília

1º dia do Circuito dos Instaladores – Brasília

Posição atual do Brasil no engajamento climático

Instituições, órgãos governamentais, ONGs e organizações da sociedade civil têm desempenhado um papel fundamental na conscientização sobre a importância da eficiência energética e do uso de tecnologias sustentáveis no setor de HVAC-R.

Segundo especialistas, o Brasil está em um momento de transição para uma economia de baixo carbono, e o setor de HVAC-R desempenha um papel fundamental nessa jornada. O envolvimento ativo de instituições, ONGs, parcerias empresariais e colaborações é essencial para impulsionar a adoção de práticas mais sustentáveis e mitigar os impactos das mudanças climáticas no país. Desafios envolvem modernização tecnológica do setor de HVAC-R para torná-lo mais eficiente e sustentável, redução das emissões de gases de efeito estufa associadas à operação desses sistemas, bem como a adaptação às mudanças climáticas para lidar com temperaturas extremas.

“O setor de HVAC-R, em especial o setor de Refrigeração e Ar-Condicionado (RAC), tem um papel-chave na mitigação das mudanças climáticas. Um estudo recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) aponta que medidas-chave do setor de HVAC-R pode reduzir as emissões em pelo menos 60% até 2050. Países do G20 (Fórum de Cooperação Econômica Internacional) representam 73% do potencial de redução de emissões de gases de efeito estufa por equipamentos de refrigeração e climatização. Por isso, as ações desenvolvidas no Brasil em relação às metas do Protocolo de Montreal e da Emenda de Kigali, com foco neste setor, são tão importantes. Em 2023, o Protocolo de Montreal completou 36 anos, representando um sucesso enorme da humanidade no enfrentamento de uma das maiores ameaças de todos os tempos: o esgotamento da Camada de Ozônio do planeta. Este acordo visa a proteção desse importante gás, o ozônio, que filtra os raios solares prejudiciais aos seres vivos na Terra. No Brasil, o fortalecimento do setor produtivo e os benefícios ambientais para a população estão entre os resultados atingidos pelo governo federal. O país já reduziu em cerca de 56% do consumo de HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), uma das principais Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs), encontradas em produtos como refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e espumas em geral” informa Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da Agência de Cooperação Alemã – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

Stefanie von Heinemann, consultora e gerente de projetos da Agência de Cooperação Alemã (GIZ)

Ela complementa que o PBH – Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e tem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) como a instituição responsável pelo controle da importação, exportação, comércio, uso, destruição, recolhimento, reciclagem e regeneração das substâncias que destroem a Camada de Ozônio. Além da GIZ, as agências Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (agência líder) e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) também são implementadoras de diversos projetos que compõem o PBH.

A implementação dessas ações e planos exige uma abordagem colaborativa envolvendo todos os stakeholders, incluindo fabricantes, consumidores, governos e organizações não governamentais. Além disso, a participação ativa do Brasil nas iniciativas e acordos internacionais que visam reduzir o impacto climático do setor de refrigeração e ar condicionado, contribui para os esforços de mitigação das mudanças climáticas no país e em todo o mundo.

Thiago Pietrobon, presidente do Depto Nacional de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), informa que no Brasil existem hoje duas regulações vigentes, uma voltada aos fluidos refrigerantes HCFCs e outra para os HFCs (hidrofluorcarbonetos), desenvolvido no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) com implementação em todo o país, que resultam em reduções de emissões, além de outros programas voltados a implementação da mudança necessária.

Thiago Pietrobon, presidente do Depto Nacional de Meio Ambiente da ABRAVA

“Adicionalmente, podemos citar acordos, como na última COP 2024 (Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), firmando metas e cooperação para melhorar a eficiência energética no setor, associados à mudança de gases. Dentro dos programas brasileiros de eliminação destes gases, sempre houve um modulo de capacitação e educação. E na etapa III do PBH não será diferente, pois está previsto desde assistência técnica para as áreas como a realização de mais de 1300 cursos, atingindo 13.000 profissionais da área. Os benefícios serão sentidos diretamente pela sociedade, ao reduzir a demanda de energia necessária no funcionamento, melhorando a disponibilidade e acessibilidade, uma vez que se trata de atividade essencial, especialmente em tempo de mudanças climáticas. E indiretamente, há uma grande contribuição na redução das mudanças, pois os estudos indicam que só a Emenda de Kigali será capaz de evitar a elevação de mais 0,5°C, importantíssimo dentro de um cenário onde se busca uma elevação máxima de 1,5°C na temperatura média do plano”.

Pietrobon acrescenta ainda que as mudanças do clima, em especial os eventos de temperaturas extremas mais frequentes, tem trazido desafios aos sistemas, além de estar aumentando a demanda por eles. Além do desafio técnico de operação em ambientes extremos (talvez até fora da condição para a qual foram projetados), há ainda o impacto que causam no setor elétrico, tornando evidente a necessidade de avançarmos na eficiência energética e a maior atenção ao final do ciclo de vida destes equipamentos, garantindo o correto recolhimento dos gases e eliminação do potencial de contribuição para o problema.

Planos, ações e parcerias

Além de difundir as boas práticas nos diversos cursos ofertados, desde pós graduação, curso técnico, curso de aprendizagem industrial e cursos de curta duração, a parceria que o SENAI-SP, por meio da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) por meio dessa ação, no ano de 2023 formou mais de 1.500 alunos no curso de Boas Práticas em Condicionadores de Ar Compacto e Split que visa capacitar profissionais que atuam no setor do HVAC-R com técnicas que objetivam a redução de emissão de vazamentos de fluidos refrigerantes.

João Manoel Carvalho, orientador de prática profissional da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves

“O SENAI-SP tem a missão de contribuir para o aumento da competitividade da indústria por meio de ações de educação profissional, tecnologia, inovação e empreendedorismo industrial. A Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, alinhada a missão do SENAI-SP e as diretrizes do PBH, realiza diversos tipos de cursos e dissemina amplamente a aplicação das boas práticas e de procedimentos técnicos de instalação e manutenção nos equipamentos de refrigeração e climatização. Observamos a grande preocupação do setor de HVAC-R por optar na seleção de equipamentos e de tecnologias aplicadas, buscando obter a melhor performance energética, contribuindo para o processo de descarbonização, além de utilizar boas práticas, evitando vazamentos de fluidos frigoríficos nos sistemas de refrigeração para a atmosfera. A unidade encara as ações climáticas bem como o atendimento as legislações e normas como questões essenciais em nossos cursos. Os temas estão alinhados com os conhecimentos e capacidades técnicas que são mobilizadas pelos alunos, em nossos programas. O hábito, atitude e o valor são incorporados pelo aluno. As agendas mais conhecidas na qual o setor de HVAC-R está inserido são os protocolos de Montreal e de Kyoto, o acordo de Paris, a emenda de Kigali e, em nível nacional, o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFC (PBH). Esses temas são tratados pela Escola em parceria com a ABRAVA, SINDRATAR-SP e empresas parceiras, além de diversos eventos, como a FEBRAVA 2023, Encontro de Inverno para Jovens Profissionais do AVAC-R e Semana Tecnológica. Observamos ainda que, nos últimos anos, o setor atende as boas práticas relacionadas ao conforto térmico, a melhoria de performance energética, ao meio ambiente, a pegada de carbono, a descarbonização, e está consciente que os sistemas de HVAC-R focam principalmente a saúde das pessoas”, diz João Manoel Delcidio Carvalho, Orientador de Prática Profissional da Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves, especializada em Refrigeração e climatização.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), em parceria com a GIZ e a Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves formaram a primeira turma feminina no Brasil do curso de Boas Práticas em Condicionadores de Ar Compacto e Split, que tem como ênfase a melhor contenção dos vazamentos de fluidos refrigerantes. A 1ª turma exclusivamente feminina deste curso, contou com 12 alunas e teve como docente, Bianca Menezes de Carvalho Alves, engenheira mecânica que concluiu os cursos de aprendizagem industrial, técnico e pós-graduação da área de refrigeração e climatização, na Escola SENAI Oscar Rodrigues Alves. A iniciativa desta 1ª turma de mulheres contou com o apoio do Comitê de Mulheres da ABRAVA, que tem como objetivo abrir ainda mais espaço para as mulheres que desejam atuar no setor.

Por meio do PBH, ao longo das Etapas I e II, com a implementação da GIZ, ocorreram diversos resultados positivos, como por exemplo, mais de 15 mil técnicos/as foram capacitados/as em cursos de boas práticas gratuitos sobre instalação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração comercial e ar condicionado de pequeno porte. Somente em 2023, foram mais de 2 mil técnicos/as capacitados/as. O objetivo destes treinamentos é evitar/eliminar vazamentos de fluidos refrigerantes e aperfeiçoar a atuação dos profissionais que prestam serviços em estabelecimentos comerciais. O projeto para o Setor de Serviços, implementado pela GIZ, sob coordenação do MMA, ainda prevê a capacitação de 1 mil profissionais para o uso seguro e eficiente dos fluidos naturais alternativos, tais como CO2 e HC-290, que não prejudicam a Camada de Ozônio e apresentam insignificante potencial de aquecimento global.

Essas capacitações estão previstas para serem iniciadas no segundo semestre de 2024. Elas contarão com a criação de toda infraestrutura necessária, incluindo a aquisição de equipamentos, ferramentas e material didático, desenvolvido exclusivamente para os cursos. Para tanto, estão sendo implantados no Brasil dois centros educacionais (no modelo de mini supermercados) para a capacitação de 300 pessoas para o setor de refrigeração comercial (SENAI – Rio de Janeiro, RJ e ETP – Curitiba, PR) e cinco centros para a capacitação de 700 pessoas para o setor de ar condicionado (Escola Sesi Senai Toledo, em Toledo (PR); Escola Senai Oscar Rodrigues Alves, em São Paulo (SP); Escola Sesi Senai Jardim Colorado, em Goiânia (GO); Senai Centro de Excelência em Educação e Tecnologia Sebastião Camargo, em Porto Velho (RO), e o Centro de Tecnologias do Gás & Energias Renováveis (CTGAS-ER), em Natal (RN).

“No caso do nosso projeto, no âmbito do PBH, um ponto forte envolve parcerias criadas com escolas técnicas em todo o Brasil, em 17 estados, para ministrarem os cursos desenvolvidos pelo programa, entre elas o Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins além do Distrito Federal. Os trabalhos ainda envolvem a criação e divulgação de materiais de comunicação/conscientização como vídeos informativos e publicações técnicas. Além de todo o trabalho já citado, no âmbito do Protocolo de Montreal, um dos grandes desafios para o Brasil está no cumprimento das metas da Emenda de Kigali. Ainda há muito para fazer, o planeta está esquentando, o que aumenta a necessidade de climatização em residências, escolas e locais de trabalho. Ao mesmo tempo, a expansão do acesso dos países à cadeia de frio sustentável – para manter os alimentos frescos e as vacinas viáveis – é essencial para satisfazer as aspirações de desenvolvimento sustentável. Ao reduzir gradualmente o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs), poderosos gases que contribuem para o aquecimento climático e que substituíram as SDOs na indústria de refrigeração e ar condicionado, a Emenda de Kigali poderá resultar na prevenção de um aquecimento de até 0,5°C até 2100. Em 2023, o Brasil internalizou a Emenda de Kigali à legislação nacional por meio do Decreto 11.666, 24 de agosto de 2023, e realizou Consulta Pública sobre a proposta de Instrução Normativa que regulamenta as exigências e os procedimentos relacionados ao controle de importação de HFCs e misturas contendo HFC. A norma também irá estabelecer os limites anuais máximos de importação, em atendimento à Emenda de Kigali. No momento, o governo brasileiro, com apoio das agências implementadoras, como a GIZ, está elaborando a Estratégia Geral para a implementação da Etapa I Emenda de Kigali no país. Esta estratégia será trabalhada ao longo dos anos de 2024 e 2025 e a implementação deve ocorrer de 2026 e a 2029”, destaca Stefanie.

Estratégias e impactos positivos

Em termos de agenda futura, a GIZ está trabalhando, sob a coordenação do MMA, na Etapa III do PBH (consulta pública realizada no final de 2023), na qual o Brasil irá buscar financiamento junto ao Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal para eliminar o consumo de cerca de 6,4 mil toneladas métricas de HCFCs. Entretanto, para alcançar a meta de eliminar o consumo dos HCFCs em relação à linha de base do país até 2030, o país irá eliminar o consumo de cerca de 2,9 mil toneladas métricas de HCFCs como contrapartida aos recursos a serem recebidos.

Stefanie pontua a estratégia da Etapa III, no geral (com implementação pela GIZ e outras agências implementadoras internacionais), que envolve:

– Conservação do banco de HCFCs no país, seja regenerando, reciclando ou evitando o vazamento dos fluidos refrigerantes, no sentido de manter estoque e evitar a substituição antecipada por substâncias de alto Potencial de Aquecimento Global (sigla GWP, em inglês Global Warming Potential);

– Promoção do uso seguro e eficiente de fluidos refrigerantes alternativos de zero PDO (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio) e baixo GWP e que proporcionem maior eficiência energética;

– Implantação de treinamentos de diferentes níveis de profissionais que atuam no setor de serviços, nos subsetores de Refrigeração e Ar Condicionado;

– Prestação de assistência técnica para a execução de projetos demonstrativos, que possuem potencial de serem reproduzidos nos subsetores abordados, evitando assim as conversões transitórias.

No caso da GIZ, destaca-se que, além da continuidade dos treinamentos de profissionais em todo o Brasil, também está previsto um projeto de Certificação de Profissionais do setor RAC, com engajamento das entidades do setor e as escolas parceiras.

“O nosso trabalho, pela GIZ, no âmbito do PBH, traz resultados muito consistentes como já citado anteriormente (questão 2), com centenas de cursos e milhares de técnicos/as de refrigeração capacitados. São profissionais que mudam suas vidas e evoluem em suas carreiras após realizarem os treinamentos de Boas Práticas em Refrigeração e Ar Condicionado do PBH. Mas, posso enfatizar que o principal resultado, que faz a diferença para o meio ambiente, é a consistente eliminação de vazamentos de HCFCs e redução no consumo deste fluido no país. Aproveito para destacar que, recentemente houve um encontro em Brasília que teve como objetivo principal dar início à fase preparatória que estabelece as bases para a elaboração da estratégia abrangente que guiará a redução do consumo dos Hidrofluorcarbonos (HFCs) no Brasil, como define a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, ratificada pelo Brasil em outubro de 2022”, esclarece Stefanie.

Já o presidente do DN de Meio Ambiente da ABRAVA, acrescenta que por muito tempo, as ações e soluções estiveram pautadas apenas na escolha de um fluido refrigerante de menor GWP, e isso continua na pauta, mas não pode ser mais a única medida. “A redução de vazamentos se tornou, mundialmente, um forte ponto de atenção, pois o gás só traz problemas se vazar e estamos trabalhando nisso com resultados positivos. E uma visão mais sistêmica, que considera o gás, o projeto, a operação/manutenção e a eficiência energética, tem sido o caminho com o melhor custo-benefício tanto econômico, quanto ambiental, além do acesso a informação, facilitando a tomada de decisão do consumidor, assim como cria um ambiente de competição saudável pela busca de equipamentos com melhores atributos e a eficiência energética é um deles. Os programas de certificação seguem aumentando e se adequando aos novos parâmetros, em um processo de melhoria contínua”, conclui Pietrobon.

Midea adquire negócios de HVAC da Arbonia

EUROPA – A Midea firmou acordo para aquisição, no valor de 760 milhões de euros, da Divisão Climática do grupo suíço Arbonia, englobando as empresas de HVAC Sabiana, Termovent e Tecna.

A aquisição foi realizada através da associação Midea Electrics Netherlands BV. A gigante chinesa planeja manter e expandir as operações da divisão climática, investindo em instalações, funcionários e capacidades de P&D.

Com esta fusão, o Grupo Midea, que já inclui a Clivet, busca fortalecer sua presença no mercado europeu, inovações soluções sustentáveis ​​e inovadoras para o conforto residencial e eficiência energética, impulsionando a transição para uma construção mais sustentável.