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Em plena retomada, setor tem 2021 acima das expectativas

Mesmo com todas as dificuldades causadas pela pandemia, como a falta e encarecimento de matéria-prima, HVAC-R finaliza positivamente o ano, enxergando 2022 com mais cautela.

Crescimento do setor de entrega de comida durante a pandemia ajudou a impulsionar mercado de refrigeração comercial

Ainda que a pandemia de covid-19 tenha continuado a afetar fortemente, em 2021, o equilíbrio da oferta e demanda mundial de matéria-prima, componentes e suprimentos, como semicondutores, cobre, alumínio e peças derivadas de aço, a cadeia produtiva do frio nacional finaliza o ano de forma muito positiva.

A avaliação foi colhida pela Revista do Frio entre players da indústria e do varejo, para quem a aceleração da vacinação ao longo do ano e a consequente reabertura da economia foram decisivas para que o setor tornasse a operar com números mais confortáveis.

Esta percepção é chancelada pelo último Boletim Econômico da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Divulgado no final de novembro, o documento apresentou análises sobre a situação macroeconômica do País e do HVAC-R.

De acordo com a publicação, o segmento de ar condicionado deve encerrar 2021 com crescimento acima de 20% para produtos residenciais, e 5% para equipamentos centrais. Para 2022, espera-se um impulso extra pelo forte crescimento dos lançamentos imobiliários, projetando expansão acima de 5% para os equipamentos residenciais e 3% para os centrais.

“Voltamos a um nível de vendas superior a 2019 e crescemos fortemente neste ano em comparação a 2020”, celebra o diretor sênior para divisão de climatização da Danfoss na América Latina, Renato Silveira Majarão, citando como desafio adicional do mercado a pressão exercida nas margens devido à escalada de preços de diferentes commodities.

Ao longo do ano, a companhia continuou adotando o home office em praticamente todas as atividades de escritório, graças aos diferentes sistemas de informação que implementou, ação que proporcionou às operações obter alta performance.

“Também fortalecemos as atividades relacionadas à cadeia de suprimentos, com o objetivo de garantir as entregas em linha com as expectativas de nossos clientes. Esta iniciativa foi levada adiante porque a linha de produtos da Danfoss é fabricada em diferentes países ao redor do mundo”, acrescenta Majarão.

Internamente, a empresa criou diferentes times de trabalho e tratou o tema como algo crítico envolvendo diversos níveis da organização, processo que abriu a oportunidade para se buscar diferentes soluções.

“Como resultado, melhoramos o nível de entrega. O problema persiste e, em nosso entendimento, 2022 seguirá sendo afetado, ao menos durante o primeiro semestre. Além da escassez, toda a situação da cadeia de suprimentos impactou fortemente as margens de vários produtos, o que também tem sido tratado como um tema crítico internamente”, descreve o gestor da Danfoss.

Embora siga o calendário fiscal japonês, que é finalizado em março de cada ano, a Nidec Global Appliance, dona da marca Embraco, projeta fechar o período equivalente a 2021 com 10% de crescimento nas vendas.

“A pandemia fez as pessoas ficarem mais tempo em casa e muitas optaram por trocar seus eletrodomésticos por modelos maiores e mais modernos. Ao cozinhar mais em casa, passaram a comprar mais alimentos frescos e a consumir mais em mercados menores da vizinhança, demandando mais dos equipamentos de refrigeração do varejo de alimentos em geral”, analisa o diretor de vendas e engenharia de aplicação para refrigeração comercial e distribuidores na América Latina, Sander Maluta.

De acordo com ele, outro segmento com forte crescimento foi o de delivery de alimentos, que demandou equipamentos de refrigeração nas cozinhas dos estabelecimentos. “Da mesma forma, os resultados positivos alcançaram o segmento de aplicações médicas e científicas, para a devida conservação de vacinas, medicamentos, bancos de sangue e outros itens indispensáveis nesse período, incluindo os equipamentos de refrigeração de ultra baixa temperatura, necessários para alguns tipos de vacinas da covid-19”, complementa.

O diretor da multinacional pondera que tudo isso impactou positivamente o mercado de compressores e unidades condensadoras da marca Embraco, tanto para refrigeradores residenciais quanto para equipamentos de refrigeração comercial, incluindo o varejo de alimentos, serviços de alimentação, expositores e aplicações médicas.

Ao enfrentar a ruptura das cadeias produtivas e logísticas provocada pela pandemia, a Nidec Global Appliance adotou um projeto estratégico denominado double country source. “No caso dos nossos clientes, procuramos produzir modelos estratégicos em pelo menos dois países. O mesmo estamos fazendo com relação aos fornecedores. Quando são materiais estratégicos, incluímos dois fornecedores de países diferentes. Sempre para mitigar riscos”, pontuou Sander.

Na mesma esteira de crescimento, a Mayekawa do Brasil fecha 2021 com saldo bastante positivo. Ao acreditar na retomada, a empresa deu início à expansão de sua unidade fabril em Arujá (SP) e conseguiu dar continuidade aos projetos iniciados antes do evento pandêmico. Além disso, contratou novos profissionais, processo que deve acontecer ainda em 2022.

“Nosso trabalho é realizado dentro de um planejamento com todas as áreas e entre elas. Este delineamento é realizado antes de começar o ano, durante e, mesmo depois dele, avaliamos o período para entendermos o que deu ou não certo. Esta organização fez com que conseguíssemos atuar de forma eficaz”, afirma a coordenadora de marketing da empresa, Caroline Braga.

Voltada ao mercado em soluções de engenharia térmica, a Mecalor também colheu ótimos resultados em 2021 e projeta fechar o ano com crescimento de dois dígitos nas vendas em relação ao mesmo período de 2020, resultado acima da expectativa.

Os bons ventos abriram para a companhia oportunidades de expansão, a exemplo da aquisição da Transcalor e as parcerias com a canadense Smardt, especializada em chillers com tecnologia de compressores oil-free, e com a suíça HB-Therm, do segmento de controladores de temperatura para o mercado de injeção plástica.

O diretor comercial Marcelo Zimmaro alega que a empresa precisou absorver aumentos muito significativos de custos de matéria-prima relacionados a commodities, como aço, cobre e alumínio, e de eletroeletrônicos, a exemplo de controladores de temperatura e CLPs.

“Procuramos segurar ao máximo os repasses ao mercado, mas isso impactou no preço final dos nossos produtos. Também operamos com um alongamento de prazo de entrega de alguns fornecedores importantes, devido à falta de produtos, o que nos obrigou a ser mais eficientes no planejamento de vendas e compras”, explica.

O ano que termina também foi muito positivo para os negócios da Elgin, impulsionados pelo posicionamento de mercado da empresa e pela credibilidade conquistada em sete décadas de mercado. A multinacional reporta o expressivo crescimento de 60% em comparação a 2020.

Segundo a companhia, 2021 foi marcado por uma grande retomada proporcionada pela demanda reprimida, com muitos investimentos em infraestrutura de TI, prédios, softwares e contratação de pessoal.

Além disso, houve aumento da disponibilidade de produtos, reforço de equipe e ganho de eficiência de trabalho.

“Nossas linhas de produção estão a todo vapor e é possível confirmar isso pelas diversas contratações realizadas. Não tivemos demissões, porém fechamos a fábrica de São José dos Campos (SP) e mudamos as operações para a unidade de Mogi das Cruzes (SP), a fim de otimizar a nossa produção”, ilustra o diretor da unidade de refrigeração da Elgin, Omar Aguilar.

Uma das varejistas mais bem avaliadas do setor, a Eletrofrigor, de Niterói (RJ), ajustou sua estratégia durante 2021 e estudou ainda mais os detalhes do negócio, trabalhando muito com foco em organizar processos e analisar dados históricos, com o objetivo de fazer mais com menos, enquanto acompanhava o desenrolar dos cenários econômico e de consumo.

Além disso, a empresa está passando por uma transformação digital interna, com a automação de processos e mudança significativa em sua presença digital.

“Estamos fechando o ano muito animados, executando nosso plano estratégico. Estamos crescendo, com a expansão da loja Niterói, o fortalecimento da nossa frente comercial e o aumento da equipe. Apesar das incertezas do cenário de 2021, foi muito positivo para a nossa empresa. Crescemos muito”, enfatiza a CEO Graciele Davince Pereira, ressaltando que mesmo assim a empresa foi prejudicada pela falta de peças, principalmente derivados de aço.

Expectativas para 2022

Embora estejam muito otimistas sobre os negócios em 2022, as empresas do setor, de modo geral, ainda esperam encontrar algumas dificuldades, como apontou o Boletim Econômico da Abrava.

A Danfoss, por exemplo, acredita em um ano mais normal, com um crescimento menos intenso do que o visto em 2021. A Eletrofrigor informa que tem planos de seguir sua expansão e está em fase de definição de seu plano estratégico para o próximo ano.

Apesar de cautelosos por conta da instabilidade na economia e na cadeia logística, a Nidec Global Appliance planeja uma série de lançamentos em 2022, tanto para o mercado de refrigeração comercial, incluindo compressores e unidades condensadoras e seladas, quanto para o segmento de reposição (distribuidores).

Já a Mecalor espera um ano difícil pela frente, com crescimento bem menor do que 2021 e muitas incertezas geradas pelas eleições. “O objetivo será não perder market share no segmento industrial, e investir em uma nova unidade de negócios voltada para o mercado de ar-condicionado, aproveitando o lançamento de novos produtos para climatização de precisão”, pontua o gerente de desenvolvimento de negócios George Szegö.

Fabricante de equipamentos e sistemas para refrigeração industrial, a Mayekawa do Brasil continuará trabalhando fortemente nas áreas de alimentos, bebidas, lácteos, óleos e azeites, petroquímica, mineração, entre outros, oferecendo um line up completo de soluções eficientes e sustentáveis.

Muito otimista, a Elgin pretende crescer de 30% a 35% em 2022, focando em exportações e no desenvolvimento de novos produtos. Prevê inclusive o lançamento da nova família de unidades condensadoras de 23 hp a 66 hp, além de novos condensadores remotos. “Além disso, investiremos no desenvolvimento de linhas de produtos para a aplicação de fluídos naturais”, completa o diretor Omar Aguilar.

Carel triplica participação em projetos com CO₂

A Carel, fabricante italiano de componentes. triplicou o número de seus projetos de sistemas de refrigeração com dióxido de carbono (R-744) e inversores de frequência em 2018, informou a multinacional num comunicado à imprensa.

Os sistemas vendidos durante o ano de 2018 economizaram quase três mil MWh de energia, evitando o lançamento de 1,5 mil tonelada de CO₂ no meio ambiente, destacou a Carel no comunicado.

Além disso, a empresa estimou que seus projetos de 2018 reduzem 2,5 mil toneladas de emissões CO₂ em comparação com as soluções com o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A de mesma capacidade. Isso representa uma economia total líquida de quatro mil toneladas de CO₂ – o equivalente a nenhum carro circulando pelo centro de Londres por 20 dias.

Os produtos para CO₂ da Carel incluem controladores, válvulas de alta pressão e ejetores moduladores eletrônicos.

“Soluções com refrigerantes naturais representam o presente e não mais o futuro”, disse Matteo Dal Corso, especialista em aplicações para o varejo da Carel.

Eletrofrio lança linha Vittrine com investimento de R$ 50 milhões

Com um investimento de R$ 50 milhões, a linha Vittrine, da Eletrofrio chega ao mercado com a promessa de economizar em média 20% de energia elétrica em comparação com a atual linha da empresa (para sistemas com expansão direta).

“Investimos em pesquisas nacionais e internacionais para que todos os setores estratégicos da empresa pudessem trabalhar em algo inovador, eficiente e acessível a todos os empresários varejistas. Assim, a Eletrofrio dá um salto em tecnologia à frente da concorrência e eleva ainda mais nossa posição de liderança de mercado”, afirma o presidente da empresa, José Antonio Paulatti. Leia mais

FEBRAVA – Gallant lança equipamentos de refrigeração comercial

A Gallant, nova marca do Grupo Infoar – que tem entre suas empresas a WebContinental, referência em e-commerce no País também está se apresentando na  Febrava.

Inicialmente, a Gallant vai lançar equipamentos de refrigeração comercial. Em seguida, eletrodomésticos para o consumidor final como cooktops, coifas, condicionadores de ar, entre outros. Com a nova marca, a Infoar entra mais forte no mercado de refrigeração. Eliana Tonello sócia do grupo, comemora este novo momento e aposta no crescimento do mercado.

 

Fonte: Jornal do Comércio

Carel fornece tecnologias para uso de CO2 em supermercados

A Carel esteve envolvida diretamente no fornecimento de tecnologias para novos sistemas frigoríficos com dióxido de carbono (R-744) instalados na Finlândia e na Islândia nas últimas semanas, segundo o site britânico Cooling Post.

Na Islândia, a Carel Nordic ajudou a desenvolver o primeiro supermercado do país totalmente com CO2. Entre as soluções da indústria italiana, foram incluídos na instalação os sistemas de controle pRack300T e MPXPro, detectores de vazamento e o supervisório PlantVisorPRO.

Todos esses produtos foram aplicados em três racks de compressores, 11 câmaras frias (duas de baixa temperatura) e 22 expositores frigoríficos de média e baixa temperatura.

Na Finlândia, a subsidiária da Carel atuou na instalação frigorífica do supermercado S-market Tikkula. O trabalho consistiu na substituição do antigo sistema de refrigeração com o hidrofluorcarbono (HFC) R-404A por um novo sistema operando com R-744.

Todos os expositores e câmaras frias foram substituídos ou reconstruídos para usar o fluido refrigerante natural. No total, a instalação possui 19 evaporadores de câmaras frias e 55 evaporadores de balcões e expositores de baixa e média temperatura. Tudo é gerenciado pelo sistema de controle MPXPro.

“Este tem sido um período muito intenso no norte da Europa, pois as novas regras internacionais estão levando à substituição de refrigerantes antigos”, comentou Michael Aarup, gerente de vendas técnicas da Carel Nordic.

Danfoss lança multiejetor de CO2 na Apas Show

A Danfoss está apresentando diversas novidades para o varejo alimentar durante na Apas Show 2017, mostra do setor supermercadista que começou ontem (2/5) e prossegue até sexta-feira (5/5), no Expo Center Norte, em São Paulo.

Um dos principais destaques no estande da companhia dinamarquesa é o Ejector, um multiejetor controlado eletricamente e projetado especificamente para sistemas de CO2 transcríticos aplicados em clima quente.

Segundo o gerente de vendas da área de refrigeração comercial da subsidiária brasileira, Daniel Marcucci (foto), a inovação é a capaz de reduzir o consumo de energia enquanto controla a alta pressão típica das aplicações do gênero.

“A tecnologia também pode aproveitar o calor rejeitado pelos compressores no aquecimento de água. Assim, essa solução promove em torno de 20% de eficiência energética nas regiões de clima tropical”, salienta.

“O Ejector também elimina a necessidade de sistemas em cascata redundantes, tornando as aplicações transcríticas de CO2 mais eficientes do que os sistemas com HFC em qualquer clima”, acrescenta.

Multiejetor Ejector de CO2 Danfoss

Multiejetor torna as aplicações transcríticas de CO2 mais eficientes, informa a Danfoss

Outro lançamento é a unidade condensadora Optyma Trio, indicada para aplicações em minimercados de 250 m² a 1.000 m² e que pode ser utilizada em diversos sistemas de refrigeração, como câmaras frigoríficas, resfriadores de leite, máquinas de sorvete, balcões refrigerados, condicionadores de ar, adegas etc.

De acordo com a Danfoss, o equipamento é dotado de três compressores scrolls MLZ ou LLZ, para aplicação em média e baixa temperatura.

Outra novidade é Optyma Slim Pack, unidade condensadora desenvolvida para atender todas as necessidades em aplicações média e baixa pressão de retorno (MBP e LBP). O equipamento pode ser aplicado em minimercados, supermercados, restaurantes, adegas, resfriamento do leite, câmaras frias e freezers, entre outras instalações.

A multinacional informa que as unidades são fornecidas com compressores recíprocos e scroll altamente confiáveis, trocadores de calor com microcanal e todos os componentes necessários, que são pré-montados, integrados e testados em fábrica.

Além desses lançamentos, a Danfoss apresenta uma vasta gama de tecnologias que melhoram tanto a eficiência operacional quanto energética dos supermercados, como o sistema de gerenciamento AK-SM 880, o controlador MCX, a válvula de expansão eletrônica ETS Colibri e o conversor de frequência VLT, entre outros componentes.

Rack de Compressores com Dióxido de Carbono - CO2

Fabricantes de racks e componentes para refrigeração comercial exibem lançamentos na Apas Show 2017

Chemours apresenta HFOs na Apas Show

Em sua primeira participação na Apas Show, a Chemours promoverá a palestra “Novas Tecnologias em Fluidos Refrigerantes para Supermercados”, que será realizada na próxima quarta-feira (3/5), na Arena do Conhecimento, um espaço dentro da feira destinado a cursos e palestras gratuitas com temas que visam melhorar o dia a dia das equipes operacionais no varejo.

Durante a maior mostra supermercadista do mundo, os visitantes também poderão conversar com representantes da indústria química e conhecer mais sobre as novas tendências e regulações envolvendo os sistemas de refrigeração comercial.

opteon-xp40-baixa

Fluido refrigerante à base de HFO atende requisitos do Protocolo de Montreal e do Acordo de Kigali

Segundo o comunicado distribuído à imprensa, a Chemours irá mostrar no evento sua linha Opteon, categoria de produtos que atende aos requisitos do Protocolo de Montreal e do Acordo de Kigali, com zero potencial de degradação da camada de ozônio e baixo potencial de aquecimento global (GWP).

“Os fluidos Opteon XP40, XP44 e XP10 são ideais para quem precisa instalar novos equipamentos ou deseja realizar retrofit, uma vez que contribuem para melhorar a eficiência energética do sistema de refrigeração”, diz o presidente da subsidiária brasiliera, Maurício Xavier.

De acordo com o executivo, supermercados na Europa e EUA já realizaram a substituição dos fluidos R-507, R-404A e R-22 por Opteon XP40. “Também há casos de sucesso no Brasil”, informa.

“Na mudança dos fluidos hidrofluorocarbonos (HFCs) para hidrofluorolefinas (HFOs), a redução do consumo energético foi da ordem 3% a 12%, com necessidade mínima de ajustes no sistema”, salienta.


:: SERVIÇO ::

Apas Show 2017

De 2 a 5 de maio de 2017, no Expo Center Norte, em São Paulo

Arena do Conhecimento

Palestra: “Novas Tecnologias em Fluidos Refrigerantes para Supermercados”

Palestrante: Elisângela Almeida, coordenadora técnica de fluidos refrigerantes da Chemours.

Data e horário: 3/5 (quarta-feira), às 18h

Operação Carne Fraca pode favorecer indústria do frio

Dez dias depois de a Operação Carne Fraca ter sido deflagrada pela Polícia Federal, o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Marcelo Weyland Barbosa Vieira, avaliou que ela poderá, a médio e longo prazo, produzir efeitos positivos para o agronegócio do País.

Vieira, que assumiu recentemente a presidência da entidade, negou que a imagem negativa, causada pela operação da PF na indústria da carne, possa contaminar outros setores rurais.

“Os impactos iniciais nos pareceram preocupantes, mas tudo indica agora que os impactos a médio prazo serão bons. O consumidor brasileiro passou a se interessar um pouco mais pelo controle sanitário e está vendo como nosso sistema é bem estruturado”, disse.

O presidente da SRB também disse que, apesar dos problemas iniciais relacionados às suspensões de compra da carne brasileira por alguns países, o valor do produto nacional deverá rapidamente voltar a seu patamar anterior.

Segundo a PF, os frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca “maquiavam” carnes vencidas com produtos químicos e as reembalavam para conseguir vendê-las.

As empresas, de acordo com a polícia, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Impactos na cadeia do frio

A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), por meio de seu Departamento Nacional de Refrigeração Comercial (DNRC), fez uma análise positiva da Operação Carne Fraca para o setor de refrigeração.

“Neste primeiro momento, todas as instalações e novos projetos estão sendo reavaliados, pois, a partir de agora a fiscalização será mais rigorosa, fazendo com que os frigoríficos se ajustem aos padrões de máxima qualidade para seus produtos, de forma a permitir, posteriormente, uma retomada para todo o setor da refrigeração comercial e industrial para adequação de normas e padrões do mercado”, ressaltou, em nota, o presidente do DNRC, Eduardo Almeida.

Em sua avaliação, é apenas uma questão de tempo para que a indústria de equipamentos de refrigeração seja acionada. “Temos no Brasil uma grande oportunidade de aprimorarmos as instalações frigoríficas quanto aos aspectos de qualidade, eficiência energética e manutenção. Esta operação pode incentivar os frigoríficos que ainda não se adequaram às rigorosas normas de qualidade”, disse.

Para a Abrava, controle e rastreabilidade do frio darão o tom das mudanças a serem feitas na indústria e comércio de carnes em geral. Substituição de equipamentos antigos, eficiência energética, melhor capacidade de refrigeração e manutenção são alguns dos pontos a serem tratados com urgência para que os parques industriais voltem a trabalhar com a qualidade necessária para atendimento ao mercado brasileiro e de outros países importadores da carne nacional.