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Christiane De Carvalho, a mineira que hoje faz a diferença na Acxiom

Uma das profissionais brasileiras mais bem-sucedidas e respeitadas no exterior, a mineira Christiane De Carvalho, atual diretora sênior na Acxiom Corporation, empresa de marketing e banco de dados sediada no estado do Arkansas (EUA), tem uma trajetória bastante peculiar.

Formada em publicidade na PUC-MG, ela iniciou sua carreira internacional no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), atuando entre 2005 e 2006 como estagiária em projetos relacionados a uma das maiores preocupações do HVAC-R mundial – a eliminação progressiva dos gases refrigerantes nocivos à camada de ozônio.

À época, Christiane atuou sob a supervisão da pesquisadora Suely Machado Carvalho, ex-diretora do Protocolo de Montreal e atual consultora científica do tratado internacional.

A relação da executiva com o mercado do frio começou com seu pai, José Roberto de Carvalho, que por 48 anos codirigiu a Friominas e hoje é CEO da Incoterminas, um dos mais fortes distribuidores de peças, equipamentos e insumos para refrigeração e ar-condicionado, incluindo fluidos refrigerantes, em Minas Gerais, estabelecido em Contagem.

A ascensão profissional de Christiane chama a atenção também pela coragem em empreender, mesmo antes do estágio na ONU, fundando em março de 2001 a agência de publicidade Cria Imagem, que foi vendida por ela em outubro de 2006, antes de se mudar para os EUA.

Naquele país, a executiva foi diretora, por um ano, na Wholly City, rede social voltada para aproximar pessoas moradoras da mesma vizinhança e interessadas em fazer negócios umas com as outras.

Mais adiante e por quase seis anos, Christiane atuou na Nielsen, multinacional da área de informação, dados e medição, com sede em Nova York. Começou na empresa como gerente de contas e chegando à diretoria de serviços ao cliente.

Fluido refrigerante ecológico ganha espaço no mercado de climatização

A preocupação com o meio ambiente é cada vez mais constante no segmento da climatização. Desde o Protocolo de Montreal, que exigiu a diminuição de emissão de cloro na atmosfera, as empresas estão trabalhando para desenvolver fluidos refrigerantes que possam manter o desempenho dos equipamentos, sem prejudicar a camada de ozônio.

Um dos exemplos foi apresentado durante palestra promovida pela Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav) na noite da última quinta-feira (21).

“O fluido refrigerante R-427A foi desenvolvido para ser uma opção ecológica para o R-22, que só poderá ser usado ate 2030. A partir do ano que vem, haverá redução de 35% na importação do R-22. Então, o preço deste produto vai elevar os custos da climatização. Cerca de 90% dos climatizadores ainda utilizam este fluido poluente, que é feito com cloro”, explicou o consultor técnico da Arkema, Paulo Napoli.

Uma das preocupações dos empresários é a troca dos fluidos refrigerantes. Entretanto, segundo Napoli, a opção de retrofit desenvolvida pela indústria química francesa realiza a mudança sem transtornos ou elevação de gastos. Ao contrário disso, consegue diminuir os valores da energia elétrica.

“O retrofit aproveita o equipamento sem modificar o projeto já realizado. Conseguimos modificar o fluido refrigerante sem modificar o produto. Algumas empresas já estão realizando o retrofit e perceberam redução de 6% na energia elétrica. Quando diminuir a importação do R-22, o valor deste produto vai elevar bastante. Assim, o R-427A, que hoje tem o mesmo preço do R-22, vai se tornar mais econômico”, salientou.

A palestra contou com a presença de engenheiros, projetistas, profissionais do setor de instalação e manutenção em climatização e refrigeração, e estudantes das áreas de refrigeração e climatização, segundo a assessoria de comunicação da Asbrav.

O consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, Paulo Napoli, proferindo palestra na sede da Asbrav, em Porto Alegre

Paulo Napoli, consultor da área de fluidos refrigerantes da Arkema, durante palestra na Asbrav na última quinta-feira | Foto: Mariana da Rosa/Divulgação

Vulkan do Brasil recebe certificado de Destaque Ambiental

A Vulkan do Brasil recebeu o Certificado de Destaque Ambiental – Selo Verde, entregue pelo Jornal do Meio Ambiente pelos trabalhos desenvolvidos de preservação e educação ambiental.

A premiação foi concedida pela publicação após um criterioso levantamento junto a órgãos ambientais como oIbama, Conama, Secretarias Estaduais e Municipais do Meio Ambiente, entre outras organizações que promovem e regulam ações de preservação ambiental.

Segundo a diretora de marketing da empresa, Elisangela Santos, a Vulkan tem uma grande preocupação como meio ambiente. “Esse reconhecimento valida o nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e boas práticas ambientais”, diz ela.

O selo é entregue a um seleto grupo de empresas que, reconhecidamente, estão adequadas às políticas ambientais vigentes e que adotam a causa da preservação ambiental como política de desenvolvimento.

Os critérios da premiação levaram em consideração a água e efluentes, energia, matérias-primas e resíduos, emissões atmosféricas e educação ambiental. A certificação representa para a Vulkan do Brasil a conquista da confiança de seus potenciais clientes, colaboradores, sociedade e de quem vive nas áreas de influencia direta.

Honeywell encerrará vendas de R-404A

Em comunicado distribuído à imprensa nesta segunda-feira (10/4), a Honeywell diz que planeja encerrar as vendas dos refrigerantes Genetron 404A (R-404A) e Genetron AZ-50 (R-507) na União Europeia em 2018.

Um dos principais produtores mundiais desses compostos, a companhia explicou que está tomando essa medida “em antecipação à escassez esperada de produtos com alto potencial de aquecimento global [GWP, em inglês], devido ao cronograma de redução previsto na F-gas [diretiva da UE que trata da eliminação dos gases fluorados com efeito estufa]”.

Os preços do R-404A e do R-507 de todos os fabricantes e distribuidores aumentaram substancialmente este ano, em antecipação ao corte de 37% em dióxido de carbono equivalente (CO2e) obrigatório no próximo ano.

Diversas companhias já reajustaram os preços dos gases de alto GWP, como forma de alertar o mercado europeu sobre a baixa oferta prevista para o ano que vem, mas a Honeywell é o primeiro fabricante a anunciar que deixará de fornecer esses fluidos à base de hidrofluorcarbonos (HFCs).

Este último anúncio, certamente, irá inflacionar o preço do R-404A, o que pode levar os outros fabricantes a tomar medidas semelhantes.

“Em função da grande redução obrigatória de cotas a ser implementada em 1º de janeiro de 2018, espera-se que uma eliminação acelerada de produtos de alto GWP será necessária”, informa a multinacional.

“Isso significa que os clientes precisam adotar soluções ambientalmente mais adequadas, a fim de se preparar para a escassez de fluidos de alto GWP em 2018, e para atender plenamente às exigências da F-gas até o final de 2019”, esclarece.

Com cotas baseadas em CO2e, nenhum fabricante quer continuar vendendo gases de alto GWP, como o R-404A. Toda a cadeia produtiva, enfim, gastou milhões de dólares desenvolvendo novos fluidos de menor impacto climático.

A Honeywell destaca suas próprias alternativas com GWP mais baixo, tais como o R-407F e o R-407A, junto com alternativas mais novas, como o R-448A, um refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO).

A empresa diz que trabalhará com sua rede de distribuidores autorizados para ajudar os clientes e parceiros a adotar a próxima geração de refrigerantes que melhor atendam às suas necessidades, mas adverte que quantidades significativamente reduzidas de R-404A e R-507 serão disponibilizadas para amenizar problemas pontuais no período de transição.

Especialistas já advertiram que a transição estabelecida pela F-gas exigiria a adaptação de pelo menos 50% dos atuais sistemas com R-404A. Mas os relatórios técnicos sugerem que a Europa está muito aquém deste objetivo e, pior, os novos equipamentos que utilizam o R-404A continuam a ser fabricados, importados e instalados em grande número.

O R-404A, com seu GWP de 3.922, é o gás mais utilizado no continente em equipamentos de refrigeração estacionários, comumente usados em sistemas comerciais de baixa temperatura, como os instalados em supermercados. O R-507 tem um GWP de 3.985 e, embora menos comum, também é utilizado em sistemas de baixa e média temperatura.

Tanto o R-404A como o R-507 foram introduzidos na década de 1990 para substituir os clorofluorcarbonos (CFCs) R-502 e R-12, e mais tarde, o hidroclorofluorcarbono (HCFC) R-22, devido aos efeitos nocivos desses gases à camada de ozônio.

Naquela época, o aquecimento global e o impacto dos refrigerantes de alto GWP não foram levados em conta durante a transição tecnológica exigida.