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HVAC-R entra em ritmo de retomada

Ao entrar no segundo ano da pandemia de covid-19 e poucos meses após o início da aplicação de vacinas no País, o varejo gradualmente vai retomando suas atividades, se equilibrando entre aberturas e fechamentos, ou ainda operando com restrições de circulação de clientes, de acordo com a determinação da administração de cada município.

O reaquecimento do comércio brasileiro como um todo se dá pelo aumento de 21% no volume das vendas realizadas em maio em comparação ao mesmo mês de 2020, já descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que monitora mensalmente 1,4 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.

A tendência também já havia sido apontada pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada no começo de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a qual registrou em abril alta de 1,8% no volume de vendas do varejo em relação a março deste ano.

Apesar das crises econômica e sanitária, alguns segmentos estão conseguindo manter o fôlego, principalmente por causa das mudanças de hábitos das famílias. O HVAC-R é um deles, especialmente no caso da fabricação de equipamentos de ar-condicionado, que apresentou crescimento de 23,6% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

“A construção civil residencial projeta um ritmo acelerado de lançamentos, favorecendo a venda de equipamentos. A refrigeração comercial e industrial também vive um bom momento, pois as vendas dos supermercados e da indústria de alimentos (exportação) estão em expansão. Por outro lado, o grupo dos equipamentos centrais deverá ainda sofrer impactos da pandemia e das restrições, especialmente nos grandes centros de compras”, analisa Guilherme Moreira, economista responsável pelo Departamento de Economia e Estatística da entidade.

Igualmente, o novo coronavírus impôs diversos desafios para os varejistas do setor do frio. A niteroiense Eletrofrigor, por exemplo, foi obrigada a promover uma ampla adaptação de ordem sanitária na loja e nos escritórios e adotar um novo modelo de vendas, inclusive reforçando o seu e-commerce.

“Mesmo diante desse cenário, seguimos crescendo em 2021. As expectativas para 2022 são otimistas, tendo em vista a vacinação total da população até o final deste ano. Com isso, projetamos uma aceleração da economia no primeiro trimestre do próximo ano, situação que poderá levar a nossa empresa a crescer acima de 30% já no segundo trimestre”, afirma a CEO da empresa, Graciele Davince.

A empresária explica que a pandemia atrasou em alguns meses o plano de expansão da sede comércio, estabelecimento que foi reinaugurado em 7 de junho, em função da celebração dos dez anos de fundação do varejista, que também conta com uma unidade em São Gonçalo (RJ).

Segundo ela, o mix de produtos tem mudado muito nos últimos anos, principalmente na linha de refrigeração comercial, como compressores, fluidos refrigerantes e tubos de cobre, peças de reposição para refrigeração comercial e ferramentas.

“Ao longo dos meses de pandemia, a falta de insumos prejudicou as nossas vendas, principalmente de produtos com aço na composição, o que também inflacionou muito os preços. Em diversos casos não tivemos tantas opções de substituição, impactando também o resultado”, complementa Graciele, ao resumir um de seus principais desafios nesta crise sanitária.

 

E-commerce

Quando o comércio permaneceu fechado ou operando parcialmente, atendendo clientes apenas na porta do estabelecimento, as vendas pela internet fizeram a diferença para os varejistas. Quem já contava com plataforma de e-commerce reforçou sua atuação, e quem ainda não havia entrado neste mundo digital precisou correr para não ficar para trás.

O que era uma tendência que crescia gradualmente agora é uma realidade incontestável, e a maioria do mercado do frio tem apostado nela, a exemplo da Dufrio, gigante que emprega 2,2 mil colaboradores entre a matriz e as 19 filiais localizadas em 12 estados.

A companhia também precisou se reinventar para continuar forte. Aprimorou meios de atendimento, usando tecnologia em comunicação de forma ainda mais eficiente.

“O e-commerce acompanhou o cenário brasileiro, e o site da Dufrio tem conseguido atender à demanda com segurança nas operações e logística bem planejada, a partir dos cinco centros de distribuição que possuímos em regiões estratégicas”, descreve o CEO Guillermo Zanon, sem citar números de investimentos.

Assim como outros players, a Dufrio precisou se adaptar para dar conta do aumento das vendas durante a pandemia, culminando no início deste ano na divulgação ao mercado de planos para expansão de filiais/lojas físicas, como ocorreu no Rio de Janeiro (março) e no Recife (maio).

Em ambos os casos, explica o executivo, as lojas cresceram para poder atender os clientes com mais conforto e facilidade, como estacionamento e reorganização interna. “Além disso, em breve, vamos detalhar ao mercado a troca de ponto e ampliação da unidade em São Paulo, inauguração de loja em Campo Grande (MS) e troca de ponto em Belém (PA)”.

As vendas por meio de sites e aplicativos de comércio eletrônico fizeram a diferença nas contas das empresas do HVAC-R, mas poderiam ser ainda maiores não fosse o hábito, ainda muito arraigado entre boa parte dos profissionais, de preferir o contato direto com o produto em uma loja física.

“Há uma grande proporção de instaladores que não se adaptou às novas ferramentas digitais, demonstrando dificuldade em tirar proveito dessas facilidades e permanecendo ancorados em outra maneira de fazer as coisas”, diagnostica o consultor Miguel Ángel Jiménez, especializado em assuntos ligados à cadeia produtiva do frio.

“A cada dia”, reforça Graciele Davince, da Eletrofrigor, “chegam ao mercado equipamentos que consomem menos energia, fabricados com peças e componentes recicláveis, tudo muito mais automatizado, com aplicações de inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e internet de todas as coisas (IoE)”.

Agora não é mais uma questão de movimentar caixas ou vender produtos. É preciso saber vender soluções, dizem especialistas do setor, tanto nas lojas físicas quanto virtuais, uma vez que, aos poucos, muitos refrigeristas estão preferindo fazer determinadas compras ou negociações com o seu lojista de confiança por meio de sites, aplicativos, redes sociais ou call centers, o que representa uma grande mudança cultural.

Para os distribuidores profissionais, agora também é fundamental saber conciliar a proximidade e outras vantagens do atendimento no ponto de venda físico com o atendimento on-line, explorando a estratégia conhecida como “omnicanal”.

Enfim, o grande desafio do segmento é combinar a digitalização dos seus processos e comunicações com um tratamento personalizado a seus consumidores, principalmente instaladores, mecânicos, técnicos, engenheiros e outros profissionais do ramo de projeto, instalação, operação e manutenção de sistemas de refrigeração e ar condicionado.

Conectividade avança no mercado de água gelada

Fabricantes de chillers, drycoolers e torres de resfriamento apostam na internet das coisas e em sistemas wireless para colher e analisar dados de equipamentos e, se necessário, resolver problemas a distância.

Fabricantes de chillers, drycoolers e torres de resfriamento apostam na internet das coisas e em sistemas wireless para colher e analisar dados de equipamentos e, se necessário, resolver problemas a distância.

Responsável por gerar anualmente milhões de reais em economia de energia e de consumo de água às empresas que precisam resfriar equipamentos, desde máquinas fabris até datacenters, a cadeia produtiva voltada ao mercado de centrais de água gelada (CAG) vive um momento de expansão no País.

Mesmo em meio à pandemia de covid-19, essa indústria continuou se expandindo para atender à demanda dos clientes por torres de resfriamento, drycoolers e chillers com capacidade, cada vez maiores de dissipar calor, além da forte procura por serviços de manutenção e recondicionamento de instalações. Paralelamente, os fabricantes precisaram inovar para se diferenciar, por exemplo, embarcando na tecnologia da internet das coisas (IoT), a fim de gerar, colher e analisar dados e, se necessário, intervir a distância para ajustar parâmetros e resolver “bugs” no menor tempo possível.

Segundo o líder regional de vendas da Trane, Rodrigo de Carvalho Dores, a eletrônica presente nos equipamentos tem se desenvolvido muito rapidamente. Antes, os controladores vinham instalados nos chillers. Hoje, com o crescimento da internet das coisas, é mais comum ter um controlador em todos os equipamentos do sistema de HVAC-R.

“Com o surgimento de controladores mais ‘inteligentes’ em cada equipamento, é possível gerenciar sistemas para que operem em pontos de eficiência, processo que não acontecia pouco tempo atrás. O investimento para implantar este tipo de tecnologia tem se reduzido com o passar dos anos”, detalha o executivo.

Outro ponto destacado pelo líder da Trane é o impacto trazido pelo aumento na procura pela tecnologia de controladores e sensores wireless, que viabilizou a integração da automação predial nos equipamentos, mesmo em edificações onde passar cabos seria muito complexo, como em prédios tombados. “Dessa forma, é possível fazer retrofit para incluir automação em prédios, o que antes era considerado algo inviável”.

A conectividade tem um importante papel para a Trane, uma vez que todos os equipamentos da multinacional podem sair com sistema de automação montado e pré-configurado em fábrica. Isso torna mais célere o tempo gasto em obra, já garantindo a operação mais eficiente do equipamento desde o primeiro momento. Todos esses dados podem ser coletados pelo sistema de automação, e a equipe de operação e manutenção de um prédio consegue vê-los e controlá-los em tempo real.

“Caso seja necessária uma intervenção do fabricante, conseguimos acessar remotamente o sistema de automação para coletar os dados e alarmes. Assim, muitas vezes, o problema pode ser resolvido sem o envio de um técnico, ou ainda, este já pode ir para a obra com mais informação e com a capacidade de resolver o problema mais rapidamente. Com esse tipo de conectividade é possível garantir maior disponibilidade dos equipamentos e reduzir os custos de manutenção”, complementa Rodrigo, que destaca o crescimento, acima da média, do setor hospitalar e de clínicas. Globalmente, a Trane tem um faturamento de US$ 12,5 bilhões, 35 fábricas e 37 mil colaboradores. No Brasil, sua fábrica fica em Araucária (PR). A multinacional fabrica chillers com condensação a ar que vão de 20 a 500 TR e a água, que podem chegar até 4.000 TR em um único chiller.

Outro patamar

Em plena pandemia, a Mecalor apostou na expansão de seus negócios, com vistas a ocupar outro patamar no mercado do frio. Para tanto, deu três passos adiante.

O primeiro foi a expansão de suas instalações, que deve ser concluída até o fim deste ano, quando passarão a ter o triplo da atual área ocupada. Localizada no Parque Novo Mundo, zona norte da capital paulista, a unidade fabril contará com o único calorímetro para ensaios de chillers na América Latina e com um laboratório para o desenvolvimento de chillers usando novos refrigerantes com variados graus de inflamabilidade.

O segundo passo se deu em abril, quando concluiu a aquisição da Transcalor, que será mantida como empresa independente. E o terceiro passo foi o recente lançamento da marca Klimatix, coincidindo com a chegada da nova linha Presys-Klima –equipamentos de ar condicionado de precisão. De acordo com a companhia, os chillers dedicados a este mercado, inclusive que utilizam tecnologia Turbocor, serão comercializados com esta nova marca.

A Mecalor conta atualmente com uma linha completa de chillers com compressores scroll e parafuso com capacidades que vão de 1 TR a 420 TR. Recentemente, fechou um acordo para produção no Brasil de chillers isentos de óleo usando os ultraeficientes compressores Turbocor com a Smardt canadense.

“As capacidades desta nova linha vão até 3.600 TR. Para aplicações industriais, temos alternativas de composição da central incluindo reservatório de água gelada, vaso de expansão, skid de bombeamento, estação de filtragem e monitoração central e remota”, explica o CEO da empresa, János Szegö.

O executivo informa que dispõe de uma numerosa equipe de montagem externa para o fornecimento do sistema completo na modalidade turn key, incluindo a instalação hidráulica com tubos de aço inoxidável e a interligação elétrica e de instrumentação.

A empresa também aposta na manutenção preventiva realizada pela sua divisão de aftermarket, cujo sucesso tem sido reconhecido pelos clientes, levando em consideração seus números de crescimento.

A busca por economia de energia elétrica e do consumo de água levou ao desenvolvimento de equipamentos que atendessem a esta característica, como as linhas de chillers Turbocor e de drycoolers Aludry

“Toda a nossa linha de produtos está preparada para o monitoramento remoto e a coleta e armazenamento de dados operacionais. A análise destes parâmetros de big data permitirá a proposição de esquemas de manutenção preditiva em um futuro próximo”, salienta János.

 

Conectividade

No mesmo caminho, a alemã TROX atualmente oferece uma linha completa de chillers, incluindo os modulares SmartX, com projeto e fabricação nacionais. A partir desta visão, projeta um crescimento sustentável e rentável em suas linhas neste ano, já levando em consideração os efeitos negativos da pandemia.

O engenheiro mecânico Christyam Alcantara Paulo da Silva, especialista em eficiência energética e supervisor de P&D da empresa, explica que as principais vantagens desses novos produtos são a flexibilidade, o alto nível de controle e a possibilidade de integração com os consumidores (fancoils).

“A linha SmartX possui conectividade para os serviços IoTrox com opcional para elevar o sistema ao patamar 4.0. Ainda contamos com a parceria da italiana Aermec, que possui uma linha completa de equipamentos de condensação a ar e a água com tecnologias de compressão scroll, parafusos, inverter e centrífugos de alta eficiência e performance”, afirma.

O gestor acredita que o controle e a precisão da tecnologia são as tendências nos diferentes tipos de equipamentos presentes em uma central de água gelada.

“Ter dados disponíveis na operação e manutenção do equipamento em tempo real é um grande diferencial de eficiência e eficácia. Aos poucos, o que se prenuncia é a integração desses dados na construção de um banco de dados, não só restrito à CAG. A central de água gelada pode ser integrada ao sistema de segurança predial, iluminação, suprimento de energia elétrica e aquecimento de água, entre outros”, enfatiza Christyam.

A linha SmartX, esclarece, possui conectividade com um servidor. “Com os dados em nuvem, diversos algoritmos e softwares disponibilizam via páginas web os dados de operação, alarmes e dados preditivos em tempo real”, completa.

 

Surfando a onda

Apesar de ter sofrido o impacto negativo gerado pela pandemia no volume de trabalho durante 2020, o segmento de prestação de serviços no HVAC-R também está surfando na onda de otimismo do setor, que projeta recuperação até o fim deste ano. Mesmo em 2021, o mercado começa a retomada atendendo à demanda por manutenção e recondicionamento de equipamentos, uma vez que boa parte das empresas preferiu reter recursos que poderiam ter sido direcionados para a compra de novos produtos. Altamente concorrido, este segmento costuma premiar diferenciais como velocidade nos reparos, disponibilidade de peças de reposição, alta capacidade técnica e profissional e economia de energia obtida nos sistemas mantidos ou retrofitados.

A Recom, especificamente, é reconhecida por ter estas características. Com unidades em Caieiras e Jundiaí (SP), a empresa atua com manutenção de chillers multibrand e sistemas de automação com eficiência energética garantida entre 20% e 65%.

“Uma vez integrados os sistemas de comunicação, a gestão de dados é feita pelo sistema WEBefficiency, que, juntamente com o Cooling Tower Optimizer, foi lançado na última Febrava e recebeu o prêmio destaque inovação”, explica o diretor comercial e de marketing da empresa, Fabio Moacir Korndoerfer.

Segundo o executivo, a crise gerada pela pandemia levou a companhia a uma queda de 25% nas vendas em 2020 em relação a 2019. Entretanto, a companhia projeta a reversão do resultado até o término deste ano, com um crescimento de pelo menos 30%, e para 2022 cogita chegar a 20%.

 

Alta eficiência

A gigante Johnson Controls-Hitachi Brasil tem aproveitado o bom momento deste segmento e recentemente anunciou o lançamento do chiller de alta eficiência energética YVWE, que compõe a linha de produtos York.

Adequado para instalação em edifícios comerciais de médio e grande porte, o equipamento é dotado de um compressor parafuso de velocidade variável e condensação à água, aspecto que garante alta confiabilidade e respostas sustentáveis em sua operação.

Segundo a multinacional, que possui planta fabril em São José dos Campos (SP), o chiller apresenta menores níveis de ruído e robustez de todos os seus componentes graças ao investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Sustentável, tem baixa carga de refrigerante R-134a em sua composição e não agride a camada de ozônio, uma vez que a redução no consumo de energia resulta em baixas emissões de CO2, abrindo precedentes fundamentais para o desenvolvimento de edifícios verdes.

“Na escolha da instalação de chillers sempre existem algumas decisões para colocar na balança, pois há os prós e os contras de cada sistema adotado. Sempre existe oportunidade de redução no consumo de energia na instalação, na faixa de 5% a 8%, adotando-se a solução com chillers no arranjo em série e contrafluxo ou na aquisição de máquinas com este conceito já incorporado”, esclarece o gerente de aplicação da companhia, João Carlos Antoniolli.

IoT revoluciona mercado de climatização de edifícios

Baixar em PDF: Edição 11/2020

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC, na sigla em inglês) inteligentes mantêm os dados críticos de controle e manutenção atualizados automaticamente e facilmente acessíveis.

Os clientes personalizam remotamente suas configurações por meio de aplicativos, e os prestadores de serviços acessam alertas antecipados e diagnósticos relevantes por meio de relatórios on-line.

Produtos sofisticados podem até mesmo integrar previsões meteorológicas e tendências de uso de energia para reduzir o consumo energético e otimizar a regulação da temperatura.

À medida que a sustentabilidade se torna um foco cada vez maior para indivíduos, empresas e comunidades, os sistemas de HVAC integrados à chamada Internet da Coisas (IoT) podem proporcionar aos usuários uma experiência perfeita em termos de conforto térmico e qualidade do ar interno (QAI), ao mesmo tempo em que reduzem impacto ambiental.

 A Internet das Coisas

A IoT possibilita o uso de recursos inteligentes de muitas tecnologias, incluindo sistemas de ar condicionado. Sensores avançados projetados para a IoT podem fornecer uma grande variedade de informações relevantes para clientes, fabricantes e mantenedores de instalações.

Os sensores reúnem medições de temperatura do ar interno, temperatura radiante externa, umidade interna e externa, velocidade do ar e padrões de circulação, para citar alguns dados.

Os sensores inteligentes transferem essas informações para um banco de dados central, que conecta o sistema de HVAC à rede mundial de computadores, exportando o status para aplicativos e painéis e importando informações como previsões do tempo e preferências dos usuários.

Essas previsões e preferências são usadas para ajustes automáticos do sistema de HVAC, comandando atuadores sem esperar a intervenção de um usuário.

Sensores inteligentes podem se comunicar por meio de redes wi-fi existentes, conexão de celular, bluetooth ou outras conexões proprietárias. Isso fornece flexibilidade e adaptabilidade com base nas necessidades particulares de configuração de um de sistema de HVAC.

Portanto, conectividade é um aspecto fundamental dos sistemas feitos para a IoT, pois permite que os componentes se comuniquem entre si para ajustes automáticos e contínuos e fornece um gateway (ponte de ligação, em português) para os sensores compartilharem e coletarem informações externamente.

Impacto no setor de manutenção

Nos próximos anos, a tendência é observar “superespecialistas” e não mais técnicos genéricos, devido ao poder de rastreabilidade remota para encontrar defeitos específicos nos equipamentos. “A gestão da manutenção dos aparelhos de ar condicionados está sendo remodelada com a IoT”, esclarece o engenheiro Leandro Solarenco, especialista em projetos, master coach e CEO da Vetor Frio & Clima.

“Ao contrário da manutenção tradicional, que exige técnico para identificar problemas, a manutenção 4.0 consegue fazer tudo remotamente, identificando tempo de uso, falhas e outros dados de forma semelhante ao dos carros modernos, que monitoram, por exemplo, a quilometragem e acionam sensores de falhas deixando os técnicos preparados para o serviço. Essa rastreabilidade do processo de manutenção vai demandar técnicos específicos para determinados problemas, eliminando todo o trâmite de ter um responsável para terceirizar esse trabalho. Isso vai modificar o segmento de manutenção, que gradativamente caminhará para um modelo mais versátil, além de valorizar o trabalho do técnico que contará com conhecimentos específicos”, ressalta.

Além de proporcionar mais agilidade e eficiência no processo de manutenção, gerando economia de energia, a manutenção 4.0 também possibilita um segundo benefício, que é flexibilizar o serviço de acordo com a necessidade, devido a três itens principais de automação:

1 – Painéis de notificações de defeitos no aparelho de ar condicionado, identificando falhas ou antevendo possíveis problemas;

2 – Redução do impacto dos reparos a cada visita. Numa manutenção tradicional, fatalmente, o reparo é realizado em duas visitas. No conceito 4.0, o processo de reparo é antecipado, uma vez que o técnico já tem o pré-diagnóstico do equipamento remotamente. Dessa forma, se o equipamento apresentar defeito, é possível levar as peças adequadas na primeira visita;

3 – Cálculo de utilização para entender quando de fato a manutenção precisa ser feita, passando a ser sob demanda e não mais por tempo.

“Hoje, normalmente o processo de manutenção regular exige um checklist com a presença de um técnico no local para fazer a limpeza padrão e verificação do que está ocorrendo no equipamento para posteriormente determinar diagnóstico e fazer o reparo. Tudo isso gera um custo e um tempo maior, inclusive de deslocamento do profissional”, lembra Solarenco.

“Ao inverter esse jogo”, prossegue, “a empresa vai eliminar partes dos processos de verificação manual, tempo, ferramentas e deslocamento fazendo tudo isso pela Internet usando dispositivos de IoT”.

“Dessa forma, com precisão e eficiência, a tecnologia vai realizar as mesmas medições e chegar numa conclusão do que precisa ser realizado pelo técnico de forma antecipada e correta, transformando positivamente a forma de realizar a manutenção de sistemas de ar condicionado”, diz.

Evolução da IoT

Muitas indústrias continuam a financiar pesquisas na área de IoT, desenvolvendo novos recursos e reduzindo custos. Vários níveis de preços e recursos atraem uma ampla gama de clientes residenciais e comerciais.

Avanços na computação, como inteligência artificial, complementam as melhorias da IoT e destacam novos aplicativos. A natureza centrada em software dos sistemas inteligentes permitirá atualizações de pouco esforço e baixo custo no futuro.

Os painéis trazem a riqueza de informações que os sistemas de IoT fornecem às pontas dos dedos dos usuários, personalizando os controles e simplificando a manutenção. Os clientes podem ajustar seus sistemas de acordo com suas necessidades exatas, e os empreiteiros têm informações críticas de diagnóstico prontamente disponíveis.

A eficiência energética atraiu a atenção de indivíduos, empresas e comunidades; os sistemas inteligentes demonstraram uma redução significativa no uso de energia sem sacrificar o conforto.

Os sistemas de HVAC inteligentes já provaram sua capacidade de fornecer personalização ao usuário, gerar alertas de manutenção, maximizar o conforto e reduzir o consumo de energia. E eles continuarão melhorando, à medida que a tecnologia de IoT cresce.

Internet das coisas deve movimentar US$ 8 bi no Brasil

O mercado de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) deve movimentar US$ 8 bilhões no Brasil neste ano, segundo a IDC.

A consultoria espera que os principais setores a investir na tecnologia sejam aqueles elencados no Plano Nacional de IoT, divulgado pelo governo: saúde, indústria, agricultura e infraestrutura urbana.

“Já temos no Brasil projetos de integração de IoT com blockchain e inteligência artificial”, aponta Pietro Delai, gerente de Pesquisa e Consultoria em Infraestrutura da IDC Brasil.

A projeção é de que o mercado doméstico de IoT atinja US$ 612 milhões no país. Cerca de 4% das residências possuem algum dispositivo conectado, como controles de câmeras, temperatura e ar condicionado.

Esse número não inclui televisores conectados.

 

Fonte: Inova.Jor – Renato Cruz

Emicol desenvolve controlador eletrônico para cervejeira

A Emicol desenvolveu um controlador eletrônico para refrigeração comercial para a primeira cervejeira (Memo) comandada via IoT, sigla para designar Internet das Coisas, ou equipamentos conectados à Internet.

O controlador eletrônico é versátil, possui teclas sensíveis ao toque, função degelo inteligente que economiza energia e também proteção ao sistema de refrigeração.

A Cervejeira Memo é ideal para atender cada tipo de demanda que o usuário necessitar. Tem display dentro da porta, com iluminação interna em LED e indicador de temperatura para facilitar a visualização. Suas prateleiras são ajustáveis, tem rodas traseiras para locomoção, comando de luz no visor e no APP e porta de vidro com dupla isolação, antiembaçante com argônio e película anti-UV.

Segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Feres Macul Neto, a Emicol possui um amplo portfólio de tecnologias em eletrônica que podem ser aplicados em refrigeradores comerciais e domésticos.

 

Fonte: Portal SEGS

TROX Brasil implanta IoT para monitorar qualidade do ar

A TROX do Brasil adota a solução de IoT (Internet of Things) e realidade aumentada, é  a primeira subsidiária da multinacional a garantir a qualidade do ar de hospitais, laboratórios farmacêuticos, ambientes industriais e comerciais por meio de automação, sensores e IoT. A solução também monitora os componentes dos aparelhos de ar condicionado industriais, inovando o processo de manutenção preventiva com alta tecnologia e conectividade.

O sistema analisa as variáveis específicas como temperatura, pressão, vazão de ar e água dos equipamentos de ar condicionado instalados, que são customizados em função das especificidades de cada cliente.

A previsão da companhia é de entregar os primeiros equipamentos com  Internet das Coisas  embarcado no primeiro trimestre de 2018.