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LG reforça compromisso social

A LG Business Solutions do Brasil realizou a 4ª edição de seu evento anual, a Expedição.

Em meio ao cenário de pandemia, a empresa adaptou alguns processos e realizou a primeira edição online do evento, que ofereceu treinamentos sobre técnicas de instalação e manutenção de ar-condicionado para profissionais do setor.

O tema central deste ano foi o impacto social positivo que as empresas podem proporcionar. Seguindo esse mote, a LG realizou uma doação de produtos para o Instituto Jô Clemente (antiga APAE), referência nas práticas de inclusão e no apoio às pessoas com deficiência intelectual. A instalação dos produtos foi realizada por 12 influenciadores instaladores.

O evento teve participações especiais de Denilson, ex-jogador de futebol e apresentador, como Mestre de Cerimônia, e de Jackson Follman, ex-jogador de futebol e sobrevivente do acidente da Chapecoense.

Para Luís André Gonçalves Valadão, o céu é o limite!

 Foi em 2010 que Luís André Gonçalves Valadão se aventurou na área de climatização e refrigeração através de um amigo, dividindo seu tempo entre a fábrica de plástico e mexendo com sistemas split, novidade na época.

“Esse foi meu primeiro desafio na carreira profissional! Nesta época, um treinamento adequado para técnico de refrigeração e climatização era muito fechado, priorizando profissionais de grandes empresas que tinham acesso aos cursos, treinamentos e credenciamento pelos grandes fabricantes. E o meu amigo mal tinha ferramenta para trabalhar, somente o básico do básico e sempre faltava alguma coisa, mas como eu sabia pouco dessa área de atuação, ficava quieto. Porém, muitos clientes reclamavam do serviço. Aos poucos entendi que o problema estava na falta de ferramental adequado e conhecimento técnico. Com o passar do tempo me apaixonei pela profissão, busquei aprendizado e realizei meu primeiro curso técnico com Arnoldo Beskon, um tremendo profissional de ponta, e foi a partir daí que investi em ferramentas, conhecimento técnico e na famosa bomba de vácuo”, conta Luís André.

Hoje, aos 42 anos, ele está à frente da LT Climatização e se especializou em alpinismo industrial, modalidade que vem sendo cada vez mais utilizada na instalação de equipamentos de climatização em edificações e tendência no mercado de HVAC-R.

Ele conta que a primeira instalação realizada em altura foi em 2011, e nunca mais parou. “A ideia de escalar edifícios surgiu através da demanda de clientes que queriam instalar o famoso ar condicionado split em edifícios, somente realizado por um profissional certificado para trabalho em altura, e nessa época era muito difícil e praticamente não existia mão de obra qualificada para isso. Enxerguei uma grande oportunidade nesse nicho de mercado, pois tinha experiência e conhecimento técnico quando servi na Tropa de Elite do Exército e na Brigada de Infantaria Paraquedista. Resolvi colocar em prática, adotando o trabalho em altura para instalar equipamentos do tipo split e não parei mais. Fiz treinamentos árduos de alpinismo industrial, no qual hoje sou um profissional certificado pela ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção) em nível nacional, atendendo aos itens da norma regulamentadora NR-35, com certificação de acesso por cordas”.

Casado com a Célia, se considera um homem feliz e realizado

Para Luís André, hoje o alpinismo industrial é visto pelo mercado de HVAC-R como uma tendência, já que a quantidade de edifícios tende a aumentar cada vez mais.

“Muitos clientes ainda não conhecem esse tipo de profissão, mas aqueles que já conhecem sabem o valor desse trabalho, e muitas vezes acham que somos doidos! Alguns morrem de medo e têm pavor de altura, mas sempre reconhecem a importância desse tipo de profissional que arrisca a vida nas alturas e elogiam nosso trabalho”.

Ele ressalta a importância dos treinamentos e certificações para o profissional que deseja ingressar no alpinismo industrial para instalação de equipamentos de ar condicionado: “Na definição da norma, considera-se acesso por corda a técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista. Para isso, o profissional deve executar o trabalho de acordo com procedimentos em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes; por trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas nacionais vigentes de certificação de pessoas; e por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores. E aos que querem ingressar no alpinismo industrial, existem várias associações como a ABENDI, ANEAC e Irata, ótimos centros de treinamentos e com grande referência no mercado de trabalho”. 

Michael de Carvalho, o integrador das áreas

Conhecido como Micha, Michel ou Michael, seu pai lhe deu esse nome em homenagem ao cantor Michael Jackson, mas pouquíssimas pessoas pronunciam corretamente. Já acostumado, ele mesmo se apresenta como Michel e acha graça nisto!

Nascido na cidade de Poços de Caldas (MG), esse mineiro tem bom gosto! Nas diversas obras que realiza, preza a estética e não deixa passar nenhum detalhe. Gosta de trabalhar junto com arquitetos, integrando as diversas utilidades, unindo a engenharia, que nem sempre é fácil.

“Considero essa integração das diversas áreas como um diferencial. Procuro sempre juntar a parte funcional com a parte estética, onde ouvimos o cliente e o arquiteto, dando sugestões criativas, estreitando a relação entre o instalador. No início tive muitos desafios por falta de informação, às vezes, pela concorrência desleal, e até incompreensão de alguns colegas pelo meu jeito de trabalhar, pois sou detalhista. Atento as atualizações do mercado, invisto em ferramentas novas e modernas, pois hoje, o cliente está antenado a esse tipo de coisa e torna-se um diferencial”, conta Michael.

À frente da Totaltec desde 2013, empresa que abriu em parceria com sua esposa, Eloneide Clara Rosa, iniciou sua carreira profissional ainda na adolescência, com 14 anos, em uma empresa autorizada Brastemp.

“Comecei muito cedo minha vida profissional. Meu primeiro trabalho foi numa empresa de refrigeração autorizada Brastemp, onde aprendi muito e comecei a me interessar pela área de refrigeração. Trabalhei lá por dois anos e meio, e após esse período, iniciei em outra empresa de refrigeração aqui em Poços de Caldas. Nesta empresa, trabalhei por 14 anos e foi onde tive acesso a vários cursos de refrigeração. Atuei muito tempo na área de linha branca, e há cerca de15 anos, comecei a dar ênfase para a área de climatização. Com mais conhecimento e experiência, abri uma empresa em sociedade que acabou não dando certo. Encerrei essa empresa e decidi começar meu próprio negócio, inaugurando a Totaltec, uma empresa familiar, ao lado da minha esposa, que anteriormente atuava no serviço público, parceria na qual estamos até hoje. Ela cuida da parte administrativa, mas quando preciso de ajuda em campo, ela está sempre colaborando. Os clientes e arquitetos acabam indicando nossos serviços para outros clientes e atualmente atendemos hotéis, empresas, condomínios de alto padrão, entre outros. Trabalho é o que não falta”.

Ele conta que no começo da pandemia, focou na higienização dos aparelhos de ar condicionado e como o mercado da construção civil seguiu como atividade essencial, investiu em serviços de infraestrutura, impulsionado pelos arquitetos, o que deu certo.

“Conversamos com os arquitetos que temos parceria, oferecendo serviços de infraestrutura, e os resultados foram positivos. Estamos otimistas em relação aos negócios, na expectativa de fecharmos contratos de manutenção preventiva, inclusive”, comemora.

Criatividade e sensibilidade na ponta dos dedos

Apaixonado por ferramentas, como todo bom instalador, ele conta como criou uma válvula otimizadora de vácuo para facilitar seu dia a dia, e caiu na graça de vários técnicos no Brasil e exterior.

“Sou um apaixonado por ferramentas que facilitam o dia a dia, e tinha dificuldade em encontrar uma válvula que otimizasse meu serviço. Daí resolvi eu mesmo criar uma e deu certo. Hoje comercializo a válvula otimizadora Totaltec, que resolveu o problema no que diz respeito a estabilização de vácuo, e tem ajudado centenas de técnicos no Brasil e também em outros países”.

Ao lado da esposa Elo, ele compartilha sua vida pessoal e profissional

Além de inventor, Michael também faz parte do Esquadrão do Clima LG. O convite surgiu por meio de seus vídeos e trabalhos publicados nas mídias sociais.

“Como compartilho meus serviços nas redes sociais no intuito de ajudar, incentivar e dar novas ideias aos colegas de profissão, recebi o convite da LG para fazer parte do Esquadrão do Clima LG, um projeto pioneiro que objetiva ajudar o instalador a melhorar suas práticas de instalação, tal como estreitar a relação entre o fabricante e o instalador que está em campo. Ao receber este convite me senti muito honrado por ter meu serviço reconhecido e veio para somar e ampliar meus conhecimentos, além de levar meu nome para dentro e fora do país. É muito gratificante fazer parte desta equipe fantástica”.

Pai de Mariana e Rafaela, Michael gosta de música clássica e rock, toca violino, e não perde uma oportunidade de passear, viajar e estar com a família.

Sempre em busca de conhecimento e atualização profissional, ele deixa sua mensagem: “Conselho que dou a todos é que estudem, não se acomodem, sejam curiosos. Para qualquer profissão ou área, novas tecnologias sempre irão surgir e devemos acompanhá-las”.

Revista do Frio promove evento itinerante para instaladores de ar-condicionado

O Senai Oscar Rodrigues Alves vai sediar, em 14 e 15 de abril, das 18h às 22h30, a primeira etapa do Circuito dos Instaladores para Valorização Profissional, um evento itinerante promovido pela Revista do Frio com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

Durante o encontro, palestrantes de indústrias parceiras vão conversar com os profissionais do ramo de instalação de ar-condicionado sobre as últimas inovações e tendências tecnológicas no setor. Além disso, haverá sorteio de prêmios exclusivos para os participantes.

“Esse é o primeiro de muitos outros encontros com instaladores e refrigeristas que vamos realizar Brasil afora, sempre com o objetivo de ajudar no desenvolvimento de toda a cadeia produtiva”, afirma o diretor comercial da Revista do Frio, Gustavo Moreira.

A ideia da publicação, que cobre há 60 anos os principais fatos relacionados à competitiva indústria brasileira de refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento (HVAC-R), “é levar a todos as últimas novidades do mercado e colocar em debate temas de máxima relevância para o setor”, acrescenta o executivo.

As próximas etapas do Circuito dos Instaladores serão realizadas nas unidades do Senai de Santos (23 e 24/6), Campo Grande (18 e 19/8), João Pessoa (22 e 23/9) e Porto Alegre (20 e 21/10).

As inscrições para participar dos encontros devem ser feitas pelo site https://revistadofrio.com.br/circuito-dos-instaladores/. O número de vagas é limitado.

PMOC, dois anos que ampliaram a visão do mercado brasileiro sobre o HVAC

Dois anos após a entrada em vigor da Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, que instituiu o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para sistemas de climatização, entidades que diretamente atuam no HVAC consideram que a legislação vigente foi, nos últimos anos, um dos grandes avanços para o mercado do frio nacional e o País de modo geral.

O PMOC é obrigatório para a totalidade das edificações de uso público e coletivo. Entretanto, de acordo com o seu regulamento técnico (Portaria nº 3.523/1998), somente para empreendimentos com mais de 60.000 BTU/h de máquinas instaladas é necessária a emissão de um relatório mensal e de um laudo de qualidade do ar semestral, além da nomeação de um responsável técnico pelo plano.

A portaria contém medidas básicas referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização, para garantir a qualidade do ar de interiores e a prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados.

“Entendemos, de modo geral, que a Lei do PMOC foi um avanço para a sociedade brasileira, visto que a preocupação do plano é sempre com a saúde da população, que eventualmente pode estar exposta a ambientes climatizados sem a devida manutenção”, afirma o engenheiro Arnaldo Lopes Parra, especialista em PMOC e diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).

Segundo o dirigente, a maioria das empresas de grande porte já estava adequada, “então a Lei nº 13.589/2018 veio consolidar esse entendimento, encorajando as médias e pequenas empresas a prestarem mais atenção à saúde e qualidade de vida de seus funcionários, clientes e/ou ocupantes de ambientes com ar-condicionado”, complementa.

Parra acredita que, mesmo com os avanços já trazidos pela legislação, ainda é necessário popularizar o tema entre as pessoas, “para que elas compreendam a importância da manutenção dos sistemas de climatização, assim como a importância de contratar somente profissionais devidamente qualificados e habilitados, em seus diversos níveis e atribuições”.

Seu colega do Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP), o presidente Carlos Eduardo Marchesi Trombini igualmente faz um balanço positivo dos dois anos da Lei do PMOC.

“A sociedade brasileira passou a conhecer muito mais sobre o tema, que gerou demanda e, de certa forma, uma reorganização das empresas na área de manutenção, que também passaram a ter oportunidades para mostrar ao cliente que os sistemas de climatização são operantes e vivos e que precisam de manutenção para garantir a qualidade de ar de interiores”, enfatiza.

Para o dirigente sindical, que também preside a Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ANPRAC), a legislação, de certa forma, foi criada para legalizar a Portaria 3.523/1998, do Ministério da Saúde, e a Resolução 9/2003, da Anvisa, ambas referenciadas na própria Lei do PMOC.

“A lei atendeu às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) hoje relacionadas com a climatização e a qualidade do ar de interiores. Portanto, é necessário haver uma conscientização do mercado de que os sistemas de climatização precisam de manutenção para sua operação, a fim de garantir a qualidade dos sistemas e do ar de interiores”, argumenta Trombini.

Essa tem sido uma grande preocupação das entidades, conforme deixa claro o diretor de qualidade do ar interno da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Mário Henrique Canale. “Passamos 85% de nossas vidas em ambientes internos e fechados, nos quais alguns dos poluentes mais nocivos estão concentrados em locais em que a circulação do ar é limitada”, salienta.

“Estima-se que, em 2016, doenças associadas à poluição do ar – que são potencializadas pela falta de cuidado com a manutenção da qualidade do ar interior – tenham provocado a morte de cerca de 6,5 milhões de pessoas no mundo. Esses são argumentos embasados na realidade atual e suficientes para que passemos a compreender a importância da qualidade do ar interno como uma questão de saúde pública”, completa.

 

Competência

O surgimento da Lei do PMOC trouxe consigo também uma discussão em torno da competência para se planejar, assinar e executar o plano, gerando acalorados debates entre engenheiros, técnicos e suas respectivas entidades representativas.

No caso do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), criado em 26 de março de 2018, pouco mais de dois meses após a entrada em vigor da Lei nº 13.589/2018, a autarquia nacional e seus conselhos regionais agregaram os profissionais que antes faziam parte do sistema formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea).

Sobre o embate envolvendo engenheiros e técnicos, o CFT costuma se posicionar por meio da Resolução 68/2019, explicando quais são os profissionais técnicos industriais habilitados para elaboração e execução do PMOC, com fulcro nos instrumentos legais que conferem ao conselho de classe essa atribuição.

“No que se refere a eventuais controvérsias, vale esclarecer que é de competência exclusiva do CFT disciplinar, orientar e fiscalizar as atividades dos técnicos industriais. Portanto, havendo necessidade de esclarecimento sobre a atribuição dos técnicos para o exercício da profissão, essa consulta deve ser dirigida ao CFT e a nenhuma outra entidade”, esclarece a gerência técnica do conselho.

Ainda de acordo com o CFT, os profissionais liberais, de qualquer formação, possuem autonomia para a execução de seus projetos e serviços, e o conselho de fiscalização do exercício profissional somente avalia a qualidade de um trabalho desenvolvido, caso seja necessário por meio da abertura de um processo de investigação ou perícia.

“A fiscalização dos conselhos tem como incumbência garantir à sociedade que os serviços executados tenham a participação de um profissional legalmente habilitado. Essa fiscalização não é feita pelo CFT, mas pelos Conselhos Regionais de Técnicos Industriais em consonância com a Lei nº 13.639/2018, presentes em todo o território nacional”, esclarece.

Sobre esse tema, o presidente do Sindratar-SP, Carlos Trombini, acredita que, em relação ao PMOC, a responsabilidade técnica deva ser de um engenheiro com formação básica em engenharia mecânica.

“É isso o que a gente vem debatendo no mercado e que gostaria que a sociedade compreendesse. Com respeito aos técnicos e aos engenheiros, eu diria que a responsabilidade técnica deve ser de um engenheiro mecânico e reconheço também o trabalho dos técnicos, mas deve-se obedecer a uma hierarquia dos fatos e do conhecimento para se ter habilitação suficiente para ser o responsável técnico daquele sistema de climatização.”

 

Fiscalização

A inspeção do atendimento às regras do PMOC cabe aos agentes dos órgãos de vigilância sanitária, normalmente ligados às prefeituras. Nesse quesito, enquanto a Anvisa fiscaliza portos, aeroportos e fronteiras, as vigilâncias sanitárias estaduais ficam responsáveis pelos hospitais.

“De modo geral, a fiscalização sanitária é realizada com foco na saúde das pessoas, portanto são feitas perícias em máquinas, ambientes e componentes, para se avaliar o estado de conservação e limpeza. A documentação toda é analisada pelos agentes, exigindo-se uma série de procedimentos, todos definidos em leis”, explica o diretor de relações institucionais da Abrava, Arnaldo Lopes Parra.

Segundo o dirigente, os Creas também têm incrementado a fiscalização da atuação de profissionais legalmente qualificados e habilitados, “visto que as atividades de instalação e manutenção são regulamentadas pela Lei nº 5.194/1966, dentre outras, além de suas resoluções posteriores e decretos”.

Para o vice-presidente da Smacna Brasil, João Carlos Correa da Silva, a Lei do PMOC é um marco importante, “mas infelizmente, estamos evoluindo muito devagar”.

Em sua avaliação, o setor precisa se unir e cobrar dos órgãos públicos a fiscalização. Apesar disso, “cabe a nós do mercado levarmos ao conhecimento dos usuários e acelerarmos as mudanças que virão com o usuário, passando a exigir do mercado a qualidade a que tem direito”.

“Não sou advogado, mas entendo que precisamos deixar claro aos responsáveis, que devem começar com o nome do cliente, e não só do prestador de serviço, pois aí, sim, o usuário vai se preocupar em fazer o que é certo”, argumenta.

 

Resultados para o mercado

Desde a promulgação da Lei do PMOC, cresceu a procura por serviços de manutenção de sistemas de ar condicionado, principalmente por parte de empresas médias e grandes.

“Há uma conscientização sobre a lei e suas obrigações. O número de profissionais entrando no HVAC-R, inclusive pessoas de outros setores, também cresceu”, diz o engenheiro Leonardo Cozac, da Conforlab Engenharia Ambiental.

“A demanda aumentou para os serviços prestados por nós, pois somos referência no Brasil na área de qualidade do ar interno (QAI). Mas também aumentou a concorrência”, salienta.

“Isso nos obriga a inovar e apresentar soluções diferenciadas ao mercado para continuar como líderes no setor de análises da qualidade do ar interno. Por isso, lançamos durante a Febrava o Plano de Segurança da Qualidade do Ar Interno e o serviço de monitoramento on-line como inovações ao mercado para o atendimento à legislação brasileira”, acrescenta.

Em sua avaliação, a certificação de empresas prestadoras de serviço precisa ser levada em conta pelos clientes. “Os contratantes têm informações limitadas na hora de contratar boas empresas, ficando exposto a serviços de baixa qualidade”, alerta.

“Os bons profissionais do setor devem colaborar na disseminação das normas técnicas e leis no Brasil como forma de conscientização do mercado consumidor. Esse é o verdadeiro poder de transformação que o HVAC-R possui: seus profissionais capacitados.”

Segundo o diretor técnico da Dannenge, Ricardo Cherem de Abreu, o alcance da Lei do PMOC “vislumbra um mercado gigantesco, que pode ser aprimorado com informações técnicas sobre a qualidade do ar interno, eficiência e sustentabilidade, levadas aos clientes e prestadores de serviço”.

“A partir de sua promulgação, o mercado passou a apresentar receptividade às propostas de prestação de serviços de manutenção, preocupado com as possíveis sanções aplicáveis, embora não estabelecidas na lei. De qualquer forma, o que poderia ser imputável pelas normas técnicas e portarias ministeriais passou a ser responsabilidade criminal”, afirma.

Por isso, o engenheiro diz que “seria interessante a proposição de lei complementar estabelecendo punições ao não cumprimento da Lei do PMOC”. Para aumentar a eficácia dos serviços, Abreu também sugere “implementar o PMOC associado ao um sistema de gerenciamento patrimonial, de forma que suas atividades possam ser acompanhadas ou mesmo geridas pelos responsáveis pelas facilidades dos edifícios. Dessa forma, o cliente é também envolvido no andamento do processo”.

 

Caso de sucesso

Deixando de lado a perda na eficiência laboral nos ambientes contaminados, o maior risco à saúde humana em ambientes climatizados sem a devida qualidade do ar interno está na proliferação de doenças infectocontagiosas, que atingem, principalmente, o trato respiratório.

Nesse contexto, um caso interessante foi descortinado na sede da Softplan, sediada em Florianópolis (SC). “Essa empresa passou a ocupar um edifício novo há três anos, com um contingente de 1,2 mil pessoas. O sistema de climatização do prédio tem por característica principal a difusão de ar pelo piso, com aplicação integral de difusores VAV. Conta ainda com fotohidroionizadores aplicados nos climatizadores, o que promove proteção ativa nos ambientes climatizados”, descreve o executivo da Dannenge.

“Para garantir taxas de renovação de ar adequadas com o mínimo impacto no custo de climatização, foram instalados sistemas de renovação de ar independentes, de fluxo balanceado, dotados de recuperadores de calor com rodas entálpicas”, explica.

“O que é relevante nesse caso é que a Softplan é a única empresa do conjunto das associadas da Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (Acate) em que a maior causa de afastamento do trabalho não são as doenças respiratórias. Nessa empresa, que conta com alta taxa de comparecimento ao trabalho com reconhecida qualidade no ambiente laboral, as doenças respiratórias correspondem ao quarto motivo principal de faltas e afastamentos do trabalho”, salienta.

 

ASBRAV apresenta guia sobre instalação de ar condicionadores

Voltado tanto para profissionais que atuam no segmento, como para a população em geral, o guia tem o objetivo de esclarecer dúvidas comuns quando o assunto é ar condicionado. O Guia de Instalação do Ar Condicionado foi desenvolvido pela ASBRAV – Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação. Será oferecido de forma digital e tem como público-leitor o consumidor final (residencial e comercial), além de profissionais do setor HVAC-R.

Um dos aspectos presentes no Guia é o conforto térmico. O material explica fatores que influenciam neste quesito como faixas de temperatura e umidade ideais e influência da temperatura radiante de conforto. É indispensável deixar claro para o cliente leigo, o que é preciso observar para que ele cobre e fiscalize o trabalho do prestador de serviço, segundo o 1o vice-presidente da ASBRAV, Fernando Pozza.

O material também dedica um capítulo para detalhes arquitetônicos que interferem na instalação, operação e manutenção dos sistemas de climatização. Neste quesito, áreas técnicas, espaços de serviço, espaçamento entre forro e áreas para instalação de redes de dutos são muitas vezes esquecidos ou ignorados em projetos arquitetônicos prejudicando o desempenho térmico ou causando retrabalho e elevação de custos de obra.

O material ficará disponível no site da entidade asbrav.org.br sendo possível o acesso através de um cadastro na página.

Clique aqui para ter acesso ao Guia

Comércio de ar-condicionado busca novos parceiros

Profissionais de todo o País podem fazer parte do time de especialistas da CentralAr.com, e-commerce líder em vendas de ar-condicionado no Brasil.

A empresa, que oferece os serviços de instalação e limpeza de ar-condicionado, além da venda por meio de e-commerce e call center, tem registrado aumento na demanda por serviços e tem na equipe de parceiros os especialistas credenciados a instalação segura e eficiente de equipamentos.

Atualmente, o time de parceiros da CentralAr.com conta com seis mil profissionais. Estes especialistas são técnicos instaladores, engenheiros ou arquitetos, que podem atuar na revenda de equipamentos, indicando ao cliente a melhor opção, em termos de modelo e potência, e realizando a instalação.

Todo o suporte para a comercialização é oferecido pela empresa por meio de uma consultoria interna, com profissionais dedicados ao atendimento exclusivo do time de parceiros, destaca a empresa.

Os profissionais interessados em fazer parte da equipe CentralAr.com devem ter experiência comprovada na área de refrigeração, curso técnico em instalação de ar-condicionado ou formação em Engenharia ou Arquitetura.

“Tivemos um aumento substancial na demanda pelos serviços de instalação e limpeza e esta também é uma oportunidade para nosso time de parceiros. Essa parceria é benéfica para os dois lados: para o profissional, que aumenta sua possibilidade de atuação e passa a ganhar uma reserva técnica de 5% na venda de aparelhos, e para a empresa, que dispõe de profissionais capacitados e treinados no oferecimento de serviços de qualidade ao cliente”, explica João Felix, gerente de call center da CentralAr.com.

A empresa também destina uma agenda de treinamentos específicos para os parceiros revendedores com foco em conteúdo técnico, disponíveis em grandes centros, como São Paulo.

Para fazer parte do time é preciso acessar o endereço parceiro.centralar.com.br e clicar na seção “Seja nosso Revendedor”, ou entrar em contato pelo telefone 0800 778 1717, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h42.